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Pr.

Edilson Sabino Torres


Mas recebereis poder, ao
descer sobre vós o Espírito
Santo, e ser-me-eis
testemunhas, tanto em
Jerusalém, como em toda a
Judéia e Samária, e até os
confins da terra. (Attos 1.8)

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................04

1 - DEFINIÇÃO E DELIMITAÇÃO DO ESTUDO...........................................05

2 – A PNEUMATOLOGIA NO DECORRER DA HISTÓRIA DA IGREJA.....06

2.1 – PERÍODO PATRISTICO...........................................................................06


2.2 - PERÍODO DA REFORMA.........................................................................08
2.3 – PERÍODO DA PÓS-REFORMA...............................................................08

3 - A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO.....................................................09

3.1 – A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO........................................09


3.2 - A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO É PROVADA POR SUAS
CARACTERÍSTICAS.................................................................................11
3.3 – A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO....................................................11
3.4 – A PROCESSÃO DO ESPÍRITO SANTO.................................................13
3.5 – TIPOS E ILUSTRAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO..................................14

4 – A OBRA DO ESPÍRITO SANTO..............................................................15

4.1 – A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA SALVAÇÃO...................................16


4.2 - A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO................17
4.3 – A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA.............18
1.4 – A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DE CRISTO..........................19

2. - OS DONS DO ESPÍRITO SANTO............................................................19

5 - O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO.............................................................22

7 - O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO.........................................................24

CONCLUSÃO....................................................................................................33

BÍBLIOFRAFIA..................................................................................................34

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INTRODUÇÃO

Pneumatologia é mais um dos grandes temas da teologia cristã. Trata-se


nesta disciplina do estudo da pessoa e obras do bem amado da igreja o
Espírito Santo. O estudo do Espírito Santo é importante devido a Quem Ele é, e
o que Ele fez, faz, e ainda fará; principalmente pela igreja e através da igreja.
O Espírito Santo é Deus e aquilo que se conhece verdadeiramente de
Deus é o alicerce da nossa fé. Enquanto muitos parece somente associar o
Espírito Santo ao fanatismo religioso, Ele se mantém ativo em todas as áreas
da vida. Ele é o Criador, também trabalha na providência, na natureza, na
capacitação dos homens, na salvação e no crescimento espiritual. Ele inspirou
a Bíblia e agora ilumina as nossas mentes para que possamos entendê-la.

Sua vinda ao mundo era tão necessária para a nossa salvação quanto à
vinda de Cristo. Sem o Espírito nossa fé é vazia e não temos prova de nossa
salvação (Romanos 8:9). O Espírito Santo nos dá vida física, espiritual e
ressurreta (Jó 33:4; João 3:5; Romanos 8:11). O Espírito Santo é o autor de
tudo que é bom e agradável em nossa existência (Gálatas 5:19-22).

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3 - DEFINIÇÃO E DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

Pneumatologia como já foi mencionado refere-se ao estudo do Espírito


Santo. Tratar-se-á as passagens bíblicas essenciais referentes à temática, bem
como os termos ruach (jwr), neshamah (hmvn), pneuma (pneuma), charisma
(carisma) e parákletos (paraklhto"), bem como os seus termos derivados.
O Espírito Santo é mencionado 261 vezes no NT e pelo menos 100 vezes
no AT. Duas palavras são usadas para o Espírito Santo. - rûaj - AT – Seu
significado básico é de vento, sopro. No A.T. atua como agente pessoal de
Deus, mostrando Deus em sua atividade no mundo (Gn 2.7; Sl 139.7) e
aguardando uma nova era do Espírito Santo (Is 11.2; Jl 2.28s) pneuma – NT –
Também tem como significado básico vento, sopro. O Espírito Santo atuou de
forma direta nos eventos relacionados ao nascimento de Cristo (Mt 1.18; Lc
1.35,41,67s; 2.27s), no batismo de Jesus em forma de pomba (Mt 3.16) e
associado à sua missão (Mt 4.1, 12.28; Lc 4.14,18; Hb 9.14). Jesus em sua
mensagem de despedida o apresenta como o “Conselheiro” (Jo 14.16,26;
15.26; 16.7).
Após a ressurreição de Cristo o Espírito foi derramado sobre os crentes
dando inicio à igreja (At 2.1) levando-os a ter uma vida no Espírito (Rm 5.5, 8.1-
17; Gl 5.16-26).
Dentro da trindade o Espírito Santo é o que mais trás confusão quanto à
sua personalidade e divindade. Muitos associam o Espírito Santo à uma força,
uma luz ou à uma ação de Deus. Esta confusão se dá, pois em muitas seitas
ou religiões existe o personagem “espírito santo”.
 O judaísmo crê que o Espírito Santo é apenas mais um nome para
Deus.
 O Espiritismo acredita que não existe o Espírito Santo, mas um espírito
santo que pode ser recebido.
 No site watchtower (torre de vigia) das testemunhas de Jeová eles
afirmam que: Em 1879, o erudito bíblico Charles L. Ives ilustrou
apropriadamente a habilidade de Deus de exercer seu poder a partir de
um lugar fixo. Ele escreveu: “Por exemplo, nós dizemos: ‘Abra as
venezianas e deixe o sol entrar.’ Não estamos nos referindo ao Sol

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literal, físico, mas sim aos raios solares, ou seja, aquilo que procede do
Sol.” De maneira similar, Deus não precisa ir aos lugares em que
pretende usar sua força ativa. Ele simplesmente utiliza seu espírito
santo, que pode alcançar as extremidades de sua criação. Encarar o
espírito santo pelo que ele é — a poderosa força ativa de Deus — pode
lhe dar a confiança que Jeová cumprirá suas promessas. Em outro lugar
nesta mesma página eles afirmam que o Espírito Santo é o poder de
Deus em ação. Dizem que Deus não é onipresente, mas que sua
presença pode ser percebida através desta ação de seu poder em toda
a parte.
Estas crenças e várias outras nos ajudam a identificar a necessidade de
entender o que o Espírito Santo é segundo as Escrituras.

2 – A PNEUMATOLOGIA NO DECORRER DA HISTÓRIA DA IGREJA

2.1 – PERÍODO PATRISTICO

Os judeus do tempo de Jesus davam muita ênfase à unidade de Deus, e


esta ênfase foi trazida para dentro da igreja cristã. O resultado foi que alguns
eliminaram completamente as distinções pessoais da Divindade, e que outros
não fizeram plena justiça à divindade essencial da segunda e da terceira
pessoas da Trindade Santa.

Tertuliano - foi o primeiro a empregar o termo “Trindade” e a formular a


doutrina, mas a sua formulação foi deficiente, desde que envolvia uma
infundada subordinação do Filho ao Pai.

Orígenes - foi mais longe nesta direção, ensinando explicitamente que o


Filho é subordinado ao Pai quanto à essência, e que o Espírito Santo é
subordinado até mesmo ao Filho. Ele desacreditou a divindade essencial

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destas duas pessoas do Ser Divino e forneceu um ponto de partida aos
arianos.

Arianos - Negavam a divindade do Filho e do espírito Santo, apresentando


o Filho como a primeira criatura do Pai, e o Espírito Santo como a primeira
criatura do Filho. Assim, a consubstancialidade do Filho e do Espírito Santo
com o Pai foi sacrificada, com o fim de preservar a unidade; e, segundo esse
conceito, as três pessoas da Divindade diferem em grau de dignidade. Os
arianos ainda conservaram resquícios da doutrina das três pessoas da
Divindade, mas esta foi inteiramente sacrificada pelo monarquianismo.

Monarquianismo – A divindade e pessoalidade do Espírito Santo foram


negadas por Sabellius no terceiro século desta era e deu origem ao movimento
chamado monarquismo. Sabellius sustentava que não existiam três pessoas na
deidade, mas um só Deus que se manifestava em três formas diferentes
(modalismo). A doutrina das três pessoas da Divindade foi sacrificada em parte
no interesse da unidade de Deus e em parte para manter a divindade do Filho.

O monarquianismo dinâmico via em Jesus apenas homem e no espírito


Santo uma influência divina. Jesus se tornou o Cristo após o batismo, ao se
tornar habitação do Cristo.

O monarquianismo modalista considerava o Pai, o Filho e o Espírito


Santo meramente como três modos de manifestação assumidos
sucessivamente pela Divindade.
Pneumatomaquianos – São chamados de pneumatômacos (= adversários
do Espírito Santo). Também chamados macedônios, em referência ao bispo
Macedônio, opunham-se à divindade do Espírito Santo, isto foi no final do
século IV

Por outro lado, também houve alguns que a tal ponto perderam de vista a
unidade de Deus, que acabaram no triteísmo.
A igreja começou a formular a sua doutrina da Trindade no século quarto. O
Concílio de Nicéia (325 A.D.) declarou que o Filho é co-essencial com o Pai,

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enquanto que o Concílio de Constantinopla (381 A.D.) afirmou a divindade do
Espírito, embora não com a mesma precisão. Quanto à inter-relação dos três,
foi oficialmente declarado que o Filho é gerado pelo Pai, e que o Espírito
procede do Pai e do Filho. No Oriente, a doutrina da Trindade encontrou a sua
proposição mais completa na obra de João de Damasco, e no Ocidente, na
grande obra de Agostinho, De Trinitate. A primeira ainda retém um elemento de
subordinação, inteiramente eliminado pela segunda.

2.2 - PERÍODO DA REFORMA

Socinianos – Durante a reforma, os socinianos, baseados nas idéias de


Lélio Socínio, propagadas por seu sobrinho Fausto Socínio, consideram que
em Deus há uma única pessoa e que Jesus Cristo é um homem comum.

Unitarianismo – O unitarianismo foi inicialmente uma manifestação dentro


da reforma protestante, o intelectual espanhol Miguel de Servetto discordou da
doutrina da Trindade e publicou vários livros a este respeito dando início às
primeiras igrejas unitárias, eram pertencentes aos grupos Anabatistas. Este
unitarismo pode se manifestar como uma forma de modalismo, ou seja, Deus é
um só que se manifesta de várias formas ao longo da história, ou ainda pode
também considerar Deus como uma só pessoa que é o pai de Jesus, um
homem que foi elevado à divindade no seu batismo, ou ainda uma forma de
arianismo. Esta vertende existe até hoje e não há uma definição única em sua
manifestação.

2.3 – PERÍODO DA PÓS-REFORMA

Depois da Reforma não temos maior desenvolvimento da doutrina da


Trindade, mas o que encontramos é repetidamente é algumas das errôneas
formulações antigas.

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6 - A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO

Espírito Santo é o nome é aplicado a terceira pessoa da Trindade. Apesar


de se nos dizer em Jo 4.24 que Deus é Espírito, o nome se aplica mais
particularmente à terceira pessoa da Trindade. O termo hebraico com o qual
Ele é designado é Ruach, e o grego, é pneuma, ambos os quais, como o
vocábulo latino spiritus, derivam de raízes que significam “soprar”, “respirar”.
Daí, também podem ser traduzidos por “sopro” ou “fôlego”, Gn 2.7; 6,17; Ez
37.5, 6, ou “vento”, Gn 8.1: 1 Rs 19.11: Jo 3.8.
O Espírito Santo é um ser pessoal, ou seja, Ele não é uma força, poder,
mas uma pessoa. Identificamos que o Espírito Santo é uma pessoa, pois:
Pronomes pessoais são utilizados para o Espírito Santo. Segundo Charles
Hodge uma pessoa é alguém que, ao falar, diz Eu; quando é abordado, se lhe
diz Tu; e quando se lhe faz referencia, é chamado Ele.11 O Espírito Santo é
tratado como pessoa principalmente por Jesus em João 14-16.
“Quando, porém, vier o consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o
Espírito da verdade, que dele procede, ele dará testemunho de mim.” João
15.26.

6.1 – A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO

As expressões “Espírito de Deus” e “Espírito Santo” não sugerem


personalidade com a clareza que o termo “Filho” sugere. Além disso, a pessoa
do Espírito Santo não apareceu de forma pessoal claramente discernível entre
os homens, como aconteceu com a pessoa do Filho de Deus. Como resultado,
a personalidade do Espírito Santo muitas vezes foi posta em questão e,
portanto, merece atenção especial. A personalidade do Espírito foi negada ao

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longo da história da Igreja como já foi já relatado. Mas as provas bíblicas da
personalidade do Espírito Santo são mais que suficientes.

Designativos próprios de personalidade Lhe são dados -


Embora pneuma seja neutro, o pronome masculino ekeinos é utilizado como
referência ao Espírito Santo em Jo 16.14; e em Ef 1.14 algumas das melhores
autoridades têm o pronome relativo masculino hos. Além disso, é-lhe aplicado
o nome Parakletos, Jo 14.26; 15.26; 16.7, termo que não pode ser traduzido
por “conforto”, “consolação”, nem pode ser considerado como nome de alguma
influência abstrata. Um fato que indica que se trata de uma pessoa é que o
Espírito Santo, como Consolador, é colocado em justaposição com Cristo como
o Consolador que estava para partir, a quem o mesmo termo é aplicado em 1
Jo 2.1. É verdade que este termo é seguido pelos neutros Ho e auto em Jo
14.16-18, mas isto se deve ao fato de que intervém o vocábulo pneuma.

São-lhe atribuídas características de pessoa: como inteligência, Jo 14.26;


15.26; Rm 8.16, vontade, At 16.7; 1 Co 12.11; e sentimentos, Is 63.10; Ef
4.30. Demais, Ele realiza atos próprios de personalidade. Sonda, fala,
testifica, ordena, revela, luta, cria, faz intercessão, vivifica os mortos, etc,
Gn 1.2; 6.3; Lc 12.12; Jo 14.26; 15.26; 16.8; At 8.29; 13.2; Rm 8.11; 1 Co 2.10,
11. O realizador destas coisas não pode ser um simples poder ou influência,
mas tem que ser uma pessoa.

É apresentado como mantendo tais relações com outras pessoas, que


implicam Sua própria personalidade - Ele é colocado na justaposição com os
apóstolos em At 15.28, com Cristo em Jo 16.14, e com o Pai e o Filho em Mt
28.19; 2 Co 13.13; 1 Pe 1.1, 2; Jd 20, 21. Uma boa exegese exige que nestas
passagens o Espírito Santo seja considerado uma pessoa.

Também há passagens em que se distingue entre o Espírito e o Seu Poder


- Lc 1.35; 4.14; At 10.38; Rm 15.13; 1 Co 2.4. Tais passagens seriam sem
sentido, e até absurdas, se fossem interpretadas com base no princípio de que
o Espírito é pura e simplesmente um poder impessoal. Pode-se ver isto
substituindo o nome “Espírito Santo” pela palavra “poder” ou “influência”.

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6.2 - A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO É PROVADA POR SUAS
CARACTERÍSTICAS

1. Ele é Inteligente (1 Co 2.10-11)


2. Ele Tem Emoções (Ef 4.30)
3. Ele Tem Vontade (1 Co 12.11)
4. Ele Ensina (Jo 14.26)
5. Ele Guia (Rm 8.14)
6. Ele Comissiona (At 13.4)
7. Ele dá Ordens a Homens (At 8.29)
8. Ele Age no Homem (Gn 6.3)
9. Ele Intercede (Rm 8.26)
10. Ele Fala (Jo 15.26; 2 Pe 1.21)
11. Ele Pode Ser Obedecido (At 10.19-21)
12. Pode-se Mentir a Ele (At 5.3)
13. Ele Pode Ser Resistido (At 7.51)
14. Ele Pode Ser Reverenciado (Sl 51.11)
15. Pode-se Blasfemar Contra Ele (Mt 12.31)
16. Ele Pode Ser Entristecido (Ef 4.30)
17. Ele Pode Ser Ultrajado (Hb 10.29)

6.3 – A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo é representado na Escritura como possuindo a autoridade


e os atributos divinos, os Pais da Igreja nunca apresentaram dúvidas quanto à
divindade do Espírito e também concordam com o fato de que ele é uma
pessoa.

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Provada Pelos Seus Nomes - Nomes que relacionam o Espírito em pé de
igualdade às demais Pessoas da Trindade (1 Co 6.11). Nomes que O
apresentam realizando obras que somente Deus pode fazer (Rm 8.15; Jo
14.16) O Espírito Santo é chamado Deus - (Atos 5:3-4, 9; I Coríntios 3:16;
Efésios 2:22; II Coríntios 3:17) O Espírito é chamado Adonai (Compare Atos
28:25 com Isaías 6:8-9). O Espírito é chamado Jeová (Compare Hebreus
10:15-16 com Jeremias 31:31-34).

Provada Pelos atributos divinos que possui:

1. Onisciência (1 Co 2.10-11)
2. Onipresença (Sl 139.7)
3. Onipotência (Gn 1.2)
4. Verdade (1 Jo 5.6)
5. Santidade (Lc 11.13)
6. Vida (Rm 8.2)
7. Sabedoria (Is 40.13)

Provada Por Suas Obras:

1. Criação (Gn 1.2)


2. Inspiração (2 Pe 1.21)
3. Gerar a Cristo em Sua encarnação (Lc 1.35)
4. Convencer o Homem (Jo 16.8)
5. Regenerar o Homem (Jo 3.5-6)
6. Consolar (Jo 14.16)
7. Interceder (Rm 8.26-27)
8. Santificar (2 Ts 2.13)

Provada Por Sua Associação em Pé de Igualdade - O Espírito Santo é


associado as demais pessoas da Trindade (At 5.3-4; Mt 28.19; 2 Co 13.13).
Pode-se estabelecer a veracidade da divindade do Espírito Santo com
base na Escritura seguindo uma linha de comprovação muito semelhante à que
foi empregada com relação ao Filho: (1) São-lhe dados nomes divinos, Êx

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17.7 (comp. Hb 3.7-9); At 5.3, 4; 1 Co 3.16; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21. (2)São-lhe
atribuídas perfeições divinas, como onipresença, Sl 139.7-10, onisciência, Is
40.13, 14 (comp. Rm 11.34); 1 Co 2.10, 11, onipotência, 1 Co 12.11; Rm 15.19,
e eternidade, Hb 9.14 (?). (3) Ele realiza obras divinas,como a criação, Gn
1.2; Jó 26.13; 33.4, renovação providencial, Sl 104.30, regeneração, Jo 3.5, 6;
Tt 3.5, e a ressurreição dos mortos, Rm 8.11. (4) É-lhe prestada honra divina,
Mt 28.19; Rm 9.1; 2 Co 13.13.

3.4 – A PROCESSÃO DO ESPÍRITO SANTO

Definição - Processão é uma palavra que tenta descrever o eterno


relacionamento entre o Espírito e as outras duas Pessoas da Trindade. Ele
procedeu eternamente do Pai e do Filho sem que isso dividisse ou alterasse,
de algum modo, a natureza de Deus.

História - Este conceito foi formulado no Credo de Constantinopla em 381. Em


589, o Sínodo de Toledo acrescentou a famosa cláusula latina “filioque”, que
afirmava que o Espírito procedia do Pai e do Filho.

Escrituras - João 15.26 afirma expressamente que o Espírito procede do Pai,


ao passo que a idéia de Sua processão do Filho vem de versículos como
Gálatas 4.6, Romanos 8.9 e João 16.7.

A processão é a relação do Espírito Santo com as outras pessoas da Trindade.


As primeiras controvérsias trinitárias levaram à conclusão de que o Espírito
Santo, como o Filho, é da mesma essência do pai e, portanto, é consubstancial
com Ele. E a longa discussão acerca da questão, se o Espírito Santo procedeu
somente do pai ou também do Filho, foi firmada finalmente pelo Sínodo de
Toledo em 589 d.C, pelo acréscimo da palavra “Filioque” (e do Filho) à versão
latina do Credo de Constantinopla: “Credimos in Spiritum Sanctum qui a Patre
Filioque procedidit” (“Cremos no Espírito Santo, que procede do Pai e do
Filho”).

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3.5 – TIPOS E ILUSTRAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO

Alguém disse uma vez que o ensino adequado "torna os ouvidos dos
homens em olhos". Isto é exemplificado na Bíblia por tipos, parábolas,
comparações e metáforas. As verdades espirituais são apresentadas numa
multiplicidade de figuras terrestres.
A pessoa e a obra do Espírito Santo são ilustradas nas Escrituras por várias
figuras simbólicas. Essas figuras simbólicas podem ser objetos, pessoas ou
evento, que prefiguram um outro objeto, pessoa ou evento. Algumas figuras
simbólicas do Espírito Santo na Bíblia.

1. Vestimentas (Lc 24.49)


2. Pomba (Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22; Jo 1.32)
3. Penhor (2 Co 1.22; f.5; Ef 1.14)
4. Fogo (At 2.3)
5. Óleo (Lc 4.18; At 10.38; 2 Co 1.21; 1 Jo 2.20)
6. Selo (2 Co 1.22; Ef 1.13; 4.30)
7. Servo (Gn 24)
8. Água (Jo 4.14; 7.38-39)
9. Vento (Jo 3.8; At 2.1-2)

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4 – A OBRA DO ESPÍRITO SANTO

A tarefa do Espírito Santo é a manifestação da presença ativa de Deus


no mundo, especialmente na igreja. Esta definição indica que o Espírito Santo
é o membro da Trindade que as Escrituras representam mais freqüentemente
como estar presente para fazer a obra de Deus no mundo. Enquanto isto é
verdade até certo ponto em todas as Escrituras, é particularmente verdadeiro
no que diz respeito à nova aliança. No Antigo Testamento, a presença de Deus
apareceu muitas vezes na glória de Deus e nas teofanias. Nos Evangelhos,
Jesus mesmo disse que era à presença de Deus entre os homens. Mas, depois
da ascensão de Jesus ao céu, e continuando ao longo da era da igreja, o
Espírito Santo é hoje a principal manifestação da presença da Trindade entre
nós. Ele é o único que é proeminente presente entre nós agora.
Ao passarmos da cristologia para o soteriologia, passamos do objetivo
para o subjetivo, da obra que Deus realizou por nós em Cristo e que é, em seu
aspecto sacrificial, uma obra concluída, para a obra que Ele (Espírito Santo)
realiza no correr do tempo nos corações e nas vidas dos crentes.
A Escritura nos ensina a reconhecer certa economia na obra da criação
e redenção e autoriza o que falamos do Pai e da nossa criação, do filho e da
nossa redenção, e do Espírito Santo e da nossa santificação. O Espírito Santo
não somente tem uma personalidade que Lhe é própria, mas também tem um
método peculiar de trabalho; e, portanto, devemos distinguir entre a obra de
Cristo merecendo a salvação, e a obra do Espírito Santo aplicando. Cristo
satisfez as exigências da justiça divina e mereceu todas as bênçãos da
salvação. Mas a Sua obra ainda não está terminada. Ele a continua no céu, a
fim de dar àqueles por quem Ele entregou Sua vida, a posse de tudo quanto
mereceu por eles. Mesmo a obra de aplicação é uma obra de Cristo, mas é
uma obra que Ele realiza por intermédio do Espírito Santo. Conquanto esta
obra apareça na economia da redenção como obra do Espírito Santo, não pode
nem por um instante ser separada da obra de Cristo. Tem suas raízes na obra
redentora de Jesus Cristo e leva esta à sua completação, e isso não sem a
cooperação dos sujeitos da redenção. Cristo mesmo indica a íntima conexão
quando se diz: “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a

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toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver
ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará porque há
de receber o que é meu, e vo-lo há de anunciar”, Jo 16.13, 14.

4.1 – A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA SALVAÇÃO

Antes de começar este tópico, devemos ser alertados que o Espírito Santo é
um agente soberano na salvação. Ele opera como quer, e a experiência de
uma pessoa não deve tornar-se um padrão para os outros. Algumas pessoas
levam meses para serem convencidas, enquanto outros logo reconhecem a
plena certeza da salvação (Atos 8:25-39; 16:7-11).
Há uma obra comum que é preparatória à regeneração e que acontece
no coração do pecador. Devido a salvação ser tanto uma obra moral quanto
legal se torna necessária essa preparação. Aqueles que vão gozar
eternamente dos benefícios da fé em Cristo são primeiramente tocados para
que vejam a necessidade de terem a Cristo. O homem egoísta deve ser
quebrado para que o Salvador possa receber toda a glória na salvação.
A regeneração do Espírito Santo é o “ novo, nascimento”. Está
relacionada à conversão, mas regeneração e conversão não é a mesma coisa,
por mais que a regeneração não pode acontecer sem a conversão e vice-
versa. A regeneração acontece quando o Espírito Santo limpa o velho homem
sujo e o transforma num novo homem limpo possibilitando assim o contato e a
união com Cristo e restabelece a comunhão com Deus.
A regeneração é tão importante na vida do homem que Jesus disse a
Nicodemos que era a única maneira de entrar no reino de Deus (Jo 3.5-8).
A transformação na vida do salvo de seu caráter moral e espiritual que o
leva mais perto à semelhança de Cristo é atribuída ao Espírito Santo (Rm 8.1-
17). Esta santificação só acontece com aqueles que têm o Espírito de Deus em
suas vidas, o que evidencia a atuação especial do Espírito Santo no processo.
A vida no Espírito é a vontade de Deus. À medida que crescemos em
santidade apresentamos os frutos (características) do Espírito Santo (Gl 5.16-
18). A vida santificada, ou seja, no Espírito acontece enquanto deixamos as

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obras da carne (Gl 5.19-21) – nossa vontade – e nos enchemos do Espírito
Santo (Ef. 5.18).

4.2 - A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO

Muitas das obras divinas são atribuídas às três pessoas da Trindade. Este
fato também é verdadeiro na criação. Enquanto o Pai e o Filho são
reconhecidos pela obra (Atos 4:24; João 1:3), o Espírito Santo não fica
excluído..

O Espírito deu à criação no Antigo Testamento:

1. Vida (Sl 104.30; Jó 33.4)


2. Ordem (Is 40.12; Jó 26.13)
3. Beleza (Sl 33.6; Jó 26.13)
4. Preservação (Sl 104.30)

No domínio da natureza é obra do Espírito Santo dar vida a todas as


criaturas que se movem, na terra, no céu ou no mar, porque "se você enviar o
seu Espírito, eles são criados" (Salmo 104: 30). Por outro lado, "se eu pensei
em retirar-se o seu espírito, tirar o fôlego da vida, toda a humanidade pereceria,
a humanidade seria poeira!" (Jó 34:14-15). Aqui vemos o papel do Espírito
Santo no fornecimento e manutenção da vida humana e animal.

Atuação do Espírito Santo no homem Antigo Testamento:

 O Espírito atuava em certas pessoas na época do A.T. (Gn 41.38; Nm


27.18; Dn 4.8; 5.11-14; 6.3).
 O Espírito vinha sobre várias pessoas (Jz 3.10; 6.34; 11.29; 1 Sm 10.9-10;
16.13).
 O Espírito enchia alguns (Êx 31.3; 35.31)

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Assim, Seu relacionamento pessoa com os homens no A.T. era limitado,
pois nem todos experimentavam Sua ação e esta não era necessariamente
permanente em todos os casos (Sl 51.11) O Espírito Santo muitas vezes
capacitou as pessoas para um serviço especial.

 A Josué deu dons de liderança e sabedoria (Nm 27:18; Dt 34:9)


 Os juízes foram habilitados para libertar Israel de seus opressores (note
como "o Espírito do Senhor veio sobre" Otoniel em Juízes 3: 10, at 6:34
Gideão, Jefté e Sansão em 11:29-13:25, 14:6, 19; 15:14).
 O Espírito Santo veio sobre Saul e ele profetizou e o capacitou para
guerrear contra os inimigos de Israel (1 S 11:6).
 Quando Davi foi ungido rei, "o Espírito do Senhor se apoderou de Davi
naquele dia estava com ele. " (1 S 16:13), permitindo que Davi cumprisse a
tarefa de governar para a qual Deus o havia chamado.
 De uma maneira ligeiramente diferente de treinamento, o Espírito Santo deu
a Bezalel habilidades artísticas para construir o tabernáculo e seus móveis
(Ex 31:3, 35:31), e também lhe deu a capacidade de ensinar essas
habilidades aos outros (Ex 35:34).

4.3 – A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA.

Inspiração é o processo divino de supervisão dos autores humanos da Bíblia,


de modo que, usando suas próprias personalidades e estilos, compuseram e
registraram sem erros as palavras de Deus para Sua revelação ao homem nos
manuscritos originais. A inspiração diz respeito ao modo em que a Bíblia foi
escrita.
A passagem mais específica que fala da inspiração da Bíblia. 2 Pedro 1.21
(cf. 2 Sm 23.2; Ez 2.2; Mq 3.8; Mt 22.43; At 1.16; 4.25).
Os Meios usados pelo Espírito Santo para revelar aos homens foram:
3. A Palavra falada (Êx 19.9)
4. Sonhos (Gn 30.31)
5. Visões (Is 6.1)

18
6. Cristo (Hb 1.1,2)

6.4 – A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DE CRISTO

Mesmo que a interação entre as pessoas da Trindade seja sempre


incompreensível, ainda mais misteriosa é a relação entre o Espírito de Deus e
o Nosso Senhor encarnado. O Salvador era tão Deus quanto homem. Cristo
era auto-suficiente como Deus, mas na sua humilhação precisava ser ungido
pelo Espírito. Não devemos murmurar, então, que todas as coisas são
incompreensíveis, mas estarmos alegres pelo mistério da piedade (I Timóteo
3:16).
O Espírito Santo realizou a concepção no útero de Maria (Lc 1.35).
Cristo foi ungido pelo Espírito (Lc 4.18; At 10.38). Essa unção ocorreu em
Seu batismo (Mt 3:16, Mc 1:11, Lc 3:22, Jo 1.32). Essa unção significa
capacitação para o serviço. Quando se levantou para pregar na sinagoga de
Nazaré, disse que cumpriu a profecia de Isaías: "O Espírito do Senhor está
sobre mim porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele
enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos
cegos, para libertar os oprimidos e para proclamar o ano aceitável do Senhor "
(Lc 4:18-19).

5 - OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

Um dom espiritual é uma capacidade sobrenatural, dada por Deus a cada


salvo, para edificar a Igreja e glorificar a Deus. A idéia principal a se dizer que é
uma capacidade espiritual é a de que não pode ser adquirido com aprendizado.
Logo podemos fazer a distinção de dons espirituais de:
a) Talento (músico, atleta)
b) Vocação (professor, conselheiro)
c) Personalidade (extrovertido = evangelista).

19
Existem duas palavras usadas para dom que são Charisma (carisma) cuja raiz
“charis” significa graça que indica a fonte que (de graça divina) e propósito
(para ministrar graça). A outra palavra é “Pneumatikos” que significa espiritual.
Esta palavra aponta a natureza espiritual dos dons.
Os dons espirituais são ações que vão além daquilo que é o normal e habitual
humano. É uma capacidade extraordinária de ir afundo na vida de pessoas ao
ponto de ser instrumento nas mãos de Deus para a transformação de pessoas.
Dado por Deus a cada salvo. Quando afirmamos que é dada por Deus a cada
cristão afirmamos que todo salvo em Cristo tem um, ou mais, dom. Estes dons
brotam de uma vida imersa no Espírito de Deus. 1 Coríntios 12.4-6, 7, 11;
Efésios 4.7,11; 1 Pedro 4.10)
Os textos a seguir apresentam que em nenhum caso os dons tem
propósito final de servir a mim mesmo, mas sim a igreja de Cristo.

a) 1 Coríntios 12.7: “visando a um fim proveitoso”, “visando ao bem


comum”
Efésios 4.12: “para edificação do Corpo de Cristo”
b) 1 Pedro 4.10: “para servir aos outros, administrando fielmente a graça
de Deus em suas múltiplas formas”
c) Glorificar a Deus. Pessoas tem usado seu “dom” para se promover
explorando pessoas e exaltando a si mesmo e não a Deus. A pessoa
que usa seu dom edifica a igreja e a edificação da igreja glorifica a Deus.
1 Pedro 4.1

Rm 12.6-8 1 Co 12.4-11 1 Ef 4.11 1 Pe 4.10,11


Profecias Sabedoria Apostolo Falar
Ministério Conhecimento Profeta Servir
Ensino Fé
Exortação Cura Evangelista
Contribuição Operação de Pastor e Mestre

20
milagres
Presidir Profecia
Misericórdia Discernimento de
espírito
Variedades de
línguas
Interpretação de
línguas

OOBSERVAÇÃO
OOOQQQAAA

Observação importante:
1) Nenhuma lista no NT é completa, por isso, devemos tomar muito
cuidado em “fechar” os dons. Temos uma boa idéia geral, mas não
necessariamente a lista final.
2) Tomemos cuidado com testes, provas, etc. que alegam determinar seu
dom. Parece que há uma mistura de dons em cada cristão, que muitas
vezes foge de definição. A “medida da fé” dada a cada cristão.
3) Dons não equivalem espiritualidade! Corinto foi a pior igreja no NT, e
tinha muitos dons.
4) Os dons são para serviço, não para ser visto!
5) Nenhum cristão tem a maioria, muito menos, todos os dons, pois assim
não precisaria do Corpo de Cristo.
6) As línguas descritas em Atos 2.5-13 difere das descritas em 1 Co 14.1-5.
Trata-se de xenolalia e glossolalia.
‘’ Glossolalia’’ (do grego γλώσσα, "glóssa" [língua]; λαλώ, "laló" [falar])
“Xenolalia’’ — (χενολαλια ) O falar em línguas num idioma conhecido,
estranho apenas a quem o fala.

21
6 - O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO.

"O fruto do Espírito" (no singular) é apresentado com nove diferentes


virtudes. em Gál.5:22,23. Sendo: amor, paz, alegria, longanimidade,
benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Mas é certa que o texto
supracitado não é uma lista exaustiva dos frutos do Espírito Santo.
O Fruto do Espírito Santo é produzido nisto difere dos dons do Espírito
Santo que é dada a cada um segundo apraz ao Espírito Santo.

UMA SÍNTESE SOBRE AS VITUDES QUE COMPÕE O FRUTO DO


ESPÍRITO:

O amor (gr. Αγάπη). O amor ágape é o amor pelo qual Deus nos amou
primeiro (Rm.5:5). Para que pudéssemos amar com o amor que Ele nos amor.
Esse amor é a base, o fundamento onde todos os outros frutos são edificados.
O amor (ágape) nos constrange e leva-nos a agir ao contrário daquilo que a
lógica estabeleceu como padrão. (1Co.13) é o exemplo daqueles que
nasceram do Espírito: vivem um amor que não busca seus próprios interesses.

A alegria (gr. Χαρά). Esta alegria não é gerada por elementos externos que
produz uma momentânea e falsa alegria, mas é produzida pelo Espírito Santo
de Deus que habita naqueles que por Ele foram regenerados (cf. 1Pe.23).
Portanto, é uma alegria que não depende das circunstâncias e mesmo diante
das labutas do dia-a-dia os filhos de Deus não desanimarão. Esta alegria
impulsiona o crente a permanecer firme nas promessas do Senhor ajudando-o
a não se desesperar diante das injustiças. Mesmo que choremos e tenhamos
fome e sede de justiça há uma alegria imensurável como fonte de água viva
que transborda para a vida eterna.

A paz (gr. Είρήνη). No hebraico paz é shalom: “Então, Gideão edificou ali um
altar ao SENHOR e lhe chamou de o SENHOR é Paz” (Jz.6:24). Todos os que
andam na presença de Deus desfruta dessa paz. Uma paz que excede todo
entendimento (Fl.4:7).

Longanimidade (gr. Μακροθυμία. Longanimidade é a paciência com que


Deus segura Sua ira diante da iniqüidade do homem (Rm.9:22). Portanto
longanimidade é a capacidade gerada pelo Espírito Santo no cerne do espírito
humano em que ele passa a suportar determinadas afrontas sem se irar. A
longanimidade também se evidencia na capacidade de esperar (Tg.5:11).

Benignidade (gr. Χρηστοτης). Este fruto do Espírito, segundo muitos


comentadores, é o que de maneira maravilhosa reflete mais o amor de Deus
para com os outros sem interesses paralelos.

22
A benignidade evidencia-se na misericórdia e compaixão que exercemos para
com o nosso próximo. O mundo age na base do interesse, visando algo em
troca principalmente a glória deste mundo. Enquanto aqueles que nasceram de
Deus, foram transformados pelo Seu poder já não pensam em amar por algo
em troca, como os elogios ou os benefícios que possam advir de tais atitudes.

Bondade (gr. Τοιουτων). Bondade é generosidade em ação para com os


outros. Uma pessoa é bondosa quando ajuda os necessitados como no caso
do bom samaritano. Somos verdadeiros adoradores de Deus quando
quebramos as muralhas das diferenças e só assim passaremos a ser
conhecidos como verdadeiros cristãos. Esse fruto do Espírito, atualmente, está
sendo pouco cultivado, ou melhor, está sendo negligenciado. importante
salientar que toda boa obra, feita com o objetivo de obter mérito diante de Deus
surge de um desejo egoísta daqueles que querem ser elogiados pelos outros.
No entanto as obras do fruto do Espírito é um desejo gerado pelo Espírito
Santo, por isso, podemos dizer que as obras não somos nós que fazemos,
mais Deus quem as faz. Somos apenas instrumentos em Suas mãos a fim de
abençoarmos os outros. Somos guiados pelo Espírito a fazer a vontade de
Deus.

Fé (gr. Πίστις). Esse fruto do Espírito foi dado aos santos (Jd.3). W. Phillip
Keller escreveu que a fé impulsiona o crente a vitória:
‘’Ela crê que, para Deus, tudo é possível. Por isso marcha em frente,
permanece firme, continua leal, mesmo em meio a reveses e decepções. Essa
fé é estável, mesmo em face de experiências abaladoras, pois seu olhar está
fixado naquele que é fiel, e não no caos e confusão das circunstâncias que nos
cercam. ’’ Fé também significa fidelidade. Somos convidados a ser fiéis até a
morte (Ap.2:1)

Mansidão (gr. Πραΰτης). Mansidão no hebraico significa gentileza, humildade,


suavidade, brandura (Pv.15:33; 18:12; 22:4; Sf.2:3; Sl.18:35; 45:4). No grego
ela tem o mesmo significado (Mt.5:5; 11:29; 21:5; 1Co.4:21; 2Co.10:1; Gl.5:22).
Na medida em que somos transformados de glória em glória na imagem de
Cristo, tornamo-nos, cada vez mais, mansos e humildes de coração. Jesus é o
grande exemplo (Mt.11:29).

Domínio Próprio (gr. έγκράτεια). Esta palavra significa autocontrole, domínio


próprio, ponto de equilíbrio entre um extremo e outro. O homem guiado pelo
Espírito Santo não é um descontrolado, um colérico, mas uma pessoa que
diante de uma situação que humanamente falando exige uma atitude enérgica
(violenta), o servo de Deus consegue dar a volta por cima e agir com
moderação, autocontrole (Pv 25.28).

23
8 - O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

Entendimento da teologia pentecostal sobre batismo com o Espírito


Santo.

a) O que é batismo no espírito santo:

 É a promessa do pai: Jesus comunicou aos seus discípulos antes da


sua morte que receberiam poder, pelo Batismo no Espírito Santo que o
Pai havia de enviar (Jo.14:16,17,26; 16:7,13). Por isso é que esta
bênção é chamada "Promessa do Pai" (At.1:4,5; Lc.24:49).

 Esta bênção prometida distingue-se da experiência da salvação:


Devemos observar que Jesus ordenou aos seus discípulos que
buscassem o revestimento de poder pelo batismo no Espírito Santo
(Luc.24:49) eles já eram crentes. Todas as vezes que a Bíblia fala sobre
o recebimento desta bênção mencionada que os que receberam eram
crentes. Vejamos as cinco referências contidas no livro de Atos:
1. Atos 2:1-4. Todos os discípulos que estavam no cenáculo eram crentes.
2. Atos 8:14-17. Os que foram batizados com o Espírito Santo eram novos
na fé, cujos corações haviam sido purificados, (At.15:9) novos crentes,
que acabavam de ser batizados nas águas.
3. Atos 9:17. Saulo era novo convertido, pois Ananias o chamou irmão.
4. Atos 10:43-46. Os da casa de Cornélio foram batizados com o Espírito
Santo eram novos na fé, cujos corações haviam sido purificados
(At.15:9). E receberam da parte de Deus este testemunho.
5. Atos 19:1-6. Os que em Éfeso foram batizados com o Espírito Santo,
eram crentes que antes não conheciam nem a doutrina sobre o batismo
nas águas e nem sobre o batismo no Espírito Santo. Logo depois de
terem sido batizados, Jesus os batizou com o Espírito Santo. Vemos
assim que o batismo no Espírito Santo não é uma coisa de
automaticamente acompanha a salvação, nem coisa que

24
necessariamente acompanha o Batismo nas águas ( Atos8:16; 19:5,6;
2:38), mas uma bênção distinta que Deus dá aos crentes.

b) Diferentes nomes sobre essa experiência.

 O batismo no Espírito Santo (7 vezes) (Mt.3:11; At.1:5; 11:16). A


palavra batismo tem na sua origem o sentido de mergulho, imersão,
coisa que realmente condiz com a maravilhosa experiência quando se é
imerso na plenitude do Espírito.
 Ser cheio do Espírito (10 vezes) (At.2:4; 4:8,31; 9:17, etc.). O Espírito
Santo já "habita" no crente, mas através do batismo "estará nele"
(Jo.14:17). É a vida abundante (Jo.10:10), que Jesus prometeu.
 Receber a unção (I Jo.2:20; II Cor.1:21). Essa expressão nos faz
lembrar o ato da consagração dos Sacerdotes, dos Profetas e dos Reis
(Ex.40:13-15; I Reis 19:16; I Sm.10:1; 16:13). Através da santa unção
(Ex.30:23-33). No tempo do Velho Testamento. O crente no Novo
Testamento, esse é o sacerdote e Rei? (I Pedro 2:19; Ap.1:6) e para ele,
Deus tem preparado uma unção especial, o batismo no Espírito Santo (II
Cor.1:20).
 Revestimento de Poder (Luc.24:49), para que a principal finalidade do
batismo no Espírito Santo seja o revestimento de poder (At.11:8). Aqui
não se trata de poderes intelectuais ou físicos , mas o poder de Deus.
Isso faz lembrar o pedido de Eliseu a Elias, que lhe desse porção
dobrada do seu espírito (II Reis 2:9).
 Selo da Promessa (I Jo.6:24; II Cor.1:22; Ef.1:13; 4:30). A palavra
"selo" é aplicada em vários sentidos, que também explicam a benção do
batismo no Espírito Santo.
O selo faz de propriedade, Jesus sela a propriedade que comprou (I
Cor.19:20; Ef.1:13)
Um documento selado tem o seu valor autenticado, o Decreto da
Salvação (Ef.4:30) e o valor das promessas divinas estão seladas pelo
Espírito Santo (II Cor.1:20-21,22)

25
b) A evidência do batismo no espírito santo:

O Espírito Santo antes do Pentecostes havia descido sobre vários, sobre João
Batista (Lc.1:17), sobre Isabel (Lc.1:41), Zacarias (Luc.1:67), Simeão (Lc.2:25),
etc. Porém, nenhuma vez é mencionada nenhuma manifestação especial
ligada à experiência.
No dia de pentecostes veio o Espírito Santo acompanhado de um sinal externo,
a Bíblia diz: "E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar
noutra língua, conforme o Espírito lhes concedia que falassem" ( At.2:4). Foi
realmente um milagre que estas línguas fossem desconhecidas por eles, o
povo que os ouviu disse: "Pois o ouvimos, cada um em nossa linha" (At.2;8).
Havia acontecido aquilo que Jesus falara: "Falarão novas línguas" (Mc.16:17).
O falar em línguas deu aos discípulos a certeza de que realmente haviam
recebido aquilo que o pai prometera. Todas as outras evidências que
acompanham o Batismo no Espírito Santo: Alegria, zelo pelas almas, ou um
profundo amor pelas almas perdidas, não lhes podia ter dado tal certeza, antes
do batismo várias vezes as havia experimentado.
A mesma evidência continuou a acompanhar todos os que recebiam o batismo
no Espírito Santo. Podemos recorrer às referências encontradas em Atos, para
verificar isso:
 Atos 2;4: Todos falaram línguas;
 Atos 8:17, Todos receberam o sinal, pois Simão viu "que pela imposição
das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo" (At.8:18);
 Atos 9:17: Paulo disse: "Falo mais línguas do que vós todos" (I
Cor.14:18)
 Atos 10:45: Todos falaram em línguas na casa de Cornélio.
 Atos 19:6. Todos falaram em línguas.
 Através dos tempos, Jesus tem continuado a batizar com o Espírito
Santo, quem tem recebido tem falado em novas línguas.

c) A finalidade do batismo no espírito santo:

26
A finalidade principal do batismo no Espírito Santo é o recebimento de poder.
Sobre este poder foi Jesus que falou antes de deixar os seus discípulos
(Luc.24:49). Este poder era a maior necessidade deles;
O batismo no Espírito Santo solucionou problemas que surgiram na vida dos
apóstolos após a morte de Jesus;
O medo que se havia apoderado deles a ponto de evitarem o público e ficarem
atrás de portas fechadas (Jo.20:19-26), agora desapareceu;
A fraqueza que se apoderara deles também desapareceu, receberam uma
coragem maravilhosa para resistirem às perseguições que encontraram
(At.4:16-21; 33; 5:29-33,41,42)
A inatividade em que se achavam desde a morte de Jesus, acabou. O Espírito
Santo os impulsionou de modo irresistível a evangelizar. Não cessavam
mais...(At.4:33; 5:42).

O entendimento da teologia tradicional sobre o Batismo no Espírito Santo

a) O que não é Batismo no Espírito:

 Não é uma "Segunda Bênção" - Segundo diz a teologia pentecostal.


Comentando Colossenses 2:9 e 10, Stott conclui: "(...) Se Deus nos deu o
Senhor Jesus Cristo em sua plenitude, e se Cristo já mora em nós através do
Seu Espírito, o que mais Deus poderia acrescentar? (...) Crescer em Cristo,
sim! Acréscimos além de Cristo, jamais!" Na verdade, como veremos a seguir,
a terminologia "batismo com o Espírito Santo" é sinônima de regeneração e
novo nascimento, sendo equivalente à conversão.

 Não é simplesmente o falar em línguas estranhas.


O recebimento do Espírito Santo nem sempre é seguido da evidência do dom
de línguas (I Co12:28-31), mas sempre o será do fruto do Espírito (Gl 5:22,23).

b) O que é o Batismo com o Espírito Santo.

 É o mesmo que Conversão, Regeneração ou Novo Nascimento.

27
O Batismo com o Espírito Santo no corpo de Cristo é para todos os que se
arrependem e se convertem ao Senhor (Jo 3:3-8; 17:2; I Co 12:13).

 O dom de falar em línguas estranhas (glossolalia) não é para todos os


conversos, mas somente para aqueles a quem o Espírito Santo quiser
dar, para um propósito definido no corpo de Cristo (I Co 12:4-12,28-31).

 W. Graham Scroggie certa vez falou em Keswick algo assim: "No dia de
Pentecostes foi formado o corpo de Cristo, pelo batismo do Espírito, e
desde então cada crente individual, cada pessoa que aceita a Cristo pela fé
simples, no mesmo momento e por este mesmo ato se torna participante da
bênção do batismo. Por isso, esta bênção não precisa ser procurada para
ser recebida depois da hora da conversão."

c) Plenitude do Espírito Santo / Revestimento de Poder

 O que e plenitude do Espírito Santo? É ser cheio do Espírito é ser


controlado ou dominado pela presença e pelo poder do Espírito. Em
Efésios 5:18 Paulo diz: "E não vos embriagueis com vinho, no qual há
dissolução, mas enchei-vos do Espírito." Ele está contrastando as duas
coisas. Infelizmente milhões de filhos de Deus não se alegram da
riqueza espiritual ilimitada que está à sua disposição, porque não estão
cheios do Espírito Santo.

 Todo cristão não cheio do Espírito é incompleto. A ordem de Paulo aos


cristãos de Éfeso, "enchei-vos do Espírito", é válida para todos os
cristãos, em qualquer época, em qualquer lugar. Não há exceções. A
conclusão lógica é que se nós recebemos a ordem de ser cheios do
Espírito, estaremos pecando se não o formos. E o fato de que nós não
estarmos cheios é um dos maiores pecados contra o Espírito Santo. É
interessante observar que, na língua grega original que Paulo está
usando, a ordem "enchei-vos do Espirito" na verdade transmite a idéia
de ser continuamente enchido. Uma vez não é suficiente, como se nós
fôssemos um balde. Devemos nos encher constantemente. Poderíamos

28
traduzir: "Encham-se e continuem se enchendo do Espírito de Deus", ou
"Estejam sendo cheios". Literalmente, Efésios 5:18 quer dizer:
"Continuem se enchendo do Espirito".

 Uma das orações do grande reavivamento do País de Gales foi esta:


"Enche-me, Espírito,
Mais que cheio quero estar;
Eu, o menor dos Teus vasos,
Posso muito transbordar."

Observamos o que diz John stott: ‘’O que aconteceu no dia de Pentecostes foi
que Jesus "derramou" o Espírito do céu e, assim, "batizou" com o Espírito,
primeiro os 120 e depois os três mil. A conseqüência deste batismo do Espírito
foi que eles "todos ficaram chãos do Espírito Santo" (Atos 2:4). Portanto, a
plenitude do Espírito foi a conseqüência do batismo do Espírito. O batismo é o
que Jesus fez (ao derramar Seu Espírito do céu); a plenitude foi o que eles
receberam. O batismo foi uma experiência inicial única; a plenitude Deus queria
que fosse contínua, o resultado permanente, a norma. Como acontecimento
inicial, o batismo não pode ser repetido nem pode ser perdido, mas o ato de ser
enchido. pode ser repetido e, no mínimo, precisa ser conservado. Quando a
plenitude não é conservada, ela se perde. Se foi perdida, pode ser
recuperada.’’

Pontos em comum e divergências entre os dois grupos

a) Pontos em comum:

1. Jesus é quem batiza com o Espírito Santo. ( Mt 3.16,17)


Obs. Há divergências sobre o que significa ‘’batismo com fogo’’. (Mt
3.11,12; Lc 3.15-17)
2. O Batismo com o Espírito Santo, ou a Plenitude do Espírito, Revestimento
de Poder, é para capacitação do servo de Deus para o serviço cristão. (Lc
24.49)
3. Os dons do Espírito são realidade para os dias de hoje. (1 Co 12.7)

29
Obs. Há exceção é dos Ultras Tradicionais que se baseiam em 1 Co 13.8-
10; para afirmar que os dons cessaram no fim era apostólica.

b) Pontos divergentes:

1. Quando acontece o Batismo no Espírito Santo. Para os pentecostais é


uma benção distinta do Novo Nascimento. Para os tradicionais não.
2. Para os ultra tradicionais os dons espirituais não é uma realidade para
os dias de hoje, como afirma os pentecostais e avivados.
3. Os avivados crêem que o batismo no Espírito Santo é uma benção
distinta do novo nascimento, mas o falar em línguas não é a evidencia.

Uma análise bíblica do assunto:

1) Quanto à experiência do derramamento do Espírito em Atos 2


temos que observar que eles viviam uma situação sem
precedentes, porque o Espírito não havia ainda sido derramado.
O que aconteceu com os 120, não constitui padrão; seria padrão
se durante aqueles três anos que conviveram com Jesus o
Espírito do Senhor já houvesse sido derramado. Mas o Espírito
não tinha nem mesmo vindo sobre eles (Jo 7.37-39).
2) O batismo do Espírito Santo sempre esta doutrinariamente
inserido no contexto inicial da Salvação. O que sucedeu com os
discípulos não foram passos anteriores ao batismo, mas apenas
dispensações distintas da história da salvação. (Jo 1.29-34; Jo
14.16,17; Atos 2.14-18)
3) Em Atos 1 e 2 temos o cumprimento de duas e não de apenas uma
promessa.
1º) batismo no Espírito Santo e
2º) derramamento de poder para testemunhar ao mundo.
Parece-me que é justamente isto que se mistura na mente da
maioria das pessoas.
Atos 1:5, por exemplo, faz uma primeira promessa ─ a do batismo
com o Espírito Santo, onde Jesus cita João Batista e diz que

30
depois que ele fosse assunto aos céus os discípulos seriam
batizados com o Espírito.
O que está dito no v.8 sobre a concessão de poder espiritual não
é uma resposta ao v.5, mas ao contexto antecedente imediato,
em que os discípulos perguntaram: “Senhor, será este o tempo
em que restaures o reino a Israel?” Ou seja: “Vais voltar logo para
esta restauração?” E Jesus responde assim a uma pergunta
escatológica: “A questão escatológica de vocês sobre o fim ─
quando vem, quando não vem ─ não tem que ser respondida com
datas, anos, épocas.
Portanto, ali no Pentecoste duas promessas se cumpriam
simultaneamente: a primeira, batismo com o Espírito Santo;
a segunda, derramamento de poder, para que aqueles homens
fossem testemunhas eficazes de Jesus, em toda a Terra.
4) A Bíblia ensina que todo salvo deve ser buscar estar cheio do
Espírito Santo; e como conseqüência disso ser revestido de
Poder, para testemunhar. (Lc 24.49; Ef 5.18; Atos 1.8) confira
também Atos 4.8; 4.31.
5) Não há um texto que sugira o salvo a buscar o Batismo no
Espírito Santo. A salvação é sempre era acompanhada do
Batismo no Espírito Santo (1 Co 12.13; Atos 2.38,39; Atos 19.1-6)
6) No livro de Atos, todas as ocasiões em se fala sobre o
recebimento do batismo no Espírito Santo, sempre se diz que
TODOS o receberam.
Atos 2:4: Todos foram batizados.
Atos 14:8-17: Todos...
Atos 10:41-26: Todos os que ouviram a palavra foram batizados
Atos 19:1-6: Todos os varões que ali estavam foram batizados.
7) A Bíblia nos ensina sobre a teologia dos começos: Atos 2.
Judeus; Atos 8.14-17 Samaritanos; Atos 10.44-48 Gentios.
8) A Bíblia não ensina que o dom de línguas é a evidencia do
Batismo no Espírito Santo. Não há um dom credencial; como
podemos ver claramente nos textos de: 1 Co 12.7-11 e 28-31. Os
Pentecostais se baseiam nos textos de Atos que sempre

31
menciona o dom de línguas nas manifestações do Espírito Santo.
Os textos citados não serve como normativa doutrinaria pois
trata-se de textos histórico e não doutrinário.
9) O texto de 1Co 13.8-10, não é suficiente para se afirmar que os
dons espirituais cessaram. O texto trata da vinda de Jesus (v 10)
e não da conclusão da escrita da Bíblia como afirmam os ultra-
tradicionais. É clara as afirmações doutrinarias de que os dons
espirituais são realidade para os dias de hoje. (1 Co 12.1-18; 1
Co 14.1-4; Rm 12.3-8)

32
CONCLUSÃO

Há com certeza os muitos erros doutrinários hoje em dia quando a


doutrina do Espírito Santo. Muitos equívocos, e até mesmo heresias existem
quanto à personalidade, operações, e manifestações do Espírito Santo.
Portanto há grande necessidade de estudar o que a Bíblia realmente ensina
sobre a pessoa e obra do Espírito Santo.
Não podemos negar que na Pneumatologia há certas coisas difícil de
entender; mas na medida em dedicamos ao estudo das Sagras Escrituras com
oração conseguiremos ser guiados a toda verdade pelo próprio Espírito Santo.
Também temos que deixar todas as idéias preconcebidas e conceitos
denominacionais; que as vezes tem mais a ver com doutrina de homens do que
com a verdadeira sã doutrina.
O teólogo cristão comprometido com a verdade deve se esforçar para
processar a doutrina bíblica de modo que nenhuma das verdades das
Sagradas Escrituras sejam omitidas ou deturpadas; e assim sendo obtenha
uma teologia equilibrada.
Que o Divino Mestre nos ajude a compreender a sua doutrina.
Amém!

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BIBLIOGRAFIA

Batismo e Plenitude do Espírito Santo


Stott, R. W. John
SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA

O Que é o Batismo com o Espírito Santo


Bignon, Deivinson

O Espírito Santo
Graham, Billy
SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA

Apostila de Pneumatologia
Seminário Teológico Peniel Internacional

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