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Universidade Rovuma
Nampula
2023
Venâncio Ernesto Jemusse
Universidade Rovuma
Nampula
2023
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Introdução
O trabalho foi feito baseado conhecimentos obtidos nas aulas anteriores e a leitura minuciosa
de algumas obras por nós solicitados, e depois fez-se o cruzamento das informações. No
entanto, para realização do presente trabalho, fez-se uma confrontação bibliográfica desde
autores clássicos da Antropologia até aos autores dos nossos dias. Este trabalho reveste-se de
grande relevância pelo que, em antropologia o parentesco é uma unidade de analise bastante
essencial para compreensão das sociedades. Para melhor compreensão do assunto aqui
abordado, irá se fazer de maneira hierarquizada a exposição e explanação dos vários aspectos
que compõem o parentesco.
A antropologia é uma disciplina que tem contribuído significativamente para a compreensão
das complexas interacções entre cultura, sociedade e evolução humana. No âmbito das teorias
evolucionistas, casamentos, parentesco e família têm sido áreas de estudo essenciais,
permitindo-nos traçar a trajectória da evolução social e cultural ao longo do tempo. As teorias
evolucionistas na antropologia fornecem um olhar sobre como as estruturas familiares e as
práticas de casamento têm evoluído em diferentes sociedades e culturas, e como essas
mudanças têm moldado nossa compreensão do parentesco e das relações familiares.
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1. Na segunda metade do seculo XIX, nasce a teoria evolucionista que defendia uma
evolução paralela. De acordo com esta teoria as culturas foram criadas,
independentemente, seguindo um percurso por estádios fixos: barbárie, primitivismo,
selvagismo e civilização.
a) Segundo Charles Darwin, (1809-1882), as visões críticas da teoria evolucionista são:
2. O parentesco é uma relação humana universal com base biológica e com variações nos
significados socioculturais particulares.
a) As funções do parentesco
O parentesco tem um papel importante pois confere ao indivíduo a identidade social perante
ao grupo, de forma que este seja reconhecido pelos outros como membro pertencente ao
grupo, isto é, dentro de uma sociedade pode definir a sua posição por meio de termos de
parentesco com qualquer pessoa com quem se encontre a tratar socialmente, quer pertença á
própria tribo quer pertença a outra (Bernardi, 1974: 258).
As funções do parentesco podem variar de uma sociedade para outra, mas geralmente
incluem:
1. Reprodução – o parentesco desempenha um papel central na reprodução da sociedade.
As relações familiares geralmente fornecem o contexto social para a procriação e
criação de filhos. Através do casamento e da descendência, as sociedades
regulamentam a reprodução e a continuidade das gerações.
2. Organização da Herança e Propriedade – o parentesco ajuda a determinar como os
recursos e a propriedade são transmitidos de uma geração para outra. Muitas culturas
têm regras e normas que regem a herança de terras, bens, riqueza e outras
propriedades de acordo com relações familiares específicas.
3. Apoio Social e Económico – a família é frequentemente vista como a unidade básica
de apoio social e económico. Os membros da família muitas vezes contam uns com os
outros para assistência financeira, cuidados em situações de doença e outras formas de
apoio, criando uma rede de segurança social.
4. Regulação do Casamento e da Aliança – as regras de parentesco também
desempenham um papel importante na regulação do casamento e das alianças
matrimoniais. Muitas culturas têm regras sobre quem pode se casar com quem, com
base em laços de parentesco e afinidade.
5. Estabelecimento de Papéis Sociais – as relações de parentesco muitas vezes
determinam papéis sociais específicos na sociedade. Por exemplo, as funções de pai,
mãe, filho, irmão, avô, entre outras, têm papéis e responsabilidades distintos em
muitas culturas.
6. Manutenção da Identidade Cultural – o parentesco também desempenha um papel na
manutenção da identidade cultural. Através das tradições e rituais familiares, as
culturas transmitem valores, crenças e práticas culturais de uma geração para outra.
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Conclusão
O parentesco embora possa ser transmitido por consanguinidade e como Ghasarian afirma que
nas sociedades tradicionais tem um carácter sagrado e exclusivo na medida em que as pessoas
que partilham da mesma parentela à eles transmitida pela via consanguíneas se vêm obrigadas
a manter certos sentimentos uns em relação aos outros, tem uma dimensão social que
ultrapassa a biológica, pelo que transmite certos estatutos sociais, permite a integração em
grupos de actividades, em termos de hierarquização o parentesco tem forte influência.
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Referencias bibliográficas