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Igreja Evangélica Congregacional do

Jardim Peró
Rua Pernambuco - Nº 33- Jard. Peró- Cabo Frio.
Pastor João Marcos M. Cardoso

ESCATOLOGIA
O ESTUDO DAS
ULTIMAS
COISAS

1
BEM VINDO!
Olá, seja bem vindo a nossa Escola Bíblica Dominical. Nós da IECJP
em especial o Conselho de ensino estamos muito felizes e nos sentimos
honrados com a sua presença.
Nas próximas semanas vamos refletir sobre o tema: ESCATOLOGIA,
DOUTRINA DAS ULTIMAS COISAS

COMO APROVEITAR MELHOR AS AULAS

 Procure chegar no horário para não perder nada;


 Faça perguntas. Este é o lugar mais apropriado para isso, então tire
suas dúvidas;
 Não falte. As faltas são limitadas por módulo, por isso busque se
organizar. Se tiver muitas faltas, infelizmente não poderá terminar o
curso;
 Pratique o que aprender. A grande medida do crescimento espiritual
vem pela prática da verdade e não só pelo seu conhecimento.

COMO APROVEITAR MELHOR ESTE MATERIAL


Esta apostila em suas mãos foi preparada especialmente para você, então:
 Tenha o hábito de ler a lição antes das aulas para assimilar melhor o
conteúdo;
 Traga sempre a apostila com você para poder fazer observações e
perguntas.

 INDICE

 LIÇÃO 01 ESCATOLOGIA, O ESTUDO DAS ÚLTIMAS


COISAS.
 LIÇÃO 02 O ARREBATAMENTO DA IGREJA
 LIÇÃO 03 O TRIBUNAL DE CRISTO
 LIÇÃO 04 AS BODAS DO CORDEIRO
 LIÇÃO 05 A GRANDE TRIBULAÇÃO
 LIÇÃO 06 O REINO MILENAR DE CRISTO
 LIÇÃO 07 RESSURREIÇÃO DOS MORTOS
 LIÇÃO 08 A VINDA DE JESUS EM GLÓRIA
 LIÇÃO 9 O JUIZO FINAL
 LIÇÃO 10 NOVOS CÉUS E NOVA TERRA

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LIÇÃO 01 ESCATOLOGIA, O ESTUDO DAS
ÚLTIMAS COISAS.

2 Timóteo 3:1 “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias


sobrevirão tempos trabalhosos”.

LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 24.3: A preocupação dos discípulos de Jesus a
respeito da sua segunda vinda
Terça — Lc 12.40: O Filho do Homem virá a qualquer
momento
Quarta — At 1.7: Não se pode especular quanto à segunda
vinda do Filho de Deus
Quinta — 2Pe 3.8: O tempo de Deus não é o nosso tempo
Sexta — Mt 24.36: Só Deus sabe o tempo da vinda de Jesus e
o fim do mundo
Sábado — Mt 24.23-25: Antes da vinda de Jesus surgirão
falsos cristos e falsos profetas

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Mateus 24:4-5,11-13;


1 Tessalonicenses 1:10.

INTRODUÇÃO
Neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudar
a respeito do tempo do fim. Nesta primeira lição,
examinaremos a Escatologia bíblica. Para os salvos em Jesus
Cristo este é um tema que traz esperança, pois não há nada
melhor do que ter a certeza de que o Salvador voltará e que
viveremos junto com Ele por toda a eternidade. No entanto,
para os descrentes, a segunda vinda de Jesus não oferece
motivos para regozijo. As previsões bíblicas para o futuro dos
ímpios são aterradoras: “Os ímpios serão lançados no inferno e
todas as nações que se esquecem de Deus” (Sl 9.17). Porém,
ainda é tempo para o arrependimento e a conversão. Por isso,
a Igreja do Senhor tem a responsabilidade de anunciar Jesus,
cumprindo a Grande Comissão (Mt 28.19,20).

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I. O ESTUDO DA ESCATOLOGIA

1. Definição. A palavra escatologia tem origem em dois


termos gregos: escathos, “último”, e logos, “estudo”,
“mensagem”, “palavra”. O termo grego cognato é , que
significa “últimas coisas”. Daí vem à expressão “estudo”,
ou “doutrina” das “últimas coisas”. Portanto, escatologia é
o estudo sistemático das coisas que acontecerão nos
últimos dias ou a “doutrina das últimas coisas”. A
escatologia estuda os seguintes temas: Estado
Intermediário, Arrebatamento da Igreja, Grande
Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o Estado Perfeito
Eterno.
2. A escatologia e a volta de Jesus. O estudo da
escatologia bíblica mostra que o crente tem de estar
sempre alerta, vigilante, pois a volta de Jesus pode
acontecer a qualquer momento: “Portanto, estai vós
também apercebidos; porque virá o Filho do Homem à
hora que não imaginais” (Lc 12.40). Muitos desprezam e
desdenham das verdades bíblicas, mas Deus vela pela sua
Palavra e em breve Jesus voltará e julgará a todos aqueles
que amam a prática do pecado.

II. A PREOCUPAÇÃO COM OS FINS DOS TEMPOS

1. Os discípulos de Jesus. Certa vez, os discípulos de Jesus


fizeram a seguinte indagação ao Mestre: “[...] Dize-nos
quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda
e do fim do mundo?” (Mt 24.3). Tanto os discípulos
quanto os cristãos do primeiro século desejavam saber a
respeito do fim dos tempos, pois este é um assunto que
chama a atenção de crentes e não crentes. Já no primeiro
século algumas pessoas não acreditavam mais na
segunda vinda de Jesus, pois Pedro fala sobre os
“escarnecedores” que dizem: “Onde está a promessa da
sua vinda?”. Infelizmente, hoje muitos também continuam
achando que a Palavra de Deus não se cumprirá e que o
fim não virá (2Pe 3.3,4).

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2. As previsões falsas sobre o futuro. O homem sempre se
preocupou com o fim dos tempos, por isso, o grande
número de falsos profetas e falsas previsões quanto ao
futuro da humanidade. São inúmeras seitas e falsos
profetas que já marcaram a data da segunda vinda de
Jesus e o fim de todas as coisas, pois todos erram.
3. Falsos profetas. Certo pastor marcou o arrebatamento da
Igreja para o ano de 1993 e o início da Grande Tribulação,
considerando que o ano 2000 seria o fim do sexto milênio.
Outro “profeta”, baseado em cálculos matemáticos,
somando ou subtraindo referências bíblicas e utilizando a
contagem bíblica dos tempos, assegurou que o Anticristo
seria revelado em 13 de novembro de 1986 às 17 horas
em Jerusalém! Marcou o “fim do mundo” para março de
1987. Mais um falso profeta foi desmoralizado.

III. INTERPRETAÇÕES ESCATOLÓGICAS


Existem diferentes interpretações escatológicas a respeito do
fim. Não podemos estudar todas em uma única lição, porém
estudaremos algumas:
1. Futurista. Essa interpretação considera que a maior
parte das profecias ainda vai se cumprir, começando com
o arrebatamento da Igreja e demais fatos subsequentes.
Sem dúvida, é a mais adequada à realidade das profecias
sobre os últimos tempos. Essa corrente, porém,
subdivide-se em:
a) Pré-tribulacionista. Esta corrente afirma que o
Senhor Jesus arrebatará sua Igreja antes da Tribulação de
sete anos (Jo 14.1-3; 1Ts 4-5). Segundo Tim Lahaye,
aqueles que “interpretam a Bíblia literalmente encontram
razões fortes para crer que o arrebatamento será pré-
tribulacional”. O ensino a respeito do arrebatamento é uma
doutrina fundamental, porém, o povo de Deus não precisa
estar dividido quanto a tal assunto. O importante é que
Jesus voltará para buscar a sua Igreja.
É importante ressaltar que a corrente pré-tribulacionista
está mais de acordo com o livro de Apocalipse (Ap 4.1-2).
Para os pré-tribulacionistas os crentes serão guardados da
Tribulação. Segundo esta corrente o propósito da
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Tribulação não é preparar a Igreja para estar com Cristo,
mas, preparar Israel para a restauração do plano de Deus.
b) Pré-milenista. Essa corrente conclui que a Vinda de
Cristo ocorrerá antes do milênio, quando Cristo virá reinar
sobre a Terra. Grande parte dos cristãos do primeiro
século, eram pré-milenistas. Segundo o pastor Claudionor
de Andrade “tal posicionamento foi duramente combatido
por Orígenes que, influenciado pela filosofia grega, passou
a ensinar que o Milênio nada mais era que uma referência
alegórica à ação do Evangelho na vida das nações”.
c) Midi-tribulacionistas. Os midi-tribulacionistas
entendem que a Igreja será arrebatada no meio da
Tribulação.
d) Pós-tribulacionistas. Os pós-tribulacionistas pregam
que a Igreja vai passar pela Grande Tribulação. No entanto,
esse ensino não tem base sólida na Palavra de Deus. Jesus
disse à igreja de Filadélfia, que representa a igreja fiel, que
iria guardá-la “da hora da tentação que há de vir sobre
todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap
3.10). A Igreja não estará mais na Terra quando começar a
Grande Tribulação. Paulo ensina que devemos “[...] esperar
dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a
saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1Ts 1.10).

2. Histórica. Considera que o Apocalipse é um livro


histórico, cujos fatos já se cumpriram na sua maior parte.
Mas tal entendimento não corresponde à realidade bíblica.

3. Preterista. Os preteristas entendem que o Apocalipse já


se cumpriu totalmente na época do Império Romano,
incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C.
Entretanto, as profecias bíblicas sobre os fins dos tempos
indicam que diversos eventos escatológicos ainda não se
cumpriram, como o Arrebatamento da Igreja (1Ts 4.17), a
Grande Tribulação ou “a hora da tentação que há de vir
sobre todo o mundo” (Ap 3.10), a Vinda de Cristo em
glória (Mt 16.27) e o milênio (Ap 20.2-5).

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4. Simbolista. É também chamada de interpretação idealista
ou espiritualista. Tudo é “espiritualizado”, simbólico; nada
é histórico, mas apenas uma alegoria da luta entre o bem
e o mal. Nessa linha de pensamento, há o ensino
amilenista, segundo o qual não haverá um período literal
de mil anos para o reinado de Cristo. Ensinam que a
Igreja está vivendo um milênio simbólico, mas as
referências que indicam que o milênio será literal são
muitas (Ap 20.2-5; Hc 2.14). Há os pós-milenistas que
pregam que Jesus só voltará depois do milênio. Os textos
bíblicos, porém, indicam uma ordem diferente dos
acontecimentos escatológicos. A ressurreição dos mortos
salvos ocorrerá na vinda de Cristo (1Ts 4.13-17). A volta
de Jesus é tão literal quanto o foi a sua Ascensão (cf. At
1.9,11).

CONCLUSÃO
Defendemos a interpretação futurista, que se revela como
a que melhor ajusta-se à boa hermenêutica sagrada, segundo
a qual a Bíblia interpreta-se a si mesma.
Nos livros escatológicos, podemos identificar algumas profecias
que já se cumpriram e também entendemos que há linguagem
simbólica nos livros escatológicos. Mas, em relação aos fins
dos tempos, face à volta de Jesus, cremos que esta se dará
antes da Grande Tribulação.
PARA REFLETIR
A respeito da Escatologia Bíblica, responda:
Defina “escatologia”.
Quais os temas estudados pela escatologia?
Quando se dará a volta de Cristo?
Cite três interpretações escatológicas a respeito do fim.
O que a corrente Preterista entende a respeito do Apocalipse?

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LIÇÃO 02 O ARREBATAMENTO DA IGREJA

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Ap 2.10: Os que permanecerem fiéis até à morte


receberão a coroa da vida
Terça — Ap 20.5: Aqueles que forem fiéis farão parte da
primeira ressurreição
Quarta — Fp 3.21: Nosso corpo abatido será trans-formado
em um corpo glorioso
Quinta — 1Co 15.51: Todos aqueles que permanecerem fiéis
ao Senhor serão transformados
Sexta — 1Co 15.50: A carne e o sangue não poderão herdar o
Reino de Deus
Sábado — Ap 19.7: Em breve iremos participar das Bodas do
Cordeiro

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


1 Tessalonicenses 4:13-18.

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos a respeito de um dos
acontecimentos mais gloriosos e esperados desde que o Senhor
Jesus foi assunto aos céus — o arrebatamento da Igreja. Esta
lição é de máxima importância para os nossos dias, já que
ultimamente se ensina tão pouco a respeito da volta de Jesus.

I. TODOS OS SALVOS SERÃO ARREBATADOS

Na primeira fase de sua vinda, no arrebatamento da Igreja,


Jesus não tocará na Terra. Ele estará “nos ares” ou “nas
nuvens” (1Ts 4.17).
1. A reunião dos salvos no encontro com Cristo. A palavra
arrebatamento no grego é harpazo. Este vocábulo dá a
ideia de rapto, ou de remoção repentina, de modo súbito.
O arrebatamento da Igreja reunirá os que morreram em
Cristo, isto é, confessaram a Jesus como seu Salvador e
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permaneceram fiéis até a morte (Ap 2.10; 1Ts 5.23), e os
que estiverem vivos, aguardando o glorioso evento (1Ts
4.13).
2. Quem será arrebatado? Todos os salvos que foram
transformados mediante o novo nascimento. Só chegarão
aos céus aqueles que lavaram suas vestes no sangue do
Cordeiro. A vida cristã não é fácil, exige renúncia. O
caminho que conduz ao céu é estreito. Todo crente, em
sua jornada aqui na terra, enfrenta montes e vales,
alegrias e tristezas. Infelizmente, muitos não perseveram e
acabam voltando atrás, se desviam e acabam vencidos
pela carne, o mundo e Satanás. Seja fiel, meu irmão e
minha irmã, pois há uma recompensa para os que são
fiéis e igualmente para todos os infiéis. A Palavra de Deus
alerta que no grande dia do Senhor os ímpios “ficarão de
fora” (Ap 22.15), mas os que permaneceram no Senhor
serão transformados e subirão para se encontrar com
Deus. A promessa do arrebatamento e do céu é para quem
vencer (Ap 3.12). Não desista!

II. O ARREBATAMENTO E A RESSSURREIÇÃO DOS


MORTOS

1. A ignorância acerca dos mortos (1Ts 4.13). Ao fazermos


uma leitura atenta das primeiras Epistolas aos
Tessalonicenses e Coríntios, vemos que os crentes tinham
muitas dúvidas acerca dos mortos em Cristo (1Co 15.12-
23,35-54). Erroneamente, acreditavam que na volta de
Jesus, os que já haviam morrido não tinham mais
esperança de ressuscitar. Atualmente, muitos também
têm dúvidas quando o assunto é acerca dos que já
dormem. Porém, a Palavra de Deus assegura-nos que os
mortos hão de ressuscitar: “Porque, se cremos que Jesus
morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus
dormem Deus os tornará a trazer com ele” (1Ts 4.14). Em
outra ocasião, tratando desse mesmo assunto, Paulo
ainda afirma: “Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos
e foi feito as primícias dos que dormem. Porque, assim
como a morte veio por um homem, também a ressurreição
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dos mortos veio por um homem. Porque, assim como
todos morrem em Adão, assim também todos serão
vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo,
as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda”
(1Co 15.20-23). Não precisamos nos preocupar com
aqueles que já dormem com o Senhor, pois quando
chegarmos aos céus os encontraremos.
2. A primeira e a segunda ressurreição. É a ressurreição
dos salvos, daqueles que esperam a volta de Jesus. O
primeiro a dar início à primeira ressurreição foi Jesus.
Ninguém reviveu, vencendo a morte física, definitivamente
ou para sempre, antes dEle. Cristo é “as primícias dos que
dormem”, conforme disse Paulo (1Co 15.20). Contudo, na
primeira ressurreição, farão também parte desse evento
glorioso: “as duas testemunhas” (Ap 11.1-12); o grupo dos
“mártires”, aqueles que aceitarão a Cristo na “grande
tribulação” (Ap 7.9-17). A segunda ressurreição será para
os ímpios, após o milênio (Ap 20.5,6).
3. A transformação dos crentes que estiverem vivos
quando Jesus voltar. Os salvos que estiverem vivos na
volta de Jesus serão arrebatados e transformados (1Ts
4.17). A transformação dos vivos é um mistério: “Eis aqui
vos digo um mistério: [...] nós seremos transformados.
Porque convém que isto que é corruptível se revista da
incorruptibilidade, e isto que é mortal se revista da
imortalidade” (1Co 15.51-53). Pela transformação, o corpo
se tornará espiritual e glorificado.
Diz a Bíblia “que carne e sangue não podem herdar o
Reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrrupção”
(1Co 15.50). Com corpos glorificados, semelhantes ao de
Jesus (Fp 3.21), os salvos poderão ir “ao encontro do
Senhor nos ares”.

III. ANTES DO ARREBATAMENTO E DEPOIS DELE


1. Antes, é preciso vigilância. Como já é do seu
conhecimento, todo crente deve estar preparado a cada
dia, a cada instante para o arrebatamento. Ao deitar e ao
levantar, o crente precisa estar preparado
espiritualmente, pois, quando “a trombeta de Deus” tocar,
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anunciando a volta de Cristo, não haverá mais tempo, um
segundo sequer, para alguém se preparar. Os pais não
poderão avisar aos filhos; os esposos não poderão avisar
às esposas e vice-versa. Todos esses alertas devem ser
dados agora, no dia que se chama hoje. Porque, no
arrebatamento, os eventos finais serão de uma rapidez
surpreendente, “num abrir e fechar de olhos” (1Co 15.52).
2. Depois, viveremos felizes para sempre. Jesus, a
expressão máxima do amor de Deus, voltará para buscar
a sua amada Igreja (Jo 14.3). A Igreja, a “Noiva do
Cordeiro”, há de se encontrar com seu “Noivo”, nas
nuvens, e viverão felizes por toda a eternidade. Desde o
seu início, a Igreja tem sofrido todo tipo de perseguição e
infortúnio. Mas em todos os embates, ela saiu vitoriosa.
Porque Jesus, o Noivo, afirmou: “[...] edificarei a minha
igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”
(Mt 16.18). Atualmente a Igreja e os crentes são
perseguidos em muitos países, mas a Noiva do Senhor
subirá ao encontro dEle, para encontrá-lo “nas nuvens”
(1Ts 4.17). João viu o final da história dos cristãos e
alegrou-se muito: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e
demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro,
e já a sua esposa se aprontou” (Ap 19.7).
CONCLUSÃO
No grande evento (o arrebatamento da Igreja), esperado
pelos salvos, dar-se-á a reunião de todos os filhos de Deus,
que nEle creem, desde a fundação do mundo. Os mortos serão
ressuscitados e os vivos serão arrebatados. Por isso, se você
crê no arrebatamento da Igreja, tenha esperança e procure
purificar-se a cada dia mais, pois em breve a Igreja do Senhor
não estará mais neste mundo tenebroso (1Jo 3.3).
PARA REFLETIR
A respeito da Escatologia Bíblica, responda:
Na primeira fase da sua vinda, no arrebatamento da Igreja,
Jesus tocará na Terra?
Qual o significado da palavra arrebatamento?
Quem será arrebatado?
Quem foi feito as primícias dos que dormem?
Quem fará parte da primeira ressurreição?
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LIÇÃO 03 O TRIBUNAL DE CRISTO

2 Coríntios 5:10 “Porque todos devemos comparecer ante o


tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver
feito por meio do corpo, ou bem ou mal”.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Mt 12.37: Seremos justificados ou condenados


mediante as nossas palavras
Terça — Rm 8.1: Não há condenação para aqueles que estão
em Jesus Cristo
Quarta — 2Tm 4.8: O justo Juiz dará a coroa da justiça a
todos que amarem a sua vinda
Quinta — Ef 2.10: O crente foi gerado em Jesus Cristo para
realizar as boas obras
Sexta — Mt 5.16: A nossa luz deve resplandecer diante dos
homens
Sábado — Ap 22.12: Em breve Jesus virá e dará galardão a
todos aqueles que foram fiéis

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 1 Coríntios 3:11-15


INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos acerca do Tribunal de Cristo
e dos galardões. Todos os crentes terão que comparecer a este
tribunal, porém não se trata do Juízo final, que será
instaurado para o julgamento dos ímpios (Ap 20.11-15), mas
será um tribunal para julgar as obras e os atos dos crentes,
recompensando-os, ou não, pelo que fizeram em sua vida.
Neste Tribunal, todos os fiéis em Cristo serão galardoados com
justiça.
O apóstolo Paulo descreve o cristão, em 1Co. 3:9-15, como
um construtor que usa vários tipos de materiais numa
construção. Assim, no sentido espiritual, o valor do seu
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trabalho vai depender dos materiais que usará para construir
sua obra. Paulo adverte: “cada um veja como edifica” (1Co.
3.10). A construção do cristão precisa ser feita sobre um
fundamento eficaz e correto, e com materiais de qualidade, que
deem sustentação à sua vida espiritual.

I. O TRIBUNAL DE CRISTO E OS CRENTES


1. O julgamento. Todos os crentes, já transformados e com
um corpo incorruptível, vão comparecer perante o Tribunal
de Cristo (cf. 2Co 5.10; 1Co 1.8). Não se trata de julgamento
de pecados, pois os que serão julgados já são salvos. Os
ímpios é que passarão pelo julgamento de suas obras e
pecados, no juízo do Trono Branco, após o Milênio (cf. Ap
20.11-15). Os salvos em Cristo Jesus, desde que
permaneçam fiéis, em santidade, não mais passarão por
qualquer tipo de condenação: “Portanto, agora, nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não
andam segundo a carne, mas segundo o espírito” (Rm 8.1).
Estar “em Cristo Jesus” é a condição indispensável para ter
sido salvo e permanecer salvo. Neste tribunal serão julgadas
as obras dos salvos que foram praticadas na Terra, a fim de
que recebam, ou não, o galardão (Ap 22.12).
2. Quando se dará? Segundo Eurico Bergstén, acontecerá
no dia em que Jesus voltar. O Salvador voltará e trará o seu
galardão consigo (Ap 22.12). Naquele grande dia, todos os
crentes que permaneceram fiéis ao Senhor, servindo a Ele
com integridade, receberão a sua recompensa. Paulo foi um
servo que sofreu muitas tribulações (naufrágio, cadeias,
fome, nudez) em favor do Reino de Deus, porém ele esperava
o dia em que receberia a sua coroa (recompensa). Ele
afirmou que “naquele dia” receberia “a coroa da justiça” que
lhe havia sido reservada (cf. 2Tm 4.8). Não desanime diante
das dificuldades enfrentadas neste mundo, pois em breve
Jesus virá e recompensará todo o seu trabalho. Esta é a
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melhor recompensa que um servo ou uma serva de Deus
pode receber.
3. Quem será o juiz? Não temos dúvida e podemos afirmar,
segundo a Palavra de Deus, que o juiz será nosso Senhor
Jesus Cristo (2Tm 4.8). O Pai entregou a Jesus todo o juízo
(cf. Jo 5.22). Somente Deus e o seu Filho, no Universo, têm o
direito legítimo de julgar os homens. Queira ou não,
ninguém escapará da justiça do Todo-Poderoso (Is 43.13).

II. AS OBRAS DO CRENTE E O JULGAMENTO DE


CRISTO
1. A precisão do julgamento. O julgamento será preciso,
pois passará pelo crivo do Senhor Jesus Cristo. Muitos fazem
a obra de Deus e praticam boas ações apenas para serem
vistos pelos homens. Estes buscam satisfazer seus interesses
pessoais, buscam seus próprios galardões. Mas a Palavra de
Deus diz que todas as obras serão provadas pelo fogo. O fogo
divino vai purificar e revelar qual é a verdadeira intenção do
coração.
2. Ouro, prata e pedras preciosas. Na Bíblia, o ouro
simboliza aquilo que procede de Deus, as coisas divinas (Jó
22.23-25; Ap 3.18). Podemos comparar o ouro às obras que
os crentes fizeram para a glória de Deus (1Co 10.31). Obras
praticadas por crentes que têm um espírito quebrantado e
contrito. Estas foram “feitas em Deus” (Jo 3.21), ou seja, em
parceria, comunhão com o Senhor. Quando usamos bem os
talentos dados por Deus, realizamos obras “de ouro” (Mt
25.14,20). São obras que glorificam não o nosso nome ou
ministério, mas a Deus (Mt 5.16). Na tipologia bíblica, a
prata é símbolo de redenção. No Antigo Testamento, a
redenção dos filhos de Israel era paga em prata (Êx 30.11-
16; Lv 5.15). No Novo Testamento, simboliza a redenção feita
por Cristo (1Pe 1.18; 1Co 6.20). As pedras preciosas são
símbolos do Espírito Santo, ou da glória de Cristo no crente
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(Jo 17.22). Os crentes que possuem os dons espirituais têm
o adorno do Espírito Santo. São obras feitas pelo poder do
Espírito Santo (Fp 3.3; Tt 3.5).
3. As obras que perecerão. “Se a obra de alguém se
queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia
como pelo fogo” (1Co 3.15). Esse texto mostra que haverá
crentes cujas obras não subsistirão quando passarem pelo
crivo do fogo divino. Observe:
a) Madeira. Na Bíblia, madeira é símbolo das coisas
humanas. É uma figura da árvore, que cresce por si mesma.
Há crentes que fazem muitas coisas, mas buscando a glória
humana. No fogo do julgamento, elas vão desaparecer. Há
quem trabalhe muito na igreja, mas não o faz para a glória de
Deus (1Co 10.31). Madeira não resiste ao fogo.
b) Feno. Feno é capim, erva seca. São obras aparentes, mas
sem consistência, sem vida, tais como erva seca (Is 15.6). O
capim é perecível (Is 51.12) e representa as obras dos crentes
que trabalham somente buscando a glória e a fama para si.
Infelizmente, nos dias atuais, há muitos pregadores e cantores
que só realizam a obra de Deus pelo dinheiro ou se o evento
tiver destaque na mídia. Estes “já receberam o seu galardão”,
aqui mesmo (cf. Mt 6.2,5,16).
c) Palha. A madeira tem certa consistência, mas a palha é
muito fraca. Não resiste a força do fogo. O vento a leva com
facilidade (Sl 1.4; Jó 21.18; Os 13.3). É instável. Não pode se
misturar com o trigo (Jr 23.28); palha representa obras sem
firmeza, ou seja, feita por crentes que são inconstantes. Muitos
vivem mudando de igreja, de costume, de crenças, etc. São
levados, como a palha, por “todo vento de doutrina” (Ef 4.14).

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III. A PRESTAÇÃO DE CONTAS DO CRENTE E OS
GALARDÕES
Galardões são prêmios. Lauréis a que o crente fez jus,
pois desempenhou bem a função para qual foi vocacionado
no Reino de Deus.
1. Os pastores darão conta dos seus rebanhos. Ser pastor
é um grande privilégio, mas também uma responsabilidade
muito grande. Sabemos que a salvação é individual, mas
aqueles que servem ao Senhor como pastores, um dia, terão
que prestar contas ao Sumo Pastor. O profeta Ezequiel,
criticou os líderes (pastores) de Israel por cuidarem de si
mesmos, ao invés de cuidarem das ovelhas do Senhor. Leia
Ezequiel 34. O profeta não se calou diante do erro dos líderes
do seu povo, mas com coragem e ousadia, apontou o pecado
e pronunciou o julgamento divino (Ez 34.7-10).
O Senhor dará a justa recompensa a cada pastor pelo seu
trabalho. Muitos tem se desgastado fisica e emocionalmente
em favor das ovelhas do Senhor. São incansáveis na
pregação, no ensino da Palavra, visitando e cuidando de
cada ovelha com muito carinho e zelo, seguindo o exemplo
do Bom Pastor (Jo 10.10). Estes receberão o justo galardão
pelo trabalho realizado. Por isso, se você recebeu de Deus o
ministério pastoral, cuide com zelo de suas ovelhas, exerça
seu ministério com dedicação, pois em breve Jesus voltará e
lhe dará os lauréis pelo seu trabalho.
2. Crentes darão conta de seus talentos. Todo crente
recebeu algum tipo de talento (habilidades, dons) do Senhor.
Uns recebem mais e outros menos, pois estes são
distribuídos de acordo com a capacidade de cada um, mas
todos recebem (Mt 5.14-30). O Senhor espera que venhamos
desenvolver nossos talentos com dedicação e zelo, utilizando-
os para a glória do Pai. Você é responsável, perante o
Senhor, por usar bem aquilo que Ele lhe concedeu. Jesus
está voltando, por isso, é tão urgente que venhamos
16
empregar nosso tempo e nossos talentos diligentemente em
sua obra. Não aja jamais como o servo negligente, que com
medo do seu senhor, enterrou seu talento. Utilize suas
habilidades em favor do Reino de Deus, pois o Pai vai lhe
recompensar por isso.

IV. O EXAME FINAL NO TRIBUNAL DE CRISTO


No texto de 1Co. 3:14-15 está declarado que haverá dois
resultados finais do exame (a prova do fogo) das obras
manifestas: o recebimento e a perda da recompensa.

a) Perda da recompensa. Esse fogo nada tem a ver com


o fogo do geena. O fogo do tribunal de Cristo é figura da luz
que revela as impurezas, ou seja, a purificação. Portanto,
as obras feitas por impulso carnal, e para a ostentação da
carne, não suportarão o calor do fogo de Deus, por mais
bonitas que sejam, serão desaprovadas.
b) Obtenção da recompensa. As obras praticadas com
materiais indestrutíveis na prova do fogo serão dignas da
recompensa final. O Novo Testamento apresenta várias
recompensas, mas destaca algumas relativas às atividades
especiais. O próprio Senhor Jesus, Juiz desse tribunal, é
quem fará a entrega dos prêmios, galardões, recompensas
(2Co. 9:6). Ele declara a João, na ilha de Patmos, dizendo:
“O meu galardão está comigo para dar a cada um segundo
as suas obras” (Ap. 22:12). O apóstolo Paulo declara,
também, que todo crente receberá o seu louvor (elogio) da
parte de Deus (1Co. 4:5).
c) Tipos de recompensas. O Novo Testamento usa uma
linguagem especial, dos tempos do primeiro século da era
cristã, relativa ao tipo de galardão que os vencedores das
olimpíadas gregas e romanas recebiam como prêmio. Havia
coroas de vários materiais, representando o tipo de vitória
conquistada por aqueles vencedores (1Co. 9:24-25).
17
1) A coroa da vitória (1Co. 9:25). A vida cristã se
constitui numa batalha espiritual contra três inimigos
terríveis: a carne, o mundo e o diabo. Esta coroa é
denominada, também, como coroa incorruptível, porque se
refere à conquista do domínio do crente sobre o velho
homem.
2) A coroa de gozo (1Ts. 2:19; Fp. 4:1). A palavra gozo
significa prazer, alegria, satisfação. Uma das atividades
cristãs, que mais satisfazem o coração do crente, é ganhar
almas. Isto é, praticar o evangelismo pessoal e ganhar
pessoas para o reino de Deus. Na busca do gozo nesta vida,
nada é comparável a ganhar almas salvas para Cristo,
livrando-as da perdição eterna. Por isso, quem ganha
almas sábio é (Pv. 11:30; Dn. 12:3).
3) A coroa da justiça (2Tm. 4:7-8). É o prêmio dos
fiéis, dos batalhadores da fé, dos combatentes do Senhor,
os quais vencendo tudo, esperam a Sua vinda.
4) A coroa da vida (Ap. 2:10; Tg. 1:12). Não se trata
da simples vida que temos aqui. Essa coroa é um prêmio
especial, porque implica conquista de um tipo de vida
superior à vida terrena, ou à simples vida espiritual, como
a tem os anjos. É a modalidade de vida conquistada
mediante a obra expiatória de Cristo Jesus — a vida
eterna. É o galardão da fidelidade do crente.
5) A coroa de glória (1Pe. 5:2-4). Certos eruditos da
Bíblia entendem que esta coroa é o galardão dos ministros
fiéis, que promoveram o reino de Deus na Terra, sem
esperar recompensa material.

CONCLUSÃO
No Tribunal de Cristo, os crentes fiéis verão que valeu a
pena suportar as aflições do tempo presente: “Porque para
mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente
não são para comparar com a glória que em nós há de ser
18
revelada” (Rm 8.18). Eles receberão seus galardões. Jesus é
que fará a criteriosa avaliação das obras dos salvos para dar
a cada um conforme o seu trabalho (Ap 22.12).

PARA REFLETIR
A respeito da Escatologia Bíblica, responda:
Todo o crente vai comparecer ante o tribunal de Cristo?
Qual a condição para ter sido salvo e permanecer salvo?
Quando se dará o Tribunal de Cristo?
Como as intenções do coração serão provadas?
Segundo a lição, que tipos de obra perecerão?

LIÇÃO 04 AS BODAS DO CORDEIRO

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Jo 14.1-3 O lar preparado pelo Esposo


Terça – Hb 11.10; 12.22 Esse lar é a gloriosa Jerusalém
Quarta – Mt 10.32; Lc 12.8; Ap 3.5; Cl 1.22; 1Ts 3.13; Ef
5.27; Jd v.24 O Cordeiro apresentará ao Pai a sua esposa
Quinta – Gn 24.51,58; 1Co 11.2 A tipologia do encontro
entre Cristo e a Igreja
Sexta – 2Co 11.2,3; Mt 6.24; Ap 2.10; Mt 24.13 As
características da noiva de Cristo hoje
Sábado – Lc 12.35,37; 22.30; 13.28,29; Mt 26.29; Mc
14.25 A grande ceia nos céus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Mateus 25.1-12.

 INTRODUÇÃO
A ceia das Bodas do Cordeiro é a expressão máxima da
relação entre Cristo e Sua Igreja. É a figura do casamento, do
esposo e da esposa, que aparece na Bíblia em várias
19
passagens (Jo. 3:29; 2Co. 11:2; Ef. 5:25-33; Ap. 19:7-8; 21:1-
22:7). O texto de Mateus 25 apresenta uma parábola de Jesus
que retrata a história de um casamento, e que oferece dupla
interpretação: uma sobre Israel e outra a respeito da Igreja.

 ANALOGIA CORRETA DA PARÁBOLA


a) Fundo histórico. Jesus ilustrou Seu ensino utilizando-
se do costume oriental para o casamento. Depois de feitas as
cerimônias religiosas, começava-se a celebração festiva do
casamento. A festa podia prolongar-se por vários dias,
dependendo das possibilidades do pai da noiva. Nos festejos
noturnos, os convidados deviam sempre ter lâmpadas acesas.
No caso da história de Jesus, o noivo atrasou. Os convidados
deveriam estar devidamente preparados, com azeite em suas
vasilhas e nas lâmpadas. Qualquer convidado sem lâmpada
era considerado um estranho, e não podia entrar na festa.
b) Correntes de interpretação. A primeira interpretação
diz que as virgens representam o remanescente judeu (144
mil) salvo no período da Grande Tribulação. A segunda
distingue os dois grupos como uma representação dos crentes
salvos, e dos crentes apenas nominais, no seio da Igreja,
quando da vinda de Cristo. A terceira interpreta as dez virgens
como um todo, e também cada crente individualmente.
c) Quem são as dez virgens? (Mt. 25:1). Não são dez
pretendentes do esposo. Nem são dez igrejas cristãs, que
competem pelo mesmo esposo. São, na verdade, os crentes
individualmente, que compõem o corpo da Igreja (a esposa do
Cordeiro). O número dez não tem um significado dogmático ou
doutrinário, mas, sim um sentido de inteireza. Representa a
noiva na sua inteireza. Jesus via a Igreja como um todo, o
corpo invisível em toda a Terra (1Co. 12:12,14,27). Ele via,
também, a igreja local e visível, isto é, os membros em
particular.

20
d) Por que as palavras “esposo” e “esposa”? No Oriente,
o noivado é tão sério quanto o casamento. Na história bíblica a
mulher comprometida em noivado era chamada esposa, e
apesar de não estar unida fisicamente ao noivo, ela estava
obrigada à mesma fidelidade como se estivesse casada (Gn.
29:21; Dt. 22:23-24; Mt. 1:18-19). A Igreja é a esposa de Cristo
porque está comprometida com Ele (Ap. 19:7; 21:9; 22:17).

 AS CONDIÇÕES ESPIRITUAIS DA ESPOSA


(Mt. 25:2-5)
a) Duas classes de crentes: os insensatos e os
cautelosos. Essas duas classes são uma realidade espiritual
na Igreja de Cristo. São identificadas por Jesus como as loucas
e as prudentes. As loucas representam os cristãos insensatos e
alienados espiritualmente. São aqueles cristãos que não agem
racionalmente na sua vida de fé, por isso não sabem o que
estão fazendo. As prudentes representam os cristãos
cautelosos e previdentes, que mantêm uma vida de vigilância e
espiritualidade.
b) Ingredientes indispensáveis para estar nas bodas.
Aquelas virgens tinham vasilhas e lâmpadas (Mt. 25:7-9). Mas
precisavam, na verdade, ter o principal elemento: o azeite. As
loucas não levaram azeite em suas vasilhas, mas as prudentes
sim, estavam devidamente preparadas. Aquelas virgens
tinham que ter vestidos brancos de linho fino (Ap. 19:8),
lavados no precioso sangue do Cordeiro (Ap. 7:14). Precisavam
de calçados do Evangelho da Paz (Is. 52:7; Ef. 6:15). Tinham
que ter vasilhas para o azeite (Mt. 25:4; Ef. 5:18) e o próprio
azeite (Mt. 25:3-4), que é símbolo do Espírito Santo.

 O TEMPO DAS BODAS (Mt. 25:6)


a) O sentido do clamor da meia-noite. O texto diz: “Mas
à meia-noite, ouviu-se um clamor” (Mt. 25:6). Que representa
a meia-noite? É o tempo do clímax da esperança da Igreja. É o
21
fim e o princípio de um tempo (dia, dispensação, era). É a hora
do silêncio total, quando todos dormem. Pode ser a
consumação ou princípio de um novo dia ou tempo. Não é
difícil estabelecer o tempo desse evento. Ele acontecerá entre o
arrebatamento da Igreja e a segunda fase da volta de Cristo à
Terra. Ocorrerá, precisamente, logo após o julgamento das
obras dos crentes no tribunal de Cristo, visto que em Ap. 19:8,
a esposa aparece vestida de linho fino que “são as justiças dos
santos”.
b) O Dia de Cristo (Fp. 1:10). Na linguagem escatológica
a palavra “dia” é interpretada, literal ou figuradamente,
dependendo do seu contexto. Dia pode, então, representar
ano, ou seja, um dia igual a um ano, conforme se percebe na
profecia de Daniel capítulo 9. Destacamos no contexto bíblico
quatro dias (anos, tempos) históricos para a humanidade: o
“dia do homem” (1Co. 4:3), que compreende o tempo da
história da humanidade; o Dia de Cristo (Fp. 1:10), que diz
respeito, especialmente, ao tempo de sete anos, nos quais a
Igreja estará no céu, e simultaneamente ocorrerá na Terra a
Grande Tribulação; o Dia do Senhor (1Ts. 5:2), a manifestação
pessoal e visível de Cristo no final da Grande Tribulação, e
durará mil anos (Milênio); e, finalmente, o Dia de Deus (2Pe.
3:12-13), que é o tempo do Juízo Final e da restauração de
todas as coisas, o começo do Reino eterno. Neste estudo, o Dia
de Cristo abrange três fatos escatológicos especiais, os quais
são: o encontro da Igreja com Cristo nas nuvens (1 Co
15.51,52; 1 Ts 4.14-17); o tribunal de Cristo (2 Co 5.10; Fp
1.10; 2 Co 1.14; Ef 5.27); e, as bodas do Cordeiro (Ap 19.7).

 CARACTERÍSTICAS DAS BODAS


a) Lugar das bodas (Ap. 19.1; 21:9). Pela ordem normal
dos acontecimentos escatológicos, esse evento acontecerá no
céu. Quando João declarou “ouvi no céu como que uma
grande voz de uma grande multidão que dizia: Aleluia!”, ele
22
identificou naturalmente o lugar. Alegria e triunfo pelas
vitórias do Cordeiro são demonstradas, e em seguida surge a
noiva do Cordeiro já glorificada, coroada e preparada para o
glorioso casamento. Entendemos, então, que o céu é o lugar
mais adequado para esse acontecimento extraordinário.
b) Participantes das bodas. O casamento é de Cristo com
a Igreja, mas os convidados são muitos. De acordo com Dn.
12:1-3 e Is. 26:19-21, o Israel salvo da Grande Tribulação e os
santos do Antigo Testamento são os convidados especiais.
Devemos ter cuidado na interpretação desse evento, para não
confundirmos nem misturarmos os fatos que envolvem as
bodas no céu e as bodas na Terra. No céu, as bodas são da
Igreja com o Cordeiro (Ap. 19:7- 9). Na Terra, as bodas
envolvem Israel e o Cordeiro (Mt. 22:1-14; Lc. 14:16-24; Mt.
25:1-13).

 CONCLUSÃO
A cena das bodas no céu difere das bodas na Terra. No
céu, somente a Igreja e seus convidados participarão. Na
Terra, Israel estará esperando que o esposo venha convidá-lo a
conhecer a esposa (a Igreja), que estará reinando com Ele no
período milenar.

23
LIÇÃO 05 A GRANDE TRIBULAÇÃO

Apocalipse 3:10 “Como guardaste a palavra da minha


paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há
de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na
terra”.

LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 26.41: O crente precisa estar sempre em
constante oração e vigilância
Terça — Mt 24.21: Haverá um tempo de muita aflição na
Terra
Quarta — 1Ts 1.10: A Igreja de Cristo não passará pela
Grande Tribulação
Quinta — Ap 13.1: A besta que subiu do mar será um dos
cúmplices de Satanás
Sexta — Ap 13.11,18: O número da besta é número de
homem: 666
Sábado — Is 13.11: Deus, o justo Juiz, visitará e julgará a
maldade do mundo com poder e glória

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Mateus 24:21-22;


Apocalipse 7:13-14

INTRODUÇÃO
Na sequência dos eventos escatológicos, enquanto a Igreja
arrebatada e ressuscitada está no céu (nos ares) com Cristo,
inicia-se um novo e terrível período na Terra, identificado na
linguagem bíblica como a Grande Tribulação. Esse período
será precedido por vários sinais, reconhecidos pelos que leem e
estudam as profecias bíblicas.

O QUE É A GRANDE TRIBULAÇÃO


a) O sentido da palavra “tribulação” na Bíblia. Na
língua grega do Novo Testamento, tribulação aparece como

24
‘thilipsis’, que significa “colocar uma carga sobre o espírito das
pessoas”. Na tradução da Vulgata Latina, a palavra é
‘tribulum’ e se refere a uma espécie de grade para debulhar o
trigo. Ou seja, o instrumento que o lavrador usa para separar
o trigo da sua palha. A ideia figurada aqui é afligir, pressionar.
Analisada à luz do contexto bíblico, a palavra pode referir-se
tão-somente a um tipo de pressão, aflição ou angústia pela
qual se passa na vida cotidiana. Outras vezes tem o sentido
escatológico.
b) O sentido da expressão “Grande Tribulação”. A
expressão é essencialmente escatológica. No Antigo
Testamento é identificada por outros nomes, tais como “o dia
do Senhor” (Sf. 1:14-18; Zc. 14:1-4); “a angústia de Jacó” (Jr.
30:7); “a grande angústia” (Dn. 12:1); “o dia da vingança” (Is.
63:1-4); “o dia da ira de nosso Deus”. No Novo Testamento, a
expressão ganha maior sentido com o próprio Senhor Jesus
identificando aquele tempo como período de “grande aflição”
(Mt. 24:21), depois em Ap. 7:14, como Grande Tribulação.
c) A Igreja estará na Grande Tribulação? Existem duas
linhas de entendimento acerca desse assunto: uma acredita
que a Igreja não estará no primeiro período da Grande
Tribulação; outra afirma que a Igreja sofrerá no primeiro
período da Grande Tribulação. Os partidários do
arrebatamento da Igreja depois da Grande Tribulação insistem
que os rigores da tribulação são exclusivamente para Israel.
Porém, entendemos que o arrebatamento dos santos em Cristo
se dará, nem na metade nem depois da tribulação, mas
exatamente antes dela, para livrar a Igreja desse inigualável
tempo de sofrimento (1Ts. 1:10; 3:10).
Podemos perceber que os juízos catastróficos de Deus
sobre Israel e o mundo naqueles dias só terão início depois que
a Igreja for retirada da Terra. Até o capítulo 5 de Apocalipse se
fala da Igreja, mas no capítulo 6, quando se iniciam os juízos,
a Igreja não mais aparece, senão no capítulo 19.
25
Os partidários da ideia de que a Igreja estará na primeira
metade da Grande Tribulação confundem essa metade, que
será de uma falsa paz negociada entre Israel e o Anticristo (Dn.
9:27). Não cremos que a Igreja necessite da paz do Anticristo,
bem como não podemos interpretar o cavaleiro do cavalo
branco de Ap. 6:2 como sendo Cristo, uma vez que na
sequência do texto os outros cavalos e seus cavaleiros são
demonstrações dos juízos divinos (Ap. 6:2-8).

PROPÓSITOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO


Dois principais propósitos se destacam: o primeiro é levar
Israel a receber o seu Messias; e o segundo é trazer juízo sobre
todo o mundo, especialmente, sobre as nações incrédulas.
a) Levar Israel a receber o Messias. O profeta Jeremias
profetizou que esse tempo seria identificado como “o tempo da
angústia de Jacó” (Jr. 30:7). Revela que será um tempo
especial para os filhos de Jacó, isto é, Israel. Os eventos desse
período são indicados na Bíblia como “o povo de Daniel”, “a
fuga no sábado”, “o templo e o lugar santo”, “o santuário”, “o
sacrifício”, e outras mais, todas expressões típicas da
experiência política e religiosa de Israel. Portanto, antes de
qualquer outra coisa, esse é um período especial para o povo
judeu.
Igualmente, o propósito de Deus para Israel na tribulação
é trazer à conversão esse povo, porque parte dele se converterá
e entrará com o Messias no reino milenar (Ml. 4:5-6).
Quando o Messias surgir, não só os judeus povoarão a
Terra, mas uma multidão de gentios se converterá pela
pregação do remanescente judeu (Mt. 25:31-46; Ap. 7:9) e
entrará no reino milenar de Cristo.
b) Trazer juízo sobre o mundo. Ap. 3:10 revela esse
propósito quando fala à igreja de Filadélfia: “também eu te
guardarei da hora da angústia que há de vir sobre o mundo
inteiro”. A mensagem é para a Igreja e dá a garantia de que
26
será guardada daquele tempo. Mais uma vez, compreende-se
que a Igreja não passará pela Grande Tribulação. Entendemos
que esse período alcançará todas as nações da Terra (Jr.
25:32-33; Is. 26:21; 2Ts. 2:11-12), e Deus as julgará por sua
impiedade. Diz a Bíblia que as nações da Terra serão
enganadas pelo ensino da grande meretriz religiosa, chamada
Babilônia (Ap. 14.8), e seguirão ao Falso Profeta na adoração à
Besta (Ap. 13:11-18). Esses juízos virão para purificar a Terra,
e quando o Messias assumir o comando mundial de governo,
haverá paz e justiça.

O TEMPO DA GRANDE TRIBULAÇÃO


Não há texto bíblico mais explícito, quanto ao tempo da
Grande Tribulação, do que a profecia de Daniel em 9:24-27,
acerca das setenta semanas determinadas por Deus, para a
manifestação dos juízos de Deus sobre Israel e sobre o mundo.
a) O que são as setenta semanas. A identificação
começa com Dn. 9:24: “Setenta semanas estão determinadas”.
A palavra semana interpreta-se como semana de dias. O
número sete indica a quantidade de dias da referida semana.
Porém, a palavra dia interpreta-se como ano. Cada dia
equivale a um ano, e sete dias multiplicados por setenta (70 x
7) dá o total de 490 anos.
b) Os três períodos das 70 semanas. O primeiro período
de sete semanas, equivalente a 49 anos, teve o seu início no
reinado de Artaxerxes, através de Neemias, copeiro-mor (Ne.
2:1,5,8), quando pediu ao rei para voltar à sua terra e
reedificar a cidade e os seus muros. Ocorreu em 445 a.C.
quando foi dada a ordem “para restaurar e reedificar
Jerusalém” (Dn. 9:25).
O segundo período de 62 semanas, equivalente a 434
anos, refere-se ao tempo do fim do Antigo Testamento até a
chegada do Ungido, o Messias. Nesse período, o Ungido seria
rejeitado, ultrajado pelo seu povo e morto (Dn. 9:26). Cumpriu-
27
se esse segundo período até o ano 32 d.C, quando Cristo, o
Ungido, foi rejeitado e morto pelos judeus. Até então, 69
semanas (ou 483 anos) se cumpriram.
O terceiro período abrange “uma semana” (7 anos)
conforme está no texto de Dn. 9:27. Misteriosamente, acontece
um intervalo profético na sequência natural das 70 semanas,
identificado como os tempos dos gentios (o nosso tempo), no
qual se destaca, especialmente, a Igreja constituída de um
povo remido por Jesus, e que está em evidência até o seu
arrebatamento para o céu. Terá início, em seguida, a última
semana, a 70ª.
c) A última semana profética. No texto de Dn. 9.26
surge “um povo e um príncipe” que virão para assolar e
destruir Israel sob “as asas das abominações”. Esse príncipe
não é outro senão o “assolador”, o “Anticristo”, o “homem do
pecado” e o “príncipe que há de vir” (Dn. 9:26). Ele fará uma
aliança com Israel “por uma semana” (Dn. 9:27). Virá com
astúcia e inteligência. Sua capacidade de persuasão será
enorme e, na aliança que fará com Israel, não terá a plena
aprovação desse povo. Sua tentativa será restabelecer a paz,
sobretudo no Oriente Médio, oferecendo um tratado. O mundo
todo o honrará e o admirará naqueles dias. Ele se levantará de
uma força política mundial, uma confederação europeia, que,
na linguagem figurada da profecia aparece como “um chifre
pequeno” que surge do meio de “dez chifres” do “animal terrível
e espantoso”, conforme Dn. 7:8. Esse “animal terrível e
espantoso” pode ser identificado como o sistema europeu,
equivalente ao antigo Império Romano.
Num breve espaço, “metade da semana” (três anos e
meio), esse líder alcançará o apogeu do seu domínio mundial,
e então haverá uma falsa paz. Nesse momento se dará o
rompimento da aliança com Israel. O príncipe, embriagado
pelo poder político, entrará em Israel e então se iniciará “a

28
grande angústia de Israel” (2Ts. 2:4; Ap. 13:8-15), a Grande
Tribulação.
CONCLUSÃO
A Grande Tribulação não se destina à Igreja de Cristo e,
sim, para o povo de Israel e o mundo gentio. Todos os juízos de
Deus profetizados terão o seu cumprimento. Ninguém sabe
quando se dará o arrebatamento da Igreja findando o
parêntese profético entre a 69ª semana e 70ª. Não sabemos o
dia da volta do Senhor, mas sabemos que é a nossa missão
principal — pregar o Evangelho e dar testemunho de Cristo
diante dos homens.

LIÇÃO 06 O REINO MILENAR DE CRISTO

Apocalipse 20:4 “[..] que não adoraram a besta nem a sua


imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e
viveram e reinaram com Cristo durante mil anos”.

LEITURA DIÁRIA
Segunda — Zc 14.9: Durante o Milênio o Reino de Deus será
revelado sobre toda a Terra
Terça — 1Tm 1.17: Todos verão o Rei dos séculos e o
adorarão para todo o sempre
Quarta — Dn 2.44,45: O Reino de Deus é espiritual e eterno,
por isso, jamais será destruído
Quinta — Ag 2.7: Deus fará tremer a Terra e depois virá o
“Desejado de todas as nações”
Sexta — Is 65.25: Durante o Milênio haverá harmonia até
entre os animais
Sábado — Jl 2.24: Durante o Milênio haverá abundância de
alimento sobre a Terra

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Apocalipse 20:1-6

29
INTRODUÇÃO
A volta pessoal e visível de Cristo à Terra está prevista em
toda a Bíblia. Deus estabeleceu o programa de um reino
teocrático, iniciado com o povo de Israel, prosseguindo no
período milenar e culminando no reino eterno.

I. O FIM DA GRANDE TRIBULAÇÃO


a) A volta pessoal de Cristo. O texto de Zacarias 14:3-4
indica a intervenção divina sobre o Monte das Oliveiras, em
Israel. As nações reunidas pelo Anticristo, para combater e
destruir Israel, serão surpreendidas pela vinda do Senhor.
O texto de Jl. 3:2-12 fala do vale de Josafá, identificado
também como o Cedrom, localizado entre Jerusalém e o
Monte das Oliveiras. Será nesse lugar o encontro do
Senhor contra as nações inimigas de Israel. O Monte das
Oliveiras, o lugar exato de onde Cristo subiu ao céu,
também será onde ele descerá gloriosamente.
b) A sequência dos eventos finais (Mt. 24:27-30).
Nesses versículos Jesus apresentou a realidade da
tribulação (Mt. 24:21). No v.27, ele fala de sua vinda visível
como “o relâmpago que sai do Oriente e se mostra até o
Ocidente”. No v.28, Jesus retrata mais uma vez a
visibilidade de Sua vinda, usando a ilustração dos abutres
atraídos pela matança. No v.29, dá a entender que a Sua
vinda será logo depois da tribulação daqueles dias. No
v.30, fala do sinal dessa vinda no céu, uma prova de que
Ele, o Messias, virá sobre as nuvens do céu.
c) A derrota do Anticristo e seus exércitos (Ap.
19:15-21). Nos versículos anteriores ao 14, Cristo aparece
como um grande general de exército (como nos tempos
bíblicos), e o v.15 mostra um Cristo preparado para fazer
juízo sobre a impiedade do Anticristo. Diz o texto que “saía
da sua boca uma espada afiada, para ferir com ela as
nações”. A partir do v.17, uma grande ceia é apresentada
30
para comer as carnes de todos os inimigos do povo de
Israel, que se ajuntaram para destruí-lo, mas eles serão
aniquilados pelos exércitos de Cristo. No v.20, a Besta, que
é o Anticristo, juntamente com o Falso Profeta, são presos
e lançados vivos no Lago de Fogo. Esses dois personagens
não são meras figuras ou metáforas, mas realmente dois
homens da parte do Diabo, que se levantarão naqueles
dias. d) A vinda em glória (Ap. 19:11-16). Refere-se
especialmente à forma da descida gloriosa de Cristo, sobre
um cavalo branco. O cavaleiro que monta o cavalo do
capítulo 19 de Apocalipse é Jesus, porque é identificado
como “Fiel e Verdadeiro”. Nada tem a ver com o cavaleiro
do cavalo branco do capítulo 6 de Apocalipse, o qual se
refere ao Anticristo. O v.14 de Apocalipse fala dos santos
que acompanham Cristo na Sua volta à Terra. Eles
montam cavalos brancos e os seus cavaleiros estão
vestidos de linho finíssimo. São os anjos e a Igreja de
Cristo, que gloriosamente participam da Sua conquista.

II. PREPARAÇÃO PARA O REINO MILENAR


Com a derrota do Anticristo e seus exércitos, Israel verá
que Aquele a quem rejeitaram na primeira vinda, que não é
outro senão o seu Messias.
a) A conversão a Cristo por parte dos judeus. Zc. 12:10
fala do espírito de súplicas que será derramado sobre a casa
de Davi, e prantearão pelo que fizeram a Cristo na sua
primeira vinda. Vários textos bíblicos da profecia indicam essa
conversão e renovação (Zc. 13:9; Ez. 36:24-31; Is. 25:9; Rm.
11:26). Todas estas passagens mostram que os judeus
sobreviventes daqueles dias serão leais a Cristo, aceitando-o
como o Messias. Porém, haverá, também muitos judeus
rebeldes, os quais sofrerão o juízo de Cristo (Ez. 20:33-38; Ml.
3:1-5).

31
b) A prisão de Satanás (Ap. 20:1-3). Antes que o Senhor
instale o seu reino milenar, Satanás será preso por mil anos
com todos os seus anjos, e assim não estarão livres para
tentar as criaturas nos dias do reino milenar de Cristo.

III. O REI JESUS


Será um período de completa manifestação da glória de
Cristo no Seu domínio, governo, justiça e reino (Is. 9:6; Sl.
45:4; Is. 11:4; Sl. 72:4; Dt. 18:18-19; Is. 33:21-22; At. 3:22).
Vários são os títulos e nomes de Cristo no Milênio. Ele é
chamado: o Renovo (Is. 4:2; 11:1; Jr. 23:5; 33:15; Zc. 3:8-9;
6:12-13); Senhor dos Exércitos (Is. 24:23; 44:6); o Ancião de
dias (Dn. 7:13); o Altíssimo (Dn. 7:22-24); o Filho de Deus (Is.
9:6; Dn. 3:25); o Rei (Is. 33:17-22; 44:6; Dn. 2:44); o Juiz (Is.
11:3-4; 16:5; 33:22; 51:4-5); o Messias Príncipe (Dn. 9:25-26).
Muitos outros títulos destacam as atividades do Rei Jesus.

IV. CARACTERÍSTICAS DO REINO MILENAR


a) Justiça. Somente os justos serão admitidos no reino
(Mt. 25:37; Is. 60:21; 26:2). A justiça será sinônimo do
Messias (Ml. 4:2; Is. 46:13; 51:5).
b) Obediência. Foi o propósito original de Deus na
criação do mundo: o estabelecimento de um princípio de
obediência completa e voluntária a Deus. A árvore da vida
foi colocada no Éden como prova de obediência (Gn. 2:16-
17). Diz a Bíblia que Deus sujeitou todas as coisas Àquele
que é o Senhor (Ef. 1:22). c) Conhecimento universal de
Deus (Is. 11:9; Jr. 31:34). O conhecimento estará
disseminado e determinado em toda a Terra. Na verdade,
todas as pessoas terão conceitos corretos sobre Deus,
porque o mal estará detido naquele tempo.
c) Paz e prosperidade (Is. 2:4; 35:1-2). A maldição do
pecado estará detida, sem poder de alastramento. A paz
será universal, porque a sua base será a justiça do
32
Messias. e) Longevidade (Is. 65:20-22; 33:24). Uma vez que
o mal estará detido, a vida física dos habitantes da Terra
naqueles dias não sofrerá tanto como hoje. É verdade que
as pessoas não estarão isentas da morte, mas viverão
muito mais.

V. O FINAL DO MILÊNIO
a) A soltura de Satanás e seus anjos. Vemos uma
descrição na Terra, que mostra o fim do período milenar
(Ap. 20:2-9). A razão pela qual Satanás será solto é
discernida pela sua atividade no tempo de sua soltura. Ele
sairá para enganar as nações e promover sua última
batalha contra o povo de Deus.
b) Gogue e Magogue (Ap. 20:8). Esses dois nomes
referem-se aos inimigos de Israel. Podem representar dois
tipos de inimigos: povos vindos do Norte e também povos
em geral. O que prevalece mais fortemente é a
representação de povos vindos do norte. Na verdade, a
batalha não será muito extensa, porque haverá a
intervenção divina.

VI. PÓS-MILÊNIO
Todos esses fatos conduzem ao Grande Trono Branco, que
é o Juízo Final (Ap. 20:11), símbolo do poder de Deus para
executar a justiça. Jesus será o Juiz (At. 17:31; Jo. 5:22-27).
Diante do Supremo Juiz, todos haveremos de comparecer. Os
perdidos não escaparão ao Lago de Fogo (Ap.19:20;
20:10,14,15; 21:8). O Lago de Fogo é um lugar, e não um
conceito, uma ideia ou estado mental.

CONCLUSÃO
Na segunda fase de Sua vinda em glória (visível a todo o
mundo), Cristo vai julgar as nações (Juízo das Nações) e
inaugurar o Milênio, a gloriosa era de paz a ser implantada na
33
Terra. Seguindo-se o Grande Trono Branco, o Juízo Final,
ocasião em que somente haverá dois destinos: a morte eterna
ou a vida eterna. Os crentes em Jesus estarão livres de
qualquer condenação e irão desfrutar da eternidade.

LIÇÃO 07 RESSURREIÇÃO DOS MORTOS

1 Coríntios 15:19 “Se esperamos em Cristo só nesta vida,


somos os mais miseráveis de todos os homens”.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Dn 12.2: Os que dormem no Senhor ressuscitarão


Terça — Sl 9.17: Os ímpios serão lançados no lago de fogo
Quarta — Pv 15.24: Para o tolo o caminho do inferno está
“embaixo”
Quinta — Ap 14.13: Felizes os que desde agora morrem no
Senhor
Sexta — Fp 1.21: O crente não teme a morte, pois para o
salvo “o morrer é ganho”
Sábado — Fp 3.21: O corpo do salvo ressurreto será
semelhante ao do Senhor Jesus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Lucas 16:19-26

INTRODUÇÃO
A doutrina da ressurreição se baseia essencialmente sobre
o fato da ressurreição de Cristo. O Mestre enfatizou e deu um
sentido especial a essa doutrina (Jo. 5:28-29), deixando claro
que não haverá uma única, geral e simultânea ressurreição
para os mortos, mas sim que acontecerá em duas fases
distintas: a ressurreição dos justos e a dos ímpios.

34
I. O QUE É RESSURREIÇÃO

a) Sentido original. Duas palavras gregas, ‘anastasis’ e


‘egeiró’, definem o termo ressurreição. Elas claramente
indicam “tornar à vida”, “levantar-se”, “erguer-se”, “despertar”,
“acordar”.
b) Sentido doutrinário. Ressurreição é a outorga da vida
ao que havia se extinguido fisicamente. É o ato do
levantamento daquilo que havia estado no sepulcro. Várias
vezes nos deparamos com a expressão “ressurreição dos
mortos“ (1Co. 15:12-13, 21 e 42), que se refere a uma
ressurreição geral, de justos e ímpios. Porém, quando se refere
aos justos, a expressão no original é restritiva e se traduz por
“ressurreição de entre os mortos”. A expressão “de entre os
mortos” quer dizer os mortos tirados do meio de outros
mortos.

II. CARÁTER GERAL DA RESSURREIÇÃO

a) No Antigo Testamento. Personagens importantes da


história do Antigo Testamento demonstraram sua confiança e
crença na ressurreição. Abraão cria na ressurreição (Gn. 22:5,
Hb. 11:17-19); (Jó 19:25-27); um dos filhos de Coré, cantor,
salmodiava sobre a ressurreição (Sl. 49:15); o profeta Isaías
cria e profetizava sobre a ressurreição (Is. 26:19); Daniel,
profeta e estadista, declarou sua crença na ressurreição (Dn.
12:2-3); e Oséias, um profeta destacado em Israel, fez o mesmo
(Os. 13:14).
b) No Novo Testamento. A doutrina da ressurreição foi
declarada e ensinada por Jesus em seu ministério terrestre
(Jo. 5:28,29; 6:39-40, 44 e 54; Lc. 14:13-14; 20:35-36).
Ensinada e reafirmada pelos apóstolos e os pais da Igreja
primitiva (At. 4:2). Em Atenas, na Grécia, Paulo pregou a
Jesus Cristo e Sua ressurreição (At. 17:18). Repetiu isso,
também, para os filipenses (Fp. 3:11), aos coríntios (1Co.
15:20), aos tessalonicenses (1Ts. 4:14-16), perante o
governador Felix (At. 24:15). O apóstolo João, não só relatou o
ensino de Cristo sobre a ressurreição, mas ele mesmo ensinou
sobre o assunto (Ap. 20:4-6).
35
c) Alguns exemplos bíblicos de ressurreições literais.
1) No Antigo Testamento. A história dramática da
ressurreição do filho da mulher sunamita, através da
oração do profeta Eliseu (2Rs. 4:32-37). Há um caso
posterior mais impressionante. O profeta Eliseu já havia
morrido e sido sepultado, e um grupo de moabitas, para
fugir de uma perseguição inimiga, lançou o seu morto na
cova onde estavam os restos mortais de Eliseu. Ao tocar
os ossos do profeta o morto reviveu e se levantou sobre
seus pés (2Rs. 13:20-21).
2) No Novo Testamento. Os exemplos são numerosos,
começando pelo ministério pessoal de Jesus Cristo: a filha
de Jairo (Mt. 9:24-25); o filho de uma viúva de Naim (Lc.
7:13-15); seu amigo Lázaro, em Betânia, irmão de Maria e
Marta (Jo. 11:43-44). Ele mesmo venceu a morte depois
de três dias no sepulcro (Lc. 24:6) e, para confirmar Sua
vitória sobre a morte, alguns corpos de santos mortos
anteriormente, ressuscitaram e foram vistos em
Jerusalém (Mt. 27:52-53). Mais tarde, entre os apóstolos,
Pedro orou ao Senhor e fez reviver a Dorcas (At.
9:37,40,41).

III. TIPOS DE RESSURREIÇÃO


a) Nacional. É, em linguagem metafórica, a restauração e
renovação do povo de Israel em termos políticos, materiais
e espirituais (Dt. 4:23-30; 28:62-64; Lv. 26:14-25; Ez.
11:17; 36:24; 37:21; Jr. 24:6; Ez. 36:24-28). O
cumprimento cabal da profecia relativa à ressurreição
nacional acontecerá na vinda pessoal do Messias, o
Senhor Jesus Cristo (Zc. 14:1-5).
b) Espiritual. Refere-se também, metaforicamente, a um
renascimento espiritual dos que estavam mortos em
delitos e pecados (Ef. 2:1) e foram vivificados
espiritualmente (Rm. 6:4). Há, no entanto, um sentido
literal dessa ressurreição, no que tange à ressurreição
corporal. Porém, o aspecto físico da ressurreição diz
respeito aos corpos levantados das sepulturas, os quais
sofrerão uma metamorfose. Isto é: uma transformação do
físico para o espiritual (1Co. 15:52; 1Ts. 4:13-17).
36
c) Física. Precisamos distinguir esse tipo de ressurreição
sob dois ângulos: o temporal e o escatológico. No sentido
temporal, temos o exemplo de pessoas que morreram,
foram sepultadas, e pelo poder de Deus ressuscitaram;
posteriormente, voltaram a morrer (2Rs. 4:32-37; Mt.
9:24,25). No sentido escatológico, tanto os justos quanto
os ímpios vão ressuscitar fisicamente. Os justos levantar-
se-ão dos seus sepulcros na vinda do Senhor (1Co.
15:44,52; Jo. 5:29). Os ímpios se levantarão, não com os
santos, mas no fim de todas as coisas, no Juízo Final (Ap.
20:11-15).

IV. A RESSURREIÇÃO DOS JUSTOS E A DOS


ÍMPIOS

A primeira ressurreição
a) O tempo. Divide-se em três fases distintas. A primeira
fase refere-se à ressurreição de Cristo, identificado como
as “primícias dos mortos” (1Co. 15:20). A segunda fase
refere-se à ressurreição dos mortos em Cristo, a qual se
efetuará no chamamento especial, por ocasião da volta do
Senhor Jesus sobre as nuvens (1Co. 15:51-52; 1Ts. 4:14-
17). A terceira fase da primeira ressurreição refere-se
àqueles mortos no período da grande tribulação, os quais
são chamados de “mártires da grande tribulação”. Refere-
se ao restolho da ceifa, isto é, as respigas da colheita (Ap.
6:9-11; 7:9-17; 14:1-5; 20:4-5).
b) A natureza dos corpos ressurretos. Não importa como
os corpos foram sepultados, se em covas na terra, ou no
fundo dos mares e rios, ou cremados. Na realidade, os
mesmos corpos mortos serão ressuscitados. No caso dos
mortos em Cristo, seus corpos serão transformados (1Co.
15:35-38), iguais ao corpo ressurreto de Cristo (Fp. 3:21).

A segunda ressurreição
a) O tempo. Já sabemos que Jesus distinguiu duas
ressurreições: a dos justos e a dos ímpios (Jo. 5:28-29).
Alguns intérpretes entendem a ressurreição dos mortos
como um só evento, num mesmo tempo. Declaram que a
37
única distinção é que “uns ressuscitam para a vida” e
outros “para a perdição”. Entretanto, essa teoria é
largamente refutada. Na verdade, o tempo da segunda
ressurreição acontecerá no fim de todas as coisas, após o
período do Milênio na Terra, quando haverá o Juízo Final
diante do Grande Trono Branco (Hb. 4:13).
b) A natureza dos corpos ressuscitados dos ímpios.
Quanto à ressurreição, o processo será o mesmo que o
dos justos. Seus corpos terão todas as partículas físicas
reunidas e transformadas em corpos espirituais, mas sem
qualquer glória. À semelhança dos justos no Hades, os
espíritos se unirão aos seus corpos sepultados, para
serem julgados por suas obras (Ap. 20:12; Dn. 12:2).
Nenhuma glória, nenhuma beleza, mas totalmente
inglório, para que sejam prestadas contas perante o
Supremo Juiz (Hb. 4:13; Rm. 2:5-6; Hb. 9.27).
c) O estado final dos ímpios. Na verdade, os ímpios
ressuscitarão para uma “segunda morte” (Ap. 2:8). Essa
“segunda morte” não significa aniquilamento, mas
banimento da presença de Deus (2Ts. 1:9). Esse
banimento implica que todos os ímpios serão lançados no
Geena, chamado “Lago de Fogo” (Mt. 25:41-46), que arde
continuamente com fogo inapagável — o tormento eterno
(Ap. 14:10-11).

CONCLUSÃO
A esperança da Igreja está baseada na ressurreição de
Cristo. Sua morte e ressurreição são a garantia total de que
Ele voltará. Sua vitória sobre a morte foi com glória, triunfo e
poder.

38
LIÇÃO 08 A VINDA DE JESUS EM GLÓRIA

Mateus 24:30 “Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do


Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho
do Homem, vindo sobre as nuvens [...]”.

LEITURA DIÁRIA
Segunda — Ap 1.7: Jesus vem com as nuvens e todo o olho o
verá
Terça — Jo 14.2,3: Jesus foi preparar-nos um lugar no céu,
mas Ele prometeu voltar
Quarta — Mq 2.10: A corrupção “destrói grandemente” a
humanidade
Quinta — Mt 24.31: Jesus virá e enviará seus anjos para
ajuntar os escolhidos
Sexta — Mt 25.33: Jesus virá e apartará as suas ovelhas dos
bodes
Sábado — Ap 16.16: Muitos não creem, todavia o mundo verá
a batalha do Armagedom

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Mateus 24:29-30; Apocalipse 19:19-20; 20:1-3.

INTRODUÇÃO
Após o período tenebroso da Grande Tribulação, Jesus voltará
e implantará o seu Reino Milenial na Terra. Ele virá
juntamente com sua Igreja, cercado de anjos e será visto por
todos os que habitam na Terra (Cl 3.4). Na sua vinda em
Glória, Jesus será visto por todos, inclusive pelos que os
traspassaram: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá,
até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra
se lamentarão sobre Ele. Sim! Amém!” (Ap 1.7).

I. JESUS VOLTARÁ E TODOS O VERÃO


1. Jesus voltará com poder e glória. Após as Bodas do
Cordeiro, Jesus voltará com os santos, como prometeu
39
aos seus discípulos (Jo 14.2,3). E sua vinda será visível
aos olhos de todo o mundo (Ap 1.7; 1Ts 3.13; Mt 24.42-
44). Ele voltará para dar fim às catástrofes mundiais,
acabar com a Grande Tribulação, livrar Israel do
Anticristo e seus aliados e implantar o seu Reino Milenial.
Com a sua vinda em Glória, Ele preparará o mundo para
o Milênio. Antes deste, diversos eventos serão vistos na
Terra, protagonizados pelo Senhor Jesus Cristo.

2. O cortejo que acompanhará o Rei. “E vi o céu aberto, e


eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele
chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça”
(Ap 19.11). João registrou no Apocalipse uma visão do
cortejo real que acompanhará Cristo em sua vinda em
glória para assumir o governo total do Universo. Ele virá
como Rei dos reis e Senhor dos senhores e regerá as
nações “com vara de ferro”, símbolo de autoridade
absoluta (Ap 19.12-16).

II. JESUS VOLTARÁ PARA DAR A DEVIDA RECOMPENSA


AOS ÍMPIOS E PARA LIVRAR ISRAEL DO EXTERMÍNIO

1. A recompensa dos ímpios. Nunca, a depravação, a


iniquidade e as blasfêmias contra Deus foram tão
acentuadas como no Século XXI. A corrupção, a injustiça,
a ganância, vem sendo praticada com respaldo legal e
institucional, ignorando as leis de Deus. O casamento é
desprezado e a família (Gn 2.24) está sendo substituída
por configurações que não obedecem ao padrão bíblico.
Além disso, “a corrupção que destrói grandemente” (Mq
2.10) não tem limites assim como a violência. Jesus
castigará severamente os que “não obedecem ao evangelho
de nosso Senhor Jesus Cristo” (2Ts 1.8; Jd vv.15,16).

2. A batalha do Armagedom. Os exércitos do Anticristo se


reunirão para destruir Israel, no vale do Armagedom: “E
os congregaram no lugar que em hebreu se chama
Armagedom” (Ap 16.16). O objetivo é exterminar Israel. A
40
batalha durará só um dia. Será uma batalha em que
Israel não terá condições de vencer pelas armas humanas.
Um terço dos judeus morrerá (Zc 13.8), mulheres serão
violentadas (Zc 14.2) e a situação de Israel será muito
crítica (Ap 14.20). Jesus então descerá para socorrer
Israel (Ler Zc 14.3-5); Ele destruirá as nações “que vierem
contra Jerusalém” (Zc 12.8,9). Só então Israel reconhecerá
que Jesus é o Messias (Ez 37).

3. O Anticristo se voltará contra Jesus (Ap 19.19). Será o


seu fim. O Senhor, à frente do exército celestial, em
cavalos brancos, vencerá o Anticristo e o falso profeta e os
lançará no lago de fogo (2Ts 2.8; Ap 19.20) e os exércitos
inimigos serão destruídos (Zc 14.12). Jesus vencerá o
Anticristo como um fogo, e os carros do céu serão como
uma tempestade (Is 66.15,16) e com “o assopro da sua
boca” (2Ts 2.8) destruirá todos os sistemas mundiais e a
satânica “Nova Ordem Mundial” (Dn 2.44,45; Mt 21.44b).
Jesus lançará o Anticristo e o Falso Profeta “no ardente
lado de fogo e de enxofre” (Ap 19.20; Mt 25.41). Um anjo
poderoso prenderá o Diabo e o lançará no abismo, onde
permanecerá durante mil anos (Ap 20.3).

4. O fim da batalha do Armagedom. Com a prisão de


Satanás, do Anticristo e do Falso Profeta, a trindade
satânica estará destruída. Os pecadores, ante os juízos de
Jesus sobre a Besta e os inimigos de Israel, terão tanto
pavor que clamarão pela morte (Ap 6.15-17).
Não será a estratégia de guerra de Israel que derrotará
seus inimigos, mas o poder de Deus e de Cristo, vindo do
céu. Com a vitória retumbante de Jesus sobre o
Anticristo, o Diabo e o falso profeta, Israel será salvo da
destruição e assumirá suas funções no Milênio. O texto de
Ezequiel 36.26-38 revela como será a restauração de
Israel, após a derrota dos exércitos inimigos por Jesus.

5. O julgamento divino. Todas as nações, especialmente as


que se levantaram contra Israel, serão julgadas (Zc 12.3b).
Esse julgamento ocorrerá depois que o Anticristo for
41
vencido. Jesus vai assentar-se no seu trono de glória, no
lugar chamado “Vale de Josafá” (Jl 3.12,14), onde serão
julgadas as nações coletivamente (Mt 24.32). De acordo
com Eurico Bergstén “possivelmente virão à presença de
Jesus as autoridades constituídas de cada nação”. As
nações serão julgadas pelo modo como trataram Israel (Mt
25.40,45).

6. A separação dos “bodes” das “ovelhas” (Mt 25.31-33).


Jesus utilizou como exemplo ovelhas e bodes para
demonstrar a diferença que existe entre os incrédulos e os
crentes. Era comum as ovelhas e os bodes pastarem
juntos, todavia, na hora da tosquia, eles eram separados.
As “ovelhas” são todos aqueles que pela fé aceitaram a
Jesus como único e suficiente Salvador, tornando-se
filhos (as) de Deus. Os “bodes” são aqueles que rejeitam a
Jesus Cristo e o seu sacrifício na cruz do Calvário (Mt
25.41-46).

III. PREPARAÇÃO PARA O MILÊNIO


1. Satanás é preso por mil anos. Para onde irão os que
foram derrotados na Batalha do Armagedom? Segundo a
Palavra de Deus, eles terão três destinos diferentes: O
Anticristo e o Falso profeta serão lançados no Lago de
Fogo; seus seguidores irão para o Hades, onde aguardarão
o Juízo Final e Satanás será preso no Abismo por mil
anos (Ap 20.1-3).

2. Quem estará no Milênio com Cristo? Todas as ovelhas


de Jesus Cristo entrarão no Milênio para reinar com Ele
(Mt 25.34). Os “bodes” serão lançados no inferno (Mt
25.41,46). As ovelhas reinarão com Cristo por mil anos,
literalmente, bem como os homens que não adoraram a
Besta (Ap 20.4). Também entrará o restante das nações
que escaparem da Grande Tribulação. Os ímpios só
ressuscitarão para serem julgados, no Juízo Final, após
os mil anos (Ap 20.5,6).

42
CONCLUSÃO
A batalha do Armagedom e a vinda do Senhor devem ser
encaradas como literais e não como hipóteses futuras. Estes
eventos escatológicos têm o respaldo das Escrituras Sagradas.
Eles serão o cumprimento do plano de Deus na Terra. Vale à
pena refletir a respeito do que Deus tem preparado para os
fins dos tempos, tanto para a Igreja, como para o mundo.

PARA REFLETIR
A respeito da Escatologia Bíblica, responda:
Com quem Jesus voltará depois das Bodas do Cordeiro?
Qual será a recompensa dos ímpios?
Quanto tempo durará a Batalha do Armagedom?
Para onde irão os que foram derrotados na Batalha do
Armagedom?
Quem estará no Milênio com Cristo?

LIÇÃO 9 O JUIZO FINAL

Apocalipse 20:11 “E vi um grande trono branco e o que estava


assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e
não se achou lugar para eles”.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Jo 3.18: Quem não crê no Unigênito Filho de Deus


já está condenado
Terça — Hb 9.27: Todos os homens experimentarão a morte e,
depois, o juízo
Quarta — At 17.31: Deus determinou um dia em que Jesus
Cristo julgará o mundo
Quinta — Rm 14.11,12: Chegará o dia em que todo joelho se
dobrará diante de Jesus Cristo
Sexta — Sl 9.17: Os ímpios serão lançados no Lago de Fogo
Sábado — Ap 20.13: Todos serão julgados de acordo com suas
obra

43
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 3:18-19; Apocalipse 20:11-15

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos a respeito do dia do Juízo do
Senhor. De acordo com a Palavra de Deus, este será um dia de
ajuste de contas, onde todos os ímpios estarão perante Deus e
terão de responder por seus atos. O julgamento se dará diante
do “trono branco” de Deus (Ap 20.11). Deus ama a todos e
deseja que toda a humanidade seja salva, mas para os que não
creem, os incrédulos, Ele tem uma sentença que já foi
declarada por seu Filho: “Quem crê nele não é condenado; mas
quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome
do unigênito Filho de Deus” (Jo 3.18).

I. EVENTOS QUE ANTECEDEM AO JUÍZO FINAL

1. A última revolta de Satanás. Depois de terminado o


período do Milênio, Satanás será solto para provar os que
nasceram durante o Milênio e que ainda não tiveram
oportunidade de ter sua fé provada, diante das tentações
malignas (1Pe 1.7). Ele enganará as nações e elas não se
renderão a Cristo. O mesmo fez a multidão que escolheu
soltar a Barrabás e condenar Jesus (Mt 27.17-21).

2. A prisão eterna de Satanás. Pela segunda vez, Deus vai


mandar seus mensageiros poderosos prender “o Dragão”,
“a antiga serpente” (Ap 20.2), que estava no “abismo” (Ap
20.3): “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de
fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia
e de noite serão atormentados para todo o sempre” (Ap
20.10). Só depois da última rebelião do maligno, e de sua
prisão para sempre, é que será estabelecido o Juízo Final.

II. O JUÍZO FINAL


1. O que é e quando se dará? Será o Juízo de Deus sobre
os ímpios e suas impiedades, em todos os tempos e
lugares. De acordo com a Bíblia, o Juízo Final (do Trono
Branco) ocorrerá logo após a segunda prisão de Satanás,
44
nos eventos finais após o Milênio (Ap 20.7, 10), depois de
este ter enganado mais uma vez as nações (Ap 20.11).
2. Quem será o Juiz? O Pai é o Supremo Juiz, porém Ele
confiou ao seu filho Unigênito, Jesus Cristo, toda a
autoridade no céu e na Terra (Jo 5.22,27). Segundo o
pastor Claudionor de Andrade, “para assisti-lo no
tribunal, Jesus terá ao seu lado a Igreja Glorificada” (1Co
6.2,3). Jesus, juntamente com sua Igreja “há de julgar os
vivos e os mortos na sua vinda e no seu Reino” (2Tm 4.1b;
Sl 9.8). Se alguém quer ser livre da condenação eterna,
necessita aqui na Terra, nos dias em que vivemos (1Jo
2.1,2), de se arrepender dos seus pecados e entregar-se a
Jesus reconhecendo-o como Salvador e Senhor, porque
depois será impossível (Sl 9.17). Paulo afirma que Deus
“há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e
disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (At
17.31; Hb 12.23). Por meio de Jesus será exercido o
julgamento, pois Ele será o Supremo Juiz, assentado no
Trono Branco, no Juízo Final (Jo 5.22,27; Ap 20.11).
Diante de Jesus todo joelho se dobrará! Queiram ou não,
se prostarão diante dEle os ditadores, governantes, juízes,
juristas, políticos, cientistas, militares de todas as
patentes, milionários, em sua soberba, arrogância e
prepotência, e também os pobres, analfabetos e
miseráveis, se não tiverem aceitado a Cristo como
Salvador. Diz a Bíblia: “Porque está escrito: Pela minha
vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim,
e toda língua confessará a Deus. De maneira que cada um
de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.11,12).
Glória a Deus, pois atualmente já temos o privilégio de
dobrar os nossos joelhos e adorar ao Senhor em espírito e
em verdade.
3. Quem terá de prestar contas ao justo Juiz? Vejamos
todos que serão julgados: 1) Primeiro serão julgados todos
os que, desde Caim, amam e praticam a iniquidade.
Estes, se não se arrependerem de seus pecados, vão
enfrentar o Juízo Divino; 2) Também serão julgados todos
os que estiverem vivos naquela ocasião; 3) Todos os salvos
que tiveram morrido durante o Milênio (Dn 12.2); 4) Os
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anjos caídos, que se rebelaram contra Deus, também
terão de comparecer ao julgamento para receber o seu
castigo (Jd 6).
Também vão prestar contas a Deus todos os falsos
profetas, os falsos obreiros e pseudopastores que
afastaram as pessoas e as impediram de conhecer o Filho
de Deus. Ali estarão também todos os governantes,
magistrados, juízes e políticos que aprovaram leis contra
os princípios divinos, leis que perverteram o direito dos
pobres, dos órfãos e das viúvas. Vivos ou mortos, estes
não escaparão do tribunal divino.

III. AS BASES DO JUÍZO FINAL

1. Livros serão abertos. No dia do Juízo Final serão abertos


vários livros. Mas, que livros são estes? Estes livros são
uma representação do julgamento divino. Segundo a
Palavra de Deus, neles foram registradas todas as ações,
boas e más, praticadas por todos os seres humanos desde
o início do mundo até o Dia do Julgamento (Ap 20.11). O
julgamento de Deus terá como base os registros divinos
que estão contidos ali. Ninguém poderá dizer que foi
julgado de maneira injusta, pois tudo estará registrado
com precisão. É importante ressaltar que não seremos
salvos pelas nossas obras, pois a salvação é unicamente
pela fé, pela graça divina. Mas as nossas ações
evidenciam a nossa conversão. Aqueles que já
experimentaram o novo nascimento, precisam demonstrar
a nova vida em Cristo mediante os seus frutos (ações).
2. Qual a sentença. A Palavra de Deus afirma que todos os
que não forem achados no Livro da Vida, serão lançados
no lago de fogo e vão experimentar a segunda morte.
Estes estarão eternamente separados de Deus. Quão
terrível juízo há para aqueles que não receberem pela fé a
salvação. A Igreja precisa anunciar a todos a mensagem
do Evangelho, ganhando pessoas para Jesus enquanto é
tempo. Hoje é o tempo da oportunidade, o tempo da
salvação. Que sejamos como Noé que apregoou para sua

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geração o juízo do Senhor. Muitos rejeitaram a mensagem
de Noé, porém o dia da ira não tardou a chegar.

CONCLUSÃO
O Dia do Juízo de Deus virá para todos. Você está
preparado? Ore, leia a Palavra de Deus e jamais permita que a
carne, o Diabo e o mundo venham fazer você pecar e
abandonar Jesus Cristo. Neste mundo temos muitas
tribulações, mas “alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome
escrito nos céus” (Lc 10.20). Se pela fé você já aceitou a Jesus
como seu único e suficiente Salvador, sua salvação já está
garantida e caso você permaneça fiel até o fim, jamais passará
pelo Juízo Final: “Portanto, agora, nenhuma condenação há
para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a
carne, mas segundo o espírito” (Rm 8.1).

PARA REFLETIR
A respeito da Escatologia Bíblica, responda:
Quais são os eventos que antecedem o Juízo Final?
O que é o Juízo Final?
Quando se dará o Juízo Final?
Quem será o Juiz?
Quem terá que prestar contas ao justo Juiz?

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LIÇÃO 10 NOVOS CÉUS E NOVA TERRA

Isaías 65:17 “Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e
não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se
recordarão”.

LEITURA DIÁRIA
Segunda — 2Pe 3.13: Aguardamos novos céus e nova Terra
Terça — Dt 10.14: Os céus e os céus dos céus pertencem ao
Todo-Poderoso
Quarta — Jó 2.1,2: Satanás rodeia e passeia pela Terra
Quinta — Ef 2.1,2: As potestades do ar e as hostes malignas
Sexta — Sl 9.17: Os ímpios serão lançados no lago de fogo
Sábado — Ap 21.2: A Nova Jerusalém está sendo preparada
para os santos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Apocalipse 21:1-5,24-27.

INTRODUÇÃO
O pecado de desobediência de Adão e Eva afetaram toda a
criação, incluindo a natureza. Como consequência da Queda a
terra recebeu uma sentença de juízo (Gn 3.17). A natureza
aguarda a sua redenção, que será instaurada por Deus no fim
dos tempos (2Pe 3.13). Paulo diz que Deus, “segundo o seu
beneplácito”, tomou a decisão “de tornar a congregar em Cristo
todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos,
tanto as que estão nos céus como as que estão na terra” (Ef
1.5,10).

I. TODAS AS COISAS SERÃO RENOVADAS

1. Deus criou os céus. Quando a Bíblia fala a respeito dos


“céus”, normalmente refere-se ao espaço sideral. No
princípio, Ele criou “os céus”, mas o “Céu”, morada de
Deus já existia. Deus habita nos “céus”, acima do espaço
sideral (Sl 11.4).
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2. A renovação divina dos céus. Deus irá restaurar todo o
universo, expurgando os efeitos da Queda e as ações do
Diabo e seus anjos. A Terra passará por um processo de
transformação e estará livre dos efeitos da ação maligna e
do homem (Is 34.4; Ap 21.4). Na renovação divina, toda a
Terra será transformada (2Pe 3.7).

II. NOVOS CÉUS E NOVA TERRA

2. Em Cristo, céus e terra serão congregados. O apóstolo


Pedro afirma que aguardamos novos céus e nova Terra
(2Pe 3.13). O texto da Epístola de Pedro nos mostra que o
propósito divino é uma nova criação (Is 66.22). Os céus e
a Terra serão purificados e restaurados pelo fogo. Os
crentes esperam ansiosamente pela restauração do
mundo de Deus.
3. Novos céus e nova terra. A Igreja de Jesus tem sido
perseguida ao longo da História, mas está perto o tempo
em que não haverá mais nenhuma ação maligna ou
humana contra o povo do Senhor (Hb 11.36-39). Com a
restauração de todas as coisas, nos “novos céus” e “na
nova terra”, “não haverá lembrança das coisas passadas,
nem mais se recordarão”.

III. NOVA JERUSALÉM

1. Foi preparada no céu. Será um lugar santo de comunhão


e relacionamento com Deus (Ap 21.3). Ali encontraremos
uma linda praça, no meio da qual atravessa o “rio da
vida”, com a “árvore da vida” em suas margens (Ap 22.2;
21.6). Só os que têm o nome escrito no Livro da Vida
entrarão nessa linda cidade. Neste mundo tenebroso,
enfrentamos lutas e sofremos com a degradação do meio
ambiente, as enchentes, secas e variações climáticas, mas
haveremos de desfrutar de um novo lugar que está
preparado para aqueles que creem e o aguardam.
2. Os muro e as doze portas. “E tinha um grande e alto
muro com doze portas, e, nas portas, doze anjos, e nomes
escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de
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Israel” (Ap 21.12, 13). Cada porta é “uma pérola”; a praça
é “de ouro puro, como vidro transparente” (Ap 21.21); o
muro é de jaspe, “a cidade, de ouro puro, semelhante a
vidro puro” (Ap 21.18,21). Os nomes nas portas
representam a fidelidade de Deus para com Abraão,
Isaque e Jacó (cf. Rm 9.27; 11.29). Nela, não haverá
templo, pois o “seu templo é o Senhor, Deus Todo-
Poderoso, e o Cordeiro” (Ap 21.22).
3. Os doze fundamentos da cidade. “E o muro da cidade
tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze
apóstolos do Cordeiro” (Ap 21.14). Os nomes dos
apóstolos nos fundamentos representam a Igreja de Cristo
como “coluna e firmeza da verdade” (1Tm 3.15), através
da “doutrina dos apóstolos” (At 2.42), que representa a
mensagem do evangelho de Cristo. Seus fundamentos são
gloriosos (Ap 21.19,20). Só chegando lá poderemos ver o
cuidado do Senhor em projetar tanto brilho e fulgor da
cidade divina. A cidade tem formato cúbico (Ap 21.16,17).
4. Ali não haverá mais tristeza. “E Deus limpará de seus
olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto,
nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são
passadas” (Ap 21.4; 1Co 15.26). Um dos principais
motivos para a tristeza é a morte. Nas grandes cidades ou
nos pequenos lugarejos, sempre existe um cemitério, onde
entes queridos são enterrados. Ninguém pode escapar da
morte. Mas, na Nova Jerusalém, a morte não mais existirá
(Ap 20.14; 1Co 15.26). Não haverá luto nem lágrimas.
Ela descerá do céu (Ap 21.2) e servirá de fonte
permanente de luz para as nações (Ap 21,24,26). A Cidade
Santa iluminará as nações, mas nela não haverá “nem
sol, nem lua”, pois “a cidade não necessita de sol nem de
lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus
a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Ap 21.23).
5. Não haverá pecado nem pecadores. “E não entrará nela
coisa alguma que contamine e cometa abominação e
mentira, mas só os que estão inscritos no livro da vida do
Cordeiro” (Ap 21.27). Ali não haverá maldição contra
ninguém (Ap 22.3), pois os corruptos já estarão no lago de
fogo e só os salvos viverão na Santa Cidade. Todos os
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ímpios que não se arrependerem ficarão de fora (Ap 22.15;
1Co 6.10) e todos os que praticam atos indignos aos olhos
de Deus não terão acesso à Nova Jerusalém, pois seu
lugar e destino é o inferno (Sl 9.17).

CONCLUSÃO
Um dos hinos da Harpa Cristã declara: “Metade da glória
celeste jamais se contou ao mortal”. O que a Bíblia revela,
afastando um pouco o véu da eternidade, não é a expressão
plena da realidade que se descortinará aos olhos dos salvos em
Cristo Jesus, que com Ele reinarão, na Nova Jerusalém. Por
isso, vale a pena ser crente fiel, santo e dedicado a fazer a
vontade de Deus.

PARA REFLETIR
A respeito da Escatologia Bíblica, responda:
Por que a terra será renovada?
O que vai purificar os céus e a Terra?
O que será a Nova Jerusalém?
Quem entrará na Nova Jerusalém?
O que representam os nomes nas portas da Nova Jerusalém?

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