Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO
Durante muitos séculos o ensino nessa área não passou do trato reverente, senão
abstrato, de mais um dogma da Igreja. Com o advento, porém, do movimento
carismático que vem envolvendo o mundo inteiro a partir do início do século XX, a
doutrina do Espírito Santo vem se tornando algo desafiante e experimental. Tal
fenômeno, com efeito, tem sido como “água sobre o sedento e torrentes sobre a terra
seca”, Is. 44.3. Em termos de Brasil, como afirmou certo sociólogo na década de 70,
“neste país só existem duas forças conflitantes que merecem destaque: o Espiritismo e o
Pentecostalismo. ”
As denominações históricas que tanto enfatizam a pessoa de Cristo, de fato ainda se
encontram polarizada em duas crenças que determinam sua vida prática: a fé no Cristo
histórico (que veio ao mundo, morreu na cruz, ressuscitou ao terceiro dia e foi assunto ao
céu) e a fé no Cristo escatológico (que um dia virá outra vez). Qual é, pois, o lugar do
Cristo atual, do aqui e do agora? Não afirmou Ele que estaria conosco todos os dias até a
consumação dos séculos?
Não podemos compreender o Cristo do presente senão através do ministério distinto do
Paracleto divino. Ou a igreja assume a pessoa e obra do Espírito como algo decisivo para
sua vida e trabalho, ou sua fé será mais reduzida a uma abstração impotente para lidar
com os poderes do abismo que já estão aí para as sortidas finais. Estudar Pneumatologia
agora significa lançar mão da chave que abrirá os demais compartimentos da fé
evangélica e do próprio reino de Deus. O mundo inteiro encontra-se sob um cerco
espiritual. Estudamos, pois, este assunto com coração sincero, desejoso de experimentar
a operação do Espírito Santo em nossas vidas. Amém.
Não se trata de sujeição no sentido de que Ele seja inferior na hierarquia da Deidade; o
que vemos bem claro é um relacionamento de amor com vistas à execução de um
propósito eterno.
• O Espírito Santo é enviado pelo Pai e pelo Filho, Jo. 14.26; 15.26.
• O Espírito Santo não fala nada de Si mesmo, senão daquilo que tiver ouvido, Jo.
16.13
• O Espírito Santo não busca glorificar-se a Si mesmo, senão ao Filho, Jo. 16.14
O Espírito
Esse termo significa basicamente: fôlego ou vento. Acompanhemos Torrey em seu
comentário. O pleno significado do nome conferido ao Espírito Santo pode ficar além do
que nos é possível alcançar, não o que segue parece esclarecer muito:
Que o Espírito é a expiração de Deus, sua vida exalando para vivificar – possivelmente
deveríamos notar o fato de que o fôlego é, com efeito, o princípio vital e alguém já
2
pensou que o Espírito é, portanto, a mais íntima vida de Deus. Que o Espírito como o
vento é:
• Soberano – “Sopra onde quer” Jo. 3.8; 1ª Cor. 12.11
• Audível – “Ouve a sua voz” Jo. 3.
• Impenetrável – “Mas não sabes do onde vem, nem para onde vai”
• Indispensável – “Se alguém não nascer da água e do Espírito Santo não pode
entrar no reino de Deus”
• Doador da vida – “Profetizei como Ele me ordenara, e o espírito entrou nele e
viveram e se puseram de pé, um exército sobremodo numeroso”, Ez. 37.10
• Irresistível – “e não podiam sobrepor-se à sabedoria e ao Espírito com que ele
falava. ” At. 6.10
HABITANDO NO MEIO DOS FILHOS DE ISRAEL Se por um lado o Espírito agia de modo
especial em certas ocasiões na vida de algumas pessoas (Jz. 15.14); 1º Rs. 18.12: 2º
5
Rs.2.9-12; por outro, sua presença era constante na companhia de todos os israelitas, Ne.
9.20-30; Is. 63.10; 59.19; Ag. 2.5; Zc. 4.6.
O Antigo Testamento fala muito claramente do Espírito e da sua obra no passado, no
presente e no futuro, isto é, na criação, na Velha Aliança e na Nova Aliança. O Espírito dá
vida, produz milagres, age nos corações dos homens, usa-os como seus instrumentos;
numa palavra: nada se passa sem Ele, e todas as coisas se realizam por sua intervenção.
Do exame dos textos citados neste estudo concluímos que desde as primeiras palavras do
Gênesis são encontradas referências ao Espírito Santo. Seu trabalho foi muito ativo
desde o princípio da Criação. Limitou-se, porém, a determinadas pessoas, em certos
lugares, para tarefas definidas. Por isso, não se manifestou de modo generalizado.
Escolheu uns poucos indivíduos e agiu por intermédio deles, durante o tempo que julgou
necessário.
À proporção que se vai chegando ao final do Antigo Testamento, nota-se mais acentuada
a operação do Espírito Santo, acentuando-se também as qualidades espirituais de suas
manifestações. Foi o que vimos na mensagem dos profetas, que compreenderam, com
mais clareza, o plano de Deus para a redenção do mundo. Era como que uma preparação
para a atividade intensa do Espírito Santo, que haveria de surgir no Novo Testamento.
Chegava ao fim do antigo concerto; as sombras dos bens vindouros cediam lugar à
imagem real, Hb. 10.1; o grande momento de remover o primeiro e estabelecer o
segundo avizinhava-se, Hb. 10.9. Eis porque o Espírito Santo, desde o ventre materno, já
vinda influenciando a vida do Precursor do Messias. O apagar das luzes da antiga aliança
e o alvorecer da nova era consubstanciada pelo ministério da “voz que clamava no
deserto”. Sua vivência com a pessoa e obra do Espírito, fê-lo declarar que “Deus não dá o
seu Espírito por medida”. Jo. 3.34
Jesus esteve relacionado com o Espírito Santo não só na eternidade, mas, também
durante toda a sua passagem por este mundo. Com efeito, Jesus é o exemplo máximo de
uma pessoa que viveu e andou no espírito.
• Concebido – Esvaziando de sua glória e reduzido a uma semente, o Logus divino foi
pelo Espírito Santo. Inseminado sobrenaturalmente no ventre de Maria, Lc. 1.35. A visita
a Isabel, resultou num culto carismático, em que o Espírito Santo catalisando a disposição
espiritual de ambas, levou a anfitriã a profetizar: “Bendita és tu entre as mulheres e
bendito é o fruto do teu ventre”, e a visitante a proferir o “Magnificat”. Lc. 1.42-55
• Ungido - Ao que tudo indica, a vida de Jesus até aos 30 anos foi tão ordinária
quanto à de qualquer israelita em que não havia dolo, Lc. 2.40-51. Tanto Messias no
hebraico como Cristo no grego são traduzido por ungido. A semelhança dos sacerdotes,
profetas e reis de Israel que eram ungidos antes de desempenharem suas respectivas
funções, Jesus também foi poderosamente ungido. E tal modo que ainda acrescenta
“como a nenhum dos seus companheiros”, Hb. 1.9. Batizado nas águas, enquanto orava,
o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea como de uma
pomba; e ouviu uma voz do céu: ” tu és meu Filho amado, em ti me comprazo. ” 3.22; Is.
11.2; 61.1; At. 10.38
• Controlando seu ministério – O Senhor Jesus Cristo foi, sem dúvida, o exemplo
máximo de uma vida sob o controle do Espírito Santo. Logo em seguida aos
acontecimentos junto ao Jordão, Jesus é dirigido pelo Espírito Santo ao deserto, para seu
primeiro confronto com o Diabo. O desdobramento daquela batalha espiritual, relatado
em Mt. 4.4-11 faz-nos entrever o grau de acuidade em todas as reações do Senhor às
investidas do maligno. E, diga-se de passagem, que a vitória ali alcançada não pode ser
debitada na conta das suas prerrogativas divinas, pois, durante todo o seu ministério o
Senhor viveu na estrita dependência do poder do Espírito como homem apenas.
Pelo mesmo efeito ele regressou ao convívio como as massas humana, Lc. 4.14. E o poder
estava com Ele para curar, Lc. 5. 17 e realizar as obras de Deus. Pedro, mais tarde, faria a
7
seguinte alusão: “Vós conheceis a palavra que se divulgou por toda a Judéia, começando
desde a Galileia, depois do Batismo que João pregou, como Deus ungiu a Jesus de Nazaré
com o Espírito Santo e poder o qual andou por todas as partes fazendo o bem e curando
a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele. ” At. 10.38
• Animando-o para a crucificação - Citando um escritor anônimo escreveu G.
Raymond Carison: “Seu espírito humano estava tão penetrado e elevado pelo Espírito de
Deus, que Ele viveu estado de eternidade e indivisibilidade, e foi capaz de suportar a cruz,
desprezando a vergonha”. (Dinâmica Espiritual). O texto sagrado diz que Jesus “pelo
Espírito Eterno ofereceu-se a si mesmo imaculado a Deus”. Hb. 9.14. O Senhor fora
longamente preparado para àquela hora inominável, quando teve de andar “com trevas
sem nenhuma luz”. Is. 50.10, em virtude do desamparo do Pai. A propósito, doutrina
Mayer Pearlman: “O Espírito manteve diante dEle as exigências inflexíveis de Deus e o
inflamou de amor para com o homem e zelo para com Deus, para prosseguir, apesar dos
impedimentos, da dor e das dificuldades, para efetuar a redenção do mundo. ”
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, pg. 298).
• Agente da Ressurreição - Alguns teólogos acham, que o Espírito assistiu o Senhor
ao longo dos três dias no túmulo; e apontam para 1ª Pe. 3.18 “...morto sim na carne, mas
vivificado em espírito no qual também foi e pregou aos espíritos em “prisão”. “Assim, o
Espírito esteve com Ele mesmo no pior instante, quando abandonado por Deus, Ele
penetrou sozinho nas trevas da ira, sorvendo as últimas gotas da ira que merecíamos.
Abandonado pelo Espírito ou não naquele intervalo, ao terceiro dia, cumprido o desígnio
do Pai, este o ressuscitou, mediante o poder do Espírito Santo. “Se habita em vós o
Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos...” Rm. 8.11; Paulo ainda
insiste na importância da nossa união e identificação com Cristo em Deus sofrimentos e
morte para conhecer “o poder da sua ressurreição. Fp. 3.9.11. O poder do Espírito para
ressurreição já fora identificado pelos profetas na antiguidade, Is. 26.19; Ez. 37.12,13.
Pelo Espírito Santo, Cristo tornou-se “as primícias do que dormem”, 1ª Cor. 15.20. Ainda
em Rm. 6.4, o Espírito Santo é identificado como “a glória do Pai”, em conexão com a
ressurreição de Jesus. “Fomos, pois, sepultados com Ele na morte pelo batismo; para que
como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós em
novidade de vida”. Amém.
• Prerrogativa da Exaltação - Vitorioso sobre os poderes do caos do pecado e do
diabo; e “depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos
apóstolos que acolhera, foi elevado às alturas, At. 1.2. As palavras dos Sl. 24.7,10 e 45.3-4
talvez sejam as que melhor descrevem a grandeza e excelcitude da parada de vitória do
nosso Herói Celestial. “Levantai, ó portas, as vossas cabeças, levantai-vos, ó portais
eternos, para que entre o Rei da Glória” ... “Cinge a espada no teu flanco, herói, cinge a
tua glória e a tua majestade”. Chegara finalmente o instante da exaltação
indescritivelmente gloriosa do Senhor Jesus Cristo e o momento de assumir plenas
prerrogativas para liberar a Promessa do Pai. “Exaltado, pois, a destra de Deus, tendo
recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis”. At. 2.33.
9
• Consolando-os – É pela agência do Espírito que os crentes podem suportar as
injustiças, Hb. 10.32-35; as provações e sofrimentos diversos, 1ª Pe. 4.14. Sabendo destas
vicissitudes porque passaríamos foi que o Senhor indicou este aspecto do ministério do
Espírito, Jo. 14.26; 15.26. E Lucas dá testemunho de sua obra, na vida da igreja primitiva,
At. 9.31. A experiência da consolação habilita-nos consolar outros que se encontram em
apuro, 2ª Cor. 1.3-5.
• Santificando-os – Reiteramos vezes tanto o Pai como o Filho são chamados Santos.
O próprio Espírito é chamado Santo também primeiro porque Ele é Santo; segundo
porque Ele santifica os crentes para se assemelharem com o Senhor, ocupa a maior parte
do conteúdo das Epístolas apostólicas. É pelo Espírito que “somos transformados de
glória em glória” na imagem do Senhor, 2ª Cor. 3.18
• Revestindo-os para testemunharem de Cristo – Visto que, no capítulo relativo ao
batismo no Espírito Santo, estudaremos este assunto mais pormenorizadamente, por
enquanto ficamos apenas com a citação de At. 1.8: “Mas recebereis poder ao descer
sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em
toda Judéia e Samaria e até os confins da terra.
• Agindo na vida dos ministros do Evangelho – mencionaremos apenas os atos e
diretivas do Espírito Santo no exercício do ministério cristão.
Vocacionando e constituindo obreiros, At. 20.28
Instruindo-os, At. 1.2
Capacitando-os, At. 1.8
Separando-os, At. 13.1-3
Emitindo pareces doutrinários, At. 15.28- 29
Orientando-os na obra missionária, At. 16.6-10
Preparando-os para o martírio, At. 7.55
Nota: Cremos que foi levando em conta a multiforme e efetiva agência do Espírito no
âmbito da Nova Aliança que Paulo e ela se refere como “ministério do Espírito”. 2ª Cor.
3.8. Amém.
12
• São os meios divinos pelo quais a igreja manifesta os poderes sobrenaturais do
Evangelho, Mc. 16.15-18;
• São partes da herança dos santos na luz, Cl. 1. 2:
• São sinais de implantação do Reino de Deus, Hb. 2.4; Mt. 12.28;
• São bênçãos características do Evangelho nos tempos apostólicos. Ver “Ministério
do Espírito”, 2a Cor. 3.8
• São manifestações da “tão grande salvação”, Hb. 2.3,4; Jo. 16.14;
• No entanto (os dons) são alcançados por pessoas que não podem ser chamadas
mais perfeitas ou santas que as outras;
• São manifestações do poder de Deus e não manifestações de santidade
Nota:
Entretanto o enfermo é trazido para os cultos, os presbíteros devem orar com imposição
de mãos ungindo-os com óleo, Tg. 5.14-15. Também à distância, Jo. 4.46-52; Mt. 8.
16.1.1 – O dom da fé – Nas Escrituras podemos encontrar pelo menos quatro tipos de fé,
e além dessas também existe a fé natural.
16.2 – Tipos de fé
15
• Desafio – Se o Senhor afirma ser possível realizar maiores obras, Jo.14.12 devemos
clamar a Ele pelo dom espiritual da fé. Os desafios são imensos. Comecemos da operação
deste dom. Busquemo-Lo e o Senhor será glorificado.
17 – OPERAÇÕES DE MILAGRES
Ao passo que os dons de curar se relacionam a caso de enfermidade das pessoas, animais
e plantas, as operações de milagres abrangem outras áreas da vida. Exemplos Bíblicos.
17.1 – Antigo Testamento
A divisão do Mar Vermelho, Gn. 14.21-27
A parada do sol e da lua, Js. 10.12-14
A multiplicação do azeite e da farinha da viúva de Serepta, 1º Rs. 17.8-16
A mudança de horário; 10 graus no relógio de Ezequias, 2º Rs. 20.8-11
• Problemas em torno dos que profetizam – O dom de Profecia não deve ser
exercido com o objetivo de doutrinar a igreja. Isso compete aos mestres e doutores (At.
13.10)... Se uma profecia este destruindo, dividindo, secionando, causando confusão e
celeuma, é contrária ao propósito de Deus. (Rosivaldo – idem)
Quando um crente é usado com o dom da profecia e serve-se dela para exercer domínio
sobre o pastor ou sobre o ministério, já se afastou muito da vontade de Jesus, Jo.5.31.
Quando os crentes se reúnem em torno de um ou dois que tem o Dom de profetizar,
surgem muitas vezes fanatismo e escândalo que prejudicam a igreja, os crentes e a
reputação dos dons espirituais. ”
“Pode ser que alguém ainda seja criança na fé, (1ª Cor.14.20), ou que não entendeu bem
as palavras de Deus ou que estejam em condição espiritual adequada para transmitir uma
mensagem divina. Ou ainda que omita ou acrescente à mensagem profética...”
• Captando a mensagem – “A Mensagem de Deus” pode chegar ao cristão:
• Dons e Ministério – Examinando bem, verificaremos que Paulo faz uma distinção
clara quanto ao dom de profetizar e quanto ao ministério de profeta. Ver 1ª Cor. 14.1, 5,
24. “Porque todos podereis profetizar, um após outro ...At. 21.8. Cumprindo Jl. 2.28-31.
Ver ainda Nm.11.28-29. No Novo Testamento o dom de profetizar ficou ao alcance de
todos. Mas tanto o Antigo Testamento como o Novo Testamento apresentam o ofício ou
ministério de profeta. “No Antigo Testamento houve homens que foram movidos por
Deus para profetizar. Estes profetas foram escolhidos por Deus par falar Sua Palavra ao
povo e geralmente ministravam os dons de profecia e conhecimento combinados e
muitas vezes operavam outros “Atos poderosos” pelo poder de Deus. ” Aquelas profecias
eram condicionadas ou incondicionais, Is. 1.19; Jn. 3.4 e Is. 9.6; Dt. 18.15.
• “Os profetas desse tipo duraram até João ... apontavam o futuro ao povo, a
plenitude dos tempos e preparavam a nação para receber o Messias que haveria de
trazer a plenitude da Revelação. ” No Novo Testamento observamos situações com as de
At. 13.1-2. Ágabo At. 21.10,11; 15.32 e a Paulo ensina a doutrina que os profetas estão
em segundo lugar, 1ª Co. 12.28; Ef. 4.11, 2.20. A diferença entre o dom e o ministério
aparece em 1ª Cor. 14.20. “Tratando-se dos profetas, falem apenas dois ...”
• Discernimento de Espírito – “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; “Provai
os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo
18
afora, 1ª Jo.4.1-3. “Pelo Dom do discernimento de espíritos o crente é capacitado a saber
imediatamente o que está motivando uma pessoa ou situação. ” (O Espírito Santo e Você,
pág. 181). Mediante este dom, podemos discernir se algo vem das trevas, (Mt. 16.22, 23)
se vem do próprio homem (2º Sm. 7.4- 17). Enfim a procedência da obra. “Não há mente
humana que não esteja sujeita as insinuações malignas, por mais bem-intencionadas que
seja. ” O sentimento da presença do Espírito Santo traz alegria, amor e paz; o
discernimento do espírito do erro traz um sentimento de peso e inquietação.
• É como um radar espiritual
20
conseguia expressar nada em português... então o Espírito me disse: fale em línguas. Ali
esteve longo tempo intercedendo em outras línguas.
• Para ligar na terra o que foi ligado no céu – Deus espera que sejamos um povo que
ore, porque é mediante nossas orações que Ele escolhe operar no mundo hoje. Orações
poderosas e inspiradas pelo Espírito realizam milagres. (Idem Grupos Familiares)
• Como receber e exercer o dom – Como os demais, este Dom espiritual não é
apenas uma novidade, é também algo de caráter sobrenatural. Daí a dificuldade que as
pessoas têm de recebê- lo ou exercê-lo. Paulo diz que nossa “mente fica infrutífera”
(14.14) isto é, não pode compreender nem interpretar. O dom escapa aos limites do
raciocínio ou da lógica. Uma frase em língua estranha não pode ser submetida à análise
léxica ou sintática. Ou não deve ser escrita. (Nunca vi um servo de Deus registrar tais
articulações sonoras em seus escritos). Entretanto podemos falar.
• Como iniciar – Observemos que uma mãe começa a ensinar muitas palavras logo
de início ao seu filhinho. Como ela faz? Assim acontece com o Espírito Santo e nós. Outra
coisa: o filhinho não sabe quase nada sobre aqueles sons, mas com o tempo ele sabe que
produz resultado: exemplo: mã- mã, ága, pa-pa, etc. Que tal? O mesmo se dá com novas
línguas, umas poucas produzem efeitos enormes na esfera espiritual. É uma espécie de
senha espiritual. Também podemos lembrar-nos da pessoa que está aprendendo novo
idioma. Ela começa com poucos vocábulos e com o tempo vai aumentando seu
vocabulário, através ele, penetra na cultura daquele país. Alguém usou a figura da bomba
de água, na qual temos que usar um pouco ali em cima para facilitar a sucção. Podemos
um gesto de boa vontade pronunciar algum sem vocábulo e do Espírito conceder outros.
• Interpretação de línguas – “... é explicar o significado do que foi (ou está sendo)
dito mediante o dom de línguas numa reunião pública. ” O dom de interpretação é tão
sobrenatural quanto o dom de línguas. Recebe-se a interpretação direta do Espírito de
Deus. Cremos que quando alguém está falando em línguas e o espírito de outras pessoas
entre em sintonia com aquele que fala, então capta o sentido da mensagem e a
transmite.
• Erudição X Dom Espiritual – Como dissemos que não é o caso de alguém que
havendo estudado certo idioma interprete-o para o auditório. A capacidade para dar a
versão do dom de língua procede do Espírito e implica basicamente no exercício da fé. Se
tratasse de lago dependesse da intelectualidade nossos irmãos de pouca cultura não
receberiam este dom. Além disso, apóstolo
doutrina: “Pelo que, e que fala em outra língua, ore para que possa interpretá-la, 1ª. Cor.
11.4-13. Não havendo interpretação, cale-se, 14.28.
• Algumas considerações – Em alguns casos a língua estranha pode ser falada ou em
forma de cântico e expressada. Isto não é problema para quem exerce o dom de
interpretação. A interpretação pode ser feita pela própria pessoa que fala ou por outra
que se encontre na reunião. “Não é uma tradução, mas a interpretação do significado da
elocução em línguas. Isto é, interprete não diferencia a que classe pertence às palavras
proferidas em língua. Uma língua estranha interpretada produz o mesmo resultado da
profecia; edificação, exortação, consolação ou predição. O exercício deste dom tem mais
a ver com reuniões e a edificação de todos, 1ª Cor. 14.5.
• Às vezes, a mensagem em línguas é curta e a interpretação longa, isto é, a
elocução é longa e a interpretação curta. “Pode ser que a língua que o Espírito Santo deu
seja mais correta que a língua mais elaborada do intérprete”. “O dom da interpretação
21
pode vir direto à mente da pessoa; intuito (de uma vez) ou simplesmente algumas
palavras para começar e à medida que o intérprete confia no Senhor e começa a falar
vem o resto da mensagem... A interpretação também pode vir em quadros ou símbolos,
ou por um pensamento inspirado ou o intérprete pode ouvir falar em línguas... como se a
pessoa estivesse falando diretamente em sua própria língua (vernácula). O dom de língua
quando devidamente interpretado constitui um sinal para os incrédulos, 1a Cor. 14.22.
• Atitudes corretas para com o dom de interpretação de línguas – A Igreja deve
ficar atenta para a possível manifestação elocução (profecia, línguas e interpretação). E
no instante que alguém começar a serem usados pelo Espírito, as demais pessoas deve
baixar o volume de suas vozes a fim de que todos possam ouvir o que o Senhor quer
falar. “Quando (alguém) apresentar qualquer dos dons orais do Espírito Santo certifique-
se de falar alto o suficiente para ser ouvido por todos, mas não desnecessariamente
barulhento nem use um tom de voz afetado”. “Qualquer uma dessas coisas espantará
algumas pessoas fazendo-as duvidar da validade do Dom ou impedi-los de ouvir o que
Deus deseja lhes dizer”. O que recebeu o dom de falar em línguas estranhas ou o de
interpretar deve dominar-se, falando somente quando o espírito assim o determinar.
Deve falar com naturalidade nitidamente com calma.
22