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Sumário

CAPITULO 1 – INTRODUÇÃO A ESCATOLOGIA .............................................................................. 2


A Importância do assunto ......................................................................................................... 3
Premissas no estudo de escatologia ......................................................................................... 4
Divisão do estudo da escatologia .............................................................................................. 5
CAPITULO 2 – SINAIS DO FIM (PROFECIAS ACERCA DO FIM DOS TEMPOS) ............................... 10
Sinais no mundo ...................................................................................................................... 10
Sinais na Igreja......................................................................................................................... 11
CAPITULO 3 – A GRANDE TRIBULAÇÃO (O ANTICRISTO) ............................................................ 13
Duração e Natureza da Grande Tribulação ............................................................................. 13
O Anticristo.............................................................................................................................. 14
Armagedom e Gogue e Magogue ........................................................................................... 15
A Conversão de Israel .............................................................................................................. 16
CAPITULO 4 – VOLTA DE CRISTO “PAROUSIA” (VISÕES ACERCA A 2º VINDA) ............................ 17
Características da Parouisa ..................................................................................................... 17
Propósito da parousia ............................................................................................................. 18
Correntes milenistas: .............................................................................................................. 18
AMILENISTA ......................................................................................................................... 18
PÓS MILENISMO .................................................................................................................. 19
PRÉ MILENISMO .................................................................................................................. 20
CAPITULO 5 – RESSUREIÇÃO E ARREBATAMENTO (COMO OCORRERÁ?)................................... 22
O Arrebatamento .................................................................................................................... 22
A ressureição dos mortos ........................................................................................................ 25
CAPITULO 6 – MILÊNIO E JUÍZO FINAL ........................................................................................ 27
Definição do Milênio ............................................................................................................... 27
O Caráter do Milênio ............................................................................................................... 27
O Contexto do Milênio ............................................................................................................ 27
O Grande trono Branco ........................................................................................................... 28
CAPITULO 7 – NOVOS CÉUS E NOVA TERRA ............................................................................... 30
O Estado Eterno ...................................................................................................................... 30
CAPITULO 1 – INTRODUÇÃO A ESCATOLOGIA

“Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora
muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora.”

1 João 2:18

Nós cristãos sabemos que estamos no fim dos tempos, e que a volta do mestre esta
próxima e com essa proximidade vem junto os acontecimentos que estão descritos na
Biblia.

Nestes dias que antecedem os últimos dias deste sistema mundano, muitas doutrinas
e filosofias heréticas têm surgido e o esoterismo (praticas e ciência baseada em
fenômenos sobrenaturais) aliado aos ensinamentos ocultos da nova era (filosofia com
base em ensinos espiritualistas, animistas e paracientíficas), tendem a confundir os
desconhecedores e os descrentes da bíblia.

É muito importante que conheçamos mais profundamente o que a bíblia ensina a


respeito dos acontecimentos mundiais mais importante , e o que nos espera nos
“últimos dias”.

Inúmeras pessoas se filiam, a cada dia, às diversas igrejas espalhadas em todo mundo.
Entretanto, sabemos, também, que um número razoável dessas pessoas se afastam
em razão de interpretações errôneas e falsas das Escrituras Sagradas. Nessas
oportunidades, surgem as seitas e religiões fanáticas (Exs. Jim Jones, na Guiana Inglesa
que fez com que seus membros se suicidassem para se achegar a deus. Cerca de 909
pessoas ingeriram cianeto. E o líder espiritual David Koresh, de uma seita em Waco -
Texas, EUA. Koresh se auto conclamou o ultimo profeta e depois de váras acusações de
estupro e pedofilia sua “congregação” foi alvo de um incêndio criminoso que resultou
em vários fieis mortos), marcando datas da volta de Jesus, do fim do mundo e outras
heresias. Nem precisamos dizer que todas eram falsas.

Para essa finalidade, o estudo sério e bíblico da Escatologia, é essencial para diminuir
dúvidas e esclarecer muitas questões relacionadas com os eventos presentes e futuros
e trazer uma compreensão de importantes temas bíblicos.

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A Importância do assunto

“Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam


tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes
todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas.”

Mateus 24:32,33

A Escatologia é um dos temas mais tratados na Bíblia. Em toda a Bíblia, tanto no Antigo
como no Novo Testamento (como veremos mais na frente), o assunto é retratado de
forma relevante e intensa.

O foco central, o coração da Escatologia é A Segunda Vinda de Cristo. Como o próprio


termo denota, a Escatologia não trata de toda a história do homem, mas focaliza e
direciona o estudo para os acontecimentos finais da história humana e o estado
eterno.

Segundo Henry C. Thiessen, a volta do Senhor é importante por 5 motivos:

1. Sua proeminência nas Escrituras - profusão de textos referindo-se ao assunto.


Só no Novo Testamento encontramos mais de 300 referências à vinda de Jesus
- Dn 7.13,14; Zc 14.4; Mt 24 e 25; Mc 13; Lc 21; 1 Co 15; 1 Ts; 2 Ts; Ap;

2. É uma chave para as Escrituras. Muitos temas, ordenanças, promessas e


simbolismo na Bíblia ficam plenamente claros quando compreendemos bem a
doutrina do retorno de Jesus à terra - Sl 2; 22; 24; 45; At 3.19-24; Tg 5.8; Hb
10.37; Ap 1.7; 22.12,20;

3. É a esperança da igreja - Tt 2.13 "... a bendita esperança...";

4. É incentivo para o cristianismo bíblico - induz a auto-purificacao; inspira


vigilância e perseverança; 1 Jo 3.3; 2 Pe 3.11; Mt 24.44; Rm 13.11; 2 Ts 1.7-10;

5. Tem efeito marcante sobre nosso serviço - Há maior incentivo ao testemunho


cristão de vida e verbal do evangelho. Rm 13.11-12.

Por envolver um período futuro e uma série considerável de acontecimentos, vários


pontos da Escatologia são controversos. Alguns estudiosos até têm se esquivado de
discutir esses temas que geram muitos debates pela dificuldade das questões.

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Millard J. Erickson, no entanto, diz que "quer concordemos que estas questões são
importante, quer não, devemos examiná-las, pois aqueles que as discutem as
consideram importantes".
Etimologia da palavra

O termo Escatologia tem origem em duas palavras gregas (éschatos = "último", e logos
="estudo"). Portanto, a tradução da palavra seria algo como: "A Doutrina (ou estudo)
das Últimas Coisas".

Premissas no estudo de escatologia

Como Escatologia é uma doutrina que estuda as ultimas coisas, temos algumas
premissas de estudos. Listamos 10 delas:

I. Houve um início e haverá um fim do atual sistema mundial

II. Desfecho da evangelização mundial

III. A justiça divina deve ser implantada

IV. O Milênio de paz será estabelecido

V. É necessário iniciar-se o tempo eterno

VI. A morte e o mal serão destruídos

VII. O bem triunfará

VIII. O envelhecimento (murchação-deterioração das células) do ser humano


cessará

IX. O Reino eterno de Jesus será estabelecido

X. O pecado e suas consequências terão fim

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Divisão do estudo da escatologia

A escatologia pode ser dividida em 5 grandes blocos e usaremos essa divisão para
paltar nosso seminário.

 Sinais do fim dos tempos


 A grande tribulação
 Segunda vinda de Cristo
 Ressureição e arrebatamento
 Milênio e Juízo final
 Novos céus e nova terra

Esses cinco blocos envolvem dois tipos de escatologia estudada:

Escatologia geral:

Ela trata a respeito daquilo que, de forma geral, diz respeito a todos os homens. Aqui
se estuda: O retorno de Cristo, ou seja, Sua segunda vinda, a ressurreição geral de
todas as pessoas, o grande julgamento, a consumação do reino e a condição final dos
salvos e dos não salvos.

Algumas perguntas são respondidas neste ponto: quais os sinais que precedem a
segunda vinda de Jesus Cristo? Como será o julgamento final? Como se dará a
ressurreição de todos os mortos? Como será o arrebatamento? De que forma Deus
julgará as pessoas?

Escatologia individual:

Essa é focada na pessoa (indivíduo) e na sua condição. É estudado aqui a respeito da


morte física e o que acontece com a pessoa entre essa morte e o dia do juízo final.
Também é estudado a respeito da imortalidade da alma.

Algumas perguntas são respondidas nesse ponto: o que acontecerá com quem estiver
vivo quando da volta de Jesus Cristo? Quem já morreu vai para algum lugar específico
ou já vai para o céu ou para o inferno? A pessoa fica dormindo ou fica consciente? A
alma dos não salvos morrerá? Dentre outras.

Nesse caso, no nosso estudo focaremos principalmente nos tópicos, com relação aos
indivíduos e ao mundo, contemplando aspectos redentivos, de julgamentos e uma
intervenção pessoal de Deus no mundo humano e físico. São esses:

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 Acontecimentos importantes na história mundial;
 O testemunho da igreja a todas as nações - Mt 24;
 Israel: história, rejeição e salvação do remanescente
 As duas ressurreições
 Os julgamentos intermediário e final
 A Parousia de Jesus Cristo
 O milênio de paz
 O arrebatamento da igreja
 A transformação dos salvos
 Morte física e eterna

A Escatologia no Antigo Testamento

Praticamente, quase todas as passagens do Antigo Testamento sobre a Escatologia


está relacionada com a pessoa do Messias (Jesus Cristo) como Profeta, Sacerdote e
Rei, em conexão com os diversos eventos.

As profecias referentes a Jesus e a tudo que ele realizaria, em boa parte, foram
preditos na sua totalidade, sem fazer clara distinção entre os fatos referentes ao
primeiro e segundo advento, por estarem intimamente ligados, parecendo, às vezes,
tratar-se de apenas um, o que só se tornou mais compreensível mais tarde, com a
concretização de alguns acontecimentos - Sl 2; Is 7.14;9.1-6; 53; Jl 3.9-17; Jó 19.25,26.

Esta foi uma das por que os judeus rejeitaram Jesus. Eles esperavam um Messias
político, um rei que livrasse Israel do domínio do império romano pela força e
estabelecesse um reino de paz. Quando se depararam com Jesus e seus ensinamentos
de amor, ficaram decepcionados e o rejeitaram como o Messias.

As expressões: "tempo do fim" (Dn 11.1-4), "naquele dia" (Is 24.21; 25.9; 27.1),
"últimos dias" (Is 2.2; Os 3.5), "dia do Senhor" (Jl 2.28-32; Am 5.18-20; Ml 4.5), "dia da
sua vinda" (Ml 3.1,2), são expressões escatológicas para indicar o tempo da segunda
vinda de Cristo, com todos os eventos a ela relacionados.

No capítulo 9.24 do livro de Daniel, temos o resumo de alguns acontecimentos


escatológicos relacionados com a nação de Israel e à cidade de Jerusalém, dentro da
profecia das Setenta Semanas, reveladas a Daniel. São eles:

 Cessar a transgressão;
 Dar fim aos pecados;
 Expiar a iniquidade;

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 Trazer a justiça eterna;
 Selar a visão e a profecia;
 Ungir o santo dos santos.

Charles Caldwell Ryrie faz, segundo seu entendimento, um esboço interessante do


significado de cada um desses acontecimentos profetizados pelo anjo Gabriel ao
profeta Daniel. Mesmo que não haja concordância com toda a interpretação de Ryrie,
pelo menos merecem ser cuidadosamente estudados pela importância daqueles
eventos.

 Cessar a transgressão - pôr fim à apostasia dos judeus;


 Dar fim aos pecados - expiar os pecados ou selar os pecados, no sentido de
julgá-los de modo definitivo;
 Expiar a iniquidade - uma referência à morte de Cristo na cruz, que é uma base
para o futuro perdão de Israel;
 Trazer a justiça eterna - no reino milenar do Messias;
 Selar a visão e a profecia - colocar o selo divino de confirmação em todas as
profecias concernentes ao povo judeu e Jerusalém;
 Ungir o santo dos santos - consagração do Santo dos Santos no templo, no
Milênio.

Desde que tornou-se nação até o tempo dos Macabeus no relato histórico do período
intertestamental, Israel inúmeras vezes se viu dominado por outros reinos que o
subjugavam. Por isso, então, a idéia e esperança sempre viva na mente dos judeus era
a do estabelecimento de um reino definitivo e a libertação do domínio romano.

A Escatologia no Novo Testamento

Na tentativa de chegar a algum denominador alguns intérpretes chegaram até a dizer


que Jesus teria se enganado a respeito de alguns fatos e acontecimentos aos quais
teria se referido, assim surgiram algumas interpretações de escatologia que devemos
pontuar.

Escatologia Consistente, ou Radical

Pois bem, no meio de toda uma discussão da Escatologia e a vinda do Reino de Deus,
se esse Reino seria literal ou não, onde prevalecia a posição de que o Reino de Deus
não era literal na sua natureza, mas ético, foi que surgiu Schweitzer com um

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posicionamento, iniciado por Johannes Weiss, de que o Reino do qual Jesus falou não
era ético, mas escatológico, isto é, que viria no fim, seria apocalíptico.

Com isso, ele então afunilou o ensino de todo o Novo Testamento para uma visão
totalmente futurística. Na sua concepção, a chegada do Reino de Deus seria um clímax
dramático, com distúrbios cósmicos, refutando, assim, os conceitos anteriores e não-
escatológicos dos teólogos liberais, tendo esta sua posição sido chamada de
Escatologia Consistente, ou Radical.

Para melhor compreensão, cabe dizer neste ponto que a Escatologia no sentido mais
amplo e com tudo que a envolve, trata da implantação dos Reino de Deus aqui na
terra, a começar dos corações humanos, e envolve uma série enorme de ações e
acontecimentos previstos para ocorrerem na terra, o sobrenatural, vindo dos céus,
entrando no natural e se estabelecendo no planeta.

Na verdade, o Reino de Deus deveria vir a ser estabelecido na terra com todas as
características (já que é de Deus e de caráter justo) próprias de sua implantação: é
claro, para os inimigos do Reino, o desfazimento do mal e seus agentes, com a
aplicação da justiça e do juízo; mas, para os que o buscam e anseiam por ele, o
estabelecimento da paz tão almejada e todas os benefícios que ela traz. Por que isso?
É a destruição do reino atual, perverso, mal e corrupto, que é o de Satanás, e a
implantação do justo e perfeito Reino de Deus.

Por isso, é que F. F. Bruce afirma que a pregação de Jesus, resumida em Mc 1.15 ("O
tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo; arrependei e crede no
evangelho"), declara o cumprimento da visão de Daniel: "E veio o tempo em que os
santos possuíram o Reino" (Dn 7.22).

Diz Bruce que, em certo sentido, o Reino já estava presente no ministério de Jesus: "se,
porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente é chegado o Reino de
Deus sobre vós" (Lc 11.20; cf Mt 12.28). Mas, em outro sentido, o Reino ainda estava
no futuro. Jesus ensinou seus discípulos a orar: "Venha o teu Reino" (Lc 11.2).

Escatologia Realizada

Logo após Schweitzer, veio C. H. Dodd com o que ele chamou de Escatologia Realizada,
afirmando que o Reino de Deus não seria escatológico futurístico mas que já havia
chegado com a primeira vinda de Jesus, ao contrário da posição de Schweitzer. Ou
seja, na época do ministério de Jesus na terra foram cumpridas todas as promessas
sobre o fim.

Hoje, sabemos que essas posições não expressam toda a verdade, mas parte dela. Os
judeus, na época de Jesus, tinham uma compreensão mais ou menos nessa linha de

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raciocínio (Lc 19.11). Erickson diz que, segundo Dodd, o conceito do dia do Senhor foi
transferido a um evento histórico específico já ocorrido ou a uma série de eventos - o
ministério, a morte e a ressurreição de Jesus. Ou seja, a escatologia foi cumprida, ou
"realizada". Esse entendimento de Dodd é falho, visto ser incompleto e desconsiderar
todo o quadro futuro.

O Reino de Deus, na verdade, já começou a ser implantado entre os homens, como


disse Jesus (Mt. 11.12; 12.28; 13.24,31,33; Mc 10.15; Lc 17.20,21), mas esse enfoque é
apenas sob um ponto de vista porque, como parte da Escatologia, era tão somente o
início da implantação do Reino de Deus entre os homens, o qual deveria começar
dentro de cada pessoa, de maneira individual, para mais tarde ser implantado de
forma literal e visível no meio de todos os homens, na terra (Mt. 6.10; 7.21; 8.11;
13.43; 16.28; 25.31-34; Mc 14.25; Lc 13.23, 27-29; 22.16,18,30,42).

Escatologia Inaugurada

George E. Ladd chama a percepção distinta de textos, como os acima, de Escatologia


Inaugurada, que guardam coerência com as palavras e ensinos de Jesus e com todo o
Novo Testamento. O período da encarnação de Cristo, sua vida, paixão, exaltação, o
derramamento do Espírito Santo e o chamado dos gentios param se integrarem ao
povo de Deus e o cumprimento das predições proféticas a respeito do fim é, de fato, a
Escatologia Bíblica.

O resumo de tudo é que, o "tempo do fim", "os últimos dias" começou com a
encarnação de Jesus e vai até o início do estado eterno futuro, e disso falaram todos os
profetas. De acordo com Shedd, o Reino de Deus veio na pessoa de Jesus Cristo e seu
ministério, de forma legítima, mas não na sua totalidade.

Concluímos finalmente que a questão do estabelecimento do Reino de Deus na terra,


no qual existe uma tensão até que tudo se cumpra, é o que alguns chamam de "já",
mas "ainda não" da esperança cristã, isto é, já se iniciou a sua implantação, mas ainda
não de forma completa.

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CAPITULO 2 – SINAIS DO FIM (PROFECIAS ACERCA DO FIM DOS TEMPOS)

“Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às
portas.”

Mateus 24:33

Podemos dizer que a volta do Senhor é iminente? Depende.

A palavra iminente significa "provável que aconteça a qualquer momento; muito


próximo". Quando falamos da iminência do retorno de Cristo, queremos dizer que Ele
poderia voltar a qualquer momento. Não há nada mais na profecia bíblica que precise
acontecer antes que Jesus venha novamente para arrebatar a igreja.

Porém nós vemos que o próprio Jesus diz que algumas coisas deverão acontecer antes
que Ele venha. Logo, se considerarmos a escatologia geral, o retorno de Cristo NÃO é
iminente por completo. O retorno pode acontecer a qualquer momento, porém
somente depois de a profecia do que aconteceria anteriormente a sua vinda se
cumprir. De outro lado, se considerarmos a escatologia individual, Jesus pode nos
chamar a qualquer momento, dessa segunda forma a iminência se destaca, pois
ninguém sabe o dia da sua morte.

À luz da Escritura, não se pode afirmar que não há eventos preditos que ainda não
devam acontecer antes da segunda vinda. Quando lemos o livro de Mateus 24 Jesus
nos mostra o que precede sua volta e as coisas que deverão acontecer, bem como os
escritos de Paulo.

Podemos dividir os sinais da vinda de Cristo em dois grupos, os sinais no mundo e os


sinais na igreja.

Sinais no mundo

A Bíblia fala de vários sinais que precederão o fim do mundo e a vinda de Cristo. Ela
menciona

- E ouvireis de guerras e de rumores de guerras Mateus 24:6

- Haverá fomes Mateus 24:7

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- Pestes Mateus 24:7

- Terremotos Mateus 24:7

- Amor se esfriando- Mateus 24.12

- Terríveis portentos nos céus, envolvendo o sol, a lua e as estrelas, quando os poderes
dos céus serão abalados, Mt 24.29, 30; Mc 13.24, 25; Lc 21.25,26.

Dado que alguns desses sinais são tais que ocorrem repetidamente na ordem natural
dos acontecimentos, surge naturalmente a questão sobre como poderão ser
reconhecidos como sinais especiais do fim.

Geralmente se chama a atenção para o fato de que eles serão diferentes das
ocorrências anteriores em intensidade e extensão. Mas, por certo, isso não satisfaz
inteiramente porque os que veem esses sinais nunca poderão saber, se não houver
outras indicações, se aos sinais que estão testemunhando não se seguirão outros sinais
parecidos, de ainda maior extensão e intensidade. Portanto, deve-se chamar a atenção
para o fato de que, ao se aproximar o fim, haverá uma extraordinária conjunção de
todos esses sinais, e de que as ocorrências naturais serão acompanhadas por
fenômenos sobrenaturais, Lc 21.25,26. Disse Jesus: “quando virdes todas estas cousas,
sabei que está próximo, às portas”. Mt 24.33.

Sinais na Igreja

Alguns sinais vão envolver a igreja, são estes:

- Perseguição. Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e


sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Mateus 24:9

Nunca houve uma religião mais perseguida que o Cristianismo, e tende a piorar
Apocalipse 13. 7-8.

- A vinda de falsos profetas. Que levarão muitos a desviar-se, e de falsos Cristos, que
exibirão grandes sinais e prodígios para desencaminhar Mateus 24.11, 2 Pedro 2.1-3

- Apostasia ou renuncia da fé, da religião de Cristo. 2 Tessalonicenses 2.3, Timóteo 4.1.


Se possível os apostatas vão enganar os escolhidos, se possível fosse Mateus 24.24.

- O chamamento dos gentios. Várias passagens do novo testamento assinalam o fato


de que o evangelho do reino deverá ser pregado a todas as nações antes da volta do
senhor, Mateus 24.14; Marcos 13.10; Romanos 11.25.

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- Conversão de Israel. Tanto o velho testamento como o novo falam de uma futura
conversão de Israel, Zacarias 12.10; 13.1; 2 e Romanos 11.25-29 parece relacionar isto
com o fim dos tempos.

- A futura revelação do anticristo. O termo antichristos só se encontra nas epístolas de


joão, a saber, em 1 João 2.18, 22; 4.3; 2 João 7. (Esse tema será melhor estudado no
próximo capitulo).

- A grande tribulação. Jesus, por certo, menciona a grande tribulação como um dos
sinais da Sua vinda e do fim do mundo, Mt 24.3. É dessa vinda (parousia) que Ele está
falando através de todo esse capítulo, como se pode ver pelo emprego repetido da
palavra paurosia, versículos 3,37, 39. (trataremos melhor do assunto no próximo
capitulo).

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CAPITULO 3 – A GRANDE TRIBULAÇÃO (O ANTICRISTO)

“Porque naqueles dias haverá uma aflição tal, qual nunca houve desde o princípio da
criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá.”

Marcos 13:19

Nesse capitulo vamos estudar sobre a grande tribulação e o que ocorrerá nesse
período que, com as palavras acima, Jesus esclarece os discípulos e enfatiza o tempo
em que será intensificada a tribulação já sofrida pela igreja durante toda sua história,
mencionando vários acontecimentos que estão ocorrendo nos últimos séculos tais
como, guerras, rumores de guerra, fomes, perseguições e terremotos, revelados como
sinais indicativos do período que ele chamou de "o princípio das dores". Com isso em
mente, não podemos nos esquecer que estamos vivendo no "tempo do fim", um
período claramente pré-tribulação.

Duração e Natureza da Grande Tribulação

A Grande tribulação é um período de aflição sem precedentes, de alcance mundial,


que introduzirá a Parousia, a volta de Cristo à terra em grande glória. (Lc 21.23 - 28).
Um evento que afetará até mesmo os poderes dos céus com eventos catastróficos.

Há quem atribua uma duração de quarenta (40) anos para esse período, com base em
que este número sempre simbolizou provação: o dilúvio; os dois jejuns de Moisés;
desafio de Golias a Israel; anúncio de Jonas a Nínive e a tentação de Jesus. Outros,
como os pré-tribulacionistas, pensam que a tribulação durará sete (7) anos. De fato,
tomando como referência a profecia das setenta semanas de Daniel 9.24-27, resta,
ainda, uma semana profética (7 anos) para completar os acontecimentos descritos
pelo profeta Daniel. A verdade é que a bíblia não da uma clareza no tempo que durará
a grande tribulação.

Mesmo sem saber o tempo que irá durar podemos estudar o que ira acontecer nesse
período.

Os principais fatos, que ocorrerão na Grande Tribulação, podem ser assim resumidos:

A. Domínio e revelação de Satanás (Anticristo), através da Besta e do falso


profeta;

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B. A grande apostasia (rebelião) contra Deus e Jesus;
C. Ira da Besta e perseguição contra Israel e os cristãos que testemunharão
enfrentando a própria morte (Ap 12.11);
D. Juízos de Deus contra a Besta, o falso profeta e os ímpios (nações). Influência
na atmosfera: escurecimento do sol e lua, queda das estrelas, estrepitoso
estrondo, grande cataclisma no globo terrestre (2 Pe 3.7-13).

O Anticristo

O termo antichristos só aparece nas epistolas de João, a saber, 1 Jo 2.18; 4,3; 2 Jo 7.


O termo “anti” significa opor- se á, logo, Anticristo é alguém que ira se opor a Cristo.
Existiram vários anticristos ao longo da história, inclusive nos tempos bíblicos, 1 Jo
2.18, porém a palavra nos mostra que haverá O anticristo, ou seja, o maior de todos
eles que fará também coisas grandiosas.

O personagem principal desse tempo será, de fato, o Anticristo. Esse personagem, que
será a própria personificação do mal, foi descrito pelo apóstolo Paulo como o Homem
da Iniquidade, o Filho da Perdição, o Iníquo, o opositor de Deus, o qual o Senhor Jesus
matará pelo assopro de sua boca e o aniquilará pelo esplendor de sua vinda (2 Ts 2.3-
10).

Eu penso que essa última semana profética de Daniel começará quando o Homem da
Iniquidade (o Anticristo) iniciará ser reinado trazendo soluções fantásticas para os
problemas políticos, econômicos e religiosos e, pouco a pouco, ganhando a simpatia
do mundo e dos poderosos, adquirindo autoridade e poder, implantará o seu domínio,
a ponto de exclamarem: "...quem é semelhante à besta?" (Ap 13.1-8). Já faz algum
tempo que as nações poderosas do mundo buscam um líder mundial, que traga
soluções para os seus graves problemas. Daniel 9.25-27, fala que o Anticristo ("...um
príncipe que há de vir...ele...") fará firme aliança com muitos (provavelmente líderes
da nação de Israel) por uma semana, mas na metade da semana fará cessar o
sacrifício.

Com a quebra desse pacto na metade da semana, tirará sua máscara e estabelecerá o
domínio de terror e perseguição, tanto de Israel quanto da igreja, no restante da
semana, e que o sofrimento da igreja, causado pela perseguição satânica, durará um
tempo definido de três (3) anos e meio ou quarenta e dois meses, ou um tempo,
tempos e metade de um tempo ou 1.260 dias, com essas expressões significando o
mesmo lapso de tempo que será, no meu entender, a Grande Tribulação propriamente
dita ou o período mais intenso dela.

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Anticristo, agirá com maior liberdade e grande ferocidade contra o povo de Deus e
tomará as rédeas políticas, religiosas e econômicas, com as quais deverá comandar
uma espécie de Império Romano que, provavelmente, ressurgirá naqueles dias,
composto de dez nações confederadas (Dn 7.7, 23-26; Ap 17.8-18. Besta de Ap 13 e 19;
o Homem da iniquidade de 2 Ts 2). E assim haverá a Grande Apostasia que é o mundo
todo se voltando ferozmente contra Deus e contra todos que clamam a Deus.

Naquele tempo, a crueldade de Satanás somente não exterminará a igreja pela


intervenção divina e pelo testemunho que ela terá de dar. Foi dado a ele, entronizado
na besta, fazer guerra contra os santos e vencê-los (Dn 7.21e Ap 13.7). As duas
testemunhas serão martirizadas (Ap 11.3-14). Será um tempo de martírio dos fiéis, até
onde for permitido pelo Senhor, justificando plenamente o julgamento de Deus e a ira
divina sobre o reino das trevas. Jesus disse que, se o tempo não fosse abreviado
nenhuma carne se salvaria, tão grande e apertado será aquele tempo.

Nessa época, quando o Anticristo detiver todo o poder mundial nas suas mãos, deverá
controlar todo o sistema mundial do comércio e comunicações. Ninguém poderá
comprar ou vender sem a sua marca, nome ou número do seu nome - através do
computador?

Armagedom e Gogue e Magogue

Os acontecimentos, mencionados nessas passagens, que terão lugar naquele tempo,


são inenarráveis. Porquanto, serão derramados sobre a terra os ais e as pragas e todos
os acontecimentos previstos no livro de Apocalipse, descritos nas narrativas dos seis
primeiros selos, das sete trombetas, das sete taças da ira de Deus. Jesus se referiu a
essa ocasião como um tempo de catástrofes mundiais, tumultos de toda ordem, sinais
nos céus, no sol, nos oceanos, na lua e nas estrelas, grandes terremotos e o abalo as
potências dos céus.

A nação de Israel será invadida por Gogue, que alguns estudiosos acham que pode ser
a Rússia, nessa época se dará a grande Batalha do Armagedom (Ar Megido) (Ap 16.16;
19.17-21), com a destruição dos exércitos dos inimigos de Israel e do povo de Deus,
que o profeta Ezequiel (38.2-39.20) e o apóstolo João (Ap 20.8) chamaram de Gogue e
Magogue, nos montes da Palestina.

15
A Conversão de Israel

Depois do rompimento da aliança com o Anticristo, Israel reconhecerá o Jesus, a quem


rejeitaram, como o seu esperado Messias (Zc 12.10,11). Então se cumprirá a palavra de
Jesus a respeito de sua aceitação por parte dos filhos de Israel (Mt 23.37-39). De Sião
virá o libertador (Rm 11.26) Jesus, e .

Com a conversão de Israel (Ez 39.21-29), entendo que os israelitas, juntamente com a
igreja, desencadearão um testemunho poderoso e eficaz, empreendendo uma ação
missionária, provavelmente nunca havida até aquele tempo.

Após essa tribulação sofrida pela igreja, Jesus, vindo em defesa dos seus escolhidos,
descerá dos céus com grande poder e glória (a Parousia (do próximo estudo)),
colocando fim na Grande Tribulação, executará o seu juízo na terra, com todos fatos
dele decorrentes, tais como os descritos em Zacarias (4.1-7, 12-15, 2 Pe 3.7, 10-13; Ap
19.11-21). Esse dia apanhará muitos de surpresa, porquanto, os ímpios inimigos de
Deus se acharão seguros e donos da situação, supondo terem dominado a igreja,
quando lhes sobrevirá repentina destruição à qual não haverão de escapar (1 Ts 5.3),
de forma semelhante aos dias de Noé, anteriores ao dilúvio (Mt 24.37-39).

16
CAPITULO 4 – VOLTA DE CRISTO “PAROUSIA” (VISÕES ACERCA A 2º VINDA)

Enquanto os profetas não distinguem claramente uma dupla vinda de Cristo, o próprio Senhor
e os apóstolos deixam mais que claro que à primeira vinda seguir-se-á uma segunda. Jesus se
referiu ao Seu retorno mais de uma vez, para o fim do Seu retorno mais de uma vez, para o fim
do Seu ministério público, Mt 24.30; 25.19, 31; 26.64; Jo 14.3. Ao tempo da Sua ascensão,
anjos apontaram para o Seu regresso, At 3.20, 21; Fp 3.20; 1 Ts 4.15, 16; 2 Ts 1.7, 10; Tt 2.13;
Hb 9.28

Vários termos são empregados para denotar este grande evento, dos quais os seguintes são os
mais importantes: Apocalipse, Epifania e Parousia sendo que, destes três, o mais
freqüentemente utilizado é Parousia.

 Apocalipse: o significado literal dessa palavra é "revelação", como em "a revelação de


nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Co 1.7). "Revelação de Jesus Cristo" (Ap 1.1). De acordo
com 2 Ts 1.6-7 e 1 Pe 4.13, essa revelação parece ser um tempo de alívio das grandes
provações que produzirá alegria e regozijo nos salvos.
 Epifania: este termo significa "manifestação". Expressa a vinda de Cristo no fim da
tribulação e envolve o julgamento do mundo e do Anticristo. A esperança dos crentes
é colocada nessa manifestação, quando esperam a recompensa e sem recebidos por
Cristo (1 Tm 6.14; 2 Tm 4.8).
 Parousia: é um termo grego que significa "Presença", "Aparecimento", "Advento",
"Chegada". É a "vinda" de alguém, a fim de "estar presente". Mt 24.3,27,37,39; 1 Co
15.23, 16.17; 2 Co 7.6-7; 10.10; Fp 1.26; 2.12; 1 Ts 2.19; 3.13; 4.15; 5.23; 2 Ts 2.1,8-9;
Tg 5.7-8; 2 Pe 1.16; 3.4,12; 1 Jo 2.28.

Características da Parouisa

Como veremos existem varias interpretações sobre a volta de Cristo, porém biblicamente
existem algumas características que não podem faltar em qualquer interpretação.

Ele virá em pessoa (At 3.19-21; 2 Pe 3.3,4, Jo 14.3; 21.20-23; 1 Ts 4.16,17; Fp 3.10,21; Hb 9.28;
Tg 5.7,8).

Ele virá Inesperadamente (Mt 24.32-51; 25.1-13; Mc 13.33-36; 2 Pe 3.8-10).

Ele virá repentinamente (Mt 24.25-28; 1 Co 15.51,52; Ap 22.12)

Ele virá com glória e seus anjos (Mt 16.27 19.28; 25.31-46; Tt 2.13; 2 Ts 1.7-10).

Ele virá triunfante (Lc 19.11-27)

A vinda será visível e pública (At 1.11; Ap 1.7)

17
Ou seja, após o soar da ultima trombeta, “aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem ... e
verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu”, Mt 24.30.

A data não se sabe, mas sabemos que será uma vinda pessoal, física, visível, repentina, gloriosa
e triunfal.

Propósito da parousia

A vida do crente não teria nenhum significado do ponto de vista de sua esperança, se não
fosse a promessa e a espera certa e confiante na vinda de Cristo. Por que este assunto é tão
enfatizado? Haveria motivos para a tão grande ênfase que o próprio Senhor dá a este assunto
e como os apóstolos o trataram? Atentemos para alguns motivos que destacamos como sendo
reveladores desse intenso tratamento.

 Trazer a justiça eterna. Dn 9.24; diferença entre justos e injustos. Ml 3.18;


 Vingar dos que não se importaram de conhecer a Deus. 2 Ts 1.8; Rm 1.21;
 Estabelecer, no sentido mais pleno, o Reino de Deus. 1 Co 15.24-28; Fp 2.10-11.
 Destruir a morte que está sobre todos os homens. Hb 2.14; 1 Co 15.26;
 Dar posse no Reino de Deus a todos os salvos. Mt 25.34.

Correntes milenistas:

A palavra diz que após a volta de Cristo o mundo viveria em paz por mil anos, anos estes que
satanás será preso e o mundo não sofrerá sua influencia.

A partir dessa doutrina houveram algumas correntes de interpretação sobre a volta de cristo
estar relacionada ao milênio, são estas:

AMILENISTA

Esse conceito é puramente negativo. Afirma que não há suficiente base para a expectação de
um milênio e está firmemente convencido de que a Bíblia favorece a idéia de que à presente
dispensação do reino de Deus seguir-se-á imediatamente o reino de Deus em sua forma
consumada e eterna. Os amilenistas crêem que haverá um crescimento contínuo de bem e mal
no mundo que culminará na Segunda Vinda de Cristo quando os mortos serão ressuscitados e
se processará o último julgamento.

Eles baseiam se na palavra onde diz que "...não vem o reino de Deus com visível aparência...
porque o reino de Deus está dentro em vós."(Lc.17:20,21). Os amilenistas crêem que os
crentes já reinam com Cristo no presente, pois Ele "nos constituiu reino, sacerdotes para o

18
seu Deus e Pai..."(Ap.1:6). A Igreja de Cristo é "sacerdócio real"(IPe.2:9), e nessa qualidade
reina, expandindo o Reino de Deus no mundo, através de proclamação "das virtudes daquele
que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz."

Eles creem que satanás já esta preso. Agostinho (354-430) diz que "em sua exegese concluiu
que Cristo o prendeu na sua 1ª vinda - Ele 'manietou o valente' (Mt.12:26-29) - desfez as
obras dele (IJo.3:8), aniquilou-o na cruz (Hb.2:14) e triunfou dele na cruz (Cl.2:15). Expulsou e
julgou o príncipe deste mundo (Jo.12:31;16:11). Em Lucas 10:17,18 ele é 'lançado à terra'
quando os discípulos pregavam."

Para explicar a ação de Satanás na presente era, Figueredo explica que a palavra preso usado
em Ap.20:3 não significa inativo, mas apenas limitado. "Sua prisão, cremos, é relacionada com
o impedimento de sua ação contra a Igreja (Mt.18:16-18); ele não pode impedir o avanço da
Igreja e do Evangelho."

Contrapontos ao Amilenismo

A visão amilenista vê toda a bíblia a partir de um ponto histórico e não profético, a visão
futurista dos relatos é notório em vários textos.

Se satanás esta preso (limitado) e o mundo tende a melhorar, porque não melhora?

Se vivemos o reino de Deus, ou parte dele, porque não há justiça plena?

PÓS MILENISMO

O pós-milenismo tem sido frequentemente difícil de distinguir do amilenismo agostiniano.


Ambos tem muitos pontos em comum. Tal qual os amilenistas eles acreditam que

(1) O reino de Deus é uma realidade presente; está aqui de modo terreste, no coração dos
homens.

(2) O pós-milenista espera uma conversão de todas as nações antes que Cristo retorne à terra.

(3) O milênio é um período de paz na terra, a medida que mais pessoas se submetem ao
evangelho, pois Satanás está preso.

(4) Haverá um crescimento paulatino do Reino.

(5) No fim do milênio haverá um período de apostasia.

(6) A 2ª vinda de Jesus inaugurará a era final e o estado final tanto para crentes como para
incrédulos.

(7) Os mil anos de Apocalipse são simbólicos. O pós milenista acredita num reino terrestre de
Cristo, mas com Cristo ausente ao invés de presente.

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(8) As profecias são menos literais e mais predominantemente simbólicas.

Atualmente essa posição não tem muitos adeptos o meio Cristão. Defendido primeiramente
por Orígenes (185-254) e teve seus anos dourados no século XVIII. Sua queda se deve ao fato
de suas interpretações que uma vez falando que mundo melhoraria aos poucos até a volta de
Cristo na época houve o rompante de duas grandes guerras mundiais.

Basicamente, os mesmos versículos bíblicos do Novo Testamento, usados pelos amilenistas,


são usados para defender a posição pós-milenista. Segundo os conceitos pós-milenistas o
mundo vai melhorar com a pregação do evangelho. A pregação do evangelho será eficaz, pois
esta não é uma realização humana, realizada por meio de grande perícia ou metodologia
evangelística, mas sim uma ação sobrenatural do Espírito Santo de Deus. Desse modo "as
portas do inferno não prevalecerão"(Mt.16:18), e a Igreja será vitoriosa. Os pós-milenistas
crêem que haverá um reavivamento em escala mundial, antes da volta de Cristo à terra. O
Reino milenial está sendo introduzido paulatinamente na era presente, confundindo a era da
Igreja com a era do milênio(Mt.17:28). Por enquanto ainda existem problemas sociais,
econômicos, educacionais e políticos, mas quando a era milenar absorver a era da Igreja, todos
estes problemas serão eliminados. Somente no fim, quando Satanás será solto, e,
consequentemente com a vinda do Anticristo, é que haverá um esfriamento dando lugar a
apostasia.

Contrapontos ao Pós Milenismo

A ideia de que a sociedade será totalmente transformada pelo evangelho é de acordo com a
bíblia onde fala que os Crentes serão perseguidos pelo mesmo mundo e a perseguição se
intensificará?

Se a humanidade passará por uma transformação profunda até a era vindoura não seria contra
a palavra? E a aparição do Anticristo?

PRÉ MILENISMO

Dentro do pré milenismo temos duas divisões: Pré milenismo histórico e pré milenismo
dispensacioonalista.

O pré-milenismo histórico afirma que após a 2ª Vinda de Cristo, ele reinará literalmente por
mil anos sobre a terra, antes da consumação final do propósito redentivo de Deus nos novos
céus e nova terra. Segundo o pré-milenismo histórico a situação do mundo piora cada vez mais
até a volta de Cristo, quando Jesus implantará o seu reino, o Reino de Deus, um reino
tipicamente eclesiástico, através do qual reinarão todos os salvos de todas as eras. Neste reino
não haverá distinção entre Israel e Igreja, mas Cristo reinará sobre a Igreja Universal, composta
tanto de judeus como de gentios.

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Para o pré-milenista histórico as profecias do Antigo Testamento não são tão
predominantemente literais, e por isso algumas profecias relacionadas a Israel, são aplicadas à
Igreja neo-testamentária. Desse modo crêem os pré-milenistas históricos que certas profecias
estão se cumprindo hoje na história da Igreja.

O pré-milenismo contava também com o apoio da autoridade patrística, pois muitos pais da
Igreja defenderam o pré-milenismo: Papias, Irineu(170), Justino Mártir(150), Tertuliano,
Hipólito, Metódio, Comodiano e Lactâncio.

A Igreja Primitiva acreditava que os mil anos de Apocalipse seria introduzido de modo
escatológico e futurista.

O pré milenismo dispensacionalista faz a divisão da história humana em dispensações, a saber,


inocência, Consciência, Governo humano, Promessa, leis, Graça e o reino milenar. Foi
formulada inicialmente por John Nelson Darby no século 19. Darby afirma que a volta de
Cristo, em oposição ao pré milenismo histórico, sera dada em 2 partes, antes e depois da
Grande Tribulação.

Contrapontos ao Pré milenismo histórico

Interpretar a bíblia ao “pé da letra” não seria um erro frente a tantos símbolos?

Contrapontos ao Pré milenismo dispensacionalista

Se deus não dividiu a humanidade em dispensações, porque queremos faze-lo?

21
CAPITULO 5 – RESSUREIÇÃO E ARREBATAMENTO (COMO OCORRERÁ?)

O Arrebatamento

A palavra arrebatamento vem do grego arpazw = harpázô = roubar, arrebatar, tomar ou


arrancar com força (Mt.12:29; At.8:39; ICo.12:2,4; Ap.12:5; Mt.11:12) e não se encontra na
Bíblia. A ideia e a certeza desse evento futuro, sim!

Há uma grande controvérsia entre os expositores bíblicos acerca desta doutrina porém todas
corroboram que segundo 1 Ts 4.17 o arrebatamento se dará na segunda vinda de Cristo Jesus.

O TEMPO DO ARREBATAMENTO DA IGREJA:

Há três diferentes opiniões sobre o tempo do arrebatamento da igreja:

ARREBATAMENTO PRÉ-TRIBULACIONAL:

A Igreja será arrebatada antes da tribulação (Lc.21:36; Rm.5:9; ITs.5:9; Ap.3:10). Nesta fase da
sua Segunda Vinda, Jesus vem para a Igreja; na segunda fase Jesus vem com a Igreja (Jd.14).
Alguns interpretam a "apostasia" ("...isto não acontecerá sem que primeiro venha a
remoção..." - IITs.2:3) não em seu sentido negativo "afastar-se" referindo-se ao afastamento
da fé (ITm.4:1), mas como sendo a "remoção" ou "partida" da Igreja, como em 2:7 ("...que seja
afastado aquele que o detém...").

Nesta ocasião os cristãos serão julgados (IICo.5:10), diante do tribunal de Cristo nos céus. Não
é um julgamento para receber ou não receber a vida eterna, mas sim para receber galardões
ICo.3:10-15). O crente não entra em juízo (Jo.5:24; Rm.8:1) pois o trono de juízo (o trono
branco - Ap.20:11) será estabelecido somente depois da rebelião final da humanidade contra
Cristo. No juízo final haverá julgamento das obras, quando o livro da vida será aberto
juntamente com o livro das obras (Ap.20:12). Não é assim com os crentes; suas más obras já
foram julgadas no sacrifício do Calvário (Rm.6:6,7; Hb.10:14-18).

O pré-tribulacionismo admite uma Segunda Vinda Iminente, isto é, poderá ocorrer a qualquer
momento (ICo.1:7; Fp.4:5; Tt.2:13; Tg.5:8,9; Jd.21), e nenhum evento ou profecia necessita ser
cumprido para que o arrebatamento ocorra, ao contrário das outras interpretações que
exigem a ocorrência da tribulação antes que o arrebatamento se consuma.

Para o pré-tribulacionista a primeira ressurreição terá, pelo menos, três fases:

22
(1) A ressurreição dos justos mortos, no arrebatamento pouco antes da tribulação;
(2) A ressurreição, imediatamente após a tribulação, dos santos que morreram durante a
tribulação, os mártires;
(3) A ressurreição dos santos de Israel, no final da tribulação.

Outros admitem cinco fases, acrescentando à estas a ressurreição de Cristo, como "as
primícias dos que dormem", e as duas testemunhas que serão ressuscitadas no meio da
tribulação (Ap.11:3-12).

ARREBATAMENTO MID-TRIBULACIONAL:

Esta interpretação argumenta que os eleitos mencionados por Jesus que passarão pela
tribulação (Mt.24:21,22), refere-se aos santos da igreja que estarão presente. O mid-
tribulacionista faz diferença entre tribulação e ira de Deus. Crêem que a Igreja não sofrerá a ira
de Deus, mas deverá passar pela tribulação. A primeira metade da tribulação, na qual a igreja
estará presente, ocorrerá apenas uma tribulação. Depois disso a ira de Deus será derramada:
"...logo em seguida à tribulação daqueles dias..."(Mt.24:29). Quando isto estiver para
acontecer a Igreja será arrebatada, exatamente no meio da tribulação, para ser poupada da ira
de Deus.

ARREBATAMENTO PÓS-TRIBULACIONAL:

O pós-tribulacionista argumenta, como o pré-tribulacionista, que a Igreja não ficará exposta à


ira de Deus. Eles distinguem entre a grande tribulação e a ira de Deus. As passagens de Rm.5:9
e ITs.5:9, onde aparecem o termo ira, não se referem a grande tribulação, mas sim à ira do
juízo final. A Igreja participará da tribulação, mas os santos não serão atingidos pela ira de
Deus, serão poupados dela. A passagem de Ap.3:10 não significa que a igreja será excluída da
tribulação, mas que ela será preservada na tribulação. Eles dão à esta passagem a seguinte
interpretação: "...Eu te guardarei na hora da provação que há de vir sobre o mundo
inteiro..."(Ap.3:10). Isto significa que a igreja será preservada na tribulação, e não excluida
dela.

Para o pós-tribulacionista a primeira ressurreição só tem uma fase, que ocorrerá no começo do
milênio. Já que não há nenhum intervalo entre a vinda de Jesus para a Igreja e a vinda com a
Igreja, nenhum santo morre durante este interlúdio e, portanto, não há necessidade de duas
fases na ressurreição dos justos.

23
Para os pós-tribulacionista "aquele que o detém" (IITs.2:7) que será removido, é a soberana
vontade de Deus, o que não acarreta a remoção da igreja.

O MODO DO ARREBATAMENTO DA IGREJA:

Há duas escolas de pensamento quanto ao modo do arrebatamento da Igreja. São elas: (1)
Arrebatamento Integral; (2) Arrebatamento Parcial.

ARREBATAMENTO INTEGRAL:

Esta linha de pensamento ensina que a Igreja será arrebatada integralmente. Nenhum crente
ficará de fora, apesar dos seus pecados. As Escrituras ensinam que a Igreja de Jesus, sua Noiva,
é "...gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem cousa semelhante, porém santa e sem
defeito"(Ef.5:27). Isto significa que nenhum de seus membros poderá faltar, pois seria uma
Igreja incompleta, defeituosa. A Escritura diz que a Igreja já foi santificada (Ef.5:26). Portanto,
se, na hora do arrebatamento, algum cristão for encontrado em desobediência, ela não será
deixado, mas, juntamente com os fiéis, será arrebatado, todavia "sofrerá ele dano"(ICo.3;15),
isto é, sofrerá perdas de galardões.

ARREBATAMENTO PARCIAL:

Segundo este modo de pensar, vê-se um segmento da Igreja arrebatado antes da tribulação, e
o outro segmento permanecendo na terra durante toda a tribulação. Portanto o
arrebatamento é pré-tribulacional para alguns e pós-tribulacional para outros. Ira E. David,
defensor desta interpretação argumenta: "A base da trasladação deve ser a graça ou a
recompensa. Aqueles que esperam que todas as pessoas na Igreja verdadeiramente serão
trasladadas de uma só vez, pensam que a trasladação é totalmente pela graça. A salvação é
pela graça (Ef.2:8). Depois de as pessoas serem salvas, no entanto, recebem galardão pela sua
fidelidade e vigilância. Repetidas vêzes, os crentes são advertidos contra a falta destas. Em I
Co.3:14,15, conta-se-nos que há galardões para os crentes. ora, não é a trasladação um
galardão? cremos que as frequentes exortações nas Escrituras no sentido de vigiarmos, sermos
fiéis, estarmos prontos para a vinda de Cristo, vivermos vidas cheias do Espírito, sugerem,
todas elas, que a trasladação é um galardão".3

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Aqueles que adotam esta interpretação, entendem a parábola das dez virgens não como
sendo a nação de Israel, mas sim a Igreja. Contudo, a distinção entre as cinco virgens
prudentes e as cinco néscias, não é entre os crentes verdadeiros e falsos, mas sim entre os fiéis
e os infiéis. Govett dá oito razões para esta interpretação: "(1) Todas as dez mulheres são
virgens, não meras pretendentes à virgindade. Elas não se chamam de virgens; o Senhor assim
as chama. (2) Todas as dez tinham lâmpadas acesas, o que significa que a sua profissão de fé
era apoiada por boas obras. (3) Saem com o desejo de encontrar-se com Jesus, indicação esta
de um coração verdadeiramente convertido. (4) Suas lâmpadas ficam acesas por algumas
horas, o que indica que têm o azeite da graça. O texto não é explícito quanto a algumas das
lâmpadas chegarem a apagar-se. (5) São consideradas dignas de chegarem à primeira
ressurreição, a ressurreição dentre os mortos, o que é o caso somente dos filhos de Deus. (6)
As virgens néscias adormecem juntamente com as prudentes, e acordam juntamente com
elas. (7) As virgens néscias estão prontas para entrar se o noivo chegar cedo ao invés de tarde,
ou seja, antes de adormecerem. (8) Mesmo no fim continuam sendo virgens, a qualificação
interna essencial para as bodas. sua única deficiência está dentro do âmbito da sua capacidade
circunstâncial e secundária: falta-lhes uma segunda medida de azeite. Os descrentes, por
contraste, deixam de satisfazer as duas qualificações"

A ressureição dos mortos

O termo "ressurreição" significa "surgir novamente"; ressurreição é o fato de alguém, ou algo,


voltar à vida que já havia sido perdida; o arrebatamento é a ação de algo ou alguém ser
transportado de um lugar para outro. Esses dois acontecimento se misturam porque ocorrerão
simultaneamente. Até mesmo porque, transformados em corpos incorruptíveis e arrebatados
até às nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, serão todos os salvos (1 Co 15.51; 1 Ts 4.17)
mas, ressuscitados serão apenas "os que já dormem".

A bíblia afirma que haverá duas ressureições, uma para a vida e outra para o juízo eterno. João
5:28 a 29

Primeira ressurreição:

A primeira ressurreição compreende duas fases e uma ordem: a de Jesus, como as primícias (1
Co 15.20-24); a de todos os salvos, mortos em Cristo, tanto os do Antigo Testamento, como os
de toda a história da igreja e os que forem mortos durante da Grande Tribulação. Ela é
chamada de ressurreição dos justos (Lc 14.14).

25
Com exceção da de Jesus, que já aconteceu, a primeira ressurreição ocorrerá no momento
exato da Parousia (vinda) de Cristo, antes do Milênio de paz (por isso, pré-milenista) Mt 24.29-
31; Jo 5,28; Ap 20.4-6.

O caráter da ressurreição: não será simbólica nem espiritual, como alguns afirmam mas, literal
e física, ou corpórea. Is 60.8; Dn 12.2; 1 Co 15.; 1 Ts 4.13-18. Ela será uma ressurreição "dentre
(ek) os mortos".

Segunda ressurreição:

Essa é denominada de ressurreição do juízo e envolve os ímpios perdidos de todos os séculos.


A sua ocasião será após o período de mil anos de paz na terra, o milênio. Dn 12.2; Ap 20.5,11-
13.

26
CAPITULO 6 – MILÊNIO E JUÍZO FINAL

“Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem
poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil
anos.”

Apocalipse 20:6

Definição do Milênio

Alguns estudiosos não vêem na Bíblia um milênio (mil anos) literal na terra depois da volta de
Jesus. De fato, as Escrituras são escassas com respeito ao tempo de duração desse período.
Apesar disso, no curto trecho de Apocalipse 20.1-7 vemos os mil anos sendo mencionados
nada menos que 6 (seis) vezes. Entendo que essa quantidade de referências é suficiente como
base para a doutrina. A própria didática mostra que a repetição é uma das técnicas utilizadas
no ensino. Além disso, um número enorme de textos se identificam com esse período. Eis
alguns deles: Is 2.4; 4.2-6; 11.1-10; 65.20; Jl 2.21-27: 3.8-20; Mq 4.1-4; 5.7-8; Zc 14.9; 16-21.

O Caráter do Milênio

Esse período terá um governo teocrático (de Deus) na terra; será caracterizado pela
prosperidade, paz, eqüidade, justiça e glória e a sua sede é no “arraial dos santos” localizado
na “cidade amada”, Jerusalém.

O Contexto do Milênio

A sucessão de acontecimentos, tão cronológico quanto possível, por ocasião da implantação


literal do Reino de Deus aqui na terra, podem ser considerados em três fases: antes, durante e
depois do Milênio.

Antes - acontecimentos finais da Grande Tribulação com todos os seus desdobramentos;


invasão de Israel por Gogue;
ressurreição e arrebatamento dos mortos em Cristo e transformação e arrebatamento dos

27
salvos vivos;
a grande batalha do Armagedom;
Juízo intermediário e morte dos ímpios;
escurecimento do sol, lua e estrelas caindo;
destruição do reino da Besta (o Anticristo);
Aprisionamento de Satanás e dos todos os demônios;
lançamento da Besta e do falso profeta no lago de fogo.

Durante - Governo de paz na terra, os fiéis reinam com Cristo na cidade amada;
Satanás e os demônios presos;
afastamento do mal da terra, resultando na redução de pecados, afastamento de
enfermidades e males;
prolongamento da vida;
mansidão dos animais;
banimento das trevas;
Bodas do Cordeiro.

Depois - No fim do Milênio, soltura de Satanás por breve período de tempo, que sairá a
enganar as nações;
revolta das nações contra o Reino de Jesus e a cidade amada;
Destruição dos invasores;
lançamento de Satanás no lago de fogo eternamente;
segunda ressurreição dos restantes dos mortos para o juízo final;
destruição do pecado e da morte;
entrada no estado eterno;
novos céus e nova terra.

O Grande trono Branco

Após os mil anos de governo teocrático e após a guerra dos iníquos contra o arraial do santos o
apóstolo diz “E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja
presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.”

Toda a criação tinha sido pressionada pelo pecado, agora, com a aparição do justo juiz no
trono branco a terra e o céu fugiram de sua presença, porém não tiveram onde se esconder,
foram diluídas pelos olhos do justo (2 Pedro 3.7).

Quando João diz que “viu os mortos grandes e pequenos, que estavam diante de Deus” ele se
refere a todos os mortos, segundo John Wesley, “Isso inclui, também, aqueles que sofrem uma
mudança equivalente à morte, 1 Coríntios 15:51”, ou seja, deixarão o seu corpo carnal. Sendo
assim todos aqueles que morreram salvos estarão lá, diante do trono do Senhor, e também os
que morreram perdidos, pois a morte deu seus os mortos, assim como o inferno e o mar
deram seus mortos e todos foram julgados segundo o livro das obras.

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Alguns estudiosos entendem que os salvos não participarão do julgamento do grande trono
branco, mas os versículos que nos precedem sugerem nenhuma limitação, e o idioma, com
toda a certeza, tende a pensar que santos e fiel servos de Deus participam desse julgamento.
Se todos os santos e justos dos anciãos são transformados e ressucitados antes do milênio e
não participem dessa última cena de julgamento, somente os infiéis e os ímpios devem ser
julgados diante do grande trono branco, e como nenhum deles pode ser encontrado escrito no
livro da vida, o surgimento desse livro torna-se sem sentido, logo os santos participam do
julgamento, porém mesmo sendo julgados não serão condenados (João 5.24)

Logo após Jesus abre o livro da vida, que já esta escrito desde a fundação do mundo
(Apocalipse 17.8) e aquele que não tem seu nome no livro será lançado no mar de enxofre
juntamente com Satanás e seus anjos, a morte e o inferno.

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CAPITULO 7 – NOVOS CÉUS E NOVA TERRA

“E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o
mar já não existe.”

Apocalipse 21:1

O Estado Eterno

Este estado de eterna glória, em que Deus já terá enxugado as lágrimas de todos os salvos,
jamais findará. Haverá um novo céu e uma nova terra onde habitará a justiça. Não haverá mais
tristeza, nem ódio nem dor, nem lembranças amargas do passado. Não haverá mais noite e o
tempo cronológico provavelmente deixará de existir. Todos os salvos de todas as épocas se
reconhecerão e estarão juntos eternamente. O puro e perfeito amor será desfrutado na sua
inteireza. Não haverá mais a possibilidade de pecar. Os salvos serão unidos ao Senhor de
maneira perfeita, física (corpo ressurreto e incorruptível) e espiritualmente, nas suas frontes
estará gravado o Seu nome.

Vários estudiosos acreditam na renovação dessa terra, na purificação para receber a santa
cidade e os santos que irão morar nela, eu, porém acredito numa destruição. A terra como
conhecemos foi destruída (2 Pedro 3.7 e Apocalipse 20.11) não havia mais céu corrupto pelo
pecado, nem mesmo terra ou mar, haverá necessidade de novos céus e nova terra.

Jesus já disse que “Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, porque semelhante
remendo rompe a roupa, e faz-se maior a rotura. Nem se deita vinho novo em odres velhos;
aliás rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho
novo em odres novos, e assim ambos se conservam.” Mateus 9:16,17

Logo, acredito que tudo será novo, porém nesse mesmo local que um dia abrigou-nos.

Um dos sete anjos que derramara a ira de Deus sobre os inimigos da igreja, e posteriormente
(apc 17.1) mostrara a ele a grande babilônia que é o oposto da cidade celestial, o mostrava
agora a esposa legitima do cordeiro.

Na cidade havia 12 portas cada uma com o nome de uma tribo de Israel Esta descrição da
cidade é parcialmente tirada de Ezequiel 48: 30-35. Espiritualmente sabemos que foi através
de Israel que veio a porta que é nosso Senhor e Salvador Jeusus Cristo.

E a muralha da cidade tinha doze fundamentos, e sobre eles os nomes dos doze apóstolos do
Cordeiro - Figurativamente mostrando que os habitantes da cidade haviam construído
somente naquela fé que os apóstolos uma vez entregaram aos santos.

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Na visão de Ezequiel, as vastas e esplêndidas proporções do Templo formaram um parte
conspícua: suas proporções gigantescas declararam que era figurativo ( Eze. 48: 8-20 ); mas a
visão atual passa para um estado mais elevado das coisas. "Não vi templo": a visão de Ezequiel
declarou que o templo literal seria substituído por um templo espiritual muito mais glorioso.

Não existirá mais igreja, nem denominações, tampouco religiões, somente o Cordeiro!

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