Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DE AQU INO
OS SACR AMENTOS
DA IGREJA
Avenida Higienópolis, 174, Centro AUTOR IA
86020-908 — Londrina/PR Santo Tomás de Aquino
editorapadrepio.org
CAPA
Klaus Bento
DIAGRAMAÇÃO
OS SACRA MENTOS DA IGR EJA Eduardo de Oliveira
DIR EÇÃO DE CR IAÇÃO
© Todos os direitos desta edição Luciano Higuchi
pertencem e estão reservados à
Editora Padre Pio EDIÇÃO E R EVISÃO
Éverth Oliveira
Redempti ac vivificati Christi sanguine, nihil Christo TRADUÇÃO
præponere debemus, quia nec ille quidquam nobis præposuit. Douglas Abreu
ÍNDICE
NOTA PRÉVIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
A. Data e destinatário
B. Conteúdo, finalidade e estrutura
C. Sobre esta tradução
PRÓLOGO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
APÊNDICE .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
NOTA PRÉVIA
A. Data e destinatário
O texto aqui apresentado corresponde à segunda parte de um
opúsculo de Santo Tomás de Aquino, De articulis fidei et Ec-
clesiæ sacramentis, escrito por volta de 1261 e 1268, segundo o
parecer quase unânime dos estudiosos. O opúsculo é dirigido a
Leonardo, capelão de Alexandre IV e Arcebispo de Palermo de
1261 a 1270, com quem o Aquinate deve ter-se encontrado na
Itália e, possivelmente, na própria cúria pontifícia.
5
O S S AC RA M EN TO S DA I G RE J A
6
OS
SACRAMENTOS
DA IGREJA
PRÓLOGO
9
§1.
OS SACRAMENTOS EM GERAL
1. Cf. De Civit. Dei X, 5 (PL 41, 282): Sacrificium ergo visibile invisibilis sacri-
ficii sacramentum, id est, sacrum signum est: “É, pois, o sacrifício visível um
sacramento, isto é, sinal sagrado do sacrifício invisível”.
2. Isidoro de Sevilha, Etym. VI, 19, 40 (PL 82, 255C): Quæ ob id sacramenta
dicuntur, quia sub tegumento corporalium rerum virtus divina secretius salu-
tem […] operatur.
3. Pedro Lombardo, Sententiæ IV, d. 1, c. 2 (PL 192, 839): Sacramentum est
invisibilis gratiæ visibilis forma.
11
O S S AC RA M EN TO S DA I G RE J A
12
§ 1 . O s sacramentos em g eral
4.Cf. Super Ioan. XV, 3, Tract. 80 (PL 35, 1840): Accedit verbum ad elemen-
tum, et fit sacramentum.
13
O S S AC RA M EN TO S DA I G RE J A
14
§ 1 . O s sacramentos em g eral
15
§2.
OS SACRAMENTOS EM
ESPECIAL
17
O S S AC RA M EN TO S DA I G RE J A
fim se abra à graça que poderia então ter recebido. Quem assim se aproxima
do sacramento chama-se fingido (fictus) porque apenas parece estar prepa-
rado para receber o efeito do sacramento, mas, por carecer da necessária
disposição, não recebe a graça (cf. E. D. Regatillo, Theologiæ Moralis Summa.
Madrid: BAC, 1954, vol. 3, p. 12, n. 4). Santo Tomás de Aquino o explica com
mais detalhe em STh III 69, 9 c.: “Deve-se dizer que, como diz Damasceno,
‘Deus não obriga o homem à justiça’ (De fide orth. II, 30: PG 94, 972A). E por
isso, para que alguém seja justificado pelo Batismo, requer-se que a vontade
do homem abrace tanto o Batismo como o efeito do Batismo. Ora, diz-se que
alguém é fingido na medida em que a sua vontade contradiz, quer o Batismo,
quer o efeito dele. Pois, segundo Agostinho, diz-se que alguém é fingido de
quatro modos: a) de um primeiro modo, aquele que não crê, embora o Batis-
mo seja o sacramento da fé; b) de outro modo, por desprezar o próprio sacra-
mento; c) de um terceiro modo, por celebrar de outra forma o sacramento,
sem observar o rito da Igreja; d) de um quarto modo, por aproximar-se sem
devoção <do sacramento>. É evidente, portanto, que a simulação impede o
efeito do Batismo”.
18
§ 2 . O s sacramentos em especial
19
O S S AC RA M EN TO S DA I G RE J A
20
§ 2 . O s sacramentos em especial
21
O S S AC RA M EN TO S DA I G RE J A
e) O quinto erro é dos ofitas, que, julgando ser Cristo uma ser-
pente, têm consigo uma cobra acostumada a lamber os pães com
a língua, e pensam que assim lhes é santificada a Eucaristia.
22
§ 2 . O s sacramentos em especial
23
O S S AC RA M EN TO S DA I G RE J A
Bispo. Pois bem, este sacramento não deve ser dado a não ser
ao doente quando há perigo de morte, o qual deve ser ungido
nos lugares dos cinco sentidos, isto é, nos olhos, por causa da
visão; nos ouvidos, por causa da audição; no nariz, por causa do
olfato; na boca, por causa do gosto ou da fala; nas mãos, por
causa do tato; e nos pés, por causa dos passos. Alguns ungem
também os rins, onde predomina a paixão (libido). A forma
deste sacramento é esta: Per istam unctionem et suam piissimam
misericordiam, indulgeat tibi Dominus quidquid deliquisti per
visum, e assim de modo semelhante nos outros sentidos. O
ministro deste sacramento é o sacerdote. O efeito deste sacra-
mento é a cura da alma e do corpo. 10
10. Como a) efeito comum aos outros sacramentos, a Extrema Unção au-
menta a graça santificante naquele que a recebe com as devidas disposições;
como b) efeito especial primário, confere uma graça reconfortante contra as
relíquias do pecado, isto é, contra a debilidade causada pelas faltas passadas;
c) como efeito especial secundário, pode também perdoar os pecados veniais
e mortais, se os houver, contanto que o enfermo a receba de boa fé e tendo
ao menos atrição sobrenatural. Além disso, é doutrina certa e comum que a
Extrema Unção pode devolver a saúde física ao enfermo, se assim for conve-
niente ao seu bem espiritual.
11. Com a Carta Apostólica sob a forma de Motu proprio “Ministeria quæ-
dam”, de 15 ago. 1972, o Papa Paulo VI suprimiu a Ordem maior do subdia-
24
§ 2 . O s sacramentos em especial
por sua vez, é mais uma dignidade do que uma ordem. A ma- 12
conado, que desde então deixou de existir na Igreja latina, sendo assimilada
às funções do leitor e do acólito; estas duas Ordens menores continuam, pois,
a existir, embora sejam agora chamadas ministérios.
12. Mais que uma dignidade, ensina o Concílio Vaticano II que o episcopado
é a plenitude do sacramento da Ordem: “Ensina […] o sagrado Sínodo que,
pela consagração episcopal, se confere a plenitude do sacramento da Ordem,
aquela que, na tradição litúrgica e nos santos Padres, é chamada sumo sa-
cerdócio e suma do sagrado ministério” (Concílio Vaticano II, Constituição
“Lumen gentium”, de 21 nov. 1964, n. 21: AAS 57 [1965] 25; DH 4145).
13. Este ponto foi objeto de debate entre os teólogos por muito tempo. Re-
centemente, o Papa Pio XII pôs fim à questão, ao determinar que “a ma-
téria única das sagradas Ordens do diaconado, presbiterado e episcopado
é a imposição das mãos, e a forma, igualmente única, são as palavras que
determinam a aplicação desta matéria, significando univocamente os efeitos
sacramentais — isto é, o poder da Ordem e a graça do Espírito Santo —, e
que pela Igreja são recebidas e usadas como tais. […] Com Nossa apostólica
autoridade declaramos, e […] estabelecemos que, ao menos daqui em diante,
a entrega dos instrumentos não é necessária para a validade das sagradas
Ordens do diaconado, presbiterado e episcopado” (Constituição Apostólica
“Sacramentum Ordinis”, de 30 nov. 1947, n. 4: AAS 40 [1948] 7; DH 3859).
25
O S S AC RA M EN TO S DA I G RE J A
26
§3.
O FIM ÚLTIMO DOS
SACRAMENTOS
27
O S S AC RA M EN TO S DA I G RE J A
A esta glória nos conduza aquele que vive e reina pelos séculos
dos séculos. Amém.
28
APÊNDICE
29