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São Paulo, SP
2020
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São Paulo, SP
2020
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 7
CAPÍTULO 1 – A TEORIA MIMÉTICA ....................................................................... 9
1.1 A ciência explica a literatura e a literatura explica a vida ............................ 9
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 36
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INTRODUÇÃO
1O autor alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832), por exemplo, defendeu que na verdade
a obra foi escrita por um dos discípulos de Platão e atribuída a ele com o passar dos anos.
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Desta forma, revela-se não somente o caráter literário da coisa, mas também
antropológico. A resposta de Girard, comentada por Rocha, vem a seguir e é um
tesouro para os estudos antropológicos deste século: “A resposta de René Girard
abriu as portas para o futuro desenvolvimento da sua teoria: o desejo humano é fruto
da presença de um mediador, vale dizer, o desejo é sempre mimético” (ROCHA,
2009, p. 17).
Partindo dessa explicação, fica mais fácil diferenciar as obras românticas das
romanescas e vice-versa. Ainda que ambas coloquem um mediador, um objeto e um
sujeito desejante, elas se diferem pelo fato de que em obras românticas se oculta o
mimetismo mediante a supressão do mediador. Em contrapartida, as obras
romanescas refletem sobre o desejo mimético através de um mediador protagonista
ou através de consequências geradas por esta mediação (ROCHA, 2009).
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2Márcio Meruje, Universidade da Beira Interior (UBI/FCT). Bolsista da Fundação para a Ciência e a
Tecnologia (FCT) desde 2012; doutor e pesquisador integrado do Instituto de Filosofia Prática da
Universidade da Beira Interior (UBI), Covilhã – Portugal.
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3 Girard became aware, through his own interaction with literature, that we desire according to the
desire of the other. Humans do not desire starting from themselves, but others induce in them, starting
from earliest infancy, the gestures, sounds, and desires which will allow them to become who they are
to be. It is our models who induce in us the desirability of objects. Who we are and what we want is no
longer simply determined by instinct but is borrowed from the different elements of the social “other”
that surrounds us. This social “other” reproduces itself effectively in us as highly malleable
participants. Our freedom (which is real) depends both on our depending peacefully on what is other
than us and precedes us, and on a certain forgetfulness of what has made us to be. That which makes
it possible for the social “other” to reproduce itself in and as us is the enormously more effective
imitative capacity which this particular ape has developed over the millennia by comparison with our
nearest simian relatives.
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mesmo do cavaleiro Amadis, modelo para suas ações e tutor para seus
pensamentos (GIRARD, 2009).
O problema é que do desejo triangular, ao mesmo tempo em que pode partir
uma relação saudável, de mestre-discípulo, também pode surgir uma rivalidade.
Evidentemente, em diversos casos, quando um sujeito tem os mesmos desejos de
um outro, a inveja, a vaidade e a ganância, sentimentos próprios do ser humano
podem se sobressair, gerando o que Girard chama de rivalidade mimética.
Dado este fator se vê que para que um objeto seja desejado por um vaidoso,
só é preciso que ele se convença de que este é desejado por um terceiro, a quem é
agregado certo prestígio (GIRARD, 2009). Pela mediação, é gerado um novo desejo
idêntico. Em suma, é por causa do desejo do mediador modelo que o sujeito
desejante reflete o mesmo objeto. O mediador modelo é de certa maneira também
um obstáculo para o desejante.
Desta maneira conclui-se que
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(Tradução nossa) Imitation among simians clearly contributes to group cohesion and certainly makes
much faster learning possible. But this very same positive dimension of imitation is always poised to
turn into a negative one: Imitation can, and very easily does, flip into rivalry. Thus, as a group
becomes better and better at imitation, so also does the risk grow that the potential for rivalry implicit in
ever-better imitation is able to overcome whatever instinctual braking mechanisms and dominance
patterns the group has. And, this can quickly threaten the group’s survival. The question then arises:
What was it, or is it, that prevents the growing equality among ever more efficient imitators from
leading them to destroy one other? Between the “all together” of imitation and the “all against all” of
rivalry, the merest nothing can suffice to flick the switch.
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Uma passagem que ilustra muito bem esse pensamento é o famoso mito de
Édipo do dramaturgo grego Sófocles. Em resumo, Édipo busca respostas sobre sua
origem e é atingido por uma terrível profecia, onde deve matar seu pai e se casar
com sua própria mãe. Baseado neste mito, o pai da psicanálise Sigmund Freud
fundamenta o Complexo de Édipo. É um termo basicamente usado para descrever
os sentimentos que um menino possui por sua mãe. Seu desejo pela mãe e o
consequente ciúme que ele sente do pai.
Com esta questão, Freud dirá que o desejo do infante pela mãe é um desejo
autônomo, intrínseco a todo homem e que se desenvolve de forma mais aparente
em um do que em outros. Enquanto isso, pela ótica de Girard, é justamente o
oposto, vendo claramente a presença da mediação interna por parte do pai. A
criança imita o desejo do pai pela mãe, algo completamente natural uma vez que
todo homem é mimético, longe da conotação sexual pretendida por Freud
(GIRARD,1990).
Esse exemplo ilustra de forma bastante próxima a mediação interna e o
desejo triangular proposto pela teoria girardiana, também mostra uma crítica
contundente à psicanálise de Freud.
Conclui-se, então, que por causa desta mediação interna a sociedade está
em constante estado de tensão e a qualquer momento pode implodir. O desejo pode
ser nocivo ao bem estar social. As guerras, conflitos, lutas e querelas são gerados
pelo desejo. Deste modo,
Visto que o ser humano padece de uma tensão constante na sociedade, uma
vez que também a violência é mimética e que um grande conflito pode eclodir a
qualquer momento, o homem criou maneiras para expurgar a violência sempre que
esta se instaura em tempos de crise. Em um ambiente de todos contra todos, torna-
se necessário encontrar um culpado pela situação caótica. Este culpado será o bode
expiatório e seu sacrifício deverá trazer de volta a paz uma vez perdida.
O presente capítulo tratará do mecanismo vitimário e do bode expiatório,
sistema que originou a cultura, os mitos e os ritos. Então, torna-se necessária a
compreensão desses conceitos para dar prosseguimento no entendimento da
filosofia de Girard.
momento criam-se uma série de leis e de preceitos que irão ditar o modo de vida
dos israelitas e que serão seguidos pelos judeus até os dias de hoje.
Neste contexto de caminhada pelo deserto, surge um dos dias mais
importantes para a tradição judaica, o Yom Kippur 6, dia do perdão. É nesse dia que
todos os pecados do povo eram expurgados e a paz e a pureza se reestabeleciam
na sociedade israelita. Assim diz a narração bíblica:
Esse ritual de purificação realizado pelo sacerdote lavava o povo dos seus
pecados.
Tal conceito é reinterpretado na visão de Girard, que o adapta à sua teoria
mimética. Na sua obra “O bode expiatório”, na qual explora o fenômeno em questão,
o autor deixa explícito o mecanismo embasado naquilo que ele chama de textos
persecutórios. Assim, o primeiro exemplo que se pode ressaltar é o episódio da
pandemia da peste negra 7.
6 Dia do perdão, a data mais importante do judaísmo, entre setembro e outubro, dedicado às orações
e ao jejum, como demonstração de arrependimento pelas más ações e pecados, solicitando-se
perdão divino e felicidade para o novo ano. Cf. Dicionário Michaelis, in:
<https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/yom%20kippur/> Acesso
em 12 de outubro de 2020.
7 A Peste Negra foi um dos maiores surtos epidêmicos da história da humanidade. A doença era
contraída a partir do contato humano com pulgas infectadas pela bactéria Yersinia pestis que
estavam presentes em ratos. Cf. SILVA, Daniel Neves. "O que foi a Peste Negra?"; Brasil Escola.
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Depois disso veio, veio uma merda falsa, traidora e renegada: foi a
Judeia, a odiada, a perversa, a desleal, que odeia e ama todo mal,
que tanto ouro e prata deu e a cristã gente prometeu, que depois,
rios e fontes, que eram claros e limpos, em muitos lugares
envenenaram, e muitos suas vidas terminaram, pois aqueles que
deles usavam logo repentinamente faleciam 9 (apud GIRARD, 2004,
p. 7).
trovadores" e um dos expoentes da ars nova codificada por Philippe de Vitry. Cf. Guillaume de
Machaut in Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2020. Disponível
em: <https://www.infopedia.pt/$guillaume-de-machaut>. Acesso em 04 de setembro de 2020.
9 Cf. Obras de Guillaume de Machaut, publicadas por Ernest Hoeppfner, I, Le Jugement du Roy de
Ali onde, alguns instantes antes havia mil conflitos particulares, mil
pares de irmãos inimigos isolados uns dos outros, novamente existe
uma comunidade, completamente uma no ódio que lhe é inspirado
por um só de seus membros. Todos os rancores disseminados em
mil indivíduos diferentes e todos os ódios divergentes vão convergir,
de agora em diante, para um indivíduo, a vítima expiatória (GIRARD,
1990, p. 105).
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Pode-se dizer que é quase por acaso que a vítima é escolhida. O mecanismo
vitimário é, portanto, todo este processo: desde a designação de um culpado pelos
perseguidores (dominados pela violência mimética) até o consequente assassinato
coletivo desse, como bode expiatório.
É nesse mecanismo que o ser humano está imerso. Também deve ser dado
um certo destaque aos estereótipos da perseguição:
Assim sendo, o que ocorre é uma junção dos estereótipos, que causam o
estado de crise mimética e, consequentemente, permeiam o mecanismo vitimário.
Esse mecanismo é o que faz com que a humanidade exista até hoje. A
expiação dos pecados afastava os tempos de crise, e é nesse passo que a violência
se encontra com o sagrado e que a teoria de Girard se apronta para explicar a
origem das religiões, dos mitos e das idolatrias.
Para discorrer sobre o tema dos mitos 11, cabe, antes de tudo, uma breve
explicação do conceito, apontando a origem e a função desse sistema.
O mito é um termo advindo do grego, mythos, que retrata uma narrativa de
teor fantástico, em que certos personagens misturam as suas características
humanas com poderes e habilidades divinos. A mitologia grega, por exemplo, surgiu
da curiosidade que os povos helênicos possuíam de explicar a gênese da vida e as
11 O mito (em grego clássico: μυθος; romaniz.: mithós) História fantástica de transmissão oral, cujos
protagonistas são deuses, semideuses, seres sobrenaturais e heróis que representam
simbolicamente fenômenos da natureza, fatos históricos ou aspectos da condição humana; fábula,
lenda, mitologia. Interpretação ingênua e simplificada do mundo e de sua origem. Relato que, sob
forma alegórica, deixa entrever um fato natural, histórico ou filosófico. Cf. Dicionário Michaelis, in:
<https://michaelis.uol.com.br/modernoportugues/busca/portuguesbrasileiro/mito/#:~:text=1%20Hist%C
3%B3ria%20fant%C3%A1stica%20de%20transmiss%C3%A3o,mundo%20e%20de%20sua%20orige
m.> Acesso em 12 de outubro de 2020.
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12Nasceu em Provins, na França, em 1914. Formado em filosofia, foi dirigente da Resistência durante
a Segunda Guerra e membro do partido comunista até 1970. Em 1958, tornou-se professor da École
des Hautes Études en Sciences Sociales. Publicou mais de quinze livros, como a trilogia Mito e
pensamento entre os gregos, Mito e sociedade na Grécia antiga e Mito e religião na Grécia antiga. É
professor honorário do Collège de France. Morreu no ano de 2007 na cidade de Sèvres. Cf.
Companhia das Letras, in: <https://www.companhiadasletras.com.br/autor.php?codigo=01177>
Acesso em 9 de outubro de 2020.
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2.4 O sacrifício
13 Entre la concepción de los Bráhmanas y mi teoría, las coincidencias son demasiado numerosas e
impresionantes como para que sean fruto del azar. Al lado de las indiscutibles convergencias hay
divergencias pero lejos de contradecir la teoría mimética, corresponden al mínimo de ilusión sin el
cual el sacrificio se hace imposible. Para que el sacrificio sea posible, es necesario creer que la
víctima original es responsable del desorden mimético antes y después, por la intermediación de la
violencia unánime, del retorno al orden. Se hace referencia a un dios, se cree, que, después de haber
perjudicado a la comunidad, ha tenido piedad de ella y le ha enseñado el sacrificio.
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Desde muito cedo na narrativa bíblica existiram os conflitos. Caim mata seu
irmão Abel num clássico exemplo da violência mimética:
14 Ángel Jorge Barahona Plaza nasceu em 1957 em uma cidade de Salamanca onde seu pai era
professor. A sua vida universitária desenvolveu-se em Valência e continuou em Madrid, onde reside
atualmente. É doutorado em Filosofia pela Universidade Complutense. Ele é casado e tem quatro
filhos. Atualmente trabalha como Diretor de Ciências Humanas da Universidade Francisco de Vitoria.
Ele também é professor da Faculdade de Filosofia da Universidade San Dámaso e da Universidade
CEU San Pablo. É também professor itinerante da Faculdade de Teologia «R.M. Juan Pablo II »de
Callao (Peru), do Centro Católico de Estudos Teológicos Diego Luis San Vitores de Guam (EUA) e
dos seminários Redemptoris Mater de Takamatsu (Japão), Sydney (Austrália), Manágua (Nicarágua)
e Brasília (Brasil) (tradução nossa). Cf. Ediciones Encuentro, in:
<https://www.edicionesencuentro.com/autor/angel-barahona/> Acesso em 15 de outubro de 2020.
15 Propongo que nos adentremos em um mayor nível de complejidad, poniendo em comparación a la
tanto, sus armas para controlarla resultan siempre ridículas y peligrosas porque la potencian de
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Esta denúncia que o comentador faz aos intelectuais reflete uma escassez de
estudos sobre a violência. A cegueira destes se deve a ver “a Paixão de Cristo como
um mito a mais entre os outros 18” (BARAHONA, 2012, p. 9, tradução nossa) e assim
não conseguem ver o antidoto para a violência. A lógica sacrifical dos mitos é de tal
forma inconsequente que vai pouco a pouco dissimulando o homem.
Para dar prosseguimento no estudo deste termo devemos retomar o episódio
de Caim e Abel e fazer a comparação com um novo exemplo, o de Romulo e Remo:
manera exponencial cada vez que intentan atajarla. No se han dado cuenta de que las religiones son
intentos infructuosos de controlar esa fuerza natural.
18 La Pasión de Cristo como um mito más entre otros.
19 Obsérvese la diferencia entre Caín y Abel por um lado y Rómulo y Remo por outro. Remo es
culpable, su muerte es justa, puesto que Rómulo es el fundador glorificado em Roma. En cambio, en
la Biblia irrumpe uma escandalosa diferencia – por inédita – Dios pregunta a Caín: “¿Dónde está
Abel, tu hermano? ¿Qué has hecho?”. Dios acepta, es certo, fundar el género humano sobre esta
base del asesinato, pero se preocupa por la suerte de Abel, víctima inocente.
20 Sólo la Biblia “desviolentiza” lo sagrado. El cristianismo contradisse de golpe los mitos.
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Os evangelhos retratam o episódio da degolação de São João Batista, da qual Herodes é o
responsável. Cf. Mt 14 1-12; Mc 6,14-29; Lc 9,7-9.
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¿De qué manera el cristianismo retoma la piedra rechazada por los constructores, para hacer uma
piedra fundadora, angular? Lo arcaico, la sacralización de los chivos expiatórios viene desacralizado
por el judaísmo que “desdiviniza” as víctimas y “desvictimiza” a Dios; es la separación y la
transcendencia absoluta. En el cristianismo, Dios es la víctima de nuevo. Es víctima divina. Es pues
normal que para el judaísmo, y para el Islam, el cristianismo aparezca como na regresión mitológica.
Em realidade, no lo es em absoluto, ya que la víctima sigue siendo inocente. Mientras que, em el
mito, la víctima es siempre, de una o outra manera, culpable.
23 Conceito central da filosofia grega que possui inúmeras acepções em diferentes correntes
Tocado pela paixão de Cristo, o homem deve sofrer uma abrupta mudança de
mentalidade. O homem que sofre o processo de conversão não deve ver mais o
cristianismo como uma “nova religião em continuidade com os sacrifícios antigos 25”
(BARAHONA, 2012, p. 30, tradução nossa), mas como via de revelação da verdade.
Desta forma, Girard defende que existe uma necessidade de conversão para
que se enxerguem os bodes expiatórios; visualizando-se desta maneira todo o
mecanismo de violência:
É interessante como no caso destes dois santos, tidos como pilares da igreja,
a história data tempos em que eles foram perseguidores. Pedro nega a Jesus Cristo
por três vezes, em episódio comentado por Girard como um exemplo de estrutura
24 La fe en la resurrección condiciona el conocimiento de uma verdad puramente antropológica. La
conversión es uma condición previa al conocimiento. No se puede entender nada si uno no está
predispuesto a entender y a abrirse a uma verdad que no es la suya.
25 Una nueva religión em continuidade com los sacrifícios antigos.
26 Conocer a la víctima expiatória necessita uma espécie de conversión, porque significa conocerse a
sí mismo como perseguidor [...]. Las dos grandes conversiones que están al final de los Evangelios,
uma antes de la muerte de Jesús – la segunda conversión de Pedro, después de su negación – y la
otra – la de Pablo – que viene detrás de la muerte de Jesús: se trata en los dos casos de un
conocimiento de sí en tanto que perseguidor. Pedro reniega de Cristo y Pablo persigue a los
primeiros cristianos.
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARISTÓTELES, Poética, In: Poética e Tópicos I, II, III e IV. Trad. Marcos Ribeiro de
Lima - São Paulo: Hunter Books, 2013.
GIRARD, René, Mentira romântica e verdade romanesca. Trad. Lilia Ledon da Silva -
São Paulo: É Realizações, 2009.
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GIRARD, René; GOUNELLE, André; HOUZIAUX, Alain, Deus: uma invenção? Trad.
Margarita Maria Garcia Lamelo - São Paulo: É Realizações, 2011.
JOÃO PAULO II, Carta Encíclica Fides et Ratio, Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1998.
PLATÃO, Íon, In: Diálogos (I). Trad. Carlos Alberto Nunes - Pará: UFPA, 1973.
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SILVA, Daniel Neves. O que foi a Peste Negra?, s.d., Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-foi-a-peste-negra.htm. Acesso
em 04 de setembro de 2020.