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Eduardo Luís Dalaja


Fátima Abdala
Momade João
Rafique Mahando
Stelvio Aguilar
Walder Sérgio De Oliveira

Difusionismo

Universidade Rovuma
Nampula
2023
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Eduardo Luís Dalaja


Fátima Abdala
Momade João
Rafique Mahando
Stelvio Aguilar
Walder Sérgio De Oliveira

Difusionismo

Trabalho de caracter avaliativo a ser apresentado


na Faculdade de Engenharia e Ciências Tecnológicas, da
Cadeira de Antropologia Cultural de Moçambique,
Lecionada Pelo MSC Jemusse Abel Ntunduatha, Curso de
Engenharia Mecânica 2º ano.

Universidade Rovuma
Nampula
2023
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Índice
Capitulo I: Introdução, objectivos e metodologia ...................................................................... 4
1. Introdução ............................................................................................................................... 4
1.2.Objectivo geral ..................................................................................................................... 4
1.2.1.Objectivo específico .......................................................................................................... 4
Metodologia ................................................................................................................................ 4
Capitulo II: Revisão de literatura................................................................................................ 5
2.1. Conceito de Antropologia .................................................................................................... 5
2.2. Difusionismo ....................................................................................................................... 5
2.2.1. Difusionismo inglês ou a escola inglesa ........................................................................... 6
2.2.2. Difusionismo alemão ou escola alemã ............................................................................. 7
2.2.3. Difusionismo americano ou escola americana ................................................................. 7
2.3.Críticas ao Difusionismo ...................................................................................................... 7
Capitulo III: Conclusão e Bibliografia ....................................................................................... 9
3.1. Conclusão ............................................................................................................................ 9
3.2.Bibliografia ......................................................................................................................... 10
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Capitulo I: Introdução, objectivos e metodologia

1.1.Introdução

O difusionismo é uma teoria antropológica que busca explicar como as inovações culturais se
espalham entre diferentes sociedades ao longo do tempo. Em vez de considerar as culturas como
entidades isoladas, o difusionismo enfatiza a interação e a troca de elementos culturais entre
comunidades. Este trabalho explora os fundamentos do difusionismo, suas principais teorias e
críticas, além de exemplos que ilustram a difusão cultural em diferentes contextos.

1.2.Objectivo geral

 Conhecer os conceitos do difusionismo e os diferentes pensamentos teóricos.

1.2.1. Objectivo específico

 Identificar os conceitos do difusionismo cultural;


 Explicar os conceitos e o impacto do difusionismo;
 Identificar os principais defensores dessa corrente;
 Detalhar as as escolas que defendem as correntes do difusionismo.

1.3.Metodologia
Para a elaboração do trabalho foi necessário efectuar uma pesquisa bibliográfica, onde foram
colhidos os dados que aqui consistem e que estão devidamente citados.
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Capitulo II: Revisão de literatura.

2.1. Conceito de Antropologia

A palavra antropologia, no sentido etimológico, vem do grego anthropos, que significa


homem/pessoa e lógia ou logos, que quer dizer ciência, estudo. Assim, antropologia é a ciência
do homem. Ocupa-se do estudo da identificação das formas como os diferentes grupos habitam,
alimentam-se, vestem-se, como estes organizam suas relações sociais, suas manifestações
religiosas e como compreendem o significado dos seus símbolos. Desse modo, é importante
destacar que a antropologia se concentra nas questões que envolvem a dicotomia do homem,
visto como um ser do reino animal e como um ser social que aprende comportamentos.
(Universidade Federal de Santa Maria, 2011).

Para pensar as sociedades humanas, a antropologia procura detalhar os seres humanos,


quer nas suas especificidades culturais, na sua relação com a natureza, quer nos seus aspectos
físicos. Diante disso, a cultura, para o conhecimento antropológico, contempla dimensões como
a linguagem, os valores, as crenças, os costumes e os rituais, entre outras tantas dimensões.

A forma como os indivíduos habitam, alimentam-se, vestem-se, como estes organizam


suas relações sociais, suas manifestações religiosas será que são habilidades "originais" que
cada povo nasce conhecendo, ou é resultado da interação de outros indivíduos que os
comportamentos individuais e colectivos são moldados? São questões como essas que a
corrente difusionismo defende com as suas teorias.

2.2. Difusionismo

O termo “Difusionismo” (do inglês Diffusionism) foi empregado pela primeira vez em
1930 para designar a “corrente antropológica que procurava explicar o desenvolvimento
cultural através do processo de difusão de elementos culturais de uma cultura para a outra,
enfatizando a relativa raridade de novas invenções e a importância dos constantes empréstimos
culturais na história da humanidade”.

O difusionismo, também conhecido por historicismo, opunha-se à corrente


evolucionista partindo da ideia segundo a qual, na história da humanidade, as verdadeiras
inovações são em número reduzido e propagam-se a partir de centros culturais, ou seja, sustenta
que as inovações são iniciadas numa cultura específica, para só então serem difundidas de várias
maneiras a partir desse ponto inicial. É evidente que existe a difusão cultural: o nosso alfabeto
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veio dos fenícios, os nossos algarismos são árabes, o cristianismo veio do Médio Oriente, etc.
(Vilanculo).

(Ferreira, 2009), Segundo a perspectiva difusionista, se há similitudes dentre a diversidade


cultural humana é porque em algum momento da História dos povos nos quais se verificou tais
semelhanças houve um efetivo contato.

Essa teoria supõe a persistência de vários traços culturais que foram desenvolvidos num
centro e são levados pelo homem em suas migrações de continente para continente. Não são
como os evolucionistas que acreditam em uma cultura humana única na qual todos os povos
devem ser posicionados simultaneamente em diferentes graus de evolução, uns em relação aos
outros. Os difusionistas acreditavam ter havido no passado centros geográficos comuns que
legaram a todos os povos do mundo características culturais semelhantes. (Ferreira, 2009)

A diversidade humana seria, para os difusionistas, o fruto das transformações surgidas da


relação entre o homem e os diferentes ambientes para onde se deslocou pelos mais variados
motivos: guerras, pestes, fomes, comércio ou mesmo pela procura de novos espaços para
sobreviver.

A influência da escola difusionista foi, porém, efémera por causa dos exageros de alguns dos
seus promotores, que faziam da difusão o factor único da evolução das sociedades. Os principais
autores difusionistas são alemães ou austríacos (o padre Schmidt, 1868 – 1954; F. Graebner,
1877-1934; L. Frobenius, 1873 -1938), mas houve também um “hiperdifusionismo” inglês com
G. Elliot-Smith (1871- 1937) e o seu discípulo W. J. Perry. (Vilanculo).

Há historicamente três linhas de pensamento difusionistas a que também são conhecidas de


escolas.

2.2.1. Difusionismo inglês ou a escola inglesa

Defende a difusão como sendo a única causa da expansão e dinâmica cultural, nega a teoria do
paralelismo cultual exposta pelo evolucionismo e considera a existência apenas de um centro
cultural (difusão heliocentrica), desde o qual todos os traços culturais foram difundidos. Os
principais proponentes dessa teoria foram Grafton Elliot Smith (1871-1937) e William James
Perry (1887 -1949).
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Alguns autores, chamados hiperdifusionistas, chegaram mesmo a defender a existência de um


único grande centro, em geral, o Egito antigo, a partir do qual a civilização se teria difundido
para todas as regiões do mundo.

2.2.2. Difusionismo alemão ou escola alemã

Os seus fundadores são Father Wilhelm Schmidt e Fritz Graebener, os quais defenderam a
teoria dos círculos culturais de difusão que surgiram em determinados espaços e épocas e daí
se difundiram. Estes teóricos acreditavam que o progresso da difusão seria a via mais eficiente
para o avanço da civilização e advogavam a necessidade de fortalecer os contactos dos povos
menos civilizados com os círculos culturais. O que em certo modo procurava legitimar a
exploração colonial da Europa pelo mundo. (Vilanculo)

2.2.3. Difusionismo americano ou escola americana

Considerou as culturas particulares como sendo o principal campo de estudo da


Antropologia. Segundo Franz Boas, a cultura é tão complexa que não permite um levantamento
histórico de carácter universal. A antropologia deve centrar os seus estudos em pequenas
comunidades culturais, nomeadamente clãs, tribos, castas e outras formas primitivas de
organização social. Acrescenta Boas que a difusão não é um processo linear e mecânico, mas
pressupõe uma elaboração complexa por parte dos povos que apreende certos traços culturais.
Considera que para a compreensão das culturas é importante o seu levantamento histórico, pois
o facto de determinados traços culturais terem origem diversas condiciona a compreensão da
cultura, ou seja, precisa-se conhecer a história de uma dada cultura para compreender a cultura
em si. (Vilanculo)

O difusionismo identifica duas principais rotas de difusão cultural: difusão direta e difusão
indireta. Na difusão direta, as ideias ou inovações são transmitidas de uma sociedade para outra
por meio de contato direto, como migração ou comércio. Na difusão indireta, a propagação
ocorre sem contato direto, muitas vezes por meio de sociedades intermediárias que servem
como veículos de transmissão cultural.

2.3.Críticas ao Difusionismo

Apesar de suas contribuições para a compreensão das interações culturais, o difusionismo


enfrentou críticas significativas:
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Críticos argumentam que o difusionismo muitas vezes leva a uma visão determinista cultural,
presumindo que as culturas mais avançadas inevitavelmente influenciarão e moldarão outras
culturas de maneira uniforme.

O difusionismo pode negligenciar a autonomia cultural ao enfatizar demais a influência de


culturas dominantes. Cada sociedade tem sua própria dinâmica interna que não deve ser
subestimada.

Exemplos Práticos de Difusão Cultural

A propagação da escrita ao longo da história é um exemplo de difusão cultural. Sistemas de


escrita, como o cuneiforme na Mesopotâmia, foram difundidos para culturas vizinhas.

A difusão de alimentos e práticas culinárias é evidente em pratos que se tornaram globais, como
a disseminação da pizza italiana.
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Capitulo III: Conclusão e Bibliografia

3.1. Conclusão

O difusionismo oferece uma perspectiva valiosa para entender como as culturas evoluem
através da interação e troca. No entanto, é crucial abordar suas limitações e considerar as
especificidades de cada sociedade. A diversidade cultural é um aspecto fundamental que não
deve ser subestimado ao explorar as complexas teias de difusão cultural que conectam as
sociedades ao redor do mundo. O difusionismo defende de que as culturas não se desenvolvem
de forma independente, mas sim interagem umas com as outras. Elementos como tecnologia,
religião, língua e práticas sociais são passíveis de serem compartilhados entre comunidades.
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3.2.Bibliografia

Ferreira, R. A. (2009). Antropologia Culatural um itinerário para futuros professores de


História. Guarapuava.

Universidade Federal de Santa Maria. (2011). Antropologia Cultural 8º Semestre. Brasil.

Vilanculo, G. Z. (s.d.). Manual de Antropologia Cultural de Moçambique. Inhambane.

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