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Sumário

1. Introdução 3
1.1. Objectivos 4
1.1.2. Objectivo geral 4
1.1.3. Objectivos específicos 4
1.1.4. Metodologia adoptada 4
2. DIFUSIONISMO 5
2.1 Origem 5
2.1.1 Conceito de Difusionismo 5
2.1.2 Características do Difusionismo 6
2.2 Principais correntes do Difusionismo 6
2.2.1 Difusionismo inglês ou hiperdifusionismo 6
2.2.2 Difusionismo Alemão-Austríaco ou histórico-cultural 7
2.2.3 Difusionismo Norte-Americano ou historicismo 8
2.3. Críticas ao Difusionismo8
3. Conclusão. 10
4, Referencias Bibliográficas. 11
Capitulo I

1. Introdução

A difusão é a ação e o efeito de difundir (propagar, divulgar ou espalhar). O termo, que


provém do latim diffusĭo, refere-se à comunicação divulgada de uma mensagem. Este trabalho
de investigação visa debruçar-se sobre o Difusionismo, no decorrer deste tema iremos
entender o conceito de difusão, que explica exactamente como alguns traços culturais são
adquiridos ou espalhados. O difusionismo ajuda a explicar a aculturação, mas não é capaz de
explicar todos os aspectos culturais como os primeiros difusionistas acreditavam. Existem
exemplos de culturas em contacto próximo que não partilham muitos traços.
Pretende-se com este trabalho esboçar a estrutura que culminará com a elaboração do
mesmo, e que apresenta três capítulos, desde a introdução, os objectivos, e bem como a
metodologia usada para a sua elaboração e que apresenta-se como primeiro capítulo, o
segundo capítulo apresentará o desenvolvimento do tema (difusionismo); e a conclusão, e
bibliografia fará parte do terceiro capítulo.
1.1 Objectivos

1.1.2. Objectivo geral

 Apresentar as principais características da corrente antropológica conhecida como


difusionismo.

1.1.3. Objectivos específicos

 Definir o conceito de difusionismo e dar a conhecer a sua origem;

 Identificar as características do difusionismo;

 Descrever e caracterizar as principais correntes de difusionismo.

1.1.4. Metodologia adoptada

Na realização do presente trabalho, tomou-se como base o uso da seguinte metodologia:

• Consulta documental (livros manuais)

• Pesquisa bibliografias
Capitulo II Referencial teórica

2. DIFUSIONISMO

2.1 Origem

O difusionismo predominou no período entre 1900 e 1930, mas foi na década de 20 que
obteve sua maior aceitação e popularidade.

O termo difusionismo foi empregado pela primeira vez em 1930 para “designar a corrente
antropológica que procurava explicar o desenvolvimento cultural através do processo de
difusão de elementos culturais de uma cultura para outra, enfatizando a relativa raridade de
novas invenções e a importância dos constantes empréstimos culturais na história da
humanidade”.

Procuraram dar aos métodos da Antropologia Cultural maior rigor científico,


desenvolvendo várias técnicas de pesquisa de campo, principalmente a observação
participante. Conhecido também pelo termo historicismo

2.1.1 Conceito de Difusionismo

Difusionismo é a teoria que trata do desenvolvimento de culturas e tecnologias,


particularmente na história antiga. A teoria sustenta que uma determinada inovação foi
iniciada numa cultura específica, para só então ser difundida de várias maneiras a partir desse
ponto inicial.

O difusionimo é uma corrente antropológica que, na teoria da evolução das sociedades,


coloca a tónica no fenómeno da difusão, um processo pelo qual os elementos culturais
são adotados e se expandem para além da sua área cultural de origem. Assim, e de acordo
com o difusionismo, a mudança sócio-cultural processa-se essencialmente através de
contactos entre culturas, e a humanidade evolui mais por imitações e transmissões de diverso
tipo, do que por invenções. Assim, a inovação irradia lentamente a partir do seu ponto de
origem, podendo este princípio ser aplicado à ciência, à tecnologia, às artes, à cultura ou à
religião.
2.1.2 Características do Difusionismo:

Uma de suas mais fortes características é que não admitia a recta constante e ascendente
cultural defendida pelos evolucionistas. Portanto, a cultura para o difusionismo era um
mosaico de traços advindos de outras culturas precursoras com várias origens e histórias.

2.2 Principais correntes do Difusionismo

Dentro do difusionismo existia duas correntes principais: uma britânica e outra alemã.

2.2.1 Difusionismo inglês ou hiperdifusionismo :

Defende a difusão como sendo a única causa da expansão e dinâmica cultural, nega a
teoria do paralelismo cultual exposta pelo evolucionismo e considera a existência apenas de
um centro cultural (difusão heliocêntrica), desde o qual todos os traços culturais foram
difundidos. Este centro cultural era o Egipto Antigo. Os principais proponentes dessa teoria
foram Grafton Elliot Smith (1871-1937) e William James Perry (1887 -1949), ambos
estudaram o Egipto Antigo intensamente, resultando na sua crença que o Egipto era o único
centro cultural. As teorias destes pensadores passaram a ser designadas de pan-egiptismo

• Caracteriza-se pelo dogmatismo e atitude anticientífica.

• Existia apenas um centro cultural (difusão heliocêntrica), do qual todos os traços


culturais eram difundidos. Atribuiu ao Egito o local único da origem da cultura.

• Acreditava que a cultura do mundo todo era idêntica, em consequência da difusão


cultural.

2.2.2 Difusionismo Alemão-Austríaco ou histórico-cultural

os seus fundadores são Father Wilhelm Schmidt e Fritz Graebener, os quais defenderam a
teoria dos círculos culturais de difusão que surgiram em determinados espaços e épocas e daí
se difundiram. Estes teóricos acreditavam que o progresso da difusão seria a via mais eficiente
para o avanço da civilização e advogavam a necessidade de fortalecer os contactos dos povos
menos civilizados com os círculos culturais. O que em certo modo procurava legitimar a
exploração colonial da Europa pelo mundo. O difusionismo é importante ainda hoje. O
conceito de difusionismo explica como alguns traços culturais adquiridos e difundidos.
• A cultura humana ter-se-ia desenvolvido em alguma parte do interior da Ásia (centro
de cultura) e daí se difundiu para as mais longínquas partes do mundo.

• Traços culturais difundiam-se em círculos para outras regiões e pessoas através de


centros culturais variados.

• Seus autores não fizeram qualquer tentativa para demonstrar como eles se originaram,
quando e onde existiram como entidades do passado e como se teriam difundido em
áreas tão distantes.

Ambos grupos afirmavam que povos que não possuíam traços que podiam ser considerados
civilizados haviam degenerado e perdido os mesmos.

2.2.3 Difusionismo Norte-Americano ou historicismo

considerou as culturas particulares como sendo o principal campo de estudo da


Antropologia. Segundo Franz Boas, a cultura é tão complexa que não permite um
levantamento histórico de carácter universal. A antropologia deve centrar os seus estudos em
pequenas comunidades culturais, nomeadamente clãs, tribos, castas e outras formas primitivas
de organização social. Acrescenta Boas que a difusão não é um processo linear e mecânico,
mas pressupõe uma elaboração complexa por parte dos povos que apreende certos traços
culturais. Considera que para a compreensão das culturas é importante o seu levantamento
histórico, pois o facto de determinados traços culturais terem origem diversas condiciona a
compreensão da cultura, ou seja, precisa-se conhecer a história de uma dada cultura para
compreender a cultura em si.

2.3. Críticas ao Difusionismo

No entanto, o sistema Difusionismo não está imune às críticas. Por várias razões, pode se
considerar que a teoria possui diversos problemas. Os especialistas argumentam que é muito
difícil definir apenas um ponto de desenvolvimento, sendo que, várias pesquisas indicam que
tecnologias semelhantes em vários povos ancestrais surgiram, praticamente, no mesmo
período, e em distâncias tão longínquas que seria impossível a transferência de tecnologias, já
que, naquela época, não havia um método eficaz de comunicação.

Outro argumento é que as necessidades humanas, sociais e econômicas podem encontrar


os mesmos caminhos pois, talvez, essa seja a decisão mais racional, não porque ela foi
“adotada” em outro local, surtiu efeito e esse efeito chegou a outros lugares.
Algumas críticas comuns ao evolucionismo e ao difusionismo são um etnocentrismo aliado
a um colonialismo europeu, juntamente com uma metodologia reprovável de especulações
infundadas com base em uma comparação massiva de traços culturais. Também, faltavam
observações empíricas, pois esses arm chair anthropologists ou antropólogos de gabinete
possuíam dados bem pouco confiáveis para fazer generalizações.

Embora seja aceitável que traços culturais se difundam, o difusionismo falha em explicar por
que alguns traços se propagam enquanto outros não.
Capitulo III

3. Conclusão.

Após a elaboração do presente trabalho conclui-se que, o termo difusionismo deriva da


palavra da palavra difusão que significa expandir ou expor. Assim sendo o difusionismo
cultural é a expansão da cultura partindo de um ponto de origem, ou, seja segundo essa teoria
as inovações começam numa cultura e só depois se expandem para as outras.

Na verdade essa teoria veio em oposição a teoria evolucionista que acredita na evolução
sistemática das culturas. A teoria difusionita possui três linhas de pensamento, a linhagem
inglesa, a linhagem americana e a linhagem alemã.
4, Referencias Bibliográficas.
BOAS, Franz. Antropologia Cultural. Tradução: Celso Castro. 6ed. Rio de Janeiro, Zahar,
2010.
COLLEYN, Jean-Paul. Elementos de Antropologia Social e Cultural. Edições 70, Lisboa,
2005.
DE MELLO, Luiz Gonzaga. Antropologia cultural, p. 220-277.
GONÇALVES, António Custódio. Trajectórias do Pensamento Antropológico. Universidade
Aberta, 2002.
MARCONI, Marina de Andrade; PRESOTTO, Zélia Maria Neves. Antropologia: uma
introdução. 6ª ed., São Paulo: Atlas, 2006.
TOMÁS, Adelino Esteves. Manual de Antropologia Sócio-Cultural. Universidade Pedagógica
Sagrada Família, s/d.
ERICKENS, Thomas Hylland. NIELSEN, Fin Sivert. História da Antropologia. 4ª ed. Editora
Vozes, Petrópolis, RJ, 2010.
SANTOS, Armindo dos. Antropologia Geral: etnografia, Etnologia, Antropologia
Social. Universidade Aberta, 2002. pgs. 123-170.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 14ª ed., Jorge Zahar Editor,
Rio de Janeiro, 2001.

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