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Introdução ao estudo

A cada dia cresce mais o interesse dos cristãos por assuntos tais como o arrebatamento da Igreja e o final dos
tempos. Livros como Daniel e Apocalipse, bem como o sermão profético do Senhor Jesus, nunca foram tão
lidos, discutidos e estudados no meio evangélico como nos dias atuais.

Até mesmo os que não são cristãos sentem sede em saber a respeito do “fim dos tempos” e no afã de conhecer,
procuram respostas para suas perguntas, sendo enganados por pessoas sem conhecimento bíblico e sem o
Espírito de Deus; enquanto nós, que sabemos a verdade, temos a responsabilidade de orientar estas vidas; pois
o fim está próximo.

Cumpre-se a palavra de Deus escrita em Daniel 12.4: “... e tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até
ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará”.

Conforme as Profecias Bíblicas se desenrolam aos nossos olhos, os sermões proféticos ficam cada vez mais
claros a nossa frente.

Diante de tantos sinais, é evidente que em breve nosso SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO virá buscar a
sua Igreja.

Como servos do SENHOR; precisamos orientar ao seu rebanho para que não sejamos pegos de surpresa e
sejamos achados indignos de subir com ele.

Devemos ensinar a Igreja a respeito das falsas interpretações bíblicas, contra toda e qualquer distorção da
PALAVRA DE DEUS; combatendo com a espada do SENHOR!

Este estudo tem como objetivo dar uma visão geral (de um modo simples) aos amados irmãos a respeito de
ESCATOLOGIA. Não é minha pretensão esgotar o assunto, e sim, tirar muitas dúvidas encontradas na Igreja.

Procurei apresentar a Revelação do Espírito Santo, a Ciência da Palavra, com temor e reverência, pesquisando
também a opinião de vários escritores, teólogos e doutores no assunto.

Desejo que este estudo seja uma Benção para a sua vida e, que ao terminá-lo, haja um despertamento sincero
em seu coração.

Analise tudo conforme At 17: 11 e I Ts 5: 21.

“o autor"
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1ª Parte / Aula 1

I - Introdução

Estamos iniciando a matéria “Escatologia”, mas primeiramente precisamos saber o que significa esta palavra.

A Palavra escatologia vem do grego e é formada da junção de duas palavras, a saber: “eschatos” (último) +
“logos” (assunto; estudo) e quer dizer: “A doutrina (estudo) das últimas coisas”; isto significa que durante a nossa
matéria estaremos estudando sobre o futuro da humanidade, o desenrolar da história no plano divino e muito
mais.

I.1- Por que devo estudar escatologia?

O estudo de escatologia deve ser feito por causa de vários motivos. Estarei mencionando alguns deles na
relação abaixo:

a- Os sinais na natureza
O derretimento polar é uma realidade sombria. A revista Scientific Amercan (Brasil) nº 12- Edição especial - 2005
publicou uma série de artigos que retratam o derretimento acelerado da calota polar e suas conseqüências.

O efeito estufa tem causado sérias mudanças climáticas que estão se acentuando cada vez mais. No ano de
2005 observamos espantados uma série de tornados que atingiram o sul do nosso país que inclusive recebeu a
triste visita de um furacão neste mesmo ano.

A camada de ozônio que protege a Terra contra os raios uv solares, está cada vez mais
rarefeita, o que tem aumentado, dentre outros problemas, a incidência de câncer de pele nos seres humanos.

Os sinais da natureza mostram claramente que Jesus em breve voltará (Mt 16.1-3). Somente nos dois últimos
anos presenciamos várias catástrofes seguidas com inúmeras vítimas.

No dia 26 de dezembro de 2004 o mundo ficou perplexo com as ondas gigantes (tsunamis) que destruíram a
costa de vários países do continente asiático e atingiu também o continente africano.

No ano de 2005 o furacão Katrina devastou Nova Orleans (EUA)

Em outubro de 2005, um terremoto no Paquistão matou aproximadamente 80 mil pessoas.

a.1-Fome

A fome mata aproximadamente 5 milhões de pessoas no mundo por ano.


a.2- Peste

40 milhões de pessoas estão infectadas pelo vírus HIV no mundo.

A gripe aviária é uma realidade assustadora.

De acordo com a pesquisa relatada na revista “Isto É” nº1898 de 8 de março de 2006, a pandemia poderá matar
50 milhões de pessoas no mundo.

Imagine como ficará a Terra quando a Igreja for arrebatada! Todos os exemplos citados acima são apenas uma
parte de um “quebra-cabeça” que está tomando forma!

O que falar ainda da escassez de água; da falta de alimentos, etc...

Quando observamos a natureza, sentimos a eminente volta de Jesus e este é um momento propenso a
estudarmos escatologia.

b- Os sinais em Israel
Olhar para Israel é como olhar para um cronômetro em contagem regressiva para a volta de Jesus. É impossível
que ao observarmos a nação de Israel e tudo o que acontece com o povo judeu não consigamos ver um sinal
dos tempos.

A contar da “criação” do Estado de Israel em 1948 (ver Is 66.7-9), a figueira (símbolo de Israel) voltou a brotar
(Mt 24.32-35).

O ódio aos judeus cresce a cada dia em cumprimento as profecias bíblicas (Mt 24.9).

Olhar para Israel nos leva a estudar escatologia.

c- Os sinais nas igrejas que se dizem cristãs


A confusão e apostasia evangélica é um sinal da volta de Jesus!

Quando eu ligo a televisão, tenho vontade de chorar ao ver certos pastores roubando e enganado o povo. As
heresias (Teologia da prosperidade; G12; Quebra de maldições; etc...) se espalham rapidamente, causando
escândalos e grande confusão. Satanás tem se infiltrado dentro das igrejas.

Além de todas as heresias e loucuras, nos deparamos ainda com o péssimo testemunho de alguns que se dizem
cristãos!

Leia: I Tm 4.1; II Tm 3.1-5 (estas pessoas da lista estarão dentro de igrejas nos últimos dias); II Tm 4. 1-5; II Pe
2.1-3; Ap 3.8, 10,14-22 (contraste entre a igreja verdadeira e a falsa).

A situação das igrejas atualmente é um sinal da volta de Jesus e nos leva a um desejo ardente pelo retorno do
Senhor; daí a importância de sabermos escatologia para não sermos enganados e nem nos abatermos com a
multiplicação do erro.

d- Os sinais na sociedade mostram que Jesus está voltando


A sociedade se prepara para receber o anticristo. A globalização, o controle das pessoas, a quebra da
privacidade, a tecnologia dos micro-chips, as mudanças das leis, a banalização da maldade, o aumento da
criminologia, a aceitação do homossexualismo, a destruição da família, o descrédito das instituições, etc... Isto
tudo está gerando uma sociedade cada vez pior e propensa a receber a mentira. II Ts 2.7-12; II Pe 3. 3,4; Ap 13.
16-18
e- Consolo
O estudo escatológico é um consolo para os salvos! I Ts 4.13-18.

f- Incentivo

Aprender escatologia traz incentivo para...


Santidade Tt 2.11-13; II Pe 3.1-12
Paciência Hb 10. 36,37
Alegria nas provas I Pe 1.6,7
O serviço Lc 12. 42-46
Usar os talentos Mt 25. 14-30
Exercer o ministério II Tm 4. 1,2
Ganhar almas Mc 16.15,16

Agora que você sabe os motivos pelos quais deve estudar escatologia, que tal prosseguirmos com o nosso
estudo?

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Aula 2

A existência da alma

O estudo escatológico requer o conhecimento de alguns conceitos, sem eles haverão dificuldades em
compreender certos assuntos, tais como ressurreição dos mortos, juízo final, etc...

II- A existência da alma

O homem é um ser trino, ou seja, ele é formado de corpo, alma e espírito. A Bíblia é bastante clara quanto a esta
verdade (ITs 5.23).

Em Gn 2.7 observamos que o ser humano possui uma parte material (formada do pó da Terra) e uma parte
imaterial ou espiritual. A parte biológica do homem é o corpo, a parte espiritual é formada de alma e espírito.

Quando vemos as palavras para alma e espírito respectivamente nos originais hebraico e grego, percebemos a
diferença entre alma e espírito:

Alma em hebraico se diz (NEPHESH) e em grego (PSYCHÊ).

Espírito em hebraico se diz (RUACH) e em grego (PNEUMA).

Obs. 1: A parte espiritual (alma e espírito) do homem é muitas vezes chamada apenas de espírito ou de alma
devido a uma figura de retórica que no português se chama sinédoque; onde se toma uma parte pelo todo (ex:
mil cabeças de gado, ou seja, mil bois e não apenas a cabeça dos bois), por isso devemos estar bem atentos ao
texto e ao contexto no qual a palavra estiver inserida.

Obs. 2: A parte espiritual também é chamada de homem interior (Rm 7.22, II Co 4.16).

Observe algumas passagens que falam a respeito do corpo, da alma e do espírito:

CORPO: Sl 139.16; Rm 8.10,11,23 ; I Co 6.18,19, 7.4, 15.35 e II Co 12.2.


ALMA: Sl 42.5 ; Is 55.3; Mt 10.28, 16.26; At 2.27; Hb 10.39; Tg 1.21, 5.20 e 3Jo 2.

ESPÍRITO: Jó 32.8; Sl 146.4; Ez 11.19, 36.26,27; Mt 26.41; Lc 23.46; Rm1.9; I Co 14.14,32.

II.1-O Corpo
O corpo é a “Casa onde habita a alma”; é a parte do homem utilizada pela alma para manifestar os seus
sentimentos e ações no meio exterior. Através do corpo, a alma mantém contato com o mundo material.

O corpo é a parte mais externa do ser humano e o espírito a mais interna (Hb 4. 12,13). A figura das juntas e
medulas do texto do livro de Hebreus retrata esta verdade; pois a medula passa por dentro dos ossos.

II.2- A alma

A alma é responsável por todas as ações do homem (Ez 18:4 e 20). O corpo não será julgado e sim a alma pelo
que tiver feito através do corpo. (II Co 5:10).A alma é o centro da vida moral do homem; é a parte psicológica do
ser humano; a alma sente, recorda, ama, toma decisões; é responsável e será julgada.

O fato de a alma ser julgada, não significa que o corpo será aniquilado. Deus se importa com todo o nosso ser!
O homem não é somente alma, nem somente corpo ou ainda só espírito; o homem é corpo, alma e espírito, o
homem no seu todo é que irá para o céu ou para o inferno, portanto Deus se importa com todo o nosso ser (ver I
Ts 5.23)

II.3- O espírito
O espírito humano é a parte mais profunda do homem, e está “escondido” dentro da alma. Através do espírito, o
homem entra em contato com o mundo espiritual. Com o nosso espírito podemos contatar com Deus.

O homem sem Deus possui um espírito “vazio”; morto espiritualmente. Quando o mesmo homem aceita a Cristo,
torna-se uma nova criatura e o Espírito Santo vem morar dentro dele preenchendo este vazio; é ele quem
intercede com o nosso espírito dando vida a ele, e nos levando ao contato com o Pai (Leia Rm 8: 11-16, 26; Gl
4.6); somente através do Espírito Santo o homem entra em comunhão com Deus. Recebemos o Espírito Santo
quando cremos no Senhor Jesus como Senhor e Salvador da nossa vida.

Devemos ter cuidado para não confundir quando a Bíblia se refere ao Espírito Santo e ao espírito do homem.

Observe abaixo a ilustração sobre corpo; alma e espírito...

No Novo Testamento, “pneuma” denota aquele poder que o homem experimenta, colocando-o em
relacionamento com o plano espiritual, o plano da realidade que fica além da observação comum e do controle
humano.

Em Atos dos apóstolos, em algumas passagens, pode se referir à vida do ser humano ou “fôlego” da vida, ou
ainda o verdadeiro ser da pessoa.

Ainda no Novo Testamento tem o aspecto mais íntimo do ser humano, em relação consigo mesmo, tanto em
introspecção como em reação a estímulos externos.
(Dicionário Internacional de Teologia do novo Testamento- Lothar Coenen / Colin Brown- Vol 1- Ed. Vida Nova)

II.4 -A imortalidade da alma


Uma grande diferença entre os seres humanos e os animais é que a alma humana é imortal e a do animal não!
A alma do animal é infinitamente inferior e a sua existência cessa com a morte. O homem possui espírito
enquanto que o animal não possui espírito. O espírito mantém a alma viva e permanece ligado à alma, mesmo
após a morte biológica do homem. O animal após a morte cessa a sua existência; a alma do homem, entretanto,
continua viva. Deste fato advém à grandessíssima importância da alma do homem, ela não será aniquilada, não
deixará de existir; ela é imortal, tanto a alma do ímpio quanto a do crente são imortais; isto é diferente de se ter a
vida eterna.

Preste atenção: Tanto os ímpios quanto os salvos possuem a imortalidade da alma; entretanto somente os
salvos possuem a vida eterna, enquanto que os ímpios experimentarão a morte eterna (falarei sobre a morte na
terceira aula).

Não podemos confundir vida eterna com imortalidade; vida sem Cristo não é vida! Um homem sem Deus tem a
sua alma imortal, mas não tem a vida eterna e aí é que está o problema...

Se o homem não se converter a sua alma passará a eternidade sofrendo, seria muito injusto se o ímpio
aprontasse bastante e no final fosse aniquilado, mas a questão é que a sua alma será julgada e não será
aniquilada; mas punida eternamente! Enquanto isso, o salvo será recompensado eternamente; por isso, Satanás
faz de tudo para que o homem morra sem Cristo, ele já está condenado ao sofrimento eterno e quer levar outros
junto com ele!

Deus deseja dar ao homem uma eternidade de paz em sua presença.

II.4(b)- Quando a alma passa a fazer parte do homem? Existiria um “estoque” de almas no céu prontas para
“encarnar”? Será que Deus coloca a alma dentro do homem quando ele nasce?

Primeiramente quero afirmar que um ser humano assim o é em seu todo, ou seja, somente um corpo não é um
ser humano, um espírito não é um ser humano, etc... Um homem é corpo, alma e espírito.

Quando o homem é salvo; é salvo o seu corpo, a sua alma e o seu espírito. Quando um homem for condenado;
será condenado; corpo, alma e espírito.

Quando Deus criou o homem (corpo, alma e espírito) colocou nele todas as coisas necessárias; coração;
pulmão; fígado; estômago; cérebro; rins; alma; espírito etc...

Após a criação do homem e da mulher; a união de um casal passou a gerar outra vida Gn 1.28; 4.1.

No momento da concepção, na união dos gametas masculino e feminino, começa a existir um novo ser vivo,
passando a se desenvolver um ser humano em seu todo. No ventre, o ser humano já é uma criatura com vida.

Ler o Sl 139:14 a 16, onde o salmista já existia no ventre e os seus dias já eram contados.

Agora pense o seguinte: Se Deus colocasse a alma somente no momento do nascimento, o aborto seria legal,
pois não existiria ainda ser humano, aquele feto na verdade não teria vida, entretanto sabemos que não é assim;
exames comprovam que a criança se move e até sente o amor dos pais, mesmo ainda no útero materno. O
aborto provocado é crime por ser uma vida que está sendo tirada.

Outro pensamento errado é o de que a alma já existe e se unirá posteriormente ao corpo no momento do
nascimento. Isto daria ao homem uma certa preexistência; o que seria um absurdo! Certamente Deus sabe da
nossa existência antes dela vir, entretanto isso é diferente de afirmar que a nossa alma literalmente já existisse.

O único ser humano que possui preexistência é Jesus Cristo, pois ele é Deus!
Resumindo: O homem é um ser trino e possui uma alma imortal que já existe dês do ventre materno. Está alma
será julgada por todos os seus atos.

A alma é muitíssimo importante, haja vista ela ser imortal.

A existência da alma é uma realidade e aprendemos que esta alma é imortal, no entanto, tão certo quanto a
alma existe e é imortal, a morte também é uma realidade. Se Jesus não vier antes, certamente de alguma forma
iremos enfrentá-la. Sabemos ainda que, pela Palavra de Deus, existem vários tipos de morte, e é sobre este
assunto que estaremos estudando na próxima aula.

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1ª Parte

A morte

A morte é uma realidade que não pode ser negada. Embora ela seja real, não faz parte da natureza humana,
mas é resultado do pecado. Quando Deus criou o homem, não o fez para envelhecer, adoecer ou morrer,
entretanto este homem optou por se afastar do criador, escolheu o caminho do pecado e da desobediência; e,
conseqüentemente o caminho da morte.

III- A morte
III(a) A morte é resultado do pecado

Podemos ver pela Palavra de Deus, que a morte é o resultado do pecado do homem. O plano de Deus para o
homem é que este não morresse, porém, por causa do pecado o homem passou a morrer tanto física como
espiritualmente. Encontramos a morte na Bíblia apenas após a queda do homem no capítulo três de Gênesis.
Confira: Gn 1.26(a), 3.17-19

Leia ainda: Ez 18.4, 20(a); Rm 3.23, 5.12, 6.23.

O que prendeu a humanidade à morte foi o pecado; logo, para solucionar o problema da morte era necessário
eliminar o pecado. Por este motivo Jesus morreu para nos libertar do pecado e, conseqüentemente, da
morte.Veja: I Co 15. 55-57

A morte, portanto, não é natural e sim hostil à natureza humana; ela é chamada de inimiga em I Co 15.26.

III(b) Os três tipos de morte

A Palavra de Deus nos mostra três tipos de morte distintos, a saber: morte física; morte espiritual e morte eterna
ou segunda morte. Estudaremos cada um destes tipos a seguir:

1º-MORTE FÍSICA.
Definição: Morte física é a separação da parte espiritual do ser humano (alma e espírito) do seu corpo natural. É
o fim da vida física e da relação do homem com este mundo(Lc 16.26). É a morte biológica do homem.

Os hebreus e gregos usaram várias palavras diferentes para expressar a idéia da morte física. Vejamos alguns
exemplos: (gava / hebraico = expirar, dar o último suspiro; “fôlego” – Gn 6.17); (teleute / grego = fim – Mt 2:15;
até a morte de Herodes, ou seja, até o fim da vida de Herodes); (mavet / hebraico = separação – idéia da
separação entre alma-espírito e o corpo - Gn 25.11); (anairesis / GREGO = elevação – At 8.1 -também
levantamento - ex. Paulo consentiu no levantamento de Estevão para outra vida).

Todos os homens passarão pela morte física, menos aqueles que forem arrebatados (Gn 3.19; Sl 89.48; Rm
3.23, 5.12; I Co 15.52, 53; I Ts 4.17; Hb 9.27).

Após a morte biológica o corpo vai para a sepultura e se desfaz (Gn 3.19-b; 25.7-9; At 7.59-8.2).

O texto de Ec 12.7 mostra também este fato quando diz que o corpo volta ao pó. Neste texto vemos ainda a
separação entre a parte material e a parte espiritual do ser humano. Por ser um texto de bastante controversa,
faremos uma exegese dele na próxima aula.

Na segunda aula, aprendemos que o corpo é a parte mortal do homem, porém a alma e o espírito são imortais
(Mt 10.28), logo; a alma não pode ser aniquilada, ela não pode ser destruída ou “sumir do mapa”.

Resumindo a questão do pós-morte; sabemos, portanto, que o corpo se desfaz no pó da terra e a alma, por não
poder ser aniquilada, aguardará a ressurreição. Trataremos do estado intermediário dos mortos na quarta aula.

2º MORTE ESPIRITUAL.

Definição: É a separação entre o homem e Deus; separação esta, que pode ser temporária (aceitando a Cristo a
morte espiritual cessará) ou eterna (2ª morte) – Ler Jo 5.24; Ef 2.1, 13-18.

É a situação do homem adâmico diante de Deus devido ao pecado sem a reconciliação com Deus por
intermédio de Jesus Cristo (Rm 5.12). Quando o homem pecou, perdeu automaticamente a comunhão que
possuía com o seu criador; portanto passou a morrer tanto física, como espiritualmente.

Pela fé em Jesus, a morte espiritual tem fim (Jo 20.31; Ef 2.5; Cl 2.13,14).

Ao entregar a vida a Jesus o homem passa do estado de morto espiritualmente para vivo; este homem tem a
sua comunhão com Deus restaurada e não entrará em condenação (Jo 3.16-18, 5.24; At 4.12; Rm 8.1; I Tm 2.4-
6; Tt 2.11-14)!

Enquanto o homem estiver vivo e não tiver aceitado a Cristo, permanece morto espiritualmente (Ef 5.14; I Tm
5.6).

Se o homem morrer em seus pecados, passará para a morte eterna Jo 8:21,24.

Não esqueça: VIDA ETERNA é diferente de IMORTALIDADE

A vida eterna é conquistada a partir do momento em que o homem tem o perdão de seus pecados através de
Jesus Cristo (Jo 3.16; Rm 6.23; I Jo 5.11-13, 20 ).

A vida eterna terá a sua plenitude na volta de JESUS, quando o nosso corpo será glorificado. ( I Co 15.52 – 54; II
Co 5.4)

A imortalidade é futura e acontecerá após a morte física, é algo concernente à alma do homem, tanto salvo
quanto ímpio. A alma de todo homem é imortal.

Podemos perceber claramente a separação que havia entre Deus e o homem no templo em Israel antes de
Cristo. Observe o desenho abaixo:
O templo era o centro da adoração ao Senhor para os judeus, nele havia divisões que delimitavam o acesso das
pessoas e simbolizavam a distância entre Deus e os homens. Ex: O átrio dos gentios ficava ao redor do templo e
era uma área de acesso tanto a judeus como gentios. Aos gentios era vedada a entrada ao recinto sagrado, que
era o templo.O recinto sagrado era rodeado por uma parede a qual nenhum gentio poderia passar sob pena de
morte; avançando um pouco mais, havia o átrio das mulheres judias; depois o átrio de Israel, no qual poderia
pisar somente homens judeus adultos e jovens. Continuando avançando chegamos ao átrio dos sacerdotes que
era reservado somente para estes, onde havia o lavatório e o altar (vide a figura no final da pág. anterior).
Chegamos então ao santuário propriamente dito que possuía duas divisões principais (vide a figura da pág.
anterior), a saber: O santo lugar, onde os sacerdotes faziam os seus serviços regulares e o lugar santíssimo que
era o coração do templo, onde poderia entrar somente o sumo sacerdote e apenas uma vez por ano, no dia da
expiação.

No lugar santo estava a mesa com os pães; o candelabro de ouro e em frente ao véu estava o altar do incenso.
O lugar santo era separado do santíssimo lugar pelo véu e no interior do santíssimo lugar, atrás do véu, estava a
arca do concerto com o propiciatório. A arca simbolizava a presença de Deus (veja figura no final da pág. 09).

Somente o sumo sacerdote tinha acesso à arca, e isto, uma vez por ano.

O templo ressalta a separação entre Deus e o homem; vejamos: Os gentios estavam excluídos; as mulheres
distantes; os homens mais próximos em relação às mulheres, mas em relação a Deus estavam bem afastados,
pois não podiam entrar no átrio dos sacerdotes e lhes era vedado à entrada ao santuário. Até mesmo a situação
dos sacerdotes mostrava a condição do ser humano diante de Deus, porque somente um certo número por vez
estaria no lugar santo, e para atravessar o véu, somente o sumo sacerdote e apenas uma vez por ano mediante
sacrifício.

Para todos estava negado o acesso à arca (símbolo da presença divina), com exceção do sumo sacerdote, este,
entretanto, também não poderia aproximar-se sempre e deveria seguir inúmeros rituais.

Jesus derrubou todas as barreiras da separação!

O sangue de Jesus nos trouxe de volta a comunhão com o Pai. Quando o Senhor Jesus morreu na cruz, ao dar
o brado de vitória, o véu do templo se rasgou (Mt 27.51; Mc 15.37-39) de alto a baixo (Deus rasgou o véu!),
mostrando que não há mais separação entre ele e os homens através de Jesus; entretanto, para quem não crê
no Filho de Deus, o véu da separação ainda está estendido!

A barreira entre judeus e gentios foi quebrada Rm 10.12

A barreira entre homens e mulheres foi quebrada Gl 3.26

A barreira entre sacerdotes e leigos foi quebrada Ap 1.6

A barreira entre Deus e o homem foi quebrada. Jesus é o caminho para Deus Hb 10.19-23.

Observação:

Antes de encerrar a explicação sobre a morte espiritual, vale observarmos ainda os seguintes detalhes:

1º-O simbolismo da morte pode ser aplicado (num sentido inverso) à morte do velho homem (Rm 6.1-8; II Co
5.17; Ef 4.22; Cl 3.9; Jo 3.7; I Jo 5.1,). Quem não crê em Cristo é morto espiritualmente em relação ao Senhor,
mas quem crê em Cristo é morto em relação ao mundo.

2º- O simbolismo da morte pode ser aplicado em relação à morrer para o pecado (Rm 6.2,11)

3º MORTE ETERNA

Também chamada 2ª morte - Ap 2.11, 20.6, 14, 21.8; diferencia-se da 1ª morte, sendo a 1ª morte temporária e
física e a 2ª morte uma separação definitiva de Deus.

A morte eterna também se diferencia da estado de morte espiritual no qual se encontra o homem sem Deus,
pois este poderá se reverter quando há a conversão do coração, mas a morte eterna jamais poderá se reverter.

É um castigo eterno pelo homem ter rejeitado o plano de salvação de Deus (Dn 12.2(b); Mt 25.46; Ap 20.14,15).

Nesta aula você estudou sobre a morte e pôde distinguir os três tipos diferentes de morte.

Creio que até a presente aula você já entendeu alguns conceitos básicos importantes para o estudo de
escatologia, tais como a existência da alma e a morte; surge então a seguinte questão: Se todo homem provará
a morte (exceto os que estiverem vivos na volta do Senhor) e a alma do homem (tanto ímpios quanto crentes) é
imortal; para qual lugar vai a alma daqueles que morrem?

Prosseguiremos na próxima aula com o estudo de escatologia, falando sobre o estado intermediário dos mortos.

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1ª Parte / Aula 4

O estado intermediário

Atentem bem para a ilustração abaixo, pois ela será de bastante utilidade durante a nossa aula.
Aprendemos em nossa última aula que a morte é uma realidade a qual nenhum ser humano pode negar; mais
cedo ou mais tarde, de um modo ou de outro, todos a enfrentarão; exceto os salvos que se encontrarem vivos no
momento do arrebatamento da igreja. Se a morte é uma triste realidade e a alma humana é imortal; para onde
vão aqueles que morrem? O que acontece com a alma daqueles que morreram fisicamente?

Estaremos estudando nesta aula sobre o estado intermediário dos mortos e responderemos a estas questões
durante o nosso estudo.

IV-O estado intermediário dos mortos

Após a morte, o corpo se desfaz no pó da terra, entretanto existe uma parte espiritual no ser humano que não
cessa de existir. A vida vai além deste mundo visível e perceptível aos olhos humanos. A vida que possuímos
neste mundo é passageira e cabe somente ao Senhor o controle da mesma; apenas Deus sabe quando
morreremos, por isso, todo ser humano deveria pensar no porvir. Como cristãos, sabemos que a nossa vida está
nas mãos de Deus, e devemos lembrar que, apesar da vida findar-se aqui neste mundo, a alma humana é
imortal e, por causa disso, o Senhor com justiça dará destino a esta alma que permanece viva e consciente após
a morte.

Textos como os de Ec 12.7 e Hb 9.27 mostram claramente isso. (No final da aula 4, nas págs 17 e 18, existe um
comentário sobre os textos citados)

A Bíblia fala do homem como um todo (corpo, alma e espírito), logo são necessárias a ressurreição e a redenção
do corpo.

Segundo a Bíblia, existe um local onde a alma (e espírito) dos que morrem aguarda a ressurreição. Após a morte
a alma passa para o que é chamado de ESTADO INTERMEDIÁRIO.

A Bíblia não entra em detalhes sobre o estado intermediário dos mortos, entretanto alguns textos nos dão
informações importantes.

IV.1-O estado dos mortos no antigo testamento


No antigo testamento já havia uma consciência da continuidade da existência humana após a morte física.

A idéia do velho testamento também era a de que existia um lugar para onde a alma humana ia após a morte.

Este local, como um todo, é chamado no antigo testamento de “sheol” (Hb) e corresponde no novo testamento
ao “hades” (Gr). Antes da morte de Jesus Cristo, o espírito e a alma de todos os que morriam (salvos ou não)
iam para o “hades” ou “sheol”. Este local fica em um plano inferior e muitas vezes é associado à figura do seio
da Terra. Veja: Jó 17.16; Sl 30.3; 86.13; Ef 4.8-10.

Na ilustração da pág 12, você pode observar a sua esquerda (abaixo), uma representação do mundo dos
mortos. Neste lugar a alma permanece consciente desfrutando de paz, ou em sofrimento e dor.

No “hades” havia dois compartimentos, um para os salvos e outro para os não salvos, portanto, embora salvos
ou não salvos fossem para o “sheol”(“hades”), eles não ficavam no mesmo lugar. Estes compartimentos ficavam
separados por um abismo. Conferir Lc 16.26. Vide fig da pág 12 abaixo à esquerda da folha.

O local para onde ia aqueles que morreram na esperança da salvação, crendo pela fé nas promessas
messiânicas e nas profecias a respeito de Jesus chamava-se seio de Abraão. Ver Lc 16.22.

O local de tormentos para onde ia os ímpios que morriam em seus pecados parecia estar em um plano inferior
ao seio de Abraão Lc 16.23.

Os salvos e os não salvos estavam separados por um abismo intransponível Lc 16:26.

No mais profundo do abismo (também chamado de poço do abismo) estão alguns anjos caídos aprisionados, os
quais serão soltos no período da grande tribulação.

Conferir: II Pe 2.4; Jd 6; Ap 9.1-11. Satanás será aprisionado neste lugar após a grande tribulação por um
período de mil anos. Ap 20.3. A palavra grega para poço do abismo é “tartaroo”.

No “sheol” há vida consciente e sofrimento. Ler: Lc 16.25; Mc 9.43-48; Ap 19.20. A idéia de sofrimento somente
pode existir mediante vida e consciência!

IV.2- O estado dos mortos no novo testamento

No novo testamento; após a morte de Jesus houve uma mudança no estado intermediário...

Depois de morrer na cruz, Jesus esteve no “sheol” (“hades”) Ef 4.9 -10.

O Senhor, segundo a Palavra de Deus, foi ao paraíso, chamado então de seio de Abraão, que se localizava no
“sheol”( ou “hades”).Lc 23.43. Neste local estava a alma e o espírito dos santos do antigo testamento que
morreram desde Adão, na esperança da ressurreição e redenção (Jo 11.23 -24; Hb 11.39-40).

Não podemos esquecer que no antigo testamento existia desde Adão uma promessa de redenção (Gn 3.15),
havia noção de sacrifício e necessidade de expiação (Abel- Gn 4.4; Hb 11.4), vemos uma promessa de benção
estendida a todas as nações (Gn 12. 1-3; Hb 11.8-19), encontramos promessa de casa; reino e trono eternos
(Davi- II Sm 7.16), observamos várias profecias de salvação e da vinda do messias(Sl 22.1,3-8,14-18,22,27; Is
7.14; 9.1,2,6,7; 11.1-2; 52.13-15; 53.1-12 ), uma noção de ressurreição no pensamento dos judeus e,
especialmente, no dos fariseus (Jo 11.23,24 ; At 23.6,8), etc...

Estes santos, enquanto não se cumprisse a promessa messiânica (Hb 11.3, 39,40) deveriam aguardar no
“hades”; porém, após a vinda de Jesus, foram levados ao 3º Céu, pois a promessa de um salvador havia se
cumprido. Jesus Cristo ainda não tinha morrido por eles; embora tivessem crido era necessário que
aguardassem no “hades”; ainda que em um lugar de descanso.

O paraíso, portanto, após a morte de Jesus, foi transportado ao 3º céu (Ef 4.8-10). Paulo esteve neste local (II
Co 12.1 a 4). Acompanhe a trajetória de Jesus nas setas numeradas da figura na pág 12.

No“hades” o Senhor anunciou a sua vitória (I Pe 3:18- 20); vitória esta notória em todo mundo dos mortos e
celebrada pelos seus santos que a aguardavam. Para os salvos ela teve o gozo da promessa cumprida; o gozo
da certeza da liberdade (Ef 4.8), mas para os perdidos foi a confirmação da incredulidade que os levou a rejeição
de todas as tentativas feitas por Deus de se revelar a eles.
Obs: A palavra pregar em I Pe 3.19 significa anunciar; proclamar; e não tem o sentido de pregar para a salvação,
pois seria impossível pregar visando arrependimento para quem já morreu. A Bíblia não pode se contradizer!

Este texto não afirma que foi dada uma chance aos que morreram sem salvação, mas diz que a vitória de Jesus
foi anunciada no “hades”. Ao contrário do que conjectura alguns erradamente, o texto afirma que Deus
aguardava o arrependimento da humanidade pacientemente enquanto Noé construía a Arca, entretanto o povo
incrédulo não correspondeu à misericórdia do Senhor e foram rebeldes, logo, pereceram no dilúvio e morreram
sem salvação; agora, com a descida do Senhor, a incredulidade deles é selada com a vitória de Jesus! A chance
já lhes havia sido dada anteriormente!

O fato de serem citados os perdidos somente da época Noé se deve ao apóstolo Pedro utilizar o episódio do
dilúvio em comparação com o batismo. Ver os versículos 20 e 21.

Já o texto de I Pe 4.6 fala da manifestação do Senhor aos seus no “hades”, mais precisamente no seio de
Abraão; entretanto a ênfase do versículo está no sofrimento dos santos, julgados erroneamente pelos homens
carnais, mas aprovados por Deus recebendo a vida.

IV.3- Algumas verdades sobre o paraíso

1ª- Sabemos pela Bíblia, que no Paraíso os salvos estão em estado de consciência.( Lc 16.25; 23.43; II Cor
12.1- 4; Ap 6.11) .

2ª- Este local, ou seja, o Paraíso (3º Céu); está na presença de Deus (Ap 6.9).

3ª- É um local de descanso para os crentes salvos (Ap 14.13)

4ª- É um local onde aguardamos a ressurreição, quando os cristãos receberão um novo corpo (I Ts 4.16; I Co
15.52-53)

5ª- Todo crente atualmente quando dorme no Senhor vai para o paraíso!

IV.4- Algumas verdades sobre o hades após a morte de Jesus

1ª- Neste lugar não houve modificação após a morte de Jesus, quando o Senhor desceu ao seio da Terra. Como
no Antigo Testamento, o “sheol” ou “hades” no novo testamento continua recebendo os mortos, entretanto está
reservado apenas para aqueles que morrem sem salvação.

2ª- Sabemos pela Palavra, que o “hades” dará os seus habitantes no juízo final, os quais após serem julgados e
condenados serão lançados no lago de fogo e enxofre “geena” que é a segunda morte (Mt 25.46; At 24.15; Ap
20.13,14).

3ª- No “hades” (local de tormento), o espírito e a alma aguardam a ressurreição do corpo para a vergonha e
desprezo eterno (Dn 12:2) após o milênio.

4ª- Podemos notar que neste local o não salvo já sofre (Lc 16.23-24) e está consciente (Lc 16.24).

IV.5- Conferindo os originais hebraico e grego:

A palavra hebraica para mundo dos mortos é “sheol” e a grega é “hades”.

A palavra para inferno (lago de fogo) no novo testamento é “geena”. Esta é a forma grega do aramaico “ge
hinnãm”, que por sua vez, remonta para o hebraico “ge hinnõn”, expressão esta que originalmente denotava um
vale que ficava ao sul de Jerusalém, o “vale do filho de Hinnon”. Neste vale eram oferecidos sacrifícios de
crianças ao “deus” Moloque (II Rs 16.3; 21.6; II Cr 28.3; 33.6). Joás mandou profaná-lo (II Rs 23.10). Esta
palavra foi usada como figura para o inferno devido à situação daquele fogo contínuo (seu fogo ficava sempre
aceso), onde eram lançadas as criancinhas. No antigo testamento o termo “tofete”, também é usado como figura
de inferno ( Is 30.33; Jr 7. 31,32).

Repare bem a diferença entre inferno (lago de fogo e enxofre) (“geena”) e o mundo dos mortos (“hades”). Estes
detalhes são importantes devido a distorções que algumas seitas fazem com relação ao estado intermediário
dos mortos, a sepultura e o inferno.
Por exemplo: Existem seitas que confundem a morte e a sepultura com mundo dos mortos, isto para um suposto
argumento das suas heresias. Não podemos confundir o mundo dos mortos com a Sepultura, pois a palavra
hebraica para sepultura é “queber”; (grego-“mnemeion”) bem diferente de “sheol” ou “hades”.

Outro motivo importante de conhecermos os originais é que em algumas das nossas versões para o português,
as palavras “Sheol” ou “Hades” têm sido traduzidas de uma forma imprecisa para Inferno; portanto, quando
lemos em algumas traduções em português a palavra inferno, às vezes esta palavra estará se referindo ao
mundo dos mortos, ou melhor, “hades” ou “Sheol”; e outras vezes poderá estar se referindo ao inferno (lugar da
condenação eterna no qual serão lançados os ímpios após o juízo final). Os textos deveriam ser traduzidos
literalmente para “sheol” ou “hades”. O problema deste pormenor está na confusão que pode gerar para quem
desconhece o fato. Lembre-se que inferno não é a tradução de “sheol” ou “hades” e sim de “tofete” ou “geena”.

Aplicando este conhecimento, podemos reforçar mais ainda alguns conceitos sobre o estado dos mortos, bem
como solucionarmos algumas dúvidas de interpretação, a saber:

a)- No inferno (lago de fogo e enxofre) ainda não foi lançado ninguém! O inferno é um local espiritual onde
ficarão todos os que forem condenados no juízo final; estes estarão em sofrimento; conscientes e eternamente
separados de Deus (Mt.25.46; Mc 9. 43-48;Ap 14.9-11; 20.15).

Obs:O lago de fogo e enxofre não foi criado para os seres humanos, mas foi preparado para o Diabo e seus
anjos (Mt 25.41); isto não significa que os incrédulos não serão lançados neste lugar.

b)- Os primeiros a serem lançados no inferno serão a besta e o falso profeta (Ap 19.20); depois o diabo (Ap
20.10); e por último os ímpios (Ap 20.14,15; 21.8).

c)- Em Lc 16.23 o texto original é “hades”, portanto a melhor tradução é manter a palavra “hades” como está no
original. Encontramos o termo mantido na ARC. Outra tradução boa é “mundo dos mortos” como na BLH e
NTLH. O Texto na ACF, AC e ARA trás “inferno”; entretanto no inferno os ímpios serão lançados apenas após o
juízo final. Apesar da ARA ser uma das melhores traduções, neste ponto a ARC está melhor.

d)- Em Ap 20.13-15 observamos que no versículo 13 a palavra original é “hades” sendo traduzida para: Além
(AC; ARA); mundo dos mortos (BLH; NTLH) e inferno(ARC; ACF).

Observamos que no versículo 15, mais uma vez a palavra usada no original é “hades”, traduzida para inferno
nas versões AC; ARA; ARC; ACF e traduzido para mundo dos mortos nas versões BLH; NTLH.

Em todos os textos citados anteriormente a palavra usada no original foi “hades”; entretanto algumas vezes ela é
traduzida por inferno. O problema aparece, por exemplo, no versículo 14, onde a tradução para inferno ficaria
imprecisa, pois daria o sentido do inferno ser lançado no inferno, que é o lago de fogo e enxofre, local da
condenação eterna. O “hades”sempre estará se referindo a um estado intermediário, um lugar temporário,
enquanto que o inferno se refere a um estado de condenação eterna.

Fontes:1) Coenem, Lothar/ Brown, Colin: Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento- Vol I A-M;
págs 1.020 a 1.026.- Editora Vida Nova 2) Davidson, F.: O Novo Comentário da Bíblia- Ed 1 vol- Editora Vida
Nova 3) Arrington, French L./ Stronstad, Roger: Comentário Bíblico Pentecostal- Novo Testamento- Editora
CPAD 4) Champlin, Russel N.: O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo- Vol 4 e Vol 6/págs
4399 a 4301- Editora Hagnos 5) Douglas, J.D.: O Novo Dicionário da Bíblia-Ed 1 vol- Editora Vida Nova 6) Bíbli
online- módulo avançado- recursos do dicionário de Almeida e Strong 7) Traduções da Bíblia Sagrada: Almeida
Revista e Atualizada (ARA); Almeida Revista e Corrigida (ARC); Almeida Contemporânea (AC); Almeida
Corrigida Fiel (ACF); Bíblia na Linguagem de Hoje (BLH) e Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH).

Obs: Assim como no inferno ainda não foi lançado nenhum ímpio, no céu dos céus somente está Jesus à destra
do Pai.

Mais uma vez acompanhe na figura da pág 12 a posição do inferno (abaixo à direita). Repare que não é o
mesmo lugar que o hades. Perceba ainda que o céu dos céus não é o paraíso. A seta nº 4 mostra a ascensão
de Jesus aos céus para assentar-se à destra do Pai. A ilustração dos dois tronos é apenas para enfatizar Jesus
assentado ao lado do trono do Pai.
Resumindo a aula:

Esta aula foi bastante rica em informações; muitas delas talvez tenham sido novidades para você; que tal
sintetizá-las para melhor compreensão? Vamos lá...

1- No antigo testamento tanto os salvos quanto os ímpios após a morte iam para o hades; entretanto no hades
havia dois lugares distintos, um para os salvos (paz) e outro para os ímpios (tormento). Estes lugares estavam
separados por um abismo e quem estava em um lado não podia passar para o outro;
Após a sua morte Jesus transportou os santos do antigo testamento para o 3º céu;
A alma dos ímpios atualmente vai para o hades após a morte;
A alma dos salvos vai para o paraíso (3º céu);
No inferno ainda não foi lançado ninguém

Aprendemos neste ensino que existe um local para onde vai a alma dos que morrem. Neste lugar as almas
aguardam a ressurreição. É sobre a ressurreição que estaremos estudando na próxima aula.

Segue um comentário sobre Ec 12.7 e Hb 9.27...

A) Ec 12.7

Em Eclesiastes, notamos que o escritor (o sábio) relata a sua observação do curso da vida do homem em uma
perspectiva humana, mostrando que a vida do homem com os seus prazeres é vaidade, chegando a conclusão
que somente em Deus podemos encontrar a satisfação plena e que um dia prestaremos conta a Deus por tudo o
que fizermos (Ec 12. 9-14). É importante saber este sentido geral do livro para que possamos entender o que o
escritor deseja mostrar no capítulo 12.7.

O capítulo 12 de Eclesiastes é um capítulo conclusivo e o seu contexto mostra que o pregador está finalizando o
seu raciocínio dizendo que devemos nos lembrar de Deus enquanto há tempo; isto porque a vida é passageira e
breve, além de não sabermos como será o final da nossa trajetória aqui nesta terra. A única coisa certa para
todo homem é que um dia ele morrerá! A vida do ser humano é vaidade quando este pensa na satisfação
apenas neste mundo, e este homem infelizmente descobrirá isto muito tarde!

Certamente, o adiamento em se pensar em Deus e no porvir poderá ser fatal, pois a morte poderá vir a qualquer
momento e, mesmo em vida, não sabemos em qual situação estaremos quando velhos! É sobre esse triste final
que o capítulo 12 fala; devemos lembrar de Deus enquanto há tempo, enquanto estamos lúcidos e enquanto
temos condições de desfrutar da plenitude da vida com o Senhor; esta é a verdadeira vida, uma vida que não é,
e nem será vaidade!

Quantos ao entregarem a vida a Cristo dizem: “Porque não fiz isto antes!”, ou “Poderia ter sido antes...”; mas
alguns descem a sepultura sem terem se entregado a Deus, e, então, será tarde demais. Após a morte não
haverá mais arrependimento, não haverá mais chances! (Hb 9.27) Na morte, nosso corpo irá para o pó da terra
donde foi formado Ec12.7(a) e a nossa vida; o sopro de vida; voltará para ele (Ec 12.7(b)). Somente Deus pode
permitir a vida ou a morte; entretanto, após a morte seguir-se-á o juízo.

Depois que parte desta vida, o homem não pode mais se expressar neste mundo; a alma do morto não volta
para falar com os vivos; após a morte física, o homem não busca a Deus para se arrepender e não vê o que
acontece na Terra. (Ec 9.5; Sl 115.17).

Concluímos então que a palavra espírito no contexto de Ec 12.7 é aplicada dando o sentido de sopro de vida. A
vida do homem concedida por Deus, ao encerrar, estará nas mãos do criador; sobre o destino da alma, não é
tocado nesse texto; porém sabemos que a sua alma imortal (tanto do homem salvo como do não salvo)
aguardará a ressurreição; ou em descanso ou em sofrimento e angustia. Deus determinará onde esta alma
aguardará!

B) Hb 9.27

O escritor deixa bem claro que ao homem é determinado por Deus morrer apenas uma só vez! Esta morte a qual
o escritor se refere é a morte física, pois logo em seguida vem o juízo. O homem dará conta a Deus de tudo o
que fez, caso morra em seus pecados passará para a morte eterna e se morrer crendo em Cristo, tem a vida
eterna.
Este texto joga todo o ensino espírita da reencarnação por terra!

Não confundir ressurreição com reencarnação!

O que é reencarnação?

É a pluralidade de existência. Esta doutrina absurda é antibíblica e incoerente.

A Bíblia não fala de reencarnação (porque ela não existe), mas sim de ressurreição. Enquanto que a
reencarnação ensina que o indivíduo pode voltar a este mundo em outro corpo assumindo outra personalidade;
a ressurreição é o ensino de que o mesmo individuo ressuscitará no seu próprio corpo, porém adaptado para
viver a eternidade. Repare que na ressurreição não há troca do corpo e sim transformação do mesmo corpo.

A doutrina espírita é diabólica, pois tira o sacrifício de Jesus e coloca a reencarnação como o modo para o
aperfeiçoamento do homem. Sabemos que somente através de Jesus temos a salvação. A reencarnação possui
falhas gritantes além dos textos bíblicos que a refutam, podemos citar:

1ª- Se a reencarnação purifica o homem, como explicar o fato da humanidade piorar? A “purificação” não
funcionou até agora? Se na reencarnação existem a punições, como por exemplo, a de vir como um criminoso,
no que isso contribuiria para melhorar a pessoa, haja vista ter virado criminoso e ter ficado em pior estado?

2ª- Por que aumenta a população mundial?

3ª- Se a alma reencarna com outra personalidade e corpo; como isso poderia ser uma punição ou recompensa,
haja vista não se conhecer o passado?

4ª- Inúmeras pessoas alegam terem sido Cleópatra, Napoleão, Tiradentes, etc...

5ª- Por que as pessoas somente alegam terem vivido como vultos famosos; sejam estes bons ou ruins? E a
grande massa desconhecida da humanidade? Etc...

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1ª Parte / Aula 5

Escatologia geral – A ressurreição dos mortos

Até a presente aula adquirimos conhecimentos importantes e necessários para que pudéssemos entender os
eventos futuros. A partir desta aula vamos aprender a seqüência destes eventos.

Quando aprendemos sobre o estado intermediário dos que dormem em Cristo (prefiro usar a palavra dorme, pois
o servo de Deus jamais morrerá), vimos que os salvos aguardam a ressurreição no paraíso; este momento
glorioso é a esperança do cristão.

Sabemos que em sua volta, Jesus prometeu ressuscitar aqueles que dormiram na esperança da sua vinda; isto
é uma certeza inabalável para cada um de nós, além de consolo para a nossa alma! Passaremos então a
explicar sobre este assunto importante que é a ressurreição.

V- Ressurreição

A palavra ressurreição significa a nova união da alma e espírito com o corpo liberto do poder da morte.

Existem na Bíblia vários exemplos de pessoas que ressuscitaram (I Rs 17.17-23; II Rs 13.21; Mc 5.39-42; Lc
7.14-15; Jo 11.39-44; At 9.40-43; At 20.9,10), porém não estamos nos referindo a pessoas que ressuscitaram
em um corpo corruptível. Todos estes exemplos se referem a uma ressurreição para esta vida e mostram o
poder de Deus sobre a vida e a morte, entretanto a ressurreição que o salvo espera é uma ressurreição superior,
uma ressurreição para jamais morrer!

A Palavra nos fala da ressurreição; o Senhor prometeu que vai nos “levantar” da morte para a vida eterna. Jo
5.25,28,29; 11.25; At 24.14,15; Rm 6.5; I Co 15; etc...

A Bíblia é bastante clara quanto à ressurreição, e esta esperança era viva na vida de cada servo do Senhor;
além de ser assunto da pregação do evangelho. Infelizmente muitos pastores deixam de lado este assunto,
envolvidos pelo materialismo e levando o rebanho para um “outro evangelho”.

V.1- Como será a ressurreição?

Esta ressurreição será em um corpo espiritual I Co 15.44. O que ressuscitará será o corpo, pois o espírito e a
alma são imortais.

Será o mesmo corpo que dormiu, pois, caso contrário, não seria ressurreição(I Co 15.42-44). Este mesmo corpo
que “dormiu” ressuscitará e será transformado (I Co 15.50-53) em um corpo glorioso adaptado para a
eternidade. Este corpo limitado não pode entrar no reino dos céus (I Co 15.50)! O corpo glorioso não poderá
mais se desfazer, não ficará mais sujeito ao pecado, doenças, ou qualquer limite das leis naturais.

A glorificação do corpo é uma certeza tão real quanto qualquer verdade bíblica. Ela também faz parte das
promessas do Senhor; assim como Deus prometeu a ressurreição, o arrebatamento, a Nova Jerusalém, etc...

O apóstolo Paulo fala desta certeza em Rm 8. 29,30.

V.2- As duas ressurreições

Não sabemos o dia nem a hora da ressurreição, mas sabemos que será no dia do arrebatamento para os salvos
e no dia do juízo para os ímpios.

A Palavra de Deus nos diz que todos (salvos ou não) ressuscitarão (Dn 12,2; Jo 5.28-29; At 24.15; etc...).
Haverá, no entanto, um período de 1.000 (mil) anos entre a ressurreição dos salvos e não salvos (Ap 20:5).

A Bíblia nos revela que haverá uma ordem na ressurreição (I Co 15.23-24; I Ts 4.14-17).
Primeiramente Cristo (I Co 15.20, 23; Cl 1.18; I Ts 4.14);
Depois os que são de Cristo (I Co 15:23; I Ts 4.14,16);
Isto incluiu os que crentes mortos no Antigo e no novo testamento.
Por último, ou seja, 1.000 anos depois, ressuscitarão os não salvos para a condenação eterna. Ap 20.5, 12-15.
Entre a ressurreição dos salvos e não salvos ocorrerão duas ressurreições, a saber:

1o) Das duas Testemunhas (Ap 11.7,11,12)

2o) Dos mártires da grande tribulação (Ap 20.4)

Podemos dividir a ressurreição em duas partes: A primeira ressurreição e a segunda ressurreição.

A primeira ressurreição é a ressurreição dos salvos; esta teve início com a ressurreição de Jesus
e findará com a ressurreição dos mártires da grande tribulação (Ap 20.4).
Entre a ressurreição da Igreja e a dos mártires da tribulação, haverá um período de 7 (sete) anos.

A segunda ressurreição é a ressurreição dos ímpios e acontecerá no dia do juízo final,


1.000 (mil) anos depois de se encerrar a primeira ressurreição (Ap 20.7,11-15).

V.3 – A ressurreição dos salvos:


Acontecerá no arrebatamento (I Co 15.52; I Ts 4.16)
Será de todos os salvos, desde Adão (I Co 15.22)
A ressurreição é uma manifestação do poder de Deus operada pelo Espírito Santo (Rm 8.11; Ef 1.19-20; Fp
3.21)
Será em um corpo espiritual, próprio para ver o Senhor (I Co 15.44-46), glorioso (Rm 6:5; I Jo 3:2), imortal e
incorruptível (livre de enfermidades, dor, velhice, cansaço e morte)I Co 15.52-57.
Será um corpo reconhecível (Jo 20.16)
Será um corpo que terá domínio sobre a matéria (Jo 20.19-20).
Será um corpo real (Lc 24.36-43)
Receberemos um corpo glorioso semelhante ao do Senhor (Fp 3.21; I Jo 3.2)
Seremos como anjos (não seremos anjos). Não haverá procriação – Mt 22.30.
Ficaremos para sempre com o Senhor (I Ts 4:17)

Obs: Dentre os títulos atribuídos a Jesus Cristo, ele é chamado de primícias dos que dormem (I Co 15.20) e
primogênito dos mortos (Cl 1.18; Ap 1.5), por ser o primeiro homem a morrer e ressuscitar em um corpo glorioso
para nunca mais morrer!

V.4- A ressurreição dos ímpios:


Será também literal. O corpo se levantará da sepultura.
Estarão diante do trono para receberem a sentença da condenação eterna (Ap 20.12-15)
Será em um corpo sem glória e para desprezo eterno ( Dn 12.2); porém não será aniquilado.
Serão julgados por suas obras. Não aceitaram ao sacrifício de Jesus (Ap 20.13)
Sofrerão eternamente no lago de fogo e enxofre ( Mc 9.43-48; Ap 20.14-15).
Esta é a Segunda morte!

V.5- Uma comparação entre o corpo mortal e o corpo redimido glorificado, segundo I Co 15. 42-57.

Corpo mortal
42- desonroso (corpo sujeito a pecar)

43- fraco (limitado; inferior; sujeito à doença, velhice, etc...)

44- Natural (Desta vida)

45-49- Imagem de Adão

50-Não herdará o reino de Deus;

42,50,53,54-Corruptível (desfaz na terra; decompõe);

53,54-Mortal (morre).

Corpo glorioso
42- Glorioso (santo)
43- Poderoso (não sujeito às limitações naturais; superior)

44- Espiritual (Adaptado para o céu)

45-49- Imagem de Cristo

53- Herdará o reino de Deus;

42,50,52-54- Incorruptível (não se desfaz; não perece);

53,54- Imortal (não pode morrer).

Amados; depois de estudarmos sobre tão importante assunto, que a certeza da ressurreição e glorificação sejam
sempre um consolo para a nossa alma. Encerro esta aula deixando os textos de I Ts 4.18 e I Co 15. 58.

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1ª Parte / Aula 6

Escatologia geral – A volta de Jesus

Irmãos; na aula anterior aprendemos sobre o quanto à ressurreição é importante para o cristão. Evangelho sem
esperança de ressurreição não é Evangelho; mas assim como a ressurreição é parte inseparável da nossa fé, o
mesmo ocorre com a certeza da volta de Jesus, pois os que dormem em Cristo ressuscitarão no momento da
sua vinda; no arrebatamento da Igreja. Faz parte da nossa fé a certeza de que Jesus está vivo e arrebatará a
sua Igreja!

Nosso Senhor prometeu várias vezes que viria nos buscar. Quando olhamos textos como o de João, capítulo
14.1-3, somos consolados e podemos notar o cuidado do Senhor com os seus. Repare que alguns instantes
antes, em João 13, Jesus falava sobre a sua morte e os discípulos ficaram preocupados, então o Senhor passa
a consolar o coração deles com a promessa da sua vinda. Crer que Jesus morreu e ressuscitou, implica em crer
que ele voltará. O próprio cerimonial da Santa Ceia aponta para a sua volta ( I Co 11.26).
Todo cristão fiel ao Senhor aguarda ansiosamente à volta de Jesus. Devemos (como os apóstolos e os pais da
Igreja) viver como se o Senhor viesse hoje!

VI - A volta do Senhor

Jesus Cristo prometeu que voltará (Mt 25.31; 26.64; Lc 19.13; Ap 2.25; 22.12, 20). Em toda a Bíblia vemos a
promessa da volta do Senhor; uma das maiores esperanças e consolo para a Igreja (I Ts 4.17,18).

Esta volta foi predita também...

*pelos anjos (At 1.10,11);

*por Enoque (Jd 14,15);

*pelos profetas (Zc 14. 1-9);

*pelo Senhor no cerimonial da Santa Ceia (I Co 11.26).

VI. 1– Como se dará a sua vinda?

A Bíblia não nos fala quando será à volta de Jesus. O Senhor não revela o dia nem a hora por isso devemos
estar vigilantes (Mt 24.33,50; Mc 13.35-37; Lc 21.34-36; ITs 5.1-6).

Apesar de não sabermos o exato momento, a Palavra de Deus nos mostra como ocorrerá a 2ª vinda de Jesus.

Podemos notar que à volta do Senhor será em 2 fases distintas:

1ª) Na primeira fase o Senhor virá até as nuvens e a Igreja será arrebatada até ele (I Ts 4.17).

2ª) Na Segunda fase, haverá a manifestação gloriosa, física e visível do Senhor Jesus ao mundo, para livrar
Israel do poder do anticristo, julgar as nações e implantar o milênio (Zc 14.4; Mt 24.30; Ap 1.7).

Esta revelação gloriosa ocorrerá 07 anos após o arrebatamento. O arrebatamento e a revelação gloriosa são
dois fatos distintos.

No primeiro o Senhor toma para si aqueles que são seus.

No segundo ele vem com os seus que foram arrebatados para dar fim à tribulação, ao anticristo e a todo o seu
exército; julgar as nações e implantar o milênio(Cl 3.4; Jd 14; Ap 19.11-16 ).

A primeira fase da vinda de Jesus é chamada de arrebatamento da Igreja; a segunda fase é chamada de vinda
gloriosa, manifestação visível do Senhor, Dia do Senhor, etc...

No arrebatamento da Igreja Jesus não pisará sobre a Terra, a Igreja se encontrará com o Senhor nos ares; o
mundo apenas perceberá que algumas pessoas desaparecerão. Somente na 2ª fase se dará a manifestação
visível do Senhor ao mundo, logo, à volta de Jesus para a Igreja está relacionada com o arrebatamento; para
Israel e para o mundo, esta volta está relacionada com o fim da tribulação. Podemos dizer então que a vinda de
Jesus a Terra se dará literalmente após a grande tribulação.

VI.2 - Quando se dará esta vinda?

Como disse anteriormente; a Palavra de Deus nos mostra como se dará à volta do Senhor Jesus, mas não diz o
dia nem a hora deste retorno (Mt 24.35,36,50; Mc 13.32,33). O que a Bíblia nos revela, é que haveria sinais que
indicariam que à volta de Jesus estaria próxima, entretanto, quanto àquele instante; ninguém sabe! Mc 13. 29

Sinais que precederão a 2ª vinda de Jesus Após o arrebatamento da Igreja, a Terra entrará em um período de
grande tribulação, entretanto, embora a Igreja não fique na Terra durante este período, ela presenciará o preparo
deste cenário. Claramente observamos ao nosso derredor as mudanças na natureza, sociedade, Igreja e Israel.

Guerras, pestes e terremotos sempre existiram, mas Cristo nos ensina que tudo isto aumentaria e se
intensificaria dia após dia, à medida que a sua vinda se aproximasse, a ponto de ser insuportável.
Alguns sinais relatados na Bíblia se referem literalmente ao período da grande tribulação que antecede a 2ª fase
da vinda de Jesus, outros se referem ao período antecedente ao arrebatamento, entretanto, não devemos
esquecer que entre o arrebatamento e o fim da tribulação existe um curto espaço de sete anos e que a
tribulação iniciar-se-á imediatamente depois do arrebatamento da Igreja; logo, se haverão grandes cataclismos
na Terra na tribulação; então antes do arrebatamento presenciaremos o preparo para este cenário sombrio. Os
sinais que antecedem a segunda fase do retorno de Jesus servem como sinais que antecedem o arrebatamento
também.

Exemplo: Durante a tribulação o ódio contra Israel será intenso; Jesus virá para livrar o seu povo e dar fim a
grande tribulação (2ª fase da volta de Jesus). Quando olhamos o mundo, observamos claramente este cenário
sendo montado, a cada dia cresce o ódio contra Israel; logo, se na tribulação os Judeus serão perseguidos e
odiados em todo mundo e Israel será afligido até que Jesus o livre, e, para que isso aconteça, a Igreja precisa
antes ser arrebatada; concluímos então que o arrebatamento está próximo.

Os dias em que vivemos, à luz da Palavra do Senhor, caracterizam o preparo para a volta do Senhor.
Vejamos:

1o)A aparição de muitos Cristos Mt 24.5,23,24,25. Ex.: David Koresh; Rev. Moon; Inri Cristo; etc...

2o)Falsos profetas Mt 24.11,24

Repare a grande quantidade de profetas falsos como, por exemplo, William Marrion Branham, Ellen White,
Joseph Smith e Charles Taze Russel, fundadores respectivamente do branharismo(Tabernáculo da fé),
adventismo, mormonismo e Testemunhas de Jeová. Muitos seguem estas seitas cegamente, colocando os seus
ensinos como autoridade igual à da Palavra de Deus.

Observe ainda a grande quantidade de Igrejas movidas por profetadas, “visões” e “revelações”.

3o)Falsos mestres II Pe 2.1-3.

4o) Os valores morais invertidos e corrompidos até mesmo dentre os “cristão” II Tm 3.1- 5

5o) O avanço da ciência e a busca das revelações proféticas Dn 12.4

6o) Violência contra os judeus Mt 24.9

Obs: Recentemente o presidente do Irã declarou publicamente e divulgou na imprensa internacional que o
Estado de Israel deveria ser “varrido” do mapa. Vale lembrar que o Irã desenvolve atualmente um programa
nuclear com ameaças de produção de armamentos.

Alguns grupos terroristas declaram que Israel deve ser eliminado.

No final do século passado seis milhões de judeus foram mortos na Europa, em especial na Alemanha.

7o) A sociedade como nos dias de Noé Lc 17.26-30

8o) Crise religiosa - a frieza na Igreja Mt 24.12,13; Ap 3.14-22

9o) A apostasia I Tm 4.1- 3; II Ts 2.3

10o) Guerras e calamidades Mt 24.6,7

Obs: No início deste estudo mencionei alguns sinais da volta de Jesus (vide aula nº 1; págs 2, 3 e 4) . Citei
dentre os exemplos recentes as tsunamis; o terremoto no Paquistão e o furacão Katrina nos EUA. Antes que eu
terminasse esta apostila, no último dia 26/05/2006, a Indonésia sofreu um abalo sísmico (terremoto), mais
precisamente na Ilha de Java, cujo número de vítimas passa de 6.200 (dado atualizado em 03/06/2006),
podendo chegar a 10.000. O número de desabrigados ultrapassa os 650.000. A péssima condição dos inúmeros
desabrigados torna inevitável a propagação de doenças e cresce o temor do alastramento da gripe aviária
devido à catástrofe.

Imagens do terremoto na Indonésia 27/05/2006

11o) Um dos maiores sinais da vinda de Jesus é a volta dos judeus a sua Pátria. Is 66.7-9; Ez 36.24-35;
37.21,22; Am 9.14,15; Lc 21.29-33(a figueira na Bíblia é símbolo de Israel).

Amados, nesta aula falamos sobre a volta de Jesus. Aprendemos como se dará a sua vinda e os sinais que a
antecedem. Na próxima aula estudaremos sobre o arrebatamento da Igreja.

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1ª Parte / Aula 7

Escatologia geral – O arrebatamento

Certamente a grande maioria dos cristãos já ouviu falar no arrebatamento da Igreja. Trata-se do fato mais
esperado por todos aqueles que amam o Senhor no mundo inteiro.

O materialismo excessivo e a falta de conhecimento por parte das igrejas têm deixado este assunto de lado; mas
no princípio não era assim, a Igreja do primeiro século da era cristã desejava ardentemente à volta do Senhor e
hoje não deveria ser diferente.

Para a Igreja do Senhor o arrebatamento significa a plenitude da redenção, o cumprimento das promessas feitas
à Igreja, a ressurreição dos santos que dormem em Cristo, a glorificação do nosso corpo, o livramento deste
mundo e da hora da tentação que há de vir sobre a Terra; ser arrebatado nos mostra que fazemos parte de um
corpo invisível chamado Igreja, é estar com o Senhor para sempre e ver a sua face! Após o arrebatamento
estaremos definitivamente livres da possibilidade de pecar.

Devido a sua importância, estudaremos este acontecimento como consolo e refrigério para a nossa alma...
VII- O arrebatamento da Igreja

VII.1) Definição
Arrebatamento significa rapto repentino; ser tirado repentinamente; ser tomado de forma abrupta.

Consultando o dicionário, encontraremos que a palavra arrebatar; além das definições dadas anteriormente,
significa ainda: Arrancar; levar.

Dicionário Escolar Da Língua Portuguesa-Ministério da Educação-Bueno, Francisco da Silveira, 11ª edição-1992,


Biblioteca Nacional-FAE.

Biblicamente será o acontecimento no qual o Senhor Jesus virá buscar a sua Igreja. O arrebatamento faz parte
da 1ª fase da 2ª vinda de Jesus.

VII.2) Quem será arrebatado?


Este acontecimento envolverá a Igreja e os santos do Antigo Testamento.

Para a Igreja, abrangerá tanto os que estiverem vivos na Terra quanto os que dormiram no Senhor e estão no
paraíso (isto envolve os santos do Antigo Testamento como os do Novo Testamento). I Co 15.51,52; I Ts 4.16,
17; Jo 11.25,26; Hb 11.39,40.

Quando Jesus vier para arrebatar a Igreja, existirão naquele dia cristãos que estarão vivos e outros que já
“dormem” no Senhor, entretanto, ambos serão arrebatados!

Este evento será a “Grande Colheita” dos justos, desde Adão até o momento em que os salvos serão levados
desta Terra.

Após o arrebatamento, iniciar-se-á um período de grande sofrimento e angustia na Terra chamado de grande
tribulação.

A Igreja não passará pela tribulação! Estamos vivendo um espaço de tempo indeterminado chamado era da
Igreja ou era da Graça o qual iniciou-se no dia do Pentecostes e se findará no dia do arrebatamento. (Este
período de tempo indeterminado está compreendido entre a 69ª e 70ª semana de anos, conforme as profecias
do livro de Daniel. Estaremos estudando este detalhe na análise do livro de Daniel).

VII.3) As dispensações

A divisão dispensacional pode ser bastante útil para o estudo escatológico, entretanto, vale lembrar que
odispensacionalismo inflexível pode acarretar em sérios erros. O dispensacionalismo foi criado tendo em vista
facilitar a compreensão da administração e do controle divino sobre o desenrolar da história humana.

No estudo das dispensações, a história da humanidade é dividida em 7 épocas de acordo com o modo que Deus
trata o ser humano em determinado tempo. Cinco dispensações já se passaram, uma está em andamento e
outra ainda acontecerá.

Note o esquema abaixo sobre a separação da história da humanidade em sete dispensações partindo da
eternidade passada para a eternidade futura. Alguns consideram a inocência como a 1ª e a consciência como
2ª, excluindo-se a diluviana; podemos considerar também a consciência como 1ª; entretanto estas ordens não
vão alterar o esquema da 3ª dispensação em diante.
A dispensação da Graça termina com a ressurreição dos santos do Antigo Testamento e do Novo Testamento e
o arrebatamento da Igreja, iniciando-se na Terra o período da grande tribulação, quando se manifestará o iníquo!
(II Ts 2.6,7 e 8). Entre o final da dispensação da Graça e a implantação do milênio ocorrerá um período
transitório de sete anos (Grande Tribulação).

Cuidado! O estudo de dispensações é útil, porém deve ser cauteloso. A partir da queda do homem, em toda a
história da humanidade, o ser humano somente é salvo pela fé, através do sangue de Jesus. O sacrifício de
Cristo é eficiente para salvar os santos do Antigo Testamento que viveram antes dele vir à Terra, é eficiente para
salvar os que viveram em sua época e igualmente eficiente para salvar a todos os que viveram após o seu
sacrifício, inclusive aqueles que ainda hão de crer! Tudo isso é fruto da graça de Deus; não importa em qual
época o ser humano viveu, ele será sempre salvo pela fé!

Deve ser considerado ainda o estado de cada ser humano individualmente em cada contexto à parte da
dispensação. Exemplo: Um gentio que viveu na época de Moisés e desconhece a lei de Deus, não será julgado
por ter desobedecido à lei de Moisés. Rm 2. 12

A era da Igreja também é chamada de tempo dos Gentios, pois nesta época a salvação veio aos Gentios. A
plenitude dos gentios será alcançada quando a última pessoa entregar a vida à Cristo, então, a Igreja será
arrebatada.VII.4)- Por que Jesus arrebatará a Igreja?
Propósitos do arrebatamento:

Cumprir a promessa de Jesus, redimir os nossos corpos, ressuscitar os mortos no Senhor, levar-nos ao novo lar,
recompensar a Igreja, para reinarmos com Cristo etc...

VII.5) Como será o arrebatamento?

A figura abaixo é uma ilustração referente ao arrebatamento, a mesma trás em ordem a seqüência dos fatos que
ocorrerão quando Jesus voltar para buscar a sua Igreja. Acompanhe as setas e observe a ilustração à medida
que for sendo solicitado durante a aula.

1º-A trombeta tocará para o arrebatamento e a ressurreição. (I Co 15.52 e I Ts 4.16).

Observação: Para os judeus o toque da trombeta era importante no seu cotidiano (Nm 10.1-10).

O toque da trombeta indicava:

a-Solenidades (II Cr 29.26–28)

b-Para proclamar a guerra (Nm 10.9)

c-Para as manifestações do poder e da vontade de Deus (Ex 19.16; Hb 12.18,19)

d-Jerico é destruída ao som da trombeta (Js 6.8,9,13,16,20)

e-Na reedificação do templo (Ed 3.10)

f-Para congregar o povo e levantar acampamento (Nm 10.2,3)

Atenção! A última trombeta não é a mesma que as sete mencionadas no livro do Apocalipse.

Para a Igreja a trombeta representa o toque de reunir; no Apocalipse, as sete trombetas representam para quem
ficou na tribulação uma manifestação do juízo de Deus!

2º-O Senhor Jesus descerá do céu, onde está à destra do Pai (I Ts 4.16) seta nº 1 fig da pág 28

3º-Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro em um corpo glorioso - imediatamente seus corpos serão
transformados - ( I Co 15. 50-54; I Ts 4.16) fig da pág 28, canto inferior esquerdo.

4º-Os salvos que estiverem vivos, também terão os seus corpos transformados (glorificados) (I Co 15.52; I Ts
4.17)fig da pág 28, canto inferior esquerdo.

5º-Todos os salvos são arrebatados e encontram-se com o Senhor nos ares (I Ts 4.17) seta nº 2 da fig da pág
28.

6º-O Arrebatamento ocorrerá num momento num abrir e fechar de olhos (ICo 15.52). Todo o processo, incluindo
a ressurreição, transformação dos mortos e dos vivos, bem como o arrebatamento, será praticamente
instantâneo! A Igreja deverá estar preparada!

VII.6)- Fatos que ocorrerão logo após o arrebatamento:

A) Tribunal de Cristo

No Tribunal de Cristo haverá o julgamento das obras do crente (neste tribunal serão julgadas as nossas obras
individualmente). nº 3 na fig na pág 28

Neste julgamento seremos avaliados. Não será para saber se somos salvos porque já fomos perdoados,
purificados e arrebatados (I Co 3.11-15; II Co 5.10; Gl 6.9;Tg 5.9)

Seremos analisados se somos verdadeiros no íntimo. O resultado deste julgamento será recompensa ou
detrimento.
* Tipos de julgamento na Bíblia:

Devemos observar que a Bíblia fala de vários tipos de julgamento, a saber:

a)O julgamento dos pecados – Tempo:33dc – Lugar: Calvário – Resultado: Salvação para todo aquele que crer.
Jo 19.17,18,30; I Co 15. 3,4 ;

b)O auto julgamento do crente – Época: A qualquer momento – Local:Em qualquer lugar – Resultado: Correção I
Co 11.31,32. A Santa Ceia é um momento bem oportuno para isso I Co 11.28 ;

c)O julgamento eclesiástico – Deve ser exercido pela Igreja local sempre que necessário Mt 18.17-20; I Co 5. 1-
7; 6.1-5. Resultados: Recuperação e arrependimento do pecador, manter a pureza da Igreja,etc...

c)O julgamento das obras do crente – Época: Quando cristo voltar – Local: No ar – Resultado: Recompensa ou
detrimento; o tal será salvo I Co 3.11,15; II Co 5.10 ;

d)O julgamento das nações – Época: Quando vier o filho do homem na sua glória (Mt 25.31-33 – Local: Vale de
Josafá –Jl 3.1,2) – Resultado: Separação de Israel como povo privilegiado; definição de quem entrará no milênio;

e)O julgamento de Israel - Época: Durante a tribulação- Resultado: Purificação da nação e separação dos
verdadeiros judeus (Zc 13.8,9; 14.1-4; Rm 11.25,26);

f)O julgamento dos anjos caídos – Época: Antes do juízo final e após o milênio II Pe 2.4; Ap 20.10 – Estaremos
associados com Jesus neste evento. II Co 6.3 ;

g)O juízo final – O Grande Trono Branco – Época: Após o milênio Ap 20.5, 11-15 – Local: perante o Grande
Trono Branco – Resultado: Aquele que não for achado no livro da vida será lançado no lago de fogo ardente
(condenação eterna).

* Os galardões

A Biblia nos mostra vários tipos de galardões.

Os galardões serão para os servos que comparecerem ao tribunal de Cristo.

Receberão o seu galardão II Co 9.6;

Será distribuído pelo próprio Jesus Ap 22.12;

*Tipos de galardões:

São simbolizados por coroas:

a)Coroa da vida Tg 1.12; Ap 2.10– Fidelidade.

b)Coroa da vitória I Co 9.25 – Os que venceram o mundo e não se corromperam.

c)Coroa da glória I Pe 5.2-4 – Ministros e obreiros dependendo do cuidado pelo rebanho, promoção do reino de
Deus e obra do Senhor em geral. Trabalho feito por amor, sem interesse pelo dinheiro ou poder.

d)Coroa da Justiça – II Tm 4.7, 8 – Combatentes do Senhor; aqueles que sofreram por Cristo. Também chamada
de coroa do mártir.

e)Coroa do gozo – Fp 4.1; I Ts 2.19.20– Ganhou vidas para Cristo, zelou pelas almas.

B) As bodas do Cordeiro

Após ser galardoada, a Igreja será introduzida na presença do Pai e então acontecerá as Bodas do Cordeiro. Ap
19.17– O Senhor prometeu confessar o nosso nome diante do Pai. Mt 10.32; Lc 12.8; Ap 3.5.

Este acontecimento será uma grande festa pouco antes da vinda gloriosa de Jesus (2ª fase da volta de Jesus).
A ceia das bodas do Cordeiro Lc 12.37

Enquanto todos estes eventos acontecem com a Igreja no céu; a Terra, após o arrebatamento, vive o período da
Grande Tribulação.

Este será o assunto da nossa próxima aula.

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1ª Parte / Aula 8

Escatologia geral – A Grande Tribulação- I

Irmãos, na aula anterior estudamos sobre o arrebatamento da Igreja e aprendemos que para a Igreja será um
momento de gozo inefável; poder ver o Nosso Senhor Jesus Cristo face a face e estar com ele para sempre é o
nosso maior desejo, entretanto, existem muitas coisas para acontecer após o arrebatamento da Igreja. Deus não
esquecerá do seu povo Israel, ele cumprirá certamente as promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó; a sua
Palavra e as suas promessas jamais voltarão vazias.

Deus precisa tratar com Israel, purificar aquela nação e prepará-la para recebê-lo como Rei e Senhor (Zc 13.
8,9; Mt 23. 35-38; Rm 11.25-32). É justamente no período chamado Grande Tribulação que Deus realizará esta
obra, e, é justamente sobre este assunto que passaremos a estudar neste momento.

VIII- A Grande Tribulação

Chamamos de grande tribulação ao período de transição entre a era da Igreja e o milênio. Jesus afirmou que
este período será o mais terrível pelo qual a humanidade (principalmente Israel) já passou (Mt 24. 21,22). Este
período durará sete anos e se encerrará com a volta gloriosa do Senhor Jesus para livrar Israel e implantar o seu
reino milenar (Mt 24. 29,30; Ap 1.7,8).

VIII.1) Os sete anos da grande tribulação serão literais?

Absolutamente sim! Vejamos:

A)- Sabemos que a duração da tribulação será de sete anos pelas profecias bíblicas, em especial, as que se
encontram no livro de Daniel. Este período compreende a 70ª semana de anos profetizada em Dn 9.24-27.

Deus determinou um tempo para restaurar Israel, que seria contado a partir da saída do cativeiro da Babilônia
(Dn 9.25 a); mais precisamente a contar da ordem para a reedificação de Jerusalém. Este período seria de 70
semanas de anos, que corresponde a 490 anos.
Israel foi a nação escolhida por Deus para que anunciasse a vontade do Senhor ao mundo e mostrasse a glória
deste Deus maravilhoso. Deus confiou a sua lei àquela nação; entretanto, Israel desviou-se do seu Senhor,
embora Deus lhes enviasse seus servos, a nação os maltratou e não deu ouvidos ao Criador (Mt 23.37). Devido
ao pecado daquela nação, o povo foi dominado pelo rei da Babilônia e levado cativo, permanecendo no cativeiro
por setenta anos (Jr 25.11,12; 29.10). Muitos judeus foram levados para a Babilônia, dentre eles estava um
jovem chamado Daniel.

Daniel vivia entre os cativos da Babilônia quando o Senhor falou com ele sobre este período das setenta
semanas, das quais a última corresponde a Grande Tribulação.

No Antigo Testamento havia semana de dias e semana de anos também. A palavra semanas no
hebraico“shãbûa’”, significa uma unidade ou período de sete. Pode ser sete dias, semanas, anos ou qualquer
grupo de sete.

Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento - Harris, R. Laiird; Archer, Gleason L. Jr.; Waltke,
Bruce K. - Ed. Vida Nova- pág 1515.

Dentro do contexto, o período corresponde à semana de anos, pois:

1º Haviam propósitos a serem cumpridos nas setenta semanas que não se cumpriram no caso de semana de
diasDn 9.24;

2º Um dos motivos do cativeiro foi a quebra da lei do ano sabático. Ver Lv 26.33-35, 43. Neste caso eram
semanas de anos; durante seis anos a terra seria trabalhada, no sétimo ano ela descansaria (ano sabático; ano
de descanso). O ano sabático era o sétimo ano de uma semana de anos.

Daniel reconhece que o período de setenta anos de cativeiro estava se encerrando. A terra repousara setenta
anos e, desse modo, tinham sido pagos ao Senhor os setenta anos sabáticos devidos a ele pelos anteriores
setenta períodos de sete anos (Dn 9.2; II Cr 36.21). Quando Daniel está orando sobre o assunto, o anjo Gabriel
aparece e o informa que a restauração de Israel não ocorreria com o término do cativeiro, mas somente após um
outro período de setenta setes. Preste a atenção também à clara referência em Daniel, capítulo 12, versículo 11
à metade do último período de sete citada em Dn 9.27; nesta passagem a metade corresponde a três anos e
meio (1260 dias) acrescidos de mais um mês. Vale lembrar que o ano profético no calendário hebraico é de 360
dias, com cada mês de 30 dias.

Deus, pela sua onisciência, sabia que mesmo após o cativeiro o povo voltaria a pecar. Israel precisaria de uma
mudança profunda e o Senhor falou que levariam 490 anos para que a nação fosse completamente restaurada,
entretanto, a contagem de anos parou na 69ª semana, faltando uma semana (sete anos). A contagem parou
com a rejeição e morte do messias; iniciando-se a era da Igreja e o tempo dos gentios.

Após sair da Babilônia, o povo rapidamente esqueceu-se do seu criador, praticando novamente a idolatria e
outras abominações. Deus continuou advertindo aquela nação e por fim, o Senhor enviou o seu próprio Filho, o
qual crucificaram. Os judeus não reconheceram a Jesus como rei e messias, rejeitando aquele que os podia
salvar, entretanto, muitos dentre os gentios que dantes estavam afastados do Senhor, creram naquele que ele
enviou, a saber, Jesus Cristo. Os que creram em seu nome, foram feitos filhos de Deus; a salvação, portanto,
chegara aos gentios pela fé em Jesus. Agora cabe a Igreja anunciar as maravilhas deste Deus poderoso,
manifestar a Glória de Deus e anunciar a salvação através da fé em Jesus Cristo. No ano de 70 dc, Jerusalém
foi tomada pelo general Tito e o templo foi destruído, sendo os judeus dispersos por todo mundo e Israel
sumindo como nação temporariamente, porém, o Senhor não se esqueceu das promessas feitas a nação de
Israel, por isso a nação precisa ser restaurada, e, para que Deus trate com Israel, é necessário que a Igreja seja
tirada da Terra. Quando isto acontecer, se reiniciará a contagem das 70 semanas, e estará faltando apenas uma
semana de sete anos, que correspondem a Grande Tribulação.

B)- No livro do Apocalipse, este período é mencionado com um período de anos. Ver Ap 11.2,3. Na passagem
citada a metade da Tribulação corresponde a 42 meses, ou 1260 dias (considerando-se o ano de 360 dias e os
meses de 30 dias).

VIII.2) O que acontecerá durante a Grande Tribulação?

Durante a grande tribulação, Deus não tratará apenas com Israel, mas a ira de Deus será derramada sobre toda
a Terra e sobre todas as nações.
Nestes dias Deus executará juízos sobre a Terra. (Dn 8.19; Sf 1.14-18; Zc 14.1-7; Rm 1.18; 2.5; Ap 6.1-17).
Haverá muitos sinais na natureza; esta entrará em caos e desequilíbrio.

Serão 07(sete) anos de angústia, principalmente para Israel! (Zc 12.3,10,11; Dn 12.1; Mc 13.19,20).

Observação: Quando lemos o livro do Apocalipse, devemos entender que o Capítulo 1 se refere à visão que
João estava vendo no momento, ou seja, Jesus glorificado. Os capítulos 2 e 3 se referem à era da Igreja, do
começo ao arrebatamento. O capítulo 4 versículo 1 mostra o arrebatamento e os capítulos 4 (do versículo 2 em
diante) e 5, mostram acontecimentos referentes à Igreja após o arrebatamento. Do capítulo 4 em diante,
portanto, não vemos mais a Igreja na Terra no livro do Apocalipse, a não ser na vinda Gloriosa de Jesus em Ap
19.11-21 correspondente ao final da Tribulação.

Todas as pragas descritas no Apocalipse, partindo do capítulo 6, são correspondentes a Grande Tribulação até o
seu encerramento no capítulo 19.21. No capítulo 20 se inicia o juízo das nações e o milênio. Os capítulos 21 e
22falam da eternidade.

Se você quiser saber o que ocorrerá na Grande tribulação, basta ler Apocalipse 6.1- 19.21.

O sermão profético de Mateus, capítulo 24, corresponde literalmente ao período da Grande Tribulação.

VIII.3) As duas metades da tribulação.

Os sete anos da Grande Tribulação serão divididos em 2 partes de 3,5 anos cada uma. A pior fase será na 2ª
parte da semana (Dn 9.27), quando o Anticristo quebrar a aliança com o povo judeu.

Cada metade da Tribulação corresponde a 3,5 anos. Em Apocalipse 12.14 é usada a seguinte linguagem: “um
tempo, e tempos, e metade de um tempo” que corresponde a 01 ano + 02 anos + 06 meses = 03 anos e meio =
42 meses ou 1260 dias. Ler Ap 11.2,3; 13.5).

VIII.4) Haverá salvação neste período ?

Sim! (Ap 20.4).

Será levantado um remanescente dentre os judeus (Ap 7.3,4). Muitos dentre os gentios serão salvos também
(Ap 7. 9-17).

A Salvação será através da fé em Jesus! (Ap 7.14). Não existe salvação sem Jesus; ninguém será salvo sem fé!

Apesar de haver salvação, a pregação não será a mesma da era da Igreja. Será pregado o Evangelho do reino.
Os judeus remanescentes anunciarão que Jesus voltará para reinar! O Rei está chegando! Aquele que crer
participará do seu reino milenar.

Para os gentios que ficaram na Tribulação por não terem crido no Evangelho, e, portanto, não foram arrebatados
com a Igreja, mas creram na mensagem pregada durante a Tribulação, será uma época de intensa perseguição
e sofrimento. O Espírito Santo será retirado com a Igreja. Na grande Tribulação o Espírito não operará mais
como na época da Igreja, mas será dado por medida, como no Antigo Testamento.

A operação do Senhor será diferente da dispensação da Graça, aqueles que crerem que Jesus reinará, sofrerão
o martírio. Ap 6.9-11; 7.9-17.

O mundo será “infestado” por demônios Ap 9.1-12; 12.9,12.

A besta colocará uma marca naqueles que são seus e quem não tiver a marca da besta será perseguido e
torturado; não poderá comprar nem vender. Haverá um controle total da Besta (Ap 13.16-18).

Queridos irmãos, tudo isso que falamos anteriormente há de acontecer certamente; mas graças ao nosso
grandioso Deus, que por seu infinito amor e misericórdia, por causa do sacrifício do seu Filho Jesus, poupará a
Igreja de todas estas desgraças que hão de vir sobre a Terra (Ap 3.10).
O nosso assunto é bastante rico em detalhes, por isso, na próxima aula continuaremos a falar sobre a Grande
Tribulação, em especial, sobre a manifestação do Anticristo.

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1ª Parte / Aula 9

Escatologia geral – A Grande Tribulação- II

Nesta aula estaremos dando continuação ao assunto “Grande Tribulação”. Para que você entenda melhor,
observe nesta página os esquemas abaixo; os mesmos foram feitos com base em Dn 9. 24-27
IX- A Grande Tribulação- (Continuação)

Irmãos; na aula anterior começamos a falar sobre a “Grande Tribulação” e aprendemos coisas importantes sobre
este período. Nesta aula estaremos dando continuação ao assunto e falaremos sobre os dois períodos de três
anos e meio que dividem a Grande Tribulação em duas partes. Na verdade, o período de maior angústia para
Israel será a 2ª metade dos sete anos. Alguns acontecimentos exigem uma maior atenção, tais como a
manifestação das duas bestas e a batalha do Armagedom; a localização destes acontecimentos dentro da última
semana fornece um dado importante para a compreensão da profecia.
IX.1) A Manifestação das duas bestas

No livro do Apocalipse no capítulo 13, encontramos a manifestação de duas bestas; ambas surgem no período
da Grande Tribulação, quando a Igreja já não estará mais na Terra. A primeira besta está descrita nos versículos
de 1 a 10; a segunda, nos versículos de 11 a 13, sendo que nos versículos de 14 a 18 observamos a relação da
2ª besta com a primeira.

A primeira besta é o Anticristo; a segunda é o falso profeta.

O Anticristo, bem como o Falso profeta, somente se manifestará após o arrebatamento. Veja II Ts 2.7,8.

Vejamos a seguir alguns detalhes sobre as bestas...

A - O Anticristo:

O Anticristo será um homem totalmente dominado por Satanás e surgirá das nações representadas pelo mar (Ap
13.1). Ele também é chamado de “Assolador” (Dn 9.27); “Abominável da desolação” (Mt 24.15; Mc 13.14);
“Homem da iniqüidade”; “Filho da perdição” e “Iníquo” (IITs 2.3,8).

Este homem virá do restaurado Império Romano que na tribulação existirá não em sua forma de governo
passada, mais em um novo sistema de governo, formado por uma aliança de países. Possivelmente será um
descendente judeu, mesmo surgindo dentre as nações, haja vista a nação de Israel o confundir com o Messias.

Em Dn 2.41,42; 7.7 vemos o ressurgimento do império romano em sua nova “face”. Os dez dedos da estátua
docapítulo 2 do livro de Daniel, bem como os dez chifres da besta do capítulo sete do mesmo livro, representam
a mesma coisa, ou seja, o surgimento de um novo império mundial que será o império romano restaurado,
formado da aliança de 10 países. Os dedos e os chifres são dez reis (chefes de governo) que representam os
seus respectivos países. O chifre pequeno que surge em Dn 7.8,19,20,24,25 dentre os demais é o Anticristo,
que derrubará três governantes e assumirá o governo mundial.

A primeira besta é o Anticristo, bem como o sistema que ele governa!

Neste ponto quero deixar uma observação: O surgimento da União Européia é um forte indício do ressurgimento
do império romano, pois a União Européia se encaixa na forma de governo formado pela aliança de países que
se unem em uma parte, mas mantém as suas respectivas nacionalidades (Dn 2.41-43); a aliança destas nações
é feita através de contratos (acordos e tratados) que são simbolizados pelo casamento em Dn 2.43. Enquanto
encontramos verdadeiras potências militares e economias fortes na UE; tais como França, Alemanha e
Inglaterra, por outro lado encontramos países de economia frágil como os do leste europeu. O fato de a União
Européia ter mais de dez países não é um problema, haja vista os dez chifres se levantarem dentre este reino
(Dn 7.24) e não sabermos que forma a UE tomará daqui para frente. Vale lembrar ainda que a Comunidade
Européia cresce financeiramente e politicamente e suas fronteiras são semelhantes as do antigo império
romano.

Assim como a sede do antigo império era Roma, a primeira Besta terá como sua sede a cidade de Roma.

Observação:

Formalmente, a Comunidade Européia como organização surgiu com o Tratado de Roma, em 1957.

O Tratado de Maastricht, de 1992, rebatizou a comunidade como União Européia.

O Tratado de Roma de 2004, igualmente chamado de Tratado estabelecendo uma Constituição para a Europa,
foi assinado a 29 de Outubro de 2004 pelos chefes de Estado membros da União Européia. A entrada em vigor
deste tratado ainda não é certa, conseqüência da rejeição, por referendo, do tratado na França e na Holanda em
2005.

A globalização e a união financeira em blocos, também fazem parte deste contexto, cujo fim será um controle
total.

Meus amados; outras novidades surgirão no cenário político mundial que nos mostrarão mais claramente o
cumprimento das profecias, entretanto muitos acontecimentos atuais já nos dão uma boa base para sabermos
que pouco falta para o cumprimento de todas as coisas; portanto vale atentar para a observação anterior.
Passemos a estudar agora algumas características do Anticristo.

Características do anticristo:

Engano: Fará uma aliança com Israel por uma semana (7 anos), entretanto quebrará esta aliança na metade
(3,5 anos) da semana (Dn 9.27). Após os 3,5 anos ele quebrará o pacto com Israel! Ver esquema nº 2 da pág
35.

Será um homem poderoso; possuído por Satanás! II Ts 2.9,10; Ap 13.2,4 .

Inteligente: Dn 7.20; II Ts 2.10,11 ( será eloqüente, ousado e grande político).

Atrairá governantes: Ap 13.3.

Falará contra o Senhor e perseguirá os Santos; mudará os tempos e a lei durante três anos e meio(Dn 7.25;
11.36).

Levantar-se-á contra tudo o que lembra de Deus e contra qualquer forma de culto, ainda que falsa, pois buscará
adoração para si próprio (Dn 11.36; II Ts 2:4).

A terra o adorará (Ap 13.4,8).

Terá o controle total sobre os moradores da Terra (Ap 13.16,17,18).

Levará as nações à guerra (Ap 16.12-16; 19.19).

Fará sua vontade própria e se engrandecerá(Dn 11.36),

Não respeitará ninguém (Dn 11.37).

Será homem de guerra e investirá pesadamente nela (honrará o “deus das fortalezas”). Dn 11.38.

Estaremos estudando outros detalhes sobre o Anticristo, quando analisarmos os livros de Daniel e o Apocalipse.

B - O Falso Pofeta:

A segunda besta, também chamada de Falso profeta; será um homem (Ap 13.11) e terá a função de levar os
homens a adorarem o anticristo. A segunda besta será um líder religioso, enquanto a primeira besta, pelos
relatos da profecia bíblica, será um líder político. (Ap 13.12,14,15)

O falso profeta emerge da Terra, ou seja, da Palestina, logo, seu centro de ação será Jerusalém.

Este homem operará prodígios tremendos e os homens ficarão maravilhados (Ap 13.13; Mt 24.24; Mc 13.22).
Ele faz com que os homens sejam controlados pela primeira besta (Ap 13.16- 18).

Quem não adorar a primeira besta e a sua imagem será morto (Ap 13.15).

Ele terá aparência de cordeiro; uma falsa humildade, porém seus atos são guiados pelo diabo (fala como dragão
Ap 13.11).

C – O número da besta

O número da besta (Anticristo), encontrado em Ap 13.18, representa a trindade satânica. Satanás, durante a
tribulação, mais uma vez tenta imitar a Deus.

O Senhor é um Deus trino e Satanás usará a sua “trindade falsa” durante a tribulação: O Dragão é o antipai; o
Anticristo é o antifilho e o Falso profeta é o antiespírito.

Assim como o Espírito Santo nos leva a adorar ao Senhor Jesus, o Falso profeta leva as pessoas a adorarem o
Anticristo.
Da mesma forma que Jesus faz a vontade do Pai, o Anticristo faz a vontade do Diabo.

O número seis é o número do homem; este foi criado por Deus no sexto dia. O número seis representa a
imperfeição do homem, o número sete é o número de Deus e representa a perfeição e plenitude.

O número da besta é o numero de um homem por ser o Anticristo um ser humano, os três seis mostram a união
da falsa trindade.

Veja no quadro abaixo uma síntese das diferenças entre as duas Bestas.

PRIMEIRA BESTA

SEGUNDA BESTA

Anticristo

Falso profeta

Sobe do Mar (nações)

Sobe da Terra (Israel)

Líder Político

Líder religioso

Antifilho

Antiespírito

Aparece primeiro

Aparece após a primeira besta

Faz a vontade do Diabo

Leva as pessoas a adorarem o Anticristo

Falso messias

Falso sacerdote

Sede do governo em Roma

Sede das ações na Palestina (Jerusalém)

Deseja adoração
Incentiva a adoração do Anticristo

IX.2)- A Batalha do Armagedom e o fim da Grande Tribulação.

Para falarmos desta guerra, antes precisamos aprender a diferença existente entre as três batalhas que
ocorrerão no futuro, segundo o relato bíblico.

A Bíblia fala de três batalhas que ainda irão acontecer...

As batalhas de Gogue, Armagedom e Gogue e Magogue.

Estas batalhas não são as mesmas e por se tratar de um assunto bastante extenso, estaremos estudando a
cada uma delas na próxima aula.

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1ª Parte / Aula 10

Escatologia geral – A Grande Tribulação- III

As guerras de Gogue; Armagedom e Gogue e Magogue.

Meus amados; nesta aula encerraremos a parte referente a Grande Tribulação estudando sobre as três guerras
que ainda hão de ocorrer na Terra. Como disse na aula anterior, por se tratar de um assunto extenso e rico em
detalhes, dedicaremos esta aula especialmente a este assunto e analisaremos cada uma destas guerras
separadamente.

X.1)– A batalha de Gogue

A primeira batalha (Gogue), está relatada em Ezequiel, capítulos 38 e 39 e ocorrerá possivelmente no início da
tribulação ou no fim da dispensação da graça (pouco antes do arrebatamento). Note bem que a data não é
exata, poderá ou não ser presenciada pela Igreja. Ez 38.8

Nesta batalha um grupo de nações parte contra Israel. Israel vencerá com a intervenção do Senhor, para isso
Deus usará de meios sobrenaturais (Ez 38.18-23).

Gogue será o país que irá liderar essas nações (Ez 38.2-6).
Muitos morrerão nesta batalha (Ez 39.11,12).

Os objetivos desta guerra são:

1º) Mostrar para as nações que foi o próprio Deus quem havia dispersado Israel pelos povos, mas agora os
havia trazido de volta. Ez 39.23,24

2º) Mostrar para Israel que foi o Senhor quem os havia castigado e Ele mesmo é quem os trouxe de volta para
os purificar. Ez 39.28

3º) Mostrar para as nações que o Senhor não se esqueceu de Israel Ez 39.28

4º) Trazer Gogue até Israel para castigá-lo por todas as blasfêmias cometidas contra Deus Ez 38. 14-18

5º) Dar uma oportunidade para que Israel se arrependa de ter abandonado ao seu Deus e rejeitado o Messias e
se converta ao Senhor Jesus, antes que a nação seja afligida e passe por Grande Tribulação.

A- Quem será Gogue?

Sobre esta pergunta, a única coisa que podemos ter certeza absoluta é de que se trata de uma nação que
liderará uma aliança de países que partirão contra Israel no fim dos tempos.

Algumas observações:

1º- Josefo (antigo historiador judeu) identificou os povos citas como descendentes de Magogue, um povo da
Sibéria ocidental, o que nos faz lembrar da antiga União Soviética.

2º- Heródoto (antigo historiador grego) denomina as duas raças “moscói” e “tibarenói” como estabelecidas à
sudeste do Mar Negro.

3º- Muitos estudiosos concordam que existe uma grande possibilidade de Gogue ser a Rússia.

4º- Cada vez mais a Rússia e a China se aproximam e estão se opondo claramente aos EUA e a Israel. Nos
acontecimentos recentes no oriente médio, a Rússia sempre procura uma posição contrária a Israel.

5º- A economia Russa em decadência e as expectativas fracassadas de apoio financeiro ocidental, bem como a
humilhação de ver o seu domínio territorial e de influência diminuídos, deixa nas autoridades russas um desejo
cada vez mais claro de tentar reafirmar o seu papel de potência.

6º- A Rússia tem investido em armamentos e tecnologia nucleares nos países tradicionalmente inimigos de
Israel; tais como Irã e Síria.

7º- A ameaça terrorista cada vez mais provoca retaliações por parte dos judeus e acirra as ameaças dos países
árabes que aumentam a retórica da destruição do Estado Judeu.

8º- A posição estratégica, bem como as riquezas da Palestina, tornam Israel cobiçado pelas potências mundiais.

9º- Cresce o ódio árabe-muçulmano com respeito a Israel. O presidente da República Islâmica do Irã fala
abertamente nos jornais, revistas e televisão que Israel deveria sumir do mapa e conclama a todos os
muçulmanos a atacarem Israel. Vale lembrar que o Irã avança o seu programa nuclear de forma acelerada.

Não é descartada também a possibilidade de Gogue ser um país líder que se levante dentre as nações
muçulmanas.

Irmãos, não devemos ficar tentando descobrir nomes ou datas, muito menos nos prender a detalhes, pois à
medida que o cenário mundial for se “desenrolando” Gogue ficará cada vez mais claro, porém as observações
acima descritas são de extrema utilidade para o nosso estudo. Com o passar do tempo poderemos presenciar
mais fatos que melhor elucidarão as profecias.
1- Champlin; Russel N., O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, vol6, Ed Hagnos 2-
Mcnair;S.E., A Bíblia Explicada, CPAD 3-Cohen;Armando Chaves, Apostila “O apocalipse” 4- Almeida;Abraão
de, Israel,Gogue e o Anticristo, Edição revista e ampliada,CPAD 5- Gilberto; Antonio, O Calendário da Profecia,
CPAD.

X.2) – A Batalha do Armagedom

A segunda batalha (Armagedom) está relatada em Joel 3; Zacarias, capítulos 12,13 e 14; Apocalipse 16.14-16;
19.17-21 e ocorrerá no fim da grande tribulação, marcando o encerramento desta fase de 07 (sete) anos e o
início do milênio.Veja a posição desta batalha no esquema nº 2 da pág 35 aula 9.

Nesta batalha, todas as nações se voltarão contra Israel. Israel será cercado e Deus intervirá nesta guerra.

O final da batalha do Armagedom é marcado com a volta de Jesus com poder e glória, pisando no monte das
oliveiras, voltando com os seus Santos para julgar as nações e implantar o milênio. (Zc 14.1-4 )

Esta guerra terá como cabeça o Anticristo e o seu império.

No inicio da Grande tribulação, correspondente aos primeiros três anos e meio, o Anticristo fará uma aliança com
Israel e será aclamado pelos judeus. No princípio de sua manifestação na Terra, parecerá um homem de Paz
(Ap 6.1,2), entretanto, na segunda metade da Grande Tribulação, mostrará quem realmente ele é, levando a
humanidade à destruição! O Anticristo quebrará a sua aliança com Israel na segunda parte da Grande
Tribulação e despejará o seu ódio contra os judeus. Ver esquema nº 2 da pág 35 aula 9.

X.3) – A Batalha de Gogue e Magogue

A terceira batalha (Gogue e Magogue) ocorrerá somente após o milênio. Satanás após ser solto (depois do
milênio), reunirá as nações que sairão rebeldes do milênio para destruir os judeus e Jerusalém.

Será a batalha final (Ap 20.7-9), antes do juízo final e início da eternidade futura.

Satanás e aqueles que o seguiram serão vencidos por Jesus Cristo (Ap 20.9).

A figura acima mostra o local da batalha do Armagedom (Megido; Vale de Josafá; Armagedom)

Observe na ilustração a seguir o posicionamento das três batalhas estudadas anteriormente:


Vejam no quadro a seguir; alguns detalhes que diferenciam as três guerras estudadas e facilitam a
compreensão:

Gogue

Armagedom

Gogue e Magogue

Um grupo ataca Israel

Todos contra Israel

Todos contra Israel

Gogue é o líder do grupo

O Anticristo é o líder mundial

Satanás é o líder das nações

Gogue é uma nação

A besta é um império

Gogue e Magogue é uma expressão que representa de uma extremidade a outra da Terra

A vinda do Senhor não ocorrerá após a batalha

O Senhor termina a Guerra com a sua volta


O Senhor estará reinando quando a guerra começa

Deus mostra às nações que Ele livrou Israel

Jesus livra Israel e implantará o milênio

Deus derramará fogo do céu e terá início a eternidade

Meus irmãos; creio que esta aula pôde esclarecer alguns detalhes importantes para o estudo de escatologia
geral, no que se refere a Grande Tribulação, entretanto, antes de encerrarmos esta aula, quero elucidar mais um
ponto importante, a saber:

X.4) - Quem são os 144.000 de Ap 7.4?

Serão os judeus que permanecerão fiéis ao Senhor durante a grande tribulação; um remanescente dentre Israel.
Estes judeus serão preservados pelo Senhor (marcados; selados) e serão responsáveis pelo anúncio do
Evangelho do Reino na Terra.

Durante a grande tribulação haverá uma falsa igreja (ecumênica), que será destruída pelo próprio anticristo (Ap
17.16), pois este só aceitará adoração a ele próprio. A falsa Igreja compactuará com o Anticristo até que ele
próprio a destrua.

A Igreja verdadeira estará no céu, o Espírito será dado apenas por medida e o Evangelho pregado será o
Evangelho do Reino (O Rei está chegando!). A responsabilidade de anunciar esta mensagem caberá ao
remanescente de Israel que se voltará para Jesus e rejeitará o impostor. Repare que a salvação continua sendo
através da fé em Jesus, porém o foco agora está em Israel; em Jesus como Rei sobre Jerusalém e toda a Terra.
A Igreja já foi arrebatada e agora, resta a vinda Gloriosa do Senhor para implantar o seu reino milenar.

Ainda que a verdade se espalhe por toda a Terra e muitos rejeitem a marca da Besta, a responsabilidade de
divulgar o Evangelho do Reino e de anunciar o Messias que retornará para livrar Israel e libertar a Terra será do
remanescente de Israel.

Na próxima aula continuaremos o nosso estudo de Escatologia Geral e estaremos aprendendo sobre os
acontecimentos que ocorrerão após a Grande Tribulação.

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1ª Parte/Aula 11

Escatologia geral – O julgamento das nações

XI- O julgamento das nações


Já aprendemos que o período da grande Tribulação terminará com a vinda de Jesus com poder e grande glória,
trazendo consigo a sua noiva (Igreja). A partir desta aula estaremos estudando os eventos que ocorrerão após o
retorno de Jesus; findando a Grande Tribulação.

Quando Jesus retornar no final da Tribulação, antes de ser implantado o milênio, o Senhor eliminará as duas
bestas; o exército do Anticristo e também separará aqueles que participarão do seu reino, daqueles que não
participarão; para este último fato, será implantado o julgamento das nações.

XI.1) O julgamento das nações

O término da grande tribulação será marcado pela volta de Jesus com os seus Santos encerrando a 70ª semana
e iniciando o milênio.

Logo após a sua volta haverá o juízo das nações feito pelo Senhor, às nações que sobreviveram às catástrofes
ocorridas na terra durante a grande tribulação (Ap 19.11-20.6).

Um dos critérios a ser utilizado neste julgamento será o tratamento dado aos judeus.

Não será o juízo final, pois este ocorrerá após o milênio e sim um julgamento daqueles que ficaram na
tribulação, definindo quem entrará no reino milenar. Neste julgamento, Jesus definirá a posição das nações no
contexto mundial e Israel será o centro e a cabeça das nações e Jerusalém a sede do governo milenar.

Somente entrarão no milênio os salvos; a besta e o falso profeta serão lançados no lago de fogo e enxofre, e
todos os que seguiram a estes, não entrarão no reino milenar de Cristo.

XI.2) A ordem dos acontecimentos pós-tribulação:

Para que o amado leitor compreenda com maior facilidade, relaciono a seguir a ordem dos acontecimentos
partindo da volta de Jesus.

1º)- Jesus retorna após sete anos de tribulação e grande angústia para Israel Mt 24.29,30; Ap 19.11-18.

2º)- O Senhor encerra a Tribulação; a Besta e o Falso Profeta com todos os exércitos da Terra tentam
inutilmente guerrear contra o Senhor. Ap 19.19

3º)- O Senhor Jesus lança a Besta e o Falso Profeta no inferno literal (inauguram o inferno). O exército da Besta
é derrotado, seus componentes são mortos e vão aguardar (no Hades) o dia do Juízo final. Ap 19.20,21.

4º)- Satanás é preso no abismo Ap 20.1-3

5º)- É implantado o tribunal para julgar as nações. Ap 20.4

a- Os mártires da tribulação ressuscitam e reinarão com Cristo. Estes mártires são os que morreram durante a
Grande Tribulação e não receberam o sinal da Besta; aqui se encerra a primeira ressurreição! Lembre-se de que
os mártires da Tribulação não receberam o galardão com a Igreja e não fazem parte da mesma, entretanto estão
incluídos no último grupo que pertence à primeira ressurreição e reinarão também com Cristo. Cada classe (a
saber: Os Santos do Antigo Testamento, a Igreja e os Mártires da Tribulação) terá o seu papel no Reino;
entretanto, para a Noiva do Cordeiro está reservado algo especial. Os mártires da tribulação não serão julgados,
estarão apenas presentes neste julgamento. Ap 20.4

b- A Igreja e os Santos do Antigo Testamento participam com Cristo deste julgamento (Mt 16.27; 19.27-29;
25,31,32; I Co 6.2; Ap 20.4(a))

c- Os mortos que não fazem parte da 1ª ressurreição somente irão reviver após o milênio, no dia do juízo final.
Ap 20.5,6

d- Após o julgamento das nações terá início o Reino Milenar de Cristo. Note que neste Reino Milenar, somente
estarão na Terra pessoas que não foram condenadas no juízo das nações; observe ainda que, no julgamento
das nações, somente comparecerão ao Tribunal pessoas vivas que de alguma forma sobreviveram à Grande
Tribulação; os ímpios mortos somente serão julgados após o milênio no Juízo Final.

Um contraste interessante:

No arrebatamento Jesus leva da Terra a Igreja, a Tribulação se inicia com as pessoas que não se entregaram a
Cristo na Terra, ou seja, na Terra estarão àqueles que não creram.

No milênio, ao contrário, Jesus deixa na Terra quem foi absolvido no Juízo das Nações e creu no seu nome.
Será arrancado da Terra quem não creu!

Observe na ilustração abaixo a ordem dos acontecimentos partindo da volta de Jesus.

XI.3)- Como será o Juízo das Nações?

Este julgamento não deve ser confundido com o juízo final! Trata-se de um julgamento apenas de pessoas vivas,
que de alguma forma passaram pela Tribulação e não morreram. Ainda que a população da Terra fique
muitíssimo reduzida; quando Jesus voltar, além do remanescente de Israel, existirão dentre as nações pessoas
vivas ímpias e também pessoas vivas que não aceitaram a marca da Besta e creram na mensagem do
Evangelho do Reino.

Na volta do Senhor existirão também nações inteiras que perseguiram a nação de Israel e serão punidas dentro
do contexto mundial.

No julgamento das nações, serão definidos alguns pontos:


Jesus separará quem entrará no Reino de quem não entrará (os bodes serão separados das ovelhas Mt 24.29-
31; 25.1-13).
Jesus redesenhará o mapa mundial; Israel será “o cabeça” das nações; Jesus reinará sobre a Terra e a sede do
governo mundial será Jerusalém. Algumas nações se tornarão insignificantes no contexto mundial devido ao
tratamento dado aos judeus.
Não poderá haver influência satânica no reino do Senhor, por isso, Satanás será preso.
As condições serão as mais favoráveis possíveis para o ser humano, pois: As nações perversas serão punidas
dentro do contexto mundial; os maus não entrarão no reino, Satanás estará preso, a humanidade terá a
lembrança do castigo passado recentemente, o próprio Senhor Jesus estará reinando visivelmente e presente
corporalmente na Terra, os homens terão a sua saúde restaurada e o equilíbrio da natureza voltará. Para que o
Reino comece com estas condições, será necessário antes o julgamento das nações com a reorganização da
ordem perdida no caos da Tribulação.

Amados, na próxima aula estaremos encerrando a 1ª parte do nosso estudo de escatologia referente à
Escatologia Geral. O assunto da próxima aula será o reino milenar de Cristo, bem como o Juízo Final e a
eternidade.

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1ª Parte/Aula 12

Escatologia geral – Milênio, Juízo Final e Eternidade

XII- Milênio, Juízo Final e Eternidade

Estamos quase encerrando a primeira parte do nosso estudo de escatologia. Nesta última aula aprenderemos
sobre o Milênio, o Juízo Final e por último, a eternidade.

Procurarei expor estes assuntos separadamente para facilitar a compreensão do leitor.

1º Tópico – O Milênio

O Milênio será um período de mil anos literais (Ap 20.4-7) no qual Jesus Cristo reinará também literalmente em
cumprimento as promessas feitas por Deus a Israel através das alianças com Abraão(Gn 12.1-3) e Davi (II Sm
7.12,13,16). O Milênio também é um cumprimento das profecias preditas por intermédio dos profetas nas
escrituras do antigo Testamento (Is 11.4-9; 60.1-62.12; Zc 14.6-9; 16-21), portanto, todas as doutrinas que
apresentam o Reino como algo apenas espiritual ou simbólico, bem como os falsos ensinamentos de que já
estamos no Milênio são falsos!

O Reino de Cristo será eterno, porque quando o Milênio se findar, o Reino do Senhor continuará para todo o
sempre!

Satanás deseja destruir Israel, pois sabe que Jesus virá reinar em Jerusalém e Israel será o primeiro dentre
todas as nações da Terra.

No Milênio será tirado das mãos dos homens o governo das nações e Jesus será o Rei sobre toda a Terra (ICo
15.24,25). Este período corresponde a sétima e última dispensação antes da Eternidade e começará logo após o
Juízo das Nações.

Jerusalém será a sede do Reino na Terra; a capital de Israel e do mundo, em cumprimento a Is 2.2-4; 4.2-3; Jl
3.17-20; Mq 4.1-8.

Israel como nação será plenamente restaurado em toda terra prometida Gn 15.18.

Na volta de Jesus em glória, haverá o juízo das nações e as ovelhas dentre as nações hão de gozar o milênio
(Mt 25.34) e servirão ao Senhor (Zc 14.16).

A Terra, que havia sido destruída na Grande Tribulação, será reconstruída e a população que foi drasticamente
reduzida, logo será abundante, devido às condições favoráveis do Milênio. Isto inclui também Israel.

Repare bem que o Antigo Testamento traz mais detalhes sobre o Milênio do que o Novo Testamento, isto se
deve ao fato do Milênio ser uma promessa referente a Israel e as bênçãos do Milênio se estenderão sobre as
nações da Terra partindo do governo de Jesus em Israel.
A)-Vejamos agora algumas observações a respeito deste período:

1-Jesus governará com poder sobre toda a terra junto com os seus santos (Zc 14.9; II Tm 2.12; Ap 2.26,27;
5.9,10; 12.5; 19.15; 20. 4,6). Tudo estará sujeito ao Senhor Jesus.

2-Todas as nações irão a Jerusalém adorar ao Rei (Zc 14.16). As nações que não obedecerem e forem rebeldes
sofrerão represálias (Zc 14.17).

3-Será um governo perfeito de justiça e paz; e de Jerusalém virá a Lei. (Is 11.3-5; 32.15-17; Mq 4.1-4).

4-Os homens viverão muitos anos (Is 65.19-23; Zc 8.4,5).

5-A ferocidade dos animais será tirada (Is 11.6-8; 65.25).

6-Toda terra conhecerá o Senhor (Is 11.9).

7-A maldição sobre a terra será retirada (Gn 3.17-19; Sl 72.3-17; Rm 8.19-22) e haverá fertilidade na terra (Is
30.23; 35.1,2,7; 41.18-20; Am 9.13,15).

8-As armas serão transformadas em ferramentas, ou seja, não haverá guerras (Is 2.4).

9-Os velhos terão prazer (Is 65.21,22).

Durante o milênio ainda haverá morte na Terra, pois os seus habitantes não estarão em corpo glorioso;
entretanto, a morte será exceção e não regra e terá um caráter punitivo pela desobediência e rebeldia (Is 66.20).

O homem será provado pela última vez em condições favoráveis como nunca houve antes. Haverá Paz na
Terra; bênçãos; a Terra será cheia do conhecimento do Senhor; a lembrança da Grande Tribulação servirá de
alerta e referência; o problema do pecado estará bem claro e não haverá influência espiritual externa que leve o
homem à tentação.

Os filhos dos povos que nascerem durante o Milênio e não passaram por sofrimentos e pela influência de
Satanás, não experimentaram a maldição sobre a Terra e tiveram uma vida próspera; logo reclamarão e
passarão a servir ao Senhor por obrigação como Rei, mas não o considerarão como Senhor. Quando Satanás
for solto; encontrará em seus corações um terreno fértil para a sua revolta final.

B)- Como estará a Igreja no Milênio e qual o seu papel?

A Igreja estará glorificada na Jerusalém Celeste; a habitação eterna da Noiva do Cordeiro e reinamos com o
Senhor. (Jo14.2,3; Gl 4.26,27; Cl 3.4; I Pe 5.1; Ap 21.2,3,23-27; 22.1-6).

Durante o milênio, esta maravilhosa cidade estará acima da Terra, como uma estrela e resplendor da Glória de
Deus. Jerusalém terrestre continuará existindo na Terra e os homens a ela virão para adorar a Deus e verão
Jerusalém celeste brilhando com a Glória de Deus.

A cidade é uma grande luz, luz que não perde o seu brilho e nenhuma sombra ofuscará o seu fulgor, nenhuma
nuvem a encobrirá e os reis da terra levantarão os seus olhos e saberão que aquela Glória vem do Cordeiro e de
sua Igreja.

A Nova Jerusalém é a habitação do Cordeiro e da Igreja, mas Jesus reinará sobre a Terra e, em especial, sobre
Israel, ocupando o trono de Davi. A Igreja (o povo especial do Senhor Tt 2.14) participará do seu Reino.

Os santos estarão em um corpo glorioso adaptado para a vida no céu e superior as leis da física; não sabemos
os detalhes sobre este corpo, ou de que forma a Igreja participará deste reino, sabemos apenas aquilo que o
Senhor nos revelou em sua Palavra, a saber: Teremos um corpo glorioso; espiritual; incorruptível; imortal (I Co
15.42-44; 53,54) e reinaremos com Cristo. Sabemos também que o Senhor Jesus, após a sua ressurreição,
passou quarenta dias na Terra e apareceu aos seus discípulos e a vários irmãos (I Co 15.1-8); andou (Lc 24.15),
apareceu repentinamente dentre eles estando as portas fechadas (Jo 20.19,20), foi tocado (Mt 28.9; Lc 24.36-
40) e comeu com eles (Lc 24.41-43). Teremos igualmente um corpo glorioso (Rm 8.29,30; I Co 15.49; I Jo 3.2),
sem limitações e superior a matéria (Lc 24.15,30,31,36-43; Jo 20.19,26,27; Jo 21.4-14; Fp 3.21).

Não podemos querer descobrir detalhes os quais Deus não nos revelou; para isso devemos saber apenas que
existem realidades que a nossa mente jamais poderá imaginar por serem coisas sublimes e inexistentes nesta
vida, as quais homem algum ou a nossa própria experiência pôde vivenciar ou ao menos ver. Dt 29.29

C)- Qual o papel de Israel no Milênio?

Israel também é um povo especial para Deus, e terá uma missão exclusivamente terrena (Dt 7.6).

Israel acolherá a Jesus como Senhor e Messias; Rei dos reis e Senhor dos senhores (Zc 12.10; 13.6;
14.8,9,16,20,21). Será a nação líder do mundo (Is 28:13). As nações procurarão em Israel as bênçãos do Senhor
(Zc 8. 22, 23).

A sede do culto ao Senhor na Terra será Jerusalém. Os cultos não terão a finalidade de sacrifícios para bênçãos
ou como tipos visando profecias futuras, e sim, como memoriais. É como se fosse a ceia para nós hoje.

Os Judeus e gentios vivos que entrarem no milênio, estarão no mesmo corpo que temos hoje, ou seja, não
estarão em um corpo glorioso, logo, poderão multiplicar e encher a Terra novamente.

D)- O fim do Milênio

Após os mil anos satanás será solto por um pouco de tempo (Ap 20.1-3,7). O Diabo enganará a muitos (Ap
20.8,9). O Diabo reunirá as nações para a guerra de Gogue e Magogue, ou seja, reunirá os povos de uma
extremidade a outra da Terra. O próprio Satanás será o líder desta Guerra.

Todos eles serão destruídos por Deus de forma sobrenatural (Ap 20.9).

Satanás será lançado no Inferno e será atormentado de dia e de noite para todo o sempre (Ap 20.10).

Tudo isso mostra que o homem, quando não nasce de novo, permanece em estado adâmico, e até debaixo das
melhores condições de vida, é capaz de virar as costas para Deus.

2º Tópico – Juízo Final.

O Juízo Final (também chamado de Juízo do Grande Trono Branco) acontecerá após o Milênio e depois da
Guerra de Gogue e Magogue. Não será um julgamento para Deus descobrir a intenção do homem, mas sim,
para deixar tudo “às claras” diante dos homens. Deus abrirá os livros por causa da sua justiça, pois na verdade
já estão julgados, devido aos seus atos. Não creram naquele que Deus enviou. O juízo existe para Deus mostrar
a sua retidão aos homens e revelar o coração de cada um.

Após a guerra de Gogue e Magogue, antes do início do Julgamento Final, quando houver a manifestação do
Grande Trono Branco, a Terra será totalmente desfeita (Ml 4.1; II Pe 3.7-13). Este céu e esta Terra não existirão
mais (Ap 21.1), portanto, o Juízo do Grande Trono Branco não será nesta Terra nem tão pouco neste céu que
agora vemos, haja vista eles não mais existirem (Ap 20.11).

Este Julgamento final será para todos os homens que viverão desde a criação e que não ressuscitaram na 1ª
ressurreição. Todo aquele que ressuscitar na 2ª ressurreição após o fim do Milênio, comparecerá diante do
Grande Trono Branco e será julgado conforme as suas obras e o registro no Livro da Vida (Dn 12.2; Jo 5.29; At
24.15; Ap 20.5,6,11-15), e, após julgados, serão condenados. Aqueles que não forem achados inscritos no livro
da vida, irão para o lago de fogo e enxofre (Ap 20.15).

Os ímpios ressuscitarão em um corpo imortal sem Glória, adaptado para a morte eterna. O corpo do ímpio
apesar de ser inextinguível sofrerá o dano da morte eterna.
Sabemos que haverá um julgamento justo (Ap 16.7), no qual Jesus será o Juiz e os salvos participarão do júri.
Até os anjos serão julgados! (I Co 6.2,3).

Podemos resumir a ordem dos acontecimentos partindo milênio da seguinte forma:

1º- Fim dos mil anos

2º- Satanás é solto

3º- Os ímpios se juntam dos quatro cantos da Terra sob a liderança de Satanás e partem contra os santos na
guerra final de Gogue e Magogue;

4º- Deus destrói o exército dos ímpios com fogo do céu;

5º- Satanás é lançado no inferno;

6º- Manifesta-se o Trono Branco e os Céus e a Terra deixam de existir; os vivos que permaneceram fiéis a Cristo
como Rei durante o Milênio, serão transformados e arrebatados na manifestação do Grande Trono Branco e os
mortos (ímpios, pois os salvos já ressuscitaram na 1ª ressurreição) ressuscitam num corpo sem glória e são
arrebatados a encontrar o Trono Branco; serão julgados e condenados.

7º- Inicia-se o Juízo Final. Serão julgados todos os homens que participaram da 2ª ressurreição e os anjos
caídos.

8º- Os salvos vão para a vida eterna e os ímpios para o tormento eterno.

3º Tópico – O Estado Eterno

A – A eternidade para os salvos

Amados irmãos, grandes coisas o Senhor tem preparado para aqueles que o amam. A eternidade será um
estado de Gozo e Paz perfeitos.

Deus criará novos Céus e nova Terra adaptados para a eternidade (Ap 21.1). A Nova Jerusalém estará nesta
nova Terra e Deus habitará nela (Ap 21. 2,3). Veremos a face do Senhor para sempre e o serviremos (Ap
22.3,4).

Passaremos a eternidade com o Nosso Senhor! Aleluia!

Após o Juízo Final e a criação do novo Céu e da nova Terra, Deus introduzira os seus filhos na eternidade; tudo
estará feito; ou seja, a restauração total dos Céus e da Terra e de todos os que nela habitam. O problema do
pecado e da morte jamais retornará! (Ap 21.5-7).

B – A morte eterna para os ímpios

Irmãos, como será terrível o tormento daqueles que forem condenados! Os ímpios serão lançados no lago de
fogo e enxofre, onde sofrerão eternamente juntamente com Satanás; a Besta; o falso Profeta e todos os anjos
caídos. No inferno, os ímpios estarão conscientes (Mt 24.51; Mc 9.43-48) e nunca mais sairão de lá (morte
eterna); passarão a eternidade longe de Deus e sem Cristo.

O pior da condenação é nunca mais ver a Deus! Lembre-se de que a morte sempre consiste em separação
(morte física é a separação da alma e espírito do corpo; morte eterna é a separação definitiva entre Deus e o
homem)!

Com este assunto estamos encerrando a primeira parte do nosso estudo de escatologia

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ESCATOLOGIA

CONCLUSÃO DA 1ª PARTE

Amados irmãos, esta primeira parte do nosso estudo nos dá condições de termos uma visão mais ampla dos
acontecimentos futuros e do plano de Deus para a restauração da humanidade.

Com o estudo da Escatologia Geral e mais o estudo da História de Israel que engloba a 2ª Parte do estudo de
Escatologia, teremos condições de entendermos melhor os livros de Daniel e Apocalipse; bem como as
passagens proféticas da Palavra de Deus. Posteriormente estaremos realizando a análise destes livros e de
algumas passagens importantes para o estudo profético.

Espero que você seja incentivado a uma vida santa e que o nosso objetivo tenha sido alcançado.

Pr. Ricardo Correia de Mattos

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MATÉRIA: ESCATOLOGIA

BIBLIOGRAFIA DA 1ª PARTE

1)Almeida,Abraão de; Israel,Gogue e o Anticristo-Edição revista e ampliada,CPAD.


2)Arrington, French L./ Stronstad, Roger; Comentário Bíblico Pentecostal- Novo Testamento-CPAD.

3)Bancroft,E.H.(D.D.); Teologia Elementar Doutrinária e Conservadora- Editora Batista Regular.

4)Bíblia online- módulo avançado- recursos do dicionário de Almeida e Strong.

5)Bíblia de Estudos Pentecostal- online- CPAD.

6)Bueno, Francisco da Silveira; Dicionário Escolar Da Língua Portuguesa-Ministério da Educação- 11ª edição-
1992, Biblioteca Nacional-FAE.

7) Castex,Bernardo; Estudando a Bíblia com os radicais hebraicos e gregos.

8) Champlin, Russel N.: O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo- Vol 4- Editora Hagnos.

9)Champlin; Russel N., O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, vol6, Ed Hagnos.

10) Coenem, Lothar/ Brown, Colin: Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento- Vol I A-M; págs
1.020 a 1.026.- Editora Vida Nova.

11)Cohen;Armando Chaves, Apostila “O apocalipse”.

12) Davidson, F. ; O Novo Comentário da Bíblia- Ed 1 vol- Editora Vida Nova.

13) Douglas, J.D. ; O Novo Dicionário da Bíblia-Ed 1 vol- Editora Vida Nova.

14)Gilberto; Antonio; O Calendário da Profecia- CPAD.

15)Gilberto, Antonio; Daniel e Apocalipse –– CPAD.

16)Harris, R. Laiird/ Archer, Gleason L. Jr./ Waltke, Bruce K. ;Dicionário Internacional de Teologia do Antigo
Testamento - Ed. Vida Nova- pág 1515.

17)Langston, A.B.; Esboço de Teologia Sistemática-JUERP.

18)Mcnair;S.E., A Bíblia Explicada, CPAD.

19)Thompson, Frank Charles: Bíblia Sagrada- / Traduzida por Almeida, João Ferreira de- Edição contemporânea
– Editora Vida.

20)Traduções da Bíblia Sagrada: Almeida Revista e Atualizada (ARA); Almeida Revista e Corrigida (ARC);
Almeida Contemporânea (AC); Almeida Corrigida Fiel (ACF); Bíblia na Linguagem de Hoje (BLH) e Nova
Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH).

21)Kelly,W. ; O Apocalipse – Estudos sobre a Palavra de Deus–Depósito de literatura cristã – Lisboa – 1989.

22) Apostilas, mapas e publicações:

A) Apostila – O Arrebatamento – Pr. Geziel Gomes.

B) Mapa – Escatológico – CPAD.

C) Mapa – Escatológico – Seminário Teológico da Assembléia de Deus – Min. Belém – Lorena./SP

D )O apocalipse – Apostila da Ass. De Deus – Penha – RJ.

E) Revista da escola dominical – Tema : Escatologia – 3 º trimestre 1988 – CPAD


23) Jornais e revistas seculares:

A)Foram consultados todos os jornais “Folha de São Paulo” no período de 5 de março de 2006 a 13 de agosto
de 2006; aos sábados e domingos.

B)Revista Scientific American (Brasil) nº 12- Edição especial – 2005.

C)Revista “Isto É” nº1898 de 8 de março de 2006.

D)Revista “Veja”Ano 39, nº24 de 21 de junho de 2006-edição nº1961 - Ed Abril.

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