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ESCATOLOGIA

FATERGE - FACULDADE DE TEOLOGIA REFORMADA GENEBRA


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INTRODUÇÃO

Do grego eschatos, a ESCATOLOGIA é o estudo das últimas coisas


à luz das profecias.

A ESCATOLOGIA procura responder às questões:


2
- A igreja tem capacidade de antever o futuro?

- Qual a participação da igreja no futuro?

- Qual o futuro da humanidade?

- O que nos reserva o futuro?

Enquanto o Apocalipse fala a respeito da revelação do fim do


mundo, a doutrina da ESCATOLOGIA enfatiza a esperança naquilo que
acontecerá no futuro preparando a igreja para as últimas coisas.

Diferentemente das respostas seculares, a igreja crê que esse futuro está nas
mãos de Deus que direcionará os bens e os recursos humanos da ciência,
filosofia e cultura a fim de realizar o seu plano até o fim.

Para alguns, a ESCATOLGIA é um estudo feito sob o desespero porque


tudo acabará na morte das pessoas e na destruição do universo. Para outros,
esse desespero é modificado pela esperança humana em algum tipo de vida
após a morte. Para o cristão, a Bíblia apresenta um ensino detalhado sobre
o futuro a fim de que saiba, com certeza, o que está à sua frente.

A doutrina da ESCATOLGIA oferece alegria em meio à tribulação,


encoraja a uma vida em santidade, apresenta fatos sobre a vida após a

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morte, mostra a verdade sobre o fim da história e dá prova da
confiabilidade da Bíblia, pois o número de profecia que veio a cumprir-se
precisamente como foi profetizada não pode ser considerada uma obra do
acaso, mas obra de Deus.

Assim, a ESCATOLGIA eleva o coração da igreja em louvor a Deus que


está no controle e, por isso, cumprirá a sua vontade na história. Portanto,
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ignorar a ESCATOLGIA é perder os benefícios do que o Espírito Santo
fala acerca da eternidade de Deus trazida para dentro do nosso tempo na
obra salvífica de Jesus.

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2. 1ª PARTE ANTIGO TESTAMENTO

1ª PARTE

ANTIGO TESTAMENTO

O REDENTOR VINDOURO

Gênesis 3.1-24 4

A expectativa do Redentor determina todo o Antigo Testamento que


é o desdobramento da promessa de que a cabeça da serpente seria
esmagada. Assim, Deus revela a salvação do seu povo e, a partir desse
momento, tudo no Antigo Testamento aponta para o Redentor prometido
que é designado em todas as épocas:

Gn 3.15 Ele virá da descendência da mulher.

Gn 22.18 Ele virá da descendência de Abraão.

Gn 49.10 Ele virá da descendência de Judá.

Gn 7.12 Ele virá da descendência de Davi.

Depois da monarquia, o povo do Antigo Testamento o reconhece


em três ofícios:

Sl 110.4 O Redentor será SACERDOTE.

Dt 18.15 O Redentor será PROFETA.

Zc 9.9 O Redentor será REI.

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A vinda do Redentor é caracterizada com a vinda de Deus a seu
povo:

Is 7.14 Ele terá o nome de Deus Conosco.

Is 9.6 Ele terá o nome de Deus Forte.

Com a concepção de que o Redentor vindouro será profeta,


5
sacerdote e rei, entretanto, encontra-se a seguinte visão sobre o Redentor
que teria que sofrer para redimir o povo de Deus do pecado:

Is 42.1-9 O Servo do Senhor.

Is 52.13-53.12 O Servo Sofredor do Senhor.

O povo do Antigo Testamento aguardava a vinda do Redentor por


uma outra figura que viria nos últimos dias a fim de ser a luz aos gentios:

Dn 7.13-14 O Filho do Homem.

Tendo em mente algo mais que a terra, o povo tinha fé pelo


Redentor e, tendo como esperança a promessa de Deus aos primeiros seres
humanos, olhava para frente:

Lc 2.29-32 Simeão viu o rosto do Redentor.

Lc 2.36-38 Ana agradeceu a Deus.

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3. O REINO DE DEUS

O REINO DE DEUS

Daniel 2.14-45

Há muitas interpretações quanto a natureza terrena ou celestial do


reino de Deus:

TERRA É a restauração de Israel como nação. 6

É a evolução socioeconômica.

É a igreja com poder político.

CÉU É o céu de quem lá chega após a morte.

É Deus governando o coração.

Nesse labirinto, é impossível encontrar o reino.

Apesar do termo reino de Deus não ser encontrado no Antigo


Testamento, a idéia do reinado de Deus estava na consciência do povo:

Dt 33.5 Deus é rei de Israel.

Sl 47.2 Deus é rei de toda a terra.

Porém, devido a rebelião do homem contra Deus, os profetas


aguardavam os últimos dias quando o reinado de Deus fosse estendido às
nações. Por isso, Daniel predisse não apenas a vinda de um reino futuro,
mas conjuga este reino com a vinda do Redentor a quem Daniel descreverá
como o Filho do Homem e a este foi dada a autoridade de rei para que os
gentios o servissem:

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Dn 7.14 O domínio eterno do Filho do Homem.

Apresentando os reinos no cenário mundial, Daniel deixa claro que


Deus reina acima dos poderosos:

Dn 4.25 Deus domina os reinos do mundo.

Ainda que o braço de Deus não seja percebido e os seus feitos


7
sejam ofuscados pela soberba humana, Deus determina o tempo de cada
reino:

Dn 2.21 Deus remove reis e estabelece reis.

Por fim, o reinado de Deus será constituído e Daniel apresenta as


características do reino.

Dn 2.34 O reino virá de modo sobrenatural.

Dn 7.18 O reino será do povo de Deu.

Dn 2.44 O reino será indestrutível.

Dn 2.35 O reino será universal.

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4. A NOVA ALIANÇA

A NOVA ALIANÇA

Jeremias 31.31-34

Os escritos dos profetas mostram que o conceito da aliança de Deus


com o povo de Israel é central à revelação veterotestamentária, mas a 8
aliança foi quebrada por causa da idolatria e, por isso, resultou na catástrofe
da perda da independência política como nação:

Ez 16.59 O fracasso da antiga aliança.

Is 4.3 O fracasso conserva poucos fiéis.

Depois da tentativa fracassada do rei Josias a fim de restaurar a


aliança, promovendo uma reforma religiosa (2Rs 23.24-27), a promessa
dita por Deus aparece sob uma nova luz visto que, como nos dias de Noé,
uma aliança de Deus com o seu povo será novamente concluída:

Is 54.9-10 O futuro glorioso do povo.

Jr 31.31 O fracasso torna-se novidade.

As cláusulas da antiga aliança permanecem:

Jr 36.30 Deus assegura a prosperidade.

Jr 31.33 Deus requer a fidelidade do povo à Lei.

O ideal da nova aliança se expressa na fórmula:

Jr 31.33 Deus tem um povo o qual tem um Deus.

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A novidade da aliança decorre de três aspectos:

Jr 31.29 A retribuição pessoal pelo pecado.

Jr 31.34 A iniciativa divina do perdão.

Jr 31.33 A interiorização da lei.

A nova aliança é proclamada ao povo: 9

Jr 31.33 A aliança é baseada na regeneração.

Jr 31.34 A aliança é baseada na obediência.

Jr 31.31 A aliança é baseada no juramento.

Jr 31.34 A aliança é baseada no perdão.

Jr 31.37 A aliança é baseada na graça.

Sob a influência do Espírito de Deus:

Ez 36.25-28 A aliança é dita por Ezequiel.

Sl 51.10 A aliança é vivida pelo salmista.

Mt 26.28 A aliança é inaugurada por Jesus.

Rm 11.27 A aliança é anunciada pelos apóstolos.

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5. A RESTAURAÇÃO DE ISRAEL

A RESTAURAÇÃO DE ISRAEL

Ezequiel 37.15-28

Após a divisão, os reinos de Israel e Judá caíram na idolatria e


apostasia. Devido a desobediência, os profetas anunciaram que o povo de 10
ambos os reinos seria levado e ficaria cativo em terras estrangeiras:

2Rs 17.5-6 Exílio de Israel Assíria 722 a.C.

2Rs 25.8-21 Exílio de Judá Babilônia 587 a.C.

Jr 25.11 O período de setenta anos.

No cativeiro, é dado a Daniel a revelação dos reinos gentios que


dominarão sobre Israel:

Dn 2.32-33 Os quatro metais da estátua.

Os quatro metais da estátua são quatro reinos:

Dn 7.4 Babilônia Nabucodonosor.

Dn 7.5 Medo-Persa Ciro.

Dn 7.6 Grécia Alexandre.

Dn 7.7 Roma Cesar Augusto.

Contudo, há também profecias de libertação:

Jr 23.3 O Senhor fará voltar as ovelhas.

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Is 11.11 O Senhor tornará a estender a mão.

O verbo voltar e tornar propõe que a restauração de Israel será um


segundo Êxodo. Porém, a restauração não acontecerá isolada do
arrependimento:

Ez 24.1-14 Destruição da Jerusalém impura.


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Is 27.6-11 Expiação de Israel e castigo dos reinos.

Os profetas prevêem a restauração de um povo que foi purificado da


idolatria. A destruição e expiação foi para a conversão. A restauração é
ética, porém, religiosamente, está condicionada a redenção de Israel:

Is 27.12-13 O retorno dos israelitas à Jerusalém.

Em sua restauração, Israel será uma nação santa e Jerusalém será


uma cidade santa:

Sf 3.18-20 Israel tornar-se-á o centro das nações.

Is 32.15-20 A nova condição física e espiritual.

Zc 1.7-17 Jerusalém será motivo de louvor.

Is 65.1-25 A descrição da felicidade.

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6. O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO

O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO

Joel 2.28-32
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O Profeta promete algo maior do que o povo, sob a lei mosaica,


havia experimentado:

Nm 11.24-30 - O desejo de Moisés.

O arrependimento dos pecados com jejum, lágrimas e lamentação


faria o Espírito ser derramado como bênção de Deus sobre todos:

Jl 2.12-17 - O apelo ao arrependimento.

Ez 11.14-21 - A renovação provocada pelo Espírito.

Na profecia, destacam-se as seguintes verdades:

Jl 2.28 A profecia é SEGURA, visto que é Deus quem


derramará o Espírito.

Jl 2.28 A profecia é ABUNDANTE sobre toda a carne, sem


discriminação.

Jl 2.28-29 A profecia é ABRANGENTE, porque os filhos e as


filhas profetizarão, e os velhos terão sonhos, e os jovens terão visões.

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Joel não exclui as mulheres, pois, sem distinção de classes, todos
profetizarão e o derramamento do Espírito faria quebrar os preconceitos:

Jl 2.28 A quebra do preconceito racial:

- TODA A CARNE.

Jl 2.28 A quebra do preconceito sexual:


13

- FILHOS E FILHAS.

Jl 2.28 A quebra do preconceito etário:

- VELHOS E JOVENS.

Jl 2.29 A quebra do preconceito social:

- SERVOS E SERVAS.

O derramamento resultará num fluir sobrenatural do Espírito entre o


povo de Deus:

Nm 12.6 A característica do Espírito.

Entretanto, não acontece sem causa, é parte de um propósito, ou


seja, o derramamento do Espírito leva a um conhecimento salvífico:

Rm 10.5-13 O que invocar o Senhor será salvo.

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7. O DIA DO SENHOR

O DIA DO SENHOR

Isaías 2.6-22

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Evento que acontecerá no fim dos tempos, o Dia do Senhor é o
cumprimento do propósito de Deus para com o seu povo e para com a
humanidade:

Is 13.9-11 Será o dia da visita final de Deus.

Is 2.12-17 O resultado do Dia do Senhor.

As passagens do Antigo Testamento que lidam com o Dia do


Senhor transmitem a idéia que será um dia preste a chegar e, por isso, causa
expectativa:

Sf 1.7 Dia de juízo sobre o povo de Deus.

Ob 15 Dia de juízo sobre as nações.

Am 5.18 Dia de trevas para Israel.

Jl 3.14 Dia de decisão severa.

Ez 30.6 Dia de humilhação.

Jl 1.15 Dia de assolação.

Is 13.6 Dia de choro.

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Jl 2.1 Dia de medo.

Sf 1.14 Dia de ira.

Todavia, o Dia do Senhor não traz unicamente juízo e destruição.


Às vezes, é dito que o Dia trará salvação:

Jl 2.32 A invocação antes do Dia do Senhor.


15

O Dia do Senhor não será somente o juízo proferido sobre os


malfeitores, mas é prometida a cura a todos que temem o nome de Deus:

Ml 4.2 A salvação brilha para os que temem.

Ml 4.6 Pais e filhos fazem as pazes.

O despreparo e a incredulidade de quem não espera o juízo fazem


com que zombem do Dia do Senhor e sendo, portanto, surpreendidos:

1Ts 5.4 Paulo exorta sobre o Dia do Senhor.

2Pe 3.3-10 Pedro explica sobre o Dia do Senhor.

O Dia do Senhor, pregado pelos profetas, e cantado pelo salmista,


será um dia de juízo para uns, mas será de bênção e salvação para outros:

Sl 96.13 Deus julga os povos com retidão.

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8. OS NOVOS CÉUS E A NOVA TERRA

OS NOVOS CÉUS E A NOVA TERRA

Isaías 65.1-25

Os 70 anos de exílio na Babilônia acabaria, por isso, era hora de 16

Israel se alegrar, porque Deus o restaurará em Jerusalém que estava em


ruínas, porém seria reconstruída da seguinte forma:

Is 65.25 Nova relação com o próximo.

Is 65.21-23 Novas condições sociais.

Is 65.24 Nova relação com Deus.

Is 65.17 Um ambiente renovado.

Is 65.23 Nova condição familiar.

Is 65.20 Uma vida em plenitude.

Is 65.18 Um povo feliz.

Deixando de anunciar as invasões de nações pagãs, como castigo da


infidelidade, o profeta passa a anunciar o resultado da reconciliação com
Deus:

Am 9.13 A fertilidade do solo.

Mq 4.3 O desarmamento.

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Sf 3.13 A paz perpetua.

A paz estenderá ao reino animal até a serpente que foi a responsável


pelo primeiro pecado:

Is 11.8 Haverá harmonia entre criança e cobra.

Is 11.6 Haverá paz entre lobos e cordeiros.


17

Is 11.7 Haverá acordo entre vacas e ursas.

A felicidade é anunciada para o futuro:

Is 35.7 A areia do deserto virará um lago.

Is 35.1 Crescerá flores no deserto.

Is 32.15 O deserto será frutífero.

O profeta descreve uma renovação que é anunciada ao longo da


literatura veterotestamentária:

Ez 34.25 A nova aliança será de paz.

Zc 9-10 O reino será de paz.

Os novos céus e terra serão livres do pecado:

Is 66.22 Deus fará durar para sempre.

A terra ficará cheia do conhecimento de Deus:

Is 11.9 Não haverá mais perigo na terra.

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9. 2ª PARTE NOVO TESTAMENTO

2ª PARTE

NOVO TESTAMENTO

EVANGELHO

Mateus 24.4-14 18

O Evangelho, como testemunha às nações, anuncia a morte, a


ressurreição e a parousia. Então, virá o FIM:

Mc 13-10 A pregação missionária do Evangelho.

At 1.6-11 A missão até os confins da terra.

O testemunho apresentado a todos os povos visaria primeiro o


judaísmo:

Mt 10.17-25 A perseguição aos missionários.

Antes da ruína de Jerusalém, os judeus, espalhados pelo mundo


grego-romano, ouviriam o Evangelho:

Rm 10.14-21 A oportunidade dada a Israel.

Antes de 70 d.C., o Evangelho atingiu, efetivamente, todas as partes


do Império Romano:

Rm 1.5 Obediência.

Cl 1.23 Esperança.

1Ts 1.8 Salvação.


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Cl 1.6 Fruto.

Rm 1.8 Fé.

Apesar de cumprida, a missão decepciona. As Boas Novas da


libertação política e a vingança dos inimigos de Israel são frustradas no
Evangelho:
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Is 35.1-10 As Boas Novas de LIBERTAÇÃO.

Mt 11.2-15 Jesus PREGA o Evangelho aos pobres.

Is 61.1-9 As Boas Novas da VINGANÇA.

Lc 4.16-30 Jesus EVANGELIZA os pobres.

Segundo Jesus, feliz o que não se escandalizar por causa do seu


Evangelho:

Mt 11.6 Feliz aquele que não abandona a fé.

Jesus diz que as Boas Novas do Antigo Testamento estão em vigor


em suas ações e palavras:

Mt 13.16 Feliz quem vê e quem ouve.

O termo Evangelho se liga à vida de Jesus:

- Jesus é o mensageiro.

- Jesus é o autor da mensagem.

- Jesus é o assunto da mensagem.

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10. TRIBULAÇÃO

TRIBULAÇÃO

Mateus 24.15-25

A tribulação tem significado ESCATOLÓGICO: 20

Dn 12.1 Últimos tempos.

Mc 13.19 A grande tribulação.

Ap 7.14 A visão dos glorificados.

A tribulação tem significado CRISTOLÓGICO:

Cl 1.24 As aflições de Jesus a favor da igreja.

At 3.15 A punição de Jesus com a morte.

Cl 1.20 O sofrimento de Jesus na cruz.

A tribulação tem significado ECLESIOLÓGICO:

Mt 24.11 O tempo dos falsos profetas.

Mt 24.24 O tempo dos falsos cristos.

Mt 24.9 O tempo da perseguição.

Lc 8.13 O tempo da apostasia.

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Assim, a tribulação eclesiológica não virá de modo inesperado, pois
há relação com a tribulação escatológica que é necessária que aconteça,
disse Jesus, e a tribulação cristológica acerca das dores de Jesus:

Jo 16.33 A tribulação é declarada na Bíblia.

1Ts 3.3 A tribulação é designo de Deus.


21
A tribulação é uma realidade neotestamentária:

1Ts 1.6 A tribulação dos Tessalonicenses.

2Co 8.2 A tribulação dos Macedônios.

2Co 1.4 A tribulação dos Coríntios.

At 11.19 A tribulação dos Judeus.

A tribulação trará glorificação:

Rm 8.17 Co-herdeiros com Jesus.

A tribulação trará recompensa:

2Ts 1.7 O alívio como recompensa.

A tribulação é necessária, mas não será o FIM:

Mt 24.6 A igreja não deve temer as notícias.

Mt 24.8 O princípio das dores.

Ligada a visão que Daniel 7.13 tem sobre o Filho do Homem, a


tribulação será antes da parousia:

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Mt 24.30 A vinda do Filho do Homem.

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11. APOSTASIA

APOSTASIA

1 Timóteo 4.1-16

O emprego religioso de apostasia é uma expressão judaica que profetiza


um período de deserção pouco antes da vida do Messias. Por isso, Paulo foi 23

acusado de desviar os judeus que habitavam entre os gentios ensinando-os


a apostatar da lei do Antigo Testamento:

At 21.21 Abandonar a lei.

Não circuncidar os filhos.

Não respeitar os costumes dos judeus.

Paulo localiza esse evento num período anti-cristão que antecede a


parousia. Nos últimos tempos, haverá uma apostasia da fé em termos de
cair em falsas crenças:

1Tm 4.1 As pessoas abandonarão a fé.

Lucas se refere a uma apostasia como resultado da tribulação


escatológica, pois são pessoas que chegaram a crer e aceitaram com alegria
o Evangelho, contudo, sob a pressão da tribulação que surge por causa da
fé, rompem o relacionamento com Deus:

Lc 8.13 As pessoas crêem por algum tempo.

O autor aos Hebreus descreve a apostasia como um movimento


incrédulo para longe de Deus:

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Hb 3.12 As pessoas que têm o coração mau.

Hb 6.6 A apostasia total como a de Demas.

A apostasia da fé é a situação séria de se separar de Deus depois de


ter-se voltado para Deus. Ser um apóstata é um movimento de descrença,
mas que deve ser evitado:
24
Hb 3.14 As pessoas que são firmes até o fim.

Sendo um movimento voluntário, a apostasia é um pecado que se


expressa por outras palavras:

2Tm 2.18 Desviar da verdade.

1Tm 1.19 Naufragar na fé.

Mt 13.21 Escandalizar.

Observe a vontade humana na perda da fé:

Mt 24.9-12 Jesus prediz a deserção.

Ap 12.18-13.18 Dragão, Besta e Falso profeta.

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12. ANTICRISTO

ANTICRISTO

2 Tessalonicenses 2.1-12

Encontrado nos escritos de Daniel, o anticristo tem antecedentes no


Antigo Testamento:

Dn 7.25 Perseguirá o povo de Deus. 25

Mudará a lei de Deus.

Falará contra Deus.

O cumprimento disso deu-se com Antíoco Epifânio, o rei que


oprimiu os judeus e derrubou as suas leis. O fato que aconteceu em 168
a.C. é uma descrição antecipada do anticristo no Novo Testamento:

1Mc 1.41-64 A lei que instalou o culto pagão.

2Ts 2.1-12 O retrato do anticristo.

Ambas as figuras proferiram palavras contra Deus:

Ap 13.5-6 A blasfêmia contra Deus.

Predizendo uma segunda desolação para os judeus, Jesus


mencionou as palavras de Daniel:

Mt 24.15 O abominável da desolação.

Quando Jesus proferiu estas palavras, a profanação do Templo, por Antíoco


Epifânio, havia ocorrido:

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Dn 9.27 O ídolo foi posto no altar do Templo.

Dn 11.31 Os soldados profanaram o Templo.

Dn 12.11 O terror foi colocado no Templo.

Em 70 d.C., Tito entra em Jerusalém com bandeiras da sua imagem


adorada por Roma. Vendo a abominação, os judeus lembrar-se-iam das
26
palavras de Jesus e, assim, fugiriam para os montes:

Lc 21.20-23 A tribulação de Jerusalém.

Os soldados violam o Templo.

A ruína de Jerusalém e o Templo.

Tanto o rei Antíoco Epifânio como o imperador Tito foram tipos do


anticristo que está por vir:

2Ts 2.4 Ele vai sentar no Templo de Deus.

Ele vai afirmar que é Deus.

Ele será contra o culto.

Ele será contra Deus.

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13. SINAIS

SINAIS

Marcos 13.5-13

Os sinais dos tempos é descrito pelo Evangelho de Lucas que,


acrescentando a palavra grandes a terremotos, menciona epidemias 27
juntamente com fomes:

Lc 21.11 Os sinais da parousia.

Estes sinais têm os seus antecedentes nas páginas do Antigo


Testamento:

Is 19.2 Reino contra reino.

2Cr 15.6 Nação contra nação.

Is 29.6 O castigo vem com terremotos.

Ez 14.13 A fome para matar gente e animal.

Estes sinais encontram-se no discurso escatológico de Jesus sobre a ruína


de Jerusalém e o fim do mundo:

Mt 24.6-8 O princípio das dores.

Estes sinais do juízo são manifestações do fato que o mundo está


sob a maldição de Deus:

Gn 3.17 A terra é amaldiçoada devido o homem.

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Estes sinais recordam que a ira de Deus está sendo revelada do céu
contra a perversão do homem:

Rm 1.18 A ira de Deus contra o pecado.

Estes sinais fazem lembrar que o juízo de Deus está muito perto de
acontecer:
28
Tg 5.9 O juízo está pronto para vir.

Entretanto, estes sinais não são sinais do fim, mas serão como as
primeiras dores de parto, ou seja, quando acontecerem guerras, terremotos
e fomes, não deve supor que a parousia esteja imediatamente próxima.
Estes sinais apontam para o fim e são a garantia de que chegará:

Mt 24.6 Tudo acontecerá, mas não será o fim.

Mt 24.8 O princípio das dores.

Estes sinais caracterizam o período entre o advento de Jesus e a sua


parousia. Indicando que Deus cumpre o seu propósito, não se deve assustar,
mas aceitá-los como dores do nascimento de um mundo melhor:

Rm 8.22 A criação está com dores de parto.

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14. FALSOS PROFETAS

FALSOS PROFETAS

1 João 4.1-6

Este termo é empregado para a pessoa que, fazendo falsas


alegações, diz ser profeta. Na ilustração da ovelha e do lobo, Jesus 29

denuncia o perigo da armadilha, elaborada pelos falsos profetas, para que


os eleitos sejam desviados da verdade para a apostasia:

Mt 7.15 O disfarce é de ovelhas, mas são lobos.

- Eles estão resolvidos a enganar pela mentira.

- Eles estão resolvidos a falar falsidades.

Isso mostra a superioridade que o inimigo tem tido dentro da


comunidade uma vez que são profetas, ou seja, pregadores, embora falsos:

Jr 23.16 Eles iludem com falsas esperanças.

Eles dizem coisas que inventam.

Impossibilitados de habitarem no corpo dos eleitos, os demônios


apresentam-se disfarçados de ovelhas visto que, por dentro, são lobos. Os
falsos profetas possuem o espírito de mentira, unido a profissão de fé
apenas verbal, e pecado não abandonado. Isso demonstra a inteligência
maligna contra os eleitos:

Mq 3.5 Clamam paz, mas apregoam a guerra.

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Quem vê cara não vê coração. Por isso, a ordem de Jesus para que
os eleitos sejam cautelosos:

Mc 13.23 Jesus prediz o perigo.

Os eleitos devem possuir a percepção para o que os líderes fazem e


não para o que dizem:
30
Mt 7.15 As atitudes são de roubadores.

Os falsos profetas trabalham para desviar os eleitos para o erro, mas


isso é impossível:

2Ts 2.7 A maldade está agindo entre os eleitos.

2Ts 2.9 O perverso tem o poder de Satanás.

2Tm 2.19 Deus preserva a fé dos eleitos.

Visto que tais pessoas pregam o que não é verdade, o nome de falso
profeta é aplicado a quem assim atua:

1Jo 4.1 O profeta é divinamente inspirado.

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15. PAROUSIA

PAROUSIA

Mt 24.26-28

Os judeus não crêem numa dupla vinda do Messias, porém Jesus


afirma a sua parousia: 31

Mt 24.29-31 Será uma vinda visível.

Mt 24.37-44 Será uma vinda repentina.

Na ascensão, os anjos apontam para os discípulos uma segunda


vinda de Jesus:

At 1.11 Jesus voltará como subiu aos céus.

Sendo gloriosa, a parousia será triunfal:

Mt 24.30 Jesus terá as nuvens como carruagem.

1Ts 4.16 Jesus terá os arcanjos como arautos.

2Ts 1.7 Jesus terá os anjos como guardas.

Observe os termos para indicar este evento:

- Chama-se APOCALIPSE

1Co 1.7 Esperar a REVELAÇÃO de Jesus.

- Chama-se EPIFANIA

2Ts 2.8 A MANIFESTAÇÃO da vinda de Jesus.


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- Chama-se PAROUSIA

Mt 24.3 A VINDA de Jesus.

Jesus explica a igreja que vigie por sua vinda pelos sinais, porém
não esmiúce os céus em busca de sinais da parousia. Antes, veja nos sinais
um conselho a fim de que fique em alerta na obra de Deus:
32
Mt 24.32-36 A parábola da figueira.

A parousia será um evento único:

1Co 15.51-52 O modo da vinda de Jesus.

- A vinda ocorrerá após a tribulação.

- Os mortos ressuscitam incorruptíveis.

- Os vivos são transformados e glorificados.

- Acontece o arrebatamento de todos os salvos.

Na parousia, o justo que morreu, tendo fé em Jesus, será


ressuscitado, o que estiver vivo será transformado, e todos serão elevados
até as nuvens a fim de encontrarem Jesus nos ares e ficarem para SEMPRE
com Jesus:

1Ts 4.16-17 A esperança de mortos e vivos.

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16. MILÊNIO

MILÊNIO

Apocalipse 20.1-6

Há três visões sobre a época e natureza do milênio:


33
1. AMILENISMO

- O advento de Jesus inaugurou o Reino de Deus.

- Satanás é preso e o Evangelho será anunciado.

- A igreja já vive a era da tribulação no mundo.

- Parousia–ressurreição–juízo–nova terra.

2. POSMILENISMO

- O advento de Jesus inaugurou o Reino de Deus.

- A igreja vive a tribulação com otimismo futuro.

- O êxito do Evangelho vence o mal no mundo.

- O início da era milenar de justiça na terra.

- Parousia–ressurreição–juízo–nova terra.

3. PREMILENISMO

A) PREMILENISMO HISTÓRICO

- O advento de Jesus inaugurou a era da Igreja.

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- A grande tribulação predita em Mateus 24.21.

- Parousia e ressurreição – Apocalipse 20.6.

- Jesus reina num período de paz na terra.

- Rebelião de Satanás e a última batalha.

- Ressurreição dos incrédulos. 34

- Juízo–nova terra.

B) PREMILENISMO DISPENSACIONAL

- O advento de Jesus distinguiu a igreja de Israel.

- 1ª parousia para a igreja – Jesus reina no céu.

à Ressurreição e arrebatamento dos crentes.

- A grande tribulação: Batalha do Armagedom.

Conversão dos judeus.

Tribunal das nações.

Falso profeta.

Anticristo.

- 2ª parousia com a igreja – Jesus reina na terra.

- Rebelião de Satanás e a última batalha.

- Ressurreição dos incrédulos.

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- Juízo–nova terra.

35

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18. RESSURREIÇÃO

RESSURREIÇÃO

1 Coríntios 15.35-53

Há ensinos que alegam a imortalidade da alma, mas negam a ressurreição


do corpo: 36

1Co 15.12-14 A fé no Jesus RESSUSCITADO.

ESPIRITISMO à Crê na reencarnação.

CRISTIANISMO à Crê na ressurreição.

MEDICINA à Crê na reanimação.

A ressurreição de Jesus e a ressurreição dos justos são inseparáveis:

1Co 15.21-22 A ressurreição de todos os fiéis.

Por isso, quem duvida da ressurreição, deve notar o plantio de uma


semente:

1Co 15.35-38 O grão morre e dá lugar à planta.

- A planta surgirá após a morte da semente.

- A planta não surgirá da aparência da semente.

- A planta diferente é a continuidade da semente.

Observe o que haverá na ressurreição do corpo:

1Co 15.42-44 O plantio e a colheita.


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- Sepultado mortal Ressuscitado imortal.

- Sepultado feio Ressuscitado bonito.

- Sepultado fraco Ressuscitado forte.

- Sepultado material Ressuscitado espiritual.

Assim, o homem, como é agora, somente poderá ter um lugar celestial pela 37

ressurreição dos crentes mortos e pela transformação dos crentes vivos:

1Co 15.50-53 A glória dos mortos e dos vivos.

Na Bíblia, toda ressurreição foi seguida pela morte:

1Rs 17.17-24 O filho da viúva de Sarepta.

2Rs 4.8-37 O filho da mulher sunamita.

Lc 7.11-17 O filho da viúva de Naim.

Mt 9.18-28 A filha de Jairo.

Jo 11.1-44 Lázaro.

A ressurreição de Jesus não foi seguida pela morte e é esta a ressurreição


que se aguarda na parousia:

Jo 6.39-44 A parousia é denominada último dia.

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19. JUÍZO

JUÍZO

2 Pedro 3.3-10 38

Há um julgamento no qual as pessoas são julgadas na presente vida:

Jo 3.18 Quem não crê em Jesus está julgado.

Mas, haverá o julgamento no fim da história no qual todos comparecerão


perante Jesus:

Hb 10.30 Os crentes serão julgados.

Mt 25.32 Os povos serão julgadas.

Jd 6 Os anjos serão julgados.

O crente não teme o dia do juízo:

Rm 8.1 Não existe condenação para os eleitos.

A Bíblia denomina o julgamento com os nomes:

Mt 11.22 O dia do juízo.

Rm 2.5 O dia da ira.

2Tm 1.12 Aquele dia.

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Deste o Antigo Testamento, Jesus é o juiz:

Jó 5.22 Jesus é o Filho do Homem para julgar.

2Co 5.10 Jesus julga pelas obras de cada um.

At 17.31 Jesus foi ressuscitado para julgar.

Jo 5.22 Jesus tem o poder para julgar. 39

2Tm 4.8 Jesus é o justo juiz.

É apropriado que Jesus seja o juiz:

- Jesus fez-se carne, morreu e ressuscitou a fim de salvar o seu povo.

- Jesus foi rejeitado e, assim, será o juiz daqueles que pecaram contra Jesus.

- Jesus deixou-se julgar por governantes terrenos e, agora, julgará as


autoridades da terra.

O juízo significará o triunfo de Jesus:

1Co 15.24 Jesus destruirá os poderes.

- A destruição dos inimigos.

- A entrega do reino a Deus, o Pai.

Jesus será assistido por anjos e santos:

Mt 13.41-43 Os anjos tomam parte no juízo.

1Co 6.2-3 Os santos julgarão até anjos

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20. NOVA TERRA

NOVA TERRA

Apocalipse 21.1-8

Deus prometeu ao homem uma terra como herança e habitação no jardim 40

do Éden:

Gn 1.28 A partir do Éden, Adão governa a terra.

Mas, o homem pecou e, por causa do seu pecado, a terra passou a estar sob
maldição:

Gn 3.17-19 A terra é maldita por causa do homem.

Por causa do pecado foi pronunciada uma maldição sobre a criação e Deus
envia Jesus para redimi-la. A obra de Jesus não é apenas salvar, mas
redimir a criação:

Gn 3.15 A esperança de uma nova terra.

Mais adiante, tornou-se tão corrompida pelo pecado que o homem não
pôde governar mais a terra:

Gn 6.5-12 A corrupção do gênero humano.

Deus fará nova terra como lugar de habitação para o homem e morará com
o seu povo, porque o céu será uma extensão da terra e não mais serão
separados:

Ap 21.3 A terra será a mesma, mas renovada.


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Todas as profecias serão cumpridas, não apenas no milênio, mas para
sempre na nova terra:

2Pe 3.13 A vida futura do povo de Deus.

Em outras palavras, não é só o homem que aguarda pela nova terra, mas a
criação também aguarda:
41
Rm 8.18-27 O destino da criação é a glória.

Na glorificação dos eleitos, a criação será libertada das suas imperfeições


devido a presença do pecado:

Ap 21.1 O perigo não existirá no mundo.

Ap 21.2 A igreja glorificada descerá do céu.

Ap 21.4 As coisas que geram choro passarão.

Ap 21.22 A adoração direta e contínua com Deus.

A nova terra incluirá todo o povo da ALIANÇA:

21.12,14 A igreja do Antigo e Novo Testamento.

O jardim foi arruinado, então Deus faz uma cidade:

Gn 21.15 O jardim do Éden.

Ap 21.2 A nova Jerusalém.

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42

AMILENISMO

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O AMILENISMO

A minha discussão amilenar da compreensão do milênio incluirá os


seguintes tópicos: a interpretação do livro de Apocalipse, a interpretação de
Apocalipse 20: 1-6, um olhar sobre duas passagens do Antigo Testamento
comumente vistas como uma previsão de um reino milenar terrestre, um
breve esboço da escatologia amilenária e uma declaração resumida de 43

algumas das implicações da escatologia amilenar.

Uma primeira palavra deve ser dita sobre terminologia. O


termo amilenismo não é feliz. Isso sugere que os amilenistas não acreditam
em nenhum milênio ou que simplesmente ignoram os primeiros seis
versículos de Apocalipse 20, que falam de um reinado milenar. Nenhuma
dessas duas afirmações é verdadeira. Embora seja verdade que os
amilenistas não acreditam em um reinado literal de mil anos literal que
seguirá o retorno de Cristo, o termo amilenismo não é uma descrição exata
de sua visão. O professor Jay E. Adams, do Seminário de Westminster, na
Filadélfia, sugeriu que o termo amilenismo fosse substituído pela
expressão milenarismo realizado. O último termo, com certeza, descreve a
posição "amilenar" com mais precisão do que o termo usual, já que os
"amilenistas" acreditam que o milênio do Apocalipse 20 não é
exclusivamente futuro, mas agora está em processo de realização. A
expressão milenarismo realizado , no entanto, é bastante desajeitada,
substituindo um prefixo simples por uma palavra de três sílabas. Apesar
das desvantagens e limitações da palavra, portanto, eu continuarei a usar o
termo mais curto e mais comum, o amilenismo.

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A interpretação do Livro do Apocalipse

Para ver os antecedentes da visão amilenar do milênio, primeiro


devemos nos preocupar com a questão da interpretação do livro de
Apocalipse. Suponhamos, por exemplo, que o livro de Revelação seja
interpretado em um sentido exclusivamente futurista, referindo-se apenas a
eventos que aconteçam ao redor ou no momento da Segunda Vinda de
44
Cristo. Suponhamos ainda que o que é apresentado em Apocalipse 20 deve,
necessariamente, seguir, em ordem cronológica, o que foi descrito no
capítulo 19. Nós somos então virtualmente obrigados a acreditar que o
reinado de mil anos representado em 20: 4 deve vir após o retorno de Cristo
descreveu em 19:11. Mas se vemos Apocalipse 20: 1-6 como descrevendo
o que ocorre durante toda a história da igreja, começando com a primeira
vinda de Cristo, teremos uma compreensão do milênio do Apocalipse 20,
que é bem diferente do que acabamos de mencionar. Por esta razão, será
necessário primeiro dizer algo sobre o modo como o livro de Revelação
deve ser interpretado.

O sistema de interpretação do livro de Apocalipse que parece mais


satisfatório para mim (embora não seja sem suas dificuldades) é o
conhecido como paralelismo progressivo , defendido por William
Hendriksen em More Than Conquerors , seu comentário sobre
Apocalipse. De acordo com este ponto de vista, o livro do Apocalipse
consiste em sete seções que se paralela entre si, cada uma das quais retrata
a igreja e o mundo desde a primeira vinda de Cristo até o momento do
segundo.

O primeiro destas sete seções é encontrado nos capítulos 1-3. João vê o


Cristo ressuscitado e glorificado caminhando no meio de sete candelabros
dourados. Em obediência ao comando de Cristo, João agora passa a

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escrever cartas para cada uma das sete igrejas da Ásia Menor. A visão do
Cristo glorificado juntamente com as cartas para as sete igrejas,
obviamente, formam uma unidade. Ao ler essas cartas, ficamos
impressionados com duas coisas. Primeiro, há referências a eventos,
pessoas e lugares do tempo em que o livro de Apocalipse foi escrito. Em
segundo lugar, os princípios, elogios e avisos contidos nessas cartas têm
valor para a igreja de todos os tempos. Essas duas observações, de fato, 45
fornecem uma pista para a interpretação de todo o livro. Como o livro de
Apocalipse foi dirigido à igreja do primeiro século dC, Sua mensagem teve
referência aos eventos que ocorreram naquele momento e, portanto, era
significativa para os cristãos daquele dia. Mas como o livro também era
destinado à igreja através dos tempos, sua mensagem ainda é relevante para
nós hoje.

A segunda dessas sete seções é a visão dos sete selos encontrados nos
capítulos 4-7. João está preso ao céu e vê Deus sentado no seu trono
radiante. Ele então vê o Cordeiro que havia sido morto tomando o
pergaminho selado com sete selos da mão daquele que estava sentado no
trono. Os vários selos são quebrados, e vários julgamentos divinos no
mundo são descritos. Nesta visão vemos a igreja sofrendo julgamento e
perseguição no contexto da vitória de Cristo.

A terceira seção, encontrada nos capítulos 8-11, descreve as sete


trombetas de julgamento. Nesta visão vemos a igreja vingada, protegida e
vitoriosa.

A quarta seção, capítulos 12-14, começa com a visão da mulher que dá


à luz um filho enquanto o dragão espera devorá-lo assim que ele nascer,
uma referência óbvia ao nascimento de Cristo. O resto da seção descreve a
oposição contínua do dragão (que representa Satanás) para a igreja. Esta

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seção também nos apresenta os dois animais que são ajudantes do dragão: a
besta fora do mar e a besta fora da terra.

A quinta seção é encontrada nos capítulos 15-16. Ele descreve as sete


taças da ira, representando de maneira muito gráfica a última visita da ira
de Deus aos que permanecem impenitentes.

A sexta seção, capítulos 17-19, descreve a queda da Babilônia e das


46
bestas. Babilônia representa a cidade mundana - as forças do secularismo e
da impiedade que se opõem ao reino de Deus. O final do capítulo 19 retrata
a queda e o castigo final dos dois ajudantes do dragão: o animal do mar e o
falso profeta, que parece ser identificado com os animais fora da terra (ver
16:13).

A sétima seção, capítulos 20-22, narra a maldição do dragão,


completando assim a descrição da derrota dos inimigos de Cristo. Além
disso, descreve o julgamento final, o triunfo final de Cristo e sua igreja, e o
universo renovado, aqui chamado o novo paraíso e a nova terra.

Note-se que, embora estas sete seções sejam paralelas entre si, elas
também revelam certa quantidade de progresso escatológico. A última
seção, por exemplo, nos leva mais ao futuro do que as outras
seções. Embora o julgamento final já tenha sido anunciado em 1: 7 e tenha
sido brevemente descrito em 6: 12-17, não é apresentado em detalhes até
chegar em 20: 11-15. Embora a alegria final dos redimidos na vida por vir
tenha sido insinuada em 7: 15-17, não é até chegar ao capítulo 21 que
encontramos uma descrição detalhada e elaborada da benção da vida na
nova terra (21 : 1-22: 5). Por isso, este método de interpretação é chamado
de paralelismo progressivo .

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Existe uma progressão escatológica nessas sete seções, não só em
relação às seções individuais, mas também no que diz respeito ao livro
como um todo. Se nós concedemos que o livro de Apocalipse retrata a luta
entre Cristo e sua igreja, por um lado, e os inimigos de Cristo e da igreja,
por outro, podemos dizer que a primeira metade do livro (capítulos 1-11)
descreve a luta na terra, imaginando a igreja como é perseguida pelo
mundo. No entanto, a segunda metade do livro (capítulos 12-22) nos dá o 47
fundo espiritual mais profundo desta luta, descrevendo a perseguição da
igreja pelo dragão (Satanás) e seus ajudantes. À luz desta análise, vemos
como a última seção do livro (capítulos 20-22) cai no lugar. Esta última
seção descreve o julgamento que cai sobre Satanás e sua morte final.

A interpretação de Apocalipse 20: 1-6

Estamos agora prontos para proceder à interpretação de Apocalipse 20:


1-6, a única passagem na Bíblia que fala explicitamente de um reinado de
mil anos. Note primeiro que a passagem, obviamente, se divide em duas
partes: versos 1-3, que descrevem a ligação de Satanás; e os versículos 4-6,
que descrevem o reinado de mil anos de almas com Cristo.

A interpretação pré-milenar desses versículos os vê como descrevendo


um reinado milenar de Cristo na Terra, que ocorrerá depois da Segunda
Vinda. E é verdade que a Segunda Vinda de Cristo foi referida no capítulo
anterior (ver 19: 11-16). Se, então, se pensa em Apocalipse 20 como
descrevendo o que se segue cronologicamente após o que se descreve no
capítulo 19, seria de fato concluir que o milênio de Apocalipse 20: 1-6 virá
após o retorno de Cristo.

Conforme foi indicado acima, no entanto, os capítulos 20-22


compreendem a última das sete seções do livro de Apocalipse e, portanto,

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não descrevem o que segue o retorno de Cristo. Em vez disso, Ap 20: 1 nos
leva novamente ao início da era do Novo Testamento.

Que esta é a interpretação adequada desses versículos é clara não só pelo


que foi desenvolvido acima, mas também pelo fato de que este capítulo
descreve a derrota e a derrota final de Satanás. Certamente, a derrota de
Satanás começou com a primeira vinda de Cristo, como já foi claramente
48
enunciado no capítulo 12: 7-9. Que o reinado milenar descrito nos
versículos 4-6 ocorre antes da Segunda Vinda de Cristo é evidente pelo fato
de que o julgamento final, descrito nos versículos 11-15 deste capítulo, é
retratado como vindo após o reinado de mil anos. Não só no livro de
Revelação, mas em outros lugares no Novo Testamento, o julgamento final
está associado à Segunda Vinda de Cristo. (Apocalipse 22:12 e as seguintes
passagens: Mt. 16:27; 25: 31-32; Jd 14-15, e especialmente 2
Tessalonicenses 1: 7-10). Este é o caso, antes e não após a Segunda Vinda
de Cristo.

Vejamos agora o Apocalipse 20: 1-6. Começamos com os versículos 1-3,


reproduzidos aqui da Nova Versão Internacional:

"E vi um anjo descendo do céu, tendo a chave do abismo e segurando na


mão uma grande corrente. Ele agarrou o dragão, aquela serpente antiga,
que é o diabo ou Satanás, e o amarrou por mil anos. Ele o jogou no Abismo
e trancou-o e selou-o sobre ele, para evitar que ele enganasse as nações até
que os mil anos fossem finalizados. Depois disso, ele deve ser liberado por
um curto período de tempo".

Nestes versículos, temos uma descrição da ligação de Satanás. O dragão,


aqui claramente identificado como "o diabo, ou Satanás", é dito que está
ligado por mil anos e depois lançado em um lugar chamado "Abismo". O

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propósito desta vinculação é "evitá-lo de enganar as nações mais do que até
os mil anos foram encerrados”.

O livro do Apocalipse está cheio de números simbólicos. Obviamente, o


número "mil" que é usado aqui não deve ser interpretado no sentido
literal. Uma vez que o número dez significa completude, e uma vez que mil
é dez para o terceiro poder, podemos considerar a expressão "mil anos"
49
como um período completo, um período muito longo de duração
indeterminada. De acordo com o que foi dito acima sobre a estrutura do
livro e à luz dos versículos 7-15 deste mesmo capítulo (que descrevem a
"pequena temporada" de Satanás, a batalha final e o julgamento final),
podemos concluir que este mil O período do período prolonga-se da
primeira vinda de Cristo, logo antes da Segunda Vinda.

Uma vez que o "lago de fogo" mencionado nos versículos 10, 14 e 15 é,


obviamente, uma descrição do lugar do castigo final, o "abismo"
mencionado nos versículos 1 e 3 não deve ser o lugar da punição final. A
palavra Abismo deve ser considerada como uma descrição figurativa sobre
a forma como as atividades de Satanás serão frustradas durante o período
de mil anos.

O que significa, então, pela ligação de Satanás? Nos tempos do Antigo


Testamento, pelo menos na era pós-abraâmica, todas as nações do mundo,
exceto Israel, eram, por assim dizer, sob o domínio de Satanás. Naquele
tempo, o povo de Israel era o destinatário da revelação especial de Deus, de
modo que eles conheciam a verdade de Deus sobre si mesmo, sobre a sua
pecaminosidade e sobre a forma como poderiam obter perdão e
salvação. Durante o mesmo período, no entanto, as outras nações do mundo
não conheciam essa verdade e, portanto, estavam na ignorância e no erro
(ver Atos 17:30) - exceto para uma pessoa ocasional, família ou cidade que

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entrou em contato com o especial de Deus revelação. Pode-se dizer que
durante este tempo essas nações foram enganadas por Satanás, como
nossos primeiros pais foram enganados por Satanás quando eles caíram em
pecado no Jardim do Éden.

Mesmo antes de sua ascensão, no entanto, Cristo deu aos seus discípulos
a sua Grande Comissão: "Ide e faz discípulos de todas as nações" (Mt
50
28:19, NVI). Neste ponto, pode-se imaginar que os discípulos levantam
uma pergunta perturbadora: como podemos fazer isso se Satanás continua a
enganar as nações do jeito que ele tem no passado? Em Apocalipse 20: 1-3,
John dá uma resposta reconfortante a esta questão. Parafraseado, sua
resposta é algo como isto: "Durante a era do evangelho, que agora foi
iniciada, Satanás não poderá continuar a enganar as nações do jeito que ele
fez no passado, porque ele esteve preso. Durante todo este período,
portanto, vocês, discípulos de Cristo, poderão pregar o evangelho e fazer
discípulos de todas as nações ".

Isso não implica que Satanás não possa prejudicar qualquer coisa
enquanto estiver vinculado. Significa apenas o que João diz aqui: enquanto
Satanás está preso, não pode enganar as nações de modo a evitar que
aprendam sobre a verdade de Deus. Mais tarde, no capítulo, nos dizem que
quando os mil anos se acabarem, Satanás será liberado de sua prisão e vai
enganar as nações do mundo para reuni-los para lutar contra e, se possível,
para destruir o povo de Deus (versos 7-9). Isso, no entanto, ele não pode
fazer enquanto ele está preso. Concluímos, então, que a ligação de Satanás
durante a era do evangelho significa que, primeiro, ele não pode impedir a
propagação do evangelho e, segundo, ele não pode reunir todos os inimigos
de Cristo juntos para atacar a igreja.

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Existe alguma indicação no Novo Testamento de que Satanás estava
vinculado no momento da primeira vinda de Cristo? Na verdade,
existe. Quando os fariseus acusaram Jesus de expulsar Demônios pelo
poder de Satanás, Jesus respondeu: "Como alguém pode entrar na casa de
um homem forte e saquear seus bens, a menos que ele primeiro liga o
homem forte?" (Mt 12:29). Curiosamente, a palavra usada por Mateus para
descrever a ligação do homem forte é a mesma palavra usada em 51
Apocalipse 20 para descrever a ligação de Satanás. Pode-se dizer que Jesus
ligou o diabo quando ele triunfou sobre ele no deserto, recusando-se a
ceder às suas tentações. O lançamento de demônios de Jesus, então ele nos
ensina nesta passagem, foi prova desse triunfo. Pode-se afirmar que a
ligação de Satanás mencionada aqui é relatada em conexão com a expulsão
de demônios e não em conexão com a pregação do evangelho. Mas eu
responderei que a expulsão dos demônios é uma prova da presença do reino
de Deus (Mt 12:

Quando os setenta retornaram de sua missão de pregação, eles disseram a


Jesus: "Senhor, até os demônios se submeterem a nós em seu nome". Jesus
respondeu: "Vi Satanás cair como raio do céu" (Lc 10, 17-18, NVI). Essas
palavras, não há necessidade de dizer, não devem ser interpretadas
literalmente. Eles devem ser entendidos como significando que Jesus viu
nas obras que seus discípulos estavam fazendo uma indicação de que o
reino de Satanás acabara de ser um golpe esmagador - que, de fato, uma
certa ligação de Satanás, uma certa restrição de seu poder, tinha apenas
aconteceu. Neste caso, a queda ou vinculação de Satanás está associada
diretamente à atividade missionária dos discípulos de Jesus.

Outra passagem que liga a restrição das atividades de Satanás com o


alcance missionário de Cristo é João 12: 31-32:

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"Agora é o momento de julgamento sobre este mundo; Agora, o príncipe
deste mundo será expulso. Mas eu, quando eu for levado da terra, atrairei
todos os homens para mim "(NVI). É interessante notar que o verbo aqui
traduzido "expulsado" ( ekballo ) é derivado da mesma raiz que a palavra
usada em Apocalipse 20: 3, "Ele [o anjo] jogou [ balão ] ele [Satanás] no
Abismo "Ainda mais importante, a observação de que Satanás está sendo"
expulsos "ou" expulsos "(RSV) está associada ao fato de que não só os 52
judeus, mas os homens de todas as nacionalidades devem ser atraídos para
Cristo enquanto ele trava a Cruz.

Nós vemos então que a união de Satanás descrita em Apocalipse 20: 1-3
significa que durante toda a era do evangelho em que vivemos hoje a
influência de Satanás, embora certamente não aniquilada, é tão reduzida
que ele não pode impedir à propagação do evangelho as nações do
mundo. Por causa da ligação de Satanás durante esta era presente, as
nações não podem conquistar a igreja, mas a igreja está conquistando as
nações.

Vamos agora aos versículos 4-6, a passagem que trata do reinado de mil
anos. Na Nova Versão Internacional, esses versículos lêem,

Eu vi tronos sobre os quais estavam sentados aqueles que tinham


autoridade para julgar. E vi as almas daqueles que foram decapitados por
causa de seu testemunho por Jesus e por causa da Palavra de Deus. Eles
não adoraram a besta ou sua imagem e não receberam sua marca na fronte
nem nas mãos. Eles ganharam vida e reinaram com Cristo mil anos. (O
resto dos mortos não ganhou vida até os mil anos terem terminado.) Esta é
a primeira ressurreição. Abençoados e santos são aqueles que têm parte na
primeira ressurreição. A segunda morte não tem poder sobre eles, mas eles
serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele por mil anos.

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Observamos anteriormente que os versos 1-3 falam de um período de
"mil anos". Observamos agora que os versículos 4-6 também se referem a
um período de mil anos. Embora seja possível entender os "mil anos" dos
versículos 4-6 como descrevendo um período de tempo diferente dos "mil
anos" dos versos 1-3, não há nenhuma razão convincente para o que
devemos fazer. Podemos, portanto, assumir com segurança que os
versículos 1-3 e os versículos 4-6 dizem respeito ao mesmo período "mil 53
anos". Esse período, como vimos, abrange toda a dispensação do Novo
Testamento, desde a primeira vinda de Cristo até o tempo da Segunda
Vinda de Cristo.

Vejamos mais atentamente o versículo 4: "Eu vi tronos sobre os quais


estavam sentados os que tinham autoridade para julgar". A primeira
pergunta que devemos enfrentar aqui é: Onde estão esses tronos? Leon
Morris ressalta que, no livro de Apocalipse, a palavra "trono" é usada
quarenta e sete vezes e que todos, exceto três desses tronos (2:13; 13: 2;
16:10) parecem estar no céu. Quando adicionamos a essa consideração o
fato de que João vê "as almas daqueles que foram decapitados",
confirmamos a conclusão de que o local da visão de João agora se deslocou
para o céu. Podemos dizer então que, enquanto o período de mil anos
descrito nestes seis versículos é o mesmo, os versos 1-3 descrevem o que
acontece na Terra durante esse período, e os versículos 4-6 descrevem o
que acontece no céu.

João vê aqueles que receberam autoridade para julgar (literalmente,


aqueles a quem o julgamento foi dado) sentado em tronos. O livro de
Apocalipse está muito preocupado com questões de justiça, particularmente
para cristãos perseguidos. Portanto, é altamente significativo que, na visão
de João, aqueles que estão sentados nos tronos tenham autoridade para

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julgar. A descrição de João deles como "sentar-se nos tronos" é uma
maneira concreta de expressar o pensamento de que eles estão reinando
com Cristo (veja a última parte do v. 4). Aparentemente, esse reinado inclui
a autoridade para fazer julgamentos. Se isso significa simplesmente
concordar e ser grato pelos julgamentos feitos por Cristo, ou se isso
significa que aqueles que estão sentados nos tronos têm a oportunidade de
fazer seus próprios julgamentos sobre questões terrenas, não nos dizemos. 54

Perguntamos em seguida, quem está sentado nesses tronos? A resposta é


dada no resto do versículo: "E vi as almas daqueles que foram decapitados
por causa de seu testemunho de Jesus e por causa da Palavra de Deus".
Como João nos diz que viu "as almas dessas que foi decapitado, "é bem
claro que ele não está falando sobre pessoas que ainda vivem na Terra. Às
vezes, com certeza, a palavra aqui "almas", psuchai , pode ser usada para
descrever pessoas que ainda vivem na terra - como, por exemplo, em Atos
2:41: "E foram adicionados naquele dia cerca de três mil almas ". Mas, em
Apocalipse 20: 4, esse significado da palavra psuchai não funcionará. Não
se pode traduzir tas psuchas ton pepelekismenoncomo "o povo daqueles
que foram decapitados", ou como "os homens daqueles que foram
decapitados". Aqui, a palavra psuchaideve denotar as almas das pessoas
que morreram. Este texto é, de fato, uma espécie de paralelo a uma
passagem anterior em Apocalipse 6: 9: "Quando ele abriu o quinto selo, vi
debaixo do altar as almas dos mortos por causa da Palavra de Deus e do
testemunho que eles mantiveram ".

Se alguém devesse perguntar como João podia ver as almas daqueles que
morreram, a resposta é que João viu tudo isso em uma visão. Poderíamos
também perguntar: como João poderia ver um anjo segurando o diabo e
obrigando-o por mil anos?

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João vê as almas daqueles que foram decapitados por causa de seu
testemunho por Jesus e por causa da palavra de Deus. Em outras palavras,
ele vê as almas dos mártires - crentes que sofreram mortes de mártires
devido à sua fidelidade a Cristo. Quando João escreveu Apocalipse, muitos
cristãos estavam sendo martirizados por sua fé. Escusado será dizer que a
visão aqui registrada proporcionaria grande conforto aos parentes e amigos
desses mártires: João vê suas almas agora sentadas nos tronos no céu, 55
participando do trabalho de julgamento.

"Eles não adoraram a besta ou sua imagem e não receberam sua marca na
fronte nem nas mãos". A Nova Versão Internacional torna essas palavras
como se fossem uma descrição adicional dos mártires a que se refere a
cláusula anterior. Há, no entanto, outra possibilidade - a possibilidade
transmitida pela tradução encontrada na versão padrão americana: "e, como
não adorou a besta, nem sua imagem, nem recebeu a marca na testa e nas
mãos". o livro que os incrédulos oponentes de Cristo e seu reino foram
descritos como aqueles que adoram a besta ou sua imagem e que recebem a
marca da besta na fronte ou nas mãos (ver 13: 8, 15-17; 14: 9-11 ). Por
outro lado, os crentes que permaneceram fiéis ao seu Senhor são descritos
como aqueles que foram vitoriosos sobre a besta (15: 2) ou que não adorou
a besta ou sua imagem (13:15). Considero, portanto, que, na cláusula, agora
consideramos que John está descrevendo um grupo mais amplo do que
apenas os mártires. Por "aqueles que não adoraram a besta ou sua imagem e
não receberam sua marca" João significa todos os cristãos que
permaneceram fiel a Cristo e resistiram aos poderes anti-cristãos - todos os
cristãos, ou seja, que permaneceram fiéis ao fim. Aqueles que morreram a
morte de um mártir constituem uma parte deste grupo, mas não o grupo
inteiro. (Embora João não fala especificamente de "almas", podemos
assumir de forma segura que ele ainda está falando sobre as almas dos
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crentes que morreram, desde que ele começou a falar sobre as almas dos
mártires que haviam sido mortas.) que na cláusula estamos agora
considerando que João está descrevendo um grupo mais amplo do que
apenas os mártires. Por "aqueles que não adoraram a besta ou sua imagem e
não receberam sua marca" João significa todos os cristãos que
permaneceram fiel a Cristo e resistiram aos poderes anti-cristãos - todos os
cristãos, ou seja, que permaneceram fiéis ao fim. 56

Aqueles que morreram a morte de um mártir constituem uma parte deste


grupo, mas não o grupo inteiro. (Embora João não fala especificamente de
"almas", podemos assumir de forma segura que ele ainda está falando sobre
as almas dos crentes que morreram, desde que ele começou a falar sobre as
almas dos mártires que haviam sido mortas.) que na cláusula estamos agora
considerando que John está descrevendo um grupo mais amplo do que
apenas os mártires.

Por "aqueles que não adoraram a besta ou sua imagem e não receberam sua
marca" João significa todos os cristãos que permaneceram fiel a Cristo e
resistiram aos poderes anti-cristãos - todos os cristãos, ou seja, que
permaneceram fiéis ao fim. Aqueles que morreram a morte de um mártir
constituem uma parte deste grupo, mas não o grupo inteiro. (Embora João
não fala especificamente de "almas", podemos assumir de forma segura que
ele ainda está falando sobre as almas dos crentes que morreram, desde que
ele começou a falar sobre as almas dos mártires que haviam sido
mortas.) Por "aqueles que não adoraram a besta ou sua imagem e não
receberam sua marca" João significa todos os cristãos que permaneceram
fiel a Cristo e resistiram aos poderes anti-cristãos - todos os cristãos, ou
seja, que permaneceram fiéis ao fim.

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Aqueles que morreram a morte de um mártir constituem uma parte deste
grupo, mas não o grupo inteiro. (Embora João não fala especificamente de
"almas", podemos assumir de forma segura que ele ainda está falando sobre
as almas dos crentes que morreram, desde que ele começou a falar sobre as
almas dos mártires que haviam sido mortas.) Por "aqueles que não
adoraram a besta ou sua imagem e não receberam sua marca" João significa
todos os cristãos que permaneceram fiel a Cristo e resistiram aos poderes 57
anti-cristãos - todos os cristãos, ou seja, que permaneceram fiéis ao
fim. Aqueles que morreram a morte de um mártir constituem uma parte
deste grupo, mas não o grupo inteiro. (Embora João não fala
especificamente de "almas", podemos assumir de forma segura que ele
ainda está falando sobre as almas dos crentes que morreram, desde que ele
começou a falar sobre as almas dos mártires que haviam sido mortas.)

Agora, siga as palavras mais controversas na passagem: "Eles ganharam


vida e reinaram com Cristo mil anos". Os intérpretes pré-milenares, sejam
eles dispensadores ou não-dispensacionais, compreendem essas palavras
como se referindo a uma ressurreição literal da morte e, portanto,
encontram nesta passagem prova para um mandato de mil anos de Cristo na
Terra, após a Segunda Vinda. Essa é a interpretação correta da passagem?

Deve ser concedido que a palavra grega dada "ganhou


vida", ezesan , pode referir - se a uma ressurreição física (ver, por exemplo,
Mt. 9:18; Romanos 14: 9; 2 Coríntios 13: 4; Ap. 2: 8). A questão é, no
entanto, se isso é o que a palavra significa aqui.

Que João está falando de uma espécie de ressurreição aqui é evidente a


partir da segunda frase do versículo 5: "Esta é a primeira ressurreição" -
palavras que, obviamente, se referem aos vivos e reinantes com Cristo do
versículo 4. Mas essa "primeira ressurreição" uma ressurreição física - um

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levantamento do corpo dos mortos? Obviamente, não, uma vez que o
levantamento do corpo dos mortos é mencionado mais adiante no capítulo
como algo distinto do que está descrito aqui (ver v. 11-13). Somente se
alguém acreditar em duas ressurreições corporais - um dos crentes no início
do milênio e outro dos incrédulos após o milênio - será capaz de entender
o ezezinhodo versículo 4 como se referindo a uma ressurreição
corporal. Uma vez que as Escrituras em outro lugar claramente ensinam 58
apenas uma ressurreição corporal que incluirá tanto os crentes como os
incrédulos (ver Jo 5: 28-29, Atos 24:15), o que está descrito na última
cláusula do versículo 4 deve ser algo diferente do físico ou ressurreição
corporal que está por vir.

O que significa, então, pelas palavras "eles ganharam vida e reinaram


com Cristo mil anos"? A pista já foi dada no versículo 4a. Ali, João disse:
"Eu vi tronos sobre os quais estavam sentados aqueles que tinham sido
dados autoridade para julgar". O resto do versículo torna claro que aqueles
que estavam sentados nos tronos eram as almas das pessoas que morreram -
mártires pela fé e outros Cristãos que permaneceram fiéis a Cristo até o fim
de suas vidas. Este é o grupo que João vê como "viver e reinar com Cristo".
Embora esses crentes tenham morrido, João os vê como vivos, não no
sentido corporal, mas no sentido de que estão curtindo a vida no céu em
comunhão com Cristo. Esta vida é uma vida de grande felicidade (veja as
palavras de Paulo em Fp 1:23 e 2 Coríntios 5: 8). É uma vida em que se
sentam em tronos, compartilhando o reinado de Cristo sobre todas as
coisas, inclusive compartilhando sua atividade de julgamento! Este reinado
celestial é um cumprimento de uma promessa registrada anteriormente no
livro: "Para aquele que vencer, eu darei o direito de me sentar no meu
trono, assim como venci e me assentei com meu Pai no seu trono" (3 : 21,
NIV).
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Podemos apreciar o significado desta visão quando lembramos que, na
época de João, a igreja foi fortemente oprimida e freqüentemente
perseguida. Seria de grande conforto para aqueles crentes saberem que,
embora muitos de seus companheiros cristãos tivessem morrido, alguns até
sendo cruelmente executados como mártires, esses falecidos agora
estavam vivos no céu, tanto quanto suas almas estavam preocupadas -
vivendo e reinando com Cristo. Isto vivo e reinante com Cristo, diz João, 59
continuará ao longo dos mil anos, isto é, durante toda a era do evangelho,
até que Cristo venha novamente para levantar os corpos desses crentes da
sepultura.

Não há indícios nestes versículos de que João está descrevendo um


reinado milenar terrena. A cena, como vimos, está no céu. Não se diz nada
nos versículos 4-6 sobre a terra, sobre a Palestina como o centro deste
reinado ou sobre os judeus. O reinado de mil anos de Apocalipse 20: 4 é
um reinado com Cristo no céu das almas dos crentes que morreram. Este
reinado não é algo a ser procurado no futuro; Está acontecendo agora, e
será até Cristo retornar. Daí o termo milenarismo realizado é uma
descrição apropriada da visão aqui defendida - se se lembrar que o milênio
em questão não é um mundo terrena, mas celestial.

A próxima frase, versículo 5a, é de natureza parental, e, portanto, é


colocada corretamente entre parênteses na Nova Versão Internacional: "O
resto dos mortos não ganhou vida até os mil anos se encerraram." Já
entreguei a pelo que não acredito que essas palavras descrevem uma
ressurreição corporal que se realizará após o milênio. A
palavra ezesan("Viveu" ou "ganhou vida"), pois é usado nesta frase deve
significar o mesmo que significou na frase anterior. João está aqui falando
sobre os mortos incrédulos - o "resto dos mortos", em distinção dos mortos

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crentes que ele acabou de descrever. Quando ele diz que o resto dos mortos
não vive nem ganha vida, ele significa exatamente o oposto do que acabou
de dizer sobre o crente morto. O morto incrédulo, ele está dizendo, não
vive nem reina com Cristo durante este período de mil anos. Enquanto os
crentes após a morte desfrutam de um novo tipo de vida no céu com Cristo,
no qual eles compartilham do reinado de Cristo, os incrédulos após a morte
não compartilham nada dessa vida ou deste reinado. 60

Que isto é verdade durante todo o período de mil anos é indicado pelas
palavras, “até que os mil anos se completassem.” A palavra grega traduzida
aqui “até”, achri , significa que o que é dito aqui mantido fiel durante toda
a duração do período de mil anos. O uso da palavra aténão implica que
esses mortos incrédulos vivam e reinarão com Cristo depois que este
período tenha terminado. Se esse fosse o caso, esperávamos uma
declaração clara para esse efeito. (Para um exemplo desse tipo de
afirmação, veja Apocalipse 20: 3). Em vez disso, o que acontece com os
mortos não crentes depois que os mil anos terminaram é o que se chama no
versículo 6 "a segunda morte". Quando é dito em verso 6, que a "segunda
morte" não tem poder sobre o crente morto, está implícito que a "segunda
morte" tem poder sobre os mortos incrédulos. O que significa "a segunda
morte"? O verso 14 explica: "Esta é a segunda morte, até o lago de fogo"
(ASV). A segunda morte, portanto, significa castigo eterno após a
ressurreição do corpo. No que diz respeito aos mortos incrédulos, portanto,

Agora, João continua dizendo: "Esta é a primeira ressurreição". Essas


palavras descrevem o que aconteceu com os mortos crentes a que João
estava descrevendo no final do versículo 4, antes da declaração entre
parênteses que acabamos de discutir. À luz do que foi dito acima, devemos
entender essas palavras como descrevendo não uma ressurreição corporal,

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mas sim a transição da morte física para a vida no céu com Cristo. Esta
transição é aqui chamada de "ressurreição" - um uso incomum da palavra,
com certeza, mas perfeitamente compreensível no contexto do contexto
anterior. A expressão "a primeira ressurreição" implica que haverá uma
"segunda ressurreição" para esses mortos crentes - a ressurreição do corpo
que acontecerá quando Cristo retornar no final do período de mil anos.
61
João agora diz, no versículo 6, "Bem-aventurados e santos são os que têm
parte na primeira ressurreição". As palavras seguintes dão o motivo dessa
benção: "A segunda morte não tem poder sobre eles". A segunda morte,
como nós viu, significa castigo eterno. Estas palavras sobre a segunda
morte implicam que a "primeira ressurreição" que João acabou de
mencionar não é uma ressurreição corporal. Pois se os crentes deveriam ser
pensados como tendo sido levados fisicamente, com corpos glorificados,
eles já estariam aproveitando a felicidade plena e total da vida por vir, e
não precisaria ser dito que sobre eles a segunda morte não tem poder.

"Mas eles serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele por mil
anos" (v. 6b). Durante esse período de mil anos, portanto, os mortos crentes
devem adorar a Deus e a Cristo como sacerdotes e reinarão com Cristo
como reis. Embora João esteja aqui pensando apenas no período de mil
anos que se estende até que Cristo retorna, os capítulos finais do livro de
Apocalipse indicam que, após o retorno de Cristo e depois da ressurreição
do corpo, esses mortos crentes poderão adorar a Deus, servir a Deus e
reinar com Cristo de um modo ainda mais rico do que estão fazendo
agora. Eles então adorarão e servirão a Deus por toda a eternidade em
perfeição sem pecado com os corpos glorificados na nova terra.

Esta é, portanto, a interpretação amilenar de Apocalipse 20: 1-6. Assim


entendido, a passagem não diz nada sobre um reino terrestre de Cristo

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sobre um reino principalmente judaico. Em vez disso, descreve o reinado
com Cristo no céu das almas dos crentes que morreram. Eles reinam
durante o tempo entre a sua morte e a Segunda Vinda de Cristo.

Notas 62

1. Jay E. Adams, The Time Is Hand Hand (Philadelphia: Presbyterian


and Reformed Publishing Co., 1970), pp. 7-11.

2. William Hendriksen, More Than Conquerors (Grand Rapids: Baker


Book House, 1939). Uma exposição e defesa desse método de
interpretação, resumida em nove proposições, pode ser encontrada
nas pp. 11-64.

3. Para uma exposição ampliada desses versos, veja Hendriksen, pp.


221-29.

4. Leon Morris, The Revelation of St. John (Grand Rapids, Michigan:


William B. Eerdmans, 1969), p. 236.

5. De fato, mesmo que ezeans seja interpretado como significando uma


ressurreição corporal, o verso ainda não descreve o milênio terrestre
comumente assumido pelos prémerilistas. Pois, com base na
interpretação preliminar pré-milenar de Apocalipse 20: 4, somente
os crentes levantados devem reinar com Cristo; nada é dito nesta
passagem sobre um reinado de Cristo sobre pessoas que não
morreram, mas ainda estão vivas. No entanto, o milênio dos
premilencionistas é principalmente um reinado de Cristo sobre

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pessoas que ainda estão vivas quando Cristo vem e sobre seus
descendentes!

Autor

Anthony A. Hoekema nasceu na Holanda e imigrou para os Estados Unidos


em 1923. Ele freqüentou Calvin College (AB), Universidade de Michigan 63

(MA), seminário teológico de Calvin (Th.B.) e Seminário teológico de


Princeton (Th. D., 1953). Depois de servir como ministro de várias Igrejas
Reformadas Cristãs (1944-56), ele se tornou Professor Associado da Bíblia
no Calvin College (1956-58). De 1958 a 1979, quando se aposentou, foi
Professor de Teologia Sistemática no Seminário Teológico Calvin em
Grand Rapids, Michigan. O professor Hoekema passou dois anos sabáticos
em Cambridge, Inglaterra (1965-66, 1973-74) e escreveu The Four Major
Cults(1963), e sobre o idioma falando? (1966), o Batismo do Espírito
Santo (1972), a Bíblia e o Futuro (1979) e contribuiu para o Significado do
Milênio a partir do qual estes são artigos (1977).

ANDRADE, C. C. Dicionário de escatologia bíblia. 2ª Ed.

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teológicos da fé cristã. Trad. V. Barbosa. 1ª Ed. Santa

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de Publicações Ltda. Tradução de: Magnalia dei. 2001.

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Casa Editora Presbiteriana. 1971. 206p.

BROWN, C. O novo dicionário internacional de teologia do novo


testamento. Trad. G. Chown. 1ª Ed. São Paulo:

Sociedade Religiosa Edições Vida Nova. Tradução de:

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Sociedade Religiosa Edições Vida Nova. Tradução de:

The new international dictionary of new testament

theology. 1981. v.2. 560p.

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65

PENTATEUCO

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1. INTRODUÇÃO

PENTATEUCO

Clóvis Fernandes

INTRODUÇÃO 66

A. A Bíblia

A prova concludente do amor divino encontra -se no fato de que Deus se


revelou ao homem, e esta revelação ficou registrada na Bíblia.

Nascida no Oriente e revestida da linguagem, do simbolismo e das formas


de pensar tipicamente orientais, a Bíblia tem, não obstante, uma mensagem
para a humanidade toda, qualquer que seja a raça, cultura ou capacidade da
pessoa. Contrasta com os livros de outras religiões porque não narra uma
manifestação divina a um só homem, mas uma revelação progressiva
arraigada na longa história de um povo.

Deus revelou-se em determinados momentos da história humana. Diz C.


O. Gillis: "Não se pode entender a verdadeira religião sem entender-se o
fundo histórico por via do qual nos chegara m estas verdades espirituais.

A Bíblia é uma biblioteca de 66 livros escritos por 40 autores num período


de 1500 anos; não obstante, nela se desenvolve um único tema, que une
todas as partes, a redenção do homem.

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O tema divide-se assim:

1. O Antigo Testamento: a preparação do Redentor.

2. Os Evangelhos: a manifestação do Redentor.

3. Os Atos: a proclamação da mensagem do Redentor.

4. As Epístolas: a explicação da obra do Redentor. 67


5. O Apocalipse: a consumação da obra do Redentor.

Mais de três quartas partes da Bíblia correspondem ao Antigo Testamento.

Com exceção dos onze primeiros capítulos do Gênesis, do livro de Jó e de


certas partes dos profetas, o Antigo Testa mento dedica-se ao trato de Deus
com a raça escolhida. Deus elegeu o povo hebreu com três final idades: ser
depositário de sua Palavra; ser a testemunha do

único Deus verdadeiro perante as nações; ser o meio pelo qual viesse o
Redentor.

O Antigo Testamento divide-se de acordo com o seu conteúdo: O


Pentateuco ou lei: Gênesis a Deuteronômio 5 livros

História: Josué a Ester 12 livros

Poesia: Jó a Cantares 5 li vros

Profecia Isaías a Malaquias 17 livros

B. O Pentateuco

1. Título: O nome Pentateuco vem da versão grega que remonta ao século


III antes de Cristo. Significa: "O livro em cinco volumes." Os judeus lhe
chamavam "A lei" ou " A lei de Moisés" , porque a legislação de Moisés

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constitui parte importante do Pentateuco.

2. Autor: Embora não se afirme no próprio Pentateuco que este haja sido
escrito por Moisés em sua totalidade, outros livros do Antigo Testamento
citam-no como obra dele. (Josué 1:7 -8; 23:6; I Reis 2 :3; II Re is 14:6;
Esdras 3:2;6:18; Neemias 8:1; Daniel 9:1 1-13.) Certas partes muito
importantes do Pentateuco são atribuídas a ele (Êxodo 1 7:14;
Deuteronômio 31:24 -26). 68

O escritores do Novo Testamento estão de pleno acordo com os do


Antigo. Falam dos cinco livros em geral como " a lei de Moisés" (Atos
13:39; 15:5; Hebreus 10:28). Para eles, "ler Moisés" equivale a ler o

Pentateuco (ver II Coríntios 3:15: "E até hoje, quando é lido moisés, o véu
está posto sobre o coração deles").

Finalmente, as palavras do próprio Senhor Jesus dão testemunho de que


Moisés é o autor: "Porque, se vós crêsseis em Moisés , creríeis em mim;
porque de mim escreveu ele" (João 5 :46; ver também Mateus 8:4; 19:8 ;
Marco s 7:1 0; Lucas 16:31; 24:27, 44).

Moisés, mais do que qualquer outro homem, tinha preparo, experiência e


gênio que o capacitavam para escrever o Pentateuco.

Considerando-se que foi criado no palácio dos faraós, "foi instruído em


toda a ciência dos

egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras" (Atos 7 :22). Foi


testemunha ocular dos acontecimentos do êxodo e da peregrinação no
deserto. Mantinha a mais íntima comunhão com Deus e recebia revelações
especiais.

Como hebreu, Moisés tinha acesso às genealogias bem como às tradições


orais e escritas de seu povo, e durante os longos anos da

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peregrinação de Israel, teve o tempo necessário para meditar e escrever. E ,
sobretudo, possuía notáveis dons e gênio extraordinário, do que dá
testemunho seu papel como líder, legislador e profeta.

3. Teoria documentária da Alta Crítica : Há dois séculos, eruditos de


tendência racionalista puseram em dúvida a paternidade mosaica do
Pentateuco. Criaram a Teoria Documentária da Alta Crítica, segundo a qual
os primeiros cinco livros da Bíblia são uma compilação de documentos
redigidos, em sua maior parte, no período de Esdras (444 a. C). No
69
entender desses autores, o documento mais antigo que se encontra no
Pentateuco data do tempo de Salomão. Julgam que o Deuteronômio é uma
" fraude piedosa" escrita pelos sacerdotes no reinado de Josias tendo em
mira promover um avivamento; que o Gênesis consiste mormente em
lendas nacionais de Israel.

Muitos estudiosos conservadores acham provável que Moisés, ao escrever


o livro do Gênesis, tenha empregado genealogias e tradições escritas
(Moisés menciona especificamente " o livro das gerações de Adão" , em
Gênesis 5:1).

William Ross observa que o tom pessoal que encontramos na oração de


Abraão a favor de Sodoma, no relato do sacrifício de Isaque, e nas palavras
de José ao dar-se a conhecer a seus irmãos "é precisamente o que
esperaríamos, se o livro de Moisés fosse baseado em notas biográficas
anteriores" .

2. Provavelmente, essas valiosas memórias foram transmitidas de uma


geração para outra desde tempos muito remotos. Não nos cause estranheza
que Deu s possa ter guiado Moisés a incorporar tais documentos em seus
escritos. Seriam igualmente inspirados e autênticos.

Também é notável haver alguns acréscimos e retoques insignificantes de


palavras arcaicas, feitos à obra original de Moisés. É universal mente
reconhecido que o relato da morte de Moisés (Deuteronômio 34) foi escrito
por outra pessoa (o Talmude, livro dos rabinos, o atribui a Josué). Gênesis
36:31 indica que havia rei e m Israel, algo que não existia na época de
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Moisés. Em Gênesis 14:14 dá -- se o nome "Dã" à antiga cidade de " Laís",
nome que lhe foi dado depois da conquista.

Pode -se atribuir isto a notas esclarecedor as, ou a mudanças de nomes


geográficos arcaicos, introduzidas para tornar mais claro o relato.
Provavelmente fora m agregados pelos copistas das Escrituras, ou por
algum personagem ( como o profeta Samuel).
70
Não obstante, estes retoques não seriam de grande importância nem
afetariam a integridade do texto. Assim, pois, são contundentes tanto a
evidência interna como a externa de que Moisés escreveu o Pentateuco.
Muitos trechos contêm frases, nomes e costumes do Egito, indicativos de
que o autor tinha conhecimento pessoal de sua cultura e de sua geografia,
algo que dificilmente teria outro escritor em Canaã, vários séculos depois
de Moisés. Por exemplo, consideremos os nomes egípcios: Potifar (do deus
do sol, Ra), Zafnate --Paneá (Deus fala; ele vive), Asenate (pertencente à
deusa Neit) e On, antigo nome de Helióplis (Gênesis 37:3 6; 41:45, 5 0).
Notemos, também, que o autor menciona até os vasos de madeira e os de
pedra que os egípcio s usava m para guardar a água que tiravam d o rio
Nilo.

O célebre arqueólogo W. F. Albright diz que no Êxodo se encontram em


forma correta tantos detalhes arcaicos que seria insustentável atribuí-los a
invenções posteriores.

3.Também, pelas referências feitas com relação a certos materiais do


tabernáculo, deduzimos que o autor conhecia a península do Sinai. Por
exemplo, as peles de texugos se referem, segundo certos eruditos, às peles
de um animal da região do mar Vermelho; a "onicha" , usada como
ingrediente do incenso (Êxodo 30:34) era da concha de um caracol da
mesma região. Evidente mente, as passagens foram escrita s por alguém
que conhecia a rota da peregrinação

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de Israel e não por um escritor no cativeiro babilônico, ou na restauração,
séculos depois.

Do mesmo modo, os conservadores mostra m que o Deuteronômio foi


escrito no período de Moisés. O ponto de referência do autor do livro é o de
uma pessoa que ainda não entrou em Canaã.

A forma em que está escrito é a dos tratados entre os senhores e seus 71


vassalos do Oriente Médio no segundo milênio antes de Cristo. Por isso,
estranhamos que a Alta Crítica tenha dado como data destes livros
setecentos ou mil anos depois.

A Arqueologia também confirma que muitos dos acontecimentos do livro


do Gênesis são realmente históricos.

Por exemplo, os por menores da tomada de Sodoma, descrita no capítulo


14 do Gênesis, coincidem com assombrosa

exatidão com o que os arqueólogos descobriram. (Nisto se incluem: os


nomes do quatro reis, o movimento dos povos, e a rota que os invasores
tomaram, chamada " caminho real".

Depois do ano 1200 a. C, a condição da região mudou radicalmente, e essa


rota de caravanas deixou de ser utilizada. ) O arqueólogo Albright declarou
que alguns dos detalhes do capítulo 14 nos levam de volta à Idade do
Bronze (período médio, entre 21 00 e 1560 a.C.).

4. Não é muito provável que um escritor que vivesse séculos depois


conhecesse tais detalhes.

Além do mais, nas ruínas de Mari (sobre o rio Eufrates) e de Nuzu (sobre
um afluente do rio Tigre) foram encontradas tábuas de argila da época dos

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patriarcas. Nelas se descrevem lei s e costumes, tais como as que permitiam
que o homem sem filhos desse sua herança a um escravo ( Gênesis 15:3), e
uma mulher estéril entregasse sua criada a seu marido par a suscitar
descendência (Gênesis 1 6:2).

Do mesmo modo, as tábuas contêm nomes equivalentes ou semelhantes aos


de Abraão, Naor (Nacor), Benjamim e muitos outros. Por isso, tais provas
refutam a teoria da Alta

Crítica de que o livro do Gênesis é uma coletânea de mitos e lendas do 72


primeiro milênio antes de Cristo.

A Arqueologia demonstra cada vez mai s que o Pentateuco apresenta


detalhes históricos exatos, e que foi escrito na época de Moisés.

Há razão ainda para se duvidar de que o grande líder do êxodo foi seu
autor?

4. Ambiente do mundo bíblico: Quando Abraão chegou à Palestina, esta já


era uma ponte importante entre os centros culturais e políticos daquela
época. Ao norte achava-se o império hitita; ao sudoeste, o Egito; ao oriente
e ao sul, Babilônia; e ao nordeste o império assírio. Ou seja, que os
israelitas estavam localizados em um ponto estratégico e não isolado
geograficamente das grandes civilizações.

A maioria dos historiadores acha que a planície de Sinar, situada entre os


rios Eufrates e Tigre, foi o berço da primeira civilização importante,
chamada suméria.

No ano 2800 a. C. os sumérios j á haviam edificado cidades florescentes e


haviam organizado o governo em cidades-estados; também haviam
utilizado metais e tinham aperfeiçoado um sistema de escrita chamada
cuneiforme. Quase ao mesmo tempo, desenvolvia-se no Egito uma

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civilização brilhante. É provável que quando Abraão se dirigiu para o
Egito, tenha visto pirâmides que contavam mais de 500 anos.

A região onde se desenvolveu a primeira civilização é chamada " fértil


crescente" (pela forma d o território que abrange). Estende-se de forma
semicircular entre o Golfo Pérsico e o mar Mediterrâneo, até ao sul da
Palestina.

O território é regado constantemente por chuvas e rios caudalosos, co mo o


Eufrates, o Tigre, o Nilo e o Orontes, o que possibilita uma agricultura 73
produtiva. No interior desta região está o deserto da Arábia, onde há
escassas chuvas e pouca população. Ali, no fértil crescente, surgiram os
grandes impérios dos amorreus, dos babilônios, dos assírios e dos persas.

O mais importante para nós, todavia, é que ali habitou o povo escolhido de
Deus e ali nasceu o Homem que seria o Salvador do mundo.

Toda a região compreendida entre os rios Eufrates e Tigre chama-se


Mesopotâmia (meso: entre; potamos: rio).

No princípio denominava--se "Caidéia" à planície de Sinar, desde a cidade


d e Babilônia, ao sul, até ao Golfo Pérsico; mas p osteriormente o termo
"Caidéia" passou a designar t oda a região da Meso potâmia (a mes ma área
chamava -se também Babilônia).

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2. Autor e Data

Autor e Data

Referências ao Pentateuco por termos como "o Livro de Moisés" (2


Crônicas 25: 4; Nemias 13, 1), "O Livro da Lei de Moisés" (Ne. 8: 1), "A
Lei de Moisés" o SENHOR "(1 Crônicas. 16:40; Esdras 7:10) e "o Livro
da Lei de Deus" (Nemias. 8:18) são amplamente restritos aos escritos após 74
o exílio. (Não é certo se as referências à "lei [de Moisés]" nos livros
anteriores se referem ao Pentateuco ou a partes dele [por exemplo, Josué 1:
8; 8:34; 2 Reis 14: 6; 22: 8]).

O Novo Testamento usa designações semelhantes para o Pentateuco


(Mateus 12: 5; Marcos 12:26; Lucas 16:16; John 7:19; Galátas 3:10). A
atribuição desses livros a Moisés ressaltou a autoridade vinculativa do
Pentateuco.

A autoria mosaica é indicada não apenas por esses títulos, mas também
pelas palavras de Jesus: "Moisés ... escreveu de mim" (João 5:46). Lucas
também afirma a autoria de Mosaica quando ele registra que Jesus expôs as
Escrituras "começando com Moisés" (Lucas 24:27), e muitos outros
escritores e personagens do Novo Testamento também fazem (Mateus 8: 4;
19: 7-8; Marcos 1:44; 7:10; 10: 3-4; 12: 19,26; Lucas 16:29,31; 24:44;
João 1:45; 8:5; Atos 15:21; 26:22; 28:23; ROM. 10: 5, 19; 2 Cor. 3: 14-
15).

O Pentateuco em si conta o contributo decisivo de Moisés para a sua


composição: Ele escreveu o grande código legal, o Livro da Aliança
(Êxodo 24: 3-7) e sua exposição da lei registrada no livro de Deuteronômio
(Dt 31: 24-26).

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No entanto, durante os últimos dois séculos, a maioria dos intérpretes que
não aceitam a própria testemunha da Bíblia sobre sua autoria atribuiu sua
composição final aos editores após o exílio, que criativamente juntou pelo
menos quatro documentos literários anteriores. Sua visão é comumente
chamada de hipótese documental.

Com base em diferentes nomes divinos (por exemplo, "Deus" [ Elohim ] e


"Senhor" [Javé]), vocabulário (por exemplo, diferentes palavras hebraicas
para "serva criada"), histórias duplicadas (por exemplo, a ameaça das
75
matriarcas [ Gen. 12: 10-20; 20: 1-19; 26: 1-11]) e leis (por exemplo, da
Páscoa [Êx 12: 1-20,21-23; Deut 16: 1-8]) , e pelas diferentes teologias,
eles consideram o Pentateuco como essencialmente um composto da
narrativa de Yahwist ( J do " Jahwist " alemão ; c. 950 aC); narrativa do
Elohista (E;. c 850 aC); O documento do Deuteronômio , principalmente o
Deuteronômio ( D , 622 a 587 aC); e o documento sacerdotal ( p . c. 500
aC).

Durante a segunda metade do século XX, este ponto de vista foi


significativamente modificado. Com base em formas literárias e evidências
arqueológicas, tornou-se claro que todos os supostos documentos
continham material muito antigo, alguns dos quais podem até remontar a
Moisés. Aqueles que defendem a hipótese documental hoje geralmente
acreditam que os escritores de J, E, D e P não eram autores, mas
editores que colecionaram e organizaram materiais anteriores. Mais
recentemente, vários estudiosos, embora ainda reconhecendo
essencialmente esses documentos reivindicados no Pentateuco,
questionaram o objetivo e os métodos que levaram à identificação dessas
fontes e expressaram admiração pela estrutura unificada do Pentateuco.

Falar de Moisés como autor do Pentateuco é dizer que ele era sua fonte e
autoridade fundamentais e que os livros do Pentateuco foram originalmente
compostos, em grande parte das formas em que eles existem hoje, durante a
vida de Moisés. Devemos facilmente admitir, no entanto, que, de acordo
com práticas conhecidas no antigo Oriente Médio, Moisés usou fontes
literárias. Às vezes, estes são claramente identificados (por exemplo, Gen.
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5: 1; Num. 21:14); outras vezes podem ser inferidas de mudanças nos
estilos literários (Gn 1: 12: 3 com Gen. 2:42:25). Os profetas inspirados
mais tarde, que conseguiram Moisés em mediar a palavra autoritária de
Deus (Deuteronômio 18: 15-20), mantiveram o texto atualizado
linguisticamente e historicamente e até acrescentou material como o
Gênesis 36:31 (Veja "Introdução ao Gênesis") e o obituário de Moisés
(Deuteronômio 34: 1-12). A NIV às vezes coloca material não mosaico
entre parênteses (por exemplo, Êxodo. 11: 3; Num. 12: 3).
76

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Unidade

O Pentateuco é um conjunto de livros individuais e uma narrativa sem


costura que torna uma história completa desde a criação até a morte de
Moisés. Para lê-lo como um ou outro distorceria seu texto. Por um lado,
cada livro, a seu modo, guiou Israel através do êxodo do Egito para a
conquista de Canaã. Gênesis é distintivo com base em seu foco literário
único nos períodos primitivos e patriarcais, criando o pano de fundo para as 77
contas do êxodo e da conquista.

O Êxodo destaca a liderança de Moisés, a lei e o Tabernáculo; Levítico é


um manual distintamente sacerdotal para guiar a adoração em Israel;
Números se concentra em Israel enquanto o exército do Senhor marcha
para Canaã; e Deuteronômio consiste em três endereços de Moisés nas
planícies de Moabe, nos quais ele expôs a lei e reabilitou a renovação da
aliança.

Ao mesmo tempo, esses livros estão unidos em uma narrativa contínua. Por
exemplo, o Êxodo está ligado ao Gênesis com referência ao número de
israelitas que foram ao Egito (Gênesis 46:26, 27, Êxodo. 1: 1). Moisés, no
momento do êxodo, cita o pedido de morte de José para que os israelitas
levantem os seus ossos do Egito quando Deus veio em sua ajuda (Gênesis
50:25; Êxodo 13:19). Levíticos 1-9 quase pode ser lido como um apêndice
para o Êxodo 25-40. O último texto legitima a construção do Tabernáculo
e o primeiro é seu ritual. O serviço de ordenação do sacerdote é delineado
em Êxodo 29, mas não ocorre até Levítico 8-9. As restrições alimentares
no Levítico baseiam-se na história do êxodo (Levítico 11:45). Números
compartilham muitas conexões com Êxodos e Levíticos.

Grandes porções das narrativas dos três livros médios ocorrem na região
selvagem do Sinai, e os livros compartilham regulamentos e preocupações
litúrgicas similares. No início de seu primeiro endereço em Deuteronômio,

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Moisés resume a história de Israel do Sinai para Moabe, conforme
registrado em Números, e em seu segundo discurso ele faz alusões
frequentes ao Êxodo, mesmo repetindo com leve modificação os Dez
Mandamentos e a resposta de Israel (Êx. 20 ; Dt. 5).

Tema

78
O Pentateuco é principalmente uma mistura de história e direito. Esses
temas não são relacionados: a história narrativa explica as leis. Por
exemplo, a lei sobre a circuncisão é dada no relato do anúncio de Deus de
sua aliança com Abraão e Sara (Gênesis 17: 9-14), e quebrar o sábado é
uma ofensa capital na história sobre o homem que juntou bastões naquele
dia (Números 15: 32-36). Mas, como observado acima, a grande história do
Pentateuco relaciona-se com os convênios de Deus com os patriarcas; Sua
posterior libertação de seus descendentes, agora uma nação, do Egito; e sua
obrigação de manter as leis de Deus como delineadas na aliança a que
concordaram no Sinai e que Moisés expôs em Deuteronômio
(Deuteronômio 6: 20-25).

Gênesis termina com o caixão de José no Egito (Gênesis 50:26), Êxodo


com a glória guiadora do Senhor, nuvem sobre o Tabernáculo no deserto de
Sinai (Êx 40, 34-38); Levítico com o resumo "Estes são os mandamentos
que o Senhor deu a Moisés no monte Sinai para os israelitas" (Lv, 27:34);
Números com um resumo semelhante, mas agora "nas planícies de Moabe"
(Nm. 36:13); e Deuteronômio com o sepultamento de Moisés em Moabe e
providencia para que Josué o suceda (Deuteronômio 34).

Esta progressão espacial e temporal do Egito para o Sinai para Moabe pode
ser rastreada até o apelo de Abraão para deixar sua terra natal, Ur dos
Caldeus , e a oferta de Deus para fazer dele uma grande nação em sua
própria terra, que abençoe todos os outros nações da terra (Gn 12: 1-3). O
Pentateuco é uma história sobre os convênios graciosos e desdobrados de

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Deus para formar uma nação sacerdotal e santa que traria a salvação a
todos os povos.

Gênesis se concentra nos convênios de Deus com seus pais, Abraão, Isaque
e Jacó, que prometem que Deus fará de sua família uma grande nação. A
narrativa em Êxodo através de Deuteronômio trata do fundador da nação,
Moisés e a aliança de Deus mediada por ele para fazer de Israel uma nação
santa. Essa história e esses convênios encontram sua satisfação em Cristo e 79
no novo Israel, porque o Deus soberano dirige a história para o seu destino
final.

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3. Visão geral do livro de Gênesis

Autor: O autor é Moisés.

Objetivo: 80

Encontro: c. 1446-1406 aC

Verdades-chave:

Embora o pecado corrompesse o mundo ideal que o Deus de Israel criou, a


redenção viria através do povo escolhido de Deus.

A vida de Abraão, Isaque e Jacó fornece muitas idéias sobre a natureza da


aliança de Deus com seu povo e sua esperança para o futuro.

A vida de José e seus irmãos revela as maneiras pelas quais o povo de


Deus se relaciona entre si e com o mundo.

Autor:Porque este livro é parte do Pentateuco unificado, estabelecer sua


autoria não pode ser completamente separada da composição de Êxodo,
Levíticos, Números e Deuteronômio (ver "Introdução ao Pentateuco ").

Evidências para o próprio Gênesis sugerem que, como é o caso do


Pentateuco, Moisés, sob a inspiração do Espírito Santo, deu ao livro sua
substância essencial; portanto, ele pode ser chamado corretamente seu
autor. Os editores inspirados mais tarde foram modernizados e
complementados em vários lugares para formar o livro como o temos hoje.

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Seria arbitrário excluir Gênesis do testemunho do Novo Testamento de que
Moisés escreveu o Pentateuco. Mais especificamente, nosso Senhor disse:
"Moisés te deu circuncisão" (João 7:22 ; Veja também Atos 15: 1 ), um
rito que foi estabelecido de maneira exclusiva em Gênesis 17. Não é
surpreendente que o fundador da teocracia de Israel tenha fornecido esta
magistral composição literária.

O excelente treinamento de Moisés nos tribunais do Egito, seus presentes 81


espirituais excepcionais e seu chamado divino o qualificaram
exclusivamente para compor o conteúdo e a forma essenciais do
Pentateuco.

O fundador da teocracia de Israel da necessidade teria dado a Israel sua


história, significado e destino anteriores, bem como suas leis. Quase todas
as comunidades políticas e / ou religiosas significativas no mundo antigo
mantiveram contas de suas origens definidoras.

Da mesma forma, Gênesis forneceu os fundamentos teológicos e éticos da


Torá: o relacionamento exclusivo da aliança de Israel com Deus (
Deuteronômio 9: 5 ). Além disso, uma vez que os mitos da criação eram
básicos para as religiões pagãs, é razoável esperar que o fundador de Israel
tenha fornecido a conta de criação do Genesis para contorná-los (veja as
anotações sobre Gn 1: 1-2: 3 ).

Esta perspectiva é corroborada pela evidência da antiguidade do Gênesis.


Seus primeiros 11 capítulos compartilham muitas continuidades e
descontinuidades conscientes com antigos mitos do Oriente Próximo que
precederam o tempo de Moisés e certamente eram conhecidos por ele (por
exemplo, o Enuma Elish , o Atrahasis épico e o 11º comprimido do
Gilgamesh Contas épico-mesopotâmicas da criação e inundação). Enuma
Elish também é um título, então "Elish" geralmente é inicialmente
limitado. Nomes e costumes nas narrativas sobre os patriarcas ( Gen. 12-50

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) refletem com precisão sua época, sugerindo um autor inicial trabalhando a
partir de documentos confiáveis. Os textos de Ebla (século vinte e quatro
aC) mencionam Ebrium, possivelmente o Eber de 10:21; e os textos de
Mari (século XVIII aC) atestam, entre outros, os nomes de Abraão, Jacó e
Amorite.

A prática de conceder um direito de primogenitura (ou seja, privilégios


adicionais para um filho mais velho, Gen. 25: 5-6 , 32 -34 ) foi
generalizada no antigo Oriente Próximo, e a venda de uma herança ( Gen.
82
25: 29-34 ) está documentada em diferentes períodos nesta área. A adoção
do próprio escravo ( Gênesis 15: 3 ) é encontrada em uma carta de Larsa do
antigo período da Babilônia, e a adoção de Efraim e Manassés pelo seu avô
( Gênesis 48: 5 ) pode ser comparada com uma adoção similar de um neto
em Ugarit (século XC aC).

O presente de uma escrava como parte de um dote e sua apresentação ao


marido por uma esposa infértil ( Gênesis 16: 1-6 e suas notas; Veja
também Gen. 30: 1-3 ) são atestadas no Código Hammurapi (século XVIII
aC).

Na verdade, algumas práticas religiosas dos patriarcas antedate Moisés.


Eles adoravam Deus sob nomes tão antigos como El Olam ("o Deus
eterno"; Gen. 21:33 ) e El Shaddai ( Gen 17: 1 ). Estes nomes nunca se
repetem na Torá, exceto em Êxodo 6: 3 , onde o NIV84 se traduz El
Shaddai como "Deus Todo-Poderoso" (Números 24: 4 e Num. 24:16
empregar Shaddai sozinho, traduzido "o Todo-Poderoso").
Contrariamente à Lei Mosaica, e sem a censura do narrador, Jacó erigiu
uma coluna de pedra ( Gen. 28: 18-22 ), Abraão se casou com sua meia-
irmã ( Gn 20:12 ), e Jacó simultaneamente se casou com irmãs ( Gênesis
29: 15-30 ; cf. Deut. 16: 21-22 ; Lev. 18: 9 , 18 , respectivamente).

Além disso, dos 38 nomes pelos quais os patriarcas e suas famílias são
chamados, 27 nunca mais são encontrados na Bíblia. Somente Gênesis
chama Hebron "Mamre", e somente Gênesis menciona Paddan Aram. Esses
detalhes indicam não apenas que Moisés dependia de fontes anteriores, mas
também que Gênesis foi escrito no início da história de Israel, quando havia
pouca necessidade de justificar ou condenar esses costumes anteriores.

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Tempo e Local de Escrita:

Dada a evidência que liga Gênesis e seus conteúdos a Moisés e a sua era,
podemos razoavelmente concluir que a forma e o conteúdo essenciais do
livro datam de cerca de 1400 aC. Na medida em que David (c. 1000 aC)
definiu a conta de criação ( Gn. 1 ) para a música ( Salmo 8 ), uma data de
composição no segundo milênio aC é certificada para o Gênesis 1.
Embora palavras conhecidas por terem sido usadas apenas em meados do 83
segundo milênio aC, ocasionalmente, aparecem no texto (veja a nota "a
mais velha" em Gn. 25:23 ), os leitores devem notar que a gramática e os
nomes dos lugares (veja a nota em "Dan" em Gênesis 14:14 ) de Gênesis,
como o resto do Pentateuco, foram modernizados. Além disso, a lista do rei
em Gênese 36: 31-43 parece ser um adendo que data após o tempo de
Saul.

Não há provas suficientes para determinar precisamente quando Moisés


escreveu o livro de Gênesis. Ele pode ter composto como uma forma de
chamar a primeira geração do êxodo para fora do Egito ou, mais
provavelmente, em conjunto com o resto do Pentateuco para a segunda
geração do êxodo, como eles prepararam nas planícies de Moab para a
conquista de Canaã.

Público original:

O livro de Gênesis foi escrito para encorajar os israelitas enquanto


enfrentavam os múltiplos desafios de se separarem dos seus antecedentes
de escravidão no Egito e avançar para a conquista da terra prometida. As
narrativas fornecem um prólogo para as responsabilidades que a nação
enfrentou nos dias de Moisés. Por exemplo, Gênesis se concentra
explicitamente no rito da circuncisão ( Gênesis 17: 9-14 ), a proibição de
comer o nervo ciático ( Gênesis 32:32 ) e a observância do sábado (
Gênesis 2: 2-3 ). Mais importante ainda, Gênesis relata as origens de Israel,

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voltando aos primórdios da história humana e ao conflito entre o Reino de
Deus e o reino da serpente - um conflito no qual a nação de Israel deveria
desempenhar um papel crucial. Gênesis também relata a eleição de Israel a
uma relação de aliança única com o único deus. De acordo com essa
aliança, os descendentes dos patriarcas se tornariam uma grande nação na
terra da promessa, por meio da qual os gentios seriam abençoados.

Objetivo e Distintivo: 84

Seguindo o antigo costume de nomear livros pela primeira palavra (s), o


título hebraico é bereshith , "no início". Com base no conteúdo do livro, o
título grego é geneseos (gênese), que significa "origem". Ambos os
títulos são apropriados, pois o livro trata da origem da história sagrada.

Um estudo sobre a estrutura literária de Gênesis revela os seguintes


destaques. O prólogo ( Gen. 1: 1-2: 3 ) é evidenciado por um dispositivo no
início e conclusão do livro: no texto hebraico, a ordem das palavras de
Gênese 1: 1 é revertido em Gênese 2: 1-3 .

Após o prólogo, Gênesis é dividido em dez partes marcadas pela fórmula


"Esta é a conta de ..." Este título é seguido por uma genealogia da pessoa
chamada e / ou por histórias envolvendo os descendentes notáveis da
pessoa. As três primeiras "contas" pertencem à história antes da inundação;
os últimos sete, às vezes após a inundação.

Os três primeiros e os três primeiros dos sete paralelos uns aos outros:
incluem histórias sobre os desenvolvimentos da humanidade
universalmente na criação das águas primordiais e caóticas e na recriação
após o dilúvio (contas um e quatro); a genealogia das linhas redentoras
através de Sete e Sem (contas duas e cinco); e as histórias das transações da
aliança de época com Noé e Abraão (contas três e seis). Os dois pares finais
expandem a linha abraâmica, contrastando sua prole rejeitada, Ismael e

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Esaú (relatos sete e nove), com histórias sobre os eleitos, Isaac e Jacó
(contas oito e dez).

A chave para uma história é muitas vezes dada em uma revelação de


abertura; por exemplo, a oferta a Abraão ( Gênesis 12: 1-3 ), o sinal pré-
natal da rivalidade entre Jacó e Esaú ( Gn. 25: 22-23 ) e os sonhos de José (
Gênesis 37: 1-11). Uma seção de transição é encontrada no final da conta
(por exemplo, Gn. 4: 25-26 ; 6: 1-8 ; 9: 18-29 ; 11: 10-26 - veja 85
"Introdução: Esboço"). A seção final da última conta contém fortes
ligações com o Êxodo, concluindo com um juramento que Joseph suscitou
de seus irmãos para carregar seu corpo embalsamado com eles quando
Deus veio em sua ajuda para levá-los de volta a Canaã ( Gênesis 50: 24-25
; Ex. 13:19 ).

O foco do livro sobre as origens de Israel se desenrola em um pano de


fundo de preocupações com assuntos que afetam o mundo. Moisés nos diz
que antes da eleição de Deus dos patriarcas (isto é, os pais de Israel; Gen.
12-50 ), a humanidade afirmou sua independência de Deus desafiando seu
comando ( Gen. 2-3 ). Os seres humanos provaram sua depravação por
religião simbólica, fratricídio e vingança desenfreada (representada por
Caim em Gen. 4 ); por tirania, harens e pensamentos negativos contínuos
(representados pelos reis perversos de Gen. 6: 1-8 ); e pela criação de seu
próprio reino contra Deus (como representado pela infame torre de Nimrod
( Gênesis 10: 8-12 ; veja a nota em Gen. 11: 1-9 ).

O veredicto de Deus sobre a humanidade está: "Toda inclinação de seu


coração é maligna desde a infância" ( Gn 8:21 ). Por trás dessa história
sombria, o pai espiritual da humanidade caído: o malvado e esperto diabo (
Gn. 3 ).

Assim como milagrosamente e com certeza, como Deus, transformou


soberanamente o caos escuro e misterioso nas origens da Terra ( Gênesis 1:

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2 ) em um habitat glorioso para a humanidade e trouxe-o para descansar (
Gn 1: 3-2: 3 ), então também Deus soberanamente elegeu seu povo da
aliança em Cristo para conquistar Satanás ( Gênesis 3:15 ) e abençoar o
mundo depravado ( Gn 12: 1-3 ). Ele eleito incondicionalmente os
patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó, prometendo fazer dos descendentes
eleitos a nação destinada a abençoar a terra - uma promessa que envolve
uma semente eterna, terra e rei ( Gn 12: 1 3 , 7 ; 13: 14-17 ; 17: 1-8 ;
26: 2-6 ; 28: 10-15 ).
86
Antes de Jacó ter nascido ou ter feito o bem ou o mal, Deus o escolheu ao
invés de seu irmão mais velho, Esaú ( Gen. 25: 21-23 ). Deus até usou os
erros escandalosos de Judá contra Tamar, como ele fez a própria ardida
audácia de Tamar, para avançar a linha messiânica ( Gen. 38 ). O rei
celestial mostrou seu glorioso governo ao preservar milagrosamente as
matriarcas em harenes pagãos ( Gn 12: 10-20 ; 20: 1-18 ) e abrindo os
seus ventos estéreis ( Gênesis 17: 15-22 ; 18: 1-15 ; 21: 1-7 ; 25:21 ;
29:31 ; 30:22 ). Ele superou as práticas humanas normais de vez em
quando, escolhendo os mais jovens, e não os mais velhos, para herdar a
benção (veja a nota em Gen. 25:23 ).

Profetas flagrantes e tipos sutis são testemunhas esterlinas que Deus dirige
a história. Por exemplo, Noé profetizou a subjugação de Canaã ( Gênesis 9:
24-26 ), e Abraão prefigurava o maior êxodo liderado por Moisés quando
Deus entregou a Abraão e Sara da opressão do Egito com riqueza (ver nota
sobre Gen. 12: 10-20 ).

Deus inclinou o coração de seus eleitos a confiar em suas promessas e


obedecer seus mandamentos. Contra toda esperança, Abraão contou com
Deus para abençoá-lo com inúmeras crias, e o narrador diz que Deus
acreditou que a fé era igual à da lei ( Gn 15: 6 ). Confiante das promessas
seguras de Deus, Abraão renunciou aos seus direitos à terra (Gênesis 13 ), e
mais tarde, Jacó (posteriormente chamado Israel), apegado apenas a Deus (
Gênesis 32: 9-12 ), simbolicamente devolveu o direito de nascimento a
Esaú ( general 33).

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No início da história de José, Judá vendeu José como escravo ( Gênesis 37:
26-27 ), mas, no seu fim, o ex-comerciante de escravos estava disposto a se
tornar um escravo no lugar de seu irmão ( Gn 44: 33-34 ). Seguro na
verdade de que o design soberano de Deus incluía pecados tão hediondos
como sua tentativa de assassinato e escravidão nas mãos de seus irmãos,
José perdoou-os sem recriminação ( Gn 45: 4-8 ; 50:24 ).
87

Deve-se admitir que existem algumas dificuldades na interpretação do


livro. Há tensão entre Gênesis e ciência moderna. Gênesis está preocupado
com quem criou o universo e por quê. A ciência não pode responder a essas
perguntas! Uma vez que falar o mundo na existência não satisfaz os
cientistas não-cristãos, eles tentam explicar, através de diferentes ramos de
sua arte sempre em mudança, como o universo surgiu. No entanto, é
preciso lembrar que Deus é o Deus de toda a ciência verdadeira e, portanto,
a verdadeira ciência sempre concordará com a interpretação correta da
Palavra imutável de Deus.

A autoria de Gênesis também foi questionada. Durante o século passado, os


estudiosos alegaram que é composto de documentos conflitantes por
escritores diferentes, geralmente identificados como:

J - para o escritor ou escritores que se referiam a Deus como Javé / Javé ,


"o SENHOR".

E - para o escritor ou escritores que se referiam a Deus como Elohim ,


"Deus".

P - para o escritor ou escritores que estavam preocupados com questões


sacerdotais.

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D - para o escritor ou escritores do Deuteronômio.

Apesar de JEPD abordagem, comumente chamado de hipótese


documental , ainda é amplamente aceita, poucos acreditam mais que esses
documentos podem ser usados para reconstruir uma história da religião de
Israel, já que todas as fontes alegadas contêm materiais iniciais e atrasados. 88

Certamente, muitos documentos foram compostos no antigo Oriente


Médio, combinando fontes escritas anteriores e o próprio Moisés pode ter
usado (ver "Autor"), mas nenhuma crítica demonstrou com sucesso que o
próprio Moisés não poderia ter autorizado ou escrito de todos quatro
perspectivas. Além disso, muitos estudiosos questionam os critérios usados
para identificar essas fontes e enfatizam, em vez disso, a unidade do texto
em mãos.

Por exemplo, a história da inundação, um verdadeiro exemplo de síntese de


livros didáticos, de acordo com a hipótese documental, é agora concedida
para ter uma integridade notável (veja a nota sobre Gen 6: 9-9:29 ).
Consulte " Introdução ao Pentateuco . "

Cristo em Gênesis:

O que começou em Gênesis é cumprido em Cristo. A genealogia começou


em Gênesis 5 e avançou em Gênesis 11 é completado com o
nascimento de Jesus Cristo ( Mt. 1 ; Luke 3: 23-38 ). Ele é a
descendência por excelência prometida a Abraão ( Gênesis 17: 15-16 ;
Gal. 3:16 ).

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Os eleitos são abençoados nele, porque ele, por sua obediência ativa,
satisfez as exigências da lei e por sua vontade de distinguir seus direitos de
igualdade com Deus morreu em seu lugar. Todos os que são batizados nele
são descendentes de Abraão ( Gálatas 3: 26-29 ). As profecias audaciosas e
os tipos sutis em Gênesis mostram que Deus estava escrevendo uma
história que deveria ser completada em Jesus. No limiar da profecia bíblica,
Noé predisse que os Japhethites encontrariam salvação através dos semitas
( Gênesis 9:27 ), uma profecia cumprida no Novo Testamento ( Rom. 11 ;
cf. nota sobre Gênesis 9:27 ), e o próprio Deus proclamou que a prole da 89
mulher destruiria Satanás ( Gênesis 3:15 ).

Essa descendência é Cristo e sua Igreja ( Romanos 16:20 ). O dom da noiva


para Adão prefigurava o dom da igreja para Cristo ( Gênesis 2: 18-25 ; Ef.
5: 22-32 ); O sacerdócio de Melquisedeque é como o do Filho de Deus (
Gênesis 14: 18-20 ; Hb 7).

O paraíso perdido pelo primeiro Adão é restaurado pelo último Adão


(Cristo). Esta história sagrada maravilhosamente unificada certifica que o
foco de Gênesis é, em última instância, Cristo.

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4. Visão geral do Livro do Êxodo

Visão geral do Livro do Êxodo

Autor: O autor é Moisés.

Objetivo: 90

Afirmar a autoridade divina da liderança de Moisés e dos regulamentos de


lei e adoração da aliança.

Período: c. 1446-1406 aC

Verdades-chave:

O Senhor autorizou Moisés como líder de Israel a trazer a benção da


libertação do Egito.

As leis da aliança dadas por Moisés foram divinamente autorizadas a


conduzir a bênçãos para o povo de Deus.

Os regulamentos de Moisés para a adoração no Tabernáculo foram


ordenados divinamente para levar a bênçãos para o povo de Deus.

Autor:

Moisés foi o escritor fundamental do Êxodo (veja "Introdução ao Génesis:


Autor").

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Algumas porções do livro explicitamente declaram suas origens mosaicas.
Os Dez Mandamentos foram originalmente "inscrito pelo dedo de Deus"
em comprimidos de pedra ( Êx 31:18 ; veja também Ex 32: 15-16 ; 34: 1
, 28 ), mas Moisés entregou estas leis a Israel.Moisés também escreveu o
Livro da Aliança (isto é, Êx. 20: 18-23:33 ; Vejo Ex. 24: 4 , 7 ; 34:27 ).

Além disso, Josué 8:31 refere-se às palavras de Êxodo 20:25 como


sendo "escrito no Livro da Lei de Moisés". Além disso, Jesus chamou o 91
Êxodo "o livro de Moisés" ( Mc 7:10 ; 12:26 ; Lc 2: 22-23 ). É provável
que Moisés empregou escribas e que algumas versões posteriores possam
ter ocorrido, mas o próprio livro e outras Escrituras apoiam a visão
tradicional de que Moisés foi o autor deste livro.

O nome Êxodo é uma forma latina do grego. Êxodo , que significa


"saída" ou "partida" ( Lucas 9:31 ). O livro toma o nome do evento central
da saída de Israel do Egito, que está registrado nos primeiros 15 capítulos
do livro. O Êxodo não continua diretamente a narrativa de Gênesis 50, mas
sua seção de abertura, começando com "Estes são os nomes", alude a
Gênese 46: 8-27 , onde os nomes dos israelitas que foram ao Egito estão
listados.

O Êxodo é uma obra separada, mas é parte da estrutura do Pentateuco


(Gênesis através do Deuteronômio).

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Tempo e Local de Escrita:

Embora o enredo principal do Êxodo se prolongue desde o tempo da


escravidão dos israelitas no Egito até a lei de Deus recebendo no Monte
Sinai, pelo menos duas observações indicam que o livro do Êxodo chegou à
sua forma final em uma data posterior. Êxodo 16:35 afirma que o povo
"comeu maná quarenta anos, até chegarem a uma terra que estava instalada,
comeram maná até chegarem à fronteira de Canaã" (veja também Josué 5: 92
10 12 ).

Similarmente, Êxodo 40:38 afirma que "a nuvem do SENHOR estava


sobre o tabernáculo de dia, e o fogo estava na nuvem de noite, diante de
toda a casa de Israel durante todas as suas viagens". Essas referências
sugerem fortemente que Moisés trouxe este livro para sua forma final para
a segunda geração do êxodo, à medida que as pessoas esperavam nas
planícies de Moabe (ver Dt 1: 5 ). Por estas razões, o livro deve ser datado
de 1446-1406 aC, o tempo dos 40 anos de peregrinação no deserto de
Israel.

A data e a rota do êxodo foram temas de debate considerável. A cronologia


bíblica data do evento de êxodo aos 480 anos antes do reinado de Salomão
( 1 Reis 6: 1 ) - cerca de 1440 aC. Esta data inicial é consistente com
Juízes 11:26 , que declara que 300 anos se passaram desde que Israel
entrou em Canaã.

A data de 1440 aC também é suportada por Êxodo 12: 40-41 , onde 430
anos são especificados como a duração da permanência de Israel no Egito.
O faraó do êxodo provavelmente teria sido Thutmose III ou Amenhotep II.

Os defensores de uma data muito posterior apelam ao nome de Ramsés


como uma das cidades da loja construídas com o trabalho israelita ( Êxodo

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1:11 ). Rameses II (1290-1224 aC) é então considerado o faraó do êxodo,
estabelecendo assim a data como aproximadamente 1270 aC. Isso é mais
consistente com a arqueologia das cidades destruídas na região e com a
falta de assentamentos anteriores na Transjordânia. No entanto, descobertas
mais recentes na Transjordânia e uma nova avaliação da destruição de
Jericó enfraqueceram o caso para a data posterior.

A rota do êxodo começou em Rameses. 93

Sua localização exata é assunto de debate considerável, embora Tell el-


Daba (Qantir moderno) seja o site mais favorecido. De lá, os hebreus
viajaram para o sul para Sucot ( Êxodo 13:20 ). Aqui, aparentemente
incapazes de seguir em frente, eles viraram para o norte ( Êx. 14: 2 ). São
mencionados três sites: Baal Zephon, Migdol e Pi Hahiroth. Baal Zephon
está associado com Tahpanhes, que faz fronteira com o lago Menzaleh, um
dos lagos de sal entre o Mediterrâneo e o Golfo de Suez. Havia três
possíveis rotas de fuga israelita: o caminho da terra dos filisteus ligava o
Egito com Canaã pela rota costeira fortemente fortificada. Uma segunda
rota, o caminho de Shur, começou perto do Wadi Tumilat na área do delta,
atravessou Kadesh Barnea e se ramificou para Canaã. A parede de fronteira
egípcia de Shur pode ter sido um grande obstáculo para esta rota. Ao
liderar o povo do sul para o sul do Sinai, o Senhor não apenas os trouxe
para a montanha que ele designou para Moisés, mas também os distanciou
de novos contatos com os egípcios. A libertação através do mar pode ter
estado em uma extensão do sul do lago Menzaleh.

A península do Sinai mede cerca de 150 milhas em frente e 260 milhas ao


longo dos lados. É flanqueada por dois braços do Mar Vermelho: o Golfo
de Suez e o Golfo de Aqaba (Elath). Os hebreus prosseguiram para o sul ao
longo da costa oeste do Sinai. As águas amargas de Mara ( Êxodo 15: 22-
25 ) são geralmente identificadas com Ain Hawarah moderno, a cerca de
45-50 milhas ao sul da ponta do Golfo de Suez, mas talvez Ayun Musa seja
uma escolha melhor. Elim, com suas muitas fontes e árvores, foi

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identificado como Wadi Gharandel, o acampamento pelo Mar Vermelho (
Num. 33:10 ), a cerca de sete quilômetros ao sul do moderno Ain Hawarah.
O Desert of Sin seria melhor identificado com Debbet er-Ramleh, uma
planície arenosa ao longo da borda do planalto do Sinai. Se a localização
do Monte Sinai é a tradicional de Jebel Musa, então os israelitas teriam
virado para o interior por uma série de vales para Jebel Musa, viajando pelo
deserto de Rephidim, onde lutaram contra os amalequitas ( Êx. 17: 8- 16 ).
Refidim foi o último acampamento no deserto do Sinai antes da chegada à
montanha sagrada. Procederam ao Monte Sinai ( Êx. 19 ), onde receberam 94
a lei. Deuteronômio 1: 2 concorda com essa localização do Sinai.Eles
então viajaram pelo caminho do Paran para Kadesh.

Objetivo e Distintivo:

O livro do Êxodo tem vários temas principais:

Primeiro, conta como o Senhor libertou Israel do Egito para cumprir sua
aliança com os pais.

Um segundo elemento principal do livro é a revelação da aliança no Sinai.

O terceiro tema é resultado dos dois primeiros: o estabelecimento do


Tabernáculo como morada de Deus com Israel.

Cada um desses temas é um triunfo da graça de Deus. O verdadeiro Deus


julgou os deuses e governantes humanos do Egito enquanto ele entregava
seu povo, veio falar com homens no Sinai e identificou sua própria
presença com o tabernáculo, ele instruiu o povo a construir. O
desdobramento desses temas também revela a santidade e a graça do

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Senhor em sua lei da aliança e no simbolismo cerimonial da vida e da
adoração de Israel.

No centro de todas essas ações divinas, Moisés, servo escolhido de Deus.


Ele mediou o julgamento de Deus contra o Egito ( Êxodo 4: 1-17 ) e foi
aquele por quem Deus entregou Israel no Mar Vermelho ( Êx. 14:31 ).
Através de Moisés, Deus deu sua revelação no Sinai ( Êxodo 20:19 ).
Moisés também recebeu e entregou os regulamentos para o tabernáculo 95
(Êx. 32-34 ). Embora o poder e a autoridade de Deus tenham realizado
todas essas bênçãos para Israel, o próprio livro se concentra no papel de
Moisés como servo de Deus.

Cristo no Êxodo:

Os cristãos podem aprender sobre Cristo através do livro do Êxodo de


muitas maneiras. Em primeiro lugar, em grande escala, a maneira pela qual
Israel foi libertado das dificuldades da escravidão no Egito para a terra
prometida da benção divina apresenta uma metáfora importante para o
trabalho salvador de Deus ao longo da história.

Deus redimiu o seu povo escolhido dos poderes do mal a que se tornaram
escravizados, e ele julgou esses poderes e reivindicou seu povo como seu
filho primogênito, uma santa nação de sacerdotes entre os quais ele
habitava pelo seu Espírito. O padrão da vitória divina sobre os inimigos, o
estabelecimento da morada divina e a abundância de bênçãos encontra sua
maior satisfação nos primeiros e segundos adventos de Cristo (por
exemplo, 1 Cor. 10: 1-13 ; Ef. 2: 14-22 ; Ap. 20: 11-22: 5 ).

Em segundo lugar, o Tabernáculo e os serviços apontaram para Cristo. Em


termos gerais, como o Tabernáculo era o lugar da presença divina acessível
na Terra, então Jesus habitou entre nós ( João 1:14 ,17 ). Além disso, a

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provisão de sacrifícios de animais como remédios temporários para os
pecados de Israel antecipou o sacrifício da morte de Cristo, quando o
pecado foi punido de uma vez por todas ( Êx 24,8 ; Mt. 26: 27-28 ; João
1:29 ; Hb. 12:24 ; 1 Pe 1: 2 ).

Além disso, o evento importante da Páscoa é cumprido em Cristo ( 1 Cor.


5: 7 ).
96

O papel central que Moisés desempenha neste livro também aponta para
Cristo. Como os israelitas (até os filhos) foram "batizados em Moisés" ( 1
Coríntios . 10: 2 ), quando as pessoas foram conduzidas pelo Mar
Vermelho, então os cristãos e seus filhos devem ser batizados em Cristo.

Moisés foi o grande servo do Senhor que recebeu as palavras de Deus


diretamente.

O Evangelho de Mateus, especialmente, apresenta Jesus como o


cumprimento deste papel de Moisés ao retratar Jesus como aquele que
sofreu o próprio êxodo (Mateus 2: 14-15 ), ensinou a lei de Deus na
montanha ( Mateus 5: 1 ) e manteve-se em completa harmonia com Moisés
no Monte da Transfiguração ( Mateus17 ).

Como Moisés estava disposto a morrer por causa do povo ( Êxodo 32:10 ),
então Jesus se substituiu por seu povo. A glória de Deus refletida em face
de Moisés ( Êxodo 34:29 ; 2 Coríntios. 3: 8 ) agora se reflete nos
transformados pelo Espírito de Cristo ( 2 Coríntios 3:18 ).

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5. Visão geral do livro de Levítico

Visão geral do livro de Levítico

Autor: O autor é Moisés.

Objetivo: 97

Para guiar os israelitas nos caminhos da santidade, então eles seriam


separados do mundo e receberão bênçãos em vez de julgamento enquanto
viviam perto da presença especial de seu Deus santo.

Período: c. 1446-1406 aC

Verdades-chave:

Deus é santo, e ele requer santidade de seu povo.

O povo de Deus invariavelmente não conseguiu manter os requisitos da


santidade, mas a expiação temporária poderia ser encontrada no sistema de
sacrifício.

Deus chamou seu povo para perseguir a santidade em todos os aspectos de


suas vidas por gratidão pela misericórdia que ele havia demonstrado a eles.

Deus ofereceu bênçãos maravilhosas e ameaçou o julgamento para que seu


povo se arrependesse e oferecesse votos de compromisso com ele.

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Autor:

Que Moisés é o autor de Levítico é uma conclusão derivada da data e


ocasião do livro e das referências do Antigo Testamento e do Novo
Testamento a Moisés como autor do Pentateuco. Veja " Introdução ao
Pentateuco ".

98
Tempo e Local de Escrita:

Levítico reporta as palavras de Deus a Moisés e a seu irmão Arão, mas


nunca indica quando e como essas palavras foram escritas. Isso torna a data
de Levíticos um tanto incerta. A maioria dos intérpretes críticos coloca a
escrita do Levítico na era exílica (c. O século VI aC), muitos séculos depois
de Moisés.

Essa visão é improvável porque o conteúdo de Levítico não se encaixa em


um período tão tardio: a adoração do segundo Templo diferiu
significativamente daquela ordenada em Levítico, e Levítico é pressuposto
ou citado por livros anteriores, como Deuteronômio, Amós e, obviamente,
Ezequiel. O livro reflete os ideais de adoração e santidade que foram
aceitos em Israel desde o tempo de Moisés até a queda de Jerusalém em
586/587 aC.

O livro do Levítico reporta os eventos que ocorreram na maior parte no


Monte Sinai. Por esse motivo, Moisés poderia ter compilado este livro para
a primeira geração do êxodo. No entanto, é provável que ele tenha
completado este livro juntamente com o resto do Pentateuco nas planícies
de Moabe, para instruir a segunda geração do êxodo como viver na terra
prometida. Para uma discussão adicional, consulte " Introdução ao
Pentateuco ".

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Público original:

Levítico , a forma latina do título grego do livro, significa "sobre os


levitas". Os levitas eram a tribo de quem os sacerdotes eram chamados e
tinham a responsabilidade de manter o culto.
99

O título é apto, porque o livro é principalmente sobre adoração e uma


preparação para adoração. No entanto, é dirigido não apenas aos sacerdotes
ou levitas, mas também aos israelitas, dizendo-lhes como oferecer
sacrifícios e como ser puro, um requisito para entrar na presença de Deus
na adoração.

Objetivo e Distintivo:

Talvez nenhum outro livro do Antigo Testamento represente um maior


desafio para o leitor moderno do que o Levítico, e é necessário imaginar as
cerimônias e os ritos que formam a maior parte do livro.

No entanto, é importante compreender os rituais no Levítico por dois


motivos. Em primeiro lugar, os rituais em todas as sociedades consagram,
expressam e ensinam os valores e as ideias que a maioria da sociedade tem.
Embora muitos aspectos dos rituais do Levítico pareçam obscuros para os
leitores modernos, os israelitas do Antigo Testamento sabiam por que
sacrifícios particulares eram oferecidos em ocasiões específicas e o que
certos gestos significavam. Ao analisar as cerimônias descritas em
Levítico, podemos aprender sobre as idéias mais importantes do Antigo
Testamento Israel.

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Em segundo lugar, essas mesmas idéias foram fundamentais para a teologia
do Novo Testamento. Os conceitos de pecado, sacrifício e expiação
encontrados em Levítico são essenciais para interpretar a morte de Jesus no
Novo Testamento.

Levítico é parte da lei da aliança dada no Sinai. As idéias que informam


toda a aliança mosaica também são pressupostas aqui, incluindo a graça
soberana de Deus na escolha de Israel e sua exigência de lealdade. Certos 100
temas são especialmente proeminentes no Levítico. Primeiro, Deus está
presente com seu povo. Segundo, porque Deus é santo, seu povo também
deve ser santo. Terceiro, a expiação pelo pecado através da oferta de
sacrifícios é de suma importância. Esses temas podem ser elaborados da
seguinte forma:

(1) A presença divina . Todos os atos de adoração ocorreram "diante do


Senhor" (por exemplo, Lev. 1: 5 ), que morava com seu povo na Tenda da
Reunião. Por causa da presença especial de Deus no Lugar Santíssimo, a
entrada foi proibida para todos, exceto para o sumo sacerdote, e ele foi
autorizado a entrar apenas uma vez por ano no Dia da Expiação (Levítico
16:17 ). Embora a presença de Deus seja geralmente invisível, ele fez em
ocasiões especiais (por exemplo, a ordenação dos sacerdotes) tornam-se
visíveis em uma nuvem de fogo ( Levítico. 9: 23-24 ). É o maior dos dons
que detém para habitar com o seu povo ( Levítico 26:12 ).

(2) Santidade . "Sede santo, porque sou santo" ( Levítico 11:45 ) é o tema
do Levítico. Os seres humanos devem ser como Deus em seu caráter. Isso
envolve imitar Deus na vida cotidiana. A santidade de Deus implica que ele
seja a fonte da vida perfeita em suas dimensões físicas e morais.

Os animais que lhe foram oferecidos em sacrifício foram livres de defeitos


( Levítico 1: 3 ), e os sacerdotes que representavam Deus a Israel e a Israel
a Deus deveriam estar livres de deficiências físicas ( Levíticos 21: 17-23 ).

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Aqueles que sofreram descargas (particularmente de sangue) ou doenças de
pele desfigurantes foram impedidos de adorar até serem curados ( Levítico.
12-15 ). A saúde física é vista como simbolizando a perfeição da vida
divina. Mas a santidade também é uma questão interna, uma das atitudes
que emitem comportamentos morais. O tema da santidade é especialmente
enfatizado em Levíticos 17-25 - capítulos que se preocupam
principalmente com a conduta ética pessoal - e é resumido em Levítico
19:18 com o comando de "amar o seu próximo como você mesmo".
101

(3) Expiação através do sacrifício . Como ninguém conseguiu viver em


perfeita concordância com a lei de Deus, um meio de expiação era
essencial para que os lapsos morais e as falhas físicas pudessem ser
perdoados. Para este fim, Levítico dá as descrições mais completas do
sistema sacrificial ( Levítico 1-7 ), o papel dos sacerdotes ( Lev. 8-10 , 21-
22 ) e as grandes festas nacionais ( Lev. 16 , 23 , 25 ) introduzido no
Antigo Testamento.

Estas grandes cerimônias foram concebidas para tornar possível a


convivência do Deus santo com o seu povo pecador através de expiações
temporárias para o pecado. Esses sacrifícios não tinham poder em si
mesmos para expiar o pecado, mas dependiam dos méritos da expiação do
futuro de Cristo ( João 14: 6 ; Hb. 9:15 ; 10:11 ).

Cristo em Levítico:

Através de seus símbolos e ritos, Levítico pinta uma imagem do caráter de


Deus que é pressuposto e aprofundado na mensagem do Novo Testamento
sobre Cristo. Levítico ensina que Deus é a fonte da vida perfeita, ama seu
povo e quer habitar entre eles. Nisto, vemos um prenúnculo da encarnação,
quando "o Verbo se fez carne e fez a sua habitação entre nós" ( João 1:14
).

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Levítico também mostra claramente a pecaminosidade humana: logo que os
filhos de Arão foram ordenados do que profanaram seu ofício e morreram
em uma exibição terrível de julgamento divino ( Levítico 10 ).

Aqueles que sofriam de doenças de pele ou descargas corporais, bem como


aqueles com falhas morais, foram impedidos de adorar porque suas
imperfeições eram incompatíveis com um Deus santo e perfeito ( Levítico
12-15 ). Aqui vemos Levítico ensinando através do simbolismo a 102
universalidade do pecado humano, uma doutrina endossada por Jesus ( Mc
7: 21-23 ) e Paulo ( Romanos 3:23 ).

Pego entre a santidade divina e a pecaminosidade humana, a necessidade


suprema da humanidade é a expiação.

É aqui que o livro tem o máximo para ensinar o cristão, pois suas idéias são
cumpridas na obra expiatória de Cristo. Ele é o Cordeiro sacrificial perfeito
que tira o pecado do mundo ( Levítico 1:10 ; 4:32 ; João 1:29 ). Sua
morte é o resgate de muitos ( Mc 10:45 ), e o seu sangue nos purifica de
todo pecado ( Levítico. 4 ; Hb. 9: 13-14 ; 1 João 1:17 ).

Acima de tudo, Jesus é o Sumo Sacerdote perfeito que não entra no


Tabernáculo terrestre uma vez por ano no Dia da Expiação ( Levítico 16 ),
mas o Templo celestial para sempre.

Ele não ofereceu apenas uma cabra pelos pecados de seu povo, mas sua
própria vida ( Hb 9-10 ). A destruição da cortina do Templo quando Jesus
foi crucificado foi uma demonstração visível de que a morte dele abriu o
caminho para Deus para acesso mais completo por todos os crentes (
Mateus 27:51 ; Hb. 10:20 ).

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Além disso, enquanto Levítico se concentra em manter Israel separado dos
povos vizinhos, o Novo Testamento abre o Reino a todas as nações e,
portanto, abroga a observação das leis alimentares (Mc 7; Atos 10), ao
mesmo tempo que insiste nos princípios morais simbolizados nos
regulamentos dietéticos ( João 17:16 ; 2 Cr. 6: 14-7: 1 ).

O Deus santo de Levítico é mostrado nos Evangelhos para ser Cristo, que
oferece vida, saúde e santidade a todos os que o seguem. 103

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6. Visão geral do livro de Números

Visão geral do livro de números

Autor: O autor é Moisés.

Objetivo: 104

Chamar a segunda geração do êxodo a servir a Deus como seu exército


sagrado na conquista da terra prometida evitando os fracassos do passado e
permanecendo fiel às diretrizes de Deus.

Período: c. 1406 aC

Verdades-chave:

Deus preparou completamente seu povo para servi-lo e ter sucesso na


conquista da Terra Prometida.

Os membros da primeira geração não conseguiram ter sucesso porque


eram ingratos pela graça que Deus os havia mostrado e temiam o poder dos
cananeus.

Deus levantou outra geração para a conquista da terra prometida, mas


eles também tiveram que permanecer fiéis ao Senhor para ter sucesso.

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Autor:

Como o resto do Pentateuco, Numeros foi escrito por Moisés, embora


algumas porções tenham sido adicionadas em épocas posteriores. Veja a "
Introdução ao Pentateuco " para uma discussão mais aprofundada sobre a
autoria do Pentateuco e dos Números.

105
Tempo e Local de Escrita:

Podemos fechar o livro no período após o deserto vagando e antes da morte


de Moisés por volta de 1406 aC. O livro começa com os preparativos para a
marcha no deserto e termina com a preparação para entrar em Canaã
Números 22:1 ; 26:3 , 63 ; 31:12 ; 33:48 , 50 ; 34:15 ; 35: 1 ;
36:13 ).

Os Números foram escritos para a geração de israelitas nascidos no deserto


enquanto esperavam nas planícies de Moabe em frente a Jericó. Moisés os
encorajou a perseverar na fé e na obediência, enquanto seus pais não
tinham. Quando os israelitas se prepararam para a conquista de Canaã, este
livro os chamou a avançar como o exército sagrado do Senhor.

Objetivo e Distintivo:

O título deste livro na Bíblia hebraica deriva da quinta palavra hebraica do


primeiro verso, que é traduzida "no deserto" - uma boa descrição do
conteúdo do livro. Quando o Antigo Testamento foi traduzido para o grego
(a Septuaginta), seus livros receberam nomes gregos. Neste caso, uma
palavra grega que realmente descreve apenas as listas de homens
combatentes foi adotada: Arithmoi , ou "Números".

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Pelo menos três temas são vitais para a mensagem de Números. Primeiro,
Números descrevem vividamente a misericórdia e a fidelidade de Deus em
relação ao seu povo. Ele mostra a Deus dirigindo seu povo enquanto eles
preparavam sua jornada pelo deserto, confortando-os em suas dificuldades,
lidando com seus medos e punindo-os somente depois de estender-lhes
muita paciência. Os fracassos dos israelitas - mesmo aqueles dos melhores
deles, inclusive Aarão, Miriã e Moisés - são contrastados com a perfeição
106
do Deus eternamente fidedigno.

Um segundo tema principal de Números é o poder soberano de Deus para


realizar seus propósitos. Este livro mostra o fracasso total da primeira
geração e o julgamento severo de Deus contra eles. No entanto, também
ofereceu esperança para a segunda geração do êxodo: Deus ainda dirigia a
história em direção ao seu objetivo de trazer Israel para a terra prometida.
Os propósitos de Deus não falharão, mesmo que seu povo faça.

O terceiro tema vital é a responsabilidade do povo de Deus de ser fiel ao


chamado que Deus lhes deu. O livro termina abruptamente com a segunda
geração preparando-se para entrar na terra. Nenhum registro é dado sobre
as batalhas que enfrentaram em todo o Jordão. Este livro foi escrito para
chamar a segunda geração para avançar na conquista como exército santo
de Deus.

Um dos assuntos mais controversos que surgem ao interpretar este livro é o


grande número de soldados listados (ver Num. 1 , 26 ). A população total
teria sido mais de dois milhões se esses números fossem tomados
literalmente. As dificuldades arqueológicas surgem quando o tamanho das
cidades cananitas no momento são comparados com essa figura. Além
disso, outros números (como o dos primogênitos em Num. 3:43 )
apresentam dificuldades em comparação com uma figura total tão grande.

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Na história da interpretação, aqueles que mantêm crença na veracidade das
Escrituras tomaram pelo menos cinco pontos de vista importantes sobre
este problema:

(1) Os números são tomados literalmente apesar das dificuldades aparentes.

(2) Os números atuais na Bíblia hebraica são explicados como resultantes 107
de corrupções dos textos durante a história da transmissão.

(3) A palavra hebraica traduzida como "mil" pode ser um termo técnico que
se refere a unidades consideravelmente menores do que um "mil".

(4) A palavra hebraica traduzida como "mil" pode ser emendada para ler
"chefes".

(5) Os números são tomados como hiperboles, exagerações pretendidas


pelo escritor e entendidas pelos leitores para destacar a espantosa graça que
Deus mostrou a Israel.

Cristo em Números:

Números dá um retrato histórico que aponta para Cristo em pelo menos


cinco maneiras principais. Em primeiro lugar, em termos gerais, como o
livro descreve Israel preparando, falhando e preparando novamente para a
guerra santa em Canaã, os leitores cristãos são lembrados dos estágios
finais da guerra santa através dos quais Cristo conquistará os novos céus e a
nova Terra. Cristo começou a última batalha contra os inimigos de Deus
quando ele morreu e ressuscitou dentre os mortos ( Colossenses 2:15 ; Hb.
2: 14-15 ). Ele continua esta guerra através da pregação do Evangelho pela

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Igreja hoje ( Atos 15: 15-17 ; Ef. 6: 10-18 ). Finalmente, quando Cristo
retornar, a batalha pelo mundo estará completa (Apocalipse 19: 11-21 ;
21: 1-5 ).

Em segundo lugar, o foco repetido do livro sobre a fidelidade do povo de


Deus lembra os cristãos não só da salvação que vem através da perfeita
obediência de Cristo ( 2 Coríntios 5:19 ), mas também de seu apelo para
que os que o seguem busquem a santidade ( Hb 12:14 ). 108

Em terceiro lugar, Cristo também é revelado em alguns tipos específicos


em Números. Por exemplo, a obra de Cristo é prefigurada pela tipologia da
novilha vermelha ( Num. 19 ; Hb 9:13 ), trazendo água da rocha (
Números 20:11 ; 1 Cor. 10: 4 ), e pela serpente levantada que trouxe vida
da morte ( Números 21: 4-9 ; João 3: 14-15 ).

Em quarto lugar, a profecia específica das conquistas de Davi, que venceria


os inimigos de Israel ( Números 24: 15-19 ), prefigura Cristo, que, como o
grande filho de Davi, será reconhecido universalmente como o maior Rei
de todos.

Finalmente, a centralidade do Tabernáculo também prefigura Cristo. Jesus


veio morar [lit. "tabernáculo"] entre a humanidade em sua primeira vinda (
John 1:14 ), e por sua morte e ressurreição abriu o caminho para todos os
que acreditam entrar na própria presença de Deus ( Marcos 15:38 ; Hb.
6:19 ; 10:20 ).

O apóstolo Paulo ensinou que a Igreja é o Templo de Deus e que os cristãos


individuais são o Templo de Deus ( 1 Coríntios 3:16 ; 6: 19-20 ; Ef. 2:
19-22 ). No segundo advento, a habitação de Deus será com a humanidade
em plenitude, e os crentes não precisarão mais de um Templo para o
Senhor Deus, pois o Cordeiro será o Templo ( Apocalipse 21: 3 , 22 ).

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7. Visão geral do Livro de Deuteronômio

Visão geral do Livro de Deuteronômio

Autor: Moisés 109

Objetivo:

Para encorajar a renovação da aliança mediada por Moisés enquanto Israel


estava prestes a entrar na Terra Prometida sob a liderança de Josué.

Período: c. 1406 aC

Verdades-chave:

Os israelitas nas planícies de Moabe aprenderam a importância da


lealdade à aliança com as experiências da geração anterior.

As leis de Moisés foram concebidas para beneficiar o povo de Deus


quando se mudaram para a terra prometida sob a liderança de Josué.

A lealdade à aliança seria recompensada com bênçãos, e a


desobediência seria punida com maldições.

Os israelitas deveriam renovar seu compromisso com a aliança enquanto


esperavam nas planícies de Moabe e depois de entrarem na terra prometida.

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Autor:

O livro de Deuteronômio, como o resto do Pentateuco, é substancialmente


o trabalho de Moisés.

É evidente que algumas partes do livro foram posteriormente adições (por


exemplo, a conta da morte de Moisés em Dt. 34 ) e que outras partes
foram submetidas à edição posterior. No entanto, o livro deve ser lido 110
como vindo do tempo de Moisés. Veja " Introdução ao Pentateuco ".

Tempo e Local de Escrita:

O deuteronômio provavelmente foi escrito em grande parte nas planícies de


Moabe, c. 1406 aC, quando os israelitas se preparavam para entrar na terra
prometida, embora provavelmente não fosse concluída até os dias de Josué,
quando elementos como o relato da morte de Moisés ( Dt. 34 )
provavelmente foram adicionados. Veja " Introdução ao Pentateuco ".

Público original:

Moisés escreveu para a segunda geração do êxodo. Seus pais sem fé


haviam morrido no deserto como um castigo de Deus ( Números 32: 10-13
), mas Deus havia poupado esses filhos para preservar o seu povo santo e
cumprir suas promessas aos seus antepassados. Como Moisés não poderia
levar-los à terra prometida ( Deuteronômio 1: 37-38 ), ele reafirmou a Lei
de Deus para orientá-los na renovação da aliança sob Josué. Veja "
Introdução ao Pentateuco ".

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Objetivo e Distintivo:

Com a primeira geração do êxodo, Moisés precisava exortar a nova geração


para evitar os pecados da geração anterior e se comprometer com a lei para
que as bênçãos viessem no futuro.

O livro de Deuteronômio consiste principalmente em três grandes 111


discursos e um compêndio legal dado por Moisés no final de sua vida. O
livro resume os endereços que ele fez à nação, como ele chamou as pessoas
para renovar sua aliança com Deus, não só antes, mas também depois,
entrando na terra. Observou-se que o conteúdo do Deuteronômio se
assemelha aos principais elementos dos tratados antigos do Oriente
Próximo. Os tratados entre os grandes reis (suzerães) e os seus vassalos
geralmente continham vários elementos, e o livro segue este padrão bem
atestado: (1) o preâmbulo ( Deuteronômio 1: 1-4 ), (2) o prólogo histórico (
Dt 1: 5-4: 43 ), (3) as estipulações ( Dt. 4: 44-26: 19 ), (4) ratificação (
Deuteronômio 27: 1-30: 20 ), e (5) sucessão de liderança ( Deuteronômio
31: 1-34: 12 ).

Alguns intérpretes fizeram muito dessas conexões, pois essas seções do


Deuteronômio apenas se assemelham bastante aos elementos dos tratados.
No entanto, porque essas descrições são orientações úteis, elas foram
incluídas no esboço e nas notas de estudo para o livro.

O deuteronômio é melhor entendido como uma série de endereços que


foram unidos na sua forma atual. O discurso de abertura (Dt 1: 5-4: 43 )
relata as experiências de Israel sob a liderança de Moisés. O deuteronômio
não fala de como Moisés confrontou o faraó ou de como os milagres das
dez pragas forçaram o faraó a deixar as pessoas ir, mas faz alusão ao êxodo
repetidamente (cinco vezes no primeiro endereço - Dt. 1:27 , 30 ; 4:20 ,
34 , 37 ).

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Moisés relatou o cuidado providencial e milagroso de Deus para as pessoas
durante a viagem do Egito a Horebe. Então ele detalhou sua derrota, tanto
espiritual como militarmente, em Cades Barnéia. Há referências aqui para
eventos registrados em Números. Como o registro em Números,
praticamente nada é dito sobre eventos durante os 40 anos de errância. A
jornada em torno de Edom em direção a Transjordânia é mencionada, e a
derrota de Sihon e Og é registrada com mais detalhes do que em Números.
Em seguida, descreve-se a alocação de terras em Transjordânia para Ruben,
Gad e a meia tribo de Manassés (cf. Nm. 32 ). A narrativa termina com 112
referência ao apelo pessoal de Moisés para entrar em Canaã, que Deus não
permitiu (cf. Nm 27: 12-23 ). Moisés concluiu este discurso com
exortações para ser leal ao Senhor.

A primeira parte do segundo endereço ( Dt. 4: 44-11: 32 ) é composta por


exortações e começa com os Dez Mandamentos.

Os Dez Mandamentos foram dados diretamente pela voz de Deus, mas o


resto da lei foi mediada por Moisés. Deuteronômio 6-11 Discutir os
grandes problemas que informam um relacionamento de aliança com Deus.

O capítulo 6 registra o famoso Shema: "Ouve, Israel: o Senhor nosso Deus,


o Senhor é um" ( Deuteronômios 6: 4 ) - com a exortação de amar a Deus
com todo o coração ( Deuteronômios 6: 5 ), que é seguido por uma
exortação para ensinar, lembrar e obedecer ( Deuteronômio 6: 6-25 ).

Os seguintes capítulos são pulverizados com exemplos de cuidados e juízos


de Deus desde que deixaram o Egito - todas as alusões ao material em
Êxodo e Números. Esses exemplos serviram para alertar os israelitas para
confiarem no Senhor e não em si mesmos. Esses capítulos levaram então a
uma promessa de sucesso nas próximas guerras de Canaã.

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As leis da segunda parte do segundo endereço ( Deuteronômio 12: 1-26: 19
) incluem regulamentos para adoração, alimentos limpos, escravos e
dívidas, festas anuais, juízes, cidades de refúgio e vários assuntos de
conduta. A maioria dessas leis tem paralelos nos livros anteriores do
Pentateuco.

O terceiro endereço ( Deuteronômio 27: 1-30: 20 ) é uma poderosa


exortação a Israel para obedecer as leis do Senhor. Inclui as instruções para 113
a cerimônia solene que se realizaria no vale entre o Monte Ebal e o monte
Gerizim, perto de Siquém, depois de Israel se ter assegurado em Canaã.
Esta cerimônia é uma reminiscência da cerimônia da aliança Êxodo 20:
1-24: 8 e foi devidamente executado por Josué (Josué 8: 30-35 ). Alguns
intérpretes afirmam que este endereço, com suas instruções sobre o altar e a
recitação de bênçãos e maldições, é realmente uma conclusão para o
anterior, que é visto como sendo uma forma de uma aliança convencional.
Seja qual for o caso, essas leis e exortações foram dadas por Moisés com
enorme ênfase na obrigação de Israel diante de Deus para ouvir e obedecer
a lei do Senhor.

As seções finais do livro são igualmente importantes e poderosas (


Deuteronômio 31: 1-34: 2 ). Eles incluem a investidura de Josué como o
sucessor de Moisés; A canção de Moisés, que celebra a grandeza de Deus e
os cuidados com os seus convidados ( Deuteronômio 32 ); Bênção de
Moisés sobre as 12 tribos, que é semelhante à benção de Jacó aos seus 12
filhos ( Gn 49 ); e o obituário descrevendo a morte de Moisés ( Dt. 34 ).

O livro recebeu seu título da Septuaginta (a tradução grega do Antigo


Testamento), que o chamou Deuteronomio , "a segunda lei". Uma melhor
sensação de seu significado seria "a repetição da lei".

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Cristo em Deuteronômio:

Moisés, o fundador da teocracia de Israel, mediou a Antiga Aliança e,


como tal, anunciou Jesus Cristo, o Filho de Deus, que mediou a Nova
Aliança (recém-nova) ( Jr. 31: 31-34 ). A substância moral dos convênios é
a mesma, mas suas formas de administração diferem significativamente.
Essa identidade substancial é evidente na forma como Paulo conectava sua
mensagem do evangelho com o apelo de Moisés a Israel para renovar a 114
aliança (ver nota sobre Dt. 30: 11-14 ).

No livro de Deuteronômio, a graça precede a obrigação humana da fé, e a


obediência humana é a prova da fé genuína. O mesmo é verdade no ensino
do Novo Testamento.

Mesmo assim, o Deuteronômio representou um estágio dos tratos da


aliança de Deus que anunciou as maiores realidades da aliança de Cristo
(ver notas sobre Hb. 8: 6-13 ).

A Antiga Aliança foi efetuada com o sangue dos animais; a Nova Aliança
eterna com o sangue eficaz de Cristo ( Jeremias 32:40 ; Hb. 9: 11-28 ).
Moisés pediu uma religião do coração ( Deuteronômio 6: 6 ; 30: 6 ), mas
falhou através da fraqueza humana e tornou-se obsoleto ( Rm 8: 3 ; Hb.
8:13 ). Jesus Cristo através do Espírito Santo muda os corações humanos
(veja a nota sobre Dt. 10:16 ; cf. João 3: 1-15 ).

Cristo também é antecipado no Deuteronômio por uma série de


preocupações específicas. Ele é o Cordeiro da Páscoa ( Deuteronômio 16:
1-17 e suas notas) e o próximo Profeta (veja a nota em Dt. 18: 15-22 ).

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A preocupação do Deuteronômio com o estabelecimento de um santuário (
Deuteronômio 12 ) antecipa a visão do Novo Testamento sobre Cristo
como o único que pode trazer salvação. Os detalhes do sistema sacrificial
antecipam o próprio sacrifício de Jesus.

A ênfase do Deuteronômio na vida na terra prometida antecipa a esperança


dos novos céus e da nova terra que Cristo oferece a todos os que acreditam
nele. 115

Como Moisés chamou os israelitas para a fidelidade para que eles


pudessem entrar na terra para tomar posse dele, assim também Cristo nos
chama a fidelidade a ele para que possamos entrar no mundo para vir e
desfrutar suas bençãos eternas.

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8. Bibliografia

The Pentateuch Dr. Joseph R. Nally, Jr.

O Pentateuco Paul Hoff

116
Bíblia Almeida corrigida

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