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ESCATOLOGIA

A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COIAS


Prof. Darlan de Jesus
Abreviaturas
a.C. - antes de Cristo.
ARA - Almeida Revista e Atualizada
ARC - Almeida Revista e Corrida
ACF - Almeida Corrigida Fiel
AT - Antigo Testamento
BV - Bíblia Viva
BKJ - Bíblia King James
CB - Concordância Bíblica
BLH - Bíblia na Linguagem de Hoje
NAA – Nova Almeida Atualizada
ECA - Edição Contemporânea de Almeida
DITAT - D dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento
C. - Cerca de, aproximadamente,
Cap. - capitulo; caps. - capítulos,
cf. - confere, compare.
d.C. - depois de Cristo.
e.g. - por exemplo.
Fig. - Figurado.
Fig. - figurado; figuradamente,
Gr. - grego
Hb. - hebraico
i.e. - isto e.
IBB - Imprensa Bíblica Brasileira
Km - Símbolo de quilometro
Lit. - literal, literalmente.
LXX - Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento)
M - Símbolo de metro.
MSS - manuscritos
NT - Novo Testamento
MC - Mundo Cristão (editora)
NVI - Nova Versão Internacional
Códice de Leningrado 1008
A Bíblia Hebraica Stuttgartensia (BHS)
NA-26 - Nestlé. Aland 26 edição
P. – pagina.Ref. - referencia; refs. – referencias
São Tomás de Aquino orou assim pelos Teólogos

1.Deus santíssimo, Deus Pai, nós, teu povo e teus herdeiros, te pedimos

pelos teólogos.

2.Tu que te revelaste a nós pela Palavra de vida, não permitas que não

entendamos as palavras dos teólogos na nossa vida.

3.Tu que te revelaste a nós pela encarnação de Jesus, não permitas que

eles falem de uma teologia que não seja encarnada e sempre reveladora.

4.Deus santíssimo, Deus Pai, Tu que és eterna luz e única verdade,

ilumina e esclarece o espírito dos teólogos, que seus estudos sejam fruto

do Espírito Santo, de oração e de humildade, fonte de esclarecimento

para teu povo.

5.Que Tu não sejas para ninguém, sobre esta terra, apenas um objeto de

estudo, mas a rocha segura sobre a qual podemos construir nossa casa.
SUMÁRIO
ESCATOLOGIA A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS............................................................5

APOCALIPSE: LINGUAGEM, IMAGEM E TEOLOGIA...............................................................7

AS QUATRO ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICAS.........................................9

SINAIS DA VOLTA DE CRISTO....................................................................................................11

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO.................................................................................................14

AS DUAS RESSURREIÇÕES..........................................................................................................17

O ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS...........................................................................18

O TRIBUNAL DE CRISTO..............................................................................................................19

AS BODAS DO CORDEIRO............................................................................................................21

A GRANDE TRIBULAÇÃO..............................................................................................................22

A BATALHA DE ARMAGEDOM....................................................................................................30

O JULGAMENTO DAS NAÇÕES.....................................................................................................30

O MILÊNIO.........................................................................................................................................31

O JUÍZO FINAL..................................................................................................................................33
NOVO CÉU E NOVA TERRA...........................................................................................................37
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA....................................................................................................44
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ESCATOLOGIA
A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS
1. Definição Etimológica. A palavra escatologia tem origem em dois termos gregos: Escathos,
“último”, e logos, “estudo”, “doutrina”, “palavra”.
Portanto, escatologia é o estudo sistemático das coisas que acontecerão nos últimos dias ou a
“doutrina das últimas coisas”. Ela é uma disciplina da teológica Sistemática. O termo “escatologia”
começou a ser utilizado no século 19.
A escatologia estuda os seguintes temas: Arrebatamento da Igreja, Tribunal de Cristo, Estado
Intermediário, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o Estado Perfeito Eterno.
Á quatro outros tipos de escatologia, segundo nos apresenta o Dicionário
Teológico (CPAD):
“Escatologia consistente. Termo nascido com Albert Schweitzer, segundo o qual as ações e a
doutrina de Cristo tinham um caráter essencialmente escatológico. Não resta dúvida, pois, de que o
Senhor Jesus haja se preocupado em ensinar aos discípulos as doutrinas das últimas coisas. Todavia,
sua preocupação básica era a salvação do ser humano. Ele também jamais deixou de se referir à vida
prática e sofrida do homem.
Seus ensinos, por conseguinte, não foram deformados por qualquer ênfase exagerada. Nele,
cada conselho de Deus teve o seu devido lugar”.
“Escatologia idealista. Corrente doutrinária que relaciona a escatologia bíblica à verdades
infinitas. Os que defendem tal posicionamento, alegam que a doutrina das últimas coisas não terá
qualquer efeito prático sobre a história da humanidade. Relegam-na, pois, à condição de mera utopia.
Mas, o que dirão eles, por exemplo, acerca das profecias já cumpridas? Será que estas não
referendam as que estão por se cumprirem? Não nos esqueçamos, pois, ser a profecia a essência da
Bíblia. Se descrermos daquela, não poderemos crer nesta”.
“Escatologia individual. Estudo das últimas coisas que dizem respeito exclusivamente ao
indivíduo, tratando de sua morte, estado intermediário, ressurreição e destino eterno. Neste contexto,
nenhuma abordagem é feita, quer a Israel, quer a Igreja”.
“Escatologia realizada. Ponto de vista defendido por C. H. Dodd, segundo o qual as previsões
escatológicas das Sagradas Escrituras foram todas cumpridas nos tempos bíblicos. Atualmente,
portanto, já não nos resta nenhuma expectativa profética, de acordo com o que ensina Dodd.
Gostaríamos, porém, que ele nos respondesse as seguintes perguntas:
• A Segunda vinda de Cristo já foi realizada?
• A grande tribulação já é história?
• O julgamento final já foi consumado?”.
Dúvidas e confusão em escatologia. Por quê? Pelo fato de muitas pessoas não saberem
distinguir os eventos bíblicos que ocorrerão no fim da presente era bíblica, que se iniciará com a vinda
de Jesus, resultam muitas dúvidas, confusões e interpretações absurdas do texto bíblico. Algumas
causas desses caos, são:
a. Falta de afinidade do crente com o Espírito Santo. Daí a falta de introspecção espiritual.
(Ler agora 1 Coríntios 2.10,14).
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b. Falsa aplicação do texto bíblico nos seus variados aspectos. Falsa aplicação quanto a povos
bíblicos, quanto a tempo; quanto a lugar, quanto aos sentidos do texto; quanto à mensagem do texto; e
quanto à procedência da mensagem do texto.
c. Conhecimento bíblico desordenado. Há crentes, em nossas igrejas, portadores de um
admirável saber bíblico, mas infelizmente, por falta de um estudo sistemático desses assuntos, o
conhecimento deles é avulso, solto, sem sequência, desordenado.
d. Conhecimento especulativo. Este conhecimento é apenas especulação do intelecto humano.
(Ler 1 Coríntios 2.14). Especular é querer saber apenas por saber, mas sem qualquer intenção de
glorificar a Deus, de consagrar a vida a Ele, e muito menos de obedecer à sua vontade” (GILBERTO,
A. O calendário da profecia. 16.ed., RJ: CPAD, 2003, pp.8,9).

Eis as principais fontes da Doutrina das Últimas Coisas:


1. A Bíblia Sagrada. Como a inspirada, inerrante, infalível e completa Palavra
de Deus, é a Bíblia Sagrada a principal fonte da Escatologia Bíblica. É o tribunal
supremo onde são julgados todos os enunciados teológicos (Is 8.20; 46.10; Ap
22.18,19). Sua autoridade é inquestionável.
2. Os credos e as declarações doutrinárias da igreja. Serão estes aceitos desde
que estejam em conformidade absoluta com a Bíblia Sagrada. Caso contrário: que
sejam enérgica e vigorosamente rejeitados.
3. A teologia. Se bíblica, conservadora e ortodoxa, haverá de ser acatada como
fonte auxiliar da Doutrina das Últimas Coisas. Mas, se especulativa, humanista e
liberal, que seja rechaçada; nada tem a dizer-nos.
4. A história. Comandada por Deus, mostra-nos a história, de forma clara e
concludente, que Deus encaminha todas as coisas, visando o estabelecimento pleno
de seu Reino. Deus está no controle de todos os fatos históricos e cotidianos.
5. O testemunho do Espírito Santo. O Espírito Santo atesta-nos que o Senhor
Jesus está prestes a vir buscar a sua Igreja: “E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E
quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da
água da vida” (Ap 22.17). Estejamos vigilantes para não ficarmos envergonhados
naquele grande dia (1 Jo 2.28). (Andrade, Vem o fim, o fim vem — A doutrina das
últimas coisas.2004)

De acordo com Claudionor Corrêa o objetivo da Doutrina das últimas Coisas É.


1. Mostrar o que está prestes a acontecer. Assim o evangelista João encerra o Apocalipse:
“Estas palavras são fiéis e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos santos profetas, enviou o seu anjo, para
mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer” (Ap 22.6).
2. Preparar o crente para encontrar-se com Deus. “E qualquer que nele tem esta esperança
purifica-se a si mesmo, como também ele é puro” (1 Jo 3.3).
3. Tranquilizar o povo de Deus quanto aos últimos acontecimentos. “Não se turbe o vosso
coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu pai há muitas moradas: se não
fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar” (Jo 14.1,2).
4. Alertar a todos que o noivo está chegando. “E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem
ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida. Aquele que
testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho. Amém! Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.17,20).
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Segundo o saudoso Pr.Antônio Gilberto em seu livro O Calendário da Profecia.


Rio de Janeiro:CPAD,2006, p.103. Não se pode ser dogmático nesse assunto, como
donos exclusivos da verdade. Muitas passagens escatológicas são de difícil harmonia
e interpretação, mesmo para os mais abalizados no assunto

APOCALIPSE: LINGUAGEM, IMAGEM


E TEOLOGIA
Esboço do livro do Apocalipse
✓ Capítulos 1 a 3 – Prólogo e as cartas as sete igrejas: Cristo no meio dos sete
castiçais.
✓ Capítulos 4 a 5 – Visão do Trono de Deus; os vinte e quatro anciãos
✓ Capítulos 6 a 7 Os sete selos: o início da série de visões celestiais.
✓ Capítulos 8 a 11 – As sete trombetas, a besta que saiu do mar, a besta que se
levantou da terra,
✓ Capítulos 12 a 14 –A mulher vestida de sol, o menino (O nascimento de Cristo)
e o Dragão perseguidor
✓ Capítulos 15 a 16 – O derramamento das sete taças
✓ Capítulos 17 a 19 – A queda da Babilônia e a punição sobre as Bestas. E o Filho
do Homem sobre a nuvem;
✓ Capítulos 20 a 22 – O reino dos santos e o juízo final: inclui as exortações finais
e o encerramento do livro. As glórias da Nova Jerusalém

A tríplice divisão do Livro de Apocalipse

Apocalipse 1:19; Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que
depois destas hão de acontecer; ACF - Almeida Corrigida Fiel

➢ Capítulo 1...São coisas passadas no tempo de João - “As coisas que tens visto”
(1.19). A visão do Cristo glorificado no meio dos sete candelabros

➢ Capítulos 2 e 5.São coisas presentes - “As que são” (1.19). As cartas enviadas
por Jesus, por intermédio de João, às sete igrejas da Ásia Menor

➢ Capítulos 6 a 22...São coisas futuras - “e as coisas “que depois destas hão de


acontecer” (1-19). A ascensão do Anticristo, a Grande Tribulação, o Milênio, o
Julgamento Final e a inauguração da Jerusalém Eterna e Celeste

Segundo o Pr. Elienai Cabral; Podemos perceber que os juízos catastróficos de


Deus sobre Israel e o mundo naqueles dias só terão início depois que a Igreja for
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retirada da Terra. Até o capítulo 5 de Apocalipse se fala da Igreja, más no capítulo 6,


quando se iniciam os juízos, a Igreja não mais aparece, senão no capítulo 19.
Os partidários da idéia de que a Igreja estará na primeira metade da Grande
Tribulação confundem essa metade, que será de uma falsa paz negociada entre Israel e o
Anticristo (Dn 9.27). Não cremos que a Igreja necessite da paz do Anticristo bem como
não podemos interpretar o cavaleiro do cavalo branco de Ap 6.2 como sendo Cristo,
uma vez que na sequência do texto os outros cavalos e seus cavaleiros são
demonstrações dos juízos divinos (Ap 6.2-8).

Objetivos do Apocalipse
“João escreveu o Apocalipse, tendo em vista:
1. corrigir as distorções doutrinárias e desvios de conduta das igrejas da Ásia
Menor;
2.consolar os santos que eram impiedosa e duramente perseguidos pelas
autoridades romanas;
3. mostrar aos santos o que haveria de acontecer nos últimos dias; e:
4.alertar-nos quanto à brevidade e urgência da vinda do Senhor.” (Andrade, Vem
o fim, o fim vem — A doutrina das últimas coisas.2004)

De acordo com Broadus David Hale: O apocalíptico é sempre escatológico, seja


explícita ou implicitamente. A escatologia olha para um tempo futuro, quando Deus
irromperá catastroficamente no mundo do tempo e do espaço, para julgar sua criação.
Com relação ao nome do livro desde os tempos primitivos da era
Neotestamentária. “Apocalipse de João. Este é o nome mais antigo dado ao livro. Não é
parte original do livro, mas foi acrescentado já no começo da sua circulação,
obviamente derivado de 1:1.”
O livro de Apocalipse na famosa Bíblia King James de 1611d.C versão inglesa. O
título era: “A Revelação de São João o Divino”, apesar de constar da maioria dos
manuscritos gregos, não é encontrado em nenhum anterior a Eusébio, do quarto século.
O nome é a transliteração da palavra grega apokalypsis, cujo significado é:
“revelação”, “desvendamento”. O termo é utilizado no Novo Testamento em 2
Tessalonicenses 1.7 e I Coríntios 1.7.
Autoria e data: Quatro vezes o autor se apresenta como João (1.1,4 9; 22.8).
Sustenta-se que esse João era o apóstolo, o filho de Zebedeu (v. Mt 10.2).
Já desde os tempos de Papias, em 130 d.C., Justino Mártir, em 140 d.C., e
Irineu, em 180 d.C. Eusébio de Cesareia. E principalmente, no ano 397 d.C., no
Concílio de Cartago, e o livro foi incorporado ao Cânon Sagrado.
“O próprio livro revela que o autor era judeu, versado nas Escrituras, líder
eclesiástico muito bem conhecido entre as sete igrejas da Ásia Menor e profundamente
consagrado, com plena convicção de que a fé cristã não demoraria a triunfar sobre as
forças demoníacas em atuação no mundo.”
João teria sido exilado na ilha de Patmos pelo imperador Domiciano. Fora
deixado ali por esse homem para que perecesse em meio às serpentes venenosas (1.9).
Mas, conforme a referência 10.11, é possível inferir que João conseguiu sair daquele
lugar e estabelecer-se em Éfeso, onde teria escrito o livro, por volta do ano 90 - 95 d.C.
O conteúdo do Livro; É o único livro integralmente profético do Novo
Testamento. Parece resumir em si diversas referências dos profetas do Antigo
Testamento, lançando mão de seus termos, expressões e imagens. O estilo em que foi
escrito, “apocalíptico”, foi uma maneira desenvolvida a partir do século 2° antes de
Cristo. É caracterizado pela abundância de visões e revelações (1.1; 9.17). Dentro do
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cânon do Antigo Testamento, o livro de Daniel apresenta o mesmo estilo, bem como
algumas porções de Ezequiel. Fora do cânon, o exemplo mais conhecido é o livro de
Enoque.
Descreve, em sua maior porção, eventos do mundo espiritual que refletem no
mundo físico. Fala de assuntos variados, como, por exemplo, a situação espiritual de
sete igrejas da Ásia Menor (2.1 -29; 3.1 -22), a adoração no céu (4.1-11; 5.1-14; 19.1-
10), os juízos de Deus sobre a terra (8.1-13; 9.1-21; 11.15-19), o governo da besta
(13.1-18), o martírio dos justos (6.10), o milênio (20.2-7) e a nova Jerusalém (3.12;
21.2), o novo céu e a nova terra (21.1).

Método de Interpretação.
Os intérpretes do livro de Apocalipse normalmente se dividem em quatro grupos:
1. Os preteristas entendem que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na
época do Império Romano, incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C.
2. Os historicistas entendem que diz respeito à longa cadeia de acontecimentos
que vai de Patmos até o fim da história.
3. Os idealistas consideram-no um conjunto de quadros simbólicos de
verdades perpétuas como a vitória do bem sobre o mal.
4. Os futuristas situam o livro, sobretudo nos tempos do fim.

Segundo Tim Lahaye, aqueles que “interpretam a Bíblia literalmente


encontram razões fortes para crer que o arrebatamento será pré- tribulacional”.

A interpretação futurista considera que a maior parte das profecias ainda vai
se cumprir, começando com o arrebatamento da Igreja e demais fatos subsequentes.
Sem dúvida, é a mais adequada à realidade das profecias sobre os últimos tempos.
Essa corrente, porém, subdivide-se em:
a) Pré- tribulacionistas. Esta corrente afirma que o Senhor Jesus arrebatará sua
Igreja antes da Tribulação de sete anos (Jo 14.1-3; 1Ts 4-5).

AS QUATRO ESCOLAS DE
INTERPRETAÇÃO ESCATOLÓGICAS
As principais correntes escatológicas são, Pré-Milenismo Histórico, Pré-
Milenismo Dispensacionalista, Amilenismo e Pós- Milenarismo. Vamos analisar cada
uma das 4 correntes escatológicas. O que ensina cada uma delas?

➢ “Pré-milenarismo histórico ou quiliasmo (do grego transliterado khiliasmós, de raiz χιλιοι =


"mil"), histórico a segunda vinda de Cristo será em uma única fase, será pós-
tribulacional, ou seja, a igreja passará pela grande tribulação, mas no final Cristo
arrebatará a igreja até as nuvens, já retorna para livrar Israel, julgar as nações e entende
Apocalipse 20, como literal.”
Os Pré-milenista histórico são Charles Spurgeon, George E. Ladd, M. J. Erickson, James
Montgomery, Charles Spurgeon, dentre outros. Esta corrente de ensino tem evidências a
partir do segundo século com Justino Mártir e Irineu.
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➢ O Pré-milenismo dispensacionalista. O método de interpretação histórico-gramatical.


Apocalipse 20 é interpretado de forma literal. Por conseguinte a ordem dos acontecimentos é a
segunda vinda de Cristo se dará em duasfases distintas, na primeira fase Cristo virá até as
nuvens invisíveis, e arrebatará a sua igreja, em seguida e ainda nos ares acontecerá o
Tribunal de Cristo, ou seja, a igreja não passará pela grande tribulação.
Os principais Pré-milenista dispensacionalistasão: Jhon N. Darby, C. I. Scofield (se
popularizou nas notas de rodapé de sua Bíblia de Estudo), L. S. Chafer, J. D. Pentecost,
J. F. Walvoord, J. McArthur e H. Lindsey e outros.
De acordo com a Confissão de Fé da Igreja Assembleia de Deus. “A Segunda Vinda de
Cristo será em duas fases distintas: Primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua
Igreja; Segunda — visível e corporal, com a sua Igreja glorificada.”

➢ O Amilenismo. Esse vocábulo significa “sem milênio” ou “não milênio”,


Segundo Charles C. Ryrie para o Amilenismo; “A segunda vinda de Cristo se dará no fim da época da
Igreja e não existe um Milênio na Terra. Estritamente falando, os Amilenista crêem que a presente
condição dos justos no céu é o Milênio, e que não há ou haverá um Milênio terrestre. Alguns
Amilenista tratam a soberania de Cristo sobre os corações dos crentes como se fosse o
Milênio.”
Conforme Jeovane “Muitos acreditam que este reino esteja acontecendo com os
salvos no céu (igreja triunfante), enquanto outros acreditam que também existe uma
conexão com a igreja e a pregação do evangelho na terra (igreja militante), porém essa
evangelização não será acompanhada de paz e prosperidade, mas de sofrimento terreno,
o qual a igreja de Cristo sempre enfrentou ao longo de sua história. Para o Amilenismo,
Satanás está preso, mas isso não significa que ele está totalmente “sem poder e
atuação”, ao contrário, ele está operando no presente momento, porém em uma forma
limitada, por isso é incapaz de barrar o avanço da pregação do Evangelho que alcançará
todos os moradores da terra.”
Para Ryrie A interpretação Amilenista espiritualiza as promessas feita a Israel como
nação, dizendo que são cumpridas na Igreja. De acordo com esse ponto de vista, Apocalipse 20
descreve a cena das almas no céu durante o período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo.
Os amilenista são:Dr Martinho Lutero, Abraham Kuyper, Herman Bavinck, G. Vos,
L. Berkhof, Anthony Hoekema, William Hendriksen e outros.
Todos são pós-tribulacionistas pregam que a Igreja vai passar pela Grande Tribulação.

➢ O Pós-milenismo entende Ap. 20 como figurado e que o milênio seria um período de grande
paz e prosperidade no mundo, ocasionado pela pregação do evangelho a toda a criatura e só depois virá
o fim. Eles defendem que o Milênio começou na cruz e que irá até o período da sua volta, logo Jesus
só voltará depois do milênio, e com a pregação do evangelho a grande maioria das pessoas vão se
converter e acontecerá um grande desenvolvimento social e econômico diferentemente do ensino do
Amilenismo. (Jeovane, 2020.p.13)
Segundo Pr. Hernandes Dias Lopes - Estudos no Livro de Apocalipse. Essa corrente foi forte no
século XVIII e XIX quando as missões estavam em franca expansão. Homens como Jonathan
Edwards, Charles Hodge e Loraine Boetner foram defensores do Pós-Milenismo. Muitos missionários
foram influenciados por esta interpretação, bem como muitos hinos foram escritos inspirados por esta
visão.
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SINAIS DA VOLTA DE CRISTO


Sinais indicadores do Arrebatamento
✓ Muitos enganadores e muitos enganados. Ao ser questionado pelos seus
discípulos sobre o que aconteceria antes da sua vinda e do fim do mundo (Mt 24.3),
Jesus respondeu: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane, porque muitos virão em meu
nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos” (vv. 4,5).
✓ Guerras e rumores de guerras. As guerras e os constantes rumores de novos
conflitos também apontam para o retorno de Cristo (Mt 24.6,7).
✓ Fomes e epidemias. O aumento do contingente de miseráveis em todo o mundo
é um sinal claro de que Jesus em breve virá buscar o seu povo (Mt 24.7).
✓ Terremotos e coisas espantosas. Outro sinal escatológico são os terremotos.
Jesus vaticinou que eles ocorreriam em vários lugares (Mt 24.7)

✓ Fomes e epidemias. O aumento do contingente de miseráveis em todo o mundo


é um sinal claro de que Jesus em breve virá buscar o seu povo (Mt 24.7).
✓ Terremotos e coisas espantosas. Outro sinal escatológico são os terremotos.
Jesus vaticinou que eles ocorreriam em vários lugares (Mt 24.7)
✓ Perseguições. Não obstante, Jesus disse: “Então vos hão de entregar para serdes
atormentados, e matar-vos-ão. Sereis odiados de todas as nações por causa do meu
nome” (Mt 24.9). (Teologia-_Sistemática Pentecostal. 2008)
✓ Escândalo, traição e ódio. Jesus disse: “Nesse tempo, muitos hão de se
escandalizar, trair e odiar uns aos outros” (Mt 24.10, ARA).
✓ Iniquidade e esfriamento do amor. Em Mateus 24.12, “E, por se multiplicar a
iniquidade, o amor de muitos se esfriará”. E o que assusta, neste duplo sinal, é mais uma
vez a palavra “muitos”, cujo significado é “quase todos”
✓ Dias de Noé. Outro sinal da vinda de Jesus é a similaridade dos últimos dias
com os de Noé, caracterizados por, pelo menos, três coisas: materialismo, in- diferença
e violência. Não é o que vemos hoje, em grande escala? Os homens estão cada vez mais
materialistas. (Teologia-_Sistemática Pentecostal. 2008)
✓ Dias de Ló. Antigamente, o comportamento libertino era uma exceção; As
pessoas, naquele tempo, além de materialistas e indiferentes, eram imorais e amantes do
prazer ilícito, antinatural (Gn 19.1-9). Resolveram se entregar aos seus próprios desejos
carnais (Rm 1.26).
✓ Falta de fé. Em Lucas 18.8 está escrito: “Quando, porém, vier o Filho do
homem, porventura, achará fé na terra?”
✓ Grandes sinais do céu. Jesus profetizou que haveria grandes sinais do céu, isto
é, provenientes do céu (Lc 21. II).
✓ Multiplicação da ciência. Em Daniel 12.4, o termo “muitos”, referente a sinais
precursores da vinda de Jesus, ocorre de novo: “muitos correrão de uma parte para
outra, e a ciência se multiplicará”. (Teologia-_Sistemática Pentecostal. 2008)
✓ Apostasia. A apostasia também está associada aos últimos dias (2 Ts 2.3; I Tm
4.1).
“APOSTASIA - [Do gr. apostásis, afastamento]. Abandono premeditado e
consciente da fé cristã. No Antigo Testamento, não foram poucas as
apostasias cometidas por Israel. Só em Juízes, há sete desvios ou abjuração
da verdadeira fé em Deus. Para os profetas, a apostasia constituía-se num
adultério espiritual. Se a congregação hebreia era tida como a esposa de
12

Jeová, deveria guardar-lhe fielmente os preceitos, e jamais curvar-se diante


dos ídolos.
Jeremias e Ezequiel foram os profetas que mais enfocaram a apostasia
israelita sob o prisma das relações matrimoniais.
No Primitivo Cristianismo, as apostasias não eram desconhecidas. Muitos
crentes de origem israelita, por exemplo, sentindo-se isolados da
comunidade judaica, deixavam a fé cristã, e voltavam aos rudimentos da Lei
de Moisés e ao pomposo cerimonial levítico.
Há que se estabelecer, aqui, a diferença entre apostasia e heresia. A primeira
é o abandono premeditado e completo da fé; a segunda, é a abjuração parcial
da mesma fé.” (ANDRADE, C. C. Dicionário teológico. 9.ed., RJ: CPAD,
2001. p.48).

✓ O povo de Israel. A existência do povo israelita é um grande sinal indicador da


Segunda Vinda de Cristo. Séculos vêm e vão, povos florescem, alcançam seu apogeu,
envelhecem e desaparecem.
Diante de tantos sinais escatológicos, reflitamos acerca do que Jesus disse, em Mateus
24.33-35:
... Quando virdes estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. Em verdade vos
digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas aconteçam. O céu e a terra
passarão, mas as minhas palavras não hão de passar. (Teologia-_Sistemática
Pentecostal. 2008)
➢ O renascimento de Israel como nação soberana. A volta dos judeus à
terra de seus ancestrais foi um dos maiores milagres de todos os tempos. Eis o que
predissera Isaías acerca daquele 14 de maio de 1948, quando o fundador do Estado de
Israel, David Ben Gurion, lia a declaração de independência da jovem e milenar nação
hebreia: “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia
fazer nascer uma terra em um só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião
esteve de parto e já deu à luz seus filhos” (Is 66.8).
Aliás, o próprio Messias antecipou a restauração de Israel, ao evocar o
renascimento da figueira (Mt 24.32). Leia ainda, com atenção, os capítulos 36 e 37 de
Ezequiel.
➢ A retomada de Jerusalém como a capital de Israel. O fato mais extraordinário
ocorrido durante a Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, não foi a derrota infligida
pelo exército de Israel às nações árabes. E, sim, a reconquista de Jerusalém que, desde
que fora destruída por Nabucodonosor, em 586 a.C, vinha sendo pisoteada pelos
gentios. Cumpria-se o que profetizara o Senhor Jesus: “E cairão a fio de espada e para
todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que
os tempos dos gentios se completem” (Lc 21.24). O tempo dos gentios, que teve início
em 586 a.C, começa a chegar ao fim.
➢ A reconstrução do Santo Templo. Há fortes evidências proféticas de que, em
breve, o Santo Templo será reconstruído na Cidade Santa (Dn 9.27; Mt 24.15; 2 Ts 2.1-
4). Isso pode ocorrer antes, ou depois, do arrebatamento da Igreja. De uma coisa,
todavia, temos certeza: a Casa de Deus será reconstruída em Jerusalém. Essa
possibilidade, por si própria, já se constitui num grande alerta àqueles que aguardam a
volta de Cristo. (2004.Corrêa de Andrade)

Segundo o livro Jerusalém 3000 Anos de História (CPAD):


“Trechos da Declaração de Independência de Israel, lida por David Ben Gurion no dia
14 de maio de 1948,”
“Declaramos que, a vigorar desde o momento do término do Mandato, que se dará hoje à
noite, véspera de Sábado, 6º dia de íar de 5708 (15 de maio de 1948), até a instalação das
13

autoridades eleitas regulares do Estado de acordo com a Constituição que será adotada pela
Assembléia Constituinte Eleita, o mais tardar a 1º de outubro de 1948, o Conselho do povo
atuará como Conselho de Estado Provisório, e seu órgão executivo, a Administração do
Povo, será o Governo Provisório do Estado judeu, a ser denominado Israel.
“O ESTADO DE ISRAEL estará aberto à imigração judaica e para o Retorno dos Exilados;
fomentará o desenvolvimento do país em benefício de todos os seus habitantes; basear-se-á
nos princípios de liberdade, justiça e paz, conforme concebidos pelos profetas de Israel;
assegurará completa igualdade de direitos sociais e políticos a todos os seus habitantes sem
distinção de religião, raça ou sexo; garantirá a liberdade de culto, consciência, língua,
educação e cultura; e manter-se-á fiel aos princípios da Carta das Nações Unidas.
“APELAMOS ao povo judeu em toda a Diáspora para que cerre fileiras em torno dos
judeus de Eretz-Israel nas tarefas de imigração e reconstrução e para que esteja ao seu lado
na grande luta pela realização do sonho secular — a redenção de Israel.
“Confiando no Todo-Poderoso, apomos nossas assinaturas a esta proclamação, nesta sessão
do Conselho de Estado Provisório, no solo pátrio, na cidade de Tel-Aviv, nesta véspera de
sábado, 5º dia de íar, de 5708 (14 de maio de 1948). Segue a assinatura de David Ben
Gurion e dos demais fundadores do Estado de Israel.
Terminada a leitura da Declaração de Independência do Estado de Israel, é proferida a
bênção hebraica: ‘Louvando sejas, ó Senhor, Deus nosso, Rei do Universo, que nos
mantiveste vivos, que nos preservaste e nos permitiste ver este dia’”.

Conforme o Pr. Elienai Cabral; Israel é o relógio divino na Terra pelo qual
conhecemos os desígnios de Deus para o final da história da humanidade.
“Israel, o relógio escatológico de Deus”

De acordo com Odilo,2021,p.44.”Os sinais são alertas para não ficarmos aqui
quando a trombeta de Deus soar (1 Co 15.51,52). Na perícope de Marcos 13.34,35, “o
servo está vigiando pela chegada de seu senhor, mas aquele não sabe quando este
aparecerá. O resultado é um mandamento de vigilância que ele dificilmente pode ser
mais dramático em seu poder retórico”. Jesus, com essa história, mostra como devemos
focar na direção correta. Todo nosso sentimento deve estar voltado para o encontro com
Ele. Nada pode ser mais precioso, urgente e desejado do que tal momento. Os sinais que
Ele pronunciou devem servir apenas como marcos históricos e temporais para esse
grande e iminente evento, e nunca como fonte de especulações, ou mesmo para tentar
marcar o dia e a hora desse acontecimento, pois não existe a mínima probabilidade de
acerto. Muitos agendaram ao longo da história o dia do arrebatamento da Igreja,
porém, foram fragorosamente envergonhados.”
14

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO


“CREMOS, professamos e ensinamos que a Segunda Vinda de Cristo é um
evento a ser realizado em duas fases. A primeira é o arrebatamento da
Igreja antes da Grande Tribulação,1 momento este em que “nós, os que
ficarmos vivos, seremos arrebatados” (1 Ts 4.17); a segunda fase é a sua
vinda em glória depois da Grande Tribulação e visível aos olhos humanos:
“Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o
traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim!
Amém!” (Ap 1.7). Nessa vinda gloriosa, Jesus retornará com os santos
arrebatados da terra: “na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os
seus santos” (1 Ts 3.13)”.

Declaração de fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro:CPAD,2017, p.185

Myer Pearlman escreveu;


“O fato da segunda vinda de Cristo é mencionado mais de 300 vezes no Novo
Testamento. Paulo refere-se ao evento umas cinqüenta vezes. Alguém já disse que
a segunda vinda é mencionada oito vezes mais do que a primeira. Epístolas
inteiras (Cl e 2Tess.) e capítulos inteiros (Mat. 24, Mat. 13) são dedicados ao
assunto. Sem dúvida, é uma das doutrinas mais importantes do Novo
Testamento.”

O Arrebatamento da Igreja
Conforme Claudionor Corrêa; “Houve tempo em que a palavra arrebatamento era
praticamente ignorada fora dos círculos teológicos. A expressão mais usual era a volta de Cristo. Os
mais eruditos preferiam o vocábulo advento. Também não se fazia muita questão de se detalhar os
acontecimentos que se seguirão ao rapto dos santos. De modo geral, acreditava-se que, tão logo o
Senhor Jesus levasse os salvos para o céu, seria deflagrado o Juízo Final com a sumária punição dos
ímpios. Com o incremento dos estudos bíblicos, o vocábulo arrebatamento fez-se rapidamente
conhecido. Hoje, é um dos termos bíblicos mais conhecidos no meio do povo evangélico.”

Os vocabulos utilizados em referência a segunda vinda de Cristo.

➢ Parousia significa “presença”, “advento” (Apocalipse 1.7; 2 Tessalonicenses


2:8; etc.). Era o termo utilizado quando uma grande autoridade vinha visitar
alguém importante;
➢ Harpazo significa "arrebatados" 1 Tessalonicenses4.17. sempre no sentido de
"dominar por meio de força" ou "capturar". Essa palavra é usada 14 vezes no
Novo Testamento. Harpazo com o sentido de "roubar", "arrastar" ou "carregar
para longe" (Mateus 12.29; João 10.12). Também pode ser usada com o sentido
15

de "levar embora com uso deforça" (João 6.15; 10.28-29; Atos 23.10; Judas 23).
➢ Epiphaneia significa “manifestação” ou “aparecimento” (2 Tessalonicenses 2:8;
1 Timóteo 6:14; 2 Timóteo 4:8; etc.);

✓ Definição bíblico-teológica. O arrebatamento, por conseguinte, é a retirada brusca, inesperada


e sobrenatural da Igreja deste mundo, a fim de que seja transportada às regiões celestes, onde unir-se-á,
eterna e plenamente, com o Senhor Jesus. A essa doutrina, dedica o Novo Testamento, além de outras
passagens, dois capítulos especiais: 1 Co 15 e 1 Ts 4.
Nesta passagem, descreve Paulo a transladação sobrenatural dos santos; naquela, mostra como
nossos corpos serão transformados, instantaneamente, pelo poder do Espírito Santo. O evento
constituir-se-á num dos maiores milagres de todos os tempos, por abranger, de maneira simultânea,
diversos fatos que ultrapassam todos os precedentes históricos, científicos e lógicos do conhecimento
humano.

Existem três escolas distintas de interpretação a respeito do


arrebatamento da Igreja. Elas abrem espaço para entendermos como e quando
ocorrerá esse grandioso evento.

1.Pós-tribulacionistas. Essa escola interpreta que a Igreja remida por Cristo


passará pela Grande Tribulação. No entanto, esse ensino não tem base sólida na Palavra
de Deus. Jesus disse à igreja de Filadélfia, que representa a igreja fiel, que iria guardá-la
“da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na
terra” (Ap 3.10). A Igreja não estará mais na Terra quando começar a Grande
Tribulação. Paulo ensina que devemos “[...] esperar dos céus a seu Filho, a quem
ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1Ts 1.10).

2. Midi-tríbulacionista. Ensina que a Igreja entrará no período da Grande


Tribulação até a sua metade. Seus intérpretes se baseiam numa interpretação isolada de
Dn 9.27, cujo texto fala que depois do opressor firmar um concerto com Israel por uma
semana, “na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares”.

3. Pré-tribulacionista. Podemos começar entendendo essa escola de interpretação


com as palavras de Paulo aos tessalonicenses, quando escreveu: “Porque Deus não nos
destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo”,
1Ts 5.9. Ensina que o arrebatamento da Igreja ocorrerá antes que se inicie o período da
Grande Tribulação. É uma interpretação que honra as Sagradas Escrituras e ajusta-se
devidamente à esperança cristã da volta do Senhor nos ares.
(Escatologia, 1998.Elienai Cabral)

A diferença entre as duas fases da Vinda de Cristo.

✓ Referente ao arrebatamento, Cristo virá até ou sobre as nuvens (1Ts


4.17). Será de modo invisível para a Terra, porque virá para os Seus santos nos ares.

✓ Em relação à manifestação pessoal de Cristo na Terra, Ele virá sobre as


nuvens, de modo visível e com os seus santos (Cl 3.4).
➢ No primeiro evento, Cristo, pelo poder da Sua Palavra e com voz de
arcanjo, arrebatará, num abrir e fechar de olhos, a Igreja remida pelo Seu sangue (1Co
16

15.52). Esse arrebatamento acontecerá antes que venha o Anticristo e instale o seu
domínio sobre a terra por sete anos.
➢ O segundo evento da volta de Cristo acontecerá no final dos sete anos da
Grande Tribulação, quando Ele irá destruir o domínio do Anticristo e instalar seu reino
de mil anos (Ap 19.11; 20.1-60).

Alguns elementos especiais e misteriosos indicam a natureza e


procedimento do arrebatamento da Igreja na vinda do Senhor.

1. Surpresa. Esse elemento é rejeitado por alguns grupos que entendem que não
haverá dois eventos distintos: o arrebatamento da Igreja e a vinda pessoal de Cristo.
Ora, o que a Bíblia nos ensina é que, a Igreja, constituída pelos mortos e vivos em
Cristo, se encontrará nas nuvens com o Senhor. Se por alguns a idéia da surpresa é
rejeitada, uma grande maioria cristã prefere o que declara as Escrituras que destacam o
elemento surpresa (Tt 2.13; Mt 24.35,36,42-44; 25.13). Esse elemento é fundamental
porque a Igreja vive na esperança da vinda do Senhor.
2. Invisibilidade (1Ts 4.17). Por que será um evento invisível e para quem? Será
invisível para o mundo material porque os arrebatados serão constituídos somente dos
transformados. A transformação será tão rápida, que nenhum instrumento cronológico
terá condição de perceber ou marcar o tempo. Quando o crente conquistar esse corpo
imaterial, a matéria perderá totalmente sua força (1Co 15.43,44,49,51,53).
3. Imaterialidade (1Co 15.42,52,53). Na verdade, a transformação que ocorrerá
na vinda do Senhor será extraordinária e gloriosa, pois o que é material se revestirá do
imaterial, o corruptível do incorruptível. Todas as limitações da matéria em nossos
corpos serão anuladas completamente, pois, literalmente, nossos corpos serão revestidos
de espiritualidade.
4. Velocidade (1Co 15.52). Para tentar explicar a velocidade do evento, Paulo
usou o termo grego átomos, que aparece no texto sagrado pela expressão “num
momento”, cujo sentido literal é indivisível (quanto ao tempo, aqui). A
palavra átomos era usada para denotar “algo impossível de ser cortado ou dividido”.
Também encontramos outras expressões bíblicas para denotar velocidade, tais como
“abrir e fechar de olhos”, ou “o piscar de olhos”. Mesmo em época avançada e de
velocidade da cibernética e da tecnologia, nada poderá contar e detectar o momento do
milagre do arrebatamento da Igreja. (Escatologia, 1998.Elienai Cabral)

➢ Os mortos em Cristo. Naquele dia, os mortos e os vivos em Cristo


ouvirão a voz de chamamento da trombeta do Senhor pelo arcanjo, e “num abrir e
fechar de olhos” (1Co 15.51,52), estarão na presença do Senhor nos ares, com corpos
glorificados. A palavra “mortos” diz respeito aos santos que ressuscitarão com corpos
transformados em corpo espiritual (soma pneumatikon), enquanto que, os corpos dos
ímpios permanecerão em suas sepulturas até o dia do Juízo Final (Ap 20.12). Assim
como Cristo ressuscitou corporalmente, também, os crentes salvos ressuscitarão
corporalmente (Lc 24.39; At 7.55,56). Na lição referente à ressurreição tratamos sobre a
natureza dos corpos ressurretos.
➢ Os vivos preparados. O mesmo poder transformador operado nos
corpos dos que morreram no Senhor atuará nos corpos dos crentes vivos naquele dia.
Aos tessalonicenses, Paulo declarou: “depois nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados” (1Ts 4.17); e aos coríntios, também, disse: “nem todos dormiremos, mas
todos seremos transformados” (1Co 15.51). Quase que simultaneamente à ressurreição
17

dos mortos em Cristo naquele momento, os vivos em Cristo também ouvirão a voz do
arcanjo, e num tempo incontável, serão transformados e arrebatados ao encontro do
Senhor nos ares. Os corpos mortais serão revestidos de imortalidade, porque nada
terreno ou mortal poderá entrar na presença de Deus. Será o poder do espírito sobre a
matéria, do incorruptível sobre o corruptível (1Co 15.53,54). O arrebatamento dos vivos
implica livrá-los do período terrível da Grande Tribulação.

AS DUAS RESSURREIÇÕES

A primeira ressurreição. E a da vida (Jo 5.29a) e contempla:

1. Cristo, as primícias dos que dormem (I Co 15.20,23a).


2. Os santos que saíram dos sepulcros depois da ressurreição de Cristo (Mt
27.52,53). “O significado deste evento é o prenúncio profético de que a morte e a
ressurreição de Cristo garantem a nossa ressurreição gloriosa na sua vinda. A
ressurreição de Cristo foi à derrota da morte”.
3. Os que são de Cristo, no momento do Arrebatamento (I Co 15.23b;I Ts 4.16).
4. As duas testemunhas, durante a Grande Tribulação (Ap I I.I I).
5. Os mártires da Grande Tribulação, que ressuscitarão antes do Milênio (Ap.20.4-
6). Este texto diz: “Esta é a primeira ressurreição.
6. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição”.
Observe: “primeira”, e não “única”.

7. A segunda ressurreição. Segundo a Palavra de Deus, as ressurreições de

salvos e perdidos ocorrerão em ocasiões bem diferentes, embora sejam mencionadas


juntamente em algumas passagens (Dn 12.2; Jo 5.28,29).
8. O texto de Apocalipse 20.4-6 é suficientemente claro acerca dessas duas
ressurreições, separadas por um espaço de mil anos:
9. E vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela
palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem> e não receberam 0
sinal na testa nem na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.
10. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram... Bem-
aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem
poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com Ele mil
anos.
18

11. Portanto, a “segunda ressurreição” é a da condenação (Jo 5.29b) e ocorrerá


depois do Milênio e antes do Juízo Final.
12. Os mortos que “não reviveram, até que os mil anos se acabaram” (Ap 20.5)
ressuscitarão para o julgamento do Trono Branco: “E deu o mar os mortos que nele
havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um
segundo as suas obras” (Ap 20.13).

O ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS


MORTOS
Biblicamente, o Estado Intermediário é um modo de existir entre a morte física e a
ressurreição final do corpo sepultado. No Antigo Testamento, esse lugar é identificado
como Sheol (no hebraico), e no Novo Testamento como Hades (no grego). Os dois
termos dizem respeito ao reino da morte (Sl 18.5; 2Sm 22.5,6). É um lugar espiritual em
que as almas e espíritos dos mortos habitam fixamente até que seus corpos sejam
ressuscitados, para a vida eterna ou para a perdição eterna. E o estado das almas e
espíritos, fora dos seus corpos, aguardando o tempo em que terão de comparecer perante
Deus. (Escatologia, 1998.Elienai Cabral)

E um lugar de consciência ativa e ação racional. Segundo Jesus descreveu esse


lugar, o rico e Lázaro participam de uma conversação no Sheol-Hades, estando apenas
em lados diferentes (Lc 16.19-31). O apóstolo Paulo descreve-o, no que tange aos
salvos, como um lugar de comunhão com o Senhor (2Co 5.6-9; Fp 1.23). A Bíblia
denomina-o como um “lugar de consolação”, “seio de Abraão” ou “Paraíso” (Lc
16.22,25; 2Co 12.2-4). Se fosse um lugar neutro para as almas e espíritos dos mortos,
não haveria razão para Jesus identificá-lo com os nomes que deu. Da mesma forma, “o
lugar de tormento” não teria razão de ser, se não houvesse consciência naquele lugar.
Rejeita-se segundo a Bíblia, a teoria de que o Sheol-Hades é um lugar de repouso
inconsciente. A Bíblia fala dos crentes falecidos como “os que dormem no Senhor”
(1Co 15.6; 1Ts 4.13), e isto não refere-se a uma forma de dormir inconsciente, mas de
repouso, de descanso. As atividades existentes no Sheol-Hades não implicam que os
mortos possam sair daquele lugar, mas que estão retidos até a ressurreição de seus
corpos para apresentarem-se perante o Senhor (Lc 16.19-31; 23.43; At 7.59).
(Escatologia, 1998.Elienai Cabral)

Após passarem pelo “estado intermediário”, os mortos ressuscitarão. Os


salvos irão para a “vida eterna” e os ímpios, “para desprezo eterno” (Jo 5.28,29).

1. O estado final dos salvos. Após a primeira ressurreição (Rm 8.11), os salvos vão
para as Bodas do Cordeiro, passarão pelo Tribunal de Cristo, e viverão com Deus por
toda a eternidade. Esse é o destino final dos salvos. Seus corpos ressuscitarão e se
tornarão incorruptíveis (cf. 1Co 15.42-44). O mesmo corpo que morreu será
19

transformado por Deus e ressuscitará “em glória”, semelhante ao corpo de Jesus ao


ressuscitar (Fp 3.21). (Renovato Elinaldo,2016, p.43)

2. O estado final dos ímpios. Os ímpios ressuscitarão para “vergonha e desprezo


eterno” (Dn 12.2). Seu destino final é o lago de fogo (Ap 20.15), onde “haverá pranto e
ranger de dentes” (Mt 22.13). Ali os ímpios desfrutarão da companhia do Diabo, do
Anticristo e do Falso Profeta (Ap 20.10; 21.8). Atualmente, muitos ímpios ficam
impunes, mas no inferno estes receberão o castigo eterno por tudo o que fizeram de mal
(2Ts 1.9). (Renovato Elinaldo,2016, p.43)

HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição.


RJ: CPAD, 1996, pp.642,43
A Bíblia descreve o destino final dos ímpios como algo terrível e que vai além de
toda a imaginação. São as ‘trevas exteriores’, onde haverá choro e ranger de dentes por
causa da frustração e do remorso ocasionados pela ira de Deus (Mt 22.13; 25.30). É uma
‘fornalha de fogo’ (Mt 13.42,50), onde o fogo pela sua natureza é inextinguível. Causa
perda eterna, ou destruição perpétua (2Tm 1.9), e ‘a fumaça do seu tormento sobe para
todo o sempre’ (Ap 14.11; cf. 20.10). Jesus usou a palavra Gehenna como termo
aplicável a isso. Depois do juízo final, a morte e o Hades serão lançados no lago de fogo
(Ap 20.14), pois este, que fica fora dos novos céus e da nova terra (cf. Ap 22.15), será o
único lugar onde a morte existirá. É então que a vitória de Cristo sobre a morte, como o
salário do pecado, será final e plenamente consumada (1Co 15.26). Mas nos novos céus
e terra não haverá mais morte (Ap 21.4)”

HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição.


RJ: CPAD, 1996, p.645
O Estado Final dos Justos “A nossa salvação traz-nos a um novo relacionamento
que é muito melhor do que aquele que Adão e Eva desfrutavam antes da Queda. A
descrição da Nova Jerusalém demonstra que Deus tem para nós um lugar melhor do que
o Jardim do Éden, com todas as bênçãos do Éden intensificadas. Deus é tão bom! Ele
sempre nos restaura a algo melhor do que aquilo que perdemos. Desfrutamos da
comunhão com Ele agora, mas o futuro reserva-nos a ‘comunhão intensificada com o
Pai, o Filho e o Espírito Santo e com todos os santos’. A vida na Nova Jerusalém será
emocionante. Nosso Deus infinito nunca ficará sem novas alegrias e bênçãos para
oferecer aos redimidos. E posto que as portas da cidade sempre estarão abertas (Ap
21.25; cf. Is 60.11), quem sabe o que os novos céus e terra terão para explorarmos?”

O TRIBUNAL DE CRISTO
➢ E o julgamento dos servos de Deus quanto às suas obras na Terra (2 Co 5.10; Rm
14.10). Conquanto a nossa salvação seja pela graça de Deus, fomos salvos para as boas
obras (Ef 2.8-10).
➢ Não seremos julgados quanto à nossa posição e condição de salvos que temos em
Cristo, e sim quanto ao nosso desempenho como servos do Senhor.
➢ Há na Igreja do Senhor servos inúteis, negligentes, maus e infiéis. Na parábola dos
talentos, somente os servos bons e fiéis tiveram seu trabalho reconhecido, aprovado e
galardoado (Mt 25.14-30).
20

Os materiais da obra de cada crente (1Co 3.12). O apóstolo Paulo mencionou


seis diferentes materiais que, figurativamente, representam os elementos que
empregamos na construção de nossa vida cristã. Os materiais são indicados como ouro,
prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha. Os três primeiros são resistentes ao fogo
do julgamento de Cristo. Os três últimos são frágeis e não resistem ao juízo de fogo.

O Novo Testamento usa uma linguagem especial dos tempos do primeiro século
da era cristã relativa ao tipo de galardão que os vencedores das olimpíadas gregas e
romanas recebiam como prêmio. Havia coroas de vários materiais representando o tipo
de vitória conquistada por aqueles vencedores (1Co 9.24,25).
a) A coroa da vitória (1Co 9.25). A vida cristã se constitui numa batalha
espiritual contra três inimigos terríveis: a carne, o mundo e o Diabo. Esta coroa é
denominada, também, como coroa incorruptível, porque se refere à conquista do
domínio do crente sobre o velho homem.
b) A coroa de gozo (1Ts 2.19; Fp 4.1). A palavra gozo significa prazer, alegria,
satisfação. Uma das atividades cristãs que mais satisfazem o coração do crente é o
ganhar almas. Isto é, praticar o evangelismo pessoal e ganhar pessoas para o reino de
Deus. Na busca do gozo nesta vida, nada é comparável ao de salvar almas para Cristo,
livrando-as da perdição eterna. Por isso, quem ganha almas, sábio é (Pv 11.30; Dn
12.3).
c) A coroa da justiça (2Tm 4.7,8). É o prêmio dos fiéis, dos batalhadores da fé,
dos combatentes do Senhor, os quais vencendo tudo, esperam a Sua vinda.
d) A coroa da vida (Ap 2.10; Tg 1.12). Não se trata da simples vida que temos
aqui. Essa coroa é um prêmio especial porque implica conquista de um tipo de vida
superior à vida terrena, ou à simples vida espiritual, como a tem os anjos. É a
modalidade de vida conquistada mediante a obra expiatória de Cristo Jesus — a vida
eterna. E o galardão da fidelidade do crente.
e) A coroa de glória (1Pe 5.2-4). Certos eruditos na Bíblia entendem que esta
coroa é o galardão dos ministros fiéis que promoveram o reino de Deus na Terra, sem
esperar recompensa material. (Escatologia, 1998.Elienai Cabral)

De acordo com Ciro Sanches: O que é 0 galardão? Muitos crentes sinceros


acreditam que o galardão será algo palpável, e que receberão coroas de ouro,
literalmente. Onde as colocaríamos, uma sobre a outra? Qual seria posta primeiro,
a da vida ou a da justiça? E, no caso das coroas grandes ou pequenas, de acordo
com o trabalho realizado? Não teria o galardoado de possuir uma cabeça no
tamanho compatível com as coroas recebidas? Tudo isso é extemporâneo, precoce e
especulativo. Na verdade, coroa fala de posição, domínio, poder. Na parábola das
minas, aquele senhor — que representa o Senhor — disse aos servos fiéis: “Bem
está, servo bom, porque no mínimo foste fiel, sobre dez cidades terás autoridade”
(Lc 19.17). E Jesus também prometeu: “E ao que vencer e guardar até ao fim as
minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, e com vara de ferro as regerá; e
serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai” (Ap
2.26,27).
21

AS BODAS DO CORDEIRO
Depois do Tribunal de Cristo, nos ares, os salvos se reunirão com o Senhor, no
Céu (2 Ts 2.1), onde ocorrerão as Bodas do Cordeiro, o casamento entre Cristo e a
Igreja (Ef 5.25-27; 2 Co II.2). A porta estará aberta para uma grande multidão de santos,
que, a uma só voz, bradarão: “Aleluia! Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao
Senhor, nosso Deus” (Ap I9.I).

Participantes das bodas. O casamento é de Cristo e a Igreja, mas os convidados


são muitos. De acordo com Dn 12.1-3 e Is 26.19-21, o Israel salvo da Grande
Tribulação e os santos do Antigo Testamento são os convidados especiais.
➢ Devemos ter cuidado na interpretação desse evento para não confundirmos nem
misturarmos os fatos que envolvem as bodas no céu e as bodas na Terra.
➢ No céu, as bodas são da Igreja e o Cordeiro (Ap 19.7-9).
➢ Na Terra, as bodas envolvem Israel e o Cordeiro (Mt 22.1-14; Lc 14.16-24; Mt
25.1-13). A cena das bodas no céu difere das bodas na Terra. No céu, somente a Igreja e
seus convidados participarão. Na Terra, Israel estará esperando que o esposo venha
convidá-lo a conhecer a esposa (a Igreja), que estará reinando com Ele no período
milenial.
Muitos Pré-tribulacionista acreditam que os santos do antigo testamento só vão
ressuscitar no final da tribulação, juntos com os mártires da grande tribulação, com
isso, estes só participarão da ceia que acontecerá na terra e não das bodas do cordeiro
que acontecerá no céu, são os chamados amigos do noivo que foram convidados, já que
o próprio João Batista disse que era amigo do noivo Jo 3.28-29.

LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ:


CPAD, 2008, pp.105-6.
“A Bíblia descreve muitos casamentos. O próprio Deus celebrou o primeiro de
todos os casamentos (Gn 2.18-25). Dentre alguns casamentos célebres, podemos
destacar o de Jacó e Lia, o de Rute e Boaz, o de Acabe e Jezabel, e o casamento em
Caná, onde Jesus realizou seu primeiro milagre.
No entanto, o mais maravilhoso dos casamentos ainda está por vir. Jesus
profetizou acerca dele por meio de parábolas (Mt 22.2; 25.1; Lc 12.35,36) e João
descreveu o que Deus lhe mostrou em uma visão: ‘Regozije-mo-nos, e alegremo-nos, e
demo-lhes glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se
aprontou’ (Ap 19.7).
O anfitrião deste casamento será Deus Pai. Ele é descrito preparando a cerimônia
e enviando seus servos para chamar os convidados (Lc 14.16-23). O noivo é Jesus
Cristo, o Filho amado do Pai. Em João 3.27-30, João Batista referiu-se a Jesus como
‘esposo’ e a si mesmo como o ‘amigo do esposo’. Em Lucas 5.32-35, Jesus, em uma
alusão à sua morte, disse: ‘Dias virão, porém, em que o esposo lhe será tirado, e, então,
naqueles dias, jejuarão’”

“Neste banquete vão participar os salvos de todos os tempos, ou seja, os do


antigo e do novo testamento já que são salvos por meio do sangue do cordeiro Hb 11;
Ap 13.8. Nas Bodas haverá uma grande e gloriosa Ceia, é difícil
entendermos essa alimentação no céu já que estaremos com corpos glorificados e em
uma dimensão celestial (Fp 3.20,21).”
22

A GRANDE TRIBULAÇÃO
“Enquanto a Igreja galardoada estiver adentrando as mansões celestiais, a fim de
participar das Bodas do Cordeiro, já terá começado na Terra o mais difícil período da
História: a Grande Tribulação, através da qual a ira do Senhor, o Justo Juiz, se
manifestará contra os ímpios e adoradores da Besta (Ap 6.16,17).”

“Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do
mundo até agora, nem tampouco haverá jamais” (Mt 24.21).

De acordo com o Dicionário de Profecia Bíblica,


A Grande Tribulação é um “período de aflição e angústias incomuns que terá
início após o arrebatamento da Igreja. Deus, o justo Juiz, estará enviando sobre o
mundo o seu juízo” (Is 13.11). Este período de aflição e angústias terá a duração
de sete anos (Dn 9.27 a — “semana de anos”). Ela ocorrerá, entre o
arrebatamento da Igreja e a vinda de Jesus em Glória (segunda fase, para
reinar). Só os santos escaparão desse período tenebroso. Os avisos dos juízos de
Deus são prova do seu amor, visando livrar da destruição aqueles que aceitam a
Cristo e obedecem à sua Palavra. Será uma aflição “como nunca houve” na
Terra (Mt 24.21; Ap 7.13,14).
➢ No Antigo Testamento é identificada por outros nomes tais como “o dia do
Senhor” (Sf 1.14-18; Zc 14.1-4); “a angústia de Jacó” (Jr 30.7); “a grande angústia”
(Dn 12.1); “o dia da vingança” (Is 63.1-4); “o dia da ira de nosso Deus”. No Novo
Testamento, a expressão ganha maior sentido com o próprio Senhor Jesus ao
identificar aquele tempo como período de “grande aflição” (Mt 24.21), depois em Ap
7.14, como Grande Tribulação.

➢ Não há texto bíblico mais explícito quanto ao tempo da Grande Tribulação do


que a profecia de Daniel 9.24-27 acerca das setenta semanas determinadas por Deus
para a manifestação dos juízos de Deus sobre Israel e sobre o mundo.
1. O que são as setenta semanas. A identificação começa com Dn 9.24: “Setenta
semanas estão determinadas”. A palavra semana interpreta-se como semana de dias. O
número sete indica a quantidade de dias da referida semana. Porém, a palavra dia
interpreta-se como ano. Cada dia equivale a um ano e, sete dias multiplicados por
setenta (70 x 7) dá o total de 490 anos.
2. Os três períodos das 70 semanas. O primeiro período de sete semanas,
equivalente a 49 anos, teve o seu início no reinado de Artaxerxes através de Neemias,
copeiro-mor (Ne 2.1,5,8), quando pediu ao rei para voltar à sua terra e reedificar a
cidade e os seus muros. Ocorreu em 445 a.C. quando foi dada a ordem “para restaurar
e reedificar Jerusalém” (Dn 9.25).
O segundo período de 62 semanas, equivalente a 434 anos, refere-se ao tempo do
fim do Antigo Testamento até a chegada do Ungido, o Messias. Nesse período, o
Ungido seria rejeitado e ultrajado pelo seu povo, e morto (Dn 9.26). Cumpriu-se esse
segundo período até o ano 32 d.C, quando Cristo, o Ungido, foi rejeitado e morto pelos
judeus. Até então, 69 semanas (ou 483 anos) se cumpriram.
23

O terceiro período abrange “uma semana” (7 anos) conforme está no texto de Dn


9.27. Misteriosamente, acontece um intervalo profético na sequência natural das 70
semanas identificado como os tempos dos gentios (o nosso tempo), no qual se destaca,
especialmente, a Igreja constituída de um povo remido por Jesus e que está em
evidência até o seu arrebatamento para o céu. Terá início, em seguida, a última
semana, a 70ª.
3. A última semana profética. No texto de Dn 9.26 surge “um povo e um príncipe”
que virão para assolar e destruir Israel sob “as asas das abominações”. Esse príncipe
não é outro senão “o assolador”, o “Anticristo”, “o homem do pecado” e “o príncipe
que há de vir” (Dn 9.26). Ele fará uma aliança com Israel “por uma semana” (Dn
9.27). Virá com astúcia e inteligência. Sua capacidade de persuasão será enorme e, na
aliança que fará com Israel, não terá a plena aprovação desse povo. Sua tentativa será
a de restabelecer a paz, sobretudo no Oriente Médio oferecendo um tratado. O mundo
todo o honrará e o admirará naqueles dias. Ele se levantará de uma força política
mundial, uma confederação européia, que, na linguagem figurada da profecia, aparece
como “um chifre pequeno” que surge do meio de “dez chifres” do “animal terrível e
espantoso”, conforme Dn 7.8. Esse “animal terrível e espantoso” pode ser identificado
como o sistema europeu, equivalente ao antigo Império Romano.
Num breve espaço, “metade da semana” (três anos e meio), esse líder alcançará
o apogeu do seu domínio mundial e então haverá uma falsa paz. Nesse momento se
dará o rompimento da aliança com Israel. O príncipe, embriagado pelo poder político,
entrará em Israel e então se iniciará “a grande angústia de Israel” (2Ts 2.4; Ap 13.8-
15), a Grande Tribulação. (Escatologia, 1998.Elienai Cabral)

A Bíblia é clara a respeito da Grande Tribulação, que terá início:


➢ Após o arrebatamento da Igreja. “Como guardaste a palavra da minha
paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o
mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). Logo: a Igreja de Cristo não terá
de experimentar a Grande Tribulação. Neste período, estaremos recebendo nossos
galardões consoante ao trabalho que executamos na expansão do Reino de Deus. A
promessa de Jesus à sua Igreja é a de preservá-la desse sofrimento (1 Ts 1.10; 5.9; Lc
21.35,36).
➢ Na metade da 70ª Semana de Daniel. “E ele firmará um concerto com muitos
por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares;
e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está
determinado será derramado sobre o assolador” (Dn 9.27).
A 70ª Semana de Daniel pode ser dividida em duas metades distintas.
➢ A primeira metade da semana será marcada pelo reinado absoluto do Anticristo
que, assentado no Santo Templo em Jerusalém, será aceito tanto pelos judeus quanto
pelos gentios. Aqueles, tê-lo-ão como o seu messias; estes, como o seu salvador. Essas
duas metades da semana profética de Dn 9.27 são mencionadas diversas vezes em Ap
11.2,3; 12.6,14; 13.5.
➢ A Segunda metade será ocupada pela Grande Tribulação propriamente dita:
“Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina
destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum
escaparão” (1 Ts 5.3). (Andrade, Vem o fim, o fim vem — A doutrina das últimas
coisas.2004)

➢ Dois principais propósitos se destacam: o primeiro é levar Israel a receber o seu Messias; e o
segundo é trazer juízo sobre todo o mundo, especialmente, sobre as nações incrédulas.
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Trindade satânica na grande tribulação
1. A manifestação do Anticristo. O Anticristo será aquele que se colocará no lugar de Cristo. Ele
é a besta que João viu subindo “do mar” ou dos “povos” (Ap 13.1; Lc 21.25). O espírito dele já está no
mundo (1Jo 2.18; 4.3). Com certeza, será um líder político e fará “grandes coisas” (Dn 7.8, 20,25).
➢ O Anticristo tem um “sinal”, um “nome” e um “número” (Ap 13.17). Seu número é 666 (Ap
13.18). Quem não tiver essa marca será morto (Ap 13.15) e não poderá comprar ou vender qualquer
coisa durante o seu reinado (Ap 13.16,17).
2. Um governo único. A tentativa de um governo único pode ser vista na criação da
Comunidade Europeia que conta hoje com cerca de 28 estados-membros. Os 10 chifres da Besta de
Apocalipse 13.1 e 17.3 indicam que haverá um conglomerado de nações que aceitarão a liderança do
Anticristo. Será a “ponta pequena” que Daniel viu que dominará os povos com muita eloquência (Dn
7.8) e fará guerra aos santos (Dn 7.25).
3. O falso profeta. Ele, juntamente com o Diabo e o Anticristo, vão formar a chamada trindade
satânica, que dominará o mundo após o arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus. O governo do
Anticristo prevalecerá por três anos e meio (Dn 7.25-28), pois virá a vitória final de Cristo sobre todos
os reinos, poderes humanos e malignos (Ap 12.10).
(LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008,
pp.249,50).
“A hegemonia do anticristo. Daniel foi o primeiro profeta a escrever sobre o empenho do
Anticristo em formar um governo mundial. Durante o último século, diversos grupos têm trabalhado
febrilmente nos bastidores em prol de um governo mundial único, sempre em nome da paz mundial.
Tais condições estabelecerão as bases para a subida do Anticristo ao poder. O vácuo espiritual deixado
pelo desaparecimento de milhões de crentes também possibilitará que o Anticristo promova seus
planos para estabelecer uma religião mundial única. Esta religião pagã reunirá todas as crenças, com
exceção do cristianismo bíblico.
Todavia, com a operação do Espírito Santo por meio dos 144.000 evangelistas e das duas
testemunhas em Jerusalém, muitos virão a Cristo durante a Grande Tribulação, não obstante tal
escolha, muito provavelmente, resulte em morte.
A marca da besta. O Anticristo romperá seu tratado com a nação de Israel, profanará o
Templo reconstruído em Jerusalém e matará as duas testemunhas que vinham proclamando o
evangelho. Então assumirá o controle total do sistema monetário mundial, exigindo que todos levem
sua marca; ou seja, a marca da besta
Os símbolos da mulher. Os símbolos que estão em torno da mulher — o sol, a lua e 12 estrelas
estão associados aos filhos de Israel (Gn 37.9; Jr 31.35,36; Js 10.12-14; Jz 5.20; Sl 89.35-37).

GILBERTO, A. O calendário da profecia. 16.ed., RJ: CPAD, 2003, pp.48-9)


“O Anticristo será um homem personificando o Diabo, porém, apresentando-se como se fosse
Deus (Dn 11.36; 2Ts 2.3,4). [...] A Besta ou Anticristo será uma personagem de uma habilidade e
capacidade desconhecida até hoje. Será o maior líder de toda a história; acima de qualquer famoso
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general ou governante mundial conhecido. Será portador de uma personalidade irresistível. Sua
sabedoria e capacidade serão sobrenaturais. Além da ação diabólica direta, outros fatores contribuirão
decisivamente para a implantação do governo do Anticristo, como poderio bélico, alta tecnologia e
poder econômico.
Será um grande demagogo. Influenciará decisivamente as massas com seus discursos
inflamados (Ap 13.5). A Bíblia diz que toda a terra se maravilhará após a Besta (Ap 13.13). Exercerá
uma influência e um fascínio extraordinário sobre as massas. [...] O Anticristo será recebido ao
aparecer como solução dos problemas e crises sociais e políticas que fustigam o mundo inteiro, para os
quais os líderes mundiais mais capazes não encontram solução”

O apostolo João deixou claro que durante a história apareceriam muitos ANTICRISTOS e
que enganariam a muitos, 1Jo. 2.18-19, disse ainda que muito se tem feito 2Jo.7, pois não
confessam que Jesus veio em carne, negam que Jesus é o Cristo, negam o pai e a filho 1Jo.2.22.

Quando se estuda a Grande Tribulação, a pergunta é inevitável: haverá


salvação neste período? O livro do Apocalipse mostra dois grupos distintos de salvos: os
israelitas e os gentios (Ap 7.4-14). Isto significa que, apesar da oposição do Anticristo, a Bíblia
continuará a ser divulgada em escala mundial. Enganam-se, portanto, os que afirmam que, após o
arrebatamento da Igreja, as Sagradas Escrituras perderão a sua inspiração sobrenatural e única. Tal
ensinamento não conta com qualquer respaldo bíblico. Afirma o profeta Isaías: “Seca-se a erva, e caem
as flores, mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente” (Is 40.8). (A doutrina das últimas
coisas.2004)

Segundo Eurico Bergsten, 2006.p345.Surge então a pergunta: "Alguém será salvo na


Grande Tribulação?" Se a pergunta fosse: "Haverá salvação após a morte?" Então a resposta seria
clara e definitiva: "Não, de forma alguma!" Somente sobre a terra Jesus perdoa pecados (cf. Mc 2.10).
No além não haverá possibilidade de modificação (cf. Lc 16.26). Mas quando tratamos da
possibilidade de alguém ser salvo durante a Grande Tribulação devemos concluir que o dia da graça
não termina com o arrebatamento da Igreja, mas com o fim da Grande Tribulação. Lemos em
Apocalipse 6.9,11, acerca dos mártires sob o altar, que morreram por amor à Palavra de Deus! Esses
morreram durante a Grande Tribulação, pois de outra maneira teriam ressuscitado na vinda de Jesus.
Lemos em Apocalipse 7.11,14, sobre a multidão que veio da Grande Tribulação, e cujas vestes foram
branqueadas no sangue do Cordeiro. Em Apocalipse 20.4, lemos acerca daqueles que, durante a
Grande Tribulação, recusaram tomar sobre si o sinal da besta, por causa do testemunho de Jesus, e que
por isso foram mortos. No fim daquele período, porém, ressuscitarão e poderão reinar com Cristo por
mil anos. As promessas de Deus e o poder do sangue de Jesus não se alteraram! Quem invocar o nome
do Senhor será salvo! Mas o preço será a morte! Por isso está escrito em Apocalipse 6.11 que o
número dos mártires ainda não está completo. Os que hoje aceitam Jesus, poderão subir com Ele em
sua vinda. Mas os que não o fizerem hoje, correm o grave perigo de se contaminarem com as massas e
serem mortos, ainda que resistam ao Diabo! Por isso o dia da salvação é hoje. (Eurico Bergsten -
Introdução a Teologia Sistemática)

Segundo Pr. Douglas Baptista; Nesse período, Deus dará mais uma oportunidade de
salvação a todos aqueles que não foram arrebatados. Tudo será muito difícil, pois os poderes do mal-
estar ou multiplicados e atuando numa escala nunca vista, mas a salvação será possível (Ap 6.9 a 11;
7.9-17; 12.12-17; 14. -5; 20.4). Não só os desviados poderão se reconciliar com Cristo; todos os seres
humanos terão oportunidade salvação, desde que invoquem nome do Senhor (Joel 2.32). O texto de
Apocalipse 7.14 menciona uma multidão de salvos durante esse período, os quais lavaram suas
vestiduras, branqueando-as no sangue do Cordeiro. Mas será difícil a salvação nos angustiosos e
inquietantes dias da grande tribulação (GILBERTO, 2013, p. 515).
26

De acordo com Ciro Saches :Nesse período, Deus dará mais uma oportunidade de salvação a
todos aqueles que não foram arrebatados. Tudo será muito difícil, pois os poderes do mal estarão
multiplicados e atuando numa escala nunca vista, mas a salvação será possível (Ap 6.9-11; 7.9-17;
12.12,17; I4.I-5; 20.4). Não só os desviados poderão se reconciliar com Cristo; todos os seres humanos
terão oportunidade de salvação, desde que invoquem o nome do Senhor (J12.32). O texto de
Apocalipse 7.14 menciona uma multidão de salvos durante esse período, os quais lavarão suas
vestiduras, branqueando-as no sangue do Cordeiro.
Mas será difícil a salvação nos angustiosos e inquietantes dias da Grande Tribulação. Derramar-
se-ão juízos de Deus sobre os adoradores da Besta (Ap 6—9), que, mesmo assim, não se arrependerão
(Ap 9.20,21; 16.9). A misericórdia do Senhor será patente nesse período, pois todos os acontecimentos
catastróficos visarão, sobretudo, ao despertamento das pessoas para o arrependimento antes do último
grande juízo (cf. At 17.30,31).

A base da salvação na tribulação. Ao considerar a importante


questão da base ou do método da salvação durante a tribulação, certas
afirmações podem ser feitas. (Manual de Escatologia, J. Dwight
Pentecost, Ph.D.)

1. A salvação na tribulação certamente será baseada no princípio da fé.


Hebreus 11.1-40 deixa claro que o único indivíduo aceito por Deus era o indivíduo que
cria em Deus. O princípio do v 6, "sem fé é impossível agradar a Deus", não se limita à
presente era, mas vale para todas as épocas. A fé de Abraão é dada como exemplo do
método de abordagem de Deus (Rm 4.2) e será o método de abordagem na tribulação.
2. As descrições dos salvos na tribulação deixam claro que serão salvos pelo
sangue do Cordeiro. Sobre os judeus salvos, diz que "são os que foram redimidos
dentre os homens" (Ap 14.4), e Israel jamais conheceu uma redenção que não fosse
baseada em sangue. Sobre os gentios, diz que "lavaram suas vestiduras e as alvejaram
no sangue do Cordeiro" (Ap 7.14).
3. A salvação será pelo ministério do Espírito Santo. Ao identificar o Espírito
Santo como o detentor de 2Tessalonicenses 2.7, vem a alegação persistente dos
oponentes dessa opinião, que dizem que o Espírito Santo deve cessar de operar no
mundo na tribulação porque não estará mais morando no corpo de Cristo como Seu
templo. Nada poderia estar mais longe da verdade. Devemos notar que o Espírito Santo
não assumiu um ministério de habitação em todos os crentes no Antigo Testamento,
mas o Senhor, referindo-se a alguém sob essa economia, mostra claramente que a
salvação era pela operação do Espírito Santo (Jo 3.5,6). Mesmo sem esse ministério de
habitação do Espírito Santo, os santos do Antigo Testamento foram salvos pelo Espírito
Santo, apesar de Ele não habitar tais crentes como um templo. Assim, no período
Tribulacional, o Espírito Santo, que é onipresente, fará o mesmo trabalho de
regeneração que fazia quando Deus lidava anteriormente com Israel, mas sem um
ministério de habitação.
A relação desse evangelho com o evangelho do reino. Os críticos dessa
posição declaram que, já que o evangelho do reino está sendo pregado durante a
tribulação, não pode haver pregação da cruz. A tribulação testemunhará a pregação do
evangelho do reino. Mateus 24.14 deixa isso bem claro. No entanto, a pregação da cruz
e a pregação do evangelho do reino não são mutuamente excludentes.
Devemos reconhecer que o termo evangelho no seu uso literal
27

1. Haverá purificação pessoal. Passagens como Apocalipse 7.9,14 e 14.4


mostram claramente que o indivíduo salvo é aceito por Deus. Em nenhuma outra base o
indivíduo poderia estar "diante do trono de Deus". Isso deve ser visto como resultado do
cumprimento das ofertas individuais de salvação no Antigo Testamento.
2. Haverá salvação nacional. A preparação de tal nação (Ez 20.37,38; Zc
13.1,8,9) resultará na salvação da nação no segundo advento como prometido em
Romanos 11.27. As promessas nacionais podem ser cumpridas porque Deus, pelo
Espírito Santo, redimiu um remanescente em Israel ao qual e por meio do qual as
alianças podem ser cumpridas.
3. Haverá bênçãos milenares. Apocalipse 7.15-17 e 20.1-6 deixam claro que a
salvação oferecida durante esse período encontrará seu cumprimento na terra milenar.
Todas as bênçãos e privilégios de serviço, posição e acesso a Deus são vistos no âmbito
milenar. E assim que as promessas nacionais serão realizadas mediante a salvação
individual durante a tribulação e serão desfrutadas na terra durante o milênio.
(Manual de Escatologia, J. Dwight Pentecost, Ph.D.)

➢ Os cento e quarenta e quatro mil é tema de muitos estudos escatológicos, com o propósito de
revelar as suas identidades. As interpretações são diversas, na verdade têm pra todos os gostos,
muitos interpretam como sendo literais e outros como simbólicos.

Os cento e quarenta e quatro mil são mencionados pela primeira vez no capítulo 7 do livro do
Apocalipse, o Apóstolo João viu quatro anjos, nos quatro cantos da terra, retendo quatro ventos.

João descreve a sua visão, “vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e tinha o selo do Deus
vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,
Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos selado nas suas testas os
servos do nosso Deus. E ouvi o número dos selados, e eram cento e quarenta e quatro mil selados, de
todas as tribos dos filhos de Israel”. João ainda cita a relação das doze tribos de Israel cada uma com
doze mil selados, nessa relação tem duas modificações; Efraim e Dã foram omitidos, e no lugar foi
citado Levi e José.

➢ As Testemunhas de Jeová ensinam que esses cento mil são a elite da Igreja, formada
por homens e mulheres que foram escolhidos e separados para serem “reis e
sacerdotes” no reinado de Cristo e que só estes irão morar no céu, enquanto o restante
dos salvos viverão a vida eterna aqui na terra sob o governo de Cristo.

➢ Muitos teólogos entendem que esse número 144 mil é simbólico, e não deve ser
interpretado de forma literal, principalmente os Amilenistas, Pré-milenistas Históricos,
e alguns Pós-milenistas ainda acreditam que os cento e quarenta e quatro mil
representam todos os judeus convertidos, logo esse número é simbólico.

➢ A Igreja Católica defende que os cento e quarenta e quatro mil representam toda a
Igreja, do Antigo e do Novo Testamento, formada por judeus e gentios. Esse número é
obtido da multiplicação de doze vezes doze vezes mil.

➢ A interpretação mais dominante entre os cristãos é a dos Pré-tribulacionistas que os


cento e quarenta e quatro mil são israelitas que estarão vivendo no período da grande
tribulação, e que se converterão após o Arrebatamento da Igreja, esses serão os
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pregadores durante esse período. É muito importante que você leia em Is 66. 18-21,
assim como as duas testemunhas, serão fundamentais para a um grande avivamento
que converterá muitas pessoas, tanto judeus quanto gentios.

➢ 144 mil judeus eleitos. Serão santos homens de Deus, responsáveis pela
pregação do evangelho durante a Grande Tribulação. Esses servos do
Senhor, Provenientes das tribos de Israel (Ap 7.1 -8), cumprirão cabalmente a sua
missão, não tendo por preciosas as suas vidas. As suas testas serão assinaladas a fim de
medicar a sua consagração a Deus (Ap 14.1). Isso não os protegerá das perseguições e
do martírio. Haja vista o que está escrito em Apocalipse 7.13, 14.Tal marcação denota
a proteção que eles terão quanto aos juízos divinos sobre o mundo (Ap 9.4). O
Cordeiro os honrará por sua fidelidade, como lemos em Apocalipse 14.3-5:
Ecantavam um cântico novo diante do trono e diante dos quatro animais
e dos anciãos; c ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento
e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra. Estes são os que
não estão contaminados com mulheres, porque são virgens. Estes são os
que seguem 0 Cordeiro para onde quer que vai.
Estes são os que dentre os homens foram comprados como príncipes
para Deus e para 0 Cordeiro. E na sua boca não se achou engano;
porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus.

O que a Bíblia diz sobre as duas testemunhas?


O autor do Apocalipse informa que as duas testemunhas recebem poder divino para profetizar
por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco (Apocalipse 11:3). Em seguida, as duas testemunhas
são identificadas com “duas oliveiras e dois castiçais que estão diante do Deus da terra”. Também é
dito que se alguém fizer mal às duas testemunhas, sairá fogo de sua boca. Esse fogo devorará os seus
inimigos, pois quem fizer lhes fizer mal, deverá ser morto (Apocalipse 11:4,5).
Além disso, também é dito que as duas testemunhas recebem poder para fechar o céu, para que
não chova nos dias da sua profecia. Elas também têm poder para converter as águas em sangue, e
para ferir a terra com pragas (Apocalipse 11:6).

➢ O principal ponto de defesa para que as duas testemunhas sejam identificadas como sendo o
profeta Elias e Enoque, diz respeito ao fato de que estes dois homens foram os únicos a estarem com
Deus sem passar pela morte.

➢ As duas testemunhas poderão “ferir a terra com toda sorte de pragas” e “converter as águas
em sangue”, como no ministério Moisés. Elas também terão “poder para fechar o céu, para que não
chova”, assim como foi com Elias.

➢ Esta interpretação diz que as duas testemunhas do Apocalipse não serão personagens bíblicos
conhecidos. Na verdade os dois profetas serão cristãos, ainda anônimos, que serão levantados por Deus
no período final, durante a grande tribulação.

Dt.29.29. “As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos
pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta
lei”.

Deus derramará a sua ira na Grande Tribulação por intermédio da abertura dos selos (Ap
6), do toque das trombetas (que é o desdobramento do sétimo selo — Ap 8—11) e do derramamento
29

das taças (Ap 16). Então, a Grande Tribulação terá fim por ocasião da manifestação gloriosa do Filho
de Deus nos Montes das Oliveiras (Zc 14.1-7; Mt 24.22,29,30).

A metade desse período é apresentada pelas expressões "42 meses" e "1.260 dias" (Ap 11:2-3).
A Tribulação terminará com a reunião das nações para a batalha de Armagedom e com o
retorno de Cristo à Terra (Ap 19).

O fim da Grande Tribulação


1. A volta pessoal de Cristo. O texto de Zacarias 14.3,4 indica a intervenção divina sobre o
monte das Oliveiras, em Israel. As nações reunidas pelo Anticristo para combater e destruir Israel serão
surpreendidas pela vinda do Senhor. O texto de Jl 3.2,12 fala do vale de Josefa, identificado também
como o Cedrom, localizado entre Jerusalém e o monte das Oliveiras. Será nesse lugar o encontro do
Senhor contra as nações inimigas de Israel. O monte das Oliveiras, o lugar exato de onde Cristo subiu
ao céu, também sobre ele descerá gloriosamente.
2. A sequência dos eventos finais (Mt 24.27-30). Nesses versículos Jesus apresentou a realidade
da Tribulação (Mt 24.21). No v.27, Ele fala de sua vinda visível como “o relâmpago que sai do Oriente
e se mostra até o Ocidente”. No v.28, Jesus retrata mais uma vez a visibilidade de Sua vinda usando a
ilustração dos abutres atraídos pela matança. No v.29, dá a entender que a Sua vinda será logo depois
da tribulação daqueles dias. No v.30, fala do sinal dessa vinda no céu, uma prova de que Ele, o
Messias, virá sobre as nuvens do céu.
3. A derrota do Anticristo e seus exércitos (Ap 19.15-21). Nos versículos anteriores ao 14,
Cristo aparece como um grande general de exército (como nos tempos bíblicos), e o v.15 mostra um
Cristo preparado para fazer juízo sobre a impiedade do Anticristo. Diz o texto que “saía da sua boca
uma espada afiada, para ferir com ela as nações”. A partir do v.17, uma grande ceia é apresentada para
comer as carnes de todos os inimigos do povo de Israel que se ajuntaram para destruí-lo. Mas eles
serão aniquilados pelos exércitos de Cristo. No v.20, a Besta, que é o Anticristo, juntamente com o
Falso Profeta são presos e lançados vivos no Lago de Fogo. Esses dois personagens não são meras
figuras ou metáforas, mas realmente dois homens da parte do Diabo, que se levantarão naqueles dias.
4. A vinda em glória (Ap 19.11-16). Refere-se especialmente a forma da descida gloriosa de
Cristo sobre um cavalo branco. O cavaleiro que monta o cavalo do capítulo 19 de Apocalipse é Jesus,
porque é identificado como “Fiel e Verdadeiro”. Nada tem a ver com o cavaleiro do cavalo branco do
capítulo 6 de Apocalipse o qual se refere ao Anticristo. O v.14 de Apocalipse fala dos santos que
acompanham a Cristo na Sua volta à Terra. Eles montam cavalos brancos e os seus cavaleiros estão
vestidos de linho finíssimo. São os anjos e a Igreja de Cristo que gloriosamente participam da Sua
conquista (Escatologia, 1998.Elienai Cabral)
30

A BATALHA DE ARMAGEDOM
O monte Megido, situado a oeste do rio Jordão no centro-norte da Palestina, a
cerca de quinze quilômetros de Nazaré e a vinte e cinco quilômetros da costa do
Mediterrâneo, encontra-se numa planície onde ocorreram muitas das batalhas de Israel.
Lá, Débora e Baraque derrotaram os cananeus (Jz 4 e 5). Gideão triunfou sobre os
midianitas (Jz 7). Lá, Saul foi morto na batalha com os filisteus (I Sm 31.8). Acazias foi
morto por Jeú (2Rs 9.27). E, lá, Josias foi morto na invasão pelos egípcios (2Rs
23.29,30; 2Cr 35.22).

LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, pp.74,75.
“O termo ‘Armagedom’ vem da língua hebraica. Har é a palavra
para ‘montanha’ ou ‘colina’. Mageddon provavelmente diz respeito às ruínas da antiga
cidade de Megido, que fica acima do Vale de Esdrelom no norte de Israel, onde os
exércitos do mundo se reunirão.
De acordo com a Bíblia, grandes exércitos do oriente e do ocidente se reunirão
nesta planície. O Anticristo derrotará os exércitos do sul, pelo fato de estes ameaçarem
o seu poder, e destruirá uma Babilônia reconstruída a leste — antes de finalmente voltar
as suas forças para Jerusalém a fim de dominá-la e destruí-la. Quando ele e seus
exércitos marcharem contra Jerusalém, Deus entrará em ação e Jesus Cristo voltará para
resgatar o seu povo, Israel.
O Senhor, com seu exército angelical, destruirá os exércitos, capturará o
Anticristo e o Falso Profeta e lança-los-á no lago de fogo (Ap 19.11-21).
Quando o Senhor voltar, o poder e domínio do Anticristo terão fim. Charles Dyer
afirma: ‘Daniel, Joel e Zacarias identificam Jerusalém como o local onde ocorrerá a
batalha final entre Cristo e o Anticristo. Os três predizem que Deus interferirá na
história do seu povo e destruirá o exército do Anticristo em Jerusalém. Zacarias
profetiza que a batalha terá um fim quando o Messias voltar à terra e seus pés tocarem o
Monte das Oliveiras. Esta batalha será concluída com a segunda vinda de Jesus’.

A campanha do Armagedom — na verdade, em Jerusalém — será um dos


acontecimentos mais desapontadores da história. Com exércitos tão gigantescos
reunidos em ambos os lados, seria de se esperar um confronto épico entre o bem e o
mal. Não importa, todavia, quão poderoso alguém é na terra. Ninguém é páreo para o
poder de Deus”
A batalha durará só um dia. Será uma batalha em que Israel não terá condições
de vencer pelas armas humanas.

LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.317.
“O aprisionamento de Satanás evidencia que o reino milenial de Cristo ainda é um evento
futuro (Ap 20.2). Apocalipse 20.1-3 mostra que Deus impedirá Satanás de enganar as nações. Esta
passagem ensina que Satanás não será apenas limitado, mas que ficará totalmente inativo durante o
Milênio. Isto é completamente diferente do que vemos atualmente. A respeito de sua atividade, o
apóstolo Pedro diz: ‘Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor,
bramando como leão, buscando a quem possa tragar’ (1Pe 5.8)
31

Embora Satanás não esteja preso nesta era, ele está sob o controle soberano de Deus, o que se
pode ver claramente nas conversas entre Satanás e Deus a respeito de Jó (Jó 1.6-22). A prisão de
Satanás durante o Milênio efetivamente possui um propósito divino: Deus manifestará sua justiça
perfeita e dará ao homem circunstâncias ideais para viver e adorar o Messias”

O JULGAMENTO DAS NAÇÕES


Todas as nações, especialmente as que se levantaram contra Israel, serão julgadas (Zc 12.3b).
Esse julgamento ocorrerá depois que o Anticristo for vencido. Jesus vai assentar-se no seu trono de
glória, no lugar chamado “Vale de Josefa” (Jl 3.12,14), onde serão julgadas as nações coletivamente
(Mt 24.32). De acordo com Eurico Bergstén “possivelmente virão à presença de Jesus as autoridades
constituídas de cada nação”. As nações serão julgadas pelo modo como trataram Israel (Mt
25.40,45).
As “ovelhas” são todos aqueles que pela fé aceitaram a Jesus como único e suficiente Salvador, tornando-se
filhos (as) deDeus. Os “bodes” são aqueles querejeitama Jesus Cristo eo seu sacrifício na cruz do Calvário (Mt 25.41-
46).
“Quem estará no Milênio com Cristo? Todas as ovelhas de Jesus Cristo entrarão no Milênio
para reinar com Ele (Mt 25.34). Os “bodes” serão lançados no inferno (Mt 25.41,46). As ovelhas
reinarão com Cristo por mil anos, literalmente, bem como os homens que não adoraram a Besta (Ap
20.4). Também entrará o restante das nações que escaparem da Grande Tribulação. Os ímpios só
ressuscitarão para serem julgados, no Juízo Final, após os mil anos (Ap 20.5,6).”

O MILÊNIO
O termo "milênio" significa mil anos. É usado seis vezes na passagem Ap 20.1-7.
É o tempo durante o qual Satanás será amarrado e lançado no abismo enquanto Cristo
reina em poder e glória sobre a terra. Na visão de Daniel, em que viu a grande imagem e
as bestas (Dn 2 e 7), ele viu uma sucessão de quatro grandes reinos ou impérios
mundiais, seguidos pelo "reino da pedra". Dn 2.45; 7.13,14. Este último reino é o reino
de Cristo a ser estabelecido quando Ele for revelado, vindo do céu, vingando--se do
Anticristo que será destruído (II Ts 2.8), juntamente o Falso Profeta, e ainda efetuando o
julgamento das nações. Jl 3.9-17.

LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD,


2008, p.316).
“A palavra ‘milênio’ vem dos termos latinos mille (‘mil’) e annum (‘ano’). A
palavra grega Chilias, que também significa ‘mil’, aparece por seis vezes em
Apocalipse 20, definindo a duração do Reino de Cristo antes da destruição do velho céu
e da velha terra. O Milênio, portanto, refere-se aos mil anos do futuro Reino de Cristo
sobre a terra que virá imediatamente antes da eternidade. Durante o Milênio, Cristo
reinará no tempo e no espaço”
32

O Milênio será um tempo de controle tanto político como espiritual.


Politicamente, ele será universal (Dn 2.35), discricionário (Is 11.4) e caracterizado pela
retidão e justiça. Será zeloso para com os pobres (Is 11.3-5), mas trará recriminação e
juízo para quem transgredir as ordenanças do Messias (Sl 2.10-12).
Este reino literal de Cristo sobre a terra também terá características espirituais.
Acima de tudo, será um reino de justiça, onde Cristo será o Rei e governará com
absoluta retidão (Is 23.1). Será também um tempo em que se manifestarão a plenitude
do Espírito e a santidade de Deus (Is 11.2-5)” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular
de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.318).

1. A Forma de Governo. A terra será regida, não por monarquia, nem por
democracia, nem por autocracia, mas sim por uma TEOCRACIA, isto é, o próprio Deus
regerá o mundo na Pessoa do Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Lc 1.32,33; Dn 7.13,14.
2. A Sede do Governo. A capital do mundo não será nem Washington, nem
Londres, nem Tóquio e nem Paris, mas sim Jerusalém, a desprezada cidade tantas vezes
pisada pelos exércitos invasores. Nos palácios dela, Deus se faz conhecer como alto
refúgio." SI 48.1-3; Cf. Is 2.2-4.
3. O Território de Israel. Quanto à extensão do território de Israel durante o
Milênio. Sabemos que a terra prometida a Abraão em Gn 15.18, jamais foi totalmente
ocupada por essa nação, nem mesmo durante os prósperos reinados de Davi e Salomão.
4. A Cidade Milenial. Ez 48.1-35. Nesta passagem temos a repartição do território
de Israel entre as doze tribos em largas faixas, estendendo-se do oeste ao leste, a partir
da tribo de Dã no norte, e terminando com Gade no sul. Colocada entre as tribos de Judá
e Benjamim, haverá uma área conhecida como a "região santa", um território de
sessenta milhas (cerca de 100 km) quadradas, no meio da qual estará a cidade de
Jerusalém, inclusive as terras dos levitas e sacerdotes. O templo judaico milenial,
localizado no centro da terra dos sacerdotes, terá mais de uma milha quadrada de
extensão. É notável que as tribos de Judá e Benjamim, que eram as mais leais a Davi no
tempo da divisão do reino, agora achar-se--ão em lugar mais privilegiado quanto à
proximidade da "região santa".
5. O Rio Milemal. Ez 47.1-12; Zc 14.1-8. Esta passagem de Ez
47.1-12 costuma ser interpretada de modo espiritual a significar o rio
da salvação, as águas do Espirito Santo, que começaram a fluir no dia
de Pentecoste, em profundidade crescente, que veio a atingir com suas
bênçãos toda a face da terra.
6. O Templo Milenial e seu Serviço. Ez 40.1 a 44.31. O profeta
Ezequiel teve uma visão extraordinária sobre a ordem das coisas
durante o Milênio, tanto civil como religiosa.
7. As Condições Espirituais. As condições espirituais em
evidência durante o Milênio contrastarão fortemente com as
prevalecentes nos dias atuais. Então terá sua plena realização a
profecia de Joel 2.28,29, havendo um derramamento do Espírito Santo
sobre Israel, nessa época renovado, e sobre as demais nações. Zc 12.10;
Ez 36.25-27.
O Conhecimento do Senhor será Universal durante o Milênio. Zc
8.22,23; Is 11.9; Jr 31.34. Tal qual hoje prevalece o mal e muitas
nações jazem nas trevas da idolatria, naquele tempo a justiça
prevalecerá e todas as nações conhecerão o nome de Jeová. Ml 1.11.
A Glória "Shequinah" se Manifestará Continuamente sobre a
Cidade de Jerusalém. Em sua visão, Ezequiel viu a glória de Deus
33

afastando-se paulatinamente do templo e da cidade de Jerusalém, vindo


a desaparecer de vez a leste do Monte das Oliveiras. Ez 9.3; 10.4; 10.18;
11.23.
Haverá Paz Universal durante este período em estudo. Não serão
mais esmagados debaixo dos enormes orçamentos bélicos os habitantes
da terra que durante séculos têm mantido essas forças armadas, com
as quais ameaçam as demais nações. Is 2.4; Mq 4.3,4.
8. As Condições Físicas e Prosperidade da Terra da Palestina.
Essa terra era uma vez a "terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e
romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel". Dt 8.8; 11.11.
9.A Ferocidade dos animais será removida e todas as espécies
viverão em paz e harmonia entre si e "um pequenino os guiará". Is 11.
10.A Vida Humana será Prolongada. O homem outra vez viverá
até alcançar idade provecta, de centenas de anos, como nos dias
antediluvianos, registrados em Gênesis 5.1-32; Isaías 65.20-22;
Zacarias 8.4. Isso pode ser atribuído a algumas mudanças climáticas
ou ambientais e mesmo à remoção da influência maléfica de Satanás.
Cf. Jó 119; Is 65.20. (N. Lawrence Olson, Rio de Janeiro, Maio, 1974)
Apocalipse 20.4 trata de dois grupos de pessoas: O primeiro se assentará em
tronos para julgar (isto é: governar). A mensagem a todas as igrejas (Ap 3.21,22)
indica que são os crentes oriundos da Era da Igreja que permaneceram fiéis, sendo
vencedores (Ap 2.26,27; 3.21; 1 Jo 5.4). Entre eles, conforme a promessa de Jesus,
estarão os doze apóstolos julgando (governando) as doze tribos de Israel (Lc 22.30).
Isso porque Israel, restaurado, purificado, com a plenitude do Espírito Santo de Deus,
ocupará sem dúvida a totalidade da terra prometida a Abraão (Gn 15.18)” (HORTON,
S. M.: As últimas coisas. In HORTON, S. M. (ed.) Teologia Sistemática: Uma
perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.638-9).

O JUÍZO FINAL

O último de todos os julgamentos, o do Grande Trono Branco, é conhecido como


o Juízo Final. Os termos “grande” e “branco” aludem a poder e glória, bem como a
santidade e justiça do Justo Juiz, o Senhor Jesus Cristo (Jo 5.22),
Stanley Horton afirmou: A glória do trono branco é intensa. O universo físico não
pode suster-se diante do fogo do julgamento. A terra atual, contaminada pela
transgressão de Adão, foge da presença daquele que se encontra no trono. A declaração:
“Não se achou lugar para eles” indica que os componentes do universo material
deixarão de existir. Será a preparação para 0 novo céu e a nova terra de Apocalipse
21.38
Eventos que antecedem ao Juízo final
A soltura de Satanás e seus anjos. Vemos uma descrição na Terra que mostra o
fim do período milenial (Ap 20.2,3,7-9). A razão pela qual Satanás será solto é
discernida pela sua atividade no tempo de sua soltura. Ele sairá para enganar as nações e
promover sua última batalha contra o povo de Deus.
34

Gogue e Magogue (Ap 20.8). Esses dois nomes referem-se aos inimigos de
Israel. Podem representar dois tipos de inimigos: povos vindos do Norte; e, também,
povos em geral. O que prevalece mais fortemente é a representação de povos vindos do
norte. Na verdade, a batalha não será muito extensa, porque haverá a intervenção divina.

Comentário Bíblico Beacon: Isaías a Daniel. Vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD,


2014, p. 476).
GOGUE “Gogue é o rei da terra de Magogue e o principal governante de Meseque e Tubal.
Em Gn 10.2, Magogue, Meseque e Tubal são os nomes dos filhos de Jafé. Por conseguinte, a batalha
futura aqui descrita será travada por um descendente de Jafé. Gogue também pode ser um nome
representativo da iniquidade e da oposição a Deus (ver Ap 20.7-9). Esses países localizam-se,
possivelmente, ao extremo norte de Israel (vv. 6.15; 39.2). Serão apoiados por exércitos vindos do
Leste e do Sul (v.5). É difícil determinar a ocasião dessa batalha, mas evidentemente não se trata da
mesma batalha de Gogue e Magogue, de Ap 20.7-9, que ocorrerá no fim do milênio”

1. A última revolta de Satanás. Depois de terminado o período do Milênio,


Satanás será solto para provar os que nasceram durante o Milênio e que ainda não
tiveram oportunidade de ter sua fé provada, diante das tentações malignas (1Pe 1.7). Ele
enganará as nações e elas não se renderão a Cristo.
2. A prisão eterna de Satanás. Pela segunda vez, Deus vai mandar seus
mensageiros poderosos prender “o Dragão”, “a antiga serpente” (Ap 20.2), que estava
no “abismo” (Ap 20.3): “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e
enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para
todo o sempre” (Ap 20.10).
Só depois da última rebelião do maligno, e de sua prisão para sempre, é que será
estabelecido o Juízo Final.

3. O que é e quando se dará? Será o Juízo de Deus sobre os ímpios e suas


impiedades, em todos os tempos e lugares. De acordo com a Bíblia, o Juízo Final (do
Trono Branco) ocorrerá logo após a segunda prisão de Satanás, nos eventos finais após
o Milênio (Ap 20.7, 10), depois de este ter enganado mais uma vez as nações (Ap
20.11).
4. Quem será o Juiz? O Pai é o Supremo Juiz, porém Ele confiou ao seu filho
Unigênito, Jesus Cristo, toda a autoridade no céu e na Terra (Jo 5.22,27).
Jesus terá ao seu lado a Igreja Glorificada” (1Co 6.2,3). Jesus, juntamente com
sua Igreja “há de julgar os vivos e os mortos na sua vinda e no seu Reino” (2Tm 4.1b;
Sl 9.8).

Quem terá de prestar contas ao justo Juiz?

Em 2 Timóteo 4.1 está escrito que o Senhor Jesus Cristo há de julgar os vivos e mortos,
na sua vinda e no seu Reino. Os vivos, no tempo desse julgamento final, já terão sido
julgados, exceto os sobreviventes do Milênio.
Mas observe que o Juízo Final é o julgamento dos “mortos”, termo que aparece
em Apocalipse 20.11-15 quatro vezes.
Todos os mortos em pecado que ainda não tiverem sido julgados estarão em pé
diante do Trono Branco. Quem serão eles?
(1) Os mortos que não ressuscitarem no Arrebatamento da Igreja;
(2) os mortos durante a Grande Tribulação e na batalha do Armagedom que não
ressuscitarem antes do Milênio;
35

(3) os pecadores contumazes que morrerem durante o Milênio. ).


Alguns dizem que os salvos também hão de ser julgados, mas isso contraria o que
Jesus afirmou, em João 5.24: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha
palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entrará em juízo [gr. krisiri],
mas passou da morte para a vida” (ARA).

A morte e O Hades darão os mortos. Em Apocalipse 20.13 está escrito que o


mar dará os mortos que nele há.
Jesus também afirmou que “vem à hora em que todos os que estão nos sepulcros
ouvirão a sua voz” (Jo 5.28).
Onde quer que estejam os pecadores ressuscitarão para comparecer diante do
Trono Branco. Segundo a Palavra de Deus, a morte (gr. thanatos) e o inferno (gr. hades)
darão os seus mortos, os quais, após o Juízo Final, serão lançados no Lago de Fogo (Ap
20.13,14).

Todos os sentenciados ao Lago de Fogo, no Trono Branco, serão pecadores já


condenados (cf. Jo 3.18,36), haja vista o Hades ser um lugar de tormentos onde os
injustos aguardam a sentença definitiva (cf Lc 16.23).
Nenhuma alma salva em Cristo se encontra no Hades, mas no Paraíso (Lc 23.43; 2
Co 12.2-4).
Nesse caso, os mortos salvos durante o Milênio, como já vimos, ressuscitarão
antes do Juízo Final, mas não para comparecerem diante do Justo Juiz como réus (cf. Jo
5.22-29).

Podemos entender melhor a frase “a morte e o inferno foram lançados no lago de


fogo” (Ap 20.14). Isso denota que os corpos e as almas dos perdidos — que saíram do
lugar onde estavam e foram reunidos na “segunda ressurreição”, a da condenação (Jo
5.29b) —, depois de ouvirem a sentença do Justo Juiz, serão lançados no Inferno
propriamente dito, o Lago de Fogo.

Todo joelho se dobrará diante de Cristo.


No Juízo Final, todos estarão em pé ante o trono (Ap 20.12, ARA), mas haverão
de se prostrar diante do Justo Juiz para receber a sentença (Jo 5.22,23).
Todos aqueles que não quiseram se prostrar diante do Rei dos reis, antes da
Segunda Vinda, durante a Grande Tribulação e por ocasião do Milênio, estarão ali, onde
terá pleno cumprimento o que diz
Filipenses 2.10,11: “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão
nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o
Senhor, para a glória de Deus Pai”.

Grandes e pequenos serão julgados. Participarão do Juízo Final os mortos


considerados grandes e pequenos pelos homens (Ap 20.12), pois perante o Senhor não
valerão títulos e posições ostentados nesta vida. Os adjetivos “grande” e “pequeno”
estão relacionados a importância, prestígio e influência na Terra.
Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem e os homicidas, e os
idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.
Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e
aos fornicános, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será
no lago que arde com fogo e enxofre; 0 que é a segunda morte
36

No dia do Juízo Final serão abertos vários livros. Mas, que livros são estes? Estes
livros são uma representação do julgamento divino.
➢ Quanto aos livros abertos no último grande julgamento, o pastor Antônio
Gilberto afirmou:
Alguns desses livros devem ser:
✓ O livro da consciência (Rm 2.15; 9.I).
✓ O livro da natureza (Jó 12. 7-9; Sl 19.1-4; Rm 1.20).
✓ O livro da Lei (Rm 2.12; Is 34.16). Ora, a Lei revela 0 pecado (Rm 3.20).
✓ O livro do Evangelho (Jo 12.48; Rm 2.16).
✓ O livro da nossa memória (Lc 16.25: “Filho, lembra-te...”; Mc 9.44 — ai deve
ser uma alusão ao remorso constante no Inferno). (Ver 0 contexto: vv.44-48 e
Jeremias 17.1.)
✓ O livro dos atos dos homens (Ml 3.16; Mc 12.36; Lc 12.7; Ap 20.12).
✓ O livro da vida (Sl 69.28; Dn 12.1; Lc 10.20; Fp 4.3; Ap 20.12). É o registro de
todos os salvos, de todas as épocas (Dn 12.1; Ap 13.8; 21.27).

Segundo a Palavra de Deus, neles foram registradas todas as ações, boas e más,
praticadas por todos os seres humanos desde o início do mundo até o Dia do Julgamento
(Ap 20.11).
O julgamento de Deus terá como base os registros divinos que estão contidos ali.
Ninguém poderá dizer que foi julgado de maneira injusta, pois tudo estará
registrado com precisão.
É importante ressaltar que não seremos salvos pelas nossas obras, pois a salvação
é unicamente pela fé, pela graça divina.
Mas as nossas ações evidenciam a nossa conversão. Aqueles que já
experimentaram o novo nascimento, precisam demonstrar a nova vida em Cristo
mediante os seus frutos (ações).

Qual a sentença.
A Palavra de Deus afirma que todos os que não forem achados no Livro da Vida,
serão lançados no lago de fogo e vão experimentar a segunda morte. Estes estarão
eternamente separados de Deus.
Quão terrível juízo há para aqueles que não receberem pela fé a salvação.
A Igreja precisa anunciar a todos a mensagem do Evangelho, ganhando pessoas
para Jesus enquanto é tempo. Hoje é o tempo da oportunidade, o tempo da salvação.
Que sejamos como Noé que apregoou para sua geração o juízo do Senhor. Muitos
rejeitaram a mensagem de Noé, porém o dia da ira não tardou a chegar.

Como será o sofrimento no Inferno.


Alguns autores têm escrito livros com “divinas revelações” do Inferno, mas tudo o
que precisamos conhecer sobre o assunto está nas Escrituras.
E sabemos que não se trata de um lugar de sofrimentos físicos, como os que
conhecemos aqui, haja vista ter sido preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41),
seres espirituais.
Os nomes do Inferno, como vimos, revelam dão uma ideia de que será um lugar
de terríveis e eternos sofrimentos: “fogo eterno” (gr. pur to aionion); “tormento eterno”
(gr. kolasin aionion) e “lago de fogo” (gr. limnem tou puros).

Stanley Horton afirmou:


37

A Bíblia é muito cuidadosa em informar-nos que 0 destino final dos perdidos é


horrível; vai além da imaginação. Envolverá tribulação, angústia, choro e ranger de
dentes (Mt 22.13; 25.30; Rm 2.9f É uma fornalha de fogo (Mt 13.42,50), que resulta em
prejuízo e destruição eternas (2 Ts 1.9). O seu fogo é por natureza inextinguível (Mc
9.43), e a fumaça do seu tormento subirá para todo 0 sempre; não terão descanso (Ap
14. II; 20.10). E neste sentido que a Bíblia diz: “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus
vivo” (Hb 10.31).4

NOVO CÉU E NOVA TERRA

Após o Juízo Final, o Universo dará lugar a um novo Céu e uma nova Terra (2 Pe
3.13; Mt 5.5), na qual haverá uma Santa Cidade (Ap 21.1,2).
João viu que a Nova Jerusalém “descia do céu, adereçada como uma esposa para o
seu marido”.
Ouvir-se-á, então, uma grande voz, dizendo: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com
os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com
eles e será o seu Deus” (v.3).
Não haverá mais tristeza, pranto, dor e clamor. O Senhor limpará dos olhos toda
lágrima (Ap 21.4). Alguns têm perguntado: “Quer dizer então que no Céu ainda haverá
lágrimas?” Na verdade, a referência ao enxugamento das lágrimas denota que, no estado
glorioso em que os salvos se encontrarem, não experimentarão nenhuma tristeza ou dor.
Afinal, tudo isso decorre do pecado, que já estará definitivamente superado (Rm 5.12; Is
35.10; 65.19).

Por que gememos tanto hoje, como está escrito em Romanos 8.23 e 2 Coríntios
5.2? Porque ainda estamos numa vida de sofrimento, dor, injustiças... Mas, na
eternidade, só teremos motivo para louvar a Deus e ao Cordeiro, pois as primeiras
coisas já terão passado, e o Senhor dirá: “Eis que faço novas todas as coisas” (v.5).
Não haverá mais templo·, Sol\ Lua e noite (Ap 21.22,23; 22.5). O Templo da
Cidade será o Deus Todo- poderoso e o Cordeiro. Hoje, nós somos o templo de Deus (I
Co 3,16; 6.19). Na eternidade, Ele será o nosso Templo! A existência de algum astro
não fará sentido. O Universo de hoje não mais existirá. A glória de Deus, pois,
iluminará a Santa Cidade, e o Cordeiro será a sua lâmpada. Apesar de não haver mais os
luminares conhecidos hoje, não haverá noite; o Senhor Deus nos alumiará, e reinaremos
com Ele para todo o sempre.

O céu na eternidade será diferente daquele onde Deus agora habita. Na


consumação de todas as coisas, Deus renovará os céus e a terra, fundindo seu céu a um
novo universo e formando uma habitação perfeita que será o nosso lar eterno. Em outras
palavras, o céu irá expandir-se e englobar todo o universo da criação. Tudo será
transformado em um lugar perfeito e magnífico, adequado à glória do céu. O apóstolo
Pedro descreveu isto como a esperança de todos os remidos (2Pe 3.13).
Naturalmente, uma reforma cósmica radical sempre esteve nos planos de Deus.
Esta foi também a graciosa promessa que, por meio dos profetas do AT, Deus deu a seu
povo (Is 65.17-19).
Deus declara que transformará de tal forma o céu e a terra que hoje conhecemos,
que corresponderá a uma nova criação. Observe que, em um novo universo, a Nova
38

Jerusalém será o foco de todas as coisas. O novo céu e a nova terra serão tão
magníficos que tornarão os antigos insignificantes. No capítulo final da profecia de
Isaías, o Senhor promete que este novo céu e esta nova terra perdurarão para sempre,
juntamente com todos os santos de Deus (Is 66.22)”
(LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD,
2008, pp.111,12).

As Escrituras descrevem a Nova Jerusalém como a ‘Jerusalém que é de cima’


(Gl 4.26), ‘a cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial’ (Hb 12.22), e ‘a Santa Cidade’
que ‘de Deus descia do céu’ (Ap 21.2,10). O AT refere-se a ela como a habitação de
Deus. No NT, é também a morada celestial dos santos. As sagradas estruturas da
cidade celestial contribuíram para o projeto do Tabernáculo e do Templo na terra.
Quando descer como o ‘tabernáculo de Deus com os homens’ (Ap 21.3), será um
Templo tanto físico (Ap 21.12-21) como espiritual (Ap 21.22).
O AT representa a Jerusalém celestial como o ‘monte’ e o ‘santuário’ celestial.
Ezequiel refere-se ao ‘monte santo de Deus’ e a ‘santuários’ no céu (Ez 28.14,16).
Salmos 2 menciona ‘Aquele que habita nos céus’ e ‘o nome santo monte Sião’ (vv.4,5).
A primeira expressão diz respeito ao lugar no céu onde Deus está entronizado. A
segunda refere-se à Jerusalém terrestre, onde Deus dará o trono a seu Rei, após derrotar
as nações na batalha do Armagedom. Os salmos davídico também aludem a Deus em
sua ‘casa’ ou ‘templo’ (Sl 11.4), apesar de o Templo ter sido erguido somente após a
morte de Davi. Tais referências são, portanto, relativamente ao Templo celestial, como
vemos em um dos salmos de forma explícita: ‘O Senhor está no seu santo templo; o
trono do Senhor está nos céus’ (Sl 11.4)”
(LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD,
2008, p.328)

De acordo com Pr. Claudionor Corrêa de Andrade; localização da Nova


Jerusalém. Acha-se esta cidade muito além do espaço sideral, num lugar jamais
imaginado pela mente humana. Neste exato momento, enquanto ansiamos pela chegada
do Cordeiro, a Nova Jerusalém, lindamente ataviada, aguarda a chegada do Esposo que,
juntamente com a Igreja, adentrará os seus limites, levando os céus e a terra, conforme
cantamos no hino três da Harpa Cristã, a ser a mesma grei. É o que podemos adiantar,
por enquanto, acerca da localização da Nova Jerusalém. Quando lá estivermos; viremos
a conhecê-la detalhadamente.

“Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o
Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser
igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até
subordinar a si todas as coisas” Filipenses 3:20-21 ARA

O que são os Novos Céus e Nova Terra?


Muitas pessoas têm uma concepção errada de como realmente é o Céu.
Apocalipse (capítulos 21-22) nos dá uma descrição detalhada dos Novos Céus e Nova
Terra. Depois do fim dos tempos, os atuais Céus e Terra serão eliminados e substituídos
por Novos Céus e Nova Terra. O lugar de habitação eterna dos crentes será a Nova
Terra. A Nova Terra é o “Céu” onde passaremos a eternidade. É na Nova Terra, onde a
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Nova Jerusalém, a cidade celestial, se estabelecerá. É a Nova Terra o lugar onde haverá
portões de pérolas e ruas de ouro.

Céu – a Nova Terra – é o lugar físico onde habitaremos com corpos físicos glorificados
(veja I Coríntios 15:35-58). O conceito de que o Céu é “nas nuvens” não é bíblico. O
conceito de que seremos “espíritos flutuando pelo Céu” não é bíblico. O Céu onde os
crentes viverão será um novo e perfeito planeta no qual habitaremos. O Novo Céu será
livre de pecado, mal, enfermidade, sofrimento e morte. Será provavelmente muito
parecido com nossa Terra atual, ou talvez até uma recriação de nossa terra atual – mas
sem a maldição do pecado.
E quanto aos Novos Céus? É importante lembrar que na mente antiga “céus” se referia
aos céus e espaço sideral, como também à esfera na qual Deus habita. Então, quando
Apocalipse 21:1 se refere aos Novos Céus, está provavelmente indicando que todo o
universo será criado, uma Nova Terra, novos céus, um novo espaço sideral. Parece que
o “Céu” de Deus será recriado também, para que seja dado um “novo começo” a tudo
no universo, seja físico ou espiritual. Teremos acesso aos Novos Céus na eternidade?
Possivelmente... mas teremos que esperar para descobrir! Que possamos permitir que a
Palavra de Deus molde nosso entendimento sobre o Céu!

O que é a Nova Jerusalém?


A Nova Jerusalém, que também é chamada de Tabernáculo de Deus, Cidade
Santa, Cidade de Deus, Cidade Celestial, Cidade Quadrangular e Jerusalém Celestial, é
literalmente o paraíso na terra. É mencionada na Bíblia em vários lugares (Gálatas 4:26;
Hebreus 11:10; 12:22-24; 13:14), mas é mais amplamente descrita em Apocalipse 21.
Em Apocalipse 21, a história registrada da humanidade está no fim. Todas as eras
vieram e se foram. Cristo reuniu a Sua igreja no arrebatamento (1 Tessalonicenses 4:15-
17). A tribulação já passou (Apocalipse 6—18). A batalha do Armagedom tem sido
travada e vencida pelo nosso Senhor Jesus Cristo (Apocalipse 19:17–21). Satanás foi
acorrentado pelo reinado de 1.000 anos de Cristo na Terra (Apocalipse 20:1–3). Um
novo e glorioso templo foi estabelecido em Jerusalém (Ezequiel 40-48). A rebelião final
contra Deus foi revogada, e Satanás recebeu o seu justo castigo, uma eternidade no lago
de fogo (Apocalipse 20:7-10). O Julgamento do Grande Trono Branco já ocorreu, e a
humanidade tem sido julgada (Apocalipse 20:11-15).
Em Apocalipse 21:1, Deus faz uma completa reforma do céu e da terra (Isaías
65:17; 2 Pedro 3:12-13). O novo céu e a nova terra são o que alguns chamam de “estado
eterno” e serão onde “habita a justiça” (2 Pedro 3:13). Depois da recriação, Deus revela
a Nova Jerusalém. João vê um vislumbre disso em sua visão: “Vi também a cidade
santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva
adornada para o seu esposo” (Apocalipse 21:2). Esta é a cidade que Abraão buscou com
fé (Hebreus 11:10). É o lugar onde Deus habitará com o Seu povo para sempre
(Apocalipse 21:3). Os habitantes desta cidade celestial terão todas as lágrimas
enxugadas (Apocalipse 21:4).
A Nova Jerusalém será fantasticamente enorme. João registra que a cidade tem
quase 1.400 milhas de comprimento e é tão larga e tão alta quanto é longa - um cubo
perfeito (Apocalipse 21:15-17). A cidade também será deslumbrante em todos os
sentidos. É iluminada pela glória de Deus (Apocalipse 21:23). Seus doze fundamentos,
com os nomes dos doze apóstolos, são “adornados de toda espécie de pedras preciosas”
(Apocalipse 21:19–20). Tem doze portões, cada um deles uma única pérola, com os
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nomes das doze tribos de Israel (Apocalipse 21:12, 21). A rua será feita de ouro puro
(Apocalipse 21:21).
A Nova Jerusalém será um lugar de bênção inimaginável. A maldição da velha
terra terá desaparecido (Apocalipse 22:3). Na cidade estão a árvore da vida “para a cura
dos povos” e o rio da vida (Apocalipse 22:1–2). É o lugar de que Paulo falou: "para
mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para
conosco, em Cristo Jesus" (Efésios 2:7). A Nova Jerusalém é o cumprimento final de
todas as promessas de Deus. A Nova Jerusalém é a bondade de Deus totalmente
manifestada.
Quem são os moradores da Nova Jerusalém? O Senhor e o Cordeiro estão lá
(Apocalipse 21:22). Anjos estão nos portões (Apocalipse 21:12), mas a cidade será
preenchida com os filhos redimidos de Deus. A Nova Jerusalém é o justo oposto da
Babilônia maligna (Apocalipse 17), destruída pelo julgamento de Deus (Apocalipse 18).
Os ímpios tinham a sua cidade, e Deus a Sua. A qual cidade você pertence? Babilônia, a
Grande, ou à Nova Jerusalém? Se você acredita que Jesus, o Filho de Deus, morreu e
ressuscitou e então pediu a Ele para salvá-lo por Sua graça, então você é um cidadão da
Nova Jerusalém. "e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares
celestiais em Cristo Jesus" (Efésios 2:6). Você tem “uma herança incorruptível, sem
mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros” (1 Pedro 1:4). Se você ainda
não confiou em Cristo como seu Salvador, então pedimos que o receba. O convite está
valendo: “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que
tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida” (Apocalipse 22:17).

Vamos comer comida no céu?


Muitas pessoas perguntam se comeremos comida no céu porque comer não é
apenas necessário para permanecer vivo, mas também é muito agradável! Já que comer
é agradável, muitas pessoas concluem que o que é agradável na terra (sexo,
relacionamentos familiares, etc.) estará naturalmente presente no céu. Embora a Bíblia
não nos dê uma resposta detalhada à questão de comer no céu, algumas observações das
Escrituras são necessárias.
É interessante notar que quando o Senhor Jesus celebrou a Páscoa com Seus
discípulos pouco antes da Sua crucificação, Ele Se referiu a comer e beber no reino.
“Em verdade vos digo que jamais beberei do fruto da videira, até àquele dia em que o
hei de beber, novo, no reino de Deus” (Marcos 14:25). O reino milenar terreno
certamente está em vista aqui, e nesse reino todos os que são Seus seguidores já terão
recebido seus corpos ressurretos. Com base nesta declaração, parece que nós, em nossos
corpos glorificados, comeremos e beberemos no reino milenar. Mas e no reino celestial?
Quando o apóstolo João recebeu uma visão da Nova Jerusalém, foi-lhe mostrado “o rio
da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. No
meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz
doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos
povos. Nunca mais haverá qualquer maldição…” (Apocalipse 22:1-3). O texto não diz
se realmente comeremos o fruto da árvore da vida, mas isso é certamente possível.
Se vamos comer no céu, não sabemos ao certo o que o cardápio celestial possa
conter, embora tenha sido sugerido que talvez a nossa dieta seja como a de Adão e Eva
no paraíso antes da queda. “E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas
que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há
fruto que dê semente; isso vos será para mantimento” (Gênesis 1:29).
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No final, não sabemos se, ou o que, vamos comer no céu. Os crentes apenas
“conhecem em parte” (1 Coríntios 13:9). As alegrias de estar para sempre com o nosso
Salvador, que é o Pão da Vida, estão além de nossas limitadas habilidades de
compreensão, pois “ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que,
quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como
ele é. E a si mesmo se purifica tudo o que nele tem esta esperança, assim como ele é
puro” (1 João 3:2-3).
https://www.gotquestions.org/Portugues/comida-no-ceu.html
Haverá lágrimas no céu?
A Bíblia nunca menciona especificamente lágrimas no céu. Jesus fala da alegria
que ocorre no céu quando um pecador se arrepende (Lucas 15:7, 10). A Bíblia diz que,
mesmo agora, aqueles que creem em Jesus Cristo exultam “com alegria indizível e cheia
de glória” (1 Pedro 1:8) – se nossas vidas terrenas são tão caracterizadas pela alegria,
como deve ser o céu? Certamente, o céu será um lugar muito mais alegre. Em contraste,
Jesus descreveu o inferno como um lugar de choro e “ranger de dentes” (Lucas 13:28).
Sendo assim, depois de uma olhada superficial nas Escrituras, parece que as lágrimas
farão parte do domínio do inferno, e o céu estará livre de lágrimas.
A promessa de Deus sempre foi de tirar a tristeza do Seu povo e substituí-la por
alegria. “Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã” (Salmo 30:5).
E “os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão” (Salmo 126:5). Como em tudo
mais, Jesus é o nosso modelo nisso. Nosso Senhor é “o Autor e Consumador da fé,
Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo
caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hebreus 12:2). O choro
de Jesus deu lugar à alegria antecipada.
Está chegando um tempo em que Deus removerá todas as lágrimas dos Seus
redimidos. “Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas
de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o Senhor
falou” (Isaías 25:8). O apóstolo João cita a profecia de Isaías ao registrar sua visão do
céu em Apocalipse 7:17. No final dos tempos, Deus cumpre a Sua promessa: “E lhes
enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem
pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apocalipse 21:4). O
interessante é o momento deste evento: acontece após o julgamento do Grande Trono
Branco (Apocalipse 20:11-15) e após a criação dos novos céus e nova terra (Apocalipse
21:1).
Considere isto: se Deus enxuga toda lágrima após a nova criação, isso significa
que as lágrimas ainda podem ser possíveis até aquele ponto. É concebível, embora não
certo, que haja lágrimas no céu até a nova criação acontecer. Lágrimas no céu parecem
fora de lugar, mas aqui estão algumas vezes em que podemos especular que as lágrimas
possam cair, mesmo no céu:
1) No Tribunal de Cristo. Os crentes enfrentarão um tempo em que “a obra de
cada um” será testada (1 Coríntios 3:13). Aquele cujas obras são “madeira, feno, palha...
sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”
(versículos 12 e 15). Sofrer a perda de uma recompensa certamente será um momento
triste – será que esse poderia ser um momento de lágrimas no céu, ao percebermos o
quanto mais poderíamos ter honrado o Senhor? Talvez.
2) Durante a tribulação. Depois que o quinto selo é quebrado, a perseguição aos
crentes durante a tribulação se intensifica. Muitos são mortos pela besta ou Anticristo.
Esses mártires são retratados em Apocalipse 6 como estando debaixo do altar no céu,
esperando que o Senhor decretasse vingança: “Clamaram em grande voz, dizendo: Até
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quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue
dos que habitam sobre a terra?” (versículo 10). Essas almas estão no céu, mas ainda se
lembram da ocasião de sua morte e buscam justiça. Esses indivíduos poderiam estar
derramando lágrimas enquanto mantêm vigília? Talvez.
3) Na condenação eterna dos entes queridos. Supondo que as pessoas no céu
tenham algum conhecimento do que acontece na Terra, é possível que saibamos quando
um ente querido rejeita a Cristo e passa para uma eternidade sem Deus. Este seria um
conhecimento angustiante, naturalmente. Durante o Julgamento do Grande Trono
Branco, será que aqueles no céu poderão ver esses procedimentos e, em caso afirmativo,
derramarão lágrimas devido aos que estão condenados? Talvez.
Mais uma vez, temos especulado. Não há menção bíblica de lágrimas no céu. O
céu será um lugar de conforto, descanso, comunhão, glória, louvor e alegria. Se houver
lágrimas, pelas razões listadas acima, todas serão enxugadas no estado eterno.
“Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus” (Isaías 40:1). E "aquele que está
assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas" (Apocalipse 21:5).
https://www.gotquestions.org/Portugues/lagrimas-no-ceu.html

Poderemos ver e reconhecer nossos amigos e familiares no Céu?


Muitas pessoas dizem que a primeira coisa que querem fazer quando chegarem ao Céu é
ver todos os seus amigos e entes queridos que já faleceram antes delas. Na eternidade,
haverá tempo de sobra para ver, conhecer e estar na companhia dos nossos amigos e
familiares. No entanto, esse não será o nosso foco principal porque estaremos muito
mais ocupados em adorar a Deus e desfrutar das maravilhas do Céu. Nossas reuniões
com entes queridos provavelmente consistirão de recontar a graça e a glória de Deus em
nossas vidas, o Seu maravilhoso amor e os Seus milagres. Alegraremo-nos ainda mais
porque poderemos louvar e adorar o Senhor na companhia de outros crentes,
especialmente aqueles que amamos na terra.
O que a Bíblia diz a respeito de podermos ou não reconhecer outras pessoas depois de
morrermos? Quando a pequena criança de Davi morreu, ele declarou: "Eu irei para ela,
porém ela não voltará para mim" (2 Samuel 12:23). Davi supôs que seria capaz de
reconhecer o seu filho no Céu apesar de ele ter morrido como um bebê. Em Lucas
16:19-31, Abraão, Lázaro e o homem rico eram todos reconhecíveis após a morte. Na
transfiguração, Moisés e Elias foram reconhecidos (Mateus 17:3-4). Com esses
exemplos, a Bíblia parece indicar que poderemos ser reconhecidos depois da morte.
A Bíblia declara que quando chegarmos no Céu, "seremos semelhantes a ele; porque
assim como é, o veremos" (1 João 3:2). Assim como nossos corpos terrenos eram do
primeiro homem, Adão, assim também nossos corpos ressuscitados serão como o de
Cristo (1 Coríntios 15:47). "E, assim como trouxemos a imagem do terreno, traremos
também a imagem do celestial. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista
da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade" (1 Coríntios
15:49, 53). Muitas pessoas reconheceram Jesus depois da ressurreição (João 20:16, 20;
21:12, 1 Coríntios 15:4-7). Se Jesus era reconhecível em seu corpo glorificado, também
seremos reconhecíveis em nossos corpos glorificados. Ser capaz de ver os nossos entes
queridos é um aspecto glorioso do Céu, mas o Céu é muito mais sobre Deus e muito
menos sobre nós. Que prazer será estarmos reunidos com os nossos entes queridos e
adorar a Deus com eles por toda a eternidade.
https://www.gotquestions.org/Portugues/conhecer-familia-ceu.html
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O que vamos fazer no Céu?

Em Lucas 23:43, Jesus declarou: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no
paraíso." A palavra que Jesus usou para "paraíso" é paradeisos, que significa "um
parque, ou seja, (especificamente) um Éden (local de felicidade futura,
paraíso)". Paradeisos é a palavra grega tirada das palavra hebraica pardes, que significa
"um parque, floresta, pomar" (Concordância Strong). Jesus disse: "Hoje estarás
comigo “en paradeisos’’, não "en nephele", que é a palavra grega para "nas nuvens." A
questão é que Jesus escolheu e usou a palavra para "um parque." Não qualquer parque,
mas "o paraíso de Deus" ou parque de Deus (Apocalipse 2:7), o qual para nós será um
lugar de felicidade futura. Isso soa como um lugar chato? Ao pensar em um parque,
você pensa em tédio?

Jesus disse: "Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto" (Mateus 4:10). É
interessante notar que Jesus não disse "louvar e servir." Até mesmo o exame mais breve
da palavra louvor na Bíblia rapidamente mostra que é uma coisa verbal e é, em grande
parte, cantar. Adorar, no entanto, vem do coração e se manifesta em glorificação. Servir
a Deus é adoração, e as Escrituras deixam claro que vamos servir a Deus no céu. "Os
seus servos o servirão" (Apocalipse 22:3).

Somos incapazes de servir plenamente a Deus nesta vida por causa do pecado, mas no
céu "nunca mais haverá qualquer maldição" (Apocalipse 22:3). Não mais estaremos sob
a maldição do pecado, então tudo o que fizermos será adoração no céu. Nunca seremos
motivados por outra coisa senão o nosso amor por Deus. Faremos tudo por causa desse
amor ao Senhor, e não mais seremos contaminados por nossa natureza pecaminosa.

Então, o que vamos fazer no céu? Uma coisa que faremos é aprender. "Quem, pois,
conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?" (Romanos 11:34), “em
quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos" (Colossenses
2:3). Deus é o "Alto, o Sublime, que habita a eternidade" (Isaías 57:15). Deus é maior
do que a eternidade, e levará a eternidade para "compreender, com todos os santos, qual
é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo"
(Efésios 3:18-19). Em outras palavras, nunca pararemos de aprender.

A Palavra de Deus diz que não estaremos no Seu paraíso sozinho. "...então, conhecerei
como também sou conhecido" (1 Coríntios 13:12). Isto parece indicar que não só iremos
reconhecer nossos amigos e familiares, mas vamos conhecê-los de "forma plena". Em
outras palavras, não há necessidade para segredos nos céus. Não há nada para se
envergonhar. Não há nada a esconder. Nós teremos a eternidade para interagir com
"grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e
línguas" (Apocalipse 7:9). Não é de admirar que o céu será um lugar de aprendizado
infinito. Conhecer todos plenamente vai levar toda a eternidade!

Qualquer outra expectativa sobre o que faremos no parque eterno de Deus, o céu, será
muito ultrapassada quando "dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos
de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do
mundo" (Mateus 25:34). Qualquer que seja a nossa atividade no céu, podemos ter
certeza de que será mais maravilhosa que a nossa imaginação!
https://www.gotquestions.org/Portugues/conhecer-familia-ceu.html
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REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
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e suas implicações Bíblicas e doutrinárias. 2ª ed. Rio de Janeiro RJ: CPAD, 2002.
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