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1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3
4 ÊXODO ............................................................................................................. 8
5 LEVÍTICO ...................................................................................................... 15
6 DANIEL .......................................................................................................... 24
7 ZACARIAS ..................................................................................................... 57
9 HEBREUS ....................................................................................................... 76
10 APOCALIPSE .............................................................................................. 89
1 INTRODUÇÃO
Pergunta: Por que a IASD tem uma doutrina como a do santuário celestial?
Se lermos os credos e crenças de outras igrejas notarão que nenhuma delas tem uma
doutrina especifica sobre o santuário. Nem os Batistas, Metodistas, Presbiterianos ou qualquer
outra igreja. Os ASD são os únicos a manterem tal doutrina. A pergunta é: Por que temos esta
doutrina? Ao fim do curso faremos uma breve recapitulação sobre a teologia da doutrina, que
vai tratar de alguma forma sobre a importância da doutrina. Inicialmente, entretanto,
mencionamos três pontos desta importância:
1. Porque nós cremos que um trabalho especial iniciou-se neste local — o santuário - em
1844, um trabalho de julgamento, a fase final do trabalho no santuário celestial e, quando esta
fase final terminar, Jesus virá e a história da humanidade, como nós a conhecemos, terá o seu
fim. Além disso, nós cremos que a IASD foi estabelecida para anunciar que este julgamento
está acontecendo. Nós cremos neste anúncio especialmente contido no livro de Apocalipse — a
tríplice mensagem angélica de Apoc. 14. Portanto, é uma doutrina especial que cremos
pertencer a uma obra especial que esta igreja está fazendo. Mas há ainda um ponto mais
importante:
2. Por que é que o santuário é tão importante em toda a Bíblia? Não aparece só no final
da Bíblia. A razão é a seguinte: o santuário é o centro, o quartel—general do plano da salvação.
O plano de Deus para salvar o homem está centralizado no santuário celestial. E isto é verdade
em toda a história bíblica. Isto foi verdade no tempo do A.T., também verdade no tempo do
N.T., e é verdade nos dias de hoje. O plano da salvação está centralizado ou tem o seu foco, seu
ministério, é realizado no santuário celestial. Portanto, não tem que ver com o julgamento no
tempo do fim, mas está relacionado com a salvação do homem em todo tempo.
3. A doutrina do santuário nos diz o seguinte: o que Deus está fazendo no momento
presente? é uma descrição de uma ação contemporânea, daquilo que Deus está fazendo no
santuário celestial - E isto tem que ver com a salvação eterna do homem.
No tempo intermediário, depois de Sua ressurreição, Cristo subiu ao Céu e iniciou Seu
trabalho no santuário celestial. Isto é o que nos relata o livro de Hebreus — Jesus, nosso grande
Sumo—sacerdote, que sempre viveu para interceder por nós.
Este trabalho de intercessão é a primeira fase de Seu trabalho no Santuário celestial. Em
1844 atingimos a segunda fase, especialmente do julgamento de que falam os livros de Daniel e
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Apocalipse. Isto é um esboço geral do trabalho no santuário terrestre, que foi então sucedido
pelo trabalho no santuário celestial. Esta é uma grande transição, a qual foi profetizada em
Daniel 9, onde fala sobre a reconstrução do templo terrestre, em primeiro lugar, a seguir da
destruição deste templo terrestre e então da unção do santuário celestial. Hoje, se queremos
obter salvação, vamos, pela fé, diretamente ao Sumo-sacerdote que está neste santuário
celestial. No sistema do VT, se alguém queria salvação, ia ao templo e oferecia sacrifício.
Consideremos um exemplo: um indivíduo que vivia do outro lado do Jordão, que foi
impressionado com o conhecimento do verdadeiro Deus, pelo seu contato com os Israelitas,
como poderia ser salvo? Que programa teria Deus, neste mundo, para salva—lo? A resposta é:
ele deveria ir ao templo em Jerusalém, oferecer seu sacrifício nesse templo e, assim fazendo, ele
entrava em concerto com o verdadeiro Deus. Este é o plano vétero—testamentário da salvação.
Isto não significa que, ao mesmo tempo, houvesse um santuário celestial. Temos um número
importante de passagens no VT que indica que as pessoas entendiam que existia um santuário
celestial, que o que acontecia no santuário terrestre e celestial era o mesmo, ou seja, era um só
ministério. Este é o esboço geral sobre a obra no santuário e, agora, preencheremos este esboço.
Consideraremos os livros de Génesis, Levítico, Zacarias, João (na vida e morte de Cristo), e,
finalmente, os livros de Hebreus e Apocalipse.
3 PERÍODO PATRIARCAL
Pode—se dizer que, no período dos patriarcas, não havia nenhum templo. Sem dúvida
não havia templo, mas havia altares e sacrifícios, e os altares e sacrifícios são uma prefiguração
deste santuário.
Conforme sabemos, o plano da salvação não foi elaborado após a queda; Deus tinha o
Seu plano já pronto. Ellen White diz em Patriarcas e Profetas que Adão e Eva ofereceram
sacrifícios no portão do jardim do Éden — na Bíblia isto não é especificamente mencionado.
Deus deu a nossos primeiros pais vestes feitas de pele de cordeiro, mas não foi um sacrifício
oferecido por eles. O primeiro sacrifício especificamente mencionado encontra—se em Génesis
4, na história de Caim e Abel. Ambos trouxeram sacrifícios, cada um trouxe parte daquilo que
produziram, seus produtos, mas Deus só aceitou o sacrifício de Abel, rejeitando o de Caim. é
interessante ver como o sacrifício de Abel é descrito em Génesis 4:4 — nesta referência sobre o
sacrifício de Abel é dito que ele trouxe a gordura do sacrifício.
Como oferecer a gordura do sacrifício? Se oferecermos isto, é importante que se mate o
animal; portanto, é a primeira menção do sacrifício de um animal na Bíblia.
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Não é mencionado aqui especificamente que ele tenha oferecido este animal sobre UM
ALTAR, mas temos aqui o primeiro caso de um ser humano oferecendo sacrifício.
O ALTAR é mencionado em outro texto próximo — Gên. 8:20 — onde diz que Noé
"levantou um altar". Aqui temos uma referência específica a um altar e a primeira
referência bíblica sobre um altar onde um sacrifício é oferecido. Assim, Abel é o primeiro a
oferecer um sacrifício e, na história de Noé, o primeiro altar de sacrifício é mencionado e as
ofertas queimadas são expostas por Noé. É dito o que ele fez com esses sacrifícios e também é
dito como ele selecionou os animais. A história real sobre o uso desses altares é aumentada ao
se explicar a história de Abraão, o qual foi chamado pela fé, para vir para a terra de Canaã. O
primeiro lugar onde ele pára ao vir para Canaã é a cidade de Siquém. Gênesis 12:6 diz que ele
chega a Siquém e, no verso seguinte, é dito sobre o altar que Abraão edificou. Não é dito que ele
tenha oferecido um sacrifício sobre este altar, mas a implicação lógica é que ele ofereceu.
Observemos o contexto: a primeira parte deste verso fala sobre o concerto que Deus estabeleceu
com Abraão e a segunda parte da edificação do altar por Abraão. A construção, portanto, deste
altar, é colocada no contexto do concerto.
Como sabemos, o concerto é ratificado com sacrifício. Portanto, o símbolo neste verso é
o seguinte: Abraão ratifica o concerto feito com Deus com sacrifício, mas, indubitavelmente ele
continua a usar este altar para o culto. E é isto o que encontramos no altar seguinte, como
relatado no verso 8 - Abraão vai para um local mais distante (Betel) onde constrói um outro
altar ao Senhor e, neste altar, é dito que ele invocou o nome do Senhor, uma afirmação que
significa mais especificamente uma oração. Outra função, portanto, do altar patriarcal, é o
oferecimento de orações, mas novamente diríamos que isto inclui o sacrifício de animais.
Temos implicitamente o sacrifício de animais nos dois casos, mas no primeiro caso vemos o
altar no contexto do concerto e, no segundo, falando de oração e culto.
No capítulo 13, verso 4, Abraão já havia estado no Egito e volta agora para Canaã.
Ele vem ao mesmo local de Betei, onde estivera antes, onde reconstrói — ou constrói
outro — o altar. Novamente o invocar o nome do Senhor é oração, mas oração num contexto de
culto. Seu destino final em Canaã era mais para o sul, em Hebrom. Assim, em 13:18 fala de
sua chegada a Hebrom e do que ele fez ali — levantou um altar ao Senhor, é claro qual era o
costume de Abraão nestas referências: onde quer que ele fosse, ou parasse, ele construía um
altar e sobre este altar ele invocava o nome do Senhor, que significa oração, e estes altares
tinham como propósito sacrifício.
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Quando chegamos ao capítulo 15 voltamos a ver especificamente o sacrifício de
animais, mas não em relação a um altar. Novamente temos o sacrifício mencionado que ratifica
ou confirma um concerto. É a história de Abraão, que toma vários animais, imola—os e
reparte-os ao meio e os coloca sobre o chão. Ele espera e ora a Deus. A aprovação divina é
demonstrada quando Deus passa como se fosse fogo entre esses sacrifícios. E isto demonstra
duas coisas:
Temos neste caso um sacrifício de animais sem uma referência específica a um altar,
pois parece que ele esta oferecendo estes sacrifícios sobre o chão.
Mas o caso mais importante na vida de Abraão sobre a oferenda de um sacrifício
aparece próximo ao fim de sua vida, quando finalmente ele tem o seu filho da promessa (que
era. tudo o que tinha) e Deus lhe pede para sacrificar este filho. A história encontra-se em
Gênesis 22. No verso 9 temos a referência a um altar, conforme Os outros casos de sua vida. Ele
constrói um altar (e Isaque sabe muito bem o propósito dos altares construídos por seu pai: para
sacrifícios) e aqui então vem o assunto principal: onde está o sacrifício? Isaque então se dá
conta de ele próprio será o sacrifício. Ellen White descreve a cena dizendo que Isaque, sendo
jovem, poderia facilmente suplantar a seu pai e escapar, mas não o faz; ele tem a mesma fé que
seu pai, crê que seu pai de fato falou com Deus e então, voluntariamente, oferece—se para o
sacrifício, aceita partilhar a mesma fé de seu pai.
Sabemos que Deus estava fazendo com Abraão o teste supremo - e ele é aprovado.
Ele tinha tanta fé que creu numa coisa que era tão difícil crer. Deus respondeu a esta fé
providenciando um substituto para o sacrifício. Novamente Ellen White descreve que os anjos
do céu, ao contemplarem a cena, tiveram uma nova compreensão do plano da salvação, da
relação entre o Pai e o Filho, de como o Filho viria a esta Terra e, de modo voluntário,
ofereceria a Sua vida. Temos aqui, portanto, um tipo do oferecimento do Filho numa data
posterior.
Para nosso propósito presente tenhamos em mente o uso do altar: o cordeiro que era
providenciado deveria ser sacrificado sobre o altar - este é o local onde o sacrifício é feito,
conforme todas as passagens do tempo patriarcal. Neste tempo, portanto, o altar é o local onde a
salvação é operada, mediante os sacrifícios oferecidos sobre ele.
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A prática de construir altares continua na vida e experiência de Jacó. Quando volta para
Siquém, onde seu pai primeiramente tinha vindo, constrói, um altar e lhe dá um nome, que pode
ser traduzido El "o Deus de Israel". Este altar, portanto, é dedicado a um Deus pessoal.
Lembremos que, nesse tempo, não havia uma nação de Israel; Israel é o nome pessoal de Jacó.
(Cf. Gên. 33:18-20).
A última referência que encontramos está em Génesis 35:7, quando Jacó volta a Betel.
Foi nesse lugar, onde, anteriormente, ele tivera uma revelação de Deus. Ali ele constrói um altar
e, novamente, lhe da um nome. O nome do altar deriva do local ande foi construído, e pode ser
traduzido como "Casa de Deus". Em adição, portanto, no tempo de Jacó temos algo a mais em
relação aos altares e este algo mais é o costume de se dar nome aos altares.
4 ÊXODO
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Samuel — e ele deve cumprir aquilo que Sansão não fez. Quando chegamos à história do
nascimento de Jesus, a história mais relatada na Bíblia, a maior de todas, ela indica que o maior
de todos os libertadores chegou. Não é Aquele que vai livrar do Egito, mas de um inimigo
maior. Este é o que nasceu para nos livrar do pecado. As histórias de nascimento na Bíblia,
portanto, têm uma função teológica - anunciam a vinda de um libertador.
Capítulos 7 — 12: fala sobre o diálogo com Faraó e as pragas.
Capítulos 12 — 15: como resultado da última praga ocorre a libertação de Israel, o
Êxodo. Moisés lidera agora o povo para fora do Egito. Eles são libertados através do mar, dos
egípcios, que se afogam, e não mais se verá esses egípcios. Então continuam a viagem, a
caminho do Sinai.
Capítulos 16 - 19: a primeira coisa acerca da experiência do povo no Sinai é que há
uma aparência, ou semelhança, geral entre o Sinai e o santuário. Consideremos alguns versos
em Êxodo 19: - Vemos como o povo é preparado ao pé da montanha. O povo deve se consagrar,
se santificar, mas notem onde ele deve estar localizado: "marcarás em redor da montanha
limites ao povo, guardai de subir ao monte, nem toqueis nos seus termos" (v. 12). Portanto, o
povo de Israel que está no acampamento e se consagrou deve colocar limites ao pé da e não
deve -subir, e nem mesmo tocar, a montanha.
Em seguida vemos o aparecimento do Senhor. Notem a Sua aparição: "ao amanhecer do
terceiro dia — trovões e relâmpagos e uma espessa nuvem sobre o monte, e clangor de
trombetas, de maneira que todo o povo que estava no arraial se estremeceu" (v. 16). E no verso
18 é dito que Deus desce em fogo e fumaça, vemos a majestade e glória de Deus sobre o monte,
uma nuvem sobre a montanha e a glória do Senhor se manifesta sobre esta nuvem. Então
instruções são dadas a Moisés (v. 20) e Deus chama Moisés para o cimo do monte (verso 22);
alguns sacerdotes devem ir com ele e, no v. 24, Arão também deve ir. Portanto, há dois grupos
de pessoas aí: um grupo vai até uma parte da montanha - os sacerdotes e Arão; mas Moisés se
aproxima da Pessoa de Deus, e deixa essas pessoas para trás.
A sugestão é que um quadro aproximado do santuário está sendo descrita. Vemos na
planície o que poderíamos chamar de pátio; os sacerdotes vão até parte do caminho, o que
chamaríamos de lugar santo; mas a presença de Deus, que mais tarde será chamada Shekinah
(este termo não é bíblico. foi colocado posteriormente ao tempo bíblico, é uma palavra
hebraica, mas o hebraico falado após o tempo bíblico. Na Bíblia o termo equivalente é
KABOD, que significa a glória, o resplendor que circunda a pessoa). Portanto, Moisés foi até o
lugar que chamaríamos de santíssimo, manifestado pela presença de Deus. E é nesta ocasião
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que os Dez Mandamentos (que estão dentro da arca, no santíssimo) são dados, e é isto o que
temos em Êxodo 20.
Capítulo 20: é importante o conteúdo deste capítulo. Sabemos que parte contém os Der
Mandamentos (vv. 1-17). E o povo novamente olha para o topo do monte, e a manifestação de
Deus lá é estarrecedora. O povo pede a Moisés que fale com Deus.
Então, no verso 21, temos a segunda instrução deste capítulo: Moisés se chega próximo
a Deus e Ele lhe dá novas instruções, desta vez sobre os altares. Duas instruções diferentes são
dadas sobre como construir o altar: (a) eles deveriam fazer o altar de tijolos ou então de pedras
— e vejam a conexão: Ele dá as leis e então o tratamento quando a lei é quebrada (o que deveria
ser feito no caso de ser quebrado o mandamento). Temos aqui, portanto, um par muito
importante, que em teologia posterior poderíamos chamar do seguinte: com as leis Deus nos diz
como viver (sem dúvida vivemos estas leis pelo poder que Jesus Cristo, o Filho de Deus, nos dá,
e há um nome específico em teologia que chamamos de Santificação, ou vida santificada). Mas
o que acontece quando se cai deste estado de vida santificada?
Se se quebra estas leis? é necessário um -sacrifício. No sistema vétero—testamentário
era necessário um sacrifício sobre o altar; no sistema neo-testamentário temos este sacrifício,
o sacrifício de Cristo, de uma vez por todas. O que é cumprido neste caso é aquilo que nos dá a
Justificação. Em Êxodo 20, portanto, temos a justificação no altar e a santificação, que é viver
as leis. A razão para a indicação deste ponto é porque temos um bom número de Adventistas
que parece ter problemas no relacionamento entre a justificação e a santificação. Alguns vão a
extremos na justificação e outros na santificação.
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antigo, encontramos o seguinte: o acordo de Deus é "Eu serei o vosso Deus" e Israel é parte
deste acordo, "Vós sereis o Meu povo". Aí é onde os dois se encontram as duas partes do
concerto. Num verso, numa sentença, temos o centro, o coração do concerto.
Tem sido dito algumas vezes que este é o concerto das obras, porque eles deviam
guardar todas estas leis, mas deveria ser visto que guardar estas leis é algo que nasce de um
acordo, um concerto. O guardar das leis é algo que nasce do relacionamento entre as duas
partes. Quando Deus diz: "vós sereis o Meu povo", Ele está dizendo "sereis a Minha nação
eleita, de todas as nações do mundo Eu escolhi a vós" — isto é eleição, escolha, e é através da
graça de Deus que Israel foi escolhido. Portanto, este velho concerto está fundamentado na
graça e misericórdia de Deus. Agora, portanto, Deus escolhe e estabelece esta nação como a
Sua nação eleita, e então dá a esta nação todas estas leis. Ele dá leis religiosas e políticas, que
chamamos de leis civis. Como parte destas leis religiosas estão às leis cerimoniais do santuário
e agora, ao considerarmos estas leis, veremos o sacrifício, a expiação.
Não é possível dizer, portanto, que este concerto é um concerto de obras, quando as
próprias leis estão providenciando agora o sacrifício para a expiação.
A questão é da relação das obras. O povo que estava ao pé do Sinai guardou as leis
porque as leis constituíam o concerto feito com Deus, ou seria o contrário, eles entraram em um
relacionamento de concerto com este Deus e, como consequência deste concerto, eles
guardaram as leis? Realmente a segunda opção: o velho concerto, bem como o novo concerto,
ambos são concertos de graça. Ao compararmos os dois, o velho e o novo, em ambos os casos,
em primeiro lugar entram num relacionamento de concerto. Em ambos os casos, como
consequência, vão viver de uma determinada maneira, as obras como fruto, ou produto, deste
relacionamento. O velho e os novos concertos são estabelecidos na graça. Vemos esta graça
mais claramente na cruz. Mas aqui vemos a graça no sistema de sacrifícios e vemos também na
eleição de Israel, portanto, ambos são baseados na graça.
Será que eles tiveram uma experiência de justificação pelas obras neste concerto?
Será que este foi um uso inadequado do antigo concerto? Será que temos alguma
experiência de justificação pelas obras no novo concerto? Sim. Também é um uso inadequado
deste concerto. Portanto, uma tentativa de justificação pelas obras existe tanto no velho como
no novo concerto, é sobre isto que os profetas estão reclamando com o povo ao dizerem a
palavra do Senhor que não tolera mais os sacrifícios que o povo está oferecendo, porque eles
estão usando inadequadamente estes sacrifícios; eles estão oferecendo sacrifícios sem pensar
no que estão fazendo. Não é o sistema sacrificai o problema, mas o uso inadequado do sistema.
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A última metade do Livro de Êxodo fala como o santuário deveria ser construído. E
eles de fato construíram o santuário desta forma. O código do concerto é finalizado no capítulo
23 e notem o que Moisés faz no capítulo 24: ele recebe as leis de Deus, desce da montanha e,
quando desce (v. 4) ele se levanta bem cedo e erige um altar.
A segunda parte do capítulo 2O de Êxodo diz "constrói um altar" e agora, no capítulo
24, vemos a realidade, um altar que é construído por Moisés. Notem que este altar não é o
mesmo altar que será utilizado no santuário mais tarde. Poderíamos chamar este de um altar
"temporário", um altar que é usado até que o santuário seja construído. A construção levou um
ano e, durante este ano em que a construção estava em andamento, este era o altar que era
usado. Deus não esperou um ano para que o sistema de sacrifícios se iniciasse. No primeiro
momento em que Moisés desce da montanha ele construiu o altar e ofereceu sacrifícios sobre
este altar.
Notem o que ele fez com o sangue deste sacrifício: parte do sangue é derramado ao
pé do altar e o resto é espargido sobre o povo; isto significa que este concerto está sendo
ratificado, estabelecido.
No restante do Livro de Êxodo, considerando os capítulos 25 a 30, há algumas
instruções sobre como construir o santuário. Há, então, um interlúdio, e o assunto é retomado
nos capítulos 36 a 39. E o mesmo ciclo é retomado no capítulo 40. Esta é, portanto, a estrutura:
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. v. 30 - instrução sobre o candelabro.
O que deveria seguir-se nesta ordem de dentro para fora seria o altar de incenso, mas
não é esta a ordem de instrução, é falado sobre as cortinas, a tenda em geral, o pátio e no
capítulo 30 encontramos a instrução sobre o altar de incenso: "porás o altar defronte do véu...
onde Me avistarei contigo" (v. 6). A instrução sobre a construção do altar de incenso foi à
última. Somente depois de serem dadas as instruções de construção de todas as partes do
santuário é que vem a instrução de como construir o altar de incenso. Notem o propósito
especial deste altar de incenso: encontrar Deus neste lugar, diante da arca, diante do
propiciatório. A razão para esta alusão é porque devemos considerar o livro de Hebreus
9:1—4: parece indicar que o altar pertence ao lugar santíssimo. Geograficamente o altar se
encontrava no lugar santo, mas em relação ao ministério ele pertencia, segundo o livro de
Hebreus, ao lugar santíssimo. Há comentaristas que dizem que o autor do livro de Hebreus não
conhecia a geografia do santuário, que os detalhes não estavam claros, por isso ele colocou o
altar no compartimento que não era próprio. Em realidade, ele não usa a preposição "em", ele
usa um verbo que tem uma preposição. O que o autor está fazendo aqui é uma consideração ao
capítulo 30 de Êxodo, em que o propósito do altar de incenso é de ministério no lugar
santíssimo; o incenso que está sendo queimado sobre este altar ultrapassa a cortina diante da
presença de Deus cada dia, não somente uma vez por ano. Esta era a função do altar de incenso.
E a instrução dada a Moisés no livro de Êxodo reconhece isto ao colocar neste local o altar e o
autor de Hebreus está mencionando este fato. Isto tem que ver com o princípio geral de
construção - do mais santo para o menos santo.
Consideremos novamente o livro de Êxodo (25:8) - o propósito final, supremo, deste
santuário, é que Deus pudesse habitar no meio deles. O verso seguinte fala de como Moisés
deveria construir este santuário — segundo o modelo que lhe foi mostrado no monte. O
vocábulo hebraico usado aqui è TABNIT e, quando o autor de Hebreus menciona este verso usa
o termo TUPÓG, que podemos reconhecer como a palavra "tipo". A pergunta é a seguinte: O
que Moisés viu? Há estudos bastantes sobre este termo, mas basicamente ele viu um tipo de
modelo ou objeto. O que ele não viu, segundo o uso que se faz deste termo, foi uma planificação
arquitética; viu um modelo, um objeto, mas não um detalhe em planos. Há três ideias sobre o
que Moisés viu:
1. Santuário celestial;
2. Modelo do santuário celestial;
3. Modelo do santuário terrestre.
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Primeiro Deus mostrou a Moisés, depois deu—lhe uma ordem para construir.
v. 40 - os objetos dentro do santuário também têm um modelo ( altar , candelabro,
mesa dos pães).
FORMA - encontrada no livro de Êxodo.
FUNÇÃO - encontrada no livro de Levítico.
Êxodo 4O - a pergunta é: como eles colocaram para funcionar este tabernáculo?
Os primeiros oito versos dizem respeito a construção ou montagem do santuário.
O verso 8 diz o que eles devem fazer após esta montagem, como inaugurar o ministério
do santuário.
Versos 9 e 10 — Unção de cada objeto do santuário, depois a tenda também é ungida.
Verso 12 — as pessoas são ungidas (Arão e seus filhos).
Esta unção é um sinal de que agora o santuário entra em serviço. Ele é ungido, portanto,
para um serviço específico.
Será que as pessoas do VT, ao estarem diante do templo, compreendiam que este templo
ou santuário, tinha alguma relação com o templo celestial?
I Reis 8 — Esta passagem trata do discurso de Salomão, quando o templo foi
inaugurado, o início do ministério deste templo de Salomão. O que Salomão diz neste discurso
ajuda a compreender o relacionamento entre este templo e o templo celestial.
Verso 27 - será que este templo é suficiente para conter a presença divina? Não, ele sabe
que Deus é muito maior que aquele templo, mesmo o próprio céu não é suficiente para conter a
presença de Deus. Início de uma oração com uma série de pedidos: quando algumas coisas
negativas ou más acontecerem com o povo e eles orarem ao templo:
v. 30 u.p. — "ouve a súplica...quando orarem neste lugar, ouve do céu"
v. 34 — "ouve do céu e perdoa o pecado de Teu povo"
vv. 35-36 — pedido do povo e a resposta vem do céu.
v. 39 — novamente a resposta vem do céu.
vv. 42-43 - o mesmo,
vv. 44-45 — o tema se repete.
O panorama é o seguinte: aqui está a pessoa que vem orar para este templo e, quando a
pessoa orar para este templo, Deus, do céu, vai ouvir e responder à oração. Há uma conexão,
portanto, bastante íntima entre o santuário terrestre e o celestial. E isto foi reconhecido
claramente nos tempos do VT, e Salomão confirma isto nesta oração.
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5 LEVÍTICO
Lev. 16:16 — tudo o que foi exposto anteriormente é tratado no dia da expiação.
Cap. 15:31 — Sumário do capítulo - impureza que contamina, profana, o lugar da
presença de Deus.
Os eruditos, examinando a segunda parte do livro de Levítico, que é constituída
basicamente por leis, deram-lhe um nome especial: CÓDIGO DE SANTIDADE, porque a
motivação para a guarda destas leis é dada dentro das próprias leis. Por exemplo: Levítico 19:2
— nós servimos a um Deus santo, portanto nós devemos viver uma vida santa para Ele. E esta é
a razão pela qual chamamos esta parte do livro de CÓDIGO DE SANTIDADE, porque a
motivação para a guarda destas leis é dada nas próprias leis. "Sereis santo, porque Eu sou
santo", portanto, se servimos a um Deus santo, devemos viver uma vida santa. E este ainda é
um bom motivo hoje.
Não é dito para obedecer a estas leis para obter a vida eterna; a santidade de Deus, diante
de quem estamos, é a motivação para viver uma vida santa. Em Teologia isto é chamado de
SANTIFICAÇÃO, daí o nome CÓDIGO DE SANTIDADE.
Reconsiderando a primeira seção do livro: temos os sacrifícios que são 22
apresentados, e os sacrifícios que devem trazer esta expiação dos pecados.
Levítico 4:20 — dois pontos a serem considerados:
a. A expiação terá sido feita;
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b. Por causa desta expiação o indivíduo terá o perdão.
Quando falamos sobre a expiação e o perdão que esta expiação traz, chamamos a esta
experiência de JUSTIFICAÇÃO. A primeira metade do livro de Levítico trata da justificação e
a segunda metade trata da SANTIFICAÇÃO. Novamente vemos este equilíbrio na vida
espiritual. Não é só justificação nem só santificação; existe um equilíbrio perfeito entre os dois.
Podemos chamar a este equilíbrio de EVANGELHO
NO LIVRO DE LEVÍTICO. 0 livro de Levítico está ensinando o Evangelho através
destas duas seções.
O clímax deste esboço, o centro do livro, é o DIA DA EXPIAÇÃO. For que o dia da
expiação se encontra neste ponto? 0 clímax de todo o sistema de sacrifícios aponta para este dia
da expiação. O tratamento preliminar para o pecado e o tratamento preliminar para a impureza,
agora encontra o seu tratamento final e amplo neste dia, portanto, toda a primeira parte do livro
aponta para este clímax do dia da expiação.
Mas o que acontece no dia da expiação? Quando o dia chega, e o serviço tem lugar, há
um resultado em relação ao povo: eles foram totalmente purificados de sua impureza de
qualquer registro de pecado - é o povo totalmente puro, e este povo, foi preparado desta forma
para viver para Deus desta forma. Portanto, aí está o ponto de transição do livro. 0 povo é
purificado daquilo que se menciona na primeira parte para viver segundo as orientações de
Deus que se encontram na segunda parte.
Isto traz à tona o devido relacionamento entre a justificação e a santificação. A pessoa
está tão agradecida por haver sido justificada (purificada) que agora está disposta a viver o tipo
de vida que se apresenta na outra metade do livro.
5.1 CAPÍTULO 4
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do animal; mas a explanação é dada no capítulo 6: 29—30 — notar a diferença: se o sangue do
animal fosse usado, o sacerdote não deveria comer deste sacrifício cujo sangue foi usado no
santuário; mas se o sangue do animal não fosse usado no santuário, o sacerdote deveria comer
deste sacrifício. Então, o comer da carne do animal sacrificado pelo pecado do pecador,
significa que o próprio sacerdote está tomando sobre si o registro do pecado, assim, quando o
sacerdote entra no santuário está carregando o registro do pecado sobre si mesmo. Portanto,
consideramos esta entrada do pecado através do comer do sacrifício. Em todos os quatro casos
há um registro do pecado dentro do santuário. A única diferença é que este registro penetra no
santuário de forma diferente.
5.2 OFERTA PELA CULPA - ASHAM
Esta é uma espécie de oferta pelo pecado que é cometido voluntariamente, e não por
ignorância. É dada uma lista de pecados que são representados por este pecado de culpa.
Novamente encontramos quatro grupos, mas não grupos de pessoas e, sim, grupos de pecados:
Esta oferta, mesmo tendo sido trazida de forma diferente, é parte de todo o sistema,
mesmo que nem o sangue ou a carne entrassem no lugar santo.
20
Números 18:1 - expressa a mesma coisa de Levítico 10 — o sacerdote leva a iniquidade.
22
pecados dos justos ou a obra da ponta pequena? Ambos contaminam.
Lev. 16:16 - no dia da expiação se tratava dos pecados e impurezas- Não era possível
tratar de um sem tratar do outro.
23
Sumo—sacerdote.
2. Juízo com respeito à terra:
a. Números 27 — filhas de Zelofehad
5.5.2 Juízos do templo celestial
A. Nos Salmos:
1. Salmo 11
2. Salmo 14
3. Salmo 29
4. Salmo 53
5. Salmo 76 — conexão entre o templo terrestre e celestial
6. Salmo 102 - Teodicéía
7. Salmo 103 - Salmo de gratidão
B. Nos profetas:
1. Miquéias 1
2. I Reis 22 — caso de Acabe — profeta Micaías
5.5.3 Juízos desde o templo terrestre
A. Nos Salmos:
1. Salmo 9 — julgamento contra o inimigo
2. Salmo 50 — Teofania — Deus vem de Sião para julgar Seu povo
3. Salmo 60 — contra Edom — juízo contra o inimigo
4. Salmo 73 — Salmo de Sabedoria — exame da justiça de Deus e o problema da
prosperidade do ímpio.
5. Salmo 99 - salmo de entronização — do trono Deus se executa juízo.
B. Nos profetas:
1. Isaías 6
2. Isaías 18
3. Amós 1
4. Joel 2 e 3
5. Malaquias 3
6. Ezequiel 1-10
6 DANIEL
24
6.1 TEMPLO HISTÓRICO:
25
cumprido, se Deus perdoa o Seu povo, então aquelas coisas poderiam acontecer. Notar a
referencia ao santuário - v. 17 - pede que o favor do Senhor seja manifestado sobre o santuário
e este poderá ser reconstruído.
v. 18 - menciona a cidade, que também está desolada, para que seja reconstruída.
Temos, portanto, uma referência à reconstrução do templo e da cidade.
Isto tem relação com a profecia que vem a seguir, porque nesta profecia a reconstrução
da cidade será mencionada - versos 25 e 26 mencionam que tanto o santuário como a cidade
serão destruídos, portanto o segundo templo terá um destino igual ao que teve o primeiro.
A primeira parte do capítulo (oração) e a segunda parte do capítulo (profecia) estão
ligadas uma a outra. A profecia é uma resposta à oração.
O templo é descrito em mais de um lugar no livro de Daniel. Uma rápida descrição do
contexto geral de Daniel 10: é o terceiro ano de Ciro (536 AC), os judeus já estão de volta ao
território. Daniel jejua três semanas (v. 3) e tem uma visão de Deus, o anjo Gabriel aparece,
seus amigos fogem, o anjo o levanta e lhe dá forças. Daniel está preocupada com Cambises
(Dan. 10:20) que, sendo governante de Babilônia, tinha jurisdição sobre a Judéia, podendo
assim impedir a reconstrução do Templo.
A profecia de Daniel 11 é dada por Gabriel, não é uma visão simbólica.
Dan. 10:13 - príncipe do reino da Pérsia: Cambises, fanático religioso, intolerante-em
relação a outras religiões, era co-regente com seu pai; mais tarde tornou-se rei da Pérsia e,
durante seu reinado, nada foi feito em relação a reconstrução do templo.
10:20 - novamente mencionado o "príncipe dos persas".
Esdras - após os judeus voltarem do exílio para Jerusalém reconstruíram o altar cap. 3 e
começaram a oferecer as ofertas queimadas. No ano seguinte, novamente voltam ao lugar do
templo e colocam seus alicerces. Há o incidente dos samaritanos que querem ajudar na
reconstrução do templo, mas eles não eram um povo que seguiam um judaísmo ortodoxo, eram
uma mistura, portanto os judeus não aceitaram a ajuda oferecida. Assim a luta começa e a
reconstrução do templo é interrompida.
Cap. 4:5 - os samaritanos alugaram conselheiros contra os judeus, a fim de conseguir a
interrupção dos trabalhos de reconstrução do templo. Esses conselheiros foram alugados nos
tribunais, onde decisões desse tipo eram tomadas.
Parece que os samaritanos enviaram alguém até Cambises, o governador de Babilônia,
que autorizou a parada da reconstrução do templo. Este é o problema pelo qual Daniel está
orando, e este é o tempo apropriado para orar. As pessoas não são o centro do problema, pois já
26
voltaram, nem a cidade é o centro do problema — levou ainda um século para que fosse
reconstruída. O que está envolvido aqui é a reconstrução do templo, que foi iniciada e
interrompida.
Em Daniel este problema não é explicitado, mas se colocamos Daniel junto com Esdras,
vemos as peças se encaixando.
Vimos, portanto, em Daniel, referências ao templo histórico:
1:2-4: utensílios do templo levados por Nabucodonozor
5:4-24: oração pela reconstrução do templo 9
17ss: oração pela reconstrução do templo
10: problema da reconstrução do templo
29
a. um par diz respeito a reconstrução do templo;
b. outro par diz respeito à reconstrução da cidade.
Daniel 9 - quando fala da reconstrução da cidade, devemos considerar estes dois pares
de decretos. Os evangélicos têm um problema, pois iniciam a contagem das setenta semanas em
444 AC e assim chegam até o ano 44 AD, além do tempo de Jesus. Para resolverem este
problema, dizem que os anos são lunares. Se usassem o ano correto para o início não
precisariam fazer esta adaptação com os anos lunares.
A maioria dos comentários dá o ano de 458 AC para o sétimo ano de Artaxerxes,
quando o decreto foi dado a Esdras. Nós, porém, dizemos que é o ano de 457 AC.
Por quê? Tem que ver com a natureza do calendário. Os judeus tinham dois tipos de
calendário: (1) um que ia de primavera à primavera; e (2) outro que ia de outono a outono. A
data de 458 está relacionada com o calendário de primavera à primavera (religioso) e a data de
457 está relacionada com o calendário que se inicia no outono (civil), que é o calendário típico
judeu usado para datar os anos dos reis. é por isto que usamos o calendário civil, pois se trata de
datar o ano de um rei (o sétimo ano de Artaxerxes). Portanto, o início da profecia de Daniel 9:25
é o ano de 457 AC.
Sete semanas para a cidade - começando em 457 alcançamos o ano de 4O8 AC.
Problema: não temos confirmação para esta data. Argumenta baseado no silêncio.
Não há qualquer documento, mesmo extra-bíblico, que confirme esta data. Contudo,
temos bastante informação acerca de outros pontos da profecia (457 AC, 31 AD), mas sobre
408 AC nada sabemos.
9:25 ú.p. — "...as praças e circunvalações-.. tempos angustiosos." Este foi o período de
Esdras (que interrompeu os trabalhos) e Neemias, que conseguiu concluir, mas em situação
difícil.
9:26 — considerando o período após as 62 semanas, alcançando o tempo do Messias.
Sobre que evento a profecia está falando? Isto tem que ver com o significado da palavra
"Messias", que se origina de MASHAH — "ungir". Portanto, devemos olhar o evento na vida
de Cristo quando Ele foi ungido, o tempo quando o Messias realmente se tornou o Messias. Isto
ocorreu por ocasião do batismo de Jesus.
Para datar o batismo de Jesus, começamos com Lucas 3:21-22, e também o verso 1, que
diz que isto ocorreu no 15º ano do reinado de Tibério. Augusto era o César, que adotou a
Tiberio e, num dado momento, colocou a Tibério como co-regente com ele. Augusto morreu
em 14 AD e, se somássemos estes 15 anos de Tibério, chegaríamos a 29 AD para o batismo de
30
Jesus. Mas deve ser lembrado que Tibério era co-regente com Augusto antes que este
morresse. Assim, Tibério começou a reinar no ano 12 AD, de maneira que seu 15º ano é o ano
27 AD, a data do batismo de Jesus. Portanto, as 62 semanas terminam no ano 27 AD.
Dan. 9:26 - "DEPOIS" - portanto, após as 62 semanas, após 27 AD, o Messias será
morto (cortado).
Dois significados para cortar:
a. ser expulsa do acampamento (no dia da expiação);
b. ser morto.
Notar a descrição da morte do Messias: é dito que o Messias nãa deveria ter uma vida
normal e nem uma morte normal — Ele deveria ser cortado, morto. O verbo está na voz passiva,
significando que o agente da morte do Messias seria outro, e não Ele próprio. Portanto,
consideramos 27 AD como a data da unção e, em algum ponto depois desta data Ele deveria ser
morto - isto se cumpriu na pessoa de Jesus de Nazaré, quando foi morto pelos soldados
romanos.
9:26 - "e já não estará" - frase que oferece muita dificuldade. Hebraico EN (forma 43
negativa do verbo "ser") e LÔ (preposição que significa "para", "em direção a" ou "por", "em
favor de"), mais o sufixo pronominal "ELE", portanto, "PARA ELE". Literalmente: "NÃO
SERÁ PARA ELE”.
Percebe-se que falta uma palavra nesta expressão: "não haverá" ou "não será" ALGO
para Ele. O que é este "ALGO"? Que palavra ou idéia pode ser usada para preencher este vazio?
1. "COISAS" - Assim a tradução seria: "ELE NÃO TERÃ COISAS" — e isto
descreveria a pobreza do Messias, que é verdade em relação a Jesus de Nazaré, que não tinha
onde reclinar a cabeça.
2. Deus está mais interessado em "PESSOAS" do que em "COISAS". Desta forma a
tradução seria: "NINGUÉM (ou nem uma pessoa) SERÁ POR (favorável) ELE".
Esta possivelmente seja a idéia correta. Assim, ninguém seria a favor dEle, seria
rejeitado. Quando seria Ele rejeitado? A frase precedente diz que Ele será morto, portanto,
rejeitado no momento em que for morto, e é isto o que aconteceu com Jesus. Ele foi crucificado,
os lideres religiosos O rejeitaram, a multidão que ali estava O rejeitou e mesmo os discípulos
não conseguiram compreender - "nós esperávamos que Ele fosse o libertador de Israel".
Dan. 9:26 - "povo de um príncipe" - dois pontos de vista sobre o "príncipe": a. príncipe
romano (maioria dos comentaristas);
b. príncipe judeu, um Messias.
31
Pergunta: não foram os romanos que destruíram a cidade? Sem dúvida isto é verdade.
Mas por que eles fizeram isto? A resposta é porque os judeus se rebelavam contra Roma.
Portanto, os soldados romanos foram os agentes físicos da destruição, mas a causa real foi a
rebelião dos judeus contra os romanos. O importante aqui é causa: o povo do Messias
causou a destruição da cidade.
JOSEFO - relata algo interessante sobre isto. Ao escrever sobre a história dos judeus dá
uma interpretação sobre as profecias de Daniel. Ao falar de Daniel 9 diz que entre os judeus do
primeiro século havia dois pontos de vista sobre o príncipe: (1) para Josefo era um príncipe
romano (Tito); (2) outros judeus achavam que o príncipe era o Messias, e esta profecia
estimulou o povo a prosseguir em sua luta contra os romanos, porque o ponto de vista era o
seguinte: a profecia diz que em primeiro lugar o Messias deverá vir e, para eles, nesse tempo,
o Messias não havia chegado, portanto eles continuariam a lutar esperando pelo Messias.
Portanto, para os judeus, Daniel 9 era, um tipo de motivação baseada nas Escrituras que os
motivava em sua luta contra Roma.
O resto do verso diz como a cidade será conquistada e destruída: "como um dilúvio"
- as tropas que inundam a cidade.
A mesma linguagem é encontrada em Isaías, em relação com o exército assírio.
No fim do verso 26 é dito que a desolação da cidade está determinada. Portanto, existe
aqui uma determinação, ou decreto, divino. Jesus profetizou a respeito disto (Mateus 24) —
nenhuma pedra do templo ficaria sobre a outra, e é exatamente isto o que ocorreu. O templo
foi tão completamente destruído pelos romanos que hoje não se encontra nem mesmo os traços
de onde ele se localizava, e por isto que os arqueólogos discutem se o templo estava mais ao sul
ou mais ao norte.
Daniel 9:27 - três pontos a destacar (os dois primeiros tem que ver com o Messias): 1. O
trabalho do Messias - "FARÁ" UMA FIRME ALIANÇA" (ou concerto). A que concerto se
refere aqui? Do VT ou do NT? Deve-se notar que o concerto abrange toda esta semana
profética. Sabemos que o concerto do NT começa na cruz. Mas aqui é a última semana deste
período de graça concedido ao povo. Quando dizemos que é um FIRME CONCERTO,
significa que o concerto já existia e que agora está sendo amplificado ou clarificado. Portanto,
trata-se do concerto vétero-testamentário, a última proposta feita por Deus ao Seu povo.
Jesus tornou muita clara esta proposta, ou oferta, no Sermão do Monte. Ele retirou
vários mandamentos deste concerto antigo, mas não diz que eles foram abolidos, mas
32
simplesmente os amplia, e afirma que os mandamentos do velho concerto tem que ver com os
motivos do coração. Jesus era, portanto, o mensageiro deste concerto, e esta era a última
oferta que Deus fazia ao Seu povo. Interessante como Deus fez esta proposta - Ele foi além da
cruz, além do terrível ato da morte de Seu próprio Filho, demonstrando Sua misericórdia, na
tentativa de estabelecer esta firme aliança com o Seu povo.
Pergunta histórica: o que marca o fim desta semana?
Já foi falada das datas anteriores e, matematicamente, chegou-se ao ano 34 AD, e o
evento aqui considerado é o apedrejamento de Estêvão. Dois pontos a serem salientados deste
apedrejamento:
1. O que há de tão importante neste apedrejamento de Estêvão? Qual é a sua importância
teológica? Existiram outros mártires no mesmo período, e mesmo antes.
Por que não foram tão importantes com Estêvão?
a. Atos 7 - perceber a natureza do discurso de Estêvão — é um sermão com base
histórica, em que recapitula a histórica de Israel, desde o tempo de Abraão e Davi.
Se considerarmos o AT, esta é a maneira como faríamos um concerto: demonstrando o
relacionamento histórico, passado, entre as duas partes que vão estabelecer o concerto. Os
profetas usavam este mesmo estilo de recapitulação.
Nos profetas encontramos um tipo de introdução ao concerto, isto é, PROCESSO DE
CONCERTO. Neste tipo de sermão, os profetas diriam ao povo que ele (o povo) estava culpado
de quebrar o concerto, mas para introduzir este tipo de condenação ele recapitularia tudo aquilo
que o Senhor fizera em favor de Seu povo no passado.
Portanto, Estêvão está proferindo um sermão da mesma forma que um profeta do VT
faria aos líderes da nação.
2. Ele foi arrastado para fora da cidade para ser apedrejado, v. 55 - teve uma visão do
céu e de Cristo. Após isto ele é apedrejado.
Estêvão teve uma VISÃO e quem tem uma visão é um PROFETA. Portanto, neste
momento, por definição, Estêvão é um profeta. E os judeus, naquele momento, rejeitaram o
profeta. Estão rejeitando não só as palavras de Estêvão, mas de um homem inspirado que lhes
traz a palavra de Deus.
3. Quando Estevão morrer, será substituído por alguém. Seu sucessor é Saulo/Paulo,
que terá um ministério para os gentios. Portanto, este ministério tem o seu inicio aqui neste
incidente, com a morte de Estêvão.
Aqui está, portanto, o significado teológico sobre a morte de Estêvão como mártir.
33
Data da morte de Estêvão: em Atos não há qualquer data atribuída a este evento.
Então, como datar este fato? Paulo assiste o martírio de Estêvão como um não converso,
portanto, se pudermos datar a conversão de Paulo, poderemos ter uma ideia sobre a data da
morte de Estêvão.
Gálatas - Paulo menciona suas visitas a Jerusalém:
1:18 - diz que visitou Jerusalém 3 anos após a morte de Estevão; 2:1 - diz que 14 anos
depois voltou a Jerusalém.
Salienta que o evangelho que está pregando não é de origem humana, recebeu
diretamente de Deus, e mostra quão pouco tempo passou em Jerusalém.
Temos, portanto, um período de 17 anos entre suas visitas a Jerusalém.
No capítulo 2 de Gálatas ele se refere a experiência de sua segunda viagem missionária,
e podemos datar precisamente sua visita a CORINTO nesta viagem.
Quando ele vai a Corinto apresenta-se ao procônsul romano GÁLIO. Há uma inscrição
do tempo de Gálio que permite datá-lo no ano 51 (o trabalho do procônsul era feito por um ano).
Portanto, podemos estabelecer uma data para o ponto médio desta segunda viagem missionária.
Assim, 51 AD menos 17 anos é igual a 34 AD
(conversão de Saulo). Devemos lembrar que ele ainda não era convertido por ocasião
do apeírejamento de Estevão. Há, portanto, um curto período entre o martírio de Estêvão e sua
conversão. É um método indireto para ser a uma data bem próximo ao que seria o cálculo da
profecia.
Sumário:
1. Não há datas específicas no livro de Atos.
2. A data é determinada indiretamente, através do ministério de Paulo.
3. A melhor data é 34 AD para a conversão de Saulo (e o martírio de Estêvão bem
próximo disto).
Assim, temos a data final para a profecia, e todas as datas estão juntas, como um colar, e
elas se confirmam umas às outras.
O PONTO SUPREMO destas datas é que elas provam que Jesus de nazaré era o
MESSIAS predito.
Daniel 9:27b - "sacrifício no meio da semana" - cessar o sacrifício. Trata-se do príncipe,
Messias, Jesus. No meio da semana, sobre a cruz, cumpre tudo aquilo que os sacrifícios
prefiguravam.
Problema: o verso diz que fará cessar o sacrifício, mas o templo durou até o ano 70 AD
34
e, até esta data, ofertas e sacrifícios foram oferecidos no templo. O que isto significa?
Quando Jesus morreu sobre a cruz, cumpriu todo o sistema sacrificai do AT, o tipo
encontrou o Antítipo, o véu se rasgou. O que aconteceu no templo após este rasgar do véu foi
simplesmente uma coleção de cerimonias sem valor. Teologicamente, portanto, Jesus colocou
um fim a este sistema de sacrifícios. Embora fisicamente o templo só tenha sido destruído em
70 AD.
Daniel 7:27c - fala sobre o ASSOLADOR, os romanos que vêm a Jerusalém e a
desolam. O assolador é Roma, mas há um decreto que será derramado sobre ele, significando
que o assolador também encontrará o seu julgamento. Assim, ao mesmo tempo em que Roma
teve a permissão de cumprir este julgamento contra Jerusalém, ela própria receberá mais tarde
seu justo juízo (queda de Roma e conquista pelas tribos bárbaras).
Daniel 9:24 - Sumário: seis declarações: as duas primeiras dizem respeito à
responsabilidade dos judeus; as outras duas, responsabilidade de Deus; as duas finais
apresentam os resultados:
1. fazer cessar a transgressão:
2 . "dar fim aos pecados" - PESHA - pecado de rebelião contra Deus.
Estas duas são responsabilidade do povo, pois que são eles que cometem o pecado.
Deus quer que um povo justo receba o Messias, e Ele quer que este povo se prepare para
receber o Messias a fim de produzir frutos de justiça.
3. Expiar iniquidade
4. Trazer a justiça eterna
Estas são coisas que as pessoas não podem fazer por si mesmas. Deus deve fazer a
expiação final, suprema. Notar o que acontecia no sistema do VT (Levítico), cada vez que o
sacerdote oferecia o sacrifício, é dito que ele fazia expiação por si mesmo, mas isto durava
pouco tempo e ele tinha de fazê-la novamente. Portanto, a expiação no sistema do VT era
temporária, mas a expiação mencionada aqui é uma expiação final, bem maior, que é
cumprida por Jesus na cruz. Após esta expiação nenhum sacrifício necessitaria mais ser
oferecido, é por isto que o sistema cerimonial não tinha mais razão de ser após esta morte na
cruz. A expiação feita por Jesus tem o seu efeito (resultado): TRAZ JUSTIÇA. Não se trata de
uma justificação temporária, mas uma justificação eterna, que teve seu início na cruz e dura por
estes dois mil anos e continuará para sempre.
5. "Selar a visão e a profecia" (Hebr. NABI' — profeta -esta é a pessoa que profere a
profecia e recebe a visão).
35
Significado de selar:
a. testemunhar de que algo e correto, verdadeiro;
b. selar no sentido de dar um fim a alguma coisa (parece ser este o significado aqui).
Então, o que significa a expressão "selar a visão e a profecia"? Vimos que Estêvão, ao
receber a visão, era um profeta, mas o povo judeu rejeitou a sua mensagem profética,
mataram-no e, como resultado, a voz profética parou de falar a Israel; não houve mais qualquer
profeta enviado a Israel. Poderia ser mencionado que há mais profetas no NT, e isto é
verdade, mas há uma diferença: agora são profetas cristãos, que foram enviados à igreja cristã.
Portanto, Estêvão foi o último profeta a falar a Israel na qualidade de um povo escolhido.
Portanto, ao final das setenta semanas, quando chegamos a 34 AD, como resultado
daquilo que estaria acontecendo neste período, e o povo não se tornou a comunidade com as
qualidades que Deus esperava, não aceitaram a expiação provida por Deus, então a voz
profética cessou.
6. "Ungir o santo dos santos" - QODESH QODESHIM - a ação é ungir. Duas
interpretações:
a. a frase aponta para o Messias que é ungido para seu ministério terrestre; b. a frase se
relaciona com o santuário, que é ungido para o serviço.
Pergunta: qual é a interpretação correta''
Estudo Semântico
A frase QODESH QODESHIM é usada 30 vezes no VT, sempre em relação com o
santuário, nunca usada em relação a uma pessoa. Não é uma palavra específica para o lugar
santíssimo; pode ser usada em relação ao lugar santo, ao santíssimo, para todo o templo, ou
referindo-se aos móveis do santuário. Portanto, é uma palavra geral que pode se referir ao
santuário como um todo ou especificamente a uma parte do santuário.
Pergunta: Ao fim das setenta semanas, teremos de alguma forma, a unção de um
santuário. Que santuário é esse?
a. Tabernáculo do deserto? Não existia mais.
b. O primeiro Templo (de Salomão)? Estava destruído.
c. O segundo Templo (de Herodes) existia, mas seria em breve destruído. A profecia de
sua destruição se encontra no próprio texto. Portanto, o segundo templo não e um bom
candidato. Portanto, se nem um destes templos é adequado, precisamos de outro santuário.
d. Hebreus 8 e 9 fala do santuário celestial, dentro do qual Jesus entrou para ser nosso
Sumo-sacerdote, por ocasião de Sua ascensão. Esta entrada, portanto, ocorreu logo ao fim das
36
setenta semanas, em 31 AD.
O que significa ungir?
Êxodo 40 — após a construção do tabernáculo colocou-se óleo sobre a tenda, os
utensílios, sobre os sacerdotes - o santuário, portanto, foi ungido para dar início ato seu serviço.
Aqui se trata, portanto, da unção do santuário celestial que dá início ao seu
serviço, de uma maneira nova e especial.
9:23 — "entende a visão" — algo que você viu anteriormente - não diz que ele
compreenderá tudo o que viu no capitulo 8, mas algo específico no capitulo 8, isto é, o aspecto
cronológico, de tempo.
A história dos judeus no capítulo 9 não explica a história das nações em geral. O que
será explicado é a questão do tempo - a conexão em relação ao período de tempo é dada
justamente aqui em relação a Daniel 8:14.
DANIEL 8
v. 2 - Daniel é transportado em visão (HAZON) para Elão, Susã, junto ao rio Ulai.
v. 3 - visão do carneiro. Três características:
a. chifres de tamanhos diferentes sobre a cabeça, que vieram numa ordem reversa (v.
2º
- explicação sobre os chifres - reis da Média e da Pérsia); b. o carneiro ultrapassa seus limites
e começa a conquistar em três direções diferentes:
. Oeste: Babilônia — conquistada em 539 AC
. Norte: Turquia/Anatólia — Reino da Lídia — 547 AC
. Sul: Egito - conquistado em 525 AC
c. v. 4 úp - "se engrandeceu"
A próxima parte da visão diz respeito ao BODE, que vem do OESTE e se lança contra o
carneiro persa. Características:
a. v. 5 - não tocava o chão - representa a velocidade das conquistas realizadas por
Alexandre, que em três anos conquistou todo o mundo conhecido de então, desde a Grécia até a
índia.
v. 21 - menciona especificamente a Grécia e o grande chifre, o primeiro rei: Alexandre.
b. vv. 6-7 - luta entre o BODE e o CARNEIRO. O bode vence. 331 AC - Alexandre
derrota Dario III, terminando assim o império Persa.
c. V. 8 - "engrandeceu sobremaneira" - mas no auge do seu poder o chifre é quebrado
e, em seu lugar, aparecem quatro chifres (oriundos deste que se quebra) e se dirigem para os
quatro pontos cardeais.
1. Macedônia
2. Ásia Menor
3. Síria (que incluía Babilônia) - Norte
4. Egito - Sul
A Bíblia, em Daniel 11, dedica interesse especial a SÍRIA e EGITO, porque lutaram
39
entre si pela posse da Palestina. Começou em 301 AC, quando foram estabelecidos.
Nos primeiros cem anos a Judéia pertencia ao Egito e depois passou a Síria.
Até este ponto todos os comentaristas estão de acordo, sejam ASD ou não-ASD. A
diferença começa no v. 9.
v. 9 - CHIFRE PEQUENO - Quem é ele e de onde vem?
Este chifre pequeno é dito vir "de um deles" - significa a partir de um dos ventos ou a
partir de um dos chifres?
A posição do Dr. Shea é que se origina de um dos ventos (direção) .
Alguns comentaristas entendem que este é o verso mais importante por se identificar o
chifre pequeno. Na realidade, a identificação deste chifre deve ser feita a partir do conjunto de
suas características, e não simplesmente a partir deste detalhe, deste verso.
ROMA vem do VENTO OESTE e se introduz no leste, nas outras partes do império.
Imaginemos Roma se introduzindo no Oriente Médio através de um dos chifres
anteriores. Qual seria este chifre? Possivelmente o da Ásia Menor. Por que?
133 AC - o rei de Prqamo não tinha herdeiro masculino, assim deixou um testamento
constituindo Roma como herdeira. Quando ele morreu, realmente Roma tomou posse do reino.
Pela primeira vez Roma tinha um território no Oriente Médio. Assim, por este chifre, Roma
penetraria no Oriente Médio.
Conquistas de Roma:
1. 168 AC - Macedônia (Grécia)
2. 133 AC - herdou Pérgamo
3. 60 AC - conquistou a Síria
4. 31 AC - conquistou o Egito
Há uma explicação para estas conquistas:
v. 23 - no fim do seu reinado - notar este aspecto cronológico. Em outras palavras, na
medida em que todos estes que sucederam ao grande chifre, cujos reinos estão chegando ao fim,
é quando podemos esperar este poder vindo a cena.
Diz que é a partir deste chifre (SÍRIA/BABILÔNIA) que aparecerá um chifre menor:
Antíoco IV, Epifânio. E pelo fato de Antíoco ter sido muito duro em seu trato com os judeus,
40
perseguindo-os, alguns intérpretes o identificam com o chifre pequeno. Não aceitamos esta
interpretação, pois tudo aquilo que caracteriza Roma não serve para caracterizar Antíoco.
1. Três pontos a serem notados na progressão dos versos:
a. A Pérsia se engrandece;
b. A Grécia se engrandece sobremaneira;
c. A ponta pequena se engrandece a tal ponto que atinge o príncipe do céu.
Notar a progressão: PÉRSIA - GRÉCIA - ROMA.
Mas se considerarmos Pérsia - Grécia - Antíoco, viríamos de um grande rei para um
maior rei e deste para um pequeno rei. Não há modelo a ser seguido aqui. Este é o primeiro
argumento: este padrão de engrandecer cada vez mais não se enquadra no caso de Antíoco
Epifãnio.
2. Aspecto cronológico: menção é feita ao fim do reinado destes reinos (ou chifres).
Se considerarmos 301 AC como início do reinado (dos quatro chifres) e 60 AC como o
fim, encontraremos Antíoco no meio do período (175 AC — 164 AC) e não no final.
Na lista dos reis que governaram este território (Síria) ele também é colocado no ponto
médio, cronologicamente falando.
3. Direção das conquistas
v. 9 - diz que as conquistas são para o LESTE, SUL e TERRA GLORIOSA (ou
Palestina).
Antioco realizou conquistas nestas direçoes?
SUL (EGITO) — Antíoco chegou a invadir o Egito em 168 AC, conquistou o leste do
Delta, mas não conquistou Alexandria, no Oeste do Delta. No ano seguinte (167 AC) tentou
esta conquista, mas o Egito pediu ajuda a Roma, que enviou um embaixador/general, que se
encontrou com Antioco e lhe disse que, se tentasse conquistar o Egito, Roma imperial se
voltaria contra ele. Assim, ele voltou para a Síria e não mais tentou conquistar o Egito.
LESTE - Quando Roma derrotou o seu pai, este perdeu a maior parte do império (que
seria a Babilônia), portanto Antíoco tentou reconquistar esta parte leste. No inicio teve algum
sucesso, mas morreu durante esta campanha.
TERRA GLORIOSA - Quando assumiu o trono em 175 AC, a Judéia era parte do seu
reino, não precisou ser conquistada. Começou a perseguir os judeus, o que causou uma revolta
(Macabeus) e, como resultado, a Judéia reconquistou a independência. Não somente não
conquistou esta terra como também é responsável por havê-la perdido.
Portanto, comparando-se estas três características, vemos que ROMA se enquadra
41
perfeitamente e Antíoco não as cumpre.
Daqui por diante, portanto, quando nos referirmos á ponta pequena, estaremos pensando
em Roma.
Cap. 8:9 - três direções de conquista - primeira fase de Roma (Imperial).
v. 10 - fato novo que aparece - outra direção de conquista: para cima, em direção ao céu;
lança por terra algumas das estrelas. O que significa isto? Vejamos a 57
interpretação:
v. 24 — o seu poder é grande, causa estupendas destruições. "destrói os poderosos" -
ossivelmente guerreiros;
"e o povo santo" — são atacados no v. 10 - perseguição contra os santos.
Dan. 12:3 - os justos são descritos como e tornando estrelas; assim, em Daniel, os santos
são comparados a estrelas.
8:10-11 - os santos têm um príncipe sobre eles, assim, ao atacar as estrelas, significa
um ataque ao próprio príncipe. Como ocorreu este ataque?
v. 11 - tirou do príncipe o "diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo" –
CHALLAT TAMID - continuo, diário - adverbio que se refere a uma ação que acontece
continuamente. No VT é usada cerca de 80 vezes, e cerca de 30 vezes é usada em relação ao
santuário, como neste caso. O que significa esta palavra quando usada em relação ao santuário?
Em Êxodo e Levitico é usada em vários lugares em relação ao altar de holocaustos - os
sacerdotes queimariam os sacrifícios de forma contínua; também acenderiam as lâmpadas e
apagariam a cada noite e a cada manhã – isto era algo contínuo; os pães deveriam estar
continuamente diante do Senhor; toda vez que entrava no lugar santo, queimava incenso no
altar de incenso, cada manhã e cada tarde, e isto era um TAMID; também carregava
continuamente os nomes das tribos de Israel diante do Senhor.
Dan. 8 - única vez em que TAMID é usada como substantivo. Em todos os outros
lugares é um adjetivo modificando alguma coisa. Portanto, devemos colocar alguma outra
palavra para complementar o sentido. Que tipo de palavra colocaríamos aqui?
MINISTÉRIO OU MINISTRAÇÃO. Assim teríamos o trabalho contínuo, o ministério
do sacerdote que a ponta pequena tenta retirar do santuário. O príncipe é Cristo. A Ele
pertencem as estrelas, também o TAMID ou ministração contínua, e a Ele pertence o santuário.
Portanto, o que a ponta pequena pretende fazer é retirar de Cristo o Seu ministério.
No santuário TAMID é usada em relação ao altar de holocaustos, ao castiçal, à mesa dos
pães, altar de incenso e vestes sacerdotais. MAS TAMID NUNCA é USADA EM RELAÇÃO
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AO SANTÍSSIMO. Portanto, quando se fala da ministração contínua, estamos falando do
ministério que se restringe ao lugar santo, nunca ao santíssimo. E isto é o que o poder tenta fazer
- tenta retirar do príncipe este ministério TAMID do príncipe e controlar este ministério.
A ponta pequena tenta também derrubar a fundação sobre a qual está assento o
santuário. Uma vez mais o santuário será pisado.
Três ações distintas descritas aqui, com natureza específica, religiosa, portanto estamos
tratando com um poder com natureza religiosa; é a segunda fase da ponta pequena: FASE
RELIGIOSA:
1. perseguição aos santos;
2. substituição do ministério de Cristo;
3. focalizar os olhos no santuário terrestre em vez de no celeste.
Ao focalizar os olhos dos homens sobre um sacerdócio substituto este poder está
dizendo que existe um plano de salvação rival, que a salvação está sob seu controle, que os seres
humanos, se quiserem obter a salvação, devem se diriqir a ele.
Há uma luta, portanto, em torno do plano da salvação: há um verdadeiro e um falso.
Temos o verdadeiro sacerdócio celestial de Cristo e temos um substituto terreno; temos
o verdadeiro santuário celestial, onde o plano da salvação é uma realidade administrado e
temos um substituto terrestre que intenta focalizar os olhos dos homens sobre uma igreja
terrena. Estes dois sistemas estão lutando um contra o outro, teologicamente. Notar a
diferença em relação á teologia - diferença entre os dois sistemas teológicos: o verdadeiro plano
de Deus para a salvação da humanidade e um substituta humano, terreno. Isto nos leva ao fim
do verso 12.
v. 12 úp - "deitou por terra a verdade". Que verdade? Uma verdade em geral ou uma
verdade especifica? Este verso é um sumário, que está no fim da seção desta visão.
E o que Daniel viu anteriormente era em relação com este santuário. Agora é dito que
a verdade é deitada por terra. Portanto, é uma verdade especifica que foi derrubada, sobre o
sacerdócio de Cristo no Seu santuário.
Após isto é dito que tudo o que a ponta pequena "fez", "prosperou". A visão é finalizada,
mas os santos não são levados para o reino celestial. Portanto, as cenas finais acerca desta ponta
pequena ainda estão se desenrolando, e isto levanta a pergunta: quanto tempo isto ai vai durar?
Para sempre? E é isto que o anjo vem para responder - vv. 13-14.
v. 13 — natureza da pergunta: "Até quando durará a visão?" Literalmente: "Quanto
tempo é a visão?"
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Quatro coisas que a ponta pequena faz:
a. tira o diário - TAMID;
b. inicia a abominação;
c. pisa os santos;
d. pisa o santuário.
A pergunta não é "por quanto tempo a ponta pequena fará isto?", mas a pergunta se
refere a toda a visão.
A razão porque esta pergunta é significativa é a seguinte: temos a visão de Daniel 8, e há
duas formas de considerar a visão:
a. vv. 1-8
b. vv. 9-12 (assim fazem alguns teólogos) e não consideram os versos anteriores.
Assim, a pergunta é torcida e se transforma no seguinte: por quanto tempo a ponta
pequena vai fazer tal coisa? Mas a pergunta, em verdade, é sobre a duração da vísão. A palavra
neste verso (v. 13) é HAZON. A pergunta do anjo se refere a HAZON, e a razão é que os
próprios anjos são a MAREH dos versos 13 e 14. Mas eles se referem á visão simbólica. A
resposta à pergunta:
v. 14 - 2300 tardes/manhãs - duração da visão - visão total.
vv. 1 e 2 - o termo HAZON é usado.
v. 13 - pergunta em relação a esta visão HAZON, não somente a parte da ponta pequena.
Se compreendermos esta pergunta cuidadosamente, teremos um ponto de inicio para as
2300 tardes e manhãs no próprio capitulo 8 de Daniel. Se as 2300 tardes e manhãs cobrem a
visão, e a visão começa com o carneiro persa, então a profecia deve ter o seu início no tempo
deste carneiro. Não é dito o ponto exato, mas é dito que o início da visão deve ser em algum
ponto entre 539 AC e 331 AC, que é o período persa.
Análise do período de tempo: como sabemos que um dia é formado por uma tarde e uma
manhã?
Génesis 1 - "tarde e manhã, o dia primeiro..."
Alguns pretendem dividir isto em dois: sacrifício da manhã e sacrifício da tarde, mas
isto não é correto, pois os sacrifícios da manhã e da tarde são considerados como pertencendo
ao mesmo dia.
Por que a expressão tarde e manhã e usada aqui? Não é por causa da criação, mas é um
dia do santuário. Relembrar o tabernáculo no deserto: A nuvem que está sobre o tabernáculo a
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cada entardecer se tornava em uma coluna de fogo e cada manhã se tornava novamente numa
nuvem. Portanto, os sacerdotes não precisavam considerar o sol como a base do dia, para saber
quando o sacrifício deveria ser oferecido. O próprio Deus estava indicando. Portanto, isto é um
dia do santuário.
Tarde/manhã não significava um tempo normal para o judeu da antiguidade.
Esta descrição, portanto, fala de um tipo especial de unidade de tempo, que foi
escolhido porque há uma conexão especial com o santuário. Tarde/manhã é um dia específico
do santuário, logo, uma profecia que está falando do santuário utiliza o tempo do santuário.
Devemos agora interpretar este tempo do santuário, porque este é um símbolo do tempo.
Daniel 8 - a explanação desta profecia é Daniel 11, que explica as pessoas e nações que
se encontram em Daniel 8.
Em Daniel 8 temos o uso de símbolos, como o carneiro; temos nações simbólicas, ações
simbólicas e tempo simbólico.
Em Daniel 11 temos reinos literais, ações literais e tempo literal.
Característica de Daniel 11: unidade de tempo:
v. 6 — cabo de anos
v. 8 — por alguns anos
v. 13 - ao cabo de anos
Vemos, portanto, por três vezes: reis literais, ações literais e tempo literal.
Tempo simbólico: 2300 tardes/manhãs
Daniel 8
Ações simbólicas Nações simbólicas
Daniel 11
Reis Literais Ações Literais
vv. 6, 8 Tempo literal v. 13
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conhecimento de que fora enganado anteriormente.
COMO DISTINGUIR ENTRE OS DOIS PLANOS? É necessário que haja um processo
de julgamento. Portanto. é de se esperar que ao fim do período que está sendo considerado,
quando o verdadeiro e o falso entre os problemas envolvidos, forem distinguidos e
reconhecidos, haja um julgamento para cumprir esta distinção entro o falso e o verdadeiro. Este
julgamento deve cumprir diversas coisas:
a. demonstrar a todos os seres do universo que o plano da ponta pequena é errôneo;
b. tomar uma decisão final em relação ao problema do pecado, o que enfatiza ainda mais
a necessidade de um julgamento.
JUSTIÇA - palavra usada:
Lev. 11—15 - apresentam os estados de impureza/contaminação - a palavra usada para
tratar esta impureza/contaminação é TAHER, que significa a purificação deste estado de
impureza.
Num paralelo espiritual, o que a ponta pequena fez: contaminou o santuário celestial.
Historicamente, Nabucodonozor contaminou o templo quando nele entrou.
Neste paralelo espiritual, a obra da ponta pequena e seus exércitos contaminou o
santuário celestial. Se quisermos tratar somente deste problema de contaminação pela ponta
pequena, deveria ser usada a palavra TAHER para descontaminar, purificar. Contudo, o texto
bíblico usa uma palavra muito mais ampla: SEDEK, que significa:
a. purificar
b. riqht (colocar em estado correto)
c. vindicar, justificar (numa situação de tribunal)
Se tratarmos simplesmente da contaminação feita pela ponta pequena, usaremos a
palavra TAHER. que só englobaria o sentido de "purificar". Mas o santuário deve ser devolvido
ao seu local apropriado e também a pessoa correta (notar que aqui se trata de símbolos) e os
pecados que foram tratados também devem ser colocados em seu lugar apropriado, ser tratados
apropriadamente.
Portanto, a maneira correta aqui é utilizar a palavra mais ampla, para cobrir todas estas
atividades de descontaminação. Voltar à pessoa correta, local correto e tratar apropriadamente
dos pecados.
Neste julgamento acontecem duas coisas principais:
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b. problemas que foram introduzidos no santuário celestial pela ponta pequena, ou a
atividade da ponta pequena em relação ao santuário celestial.
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VENTOS QUE SOPRAM SOBRE ESTE MAR - distúrbios políticos. Após esta
perturbação política surgem estes quatro poderes.
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Há uma teologia por trás disto: os babilônios criam que os deuses cavalgavam
(montavam) estes leões, sendo, portanto, utilizados para representar Babilônia.
Duas características:
1. levantou-se de um dos seus lados (como os chifres no capítulo 8) - indica a dupla
natureza deste reino: os Medos subiram antes e os Persas, depois e mais alto, mas os dois povos
estavam relacionados, constituíam um só reino;
2. tem três costelas na boca: referencia as conquistas do urso:
a. Lídia - 547 AC
b. Babilônia - 539 AC
c. Egito - 525 AC
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6.12 CARACTERÍSTICAS DA PONTA PEQUENA EM DANIEL 7
Portanto, estas nãto foram guerras simplesmente para conquista de território, mas havia
questões teológicas envolvidas, e a vitória significou uma vitória do bispo de Roma. As forças
ortodoxas cristãs lutaram contra as forças heréticas do cristianismo, e a vitória da ortodoxia
representa uma vitória do bispo de Roma.
Pela primeira vez na história (cristã, a igreja utiliza o braço militar do estado para forçar
(to enforce) suas crenças. Portanto, temos um tipo de união entre igreja e Estado, que aparece
com esta ponta pequena.
4. Daniel 7:8, 25 - "uma boca que falava com insolência" "proferirá palavras contra o
Altíssimo"
Blasfêmia - pretensão de ser o vigário de Cristo sobre a Terra. Isto é bastante amplo.
Missa: quando o sacerdote diz: "Este é o meu corpo", é como se Deus fosse
OBRIGADO a descer, obedecer, em função do ofício do sacerdote, independentemente do seu
estado espiritual. Nas religiões pagãs o propósito é usar a Deus para usufruir benefícios, mas o
ponto de vista bíblico é de que Deus usa o homem para seu próprio benefício.
5. Perseguição:
a. inquisição
b. massacre na noite de S. Bartolomeu
c. Holanda (Duque de Alba) — cinquenta mil mortos.
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6. v- 25 — "cuidará em mudar os tempos e a lei" - quatro vezes é utilizada a palavra
"tempo" mas no original, temos duas palavras diferentes: a. "Mudar os tempos" – aramaico
ZEMAN, que significa um ponto específico no tempo; mas neste caso aparece no plural —
ZeMNIM — que significa uma série de pontos no tempo, e aqui está relacionado com a lei.
EM QUE CASO TEMOS UM FONTO REPETIDO NO TEMPO RELACIONADO
COM
A LEI?
O SÁBADO (quarto mandamento) - ponto no tempo repetido a cada sete dias.
A outra palavra para tempo é 'IDDAN, cujo significado não é um ponto no tempo, mas
um período de tempo contínuo, neste caso três tempos e meio. Esta palavra não é usada para
"ano" (ano= SHAMAH). Quando dizemos que é um ano profético, trata-se de uma
interpretação sobre o tipo de tempo que está representado aqui por esta palavra.
7. Como saber que um tempo se refere a 1 ano? Há 3 textos:
a. Daniel 4 - é dito que sete tempos passariam sobre Nabucadonozor. Neste capítulo, a
palavra para "dias" e a palavra para "meses" já foram utilizadas anteriormente, mas uma
unidade de tempo que não é utilizada no capitulo 4 é a palavra "ano", portanto, é lógico que se
pense que o termo "tempo" em Daniel 4 se relacione com o período de tempo "ano". Assim,
Nabucodonozor esteve mentalmente enfermo por um período de sete anos. Quando a
Septuaginta traduz esta expressão, já o faz empregando "sete anos". Portanto, é claro que este
termo "tempo" é compreendido como "anos" no caso de Nabucodonozor.
b. Daniel 12 - série de datas em PROGRESSÃO:
v. 7 — três tempos e meio;v. 11 - 1290 dias;v. 12 - 1335 dias
Se matematicamente considerarmos estas três mençõs de tempo, chegaremos a uma
unidade para os três tempos e meio do verso 7 (que equivalem a 1260 dias) c. Apocalipse
12:6, 14 - Esta passagem estabelece equivalência entre 126O dias e três tempos e meio.
Portanto, para identificar a ponta pequena, devemos considerar todas as características,
e não simplesmente um detalhe isolado.
Daniel 8 — a ponta pequena está prosperando, crescendo.
Daniel 7 — demonstra o que esta acontecendo: cena do tribunal celestial. Duas cenas
descritas, mas que estã separadas no texto:
a. vv. 9-10 - INICIO DO JULGAMENTO
b. VV. 13-14 - FIM DO JULGAMENTO
é dito claramente que se trata do início de alguma coisa; é a descrição de DEUS que Se
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desloca e vai para um novo lugar no céu, e o Seu trono está nesse lugar, onde não estivera até
então.As figras aqui empregadas são do mundo antigo - os tronos eram guardados no palácio e,
quando havia um julgamento, o trono era retirado do palácio e levado até a corte/tribunal.
Temos algo semelhante aqui, porém maior e sobrenatural. Temos a carruagem de fogo de Deus,
o que poderíamos dizer se tratar de um TRONO em carruagem, que toma o seu lugar, os anjos
se acercam, os livros são abertos, e o julgamento se inicia. DEUS vai a um novo lugar para fazer
um outro tipo de trabalho.
ANCIÃO DE DIAS - único lugar da Bíblia onde este título é atribuído a DEUS - indica
a grande idade de Deus, Sua existência eterna, e isto tem que ver com o julgamento, pois
quando Ele vem para julgar ninguém poderá dizer que Ele não estava no momento em que a
pessoa estava. Portanto, Deus era contemporâneo de todos os eventos da história antiga,
presenciou e interagiu com todos os seres humanos que também conheceu - ninguém fica fora
do escopo deste julgamento.
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toda utilização da expressão "filho do homem" é messiânica; pode se referir a um homem
normal (exemplo em Ezequiel). E esta é a função desta expressão aqui: Daniel está descrevendo
alguma coisa que está vendo, e o que ele vê é este ser, e isto é algo incomum. Quando olhamos
para o céu esperamos ver Deus e anjos, pois são os habitantes normais do céu - e Daniel os vê na
primeira cena. Mas agora Daniel vê algo incomum - há um ser semelhante a um homem no
céu, e o que é mais impressionante é que este homem é aquele que é digno de receber o reino,
que está no verso 14 - "foi-lhe dado o domínio... e o reino..."
DOMÍNIO - significado teológico: cada reino teve poder e domínio por um tempo. Isto
levanta um problema: por acaso as homens devem sofrer sob o domínio destes reis?
NÃO . Porque chegará um dia em que haverá um governante que receberá o domínio,
e que durará eternamente, e a pessoa que recebe este domínio é este como "filho do homem"
que está no céu.
NUVENS - referência a DEUS, Seu ser sempre rodeado de nuvens (cf. Salmo 97:2).
Portanto, quando vemos uma referência a alguém rodeado de NUVENS. é uma
indicação de que se trata de um SER DIVINO.
Esta pessoa, portanto, que recebe o domínio, tem o aspecto como o "filho do homem" e
tem também o aspecto divino, indicado pelas nuvens que O circundam. O
que isto significa? Uma descrição deste ser que é ao mesmo tempo divino e humano,
tem DUPLA NATUREZA, e só um Ser, em toda a história do Universo, tem esta característica:
JESUS CRISTO.
Daniel 7 Daniel 8
Leão – Babilônia -------------------------
Urso – Pérsia Carneiro
Leopardo – Grécia Bode
Quarta besta – Roma I Ponta pequena – 1ª fase –
Imperial horizontal
Ponta pequena – Roma II Ponta pequena – 2ª fase –
Religiosa vertical
Cena do tribunal celestial: Purificação do santuário
juízo
Dois pontos importantes (os primeiros três animais são evidentes em si):
a. as duas fases da ponta pequena em Daniel 8 correspondem ao quarto animal e seus
chifres em Daniel 7
b. a purificação do santuário ocorre no mesmo lugar em que se estabelece a cena de
juízo em Daniel 7.
A essência do capítulo é dada a seguir, em que se procura apresentar a razão porque se
consideraram as profecias em ordem inversa:
1. Tem que ver com o período de tempo abrangido por estas profecias:
70 semanas
a. Daniel 9 CURTA
457 AC 1º séc. 1AD
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2300 anos - MÉDIA
b. Daniel 8
457 AC 1844 AD
LONGA
Há um período de tempo – 1260
c. Danie1 7 Santos no céu -reino eterno
7 ZACARIAS
586 AC - destruição do templo por Nabucodonozor, o qual ficou em ruínas durante todo
o exílio babilônico. Daniel 9 – oração pelo templo – período persa. 538 AC: decreto de Ciro - os
judeus podem retornar e reconstruir o templo – devolve os utensílios (cf. Esdras 1). Os judeus
voltam e constroem o altar. No ano seguinte voltam para prosseguir, lançam os fundamentos,
mas são interrompidos pelos samaritanos. Assim, de 536 AC a 520 AC, a Área do templo
permanece abandonada, não há qualquer trabalho em andamento. Novo rei entronizado na
Pérsia - Dario (522 AC). Os judeus vêem neste novo rei uma oportunidade para retomar o
trabalho do templo, e é isto o que eles fazem (ver Esdras 5 e 6 - considerar especialmente 4:24).
Portanto, por 15 anos, nada acontece, o povo negligenciou o projeto de reconstrução.
57
Agora DEUS quer animar o povo a retomar o projeto, utilizando para isto os
PROFETAS:
POR QUE DEUS USOU ESTA FORMA PARA FALAR AO POVO? 3 razoes:
1. Era muito conhecida naquele tempo, como demonstrado pela literatura bíblica e
extra-bíblica (egípcios e babilônios também conheciam);
2. facilita a memorização;
3. coloca ênfase no clímax da história.
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atrás há outros 3 cavalos, v. 9 - o que são os cavalos? v. 10 - são os enviados a percorrer a terra,
esquadrinhar, como uma patrulha.
Jo 1:7 - Satanás diz que veio de "percorrer" a terra-v. 11 - relatório dos cavaleiros: a
terra está TRANQUILA- Este é o ponto da mensagem. Há um modelo para este esquadrinhar: o
CORREIO PERSA. Estes foram os primeiros a terem um correio rápido – havia postos de
correio na rota, com cavalos descansados - a cada 30 km se trocava de cavalos – assim a
correspondência do rei podia seguir rapidamente.
Este é o modelo: o correio traz as novas: a terra está em paz, tranquiIa.
Duas coisas:
1. Para os judeus o ponto mais importante é que, havendo paz, é tempo de reconstruir
o templo, o que não é possível em tempo de guerra. Agora há paz - pode reconstruir - este é o
ponto central da da visão.
2. Por que estes mensageiros traziam estas novas''
Deve ser o 2º ano de Dario.
6ª Visão - 6:1-8
vv. 1-3 - novamente cavalos, mas cores diferentes.
Diferença maior: cavalos puxando carros, mencionados várias vezes.
v. 4 - o que é isto?
v. 5 - vão em direção aos quatro ventos – saem de Jerusalém:
S Egito
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v. 8 – dirigiram-se para o
Mas o que aconteceu no 1º ano? Uma guerra. Dario não era filho de Cambises, o rei
precedente, que morreu sem deixar herdeiro. Dario era, general do exército e proclamou-se
rei; muitas partes do império persa não o aceitaram - assim muitas batalhas ocorreram no 1º ano
para apaziguar estas rebeliões.
Ilustração destas batalhas: gargantas na montanha - Dario gravou a história em 3
línguas - há desenhos de Dario subjugando os inimigos - sete batalhas maiores
ocorreram no 1º ano e Dario venceu todas.
Segundo ano de Dario - o império está sob controle, não há guerra, há paz, o que permite
aos judeus reiniciar a construção.
MURTEIRAS: 2 interpretações:
a. descrição geral - pode estar em qualquer lugar; b. descreve um local específico, i.é,
JERUSALÉM.
No tempo de Ezequias escavaram um túnel na rocha, mas antes havia um
aqueduto que contornava a colina, levando água até o jardim do rei, para irrigar árvores que ali
eram cultivadas.
Portanto, pelo contexto da visão, pode-se crer que as murteiras estavam em Jerusalém,
onde o templo deveria ser reconstruído e foi para onde os cavaleiros levaram as novas de que a
terra estava em PAZ.
NORTE: Por quê? Porque ali estava o problema, onde a guerra acontecia e a paz era
mais necessária.
Vemos assim as diferenças e semelhanças entre a primeira e oitava visões:
. os cavalos servem de modo diferente;
. na primeira visão os cavalos voltam para dizer que a paz está estabelecida;
. na oitava visão os cavalos saem para estabelecer a paz;
na primeira visão - vale profundo;
. oitava visão — cavalos saem de entre dois montes.
Cronologicamente, os acontecimentos da oitava visão ocorrem antes do que é descrito
na primeira.
2ª Visão - 1:18-21
v. 18 — visão de 4 chifres v. 19a — que é isto? v. 19 b — São OS poderes que
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quebraram Judá, Israel e Jerusalém (paralelo com Daniel 7:8: chifres como reino/poder) Não há
necessidade de identificar 4 reinos específicos; considerados em conjunto, significam
Babilônia.
7ª Visão - 5:5-11
vv. 5-6 — a mulher e o efa (cestos) - medida para grãos. O ponto mais importante é que
o efa é usado como um meio de transporte para a mulher, v. 8 — título da mulher:
IMPIEDADE.
A "mulher" pode representar o povo de Deus (Ap. 12 — mulher que foge para o deserto.
VT -Jerusalém chamada "filha de Sião" - descrita como mulher). Esta é uma mulher
representando o povo de Deus, mas este tem cometido impiedade e por isto é levado para
cativeiro. EXILIO.
EXPLICAÇÃO RELIGIOSA PARA O EXÍLIO: impiedade do povo. Mas o povo foi
levado em cativeiro pelos poderes políticos da época. Portanto, as duas visões estão
relacionadas. Por causa da impiedade do povo, os poderes políticos têm permissão para levar o
povo em cativeiro.
Cronologicamente, a sétima visão ocorre antes da segunda.
3ª Visão - 2:1-5
v. 1 - um homem (possivelmente um anjo) com um cordel de medir.
v. 2 - para onde vai medir Jerusalém.
vv. 3-4 - o anjo diz para correr atrás do homem e dizer-lhe que não precisa medir
Jerusalém. Por quê? Porque ela será tão grande, tão abençoada por Deus, que não haverá
maneira de medir estas bênçãos. Teria tanta gente vivendo em paz e prosperidade que não seria
possível medir e nem mesmo teria muros.
Ilha de Creta - civilização Minóica (minoana) - grandes cidades com grandes muros -
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época de Moisés — cidades/estado - só controlavam seu próprio território.
Ruínas da capital romana em Creta: grande cidade, sem muros — natureza do império
romano: controlava o mundo.
Jerusalém não teria muros. COMO PROTEGER A CIDADE?
v. 5 - duas coisas:
a. o próprio DEUS lhe seria um MURO DE FOGO AO REDOR:
b. colocaria no MEIO da cidade a Sua GLÓRIA (KABOD) - a glória está no
SHEKINAH.
Dois tipos de fogo provenientes de Deus: a glória (SHEKINAH) no centro e ouro de
fogo ao redor, é a cidade das bênçãos ilimitadas, incomensuráveis.
6ª Visão - 5:1-4
v. 1 - rolo desenrolado: vê-se a escrita e seu tamanho.
20 côvados de comprimento e 10 de largura:
v. 2 - medida do lugar santo no tabernáculo do deserto.
v. 3 - escrita uma MALDIÇÃO no rolo sobre quem furtar e jurar falsamente (oitavo e
nono mandamentos).
No tabernáculo havia um rolo de maldições, colocado num saco ao lado da arca, que
poderia s
er o livro de Deuteronômio ou todo o Pentateuco. Em Deuteronâmio 26 a 33 temos as
bênçãos e maldições em relação àqueles que guardam ou quebram o concerto.
Portanto, Zacarias diz que o concerto ainda está em vigor e que é obrigação do povo
guardar os mandamentos. Se eles guardarem serão abençoados, se quebrarem serão
amaldiçoados.
A maldição é medida pela medida do rolo.
A MALDIÇÃO MEDIDA
4ª Visão - 3:1-10
v. 1 - Sumo-sacerdote Josué
Dois seres: Satanás e o SENHOR. Etimologicamente, a função de Satanás é acusar , i.é,
62
achar alguma coisa errada em alguém.
v. 2-o SENHOR está ao lado de Josué e toma sua defesa; reprova a Satanás: "Não é este
um tição tirado do fogo?" — "Este é Meu "filho e Eu o aceito."
FOGO - representa o exílio do qual Josué foi trazido, portanto é um dos que
retornaram.
3 - Aparência de Josué: trajado de vestes sujas: significa sua própria injustiça.
v. 4 - "tirar as vestes sujas", i-é, tirar as iniquidades, portanto, JUSTIFICAÇÃO PELA
FÉ.
Há uma aplicação local: Satanás diz a DEUS que Josué não pode ser aceito como
sumo – sacerdote, servir no templo, pois está sujo e não tem condições para tal.
PERGUNTA: As acusações de Satanás eram corretas?
SIM, porque Josué era culpado, mas não de uma forma geral, como todos os seres
humanos; ele era o sumo –sacerdote — e o que ele tinha feito? NADA! Por 15 anos o templo
estivera em ruínas e ele nada fez. Que tipo de sumo-sacerdote é este?
Portanto, as acusaçfles de Satanás eram corretas. Este
5ª Visão - 4:1-14
Zorobabel – governador
v. 2-o que vês?
DUAS OLIVEIRAS - um cano que se dirige para um vaso, que tem 7 lâmpadas e 7
lábios.
v. 6 - MENSAGEM CENTRAL:
O óleo que traz a luz ao santuário e também ao mundo, é o Espirito Santo, que também
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dará a Zorobabel a força para construir o templo.
A mensagem central a Zorobabel é que ele foi capacitado pelo Espírito Santo a
reconstruir o templo.
Sumo – sacerdote parece ser sem qualquer valor e não pode se apresentar diante de Deus
para oficiar.
Deus reconhece este fato, mas em Sua graça e misericórdia, diz que o aceita, vai
capacitá-lo e usá-lo no serviço do templo.
Deus agiu em favor de Josué: vv. 4-5 - tirou vestes sujas e turbantes sujos e colocou um
turbante limpo e trajes próprios (sacerdotais) para a função. Esta é uma descrição dos trajes
da justiça de Cristo. Deus coloca estes trajes sobre Josué, que agora está capacitado a
desempenhar suas funções sumo-sacerdotais — isto é representado na visão pelo novo traje e
novo turbante.
Depois desta substituição de trajes, o que vais fazer? Esta é a segunda metade da
profecia e tem relação com o santuário.
v. 7 - Deus fala a Josué que se for obediente aos Seus preceitos, terá direito a algumas
coisas:
a. "julgarás a Minha casa"
b. "guardarás os Meus átrios"
c. "livre acesso entre estes" Quem são "estes"? Os anjos.
Os mesmos que lhe deram novas vestes. E onde estão os anjos? Na presença de Deus, no
SANTÍSSIMO.
Quando isto é cumprido?
64
v. 8 — profecia messiânica — Josué tem alguns companheiros (não anjos) - sinal
favorável.
O Messias recebe um titulo especifico: RENOVO (usado
v. 10 — quando os fundamentos foram lançados houve duas reações entre o povo: a.
alegria (Esdras 3:11)
b. choro (Esdras 3:12 - os que viram o primeiro templo) — Zacarias 4:10 descreve este
grupo.
Portanto, a mensagem é que os que desprezam os começos humildes também se
alegrarão, quando virem o prumo nas mãos de Zorobabel (PRUMO instrumento usado para
verificar o nível vertical).
Quando Zorobabel estivesse no alto no templo, para medir as paredes já construídas,
toda a obra terminada, as pessoas se alegrariam.
v. 7 - Há montanhas que são obstáculos para Zorobabel cumprir sua missão, mas o
Espírito Santo lhe dará o poder. Mas este verso afirma que Zorobabel colocará a PEDRA DE
REMATE e, quando isto ocorrer as pessoas aclamarão: GRAÇA E GRAÇA, ou... QUÃO
LINDA (Graça e beleza são representadas pela mesma palavra original).
A quinta visão ocorre primeiro, porque Zorobabel tem que construir o templo; Quando o
templo tiver sido reconstruído, então Josué poderá ministrar. Há uma progressão:
Na sexta visão (rolo) — medida do LUGAR SANTO do tabernáculo.
também em Jeremias e Isaías). Neste ponto da profecia está-se falando do templo; por
que esta referência ao Messias aqui?
SUGESTÃO:
No santuário, no Santíssimo, dentro da arca, estava a VARA DE ARÃO. Portanto,
quando Josué, ao realizar seu trabalho como sumo-sacerdote, ao penetrar no Santíssimo, veria
esta profecia sobre o Renovo.
CONEXÃO TEMÁTICA:
No antigo templo havia uma vara . No novo templo também há uma vara (Renovo), só
que maior e melhor: a V ara Messiânica. Assim, a vara de Arão se torna um tipo do Messias
que virá.
65
v. 9 - PEDRA - com sete faces (olhos) - inscrição em cada face.
No Santíssimo também tinha uma pedra: os Dez Mandamentos.
0 novo templo também teria uma nova pedra, mas perfeita.
Portanto, a lei de Deus é representada aqui de forma simbólica. Assim, quando Josué
tiver acesso ao Santíssimo, irá ministrar diante dos anjos, da vara e da pedra gravada.
Portanto, o trabalho específico que ele vai realizar quando tiver direito de acesso, é o
ministério do dia da expiação, e toda está preparação em termos de novas vestes e novo
turbante.
No centro climático destas visões encontramos dois homens, com dois tipos de trabalho:
Zorobabel deveria construir o templo pelo poder do Espírito Santo (o que podemos chamar
SANTIFICAÇÃO).
Josué deveria oficiar neste templo com novas vestes (o que podemos chamar
JUSTIFICAÇÃO).
8 EVANGELHO DE JOÃO
O Evangelho de João tem uma diferença básica em relação aos outros Evangelhos,
porque concentra a ação de Jesus em Jerusalém. Os outros localizam o ministério de Jesus na
Galileia e dão a impressão de que sua duração foi de apenas um ano e meio. O Evangelho de
João dá uma duração mais longa para o ministério de Jesus e isto é calculada a partir das visitas
feitas por Ele a Jerusalém em relação com as festas que estavam ocorrendo.
Quando Jesus vai a Jerusalém por ocasião das festas, age de maneira diferente de um
judeu comum: Ele ensina, trabalha, opera milagres e, em cada situação, há um ensinamento
aplicado e os ensinamentos dizem alguma coisa acerca de Jesus, basicamente que ELE É O
CUMPRIMENTO DE CADA UMA DAQUELAS FESTAS.
Os Seus ensinamentos estão relacionados com o tipo de festa que está ocorrendo; não
fala sobre algum assunto diferente, mas sobre o que acontece no templo naquele momento. Ele
diz: "Isto se aplica a Mim; Eu sou o cumprimento disto que vedes." Portanto, Seus
66
ensinamentos no templo, no tempo das festas, estão relacionados com Sua presença.
67
Por esta razão não entenderam o que Jesus dizia. Só que Jesus falava acerca de outra
coisa. O QUE JESUS DIZ AQUI É UMA PROFECIA DA SUA RESSURREIÇÃO.
Capítulo 5. Jesus volta a Jerusalém. A próxima festa não é identificada. Há uma razão
para esta não identificação: João não estava interessado na festa em si, isto era secundário; o
ponto importante que ele queria salientar tinha relação com o SÁBADO, o que aconteceu neste
dia.
v. 9 úp - cura de um paralítico no DIA DE SÁBADO. Um incidente específico, num
local específico (tanque de Betesda).
v. 8 - MANEIRA COMO SE OPEROU A CURA - "levanta, toma teu leito e anda."
Jesus não desceu o homem até o tanque, não colocou barro em suas pernas paralíticas,
não usou qualquer remédio, não há evidência de que Ele sequer tenha tocado o homem;
simplesmente fala ao homem e a Sua Palavra é criadora. Assim, naquele local, foi criado um
novo corpo.
68
ECO DE GÊNESIS 1 - HAJA... E HOUVE. HAJA... E HOUVE... Há um paralelo,
portanto, em João 5 com Gênesis 1.
Capítulo - segunda metade — diálogo entre o curado e os rabis. Quem fez a cura e por
quê?
v. 14 - Jesus encontra-se mais tarde com o homem e diz-lhe para viver uma vida justa.
v. 19 - diálogo de Jesus com os rabis. Ellen White diz que Jesus foi trazido perante o
Sinédrio, numa espécie de julgamento, em que era examinado pelas autoridades, por quebrar
o sábado.
vv. 19 - 24 - Sua defesa basicamente constituiu em apresentar a proximidade de Seu
relacionamento com o Pai: "o Pai tem trabalhado e Eu também trabalho." Isto era algo perigoso
de se dizer. O termo "Pai", usado em relação a Deus, não era, comum naquele tempo. Naquele
tempo uma pessoa podia se referir a Deus como Pai numa oração formal e pública, mas nunca
em uma discussão pessoal. Portanto, a afirmação de Jesus se reveste de um significado muito
particular. Jesus afirma Sua íntima relação com o Pai, que nenhum outro ser humano tem, e isto
é uma blasfémia para os judeus.
Primeira parte da defesa de Jesus: intimidade de relacionamento com o Seu Pai.
Segunda parte da defesa de Jesus: "Eu não somente posso curar como também serei o
agente da ressurreição" (vv. 25-29). Duas vezes Ele diz que seria o motivo da ressurreição.
v. 25 - refere-se a Si mesmo como o FILHO DE DEUS.
v. 27 - refere-se a Si mesmo como o FILHO DO HOMEM.
O assunto é o julgamento e Ele traz os mortos à vida por ser este um direito que possui
como FILHO.
v. 30ss - Jesus dá um testemunho acerca de Si mesmo:
1 - está intimamente relacionado com o PAI;
2 - tem o poder da ressurreição.
Dois ensinamentos e que são maiores que a cura operada no dia de sábado.
Quando está diante do tribunal, Jesus apresenta Suas testemunhas: a. v. 33 - JOÃO
BATISTA;
b. v. 36 - AS OBRAS que Ele faz;
c. v. 37 - O PAI, porque Ele enviou a Jesus;
d. vv. 39-41 - A PALAVRA DE DEUS;
e. vv. 45-47 - MOISÉS.
69
Estas testemunhas confiririam que Jesus de fato era quem pretendia ser - O
MESSIAS.
Porem, quando Jesus fala de pão nesta festa, não se refere somente a pão asmo, nem
mesmo o pão miraculoso {maná), Ele chama a atenção para um pão mais importante, que é Ele
mesmo, o Pão do Céu, o Pão da Vida.
C. Terceira conexão: vv. 16-21 - O MAR SOB CONTROLE - Jesus anda por sobre a
mar. Este é o tempo da Páscoa. Mostra o controle que tem sobre os elementos da natureza:
acalma e caminha sobre o mar. Na Páscoa original, Jesus demonstrou este mesmo controle
sobre os elementos e os utiliza para proteger e salvar o Seu povo: conduziu o Seu povo através
de um caminho aberto no meio do mar e usou o mar como uma arma contra os inimigos,
afogando os soldados de Faraó. Assim 1500 anos antes, Jesus demonstrou que o mar este sob o
Seu controle e agora, no tempo da Páscoa, Ele demonstra a mesma coisa. Esta é, portanto, uma
conexão: o mar sob controle.
vv. 22-24 - a multidão vai a procura de Jesus. Eles sabem que Jesus não seguiu de barco
com os discípulos. Quando O encontram sabem que Jesus ali chegou por milagre e querem que
Jesus admita o milagre. Mais uma vez o entusiasmo popular começa a crescer.
vv. 25-30 - Neste ponto as questões são favoráveis a Jesus, Ele é ainda bastante popular.
Porém, Ele pretende conduzir o povo em uma direção diferente, diferente 90
do pão físico que comeram, em direção ao pão espiritual que precisavam.
70
v. 32 - Jesus diz que não foi Moisés quem lhes deu o maná, mas o PAI, e Ele esta dando
um novo Pão, o Pão que desce do céu, melhor que o pão dado no deserto.
v. 35 - Jesus diz claramente: EU SOU O PÃO DA VIDA. Não o pão que os pais
comeram no deserto, não o pão que vocês comeram ontem na beira do mar, mas EU SOU o pão.
Este é um relacionamento espiritual.
vv. 48 e 51 - repete: EU SOU O PÃO DA VIDA. E o Pão veio a este mundo para lhes
dar vida. Assim Jesus lhes diz que vai morrer, e com um propósito particular: salvar a homens e
mulheres. Isto já não lhes parece muito bom (preferiam um Messias conquistador). Entendem
que Jesus está falando de um reino espiritual e o entusiasmo deies vai se desvanecendo.
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v. 66 - vários discípulos O deixaram, mas não os doze.
Este é um ponto divisório no Evangelho: até aqui o povo se entusiasmou em relação a Jesus,
mas quando entenderam que Ele era um Messias espiritual, começaram a desanimar.
TABERNÁCULOS - Capitulos 7 e 8
Dois grandes elementos: AGUA E LUZ. Jesus diz que é o cumprimento de ambos.
Descrição da festa: era, do ano, dos frutos de verão, propósito agrícola da festa, a última
do ano - última colheita que era apresentada ao Senhor.
Primeiro elemento: LUZ. Durante a peregrinação no deserto, Deus era a luz, presente
na coluna de nuvem e na coluna de fogo; e isto era comemorado na festa dos tabernáculos.
Construíram quatro colunas bem altas na área do templo, sendo que no topo havia um tipo de
pira, em que havia óleo, a qual, durante a festa, era acesa e iluminava o templo.
72
A pira usava como pavio as vestes velhas dos sacerdotes, que eram santas, e não podiam
ser inutilizadas de maneira comum.
Foi neste contexto que Jesus disse: EU SOU A LUZ DO MUNDO -João 8:12.
Assim foi providenciada água para o povo. E isto era comemorado na festa dos
tabernáculos.
Cada manhã o sacerdote pegava uma bacia e ia até o tanque de Siloé, onde era enchida.
Havia uma procissão até o pátio do templo e esta água era levada até o altar, onde era
derramada. Quando marchavam nesta procissão cantavam Salmos especificos e agitaram folhas
de palmeira, que era parte da celebração.
Jesus usa este simbolismo e fornece um correspondente espiritual: 7:37 - último grande
dia da festa, o oitavo dia, quando a festa esta-se aproximando do seu final, Jesus exclama: "Se
alguém tem sede, venha a Mim, e beba."
O que Ele pretendia salientar era que nem a água que o sacerdote derramara no altar
por oito dias, nem a água que Moisés lhes dera no deserto era o de que eles realmente
necessitavam, mas Ele mesmo era a ÁGUA, para satisfazer a sede espiritual, uma ÁGUA que
assegura a vida eterna.
73
Não diz simplesmente que Ele supre a necessidade física, mas que todo o que nEle crer,
receberá esta água dEle e se tornará um conduto para outros. Portanto, há uma
responsabilidade: receber de Jesus, a Fonte, e distribuiu para outros.
v. 39 - explicação de João: Jesus fala do Espírito Santo.
SÁBADO - Capitulo 9
Enquanto esta em Jerusalém, nesta ocasião, há um outro incidente de cura: O
CEGO DE NASCENÇA.
vv. 7—8 - cuspiu na chão, fez um barro, colocou nos olhos do cego e disse: "Vai, lava-te
no tanque de Siloé."
74
Portanto, nestas ações, Jesus como que dizia: EU SOU O CRIADOR. O dia de
SÁBADO, em que realizei os milagres, é o MEU DIA, é um MEMORIAL DA MINHA
CRIAÇÃO.
vv. 13-34 - o cego diante dos fariseus e toda a discussão que se seguiu.
v. 35 - Jesus encontra o cego. Pergunta: "Crês tu no Filho do homem?" Esta é uma
mensagem messiânica: "Você crê que Eu sou o Messias?"
v. 39 - lição espiritual: "Eu vim para juízo, a fim de que os que não vêem, vejam, e os
que vêem se tornem cegos."
v. 41 — SIM, responde Jesus, porque rejeitaram a evidência da criação bem diante dos
seus olhos. Aquele mesmo que criou o sábado, vocês O estão acusando agora.
Portanto, a história termina com um paradoxo: que os cegos passem a ver e os que vêem
se tornem cegos. Fisicamente o cego vê e espiritualmente reconhece Jesus como o Messias e O
aceita como Salvador. Mas os fariseus, que podiam ver bem, viram o trabalho de Jesus, mas
rejeitaram o testemunho deste trabalho e cegueira espiritual os alcançou.
DEDICAÇÃO - 10:22 ss
História: Antioco Epifânio, em 168 AC, veio a Jerusalém, perseguiu os judeus,
profanou o templo, sacrificou porcos no altar, colocou uma estátua a Zeus, interrompeu os
serviços do templo, etc. Esta perseguição prosseguiu até 165 AC.
Durante este tempo, a família dos MACABEUS liderou o povo de Judá, organizou um
exército para lutar contra Antíoco. Várias batalhas foram travadas e, finalmente, Jerusalém foi
libertada do controle de Antíoco em 165 AC. Após esta libertação, purificaram e dedicaram o
templo. Esta festa (HANNUKAH) durou dez dias. e é celebrada ainda hoje pelos judeus -
envolve o acender a luz de uma vela cada noite. Esta festa é em dezembro, quando o templo foi
75
dedicado.
Jesus estava no pórtico de Salomão. Era dezembro. Faltavam três meses para que
morresse. Em março seria Sua última Páscoa.
v. 24 - Questão: ÉS TU O MESSIAS?
v. 25 - Respondeu-lhes Jesus: "Já vo-lo disse." As obras que Ele fazia testificavam a Seu
respeito. Mais uma ver volta ao tema do trabalho com Seu Pai.
PARALELO - Jesus dedicado para vir a este mundo, para dar a luz ao mundo, para
mostrar que é o FILHO DE DEUS, o Messias, e veio para dar vida eterna.
Portanto, o verbo de ligação é este verbo. O que a festa era para o templo, Jesus é para
nós. Assim, mais uma vez, encontramos um elo entre o significado da festa e o que Jesus disse
de Si mesmo.
9 HEBREUS
9.1 APRESENTAÇÃO
Hebreus é uma carta incomum no NT. A natureza da carta é pastoral (posição do Dr.
Shea), de um pastor interessado nos membros de sua igreja envolvidos em algum tipo de
problema. Os membros são judeus-cristãos que correm o risco de voltar ao judaísmo. Sem
dúvida é uma carta própria para este grupo: um grupo desanimado que se pergunta se ainda vale
a pena seguir a Jesus Cristo, ou se não seria preferível voltar a fé de seus pais.
76
O livro tem cinco seções e o ensino é dado paralelamente a uma exortação.
ESBOÇO:
I. Exposição - cap. 1 - CRISTO SUPERIOR AOS ANJOS.
Exortação - cap. 2a – Não negligencieis a fé.
77
Exortação final - Cap. 12:5-13 - na terceira seção Cristo é o elemento novo introduzido;
nesta seção o Espírita Santo é introduzido. Temos também exortações gerais.
Há uma progressão no livro: aviso geral -----> exortação sobre Cristo -----> exortação
sobre o Espírito Santo. A exposição doutrinária torna-se cada vez maior através do livro e a
exortação também, e de forma mais séria e firme.
O TEMA que permeia o livro é "MELHOR" - tudo o que Jesus provê para os Seus
seguidores é Melhor:
CRISTO - MELHOR do que os ANJOS.
CRISTO - MELHOR DO QUE MOISéS.
CRISTO - MELHOR REVELAÇÃO DE DEUS.
CRISTO - MELHOR SACERDOTE.
CRISTO - serve em um MELHOR SANTUÁRIO.
CRISTO - oferece um MELHOR SACRIFÍCIO.
CRISTO - provê um MELHOR SANGUE.
O autor diz aos cristãos hebreus que, se voltarem para o judaísmo, não encontrarão lá
nada melhor do que possuem atualmente, pelo contrário, será inferior, pois o que ele recebe de
Cristo é melhor.
DATA DE AUTORIA - Na quarta seção, que templo ou santuário o autor usa como
ilustração? O TABERNÁCULO DO DESERTO. Em nenhuma vez se menciona o templo de
Jerusalém. Portanto, isto pode indicar que o livro tenha sido escrito antes da destruição do
templo no ano 7O AD. Há duas possibilidades:
a. escrito antes da destruição em 70 AD;
b. escrito depois da destruição.
Se tivesse sido depois, provavelmente o autor da carta usaria a destruição como
ilustração. Contudo, não é dito uma palavra acerca do templo ou sobre a cidade de Jerusalém.
Ainda há serviços sendo realizados no templo, por isto os membros da igreja estão em
78
perigo de voltar para o judaísmo. Quando entra na discussão do templo, volta ao santuário do
deserto - uma ilustração antiga para falar de algo que acontecia no presente.
Quando menciona Sião não se refere à cidade de Jerusalém terrestre, mas à Sião
celestial, espiritual.
Não menciona Jerusalém porque o templo ainda está lá e em atividade, e não quer
chamar a atenção para ele, por isto busca outra ilustração.
9.2 CAPÍTULOS 7 A 10
Aqui está o coração do livro. Centro da argumentação do autor. Parte central de sua
doutrina. Tem que ver com o santuário, com o sacrificio, com o sacerdote, etc.
Apresenta o sacerdócio superior de Jesus. O Seu sacrificio feito uma vez por todas
comparado com os sacrifícios repetitivos e imperfeitos do VT. FALA de um NOVO
CONCERTO, onde não as falhas do Velho podem ser restauradas, trazendo assim
completa salvação.
Quando se olha para o santuário nesta seção de Hebreus, há dois elementos:
1. o véu do santuário; e
2. lugares do santuário: santo ou santíssimo.
Está questão foi levantada na IASD por Ballenger (1903 - 1905). A partir da expressão
encontrada em Hebreus 6:19-20 - "a qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que
penetra ATÉ O INTERIOR DO VÉU; aonde Jesus... entrou por nós, feito sumo-sacerdote para
sempre, segundo a ordem de Melquisedeque."
Ballenger inferiu que, por ocasião da ascensão. Cristo iniciou Seu ministério "dentro do
véu", isto é, no lugar santíssimo do santuário celestial.
O argumento de Ballenger é baseado no véu que há entre o santo e o santíssimo.
Diz que a Septuaginta, em sua versão do VT, usa a mesma palavra encontrada em
Hebreus 6:19 - KATAPETASHA.
Duas perguntas:
1. A palavra katapetasma é usada para o véu do santuário? SIM!
79
2. é usada somente para o véu do santíssimo?
Ballenger não analisou esta questão com o cuidado que ela requeria. No santuário do
deserto havia três véus:
a. o véu do pátio;
b. o véu para se entrar no lugar santo; e
c. o véu entre o santo e o santíssimo.,
Quando a Septuaginta. fala do véu do pátio (o primeiro), das seis referências, em cinco
usa a palavra katapetasma.
O véu da entrada (que é o segundo) é mencionado onze vezes; em sete vezes é chamado
de katapetasma e nas outras quatro de kaluma.
O véu do santíssimo (o terceiro) aparece vinte e quatro vezes como katapetasma e uma
vez como kaluma.
A palavra dominante para todos os véus é katapetasma e kaluma é usada numa menor
escala.
80
O argumento de Desmond Ford concentra-se em Hebreus 9:8-9:
1. Ele diz que os locais no santuário de Hebreus, o do céu e o da terra, são basicamente
os seguintes:
Hebreus 9:8 - a palavra aqui é TÓN HAGIÓN, que é traduzida de diferentes maneiras:
a. santuário
b. santo
c. santíssimo.
Ford diz que é primeiro em termos de "lugar", isto é, lugar santo; o santo do terrestre
que, finalmente, perde o lugar em direção a Deus, sendo substituído pelo santíssimo do
celestial.
A palavra relevante aqui é HÁGIOS, que aparece nove vezes nestes três capítulos.
Mas esta palavra pode ser usada de diferentes maneiras: santuário, santo ou santíssimo.
Daí a dificuldade de ententê-la, mas muito importante fazê-lo.
82
Cap. 6:19-20 — Cristo, nossa esperança, está no céu, atravessa o véu.
10:19-20 - também usa "véu" - podemos entrar no santíssimo, pelo sangue de Jesus,
pelo caminho que Ele nos inaugurou, através do véu.
Mas o sacrifício de Cristo foi feito uma vez por todas; é capaz de limpar e extirpar o
pecado.
83
QODESH é a palavra usada para o santíssimo;
TENDA é a palavra usada para o santo;
ALTAR é a palavra usada para o pátio.
Parece, portanto, que em Hebreus 8:2, o autor usa a mesma linguagem. O modelo é
Levítico 16.
Logo, em Hebreus 8:2, HÁGION e o "tabernáculo" (SKENE) nao são a mesma coisa;
referem-se a dois lugares no ministério do céu. HÁGION é o santíssimo e SKENE, o santo.
vv. 23-24 - "Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém
no mesmo céu (HÁGIA)..." Este lugar é definido pela mesma palavra usada em 9:1-2 - HÁGIA
(sem artigo definido e se referia ao lugar santo do santuário celestial). Portanto, faz uma
comparação, onde contrasta o santo terrestre com o santo celestial.
9:25 — "... como o sumo—sacerdote cada ano entra no santo dos santos..." Que tipo de
serviço está falando no qual deveria entrar uma vez por ano? NO DIA DA EXPIAÇÃO. Fala de
uma nova parte do santuário, descrita por uma palavra diferente: TA HAGIA (com artigo).
Há um contraste entre os versos 24 e 25. No verso 24 usa HÁGIA (sem artigo) para
84
santuário (santo); no verso 25 usa a palavra TA HÁGIA (com artigo) para santíssimo.
Voltando a 9:24, HÁGIA (sem artigo) refere-se ao santo, também com os mesmo quatro
modificadores:
a. verdadeiro
b. sem mãos
c. cópia
d. ANTÍTIPO (note a diferença).
Última Seção
9:1-10 9:11-14
Santuário terrestre Santuário celestial
85
a. candelabro
b. mesa e os pães da proposição.
9.3 REVISÃO
86
o santo)
b. HÁGIA HAGION (para o santíssimo)
v. 8 - sumariza o que esta lição ensina - "querendo com isto dar a entender o Espírito
Santo que ainda o caminho do Santo Lugar não se manifestou, enquanto o PRIMEIRO
TABERNÁCULO continua erguido."
O verso diz que enquanto o primeiro tabernáculo (PROTO SKENE) ainda tem sua
função, o caminho está aberto para o santo no céu.
87
TIPOS, porém, a palavra empregada é PARABOLÉ, que significa "ensino", com uma lição
central, cujos detalhes não são relevantes. O importante na parábola é sua lição central.
A parábola usada em Hebreus tem que ver com a data e o contexto em que o livro foi
escrito. Nunca usa o templo de Jerusalém em sua comparação, apesar de este templo ainda estar
lá. Este era o templo para o qual os judeus cristãos estavam correndo o risco de retornar. Então
o escritor usa o santuário que deixara de ser usado há mil anos como uma parábola para o
templo ainda em uso. Sua argumentação é: o templo de Jerusalém não tem importância perante
Deus; não voltem às práticas antigas do judaísmo; elas não têm valor perante Deus; um novo
caminho está aberto perante nós.
O PRIMEIRO MINISTÉRIO foi apresentar o sacrifício a Seu Pai. Ellen White descreve
a ascensão de Jesus na linguagem do Salmo 24. Não recebe honra dos anjos e dos mundos não
caídos que ali estão para recebê-LO, enquanto não apresenta Seu sangue ao Pai. O sacrifício foi
suficiente, a raça humana foi redimida.
O concerto eterno foi selado. Esta é a primeira fase do ministério de Cristo.
88
9.5 A EXPIAÇÃO EM HEBREUS
Há várias passagens, em termos de santuário terrestre, em Hebreus. Qual a função
delas?
FORD aceita a idéia de que, por ocasião da ascensão, Jesus iniciou o ministério
equivalente ao dia da expiação do antigo Israel.
a. Existe um sistema sacrificai usado no VT, mas todos os sacrifícios juntos não podem
se igualar ao sacrifício de Cristo.
b. O dia da expiação era o principal dia do sistema de sacrifícios. Era o melhor que
podia oferecer; mas não era suficiente.
c. A relação com o dia da expiação não tem que ver com TIPO e ANTÍTIPO, mas
SUPERIOR e INFERIOR. Portanto, não se pode. no livro de Hebreus, usar TIPO e
ANTÍTIPO.
10 APOCALIPSE
Há uma cena introdutória: João, prisioneiro religioso (96 AD). Teve uma VIsão -
Jesus falava com ele. ONDE ESTAVA CRISTO?
vv. 12-13 - no meio dos 7 candeeiros, com vestes sacerdotais. No santuário terrestre o
candelabro se encontrava no Lugar Santo. A palavra usada no VT para referir-se ao ministério
relacionado com o candelabro é TAMID.
Portanto, Jesus está ministrando a Sua Igreja, concedendo-lhe luz, e isto é que está
sendo representado pelo quadro de Seu andar no meio dos candeeiros.
89
10.2 SEGUNDA LINHA PROFÉTICA - 7 SELOS - APOC. 4 E 5
Cena ao redor do trono no céu – o Pai assentado no trono, os seres viventes ao lado.
90
b. Em direção à Terra: JULGAMENTO.
113
2. Diferença de localidade: o anjo joga brasa para a Terra; Cristo joga o incensário no
chão do santuário.
3. Resultados:
a. em um caso temos o fogo/julgamento que se segue;
b. em outro temos o fechamento da porta da graça.
"ABRIU-SE O SANTUÁRIO" - quando esta parte é aberta vê-se a ARCA que ficava ra
santíssimo. Em termos terrestres era aberto no dia da expiação, que era um dia de
julgamento na antigo Israel. Aqui temos um evento similar ocorrendo no santuário celestial,
portanto vemos aqui um dia celeste de expiação, um início de julgamento.
Observe-se que uma parte do céu se abre para ver isto e vê-se o início deste trabalho.
Estas profecias centrais do livro têm que ver com a guerra entre o dragão, a besta e a
mulher.
Transição do livro:
Profecias
Históricas
Cap. 13 — transição:
a. vv. 1-10 - besta que surge do mar (profecia histórica)
b. vv. 11 - 18 - besta que surge da terra – luta acerca da marca da besta (este é um novo
tipo de profecia: ESCATGLOGICA.)
Cap. 16 - pragas
Esta cena do santuário é um retorno aos capítulos 4 e 5, pois se trata da mesma cena.
Mas as canções cantadas aqui são diferentes dos capítulos 4 e 5, pois dizem respeito ao fim do
plano da salvação, em particular sobre o casamento do Cordeiro, é uma celebração do
casamento, o tempo do casamento chegou. Cristo Se unira a Sua igreja. Portanto, a cena do
santuário é uma cena de celebração a medida que o plano da salvação se encerra .
LINHA DIVISÓRIA:
Apoc. 21:1-8 - pertence à série de profecias precedentes, assim, a cena da Nova
Jerusalém começa no capítulo 21, verso 9. Por quê? Ao se comparar os versos 1 e 10 vemos a
Nova Jerusalém vindo para a Terra. Se pensarmos que isto está em ordem cronológica,
concluiremos que a Nova Jerusalém vem à Terra duas vezes. E isto não acontece.
21:1 - A Nova Jerusalém vem à Terra como final desta série de profecias.
Analisando as profecias precedentes, vemos que cada uma das seis começa com uma
cena do santuário. Isto nos leva a introdução do curso - a doutrina do santuário mostra uma
atividade contemporânea de Deus no céu, assim como mostra o santuário como o centro da
salvação, o céu em atividade para salvar o homem, onde o Pai, Cristo e os anjos estão
trabalhando em função da salvação do homem, e a execução do plano da salvação.
93
Cada uma das cenas do santuário em Apocalipse mostra onde a atividade do plano da
salvação está centralizada; por isto as profecias se iniciam com cenas do santuário.
O que o santuário tinha em uma menor escala, a Nova Jerusalém tem numa escala muito
mais ampla, portanto, há uma comparação geral entre a Nova Jerusalém e o santuário do VT.
Assim, toda a cidade é um lugar santo, pois que é o lugar da habitação de Deus (Éxo.
25:8-9 - "E Me farão um santuário... e habitarei no meio deles".) Trocando uma palavra no
verso, teríamos: "E EU construirei uma cidade para habitar no meio deles."
Tudo na cidade será santo, porque a santidade do Senhor permeará todas as coisas.
A última profecia, portanto, é que a cidade toda é um santuário; não se trata de uma cena
introdutória para a profecia, mas é a profecia em si: a cidade é o santuário de Deus.
94
O Apocalipse é um livro de 7:
. 7 igrejas
. 7 selos
. 7 trombetas
. 7 pragas
. 7 linhas proféticas, dadas no 7º dia.
95