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Possui graduação em Psicologia pela Universidade Católica de Pernambuco (1981), mestrado em Antropologia pela
Universidade Federal de Pernambuco (1988) e doutorado em Antropology - University of London (1994).
Atualmente é Professor Associado III da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Tem experiência na área de
Antropologia, com ênfase em Antropologia Cognitiva e Sistemas Simbólicos, atuando principalmente nos seguintes
temas: gênero, identidade, desenvolvimento humano, cognição, extensão rural e economia solidária
A antropologia firma-se no princípio do século XX, quando começa a gerenciar sua
própria teoria e metodologia; sua maneira particular de apresentar os problemas e
coletar os dados. No início do desenvolvimento da disciplina a ordem da coleta e
descrição dos dados aplicava o que normalmente se chama etnografia, o que não pode
estar dissociado da presença em campo do pesquisador. (Mauss - Malinowski -
Radcliffe-Brown)
A história básica da antropologia vem sendo apresentada de modo geral através
da construção das seguintes orientações teóricas:
Evolucionismo (primeiro período: Morgan (1818-1881), Tylor (1832-1917),
Spencer (1820-1903);
Difusionismo (início do século XX; primeira reação ao iluminismo positivista e ao
evolucionismo cultural: W. Perry; Elliot Shimth); Rivers);
Funcionalismo (1912; 1924 a 1938 período de estudos funcionalistas com as
teorias de Malinowski);
Funcional-estruturalismo ( Radcliffe-Brown);
Estruturalismo; 1930-1940; Claude Lévy-Strauss.
Os interesses mais recentes da antropologia e o aprimoramento de suas
orientações teóricas básicas estão situadas no pós-guerra tendo o estruturalismo num
extremo; com o desenvolvimento da sócio-lingüística, e o pós-modernismo no outro.
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Do gr. protótypos, pelo lat. prototypu. Primeiro tipo ou exemplar; original, modelo.
Os funcionalistas preocupam-se em estudar o funcionamento da cultura num
momento dado. Não interessava explicar o presente com base no passado (história).
Os estudos são de caráter sincrônico e não diacrônico. Os funcionalistas acreditam
poder estudar uma cultura sem estudar a sua história.
Esta escola tem uma visão sistêmica utilizada na análise da cultura (totalidade)
Para os funcionalistas a sociedade e a cultura são vistas como um todo cujas
partes estão intimamente interligadas, a exemplo do organismo biológico e seus
respectivos órgãos. Cada órgão e todos os órgãos possuem suas indispensáveis
funções.
Os funcionalistas europeus basicamente "inventaram" a pesquisa de campo pois
após eles o campo tornou-se uma experiência obrigatória na construção teórica. Muito
embora os difusionistas dessem ao campo um elevado destaque foi MALINOWSKI em
1914 que otimizou essa experiência em seus estudos nas Ilhas Trobriand, tornando-se
um procedimento acadêmico na formação de antropólogos. O trabalho de campo por
observação participante instaurado por Malinowski é uma característica da Antropologia
Social Britânica.
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IN Stadtler, Hulda Helena. Cadernos de Antropologia. Edição da autora. 1997.
crime, cerimônia fúnebre) e a parte que ela desempenha na vida social como um todo,
traz uma contribuição para a manutenção da continuidade estrutural.
Preocupa-se com a situação formal, as regras e os rituais. Não tinha simpatia
pelos nativos. Afirmava que o que realmente interessa para etnólogo é a organização
social dessas tribos, tal como existiam antes da ocupação européia das ilhas. Não
havia assim, informação direta, dependia de informantes.
Radcliffe-Brown dividiu os costumes em três tipos: 1. Técnicas; 2. Regras de
Comportamento; 3. Costumes Cerimoniais.
Lévi-Strauss não trata os fatos sociais como coisas, mas como palavras.
Trouxe para a antropologia a lingüística.
Estudou os mitos e chegou a conclusão de que mitos representam a mente de
quem os cria.