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DELEGAÇÃO DO NIASSA
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DIFUSIONISMO
Do ponto de vista do difusionismo, uma invenção (por exemplo, o arco e flecha) foi
conduzida por um grupo de pessoas em um tempo e lugar , e foi disseminada para
grupos vizinhos pelo contato com eles ou migração de alguns de seus membros .
Por outro lado, esses artefactos, costumes e ideias que são encontrados somente numa
pequena área geográfica para ser considerada como invenções mais recentes que não
tiveram tempo suficiente para se estender numa área mais ampla.
Para os difusionistas a invenção independente e paralela não era regra como supunham
os evolucionistas. Como já foi anotado, para os difusionistas as invenções de um
artefacto, costume, instituição ou ideia se dá uma vez num grupo humano determinado,
não se repete noutros senão que estes a tomam por emprestado, se apropriam do grupo
que a inventou. Isto significa que os grupos humanos não são tao inovativos como
pensavam os evolucionistas, senão que são os contactos culturais por bairro ou
efectuados através da migração constituem o ímpeto da mudança.
O terceiro postulado dos difusionistas consiste na ideia de que quanto mais antigo
for a invenção mais espalhado/difundido geograficamente se encontra e o menos
velho/antigo é o mais recente. Isto supõe uma tendência do movimento das
características ou elementos culturais, o qual se dá desde um centro ou núcleo para a
periferia ou margens. Desta maneira, a diferença entre grupos humanos se entende como
um indicador de ausência de contacto ou influencia e a semelhança como uma mostra de
tal contacto e influência. A difusão é o mecanismo principal que explica as mudanças
num grupo humano e, de maneira geral, o que explica o desenvolvimento da civilização
e espécie humana no seu conjunto.
Difusionismo inglês
Seu fundador foi o inglês Grafton Elliot Smith que de princípio não passava de uma
anatomista especializado no estudo de cérebros.
Tendo ido ao Egipto estudar o cérebro de múmias, entrou em contacto com os esquícios
da antiga cultura egípcia. Desse contacto resultou um enorme entusiasmo inicial o levou
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a considerar o fenómeno do paralelismo cultural. Começou a perceber traços culturais
semelhantes aos da cultura egípcia do passado em tudo quanto fosse civilização.
Esta escola passou a defender a difusão como o principal motor da dinâmica cultural.
Foi ela levada a isso talvez ao verificar quão difícil é a inovação ou criação de novos
valores culturais.
Perry foi quem melhor expos a tese central da teoria da escola em seu livro The
Chiilden of the Sun. Segundo ele, a civilização ou a cultura de todo o mundo moderno
era basicamente a mesma por conta da difusão.
Esta escola ficou conhecida por seu método científico e por sua especulação fantasiosa.
Em princípio o método histórico por eles defendido é aceitável. Nunca porém, os seus
procedimentos inescrupulosos de manipulação de informações inseguras e duvidosas
que, em vez de justificarem as hipóteses levantadas, eram por estas garantidas.
Difusionismo alemão
Esta escola também conhecida como escola histórico-cultural ou ainda como escola de
Viena. Os nomes mais expressivos ligados a esta escola são Fr Ratzel, L. Frobenius, W.
Foy, F. Graebner e o Pe Schmidt.
Outra grande contribuição desta escola está ligada à interpretação dos traços de cultura
semelhantes, foi o chamado critério de forma adequada. Este critério consiste em dar
mais importância na análise de formas dos traços culturais aquelas formas menos
importantes ou dispensáveis. 5
Até então não se pensou em concentra o estudo antropológico nas culturas particulares.
Esta foi, provavelmente, a escola que mais contribuiu para a teoria antropológica no que
se refere à produção de pesquisas de campo e à soma de material colectado.