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MEDITACÕES SACERDOTAIS
ou
VOLUME li
•
PÔR TO
Edições do APOSTOLADO DA IMPRENSA
Travessa de Cerva)hose, 56
1934
IMPRIMI POTEST.
2 8 J a n. 1 9 l 4.
Paulus Durão, S. J.'
Praep. Prov. Lusit.
P O D E I M P·R I M IR - SE.
Pôrlo, 4 de fevereiro de 1934.
t A. A., Bispo do Pôr/o.
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SECÇÃO SEGUNDA
PREÂMBULO
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PREAMBl'JLO 9
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40 MBDITAÇÕRS 8ACEROOTAIR
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PRKAMBULO H
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§ J.º
MEDITAÇÃO
O espírito de fé
1. Em que consiste.
li. De que modo nos salva.
Ili. De que modo nos faz aptos para salvar os nossos. irmãos.
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H MEDITAÇÕES 8ACBRDOTA1tl
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ESPÍRITO DB FÉ 15
que valem, vê-as como são, porque as vê à luz, e
para assim dizer, pelos olhos de Deus: ln lumine
luo videbimus lumen (1).
2.0 Além disto, como é a inteligência que dá
ao coração os seus afectos: lgnoli nu/la cupido, se
os meus conhecimentos, unidos aos de Deus, partici
pam da sua infinita verdade, os meus sentimentos,
que veem da mesma fonte que os seus, participam da
sua infinita santidade. Estimo o que êle estima, e
quanto êle o estima; despre.zo o que êle despreza,
amo o que êle ama. Amor e aversão, te!llor e dese
jos, tudo em mim está numa perfeita ordem. E' assim
que a fé purifica o coração (2) e o sanlifica, ao mes
mo passo que preserva o espírito de todo o êrro íu
neslo. Ela descobre-me que as criaturas nada são,
e desafeiçôo-me delas; mostra-me que Deus é ludo,
uno-me a êsse sumo bem, e aqui está a minha salva
ção. Posso dizer com David. no sentido mais verda
deiro, que iluminando-me, o Senhor me salva: Do
minus illuminalio mea ef salus mea (3).
3.0 A influência da fé nas nossas obras não con
tribui menos eficazmente para a nossa eterna felici
dade, pelo merecimento que• ela comunica a lôdas,
grandes e pequenas. A acção é o produto dos pen
samentos e afectos; lira, com pouca diferença, Iode o
seu valor, do princípio donde dimana: Si radix sancfa,
ef rami (4).
S. Paulo faz admiràvelmenle sobressair a dife
rença de dois cristãos, um dos quais é guiado pela
fé em tôda a sua vida, e o outro segue só os movi
mentos da natureza. O fundamento das suas obras
é o mesmo, visto serem cristãos; é Jesus Cristo (5).
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MEDITAÇÕES 8.ACERDOTAlll
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ESPÍRITO DE FÉ 15
que valem, vê-as como são, porque as vê à luz, e
para assim dizer, pelos olhos de Deus: ln lumine
fuo videbimus lumen (1).
2.0 Além disto, como é a inteligência que dá
ao coração os seus aíeclos: lgnofi nu/la cupido, se
os meus conhecimentos, unidos aos de Deus, parlici
pam da sua infinita verdade, os meus sentimentos,
que veem da mesma fonte que os seus, participam da
sua infinita santidade. Estimo o que êle estima, e
quanto êle o estima; despre.zo o que êle despreza,
amo o que êle ama. Amor e aversão, temor e dese
jos, ludo em mim está numa perfeita ordem. E' assim
que a fé purifica o coração (2) e o santifica, ao mes
mo passo que preserva o espírito de lodo o êrro fu.
neslo. Ela descobre-me que as criaturas nada são,
e desafeiçôo-me delas; mostra-me que Deus é ludo,
uno-me a êsse sumo bem, e aqui está a minha salva
ção. Posso dizer com David.. no sentido mais verda
deiro, que iluminando-me, o Senhor me salva: Do
minus illuminalio mea e/ salus mea (3 ).
3. 0 A influência da fé nas nossas obras não con
tribui menos eficazmente para a nossa eterna felici
dade, pelo merecimento que- ela comunica a lôdas,
grandes e pequenas. A acção é o produto dos pen
samentos e afeclos; lira, com pouca diferença, Iode o
seu valor, do princípio donde dimana: Si radix saneia,
e/ rami (4).
S. Paulo faz admiràvelmenle sobressair a dife
rença de dois cristãos, um dos quais é guiado pela
fé em lôda a sua· vida, e o outro segue só os movi
mentos da natureza. O fundamento das suas obras
é o mesmo, visto serem cristãos; é Jesus Cristo (5).
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t6 .MEDITAÇÕKS SACl!RDOTAIS
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ESPÍRITO DE FÉ 17
nossas palavras, no púlpito, no confessionário, à ca
beceira dos doentes, a fôrça que move os corações, a
unção que os penelTa. A voz daquele que não pas
sava dum infante pelo _talento, torna-se e_loqüenle (1), e
opera milagres de graça, porque é a voz do mesmo
Senhor: Vox Domini in virlule, vox .Domini in mt1gni
Gcenlia. Ela quebra os cedros, abale a sciência or
gulhosa, faz cair ao pé da cruz os pecadores con
tritos e humilhados: Vai Domini confringenfis ce
dros; comove e vivifica as -almas mortas que há
muito tempo, se assemelhavam ao estéril deserto: Vox
Domini concufienfis deserfum (2). Bastaria um só
homem, animado dêste espírito, para converter e sal
var um povo inteiro: Suflicif unus homo lidei zelo
succensus, fofum corrigere populum (3).
N_o fim da meditação, pedirei perdão a Deus do
dano que causei· à sua glória, deixando deminuir
em mim essa fé viva, que constituiu a felicidade e o
merecimento dos primeiros anos do meu saéerdócio.
Suplicar-lhe-ei, que me faça voltar àquele ditoso
tempo ; e para _cooperar com sua graça, procurarei
ouvir com mais atenção, seguir com mais docilidade
os conselhos da Íé, que são as- inspirações do mesmo
Espírito Santo.
Resumo da Meditação
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18 MEDITAÇÕES SACEl\DOTAIS
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ESPÍRifo .,DE FÉ t9
131
II MEDITAÇÃO
O espírito de fé. - Seu poder
(1) I Pefr. V, 9.
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20 MEDITAÇÕEÍ SACERDOTAIS
{') Matlh. XXI, 22. - (2) Marc. XI, 24. - (3) Marc. XI,
23, 24.
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ESPÍRITO l>E FÉ 21
alguma: Oui enim haesilãl, similfs esl 0uclui maris,
qui a vento movefur ef circumfertur; non ergo aesfi
mef homo ille quod accipiat aliquid a Domino• (1).
Notemos êste argumento: a vossa oração é feita çom
uma fé vacilante, logo é vã.
Grande é a liberalidade de Deus a favor daqueles
que o invocam; o seu maior empenho é conceder
-nos os seus dons; prometeu tudo à oração; e to�
da.via I quantas orações quási inúteis 1 . . . triste pro
blema, que já não é prol;,lemã: l cumprimos nós a
condição de que depende o bom éxito das nossas
petições? l Somos homens de fé, credenfes?
Ensinamos as diferentes qualidades, que deve
reünir a oração, para se elevar até Deus e fazer ao
seu coração uma amável violência: respeito, humil
dade, atenção, fervor, perseverança; mas lôdas es
tas qualidades resumem-se evidentemente na palavra
do apóstolo Santiago, in Gde, e na do Salvador, cre
di!e. Com efeito, se crêmos na presença, na santidade,
na infinita grandeza do Senhor, a quem dirigimos as
nossas súplicas; se crêmos no nosso nada deante dêle,
na nossa indignidade como pecedores, já não será
necessário dizer-nos: Quando· orardes, prostrai-vos,
humilhai-vos; pois o respeito exterior do nosso corpo
será a expressão fiel da profundo devoção do nosso
coraç·ão. Tenhamos fé, não digo já nas incompreén
síveis perfeições _desse Deus imenso, que nos permite
falar-lhe, mas na suma importância dos negócios que
traiamos com êle, e o nosso espírito, ainda que seja
leviano, se compenetrará, se cativará de objedos tão
graves e sérios. A nossa oração já não será uma
insignificante homenagem dos nossos lábios, sai'rá do
nosso coração, como a chama da fornalha. l Será
possível pedir fria e tibiamente bens como êstes: Ah
(1) Jac. 1, 5, 7.
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ii M E D ITAÇÕBS SACERDOTAIS
_ ______ _ _ _
aelerna damnafione nos eripi, ef in elecforum fuo;um
jubeas grege numerari?... Creamos nas promessas
da infalível verdade; convençamo-nos firmemente de
que Jesus Crislo não pronunciou vãs palavras,
quando disse : Pedi e recebereis; buscai e achareis;
bafei e abrir-se-vos-á; e, por mais que a nossa cons
tância seja posta à prova, -não cessaremos de orar, e
alcançaremos, com uma santa insistência, o que pa
recia seria recusado a súplicas menos perseverantes.
Oh I quão verdnde é, que é a fé que ora: Fides
oral (1), e dá à oração aquela fôrça, a que o mesmo
Deus não resiste 1
Os milagres que o Salvador praticou, são disso
uma prova real. E' sempre à fé dos que supli
cam, que êle os concede, e quer que o saibam;
l não repetiu êle muitas .-vezes: Fides tua fe salvum
fecif? E' a fé que êle anima e admira: Videns Je
sus lidem illorum, dixil paralyfico: ConGde, fifi ( 2).
O mulier, magna esf .ides fua! (3) Audiems Jesus
mirafus esf . .. Non inveni fanfam .idem in Israel ( 4).
E' de lerem pouca fé, que êle argúi os seµs discípu
los: Ouid fimidi eslis, modicae Gdei? (5) E' segundo
a fé que se tem, que êle concede os seus be,nefícios :
Secundum Gdem vesfram Gal vobis (6). - Si9II credi
disfi Gal fibi (7). Um pai aflito queixa-se ao Senhor
de que o demónio lhe maltratava o filho, e implora a
sua piedade: Si quid potes, adjuva nos, miserfus
nos/ri (8). l Oual é a resposta? •Pregunlas-me se
posso alguma coisa, e eu pregunlo-le se podes crer;
o meu poder irá até onde fõr a lua fé; por.que tudo
é possível àquele que crê: Si pofes credere, omnia
possibilia sunf credenfi • (9).
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ESPÍRITO DE FÉ
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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ESPÍRITO DE FÉ.
Is:
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16 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
III MEDITAÇÃO
Três grandes obstáculos ao espírito de fé
1. A folia de reUexão.
II. O espírilo do mur.do,
Ili. As inclinações naturais.
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ESPÍRITO DE FÉ 'f.7
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28 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ESPÍRITO DE FÉ
(1) Si quis vide!ur iq!er vos sapiens esse in hoc saeculo, s!ul
!us fiai, ui si! sapiens. Sapienfia enim hujus. mundi· sful!ifia esf apud
Deum. 1 Cor. III, 18, 19. •
(2) Oui sunf Chrisfi, carnem suam crucifixerunf cum vifiis ef
concupiscenfiis. Gal. V, 24.
(ª) Sis dominus adionum fuarum ef redor, non servus. lmit.
I. Ili, e. XXXVIII. - (4) S. Aug.
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30 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo d a Meditação
.
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ESPÍRITO DE FÉ 31
t\ IV MEDITAÇÃO
O espírito
· de sacrificio. - Sua necessidade,
no sacerdote
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IIIEDITAÇÕES SACERDOTAIS
tl' t�
(if Lib. Ili, e. LV. - � 1 Petr. II, 5.
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ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO 33
oferecei a outros os dons do vosso amor; ser-me-ia
muito custoso fazer valer êste talento.
Daí o pouco fruto que tenho tirado das leituras
que fiz, das exortações que eu ouvi, das boas ins
pirações que recebi no ::eminário, nos meus retiros,
em milhares de ocasiões. Deveria refleclir, entrar
em mim, orar, lranspôr afoilamenle a distância que
separa a espêcul�ção da p�ática. Consenti em ver a
verdadé, não tive ânimo para a seguir. Oh! que
graças perdidas na vida de- um padre imorlificado, e
que responsabilidade toma sôbre si!
2. 0 Sem espírito de sacrifício, não se corrigem
os defeitos: Unum esf, quod muitos a profecfu ef
fervenfi emendafione refrahif, horror di.iculfafis, seu
labor cer(aminis (1); e em outro lugar: Nisi tibi
vim feceris, vifiuril non superabis. A luta, que é
sempre custosa, é muito mais penosa, sendo nós
mesmos o inimigo qui lemos de combater.
Eu era sincero, quando, locado por Deus, em
cerios dias de graça e de fervor, formava o plano
de uma nova vida, e me decidia a reformar em mim
o que inquietava a minha consciência. é..Üuem pa
ralizow meus bons desejos e malogrou os meus san
tos pr.clos? Horror dif.iculfafis, labor cerfaminis.
Os meus defeitos desagradam-me, envergonho-me da
oposição que 1:eem com a dignidade do meu carácter'
sacerdotal; sinto que põem. em perigo a minha salva
ção e Q resull11�0 dos meus trabalhos l mas seria
necessário vigiar a minha imaginação, aplicar o espí
rito, resistir às incli'naçõe_s, sujeitar-me· a uma reg�a,
vencer-me a mim próprio. Tudo isto me parece
difícil, e atemoriza-me, horroriza-me a dificuldade.
Assim, a minha vida passa, e os meus defeitos ficam;
e ameaçam descer comigo à. sepultura, e acompa-
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MEDITAÇÕES SACEI\DOTA IS
(1) Rom. XIII, tu. - (2) Joan. XIV, 15. - (3) M111th.
XVI, 24.
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----------35
ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO
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36 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
� • ./ '1
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ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO 37
embriagou os 11ossos bons ministros, os v.ossos gene
rosos mártires, e lhes fêz achar delícias até nos tor
mentos e na morte ; vinde, abrasai-me como a êles
com o fogo do vosso amor. Ouem vos ama, neces
sita de sofrer e de se sacrificar por vós.
Resumo da meditação
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38 .!IBDITAÇÕl!:S SACBRDOTAIS
V MEDITAÇÃO
O espírito de sacrifício. - Sua extensão
1. Abnegação contínua.
li. Abnegação universal.
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ESPÍRITO DE 8AC11IFÍCIO· 39
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MEDITAÇÕES
--------- SACERDOTAIS
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ESPÍRITO DE -SACRIFÍGIO
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ESPÍRITO DE IIACRIFÍCfO
VI MEDITAÇÃO
O espírito de sacrifício. - As fontes onde
se recebe
1. Consideraçiio dos seus felizes efeilos.
li. Exemplo de Jesus Crislo e dos Sanlos.
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�EDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ESPÍRITO DE SAf'.RIFÍCIO
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!\IEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) Rom. XV, 3. -(2) Joan. Vlll, 29. - (3) Hebr. XII, 1.
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ESPÍRITO DE SACRIFÍCIO 47
gue na lula contra o pecado; e Jesus para o destruir,
derramou todo o seu sangue: Nondum enim usque
ad sanguinem reslifisfis, adversus peccafum repu
gnantes, ( 1 ).
E.is o que levou os mártires e lodos os Santos o
praticar tão fielmente a sciência do sacrifício. A pró
pria abnegação era uma necessidade para aqueles
perfeitos imitadores de Jesus Cristo. Não lhes bas
tava aceitar reconhecidos as cruzes que a Providên
cia lhes preparJva; buscavam ainda outras e nunco
tinham- bastantes. - Inácio de Loiola é metido num
cárcere em Salamanca, e tratado como um malfeitor ;
algemam-lhe os pés e as mãos. Todavia a alegria
transparece-lhe no rosto; nunca homem algum pare
ceu mais contente com a sua sorte. Veem de lôdas
as partes contemplar esta serenidade e ar de felicidade,
de que ficam pasmados ao chegarem ao pé dêle, e
ao deixarem-no exclamam: • Vi a Paulo em ferros• .
Os seus amigos dão-lhe pêsames; êle sõ quer felici
tações. • Saiba Salamanca, que não !em !antas alge
mas, quantas eu quero trazer por amor de Jesus
Cristo• . Xavier queixa-se, mas de quê? Do excesso
da sua alegria, da insuficiêne:ia das suas provações:
Basta, Senhor, basta! Ainda mais, ainda mais tra
balhos, contradições, privações, abandôno de criatu
ras! - Santa Terêsa, separada de Jesus, desfaz-se
em pranto: • Senhor, se tendes resolvido prolongar
o meu deslêrro ; se quereis, que espere com paciêncio
a morte que eu desejo, permiti que eu sofra por vós
em lodo o tempo que não viver convoscq. A voss&
cruz me consolará da ausência; ou vós mesmo, ou &
vossa cruz; ou morrer, ou renascer continuamente
para sofrer de novo: A ui pali, aul mori • . Ouando
Deus pregunla a S. João da Cruz, que recompens6
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48 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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ESPÍRITO DE SACRIFÍGIO
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Jesus <!rlsto, exemplar dos escolhidos e par
ticularmente dos sacerdotes, convida-nos a
segui-lo no caminho da verdadeira santi
dade. - Razões que nos obrigam a imitá-lo.
Prática desta imitação.
VII MEDITAÇÃO
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52 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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53
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REINO DE CRISTO
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llEDITAÇÕES SACEl\DOTA IS
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REINO DE CRISTO 55
Resumo da Meditação
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56 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
VIII MEDITAÇÃO
O reino de Jesus Cristo na alma fiel
1. A idéia que devo formar dêsle reino.
li. Ouanlo devo desejar que êle se estabeleça em mim.
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REINO DE CRISTO fí7
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58 MEDITAÇÕRS SACERDOTAIS
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IIEINO DE CRISTO 59
se combala a si mesmo em ludo; que, para ter êsle
jugo, sacrifique o que o mundo pode oferecer de
mais sedutor, é. não será prodígio dêste reino tão
amável quanto poderoso e absoluto?
2. 0 Reino feliz nas suas leis. Venile ôd me
omnes qui lahorôfis. . . é.• Quereis possuir a felici
dade? Vinde a mim, nos diz Jesus; tomai sôbre vós
o meu jugo, praticai o meu Eyangelho; eis o resumo:
Negai-vos a vós mesmos, tomai a vossa cruz cada
dia, e segui-me•. Para achar gôslo nas lágrimas,
nas calúnias e afro.nlas do mundo, numa palavra, na
cruz, é necessário seguir a Jesus Cristo, obedecer
às suas leis, viver segundo as suas máximas. O mi
lagre de sentir doçura na amargura, prazer no sofri
mento, só é prometido com esta condição; mas tam
bém desafia-se quem quer que seja, a que tenha cum
prido esta condição, e não lenha achado a verdadeira
felicidade. Vós afirmais-me, ó meu Deus, e os vossos
maiores servos alesfam-me que o experimentaram;
é. porque recusarei eu imitá-los?
5. 0 Reino glorioso na dignidade a que me eleva.
Jesus é o único de quem se pode dizer que os seus
servos são reis e mais que reis. Com efeito, é. há
algum monarca, por poderoso que se suponha, que
não seja escravo ou de alguma paixão ou de algum
interêsse, escravo das ocasiões, ou dos aconteci
menlos, escravo alé dos seus súbditos, de quem de
pende de mil maneiras ? Mas submeta-se êsle rei es
cravo, ainda que senhor, inleiramenle a Jesus Cristo,
viva sõmente segundo as máximas do Evangelho,
e ei-lo superior a tudo e a .si mesmo ; ei-lo mais que
rei, amigo de Deus, filho de Deus, coherdeiro de
Jesus Cristo. Nada o governa, nada o dirige senão
Deus, que êle vê, que êle ouve, e a quem obedece
em tôdas as coisas. Desde então pode dizer com
S. Paulo: Tudo me é permitido, môs eu de ninguém
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60 .MEDITAÇÕl,;S SACERDOTAIS
(1) Omnin mihi licenl, sed ego sub nullius redigar poleslale.
I Cor. VI, 12. - (2) li Reg. XV, 2.3.
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:lrnINO DE CRISTO 61
Resumo da Med_itação
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
131
IX MEDITAÇÃO
Imitação de Jesus Cristo. - Sua necessidade
1. Sou a ela obrigado como crisliio.
li. Ainda sou mais obrigado como podre.
(1) Non rex Israel Chrisfus 11d exigendum lribulum, vel exer
cifum ferro 11rm11ndum, hoslesque visibililer debellandos; sed rex
esf Israel, quod mentes reg11!, quod in 11elernum consul11t, quod in
regnum coelorum credenfes, sper11n(es, 11m11n(esque perduc11I. Tr11d.
V. in Jo11n
(2) Jo11n. XII, 15. __._ (�) C11nf. 1, 3.
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IMITAÇÃO DE r.RISTO 63
1. Obrigação de imitar a Jesus Cristo, indis
pensável ao cristão. - Tornar o Evangelho por
norma de proceder, e a Jesus Cristo por modêlo,
eis em duas palavras··a significação do belo nome de
cristão. Só merece lê-lo, diz S. Cipriano, aquele que
adopla, quanto pode, os sentimentos, os costumes, a
vida de Jesus Cristo: Chrisfianus nemo dicifur recfe,
nisi qui Crisfo morihus, , quod valeaf, · coaequafur.
Segundo S. Basílio, a imHação de Jesus Cristo é a
mesma definição do cristianismo : defini/ia chris/ia
nismi esf imita/ia Chrisfi. Eu não posso ser cristão,
diz S. Malaquias, se não imito a Jesus Cristo : Sine
causa sum chrisfianus, si Chrisfum non sequor.
No baptismo renunciamos ao demónio e às suas
obras, ao mundo, às suas máximas e pompas, para
estarmos desprendidos de qualquer laço, e unir-nos
ao Salvador por uma perfeita imitação. Estamos re
vestidos de Jesus Cristo : Ouicumque in Chrislo
hapfizafi esfis, Chrisfum induisfis (1). Se estamos
reveslidos de Jesus Cristo, diz S. Bernardo, êle deve
aparecer em nós; por conseguinte mostremos .em
obras a sua caridade, a sua mansidão, a sua paciên
cia, tôdas as suas virtudes. O grande Apóstolo quer
que representemos Ião perfeitamente lodos eis traços
dêsle divino modêlo, que a sua vida possa ser r�co
nhecida nos nossos corpos : UI ef vila Jesu manifes
fefur in corporihus nos/ris (2).
Oiçamos o mesmo Jesus: • Vós chamais-me
vosso Senhor e vosso Mestre; fazeis bem, porque
o sou; logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos la
vei os pés, deveis fazer outro tanto uns aos ou
tros •. Compenetremo-nos desta razão: • Dei-vos o
exemplo, para que, como eu fiz, assim façais vós
também. E' discípulo dos outros mestres o que os
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IIIEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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IMITAÇÃO DE CRISTO 65
tituí-lo: Vicarius Chrisfi, vicem Chrisfi gerere de
hei (1). Mas em quê ? é. E' sõmenfe no exercício de
sua autoridade? E' ..fambém e principalmente na fiel
imitação das suas virtudes; ln similifudinis ejus re
praesenfàfione (2). Seria necessário que se pudesse
dizer, vendo-me e ouvindo-me: Assim vivia, assim fa
lava, assim procedia Jesus. Nonne sicul conversafus
esf, ef vos vicarii ejus dehefis conversari? (3) - Fi
nalmente, como bom paslo'r, eu devo ser o modêlo
do meu rebanho: rorma facli gregis (4); e só posso
sê-lo, sendo Jesus Cristo o meu modêlo. Devo ir à
frente das minhas ovelhas: Anfe eas vadil (5). Des
graçado de mim, se, seguindo-me, elas não seguem
ao Filho de Deus 1
Receando, por assim dizer, que os simples fiéis,
viessem a perder de vista as suas pegadas, o Salva
dor pôs de permeio os seus ministros, que encarre
gou de transmitir a lodos os seus exemplos, e isto era
o que levava S. Paulo a dizer: /mi/afores mei esfofe
sicuf ef ego Chrisfi (6). • O principal estudo do bom
pastor, diz S. Boaventura, é tornar semelhantes a
Jesus Cristo aqueles que o céu pôs sob a sua direc
ção; mas, como os homens compreendem mais dificil
mente o que ouvem do que o que vêem, os padres, com
a sua santa vida, devem moslrar�lhes uma forma visí
vel do pastor dos pastores, e dizer-lhes: Se desejais
conhecer a vida de Jesus Crisfo para a imifar, con
siderai-a na minha: Si formam Chrisfi desideralis
ad imifandum agnoscere, in meis hanc moribus con�
sidera/e •.
2. 0 A$ nossas funções. Nenhuma há, que Je
sus Crisfo não exerça em nós e por nós. No púl-
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66 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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IMITAÇÃO DE CRISTO 67
que o admirável efeito do sacramento do vosso amor
é transformar-nos em vós, suplico-vos, que façais que
ao entrardes na minha al!lla, lodos os meus vícios
desapareçam, para ceder o lugar às vossas virtudes,
a-fim de que eu possa doràvante, sem me envergo
nhar, lembrar-me desta •sublime qualificação do pa
dre : Sacerdos alfer Chrisfus.
Resumo dá Meditação
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68 MEDITAÇÕl!:S SACERDOTAIS
X MEDITAÇÃO
(1) Rom. VIII, 29. - (2) Rom. VIII, 29. - Eph. I, 22.
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.IMITAÇÃO DE CRISTO 69
lhança alguma? e. Seremos nós seus membros vivos,
se não formos animados do seu espírito, se não vi
vermos da sua vida?
Acrescentemos que, como a predestinação para a
glória é o efeito de uma ternura particular, que leva
Deus a escolher-nos com preferência, a causa desta
sua predilecção paternal, é a imagem de seu Filho
amado, que êle vê impressa em nós_ por sua graça e
pelo concurso da nossa fidelidade. O único objedo
das complacências do Pai é seu Filho. A mesma ra
zão que êle !em de se amar infinitamente a si mesmo,
por causa das suas infinitas perfeições, faz-lhe amar
infinitamente o seu Verbo, que é a sua imagem con
substancial. t.le esgota, por ossim dizer, o seu amor,
amando-o, de sorte que não pode amar senão a êle
ou com respeito a êle. Só lhe somos agradáveis em
Jesus Cristo: Grofi.icavil nos in dileclo .Filio suo (1).
E' por êle que nos predestinou para sermos seus fi.
lhos adoplivos: Praedesfinavif nos in adoplionem
Gliorum per Jesum Chrisfum (2). E' nêle que nos
abençôa com tôdas as bênçãos espirituais, abundantes
de bens do céu: Benedixif nos in omni benedicfione
spirifuali in caelesfibus in Chrisfo (3). Se vê em nós
uma grande semelhança,com seu Filho, ama-nos muito
e prodigaliza-nos os seus favores ; se vê pequena se
melhança, ama-nos pouco ; se não vê nenhuma, não
temos direito ao seu amor; se vê em nós uma com
pleta dissemelhança, somos-lhe aborrecidos, e con
dena-nos.
Êsle deve ser o motivo da minha ansiedade, ou
da minha segurança, visto que é igualmente impossí
vel que eu seja salvo sem me assemelhar a Jesus
Cristo, ao menos em certo grau, e que eu deixe de
me salvar, sendo semelhante a êle. Os outros moli-
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70 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
--------------- ··----·-·- - - - ---
vos em que fundo a esperança da mínha eterna feli
cidade, consolando-me, não me tiram tôda a inquieta
ção; mas a minha semelhança com Jesus· Cristo é
ao mesmo tempo a causa mais eficaz, o penhor mais
certo, o indício mais infalíveJ da minha predestinação.
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IMITAÇÃO DE CRISTO 7{
-se dêles tudo o que lêmos na história de Santa Ca
tarina de Sena, viva imagem de Jesus crucificado:
Nemo ad eam accessif, quin melior abieril. E' neces
sário que a santidade do Iiilho de Deus• esteja em
mim, para que eu possa imprimi-la nos outros. Quanto
mais me assemelhar a êle, tanto mais capaz serei de
infundir nas almas a sua divina semelhança.
E' portanto para bem _da minha salvação e da do
próximo, que eu devo procurar imitar a Jesus Cristo.
Quero salvar-me, quero concorrer paro a salvação de
meus irmãos : eis aqui o meio, que me é dado pelo
mesmo Salvador: Veni, sequere me. - Refleclir sô
bre o nosso proceder. - Ter pesar do pass'ado. •
Formar uma nova resolução: Magisfer, sequar te
quocumque ieris (4). - lgifur, sicuf porfavimus imagi
nem ferreni, portemus ef imaginem coelesfis (2).
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7':! .MEDITAÇÕES SACERDOTAi$
XI MEDITAÇÃO
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IMITAÇÃO DE CRISTO 73
que percorremos, as nossas ignorâncias são as trevas
que o cobrem ( f ). Estamos tão expostos a tomar as
aparências como realidades, tão propensos a vêr de
baixo de um aspecto favorável o que agrada às nos
sas paixões 1. . . é. Como nos preservaremos de todo o
êrro? Seguindo a Jesus Cristo, que nos precede e
alumia com o celeste farol das suas virtudes. Nin
guém se transvia, quando t�m por guia a sabedoria
infinita : Oui sequifur me non fJmbu!fJf in fenebris.
Se sigo a luz da graça, que está em Jesus Cristo, e
que ressalta dos seus exemplos, alcançarei segura
mente a luz da glória e da vida eterna : Sed hfJbe
hil lumen vifoe (2).
Assim como para convencer o meu espírito' e re
duzi-lo à obediência da fé, nada é mais eficaz do que
esla máxima : Unigenifus Filius, qui esf in sinu Pa
fris, ipse enfJrrfJvif (3 ); assim também, para minha
direcção II norma de proceder, nada deve ler !anta
fôrça sôbre a minha vontade, como esla palavra do
mesmo filho de Deus: Exemplum dedi vohis, uf
quemfJdmodum ego feci. . , ifo el vos ffJciafis (4 ).
Preciosa segurança I Eu ignoro muitas vezes que
parlido tomar, ou inquieto-me por causa do que to
mei. é. Há um caminho que parece direito, e que,
a-pesar de lôdas as aparências, me pode conduzir à
morte? (5) Sossega alma minha ; nunca seguirás êsse
funesto Cdminho; pelo contrário, seguirás o melhor
de todos os caminhos; emquanto seguiyes as pisadas
do teu Salvador. A minha vida· /:ierá santa e perfeita
no mesmo grau em que fôr conforme ao modêlo de
!ôda a santidade, de lôda a perfeição.
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MKDITAÇÕES SACERDOTAIS
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IMITAÇÃO DE CRISTO i5
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76 MEJ?ITAÇÕES SACERDOTAIS
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IMITAÇÃO DE CRISTO 77
mente a vós, nossa verdadeira vida, com o auxílio
da vossa graça, proponho flunca mais me desviar
dêle. Ouero seguir o meu Salvador tão · de .perlo
quanlo puder; feliz, se na minha morte a minha con,
sciência me der êste testemunho, ao menos com rela
ção ao pequeno número de dias que me restam :
Vesfigia ejus secufus esf pes meus; _viam ejus cusfo
divi, el non declinavi ex ea (1).
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78 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
XII .MÊDITAÇÃO
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IMITAÇÃO DE CRISTO 79
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IMITAÇÃO DE CRISTO 81
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82 MEDITAÇÕES SAC::EI\DOTAIS
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IMITAÇÃO DE CRISTO 83
zados: eis o que acharemos nesta prática tão essen
cial e salutar.
O' Jesus, em que ilusão tenho vivido até ao pre•
sente sôbre êste ponto capital! Reconheço com ver
gonha minha, que nunca lhe liguei a suma importân
cia que merece. Eu prometia ensinar a religião, e
esquecia que ela consiste lôda na vossa imitação 1
Oueria salvar as almas sem pensar sequer em indu
zi-las a seguir as pisadas daquele que veio do céu
abrir-nos o Cé!minho da salvação. Eu fazia-me passar
por guia, e eu mesmo não seguia, ou só seguia de
longe aquele que é o caminho, a verdade e a vida!
é. Oue outro fim todavia, adorável Salvador, vos propú
nheis vós, alimentando-me lodos os dias com a vossa
mesma carne, senão transformar-me em vós, tornar•
-vos visível no vosso representante e oferecer em mim,
à imitação de lodos, a paciência, a mansidão, tõdas
as virlud.es de que fostes tão perfeito modêlo? Oh 1
quão mal tenho auxiliado os desígnios da vossa ar
dente caridade I Mas estou arrependido; aplicar-me-ei
de novo à fiel imitação dos vossos exemplos, e para
me transformar em vós, entrego-me ao vosso espírito.
Vinde, ó Jesus, vivei em mim, para realizar em mim,
e por mim, ríos meus irmãos, lodos os intuitos mise
ricordiosos do vosso amor. O Jesu, vivens in Ma
ria, veni ef vive in famulis fuis. •
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I\IEDITAÇÕRS SACERDOTAIS
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IMITAÇÃO DE CIIISTO 85
XIII MEDITAÇÂO
A imitação de Jesus Cristo. - Abnegação
que exige
1.
.
E" necessário renunciar a ludo para seguir. a Jesus Crisfo.
li. Renunciando a ludo, não �e perde nada.·
Ili. Renunciando a ludo, ganha-se_ ludo.
(1) Luc. IX, 23. - (2) ld. XIV, 26. - (3) Luc. XIV, :n.
- (4) S. Bern. Dedam. c.. [. - (5J S. Pelr. D11m. Serm. in
ksl. S. Bern.
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86 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JIIIITAÇÃO DE CRIRTO 87
faz os seus desejos, antes os irrita e !orna insaciá
veis. Ainda que eu possuísse o mundo inteiro, pre
guntaria a mim mesmo: Já lenho ludo? Preocupado
unicaméitle do que me falia, esqueço o que possuo e
não lhe ligo quãsi nenhuma importância. Ainda mais.
l A que se reduz tudo o que posso deixar por Deus,
riquezas, pal'entes, honras e prazeres, se lenho isto
na devida conta? Se oiç<? a um moribundo, êle en
sina-me que tudo o que passa, é nada. Se consulto
a S. Paulo, êle reseonde-me: Hoc ilaque dico, fra
lres: Tempus brev� esl. Reliquum esl, ui qui haben/
uxores, /amquam non habenfes sinf ... : ef qui emunl,
/amquam non possidenfes; ef qui ufunlar hoc mundo,
famquam non u/anlur. E notemos a razão que dá
para inspirar êsle desapêgo universal: Praeferif enim
figura hujus mundi (1). Como se dissesse: l Oue é
o prazer, que são os gozos do mundo? l Oue é o
mesmo mundo? uma sombra, um verdadeiro nada.
Se ao menos esta sombra fõsse permanente ! . . . Mas
é uma sombra que passa, um nada que desaparece.
Portanto é evidente que renunciando a tudo, eu não
perco nada.
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88 MEDITAÇÕES SACERDO'ltts
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.. ITAÇÃO DE CRISTO 89
ul emima mea fe esuriaf, panem angfÍorum . . . fe
semper sitiai fanfem sapienfiae ef scienfiae, fanfem
aeferni luminis, forrenfem volupfafis, uberfafem do
mus Dei ( 1).
Resumo da Meditação
(1 ) 5. Bonav.
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90 MEDITAÇÕES SACERDOTllS
XIV MEDITAÇÃO
Prática da imitação de Jesus Cristo.;
consegue-se :
1. Pelo profundo conhecimento de liio perleilo modêlo.
II. Pelo 11mor 110 S11lvndor, que é o frulo dêsle conhecimento.
Ili. Pela freqüenle comperaçiio da cópia com o modêlo.
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'J,MITAÇÃO DE CRISTO 91
(1) 11 Cor. Ili, 18. - (2) Exod. XXV, 40. - (3) Eph. III, 19.
(4) Apoc. XXI, 6. - (5) Rom. XI, 36.
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92 M lllTAÇÕES SACERDOTAIS
_ ______ _':
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IMITAÇÃO DE CRISTO 93
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94 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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IMITAÇÃO DE CRISTO 95
Resumo da Meditação
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96 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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Virtudes especiais de que o Salvador nos dá
exemplo nos mistérios da sua lncarnaçã�
do seu nascimento, da sua Infância, e du
rante os trinta anos dá sua vida oculta.
XV MEDITAÇÃO
A Incarnação do Verbo. - Contemplação
1. Contemplar as pessoas.
li. Ouvir 11s palavras.
III. Considerar as acções.
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O MISTÉIIIO DA INCAIINAÇÃO 99
reza ! . .. O' humildade do anjo, excedida pela humil
dade de Maria 1
(1) Hebr. X, 5, 7.
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{00 MEDITAÇÕES SACERDOTAi�
-
reza de servo : Oui cum in forma Dei esse! . .. , se
mefipsum exinanivif formam servi accipiens (3). Oue
(1) lsoi. V, 14. - (2) Joan. 111, 16. - (3) 'Philip. 11, 6, 7.
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O MISTÉRIO DA INCARNAÇÃO tol
humildade! Oue zêlo dos nossos interêsses ! -Maria
turbada do falar do anjo, só aceita o dom da mater
nidade divina, depois de ter sido tranqüilizada sôbre
a conservação da sua virgindade? Oue pureza I que
fé sublime ! que obediência à vontade do céu: Fiaf
mihi secundum verbum fuum !
Colóquit11 com as três· pessoas divinas. Como
preparação para a missa, podereis dizer:
1 .º Ao Verbo incarnado: Ave, dulcis Jesu, qui
propfer me dignafus es e regalibus sedibus ef melli
Duo carde Pafris in hanc miseriarum vai/em descen
dere , a/que in Virginis Mariae castíssimo ulero de
Spirifu saneio concipi, incarnari, homoque Geri. Elige,
quaeso, cor meum in quo habiles, hoc exorna, hoc
banis spirilualibus repie , hoc lofum posside. Utinam
ego /e in illud humililafe profunda invitem, ardenfique
charifale recipiam, ef receplum teneam ! Utinam va
lidis amoris vinculis libi adsfringar, uf nunquam rece
dere, nunquam mente averti a te valeam! (1)
2.0 A 'bemaventurada Virgem Maria: Ave Ma
ria, per quam nos purissimam Chrisfi carnem parfi
cipamus, ad !remendam admodum mensam accedere
audentes. Ave, Maria, per. quam nos verum ef im
morlalem panem gusfamus (2). - Ave grafia plena,
quae sola inter mulieres benedicfa, ad dominicae In
carna_fionis mysterium elecfa, ef a Spirifu saneio prae
parafa, unigenilum Dei Filium casfissimis visceribus
fuis concepisfi, ac mundo peperisti salva/orem. O
Virgo puríssima, intercede pro me sordido peccalore,
ef impetra mihi a Deo scelerum meorum veniam, .i
dem vivam, spem Grmam, charifafem perfeclam, ui
Dominum meum Jesum, Filium fuum magnum, in hoc
sacriGcio decenfer oHeram, carde puro suscipiam, ef
exopfafum inde hauriam fruclum. Amen (3).
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!02 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da _Meditação
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HUMILDADE DE CRl$TO
XVI MEDITAÇÃO
Jesus Cristo, modêlo da perfeita humildade
Observação
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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HUMILDADE DE CRISTO l05
Mas o homem fanfo é homem em um frôno, como
nas úllimas classes da sociedade. é. Escolheu o Filho
de Deus para sua condição, uma daquelas. a que
pertence a autoridade, à qual, ao menos as riquezas
dão uma espécie de independência? Não ; êle prefe
riu a mais baixa, a mais sujeita, a mais pobre :
Formam servi accipiens.
O Verbo feito Cõrne I Eis o que acaba de me
confundir. Com S. João, ·eu elevo-me até ao seio da
divindade: ln principio era! Verbum, ef Verbum era(
apud Deum, ef Deus eraf Verbum . . . Omnia per
ipsum fac/a sunf. Oue majestade ! . . . Oue poder !
Oue esplendor! Mas em breve tôda esta glória se
desvaneceu: êsse Verbo-Deus, por quem lôdas estas
coisas foram feitas, ei-lo feito carne l Verbum caro
fac/um esf. Se · ao menos só tivesse lo.mado uma
alma humana, imagem de Deus, espírito como Deus,
imortal como Deus 1 . . . Mas êle toma também a
nossa carne. Contrai com ela uma união Ião íntima,
que, para a exprimir, é necessário dizer: O Verbo
se fez carne/ E toma esta carne, não tal como a
lerá ao saír do seu sepulcro, impassível, invulnerável ;
nem tal como foi dada· ao primeiro homem, em !ôda
a fôrça da idade viril : toma-a fraca, delicada, sujeita
às fraquezas da infãncia, !is doenças, à m.prle.
é.Serão suficientes estas humilhações? Ainda não:
ln simililudinem carnis peccafi. Depois do pecado,
nada hã mais abjeclo que a sua semelhança ; o Filho
de Deus toma-a, não podendo tomar o mesmo peca
do. Na sua circuncisão, no seu baplismo, mas prin
cipalmente na sua Paixão, parece menos pecador
que o mesmo pecado : Eum, qui non noveraf pecca
fum, pro nobis peccalum fecif (1). Não pode descer
mais ; e para dar a idéia do seu abatimento, só falta
a palavra de 5. Paulo: Exinanivif semelipsum.
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I06 llEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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-r
HUMILDADE DE CRISTO i07
Resumo da Meditação
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108 !IIEDTTAÇÕES SACERI>OTAIS
181
XVII MEDITAÇÃO
A humildade. -- Sua excelência
1. Em si mesma.
II. Em seus frutos.
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A HUMILDADE too
quifur, quia mendax esl ( 1). Reine a verdade em vós,
diz S. Bernardo; deixai-a governar os vossos pensa
mentos e mostrar-vos as coisas tais como i;ão, e a
vaidade nunca entrará nêles: Non esl quo infref va
nifas, ubi regndf verifas. Infelizmente nós fugimos da
verdade, porque nos humilha, se bem que humi
lhando-nos, é que ela nos salva.
O' preciosas humilhações, que eu lemo e deveria
desejar I Oue bom sois pa'ra mim, Senhor, quando
vos tlignais dar-me mais do que as que ouso pedir
-vos! Bonum mihi quia humiliasfi me (2). Sim, en
tende bem o que lhe convém aquele que escolhe êste
caminho: Viam veri!dfis elegi (3). - Elegi abjecfus
esse (4). Um bom padre dizia: •fmquanto eu fõr
cheio de misérias, não deixarei de exclamar: Felizes
misérias, cujo sentimento me leva a envergonhar-me
perante Deus, e a humilhar-me perante os homens!
Se me sois necessárias, não vos quereria trocar pe
los merecimentos e virtudes dos outros. Prefiro ser
tal como convém que eu seja p"ara ser humilde. Re
mincio a tõdas as graças que me privassem desta
vantagem, e para não a perder, consinto em ser pri
vado do mais• (5).
2. 0 A humildade é a justiça. O homem humilde
dá a cada um o que lhe pertence: Cui honorem, ho
norem (6). F.oi êle que compreendeu êsle oráculo:
Non gloriefur sapiens in Sdpienfia sua, ef non glorie
fur forfis in• forfitudine· sua . .. , sed in hoc gloriefur:
scire ef nosse me (7). Se obteve algum sucesso, e
praticou algum bem, atribui-o àquele que dâ a von
tade e o poder. Ouanlo a êle, só fêz o que devia
fazer, le fê-lo porventura bem? Servi inufi/es sumus;
(1) Joan. VIII, 44. - (2) Ps. CXVIII, 7L- (3) lbid. 30.
- (4) Ps. LXXXIII, 11. -(5) P. de 111 Colombiere. - (6) Rom.
XIII, 7. - ( 7) Jerem. IX, 23, 24.
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HO MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A HUMII,DADE Hl
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H2 MBDITAÇÕES 8ACBRDOTAl8
(1) Ps. XVII, 28. - (2·) ld. XXXIII, 19. - ( 8) Motlh. V, :3.
(') Hebr. XII, 2.
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A HUMILDADE. H3
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MEDIT,�ÇÕES SACEI\DOTAIS
Resumo da Meditação
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A HUMILDADE H5
que seja a sua ira. Com o próximo; l como não
amará aquele que se esquece de si, para só pensar
nos outros? Comigo mesmo ; a alma humilde não
conhece as perturbações da soberba. - A glória
eterna - e até a presente. O homem mais verdadeira
mente grande é aquele que alcança melhor o seu
6m, que é glorificar a Deus. Ora, o Filho de Deus,
tendo descido do céu para dar glória a seu Pai, pre
feriu a humilhação a qualquer outro meio. Demais
disto, é não é Jesus Cristo a glória da nossa huma
nidade? é E haverá melhor maneira de sermos seme
lhantes a êle, do que amando a abjecção? Voltemos
para aqui a inclinação que lemos para a grandeza.
�
�
XVIII MEDITAÇÃO
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H6 MEDITAÇÕl!S SACERDOTAIS
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A HUMILDADE H7
(1) Ps. CXVII, 16. - (2) Eccli. III, 21. - (3) lbid. 20.
- (4 ) li Cor. Ili, 51 6.
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H8 MEDIT., ÇÕES SACERDOTAIS
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A HU!IIILDADÉ Wl
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{20 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A HUMILDADE t2t
paro? Ouid cogilabo melius et saluhrius, nisi mei
psum fofalifer humilümdo coram te? . . . Ecce tu
Sancfus sancforum ef ego sordes peccalorum. Ecce
tu inclinas te ad me, qui non sum dignus ad fe respi
cere (1). O que vos peço para mim, Senhor, pe
ço-vo-lo para lodos os padres, que vão hoje oferecer
º {remendo sacrifício: Miserere, miserere, Domine,_
da misericordiam luam poscenlibus; da grafiam indi
genlihus,. ef fac nos foles exislere, ui simus digni gra-
fia lua perfrui, et ad vifam proficiamus aefernam (2)_
Resumo da Meditação
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MKDITAÇÕES SACERDOTAIS
XIX MEDITAÇÃO
Repetição das três precedentes
(1) Haec esl allissima e! ulilissima leclio, sui ip!ij,!JS. 1·ern co-
,gnilio el despedia. /mil. l. 1, e. 2. '. '
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A HUMILDADE
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:\IEDITAÇÕES SACERDOUIS
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A HUMILDADE
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! '! Ü MEDT I AÇÕES SACERDOTAIS
_ _ ______ _ _ _
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A HUI\IILDADE !27
(1) Joon. XIV, 12. - ( 8) ld. VIII, 28. - (ª) Ac!. Ili,
12, 13.
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1.28 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
(1) Jo11n. XV, 4. - (') Rom. Ili, 27. - (3) 1 Cor. IV, 7.
(4) lbid. Ili, 7. - t ) I Tim. I 17.
5
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A PUREZA {29
consc1encia e a minha fé. - Sem ela sou um padre
perdido. Tudo se converte em çscolhos, ludo me
arrasta à desgraça clefha.
IS!
XX MEDITAÇÃO
o Verbo incarnado ensina-nos a estimar e a
amar a pureza virginat ·
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mo MEDITAÇÕl!:S SACERDOTAIS
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A PUREZA 131
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i32 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS.
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A PUREZA t::13
escolhidos para formar o cortejo do Cordeiro aque
les, em cuja fronte brilhar a auréola das virgens .
Segui-lo-ão para onde quer que êle vá, e cantarão
um cântico, que só aos que forem virgens será dado.
cantar (1). Haverá para êles gôzos distintos dos de
todos os outros predestinados: Gaudia a caeferó
rum .omnium gaudiorum sorte disfincfa ... , gaudia
propria virginum Chrisfi (2). O' ditosos padres, dai
graças a Deus por vos ler chamado a tão santa e
tão feliz profissão.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A PUREZA t3i'i
5. 0 Esla virtude faz-nos estar próximos a Deus:
lncorruplio facif esse proximum Deo ( 1) ; retrata em
nós a imagem da sua incorrutibilidade (2). Para
achar o -seu primeiro princípio e o seu tipo mais
perfeito, é necessário remontar a Deus, à fonle da
santidade; l não admiramos nós em Deus uma vir
gindade infinitamente fecunda, e uma fecundidade infi
nitamente virgem ? Isto levou S. Gregório de Na
zianzo a dizer : Prima virgo Trias est.
6.0 Ela concilia-nos o respeito e a veneração,
que tanlo contribuem para o bom sucesso dos traba
lhos apostólicos. E' principalmente pela pureza vir
ginal, que o bom odor da nossa vida delicia a es
pôsa santa do Salvador: Sil odor vitae ves/rae de
lecfamenium Ecclesiae Chrisfi (3). Quando o mundo
viu o clero calólico valar-se a uma virlude lão difí
cil, para estar mais em estado de suavizar as suas
penas e de remediar os seus males, não pôde recu
sar-lhe a sua admiração, e a doulrina da salvação
enlrou nos espíritos mediante a estima de que eram
objeclo aqueles que a anunciavam.
7. 0 Daí esse concêrlo de elogios dados pelos
Santos Doulores à pureza virginal. ê.les chamam-lhe
• a llôr da religião, a riqueza da Igreja, a honra da
natureza humana, o carácter que consagra a mais
ilustre porção do rebanho de Jesus Cristo. Com
ela a consciência está em paz, o espírito é esclqre
cido, a serenidade brilha no rosto, a alegria está na
alma, a morte é tranqüila, a bemaventurança está
segura. O' virgindade, as tuas riquezas são imen
sas, a corôa imortal pertence-te; l e não és lu mes
ma uma brilhante corôa? Vir�indadc;, templo de
Deus, santuário do Espírito Sanlo, pérola preciosa,
conhecida de um pequeno número, achada por um
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Resumo da Meditação
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A PUREZA !37
1:::1
XXI MEDITAÇÃO
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138 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A PUREZA !39
II. Os fílulos que nos são conferidos. - Como
clérigos, nós somos a herança do Senhor, o qual se
digna ser a nossa herança: Chrisfi esfis, nempe de
sorte Domini: ef ipse Dominus sors, pars scilicef
vestra (1). Mas seremos nós a herança de Jesus
Cristo, se 'o nosso coração está reparfido? -- Como
padres, nós somos os anjos do Senhor dos exércitos:
Angelus Domini exercifuur,, esf (2). Deus quer anjos
para o govérno de sua Igreja, -que é o seu reino ter
restre, assim como os tem para o seu reino do céu ;
por conseguinte é-nos indispensável a virtude angé
lica: Neque huhenf, neque nubenfur: sed erunt sicuf
angeli. Cada um de nós, diz S. Bernardo, é o pai e
a mãe de Jesus Cristo: Pafer Chrisfi generando,
mafer Chrisfi pariendo; damos-lhe lodos os dias um
nascimento novo; ora, nós sabemos quanta pureza
virginal há no duplo nascimento do Salvador, tem
poral e eterno; por conseguinte ser-nos-ia necessário
uma castidade, que se asseme_lhasse à de Maria e,
se fõsse possível, à do mesmo Deus.
Somos os seus vigários, os seus embaixadores,
os seus representantes; é. defenderemos nós a honra
dêstes belos títulos, principalmente do último, se a
.nossa virtude, debaixo dêste aspecto, não lança um
resplendor, que nos recomende à veneração dos
povos? Tales decef Dominum habere ministros,
qui ... confinenfia casfifafis splendea1ílf (3). Sem uma
inocência de costumes reconhecida por todos, repre
sentaremos nós aquele, que pôde dizer aos inimigos
mais obstinados : Ouis ex vobis arguef me de pec
cafo? Por maior que fõsse a sua sanha contra êle,
nunca ousaram manifestar uma suspeita sôbre a sua
perfeita ' pureza. Se êles vêem, que deixa aproxi-
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HO MEDITAÇÕES SACERDOTAi�
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A PUREZA
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A PUREZA
131
XXII MEDITAÇÃO
As três guardas da castidade sacerdotal
I. A humildade.
li. A vigilância.
Ili. A generosidade.
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A PUREZA
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:14,6 MEDITAÇÕF.S SACERDOTAIS
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A PUREZA U,7
humanos. Vigia sôbre todos os seus sentidos exte
riores e liga uma alta importância à modéstia dos
olhos: Pepigi foedus cum oculis meis, uf ne cogita
rem quidem de virgine (1 ). - Visum sequifur cogilafio,
cogifafionem delecfafio, delecfafionem consensus (2).
Vigia sôbre o seu zêlo e sôbre os sentimentos
que êle lhe inspira, para que não suceda que, fendo
começado pelo espírito, acl(lhe pela carne (3). Mas
vigia com particular cuidado sôbre as suas relações
com as pessoas, cuja idade e cujo sexo poriam em
perigo a sua virtude ou reputação: Fugiendae in pri
mis cum mulierihus collocufiones .. . ; afque efiam uhi
nos necessilas adegerif, ah ipsis non secus afque ah
igne cavendum esf adeo uf quam ocissime, nu/la mo
ra, ah isfis nos exfricemus (4).
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H8 MEDITAÇÕES SACERDOTAIR
Resumo da Meditação
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A POBREZA U9
XXIII MEDITAÇÃO
Nascimento de Jesus Cristo. - Sua pobreza
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150 M E D ITAÇÕES SACKRDOTAIS
___ ___ _ _ _
_
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A POBREZA t:H
céu leem seus ninhos; mas o , filho do Homem não
tem onde reclinar a cabeça• (1). No Calvário não
lerá sequer andrajos por vestido, rtem um copo de água
para apagar a sêde. Pauper in nafivifafe, pauperior
in vila, pauperrimus in cruce (2).
2. 0 A pobreza do meu Salvador é acompanhada
de sofrimentos e humilhações. De sofrimentos: que
privações, que sacrifícios ela lhe impõe I A primeira
idéia que se faz de um homem pobre, é a de um ho
mem que sofre; a indigência sem necessidade, seria
uma contradição formal. O mesmo se deve dizer
das humilhações; elas são como a sorte obrigada
dos pobres que um mundo cego despreza, julgando
sõmente pelas aparências. Jesus carece de tudo, e
ninguém o lastima nem sequer pensa em tal; logo que
o olham como filho de um artífice, não se admiram
que esteja na miséria; é a sua condição.
3. 0 Estfl pobreza é inteiramente voluntária. O
menino que eu adoro nos braços dessa mãe indi
gente, é aquele que fêz tôdas as coisas: Per quem
omnia fada sunt. Se êle quisesse, a terra poria aos
seus pés tõdas as suas riquezas; bastar-lhe-ia uma
palavra para criar novos mundos; por conseguinte
ludo aqui é da sua escolha. Se a família real de
David, na qual êle devia nascer, linha perdido o seu
esplendor, e já .não possuía as suas antigas riquezas;
se o tempo do seu nascimento coincide com uma via
gem de sua Mãe; se nas estalagens de Belém recu
sam admitir a seus pais, por não haver lui:iar para
êles ... , tôdas estas circunstâncias estão determina
das nos decretos eternos, e em virtude da sua predi
lecção pela pobreza.
O homem não conhecia o valor desta virtude, diz
S. Bernardo; mas o filho de Deus, que a conhecia
'--
(1) Luc. IX, .58. - (2) S. Bern. De Pasfor. e. 2.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A PODREZA
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J54 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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A POBREZA f53
XXIV MEDITAÇÃO
O padre, entrando no estado eclesiástico,
pela tonsura, faz profissão de pobreza
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A POBREZA
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158 MEDITAÇÕES SACEIIDOTAIS
(1) Ponlií.
(2) Clericus inlerprefefur primum voc11bum suum, ef nominis
definilione prol11l11, nilalur esse quod dicilur. S. Hier. Episf•. 2. ad
Nepal. Non 11liud qu11er11I clericus, nisi ui Domini h11eredi111lem
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A POBREZA 159
posside11!, quem elegi! e! 11 quo eledus esl; hoc enim in gr11eco no
men clerici son11f... Oui 11liud qu11erit qu11m Dominum, nec II Do
mino eâl elec!us, nec ipse elegi! Dominum. Pontif. Rom. Bibliolh.
aposl. Forma cleri. l P., p. 34.
(1) S. Hier. - (') S. Aug.
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mo IIEDITAÇÕES SACEIIDOTAIS
Resumo da Meditação
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A POBREZA 161
XXV MEDITAÇÃO
( l) Tracl. X de paupert. c. 1.
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• IIIEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) Eis qui milifanf Deo fugiend11e sunf ex fofo corde divifi11e,
quas, qui habere volunl, sine labore non quaerunf, sine difficullale
non inveniunl, sine cura non servanf, sine 11nxi11 deleclafione nori
possidenl, sine dolore non perdunf. S. Prosp. De vif. acf. ef con
fempl. sacerd. lib. 2, e. D.
(e) 1 Pelr. V, 7.
(3) Ou11si fris(es, semper aufem gaudenfes; sicuf egerifes,
mullos aufem locuplefanles; lanquam nihil habenfes, e! omnia possi
denles. li Cor. VI, to.
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A POBREZA l63
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.MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Vis
lorum. Non fibi displiceaf pauperfas lua; nihil ea.
pofesf dilius inveniri. nosse quam locuples si/?'
Coe/um emil (3). De sorte que, se eu quiser, p!)r al
guns miseráveis bens de que me desafeiçoar, possu"i
rei eternamente um reino, onde ludo abunda, glória,
delícias, riquezas. O' meu Deus, que fraca seria a
minha fé, se eu hesitasse em fazer esta troca!
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A POBREZA 165
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i66 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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A MORTIFICAÇÃO t6i
va o seu desinterêsse corno uma das principais cau
sas do feliz sucesso do seu apostolado: Si exalfofus
fuero l1 ferra, omnia fraham ad me ipsum.
131
XXVI M�DITAÇÃO
Circuncisão de Jesus Cristo. - A mortificação
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i68 MEDITAÇÕES SACE);IDOTAIS
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A MORTIFICAÇÃO 169
vós deixar de me mortificar. Tudo é virlude, fazen
do-se o que Deus quer e porque êle o quer.
(1) Gal. V, 24. - (2) Rom. VIII, 33. -(3) Coloss. 111, 5.
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i70 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A MORTIFICAÇÃO l7l
Resumo da Meditação
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MEDITAÇÕES SACERDOTATS
!SI
XXVII MEOITAÇÃO
Apresentação de Jesus Cristo no templo.
- Generosidade nos sacrifícios que Deus
nos exige
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SACRIFÍCIOS l73
1. Sacrifícios q'ue Jesus inspira a Marià. -
Maria linha mais amor à sua virgindade que à honra
infinila de ser Mãe de um Deus, corno o prova a
pregunta ao anjo embaixador, mas não tinha apêgo
à glória 'de parecer virgem. Sacrifica volunlàriarnenle
essa glória, preferindo-lhe a de imitar Jesus na humi
lhação. Ei-la pois confundida com as mulheres de
Israel; ela, que era mais pura que o sol, espera à
porta do templo a ocasiao de se purificar com as
outras mães; é porque lern um grande exemplo ante
os olhos: o Deus três vezes santo aniqüilado até to
rnar a semelhança do pecado I é. Como recusaria ela
a humilha<tão de uma impureza legal, que não con
traíu? Esfo inter mulieres fanquam una earum; nam
ef Pilius fuus sic esf in numero peccaforum ( 1).
Mas êste sacrifício é o menor dos que Maria faz
neste mistério. Sacrifica o seu Filho; e nesta vítima
tão prezada do seu coração, sacrifica mais que no
sacrifício de si mesma. Maria não ignora que, ofere
cendo-o a Deus para expiar as iniqüidades do mundo,
o sujeita aos opróbrios e à morte. As profecias eram
-lhe conhecidas; tinha lido nelas de antemão a histó
ria circunstanciada dos sofrimentos do Messias.
E depois; ouve Simeão anunciar que êste Salvador
de todos às homens, infelizmente, não os salvará a
todos; que até em Israel, muitos não quererão apro
veitar-se da sua abundante redenção; que longe de
atrair a 'si todos os corações com os seus divinos
encantos, será alvo de contradição; será despre
zado, perseguido, morto por um povo a quem ama
ternamente. • E será esta, acrescenta o santo ancião
falando a Maria, urna espada que lraspassará a vossa
alma•! Ela submete-se a ludo, aceita tudo, e repele
com um dos seus ilustres antepassados: e.Vós o que-
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174, MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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SACRIFÍCIOS 175
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{76 MEDITAÇÕES SACERDOTAlll
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FIDELIDAllE Á LEI li7
XXVIII MEDITAÇÃO
Apresentação de Jesus no tempto.-Fidelidade
em cumprir tôdas as disposições da lei
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i'78 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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FIDELIDADE Á LEI 179
regulamento ... �lo pede uma coragem heróica:
Minimum quidem minimum esf, sed in minimis Gde
lem esse, maximum. Dêmos um exemplo : o santo
uso do exame particular parece ser uma bagatela, e
nenhum sacerdote haverá que o não haja praticado
algumas vezes, ao menos emquanto eslava no semi
nário e depois dos retiros; é. haverá, porém, muitos
que o pratiquem constaqtemente?
5. 0 As coj�as pequenas são a guarda das gran
des. As leves infidelidades preparam as quedas.
é. Ouem poderá contradizer o oráculo do Espírito
Santo: Oui spernif modica, pe,ulalim decidet? ( 1)
O _exercício dos ministérios sagrados fornece-nos
uma prova disto todos os dias. é. Não a achamos
em nós mesm�s? Se preguntarmos de boa fé à nossa
alma tíbia, quási endurecida, porque é que cai nêsse
estado, a resposta não se fará esperar: Oui in mo
dico iniquus esf e/ in majori iniquus esf (9). Pelo
contrário, nunêa se ouviu dizer que um padre, que
cumpre .os menores preceitos, não· cumpra os seus
deveres essenciais : Oui Gdelis esf in minimo, ef in
majori Gdelis esf (3).
6. 0 finalmente, nunca 'ninguém é pequeno, se-
1guindo as pisadas de um Deus. Jesus Cristo leve
boas razões para fazer o que fêz; imitá-lo é para
mim uma boa razão, sem que lenha necessidade de
examinar as suas. Depois dêle, e por amor dêle,
quero obedecer a todos os preceitos, que me são
dados, por pouco importantes que me pareçam.
Ouero também :
(1) Eccli. XIX, t. - (1) Lué:. XVI, to. - (3) Luc. XVI, ta.
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t.80 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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FIDELIDADE Á LEI l8t
Determinar em que circunstâncias particulares
darei hoje a Deus esta prova do meu amor. - De
signar certos momentos no dia, em que eu examme
os pequenos sacrifícios qIJ,.e tiver feito.
Resumo da Meditação
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:182 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
XXIX MEDITAÇÃO
Apresentação de Jesus no templo. - Proceder
do bom sacerdote no que se refere às rubricas
e cerimónias litúrgicas
I. Respeita-os.
II. Observa-as.
III. Explica-as.
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CERIMONIAS \LITÚRGICAS 183
(1) Mal. III, 6. - (2) Cone. Trid. Sess. VII. Can. XIII.
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184, MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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CERIMÓNIAS LITÚRGICAS 18:i
rais, é a devoção. Se''livermos cuidado em animar
pela fé estas práticas exteriores, adoraremos a Deus
em espírito e em verdade; agradar-lhe-emos, diz
S. Cipriano, pelos movimentes do corpo, pela infle
xão da voz, sendo ludo em nós regulado pel_lil obe
diência e pelo amor: Placendum esf divinis oculis
habilu corporis el modo voeis (1). E' necessário pois
peneirar o sentido das cerimónias, para que elas se
jam apenas a expressão· dos nossos sentimentos.
Para isto convém entendê-las bem, tanto mais que
elas fazem parle do ensinb que devemos dar ao povo.
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{86 MEDITAl,iÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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SUBMISSÃO Á PROVIDÊNCIA i87
dilou as çerimónias do anligo culto. é. Com que ri
gor não puniu êle as menores faltas nesta matéria?
-A Igreja considera as .cerimónias como coisa de
muita gravidade; faça-se idéia disto por um <los seus
decretos: Si quis dixerit. . . O anátema é a maior
pena que ela inflige ; é. aqui contra quem se profere?
XXX MEDITA<;ÃO
Fugida para o Egipto. -. Belo modêlo
de submissão á Providência
). Na parlida.
li. Na estada no Egip!o.
lll. Na volta a Nazareth.
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188 MEDITAÇÕES SACEIIDOTAIS
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SUBMISSÃO Á PROVIDÊNCIA 189
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mo MEDITAÇÕES, SACERDOTAIS
(1) /mil. 1. 1, e. 9. - (2) !d. 1.11, e. 3.- (3.J M11Uh. li, 13.
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SUBMIS:,ÃO Á PROVIDÊNCIA rnt
bem algum. Um padre refledido vê fàcilmente quão
frívolos são êstes pretextos. - Faltas I é. mas onde se
não cometem ? é. e onde se éometerão menos do que
onde estamos seguros de lei: a graça, que vai sempre
unida à obediência e paciência? - Dêmos à oração
o mais tempo que pudermos, aproveitando-o com cui
dado; Deus não pode querer mais. Sacrifiquemos à
sua glória, se fõr preciso, as nossas dõces comuni
cações com êle; nada peri:leremos com isso; serve-se
bem a êste grande Rei, deixando-o para o servir. -
Mas sofro inrJlilmenfe, porque não faço bem algum I
é. Ouem vo-lo disse? Atribuem-se à estada do Salva
dor no Egipto as graças que mais tarde povoaram
de Santos êsses vastos êrmos; Deus talvez vos pu
sesse nessa parrõquia para merecer com os vossos
.sofrimentos e a vossa fervorosa oração, as bênçãos
que se propõe derramar sõbre ela num tempo que só
êle conhece. é. Não ides vós ali converter uma alma,
de que Deus se servirá para santificar um grande
número de outras ? é. Não fazia Jesus Cristo nenhum
bem, quando não fazia senão sofrer e morrer pela
salvação do mundo? Ainda mesmo que tõda a van
tagem da vossa posição se· limitasse a cruzes, é. é
coisa pouca expiar os vossos pecados, ter cá na
terra o vosso purgaw_rio, dar a Deus a prova mais
certa de amor? •
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19! MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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SUBMISSÃO Á PROVIDÊNCIA 193
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i04 MEDITAÇÕES SACERD O A_ _IS
_ _T _______
XXXI MEDITAÇÃO
O bom sacerdote honra a Providência
I. Reconhece-a em fôdas as coisas.
li. Submele-se II ela.
III. Confia nela.
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O SACERDOTE E A PROVIDÊNCIA 193
.!)
(1) Job. 1, 21. - (2J ld. XIX, 21. - ( 3) Is. XLVI, 10.
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196 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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O SACERDOTE E A PROVIDÊNCIA 197
almas? i Oue feliz eu seria, ó meu Deus, se me dei
xasse dirigir pela minha fé I Esta ensina-me que
nada vos detém na execução dos vossos desígnios:
nada, nem mesmo a vontade do homem, pois ne
nhum há tão rebelde, que não 'possais submetê-lo à
vossa lei, sem ofender, a sua liberdade. Ensina-me
que a vossa sabedor:-ia infinita dispõe tõdas as coisas
com admirável fortaleza .e suavidade (1); que sabe
tirar o bem do mal, e converter os obstáculos em
meios. O patriarca José nunca esteve tão perto do
trôno como quando o prenderam. Ensina-me final
mente que me amais com muita vantagem sõbre o
que eu posso amar-me; que considerais os meus sofri
nirntos e as minhas necessidades com os olhos de
um pai (2); que não há mãe que tenha para seu filho
os carinhos que vós tendes para comigo (3). Entra,
ó alma minha, em verdades' tão consoladoras; acha
rás nelas o teu repoiso: Converfere anima mea, in
requiem luam (•). - ln pace in idipsum dormiam ef
requiescam (5). - Dominus regi/ me, ef nihil mihi
deerif ( 6).-Efiamsi occiderif me, in ipso sperabo (7).
Vq,u, ó meu Deus, subir ao altar; posso subir a
éle lodos os dias; l como é possível que ache difícil o
confiar na vossa Providência? Ouando me dais
vosso Filho, .l que iodeis vós recusar-me? Miffe
curas inanes, o sacerdos, e/ omnem spem afque fidu
ciam in Palre fuo coelesfi repone, qui Jibi quofidie
Filium suum unigenifum dai in alfaris sacramento (8).
Não, ó meu Deus, vós não deixais de olhar com
olhos propícios, para aqueles que leem recebido de
vós tão grande favor e tão convincente prova do vosso
amor, a não ser que a sua in�ratidão vos obrigue.
(') Sap. VIII, 1. - (2) Mallh. VI, 8. - (3) Is. XLIX, 15;
LXVI, 12, 13. - (') Ps. CXIV, 7.-("l Ps. IV, 9. - (6/ ld.
XXII, 1.- ( 7) Job XIII, 15.-(8) Scul. lid. pari. IX, med. 1,•
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!98 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da 1\1.editação
( 1) Miss. Posfcomm.
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O SA!:ERDOTI! E A PROVIDÊNCIA {9!1
XXXII MEDITAÇÃO
Dois outros deveres do bom padre
para com a Providência
1. fã-la honrar.
li. Moslra-se digrto inslrumenfo dela.
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ioo l\lEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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O SACERDOTE E A PROVIDÊNCIA 201
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) Rom. XII, 6. - (•) li Cor. IX, 7. - (3) Luc. IV, 16.
-(4) Id. X, 31,32, 33.
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O SACERDOTE E A PROVIDÊNCIA '!03
expr1m1am : M1sereor super furbam? Dai-ma hoje,
eu vos suplico: não quero já sõmente honrar e fazer
honrar a vossa Providência; quero também, quanto
me fõr possível, auxiliá-la, e ser o seu instrumento.
Quero ser do número daqueles a quem direis no úl
timo dia: Hospes eram, ef collegisfis me, nudus ef
cooperuisfis me. . . Ouandiu fecisfis uni ex his frafri
bus meis minimis, mihi feci�fis (1).
Resumo da Meditação
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MÉDITAÇÕES SACERDOTAIS
XXXIII MEDITAÇÃO
Jesus na idade de doze anos separa-se de
seus pais. - Façamos a Deus o sacrifício de
nossas afeições mais Jegitimas e caras.
O preceito do amor dos filhos para com seus
pais é, segundo obsc;rva 5. Paulo, o prime.iro a que
está ligada uma recompensa: Primum in promis
-sione (1). Nada mais louvávelf nada mais sanfo que
êste amor, com fanfo que seja subordinado àquele
que devemos a Deus; porque, diz energicamente
S. Bernardo: Si impium esf confemnere mafrem,
conlemnere famen propfer Chrisfum piissim11m esf l2).
Ora, se nós devemos estar. dispostos a quebrar laços
sagrados ao primeiro sinal da vontade do Senhor,
quanto mais o devemos estar, quando se trata de
lôda a afeição menos legítima I Sejamos dóceis à
voz da graça, quando nos exci,fa a sacrificar a Deus
o amor de nossos pais e tôdas as nossas afeições
naturais; e_is aqui três poderosos motivos:
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SACRIFÍCIO DAS AFEIÇÕES
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206 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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SACRIFÍCIO DAS AFEIÇÕES i07
cidade a daqueles que o Salvador inscreve no nú
mero de seus amigos verdadeiros I ê.les conhecem-no,
contemplam-no já por antecipação: Manifesfabo ei
me ipsum. Mora Deus nêles I Mansionem apud eum
facieinus ! e. Não é isto um comêço da bemaventu
rança? São o objedo de uma Providência especial;
o Tado-Poderoso guarda-os, como a menina dos
olhos ( 1 ); as contradições que sofrem, as tentações
que os assaltam, até as faltas que cometem por fra
gilidade, ludo concorre para o seu bem (2). e.Lem
bra-se alguém da história dos Santos, sem se lem
brar dos combates de generosidade enlre Deus e os
seus fiéis servos? Abraão consente em imolar o seu
filho, que amava ternamente, e em quem depositava
as mais dôces esperanças; era ali que Deus o espe
rava: • Dor mim mesmo juro, diz o Senhor: já que
fizeste esta acção, e não perdoaste a teu filho único
por amor de mim, eu te abençoarei• �3).
Sacerdote que meditas, é talvez aí também que o
supremo Senhor te espera; quando lhe liveres sacri
ficado êsse objedo que divide o teu coração, já nada
impedirá a efusão de suas graças. Conceder-te-á o
dom da oração, o discernimento dos espíritos, a pru
dência na direcção das almas, uma grande facilidade
em praticar tôdas as virtudes do teu santo estado;
porque é assim que êle costuma tratar os que se dão
a êle sem reserva. 1 De que bens me tenho privado
por não renunciar a vãos prazeres I Oh 1 meu Deus,
1 que cegueira tem sido a minha 1 Não permitais que
eu nela recaia. Ouebro de uma vez para sempre,
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ios MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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SACRIFÍCIO DAS AFEIÇÕES
Resumo da Meditação
(1) Mallh. XXV, 30. - (2) Is. LXI, 8. - (8) Mallh. X, 37.
- (4) Jd. XII, 30.
0
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'UO IIIEDITAÇÕRS SACERDOTAIS
XXXIV MEDITAÇÃO
Jesus perdido e achado. - Contemplação
!. Confemplar as pessoas.
li. Ouvir as palavras.
Ili. Considerar as acções,
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JESUS PERDIDO E ACHADO
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212 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS PERDIDO E ACHADO 213
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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JESUS EM NAZARETH 'U5
XXXV MEDITAÇÃO
Jesus em Nazareth. - Contemplação
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216 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS EM NAZARETH 217
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218 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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JESUS EM NAZARETH
131
XXXVI M�DITAÇÃO
O mistério da vida oculta de Jesus Cristo
em Nazareth
[. Cura-nos.
II. Consol11-nos.
,1il
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220 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS EM NAZARETH 2'.H
as suas fôrças, · a sua omnipotência, em quê ? Nem
são algumas semanas, alguns meses : é quási lõda a
sua vida; e passa-a envolto nestas lrevas l Esta ljção
era-nos necessária; e é bem apta para curar a nossa
soberba 1
Custa-nos muito vêr-nos no úllimo lugar, sem
emprêgo, ou em algum de pouca importância, não
sermos _nada, principalmente se· fõmos e se nos jul
gamos ainda capazes de· ser alguma coisa. ê.ste
esquecimento, êsle desprêzo, esta sepultura antes da
morte, ludo isto nos parece insuportável . . . Mas
é que responderemos ao exemplo do Filho de Deus,
q11e quis viver mais oculto, mais esquecido que nós,
e mais ·tempo ? é Dizeis que as necessidades da Igreja
são grandes, e que poderíeis fazer bem? - Oue bem
se não poderia fazer durante os trinta anos que Jesus
morou em Nazat�lh; e que bem não leria feito, se o'
empreendesse? Dizeis: é Para que me deu Deus
êstes talentos, se não quer que eu me sirva dêles ?
Em primeiro lugar, fazei a mesma pregunla com rela
ção a Jesus Cristo; mas àlém dislo, compreendei
esta resposta: Deus deu-vos os talentos, para vos
servirdes dêles no tempo e da ·maneira que lhe aprou
ver; deu-vo-los, para que lhos sacrifiqueis. é E' per
dido o incenso que se consome deante dêle e para
sua glória? t Pode ·ser empregado mais ulilmenle?
Não, não oculta os seus talentos aquele que, não fa
zendo nada 1 faz .o que Deus quer.
O' filhos dos homens 1 vinde agora com as vossas
balanças enganadoras (l), e os vossos falsos juízos,
vinde gloriar-vos da estima das criaturas, e dar-me
os vossos funeslos conselhos: Manifesta. te ipsum
mundo (2). Para extinguir em mim algum desejo se
melhanle, não preciso senão considerar o que se
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m MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS EM NAZARRTB
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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OBEDIENr.lA DE .IF.SIJS
XXXVII MEDITAÇÃO
jesus em Nazareth. - Sua !)bediência:
Et eraf subdifus illis ( 1)
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MEDITAÇÕES SACERDOT.� IS
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ODEDIÊ1'CIA DE JESUS
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228 �IEOITAÇÕES SAr:El\llOTAIS
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OBEDIÊNCIA DE JESUS
Resumo da Meditação
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\!30 MEDITAÇÕES SACERnQT�IS
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OBEDIÊNCIA DE JF.SLS 231
XXXVIII MEDITAÇÃO
Razões especiais que teem os sacerdotes
para imitar a obediência de Jesus Cristo
1. O seu zêlo da glória de Deus.
II. O seu amor para CGm a Igreja.
III. A obrigação contraída na mesma ordenação.
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232 l!EDITAÇÕE!t SACERDOTAIS
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OBEDIENCIA DE JESUS
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AIEDITAÇÕ!,;S SACERDOTAIS
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om:n111:-.r.1A 1,E JF.SLS
Resumo da Meditação
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)IEDITAÇÕES SACERDOTAIS
181
XXXIX MEDITAÇÃO
Preciosos frutos que o bom padre tira
da sua obediência
1. A paz da alma.
II. A própria santificação.
Ili. O zêlo eficaz.
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FRUTOS DA ODEDI�CIA 23i
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m:nJTAÇÕES SACERDOTAIS
(1) Longe lulius esse regi quam regere, parere qu11m imperare,
(2) Grad. 1. De obed. e. 1. - (5) ,?. Aug. 1. 1 4. De civil,
Dei. -(4) S. Greg. 1. 35. Mor. e. 10.
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FRUTOS DA OBEDIÊNCIA 23!1
1
gressu hominem ducif ad Chrisfum (1). E' a sua per-
feição : é dela, como da caridade, que recebem lodo
o seu mérito. é Oue valor leriam os meus jejuns, se
só tivesse em vista satisfazer a minha vontade? (2)
i. A própria caridade não se confunde com a obe
diência? Si di/igilis me, manda/a mea serva/e (3). -
Obedienfia virfus esl consummafél ... : e/iam ipsa cha
rifas, si contra hanc quidquam diligere moliatur
nec vera esse charifas judicafur (4).
finalmente, a razão por que a obediência é um
meio tão eficaz de santificação, é porque exerce
uma espécie de império sôbre o Todo-Poderoso, e
obtém dêle tudo o que pede: Cifius exauditur una
obedienfis orafio, quam decem millia confempforis (5).
A liberalidade do homem obediente provoca a vossa,
ó me� Deus! ele dá-vos o que mais preza; é que
poderíeis vós recusar-lhe? Se fazeis a· vontade dos
que vos temem (6), équanto mais a dos que vos
amam? Assim, só com o exemplo de óbediência que
me dais, abris-me um caminho seguro e fácil para
uma eminente perfeição. Ah I quão pouco vos lenho
segui-do por êsse caminho, visto ser ainda Ião imper
feito! Concluamos com Santo Agostinho, que nada
há tão vantajoso à alma como o obedecer: Nihil
Iam expedi! animae, quam obedire (7).
(1) S. Hier.
ln reg. mon. - 1 2 ) Is. LVIII, 3. -<3) Joan.
De ohed. cleric. e. 1.- (5) S. Aug.
XIV, 15. - ('J Phil. 11bb.
De oper. monach. - ('l) Volunl11{em iimenlium se faciel. Ps.
CXLIV, 19. - (1) ln Ps. LXX, cone. 2.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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FRUTOS DA ÔBEDIÊNCIA
Resumo da Meditação
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MEDITAÇÕES SACEIIDOTAIS
XL MEDITAÇÃO
Qual deve ser a obediência dos sacerdotes
para se assemelhar à de Jesus Cristo
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FRUTOS DA OBEDIÊNCIA i43
pfum esf . . . uf lacerem volunfafem fuam ... ; Deus
meus, volui (1). Mas êsse Deus, ao qual obedece
unicamente, é um Pai ternamente amado; e é para
lh_e provar o seu amor, que faz sempre o que é do
seu agrado: /ta, Pafer, quoniam sic fuif placifum
ante fe (2). - Ut cognoscaf mundus quia di/igo Pa
lrem, ef sicuf mandatum dedif mihi Pafer, sic faciQ:
surgife, eamus hinc (3).
Demos êste duplo caráder à nossa obediência.
Seja ela religiosa e filial em seu motivo. Só Deus
tem direito de exigi-la. Não degrademos a nossa
vontade, até pô-la ao serviço do homem : Non ...
quasi hominihus placenfes, sed ui servi Chrisfi, Fa
cienles volunlafem Dei ex animo (4). Se vemos a
Deus no nosso superior, qualquer que éle seja, rece
beremos as· suas ordens com respeito: Cum fimote
ef !remore (5). Nunca sairá da nossa bôca uma pa
lavra de queixa, de murmuração, de censura; e longe
de parecer . desaprovar o uso que êle faz do seµ po
der, esforçar-nos-emos sempre por justificá-lo, ao
menos com a máxima geral ; que, estando o superior
mais alto, eslá mais no caso de julgar o que é van
tajoso ou prejudicial ao corpo, de que êle é cabeça,
e cujo govêrno lhe pertence (6).
Mas ao respeito juntemos a ·confiança fili·al, ins
pirada pelo amor. O bispo é o pai do nosso sacer
dócio: Reverendissime pafer, postulai saneia mafer
Ecclesia . .. ; tal foi a primeira palavra dirigida ao
bispo na .ceremónia da minha ordenação. O ósculo
de paz, que êle me deu, quando eu lhe prometi obe
diênci'a, dizia-me claramente: • Sêde para mim um
filho, e serei para vós um pai; o meu amor dar-vos-á
ordens, o vosso obedeça-me• . Oh I quantas coisas
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MEDITAÇÕl!:S SACERDOTAIS
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PRUTOS DA OBF.DIÊNCIA . 24:.S
Tornemos por modêlos os querubins da visão de
Ezequiel. Além de terem seis asas, para significarem
com que presteza executavam as ordens que lhes
eram dadas, tinham também quatro rostos, que olha
vam para as quatro parles do mundo, e voavam, não
para onde queriam, mas para onde o espírito do
Senhor os impelia. Demais' disto, estavam em pé e
agitavam as asas, como para tomar o vôo, achando
-se sempre dispostos a dei•xar, alé o céu, se preciso
fôsse, para obedecer a Deus. Ditoso o sacerdote
que tem esta simplicidade 6 prontidão na obediência
que presta ao seu bispo, vigário de Jesus Cristo,
pois mete-cerá que o Salvador diga dêle um dia, apre
sentando-o a seu Pai: ln lJUdifu auris obedivif mihi (1).
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MIWITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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FRUTOS DA OBEDIÊNCIA
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MEDITAÇÕES �ACF.ll_D_TO _A_IS
_______
XLI MEDITAÇÃO
.
Progressos do bom padre na perfeição : Jesus
aufem proGciebal ... coram Deo el hominibus (1)
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P H OGRESSC, NA PERFEIÇÃO
_______ _ _
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llEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1 / Is. V, 2.
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PROGRESSO NA PERFEIÇÃO
Resumo da .l\teditação
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MF.DITAÇÕF.S SACF.RDOTAIS
XLII MÊDITAÇÃO
fazer cada coisa com tôda ,a perfeição
possível, grande meio de progredir
ràpidamente na santidade
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-
______�53
PROt;BESSO l'iA l'_EB_F_E_IÇ-'---A_O
_
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�rníllTAÇfü:s SACEIIOOTA1S
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PROGRESSO NA P�:RFEIÇÃO
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MEJllTAÇfü:s SACERDOTAIS
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-PERFEIÇÃO NAS OBRAS
Resumo da Meditação
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258 MElllTAÇÕES SACERDOTAIS
XLIII MEDITAÇÃO
Primeira causa, após a graça, da santidade
das. nos�as acções: a boa intenção
que as dirige
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llECTA INTENÇÃO
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MEDITAÇÕRS SACERDOT,o\lS
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RECTA INTENÇÃO 26i
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262 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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RECTA INTENÇÃO
( 1) Epis!. CXL.
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MEDITAÇÕES SACERDúTAIS
Resumo da Meditação
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§ 4.º
Vor meio dos ex:emplos da sua vida pública,
Jesus '2rlsto forma-nos e prepara-nos para
procurar e promover a glória de Deus e a
sal.vação das almas.
XLIV MEDITAÇÃO
As duas bandeiras. - Convite à vida
apostólica
1. 0
Bandeira de Lúcifer. - 1. Imaginai ve; o
caudilho dos réprobos nas vaslas planícies de Babi
lónia, sõbre um trõno de fogo, }odeado de chamas
e de fumo. Infunde pavor só com suas hediondas
feições e olhar lerrível.
Penetrai o sentido destas figuras. As vasfos pla
nícies significam o caminho largo dos pecadores.
Babilónia, cidade de confusão, dá idéia da desor
dem das consciências culpadas. O frôno de fogo
simboliza a soberba e as paixões que devoram • as
almas. O fumo é imagem da cegueira do pecador e
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266 MEOITAÇÕES SACERDOTAIS
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DOAS BANDEIRAS 267
há nada de que êles se não sirvam para realizar os
seus funesto� desígnios: livros, pinturas, cantos, ele.
Contemplai, finalmente, o grande e lamentável éxilo
de Lúcifer. Recorre a tôdas as paixões; tôdas as
paixões lhe respondem. é. Não se pode dizer com
verdade: Ecce mundus fofus pasf eum abiif? ( 1 )
i. Onde estão os que resistem sempre à concupiscên
cia da Célrne, à concupiscência das alhos, à soberba
da vida? (2) e. Quantos, depois de se deixarem sedu
zir, aumentam o número de seduclores? Por isso, o
inferno se enche ; quantas vitimas lá caem a cada
instante! e por tôda a eternidade 1 . . . é. Ficareis in
sensível a êste horroroso especláculo?
(l) Joan. XII, 19. - (2) 1 Joan. li, 16. - (3) Ps. XLIV, 3.
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2fi8 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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-------- - -D,UAS BANDEIRAS
--------------�69
zas, dos prazeres e das honras, se.não impondo-lhes
o àmor da pobreza, dos sofrimentos e do des
prêzo •.
4." Vêde os apóstolos e os herdeiros de seu
zêlo em lodos os lempos; com que ardor empreen
dem, com que perseverança prosseguem a obra de
misericórdia que lhes foi confiada I Recordai-vos das
fadigas, das perseguições 1 dos sacrifícios que o
seu ministério lhes custou, e igualmente de quantas
vitórias alcançaram sôbre o inferno. Ouanlas almas
lhes deverão o ler escapado ao suplício eterno, e no
céu lhes agradecerão depois de Deus a sua suprema
felicidade I Vós combateis debaixo do mesmo estan
darte, tendes os mesmos mol�vos de zêlo de tantos
sacerdotes santos que, desde há dezanove séculos,
leem mostrado a sua coragem nesta guerra sagrada,
e se 'teem dedicado aos trabalhos apostólicos; é. mere
ceis vós que êles vos conheçam por seu companheiro
de armas? Ah I se Jesus Cristo não tivesse achado
nos outros seus ministros uma cooperação mais efi
caz do que tem sido a nossa até ao presente, é. a
que estreitos limites estaria reduzido o seu reino?
Se Lúcifer só tivesse visto padres como nós a opór-se
aos seus desígnios e disputar-lhe as almas, .é. onde es
tariam os escolhidos? Envergonhemo-nos, e humilhe
mo-nos de ler feilo Ião pouca honra ao nosso divino
chefe, e secundado Ião mal os seus desígnios.
Revesti-vos de novo dos senlimenlos de um após
tolo; nada é mais capaz de os reanimar em vós do
que a fervorosa participação do sacramento de nos
sos allares. Depois da comunhão, ouvi a Deus Sal
vador dizer-vos como a Pedro: Diligis me? pasce
oves met1s. Depois de termos recebido a sua carne
adorável e bebido o seu sangue divino, devemos as$e
melhar-nos a leões que respiram fogo; convém que
a divina caridade de Jesus Cristo nos mova e infla
me, e que façamos tremer 'ó inferno: Tanquam leones
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<J_ 7_0_____ _M E lllTAÇÕES SACERDOTAIS
_ � _ __
Resumo da Meditação
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DUAS BA NDElnAS 271
XLV MEDITAÇÃO
Desenvolvimento e aplicação da parábola
das duas bandeiras
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MEDITAÇÕES SAC�DOTAIS
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273
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DUU BANDEIRAS
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274 MRDITAÇÕES SACERDOTAIS
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DUAS BANDEIBAS
Resumo da Meditação
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.MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
131
XLVI MEDITAÇÃO
Repetição das duas precedentes, e resumo
dos motivos do zêlo da salvação das almas.
- Reduzem-se a três pontos
1. Molivo de glória.
II. Motivo de caridade.
Ili. Motivo do próprio inferêsse.
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DUAS BANDEIRAS 277
homens, que tiveram na terra uma missão a cumprir.
�o mundo antigo um Moisés oferece-se a Deus como
vítima, para obter o perdão de seu povo: Auf dimifl�
eis hanc noxam, auf si non facis, dele me de libro
fuo, quem scripsisfi (1). No novo, S. Paulo exprime
com os seus sentimentos os de seus companheiros no
apostolado, quarido exclama: Quis inGrmafur, ef ego
non inGrmor? 01.!is scandaliwfur, ef ego non uror? (2)
- Ego Bufem libenfissime· impendam ef superimpen
dar ipse pro animabus vesfris ( 3). Acha-se êste mesmo
ardente zêlo, esta mesma necessidade de dar a vida
pelas almas, não só nessa longa série de santos pon
tífices, sucessores dos apóstolos, mas também em
todos os bons sacerdotes, com quem repartiram os
cuidados do cargo pastoral. S. Domingos, S. fran
cisco de Assis, S. V1cenle Fem:r, S. Vicente de
Paulo, Santo António de Lisboa, Santo Inácio de
Loiola, S. francisco Xavier, ele. ; que zêlo nos recor
dam! Nos nossos dias ainda, e entre nós, quantos
exemplos capazes de inflamar o nosso ardor I é. Não
� hã até brilhantes, que nos são dados por leigos?
O zêlo associa-me portanto a tudo o que tem havido
de mais honroso entre os homens; que digo? asso
cia-me aos anjos: Omnes sunf adminisfraforii spiri
fus, in minislerium missi propler eos qui haeredifo
fem capie_nf saiu/is (4). - Associa-me a Deus: Dei
enim sumus adjufores ( 5). - Zelu� Dei vila esf ( 6 ).
2. 0
Mas l qual é essa obra, para a qual o Todo
-Poderoso se digna pedir o nosso concurso ? Ouanto
ao Pai, é o grande e eterno objeclo do seu pensa
mento : Façamos o homem li nossa imagem e seme
lhança: façamo-lo para a santidade e felicidade.
Ouanlo ao Filho, é o têrmo a que dirige lodos os
(1) Exod. LXXXII, .31, .32. - (2) 11 Cor. XI, 29. - (3) lbid.
XII, 15. - (•) Hebr. 1, 14. - (5) I Cor. 111, 9. - (6) S. Ambr.
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278 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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DUAS BANDEIRAS 279
dizer-lhe: Sei que me tens amor, Pedro; mas pre
cisas de dar a mim e a ti uma prova incontestável
disso; que farás? chorarás o teu p�cado ? dormirás
no chão? O' meu apóstolo, conhece melhor o meu
Coração : cuiqa dos meus cordeiros e das minhas
ovelhas, e tranqüiliza-te; não podes dar-me um penhor
mais certo do teu amor. E' o que levou S. Cirilo a
dizer: Ex hoc loco {Jgnoscunf lidei ,m{Jgisfri, non
éJliler se summo P{Js/ori gr{J/os fore, qu{Jm si omni
sfudio C{Jveanf uf rafion{J/es oves curentur. S. Lou
renço Justiniano: Nihil Iam Deo gr{Jfum {JCcepfum
que esf, qu{Jm pro viribus oper{Jm d{Jre ut homines
redd{Jn/ur meliores. S. Gregório Magno : Nullum
omnipofenfi Deo tale esf S{JCriíicium, qu{J/e esf zelus
{JflÍm{Jrum. llle {Jpud Deum in {Jmore m{Jgis dives esf,
qui {Jd ejus {Jmorem plurimos fr{Jhif; S. João Crisós
tomo : Nihil {Jdeo decl{Jr{Jf quis sif lide/is {Jffl{Jns
Chrisfi, qu{Jm si fr{J/runi cur{Jm {Jg{Jf, proque illorum
s{J/ufe ger{J/ sollicifudinem. Hoc m{Jximum {Jmici/i{Je
erg{J Chrislum {Jrgumenfum.
2.° Caridade para com o próximo. A compai
xão· é o seu primeiro efeito; le a que seríamos nós
sensíveis, se o não fôssemos. à triste sorte de tantos
dtsgraçados, que passam a vida no pecado e no so
frimento, ignorando o que mais importa conhecer, ou
usando das suas luzes só para agravar a· sua culpa
e desgFaça ? Aonde vão êsses cegos? l Para onde
correm êsses loucos ? l A' borda de que abismo
dormem lodos êsses. pecadores? Ainda que se sacri
ficasse a vida para salvar essas almas, não se faria
mais do qbe cumprir a obrigação do bom pastor:
Bonus pl1sfor l1nimlJm sulJm dl1f pro ovibus (1). Mas
l de que se trataria as mais das vezes? De um
pouco de paciência para instruir, de um pouco de
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i80 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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DUAS BANDEIRAS 28t
(1) 1 Pelr. IV, 8. -(2) Ps. CXXV, 6. - �3) Is. XX.XII, 18.
- (4) Philip. IV,:;, - (�) I Thess. II, 19. - ( ) Past. Ili.
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i82 ---------
MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditaç�o
,
1. Motivo de glória. - é. A que nos associa o
nosso amor para com as almas? Ao que tem havido
de mais honroso entre os homens; aos anjos, ao
mesmo Deus, cujos cooperadores nds �namos. -,
e. Para que sublime obra nos faz concoiilr? A sal
vação do homem é o grande objeclo �dos pensamen-'
tos de Deus Padre, dos sofrimentos de Deus filho,
de tõdas as operações do Espírito Santo.
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BAPTISMO OE J. CRISTO 283
II. Motivo de caridade. - Para com Deus, que
tanto ama as almas l . . . Oualquer que seja o teste
munho de zêlo, que possamos dar-lhe, nenhum lhe
agrada tanto como o nosso zêlo da salvação das
almas. - Di/igis me? PfJsce fJgnos, pdsce oves mefJs.
- Para com o próximo. e. Como amá-lo, e permane
cer insensível à desgraça -de tantas almas, para as
quais se pode alcançar a suma felicidade?
181
XLVII MEDITAÇÃO
Baptismo de Jesus Cristo. - Contemplação
I. Confempl11r 11s pessoas.
li. Ouvir 11s p11l11vr11s.
Ili. Considerar 11s acções.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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BAPTISMO DE J. CRISTO 285
minha boa Mãe, porque cedo voltarei• (1). - Pene
trai no coração de João Baplista, e compreendei os
seus sentimentos, quando reconhecendo a Jesus Cris
to, lhe diz cheio de respeito: Ego a te debeo bapfi
zari, ef tu venis ad me I (2) Compreendei principal
mente a resposta que lhe é dada : • Sine modo, sic
enim decef nos implere omnem jusfifiam. Visto sabe
res quem eu sou, deixa: não te oponhas aos meus
desígnios; porque não é chegado o tempo de mani
festar a minha glória, mas sim o de me humilhar:
Sine modo. Convém que nós cumpramos tôda a jus
tiça, nos: eu recebendo, e tu dando-me o baplismo;
nos, nós que instruímos os outros, importa que em
tudo lhes dêmos o exemplo• (3). Humilhemo-nos.
A perfeição da humildade é a perfeição da justiça;
o homem humilde respeita todos os direitos; dá a
Deus a honra, e guarda para si a abjecção. - Pres
tai lôda a vossa atenção à voz que vem do céu:
Hic esf Filius meus di/ecfus, in quo mihi complacui.
Filho de Deus, objedo eterno das complacências de
Deus! Tôdas as grandezas de Jesus Cristo, tôdas
as suas perfeições estão contidas nestas duas pala
vras; é quando lhe dareis vós o que lhe deveis por
êste duplo tilulo?
(1) Med. vil. Chrisf. - (2) Mafth. III, 14. - (3) Corn.
a Lap.
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286 MEOITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) Jesu baptizalo e! orante, aperfum es! coelum. Luc. Ili, 21.
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BAPTISMO Ili': J. CRISTO 287
sôbre êle em forma de pomba. Ei-lo agora recomen
dado não só à atenção, mas também à adoração dos
homens; o bom êxito da sua p.rêgação é preparado
por sua humildade.
O' meu _bom padre , é, sabeis como deveis dispôr
-vos a cumprir as vossas fu·nções ? Humilhai-vos,
confundi-vos como um pecador; lavai as vossas me
nores faltas nas lágrimas de vosso arrependimento.
O céu se abrirá, o Espírito de Deus vos encherá de
seus don�, e preparará os corações para se aprovei�
tarem do vosso zêlo.
Antes de subir ao aliar, dizei a Jesus Cristo,
com os mesmos sentimentos que João Baptisla:
• Ego éJ fe debeo hé1pliZélri, ef fu venis éld me! Ser
-me-ia necessária tanta inocência para !ralar devida
mente d� Ião tremendos mistérios 1. . . Só vós, ó
meu Deus, 'lle podeis !ornar digno disso; mas , que
digo? é, pode sê-lo uma criatura? Ah I Senhor, em
bora a minha pureza igualasse a de João Baptisla,
embora eu tivesse a santidade dos anjos e da sua
Raínha, deveria ainda admirar-me da infinita condes
cendência com que vos dignais vir a mim : Tu. .
ad mel é, Ouem sóis vós, Senhor, e quem sou eu•?
Ide contudo com muita confiança; mas depois da
missa, vendo um Deus descido até ao abismo do
vosso nada, suplicai-lhe .que destrua em vós tôda a
soberba , e adorne a vossa alma de tôda a justiça,
dando-vos uma perfeita humildade!
Super bonifélfe fuél e! magnél misericordiél fuél,
Domine, confisus, élccedo éleger éld 5a!vélforem, esu
riens ef sifiens éld fanfem viféle, egenus· éld Regem
coeli, servus éld Dominum. . . Confiteor vi/ifél(em
meélm, élgnosco fuélm honifélfem ... ; ef grélfiéls élgo
propfer nimiélm carifélfem ( 1).
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MEDITAÇÕES SAC:ERDOTAIS
Resumo da Meditação
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J, CRISTO NO DESEllTO 'il89
XLVIII • M�DITAÇÃO
Jesus Cristo no deserto. - Amor do retiro
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290 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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.J. CRJgTO NO DESERTú
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,292 Mf:DlTAÇÕES SACKRDOTAIS
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J. CRISTO NO DESERTO 203
ministérios que exerceram, do uso que fizeram de
um tempo tão precioso! Quantos, a quem os anjos
do santuário poderiam re9etir as palavras de Isaías ;
Recedi/e, recedi/e: exile inde, polfufum no/ife fon
gere . .. , mundamini qui ferfis VtJStJ Domini (1). Re
tirai-vos, saí daí, não foqueis em coisa manchada;
não loqueis, antes de vos purificardes, o que há de
mais sanlo e sagraelo. N&o são já sàmente os vasos
do Senhor; é o mesmo Senhor que trazeis nas vos
sas mãos, sôbre a vossa língua, no vosso coração 1
Ide purificar-vos na solidão; ela é a mãe da com:
punção, o banho dat almas, a morte dos vícios; é
uma fornálha onde o oiro da caridade perde tõda a
liga impura: ln qutJ 'dissolulé'J animtJe ru/:Jigo consu
mifur, et sctJbies pecctJforum é'JC scoritJe deponun
lur (2).
.3. 0 E' também num bom retiro, e lá sàmente,
que nos decidimos deveras a seguir uma vida santa e
perfeita, que é para nós de estricla obrigação. l Será
enlre o ruído das criaturas e o cuidado dos negó
cios, que Deus fala ao coração essa linguagem pene
trante, que deixa impréssões duradoiras? E se falas
se, seria ouvido? Se esclarêcesse, l estaria a alma
disposta a seguir a luz? DuCtJm eam in solitudi
nem, ef loqutJr tJd cor ejus (9). l Será no meio do
mundo que eu devo ter ese_erança de receber essas
graças abundantes e eficazes, que lransíormam um pa
dre pecador, ou imperfeito, em um padre virtuoso,
sendo que, para me favorecer com elas, Deus me
cferece o grande meio do retiro, dignando-se cha
mar-me para êle pela voz de meus superiores e pela
da minha consciência? Venife ... in deserfum locum,
e/ requiescif; pusillum (4).
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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J. CRISTO NO DESERTO 295
Resumo da Meditação
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':!96 MElllTAÇÕt:S SACERllOTAIS
XLIX MEDITAÇÃO
Vocação áos Apóstolos
1. A que sãp chamados.
li. Como são chamados.
Ili. Como respondem ã sua vocação.
(1) Vobis dalum esl nesse mys(erium regni Dei. Luc. VIII, ló.
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VOCAÇÃO DOS APÓSTOLOS �97
da redenção: o seu destino é serem empregados em
converter o mundo. Serão pela graça de Cristo os
doutores d_as gentes, os mestres do género humano,
os príncipes da sua Igreja, os s_eus embaixadores
junto dos povos. l E' possível imaginar uma escolha
mais honrosa e que mostre mais amor? Nimis hono
ri.icélli sunl élmici fui, Deus ( t ). O' Senhor, só a vós
compele tirar o pobre da sua baixeza, para o elevar
à mais sublime dignidade, e realizar os maiores pro
dígios com os mais fracos instrumentos I Bem se vê
que quereis só para vós tôda a glória de vossas
obras, para que nenhum homem possa re'ivindicar a
sua parte :· Ouae sfu!la sunf mundi elegif Deus, ui
confundélf for/ia; ef ignobilia mundi ef confemplibilia
elegif Deus, ef eél quae non sunl, uf ea quae sunl
desfrueref :' ui non gloriefur omnis caro in conspecfu
ejus (2 ). O' meu Deus, fazei que os vossos ministros
compreendam bem isto.
Todo o sacerdote participa da graça e dos privi
légios desta admirável vocação. Gloriemo-nos de ser
os apóstolos de Jesus Cristo, assim como disso se
gloriaram os que primeiro tiveram Ião belo nome, e
não esqueçamos aquilo a que êle nos obriga. Um
apóstolo já não deve conhecer a carne e o sangue;
só deve ouvir a voz de Jesus Cristo, para ir onde
quer que o enviem (3). Um apóstolo deve estar cru
cificado para o mundo, e o mundo deve estar cruci
ficado para êle (4 ); não deve viver para si, mas deve
viver e morrer para o Senhor (5). Oh I quanto zêlo
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298 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
-
(1) S. Chrys. Homil. 1. in episl. ad Rom.
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VOCAÇÃO DOS APÓSTOLOS 299
trabalhos e os ampararam no meio de suas prova
ções. A Igreja inteira eslava então 'presente no pen
samento do filho de Deus; nos seus apóstolos via
todos os seus ministros. Orando por êles, orava por
cada um de nós, e obtinha-nos, como a êles, todos
os auxílios de que precisaríamos no ministério que
nos destinava. Tenhamos confiança ; se nada pode
mos por nós mesmos, podemos tudo em Jesus Cristo.
Nunca êle chama a um estado, sem dar a aptidão
que êsse estado requer : ldoneos nos fecif ministros
novi fesfamenli (1). Esta graça é um rico talento; o
ponto essencial é fazê-lo render.
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:mo MEDITAÇÕRII SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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MINISTÉRIO APOSTÓLICO 301
e o carácter de cada um dêles. Vinde 8pÓs mim, se
gui-me; isto é, Senhor, o que dissestes a todos e a
mim mesmo, o que me dizeis ainda �dos os dias. -
Antes de escolher os seus apóstolos, Jesus passara
a noite em oração '. A Igreja inteira eslava presente
no seu pensamento. Orando por lodos os seus mi
nistros, orava por ·nós; lenhamos confiança: pode
mos tudo naquele que é a 1_1ossa fortaleza.
L MEDITAÇÃO
1.
..
r8tis (1).
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302 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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MINISTÉRIO APOSTÓLICO 303
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MEDITAt:;õES SACERDO_T_A_IS_______
(1) I Cor. XII, 28; Eph. IV, 1 t. - (2) M111!h. XV, 24.
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IIIINISTÉRIO APOSTÓLICO
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306 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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APOSTOLADO DO EXEMPLO 307
cavif ui Ponfifex Gerei. e: Pode um homem ser Ião
temerário, que usurpe esta glória?
LI MEDITAÇÃO
Apostolado do exemplo, considerado no
sacerdote e pastor de almas
I. Sua necessidade.
li. Seu poder.
/
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308 l\lEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(') I Pefr. V, ). - (2) I Cor. IV, 16. - (ª) I Tim. IV, 12.
(1) Til. 11, 7.
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APo�·rouno DO EXEMPLO 309
ficada ao presbítero ! Oaer-se que o bom odor da
sua vida seja um perfume, que embalsame e alegre a
espôsa de Jesus Cristo; que a sua pureza reconhe
cida, seja a censura dos maus costumes; que faça
resplandecer aos olhos dos fiéis a forma de tôda a
justiça; que pratique o que ensina; qu� mostre em si
lôdas as virtudes (4). Esta obrigação de edificar não
se cumpre de-certo, só pelo facto de não dar escân
dalo algum; i não devastàr um campo, é cultivá-lo?
Nós não seremos a luz do mundo, não combateremos
eficazmenle as suas ilusões e trevas, senão ajuntando
a pregação do bom exemplo à da palavra : Vos
es/is lux mundi. . . Sic luceaf lux vesfra coram ho
minibus, ui videanl opera vesfra hona, el glorilicent
Palrem vesfrum qui in coe/is esl (2 ). Nenhum padre
ignora a necessidade do bom exemplo ; mas quão
poucas vezes se avalia a sua extensão ! Para ser
visto de longe, e para falar allo, não é preciso descer
ao nível de lodos, e abaixo de alguns.
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3l0 MEDITAf,iÕES SACERDOTAIS
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APOSTOLAno DO EXF.MPLO 3H
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312 MEDITAÇÕES SACERDOTAl8
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APOSTOLADO DO EXEMPLO 313
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
13!
LII MEDITAÇÃO
Primeira qualidade do zêlo sacerdotal:
a actividade
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ZÊLO AÇTIVO
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3Hi MEDITAÇÕF:S SACERDOTAIS
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ZÊLO ACTIVO :.H 7
de mim, se não me tivésseis prevenido com a vossa
graça?
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318 MEDITAÇÕE� SACERDOTAIS
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ZÊLo' ACTl\'0- 319
Resumo da Meditação
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320 MEDITAÇÕES SACEI\DOTAIS
LIII MEDITAÇÃO
Segunda qualidade do zêlo sacerdotal,
a mansidão ; consideremo-la primeiro
em Jesus Cristo
1. Em seu ensino.
II. Em seus exemplos.
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ZÊLO E MANSIDÃO
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32'! MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) Til. 1, 7. - (2) 11 Tim. 11, 24. - (8) I Tim. VI, 11. -
4 Luc. IX, 53. - (") lbid.
()
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ZÊLO E l!ANSIDÃO
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) Non veni voc11re justos, sed pecc11lores. Mallh. IX, 15.
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ZÊLO E MANSIDÃO
Resumo da Meditação
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326 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
LIV MEDITAÇÃO
A mansi�ão, considerada no sacerdote.
Sua necessidade
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MANSIDÃO Nú SACERDOTE 327
quando é sem confiança; e é sempre sem confiança,
quando o génio do ministro é áspero, altivo (1). Ne
nhum homem, diz S. Vicente de Paulo, quer ser re
preendido com acrimónia; .a paixão não corrige a
pa1xao. O coração do homem, segundo observa
Bossuet, não se governa tanto pela fôrça como se
ganha pela doçura. Na direcção das almas, a fôrça
nada tem a submeter, porque se trata de trazer para
Deus vífimas voluntárias, de lhe formar filhos e não
escravos. • A mansidão traz consigo três outras vir
tudes, que são absolutamente necessárias na direcção
espiritual: a paciência para sofrer, a compaixão para
compadecer, a indulgência para curar• (2).
No púlpito sagrado, se o pastor, em lugar de
falar como um pai : Converlimini, fi[;; rever/entes (3).
Converfimini, el quare moriemini, domus Israel (4),
só fala com a aspereza de um amo descontente : se
à severidade de uma moral já penosa para as pai
xões, junta a severidade das palavras, as exprobra
ções amargas: é. que poderá esperar da pregação?
Indispõe o auditório contra si e contra o Evangelho.
Afasia da religião aqueles que era necessário aproxi
mar dela; em lugar de comover, endurece os ânimos.'
No santo tribunal, se é arrebatado e impaciente; se
em lugar de induzir os pecadores, como um outro
Ambrósio, a chorar os seus pecados, chorando-os
primeiro, os· traia secamente, e lhes fala com frieza;
que acontece? O pe-nilenle perturba-se, reirai-se, a
sua vontade nascente desaparece, e talvez um temor
sacrílego prenda as líl'lgu·as, que a confiança ia desa
tar; pelo menos os penitentes desgostam-se de um sa
-cramento, que a mansidão e bondade do ministro os
faria procurar com alegria. Se nas relações exterio-
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328 ---------
MKDITAÇÕES SACERDOTAIS
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MANSIDÃO !'!O SACERDOTE 329
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330 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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INFLUÊNCIA DA MANSIDÃO
131
LV MEDITAÇÃO
A mansidão sacerdotal: influência
que ela nos dá
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332 MEDITAl)ÕES SACERDOTAIS
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INFLUÊNCIA DA MANSIDÃO 3:J3
quer estar abaixo daquele que se põe abaixo de
todos os outros; querem antes sofrer que contristá-lo.
Emquanto a severidade, como um vento glacial, con:
frange os corações; a mansidão, como um sol vi
vificante, abre-os, anima-os e fecunda-os. Se não
converte sempre, prepara· as conversões, fazendo
amar o que não se teve ainda a coragem de praticar.
Dissipa as prevenções, vence as repugnâncias; or
dena pedindo, corrige confurando ; torna paternal a
autoridade, torna agradável a -obediência: Non dura
ihi necessita/e servifur, uhi diligilur quod juhetur (1).
A ovelha ouve de boa vontade a voz do pastor a
quem ama.
Oh! que influência tem a mansidão no púlpito, no
confessionãrio, ao pé dos doentes! Hã poucas almas
tão duras, que ela não as enterneça, poucas von
tades tão rebeldes, que não as dobre. Por isso, para
submeter o mundo ao Evangelho, não pediam os pro
fetas um leão, mas um cordeiro: Emille agnum, Do
mine, dominaforem ferrae (2). Eis a dominação sõbre
os corações e a conquista das almas atribuídas à in
fluência da mansidão. Com efeito, Jesus mostrou-se
aos homens, ocullando os esplendores da sua glória
sob o véu da mais terna benignidade: Apparuif he
nignifas ef humanilas Salvaloris nos/ri Dei,- disse
-lhes: • Vinde a mim todos os que andais em traba
lhos ; o meu jugo é suave e o meu pêso leve• 1 E o
género humano, confiado nesta palavra de amor,
lançou-se nos braços de seu Salvador.
Os bons sucessos dos hom'ens apostólicos foram
sempre à medida da sua mansidão. S. Paulo linha
aprendido no terceiro céu a arte de dirigir as almas;
e como se houve? Roga, insta: Per modesliam ef
mansuefudinem Chrisli. l De que têrmos se serve, fa-
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MEDITAÇÕES SACER,DOTAIS
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!�FLUÊNCIA DA IIIANSIDÃO 335
invocam: Tu, Domine, sua vis e/ mi/is, ef mullae mi
sericordt'ae omnibus invocanlibus ( 1). - O quam bo
nus e/ suavis esf, Domine, spirilus fuus in omni
bus (2). ê.le mesmo diz que o seu espírito é mais
dôce que o mel: Spirifus meus super mel dulcis (3).
e. Como não amaria os que o imitam, e os não ado
piaria por seus filhos? Beafi paci.ici, quoniam G/ii
Dei vocabunfur. As almas pacíficas oferecem-lhe a
viva imagem de Jesus Crislo, esplendor da sua gló
ria; e. como não seriam elas o objeclo de sua predi
lecção? Ragüel comove-se a ponto de chorar, quando,
abraçando o jovem Tobias, reconhece nêle as feições
de seu antigo e virtuoso amigo ; muito mais se co
move Deus, quando descobre em nós a doçura de
seu filho. Esta consideração tem tôda a influência
sôbre o seu coração. 'David foi manso para com
Saúl ; bastou isto para que êle esperasse que o Se
nhor nada lhe recusaria: Memento, Domine, David,
ef omnis mansuefudinis ejus (4 ).
Com efeito, parece que Deus, que não deixa vir
tude alguma sem recompensa, a tem especial para
a mansidão. Vê-a êle em nós? Enchamo-nos de
esperança; as nossas orações- agradar-lhe-ão, e aten
dê;Jas-á : Mansueforum semper libi placuif deprecafio;
êle nos dará a sua graça: Mansuelis dabif grafiam;
êle nos ensinará os seus caminhos: Docebit mifes
vias suas (5); êle nos conduzirá em justiça : Dirige/
mansuelos in judicio (6 ). finalmente êle rematará os
seus favores para connosco, salvando-nos e elevan-,
do-nos à glória eterna: Exal!abil mansuelos in saiu
tem (1). 1-Üue motivo de alegria para os bons padres,
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336 M�;OITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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ZÊLO PRUDENTE 337
LVI MEDITAÇÃO
Terceira qualidade do zêlo sacerdotal,
a prudência: as suas características são
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::138 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ZÊLO PRUDENTE 339
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3i0 MEDl1'-AÇÕES SACERDOTAIS
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ZÊLO PRUDENTE
n
mecum laborei, ui scidm quid dcceplum sif dpud
/e
Resumo da Meditação
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34.2 �IEDITAÇÕES SACEIIDOTAIS
IS!
LVII MEDITAÇÃO
Aliança da simplicidade e da prudência
no homem apostólico
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SIMPLICIDADE E PRUDÊNCIA 343
acrescenta logo cómo conseqüência : Esfole ergo
prudentes sicuf serpentes, ef simplices sicuf colum
bae (1). Não lhes recomenda somente a prudência,
nem sõmenle .a simplicidade; recomenda-lhes igual
mente estas duas virtudes completadas uma com a
outra. A sua união é que forma um dos caracteres
mais distintivos do homem verdadeiramente apos
tólico.
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3M .MEDITAÇÕl!!S SACEIIDOTAIS
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SIMPLICIDADE E PRUDÊNCIA 3t5
prudência cele_ste, acompanhada da mais encantadora
simplicidade?
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34fi MEDlTAÇÕRS SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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ZÊLO CONSTANTE
131
LVIII MEDITAÇAO
Quarta qualidade do zêlo sacerdotal,
a constância
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3\8 IIIEDITAÇÕES. SACERDOTAIS
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ZÊLO CONSTANTE
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ZÊLO CONSTANTE 35:l
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35i MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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CONTRA O DESALENTO 353
LIX MEDITAÇÃO
O desalento, grande obstáculo à constância
do zêlo: seus efeitos, suas causas,
seus pretextos
1. Nos efeitos, é funesfo.
II. N11s c11us11s, é muilas vezes condenável.
Ili. Nos prefedos, é sempre injuslillcado.
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MEDITAÇÕES SACER_DO_T_A_IS
_______
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éONTRA O DESALENTO 355
Nãq descobrindo em si senão pecado, incapacidade,
profunda miséria, absleem-se de se firmar numa cana
Ião frágil. E.' necessário desesperar de si, diz Fene
lon, para esperar ludo de Deus. lÜnde encontrar
emprêsas mais elevadas, e uma esperança mais firme
que a do humilde Vicente de Paulo?
2.0 Uma segunda fonte do desaleplo é a ingra
tidão. Há pe_ssoas, pnra _quem o reconhecimento é
um pêso de que se �li viam de boa vontade. Os -is
raelitas são muitas vezes argüidos de que, achan
do-se em alguma necessidade urgente, em lugar de
recorrerem a Deus, desanimam e murmuram, esque
cendo com que-milagres Deus tinha já manifestado o
seu poder e bondade para com êles (1), ou se nisso
pensam, é sem sombra de gratidão: • E.' verdade
que feriu a pedra, e jorraram águas para malar a
sêde a seu povo; é. mas poderá dar-lhe pão no de-_
serio? Ouoniélm percussif pefrélm el lluxerunf élquéle ...
Numquid el pélnem polerif d11re • ? (2) Como se uma
coisà lhe fõsse mais difícil que a outra! Como se o
bem, que êle nos fêz, não fõsse o penhor do que
ainda quer fazer-nos 1
Nós só vamos as dificuldàdes presentes. Se as
comparamos com aquelas que a Providência nos fêz
vencer, somos com� frios calcúlislas que, não fendo
pago senão com ingratidão os benefícios já recebidos,
temem contrair novas dívidas, que não seriam melhor
satisfeitas. Conservemos nos nossos corações a lem
brança dos favores que Deus nos liberalizou, que
nos liberaliza ainda todos os dias, e com todos os
homens de fé viva, esperaremos contra lôda a espe-
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MEDITAÇÕES 8ACERDOTÀl9
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CONTRA O D�SALENTO 357
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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CONTRA O DESALENTO 359
Com êle não há já vigor sacerdotal, energia, reso
luções. Julgam alguns que não hã nada a fazer,
porque há muilo a fazer, e deixam perder as almas!
O pastor já não opõe resistência ao furor dos lôbos;
l que será do rebanho?
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360 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
LX MEDITAÇÃO
O zê1o em acção na conversão da Samaritana
1. Seu trabalho.
li. Seu fruto,
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CONVERSÃO DA SAMARITANA 361
(1) lbid. 6.
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3(j2 MEDITAÇÕF:8 SACERDOTAIS
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CO!il'VERSÃO JlA SAMARITANA
(1) Séneca.
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36\ �IEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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CONVERSÃO DA SAMARITANA 365
ef quis esf I. . . Se souberas quem eu sou, e que dom
te trago, dando-me a til . . . Se conheceras o meu
amor e os meus desígnios misericordiosos, na visita
que te faço•! ...
Sabedoria eterna, esclarecei-me, purificai o meu
coração com as l'uzes de uma fé viva: fide purifi
cans corda: e quando habitardes na minha alma, di
gnai-vos difundir nela novas luzes, para que eu co
nheça i:ada vez mais, e aprecie devidamente um dom,
que não é outro senão vós mesmo. Não, ó meu
Deus e Senhor, eu não conservarei mais a verdade
cativa; manifestar-vos-ei aos meus irmãos, ensiná
-los-ei 13. amar-vos, a servir-vos, e a comunicar tam
bém a outros o dom de vosso amor. Oxalá a mi
nha oração vos seja Ião agradável como foi a de
Salomão, pedindo-vos a sabedoria, e me respondais
como a, êle: Ecce feci fihi secundum sermones fuos,
ef dedi lihi cor sapiens ef infelligens! (1)
Resumo da Meditação
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366 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
LXI MEDITAÇÃO
A pregação. - Ministério totalmente divino
1. Em seu princípio.
li. Em seu llm.
Ili. Em sua eficácia.
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A PIÍÉGAÇÃO 367
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368 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) Mor. lib. XXVII. - (2) Mor. lib. XXVII. - (3) Sap.
XII, 18.
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A PRÉGAÇÃO. 369
dosas e vacilan{es, inimigos declarados ; em oulros
têrmos: justos, líbios e pecadores. Todas precisam
da divina embaixada; esta é enviada a todos.
,1\ palavra de. Deus é indispensável aos justos para
progredirem na justiça, e para não decaírem dela.
Dara progredirem; porque o homem cresce na vida
cristã por meio da mesma palavra que o fêz nascer
para essa vida (1). O coração dêste fiel é cheio de
bons desejos, as suas mãos ocupam-se em obras
santas-; são flôres que alegram o céu, são alé exce
lentes frutos; mas não tardariam a murchar e a cor
romper-se, se a divina palavra, comparada na Sagrada
Escritura a um benéfico orvalho, estiv�sse muito
tempo sem cair na sua alma.
A pregação é muito mais necessária ainda aos
líbios e pecadores. - Aos primeiros faz ouvir ternas
queixas ou lerríveis ameaças : Haheo adver..s.um /e
quod charifalem fuam primam reliquisli. Memor eslo
unde excideris. Ouia fepidus es, incipiam /e evomere
ex ore meo. Desperta de seu sôno as almas apálicas,
evita um completo rompimento com Deus, e restitui-as
ao seu fervoroso amor. - Mas e. quem se não admi
raria de vêr um Deus Ião grande, enviar embaixado
res até aos seus inimigos declarados? e. Tem o
Tado-Poderoso alguma coisa a temer dêsses bichi
nhos da terra, rebelados contra ele? Todavia o
Senhor não se contenta com esperá-los; abaixa-se
atê a oferecer-lhes a paz; pede-lhes que não lhe
apurem a paciência, e que aceitem o seu trôno junta
mente com a suà amizade!
Assim, de tôdas as maneiras a pregação atrai, di
rige e une os homens a Deus; por conseguinte é di
vina em seu fim. Com ela, vós, sacerdotes, acalmais
as tempestades das paixões, ou excitais as con-
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A PRÉGAÇÃO 37!
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A PRÉGAÇÃO 373
nada perdeu da sua eficácia. O' pBdre, instrumento
de Deus, promulgador da sua lei, e. tendes compreen
dido a excelência do vosso ministério? e. Como o ten
des exercido ?
1:::1
LXII MEÇ)ITAÇÃO
A obrigação de pregar
(1) Oui credif in me, habef vifam aelernam. Joan. VI, 47. -
Omnis quicumque invocaverif nomen Domini, salvus erif. Acl. 11, 21.
(2) Rom. X, 14, 17.
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A PRÉGAÇÃO
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A PIIÉGAÇÃO 377
II. Extensão desfa obrigação. - Não, por certo,
ela não se cumpre com qualquer pregação. Exige
zêlo, aplicação, sacrifícios. Um concílio de Paris,
depois de referir estas palavras, que já-citámos: 5,�
me dicenfe ad impium.: . non fueris loculus, ipse mo
rielur ... , sanguinem aulem ejus de manu · lua requi
ram, diz esl' outras, bem capazes de perturbar a falsa
paz de certos pastores: �cce quale periculum prae
dicaloribus, nisi sírenu.e ulililerque praedicaverinl I
Não basta pois pregar; não evitarei o perigo, que
me indiçani, senão pregando sfrenue ufiliferque; ora,
thá alguma fôrça, alguma ardente caridade, alguma
utilidade real, nessas exortações improvisadas e frou
xas, em que a frieza e a indiferença não se mos
tram menos. no que fala do que nos ouvintes? Deve
dor a tôdas as almas que me confiou, devo variar o
assunto e a forma das minhas instruções, segundo as
diversas necessidades: dar leite aos meninos, pão aos
homens feitos; não desprezar nenhuma classe, ne
nhuma condição, nenhuma pessoa; engenhoso em
achar d meio de instruir por outros, os que a minha
voz não pode alcançar, ou em trazer' a conversas
particulares, os que não veem ·às pregações públicas:
Publice e/ per domos.
Oh I quantos de meus irmãos se perdem, porque
nunca aprenderam, ou porque esqueceram as verda
des necessárias à salvação I iDesgraçado de mim, se
na minha parróquia, um velho, um _enfermo, fôsse por
minha culpa, privado dos sacramentos, por não kr
feito o que eslava em meu poder para o dispôr a re
cebê-los, dando-lhe os conhecimentos indispensáveis 1
Responderei por isso perante Deus, alma por alma,
sangue por sangue: Sanguinem au/em ejus de manu
lua requiram. Devo fazer-me ludo para lodos, custe
o que custar, para que no meu aprisco não haja uma
só ovelha, um só cordeiro, que fique estranho à minha
solicitude paternal.
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3i8 IIIEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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:mi
0
A PRÉ'1AÇ'ÃO
1:::1
LXIII MEDIJAÇÃO
A boa pregação
(1) Joan. VIII, 26. - ( 2 ) lbid. Vil, 16. - (3) Cone. Trid.
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380 MEDITAÇÕES SACÊBDOTAIS.
(1) fleury.
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A PRÉGAÇÃO 38.l
seguido, quanlo possível. O Crislianismo não é esla
ou aquela verdade isolada; é um corpo magnífico de
doutrina, em que tudo admiràvelmenle se encadeia.
Mas sobrelud9 preguemos a Jesus Cristo, e a
Jesus Cristo crucificado: Nos tÍufem praedicamus
Chrisfum cruci.ixum ( 1). façâmo-lo conhecer ao
mundo, tal como o anunciaram os profetas, tal como
êle se revelou por sua doutrina , por suas virtudes e
seus milagres; eis o que · se espera de nós, e não
dissertações filosóficas, ensino humt1.no, discursos meio
profanos. é Seria isto cumprir a missão do pregador?
Só se pode cumprir, preg1:mdo o Evangelho: Praedi
cafe Evangelium.
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:182 WWITAÇÕES SACERDOTAIS
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0 PRÉGADOR
Resumo da Meditação
IZI
LXIV MEDITAÇÃO
O pregador deve ser homem de oração
e meditação. Esta verdade demonstra-se
1. Pela Sagrada Escri(ura e pela Tradição
II. Pelo sen(imenfo e prá(ica d.e (odos ,os bons prêgadores.
Ili. Pela mesma na(ureza da prêgação..
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O PRÉGADOR 385
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386 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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O PRÉGADOR 387
espírito de oração? ks somms, aul cymbalum fin
niens (1).
(1) I Cor. XIII, 1. - (2) Act. XVI, 14. - (3) Rom. X, 16.
- \� ! . Ps. �XXVIII, 4.
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388 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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O PRÉGADOR :.J89
verdade a luz .que alumia os cegos, e no vosso amor
o sôpro de vida que ressuscita os mortos. O' meu
Deus, dai-me o ·espírifo de oração. Fazei que eu es
time e pratique com fervor um exercício tão necessá
rio ao que deve ser um ,Santo e ensi,nar a santidade.
Formai em mim o hábito de orar antes da pregação,
durante ela e depois dela, para estar sempre unido a
vós;· erilão os corações se.rão de novo, criados; e a
vossa pa)ayra poderosa, que vós mesmos anunciareis
pela minha bôca, cedo ou tarde renovará a face do
campo . espiritual que me confiastes: Emilfe Spirilum
ftium, ef creabunfur, e/ renovabis. faciem ferrae.
Resumo da Meditação
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390 MEDITAÇÕES SACJi,RDOTAIS
LXV �EDITAÇÃO
Preparação para o ministério
da divina palavra
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O PRÉGADOR 39l
de ordinário, nada tem do que é capaz de produzir
êsses bons efeitos, nem ordem, nem solidez, nem un
ção? é. e não é isto tentar a Deus? Corro o risco de
me encontrar em um érnbaràço, que me será impossí
vel dissimulàr, de cair em repetições fastidiosas, de me
perder em digressões infindas, de proferir expres
sões inconsideradas, de falar sem dignidade. é. Não é
cometer urna irreverência para com a palavra sa
grada, à qual é d1:vido tanto respeito? Avillo o meu
ministério no espírito dos que me ouvem, e daqueles
a quem comunicarem as suas impressões. Crio nas
almas um desgôsto do .pão da divina palavra tão ne
Cfssário à sua viê:la, e afasto-as da religião. - é. E não
é isto deshonrar ao Senhor, de quem sou o embaixa
dor, e arriscar o bom resultado da minha embai
xada?
Dlsprezando a preparação, eu fa)laria às condi
ções mais indispensáveis da pregação boa e útil.
Teria falia de exaclidão: saindo da verdade por
excesso ou por defeito, dizendo muito ou não dizendo
bastante. Os mais hábeis não acham sempre a ex
pressão própria que a verdade requer. é. Ouantas pa
lavras temerárias e pouco teológicas em certas expli
cações inconsideradas em que se cai contra vontade?
Mas então é. merecerei f'U êste elogio: Magisfer, viam
Dei in verifafe doces? é.Poder-se-á dizer que a minha
doutrina é sã e irrepreensível: Verbum sanum, irre
preensibile? (1)
Teria falia de precisão: porque é mister lraba
lho, para cariar do discurso tudo o que, não se diri
gindo ao fim proposto, obscurecesse a verdade, em
lugar de a aclarar. Não é fácil ser conciso, quando
se não domina o assunto.
Terio falla de inferêsse. Os conceitos fecundos,
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392 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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O. PRÉGADOR 393
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395. Ml!DITAÇÕl!S SACl!BDOTAIS
Resumo da Meditação
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VAIDADE NOS SERMÕES 395
LXVI MEDITAÇÃO
Vaidade na pregação
1. Ouiio pecaminosa é.
li. Ou11nlo devemos evilá-111.
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;J9G MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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VAIDADE NOS SEllMÕES 397
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398 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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VAIDADE NOS SERMÕES 399
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400 MEDITAÇÕES SACER_DO_T_A_IS
_______
Resumo da Meditação
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PESCAIIOR DE HOMENS
LXVII MEDITAÇÃO
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402 MEDITAÇÕES SAOEIIDOTAIS
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PESCADOR DE HOMF.NS
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PESCADOR DE HOMENS
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4Q(j l\lEDITAÇÕF.S SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
II. O
que a11segura o bom éxifo da pesca dos
apóstolos.- E' a fé viva e a confiança que anima os
pescadores, é a caridade que os une. - A noite fa-
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ESTUDAB A S, ESCBITUBA
IS!
LXVIII MEDITAÇÃO
A pregação ·exige de nós o estudo e o amor
da Sagrada Escritura
1. Aprendamo-lo da Igreja.
IL. Aprendamo-lo das obrigações do pregador.
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4-08 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ESTUDAR A S. ESCRITURA
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MO MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ESTUDAR A S. E�CRITURA
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!\IIWITAÇÕES SACERDOTAIS
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ADMINISTRAR OS SACRAMENTOS 41a
LXIX MEDITAÇÃO
A administração dos sacramentos
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1! 1" 1 � IE D ITAÇÕES SACERDOTAIS
_ _ _ ______ _ _ _
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ADMINISTRAR OS SACRAMENTOS
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ADMINISTRAR OS SACRAMENTOS 417
dedecore ameias; -vide, ne similis fias aquae hapfis
mali, uf sapienfer monef D. Gregorius, quae peccafa
bapfizaforum di/uens, ilias ad coe/este regnum miflif,
ef ipsa posfea in cloacam descendi/ (1 ).
Examinai qual tem sido o vosso proceder com
relação à administração dos sacramentos. l Tende-la
olhado como uma das principais funções do vosso
estado? Podendo a cada instante ser-vos necessário
cumpri-la, é. cuidastes em ter a pureza de consciência
que ela exige? l Não começais vós precipitadamente,
e sem nenhuma preparação, uma ocupação tão san
ta? é. Guardais reli�iosamente tôdas as prescrições
da Igreja? l Oue edificação dais aos circunstantes?
Reconhecei humildemente perante Deus, que tendes
cometido nesta matéria numerosas faltas, e fazei to
dos os esforços para merecer doràvante ser corilado
no número dos fiéis dispenseiros dos mistérios de
Deus.
Resumo da Meditação
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it8 MEDITAÇÕ&S SACERDOTAi�
!SI
LXX MEDITAÇÃO
O ministério da confissão: afeição
e repugnância que inspira
1
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O CONFESSOR
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&.'lO MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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O CONFESSOR
( 1) I Cor. X, D.
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MEDITAÇÕES SAGliBDOTAIS
Resumo da Meditação
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O BC.Ili COl'ffESSOR
LXXI MEDITAÇÃO
Bondade de pai, primeira qualidade
do confessor
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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O BOM COJSl'ESSOR
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4'.Ui MEDITAÇÕES SACER_D O TA I S
_ _ _ _ _______
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O BOM r.ONFESSOR
Resumo da Meditação
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
IS!
LXXII MEDITAÇÃO
Justiça de juiz, segu!Jda qualidade.
do confessor
º
1. E juiz em nome de Deus.
II. A sua justiça deve ser imparcial.
III. Deve ser esclarrcida.
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CONFESSOR E Jl.:IZ 429
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4-30 MEDITAÇÕES SACER_DO_T_A_lS
______
_
(1) lbid, 7.
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CONFESSOR E JUIZ 4-31
1
( ) R.om. 1, 14.
1 2 1 Nullus ad s11cr11 veni11( indoch1s: aliler ordin11furis e! or
din11ndis imminef Dei et Ecclesi11e ejus vindict11. Cone. Tolef. VIII.
(ª J lnsl. XXXII. - (•) Pr11xis coníess.
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CONFESSOR E JUIZ 433
Resumo da ·Meditação
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MEDITAÇÕES' SACERDOTAIS
LXXIII MEDITAÇÃO
Prudência e piedade, outras qualidades
indispensáveis no ministro
da reconciliação
I. Prudência do confessor.
li. Piedade do confessor.
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CONFESSOR PIEDOSO E PRUDENTE
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
________
( 1 ) lbid.
(2 ) ln confessariis probandis hanc ra!ionem habeanl episcopi,
ui pii, bene morali, docli, prudenfes, palienles, de animorllm salule
sollicili, el fideles cuslodes sinl eorum quae in confessione audiunfur.
Par!. li. Til. VI.
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CONFESSOR PIEDOSO E PRUDENTE
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438 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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PRÁTICA DO CONFESS!ONÁRIO 4.39
LXXIV MEDITAÇÃO
'I,
(1) Joan. V, 3.
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MEDITAÇÕl':S SACERDOT.HS
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PRÁTICA DO r.ONFESSLO�.Í.RIO
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MEDITAÇÕES SACEBDOTAIS
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_PRÁTICA no CONFESSIONARIO
R�sumo da Meditação
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
LXXV MEDITAÇÃO
Motivos para o sacerdote zeloso se dedicar
à santificação da mocidade
'
1. Os desejos de Jesus Crisfo e o exemplo dos moiores Sanfos.
li. Os da lgrejo e do sociedode em gero!.
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SANTIFICAR A .JUVEN1'UD•;
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MG MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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SANTIFICAR A JUVENTUDE
(1) Leibni(z.
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448 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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SANTIFICAR A JUVKNTUDE
LXXVI MEDITAÇÃO
Outros motivos para o sacerdote zeloso se
dedicar à santificação da mocidade
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450 .MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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SANTIFICAR A JUVENTUDE 6.51
preparou-lhe um poderoso meio de conversão: a
graça do remorso:
3. 0 Não se deve desesperar da salvação de
pessoa alguma; mas I que dificuldades a vencer para
converter certos pecadores I Pelo contrário, uma
criança não opõe ao zêlo senão um só obstáculo, a
leviandade: o que é preciso para com êle, é paciên
cia. A sua alma é uma t.erra nova, que só espera
cultura para produzir cento por um; é uma planta
flexível, que loma a forma que se lhe dá. O cora
ção, isento de afeições criminosas, é suscepfivel das
melhores tendências. Uma criança crê na autoridade;
adopla com confiança, a fé e os sentimentos dos que
se aproximam dela I Oh I quão fácil é enternecê-la,
falando-lhe de um Deus que se fêz menino, e morreu
por nós; despertar o lemor do Senhor, a compaixão
para com os que padecem, a gratidão e o amor para
com De1,1s. São almas predispostas já pelo baplismo
para lôd.as as virtudes cristãs I Consultai os pasto
res zelosos, e lodos vos dirão que nenhum dos seus
ministérios os consola lanlo, como o que exercem
com a juventude. Além disto os seus frutos são in
comparàvelmente maiores.
Ainda que todos os meus esforços para conver
ter um velho, alé enlão indócil à voz da sua con•
sciência, fôssem bem sucedidos, não impedirão que a
sua larga vida lenha decorrido vaziá de merecimen
tos para o céu, e que lenha sido uma revolta perma•
nente côntra Deus. Mas, é. lrata-se de uma criança?
O meu zêlo santificará lodos os seus dias. Preparo
todo o bem que ela fará, e participo de lôdas as
suas boas obras.
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SANTIFICAR A JUVE�TUDE
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SANTIFICAR A JUVENTUDE
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45fi .MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
LXXVII MEDITAÇÃO
• O bom pastor prefere a tudo o cuidado
dos enfermos
,.
vosso filho; é digno de l?�os os cuidados, de todos
.,.
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CUIDADO DOS ENFERMOS Mí7
os esforços do vosso zêlo, visto que tornando-vos
seu pastor, vos obrigastes a sacrificar ludo para o
salvar.
Vós dizeis: •E' uma ovelha rebelde, um dêsses
homens escandalosos, que só conhecem a religiãó
para a escarnecer, as suas leis para as çalcar aos
pés•. Oh! então, se a sua fé se desperta; quais não
devem ser os seus remorsos, os seus receios, as suas
angústias, à aproximação cio tremendo juízo a que
vai ser sujeito! - • Não, é um ímpio muito endure
cido; não sente essas saüdáveis perturbações; está
tranqüilo, e parece não se importar com a sua sorte
eterna• 1 - Sendo assim, a vossa compaixão não
deve ler limites . Só vós podeis achat na vossa alma
paternal, e na graça do vosso ministério, recursos
proporcionados a tão extremo mal; ide imediatamente
prostrar-vos deante do tabernáculo, orai na presença
do Salvador, pedi-lhe que acenda em vos o fogo sa
grado que êle veio trazer à terra, e. depois correi em
socôrro da vossa ov•lha, que o· demónio quer arre
batar-vos. Nunca Pf)dereis exercer a vossa caridade
mais ulilmente.
2.0 $e de (ôdas as graças, a mais preciosa é a
de uma santa morte, porque corôa lôdas as outras,
imprimindo nas nossas virtudes o sêlo da imutabili
dade; se além disto a hora mais crítica da nossa vida
é aquela em que a mesma vida vai extinguir-se, visto
que depende dela a eternidade, e que, nesta prova
decisiva, o demónio redobra de astúcia e sanha: é
evidente que náf, se pode exercer maior caridade
para com o próximo, do que ajudando-o a bem
morrer. Dentro de poucos dias, talvez dentro de
meia hora, essa alma saia do reino da misericórdia
para o da justiça; o tempo de adquirir merecimentos
acabará para ela; mas nos curtos instantes que lhe
restam, oh ! quanto pode perder ou alcançar para a
eternidade I Confortada pelas vossas exortações e
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458 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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CUIDADO DOS ENFERMOS
(1) S. Greg.
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i60 MEDITAÇÕES SACEllDOTAIS
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CUIDADO DOS ENPERMOS 461
Resumo da Meditação
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
IZI
LXXVIII MEDITAÇÃO
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CUIDADO DOS ENFERMOS 4,63
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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CUIDADC, DOS ENFERMOS 4füi
(1) Job XXIX, 13. - (') Ps. LX, 4. - (3) Jd. XL, 2,
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4,6fi , MEDITAÇÕES SACERDOTAIS_· ______
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COIOAOO DOS ENFERMOS 467
visilare inGrmum; ex his enim in dileclione lirma
beris ( 1).
Senhor Jesus, dai ao vosso povo muitos guias
caridosos, compassivos. Fazei, que lodos os fiéis pos
sam dizer do seu pastor, com alguma proporção, o
que dizemos de vós, sacerdote eterno. Vere languores
nosfros ipse fulif, ef do/ores nosfros ipse porfavif ( 2).
Concedei à vossa grei guardas tanto mais vigilantes,
quanto maior fôr o perigo; enviai' à vossa vinha
obreiros tanto mais diligentes e infatigáveis, quanto
mais úteis forem os seus trabalhos à vossa glória,
mais necessários às almas, mais honrosos à religião,
mais meritórios para êles mesmos.
Resumo da Meditação
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
LXXIX MEDITAÇÃO
A prática do zêlo para com os enfermos
1. Visifã-los com desvelo.
li. Adminislr11r-lhes sem demor11 os s11cr11menfos.
Ili. Assistir-lhes 11ind11 depois de lhos 11dminislr11r.
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CUIOADO DOS ENFERMOS 469
ou de ser acolhidos por êles com essa pedurbação
e desconfiança que o nosso ministério consolador
nunca deveria inspirar. Ouando a parróquia é
religiosa, as considerações tiradas da fé, despertam
bastante a atenção dos parentes e amigos sõbre êsle
ponto, e dão-se pressa em avisar; mas se a parró
quia é desleixada, o bom pastor emprega os motivos
de honra e de humanidade; porque a todo o custo
quer saber quando e onde a sua presença é necessá
ria às suas ovelhas. Ouer que os seus parroquianos
se convençam de que êle tem para com todos um
coração de pai; de que Deus lhe impõe a obrigação
de sacrificar tudo pela sua felicidade, e que está re
solvido a cumprir essa obrigação; de que, muito
longe de o contrariar, chamando-o, a qualquer hora
que seja, sentiria que se atendesse mais ao seu re
poiso, à sua saúde, do que à salvação e consolação
dos seus caros enfermos I Se um receio infundado
lhe ocasionou uma caminhada inútil, abstém-se de se
mostrar descontente. l De que se queixaria êle? Fi
zeram-lhe acrescentar uma bela flõr à sua corôa; os
anjos contaram-lhe os passos, Deus viu a sua cari
dade.
2. 0 Visitas a tempo. Uma demora, um instante
perdido, é talvez o céu e á salvação perdida para
uma pobre alma. 1 Quantas vezes uma ausência de
puro recreio, uma conversação, uma partida de jôgo
tem causado esta terrível desgraça I Nada detém,
nada retarda ao sacerdote zeloso, quando se trata de
levar o bálsamo ao ferido, o perdão ao culpado, Deus
ao moribundo. - Visitas em que tudo seja repas
sado de caridade e prudência. Chegai-vos aos en
fermos com um exterior grave e compadecido, tão
afastado da tristeza que aumentaria a sua inquieta
ção, como da alegria que lhes faria crêr que sois in
sensível às suas penas. Procurai primeiramente ga
nhar a sua confiança, mostrando a sincera afeição
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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CUIDADO DOS ENFERMOS 4-il
muitas vezes em algumas horas o que deveria ler
sido trabalho de tôda a vida. O bom padre toma
sôbre si lodo o ·encargo de reconciliar com Deus um
pecador, que não está quási em .estado de se con
fessar sem que o ajudem, Tira-lhe .o embaraço de
examinar. as suas culpas. Tranqüiliza-o a respeito do
perdão das que esquecesse, mau grado seu, facililan.
do-lhe .. o cumprimento de. um dever, cujas dificulda,
des o espírito ,das trevas lhe havia exagerado. 1 Com
que energia e doçura o exorta ao arrependimento,
tirando os seus motivos de contrição principalmente
dos sofrimentos do Salvador! Fala-lhe com fervor
da paciência, com que êste b�m Senhor o ouviu, do
acolhimento que recebe o filho pródigo na sua volta,
do júbilo que dá ao céu uma sincera conversão.
Conserva-lhe a esperan.ça, lembrando-lhe as satisfa
ções infinitas de Jesus Cristo, que êle pode fazer
suas. Oh ! que poderosas palavr�s um padre fervo
roso tira do seu coração, mostrando e descrevendo
o crucifixo a um moribundo 1
À graça do perdão faz suçeder a da sagrada co
munhão. Apresentando o Senhor na Eucaristia, como
o verdadeiro médico dos nossos corpos e das nossas
almas; Morhos omnes .depellit ... aegrolos curai ( 1),
faz nascer e excita o desejo de receber ê�le augusto
sacramento: leem-se operado lanlas curas evidente
mente pela recepção do sagrado viático 1.. . S. Gre
gório de Nazianzo refere a de seu pai. Mas se vos
parece inútil ou perigoso conservar ao vosso enfêrmo
uma esperança de cura, dizei.ll)e que Deus quer
dar-se a êle como Salvador, antes de se mostrar
como juiz; c',nã'o fr isto oferecer-lhe uma sentença de
salvação?
E' lambem importantíssimo fazer conhecer e apre-
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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CUIDADO DOS ENFERMOS 473
ouvir ·como a Igreja atribui esta graça ao sacramento
da Extrema-Unção: Magnam divinae misericordiae
Gduciam excitando.
Nós temos à mão colecções ,de aspirações e de
pequenas orações, adaptadas às nécessidades dos
moribundos; desgraçadamente são quási estéreis na
bôca de um sacerdote sem piedade. São selas de
fogo; mas perdem o seu calor, passando por um
coração gelado.
O Memorial da vida sacerdotal resume ôplima
mente os deveres do pastor de almas para com os
seus doentes, depois de ferem recebido os últimos
sacramentos: Sacro minislerio implefo, aegrum san
díssimo Slicramenlo refecfum ef uncfione leva/um ne
derelinquas. · - filium Deo parfurivisfi: 'lilium htmc,
quasi bianda mafer, nufrire satage; jamque praepa
ralum magis ac magis justifica ef sancfilica. - ln
inlirmitafe plus laboral diabolus sciens quia modicum
fempus habef. - lgifur aegrolum frequenfer visita, uf
illum contra insidias inimici robores, in grafia Dei
confirmes, in doloribus juves, in anxiefatibus conso
leris, ef passim e/iam adhuc absolvas. - Sancfae
Gdei, spei, charifafis, e! conlr-ifionis acfus suggere:
desideria aelernae beafifudinis inspira. - Subjecfio
nem divinae voluntafi commenda, ad pafienfiam hor
fare; Chrisfi Domini crucem saepius porrige. - Dei
Ma/ris Sanclorumque su!Fragia pro ipso poslula;
sacras indulgenfias, si pofesfas fibi sif, applica ( 1).
Depois da missa, fazei esta oração a Jesus Cristo :
Bane Jesu, qui languentibtis olim misericordifer opi
fu/afus es,. inOamma ef me ef consacerdofes meos
simili charifafis ardore; ne gravemur a/Oicfis iliam
ferre opem, quam laudabis ef remunerabis in die ju
dicii (2).
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
, Resumo da Meditação
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§ 5.º
A vida dolorosa de Jesu• erlsto ampara•nos e
anlma•oos. no melo das trlbulaçiies do sa
grado ministério.
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O MISTÉRIO DA CRUZ 4,77
1:::1
LXXX MEDITAÇÃO
O mistério da cruz, considerado com relação
ao zêlo sacerdotal ( 1)
,.
I."A meditação dos sofrimentos de Jesus
Cristo excita o zêlo sacerdotal. - Tratando-se de
defender a honra de Deus, fá-lo-emos com tanto mais
ardor, '.quanto mais alta idéia tivermos das suas per
feiçõesi...ora, em nenhuma parle eslas adoráveis per
feições �esplandecem tanto como no mistério da
Paixão. ; 1 Oue grande;a, que majestade naquele que
não pôde ser honrado dignamente senão pelas humi
lhações do Calvário 1 1 Oue sabedoria, que poder,
que justiça, que terna comiseração para com o ho-
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4ei8 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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O MISTERIO DA CRUZ
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480 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) Ad. IX, 15. - \2) lbid. 16. -(3) Cornel. 8 LBpid.
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O MISTÉRIO DA CRUZ
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4,82 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) I Cor. i, 18. - (2) ln cap. VI. Joan. - (3J Serm. IV.
Hebd. sacr.
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O MISTÉRIO DA CRUZ
Resumo da Meditação
(1) S. Greg.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS NO JARDIM DAS OLIVEIRAS !t,85
LXXXI MEDITAÇÃO
Jesus Cristo no horto das Oliveiras
1. Devemos condoer-nos das suas aíliçõeA.
II. �O que devemos fazer nas nossas próprias aflições.
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MEDITAÇÕES SACEI\Í>OTAIS
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JESUS NO JARDIM DAS OLIVEIRAS 487
res? Jesus vê, rião só deanle de si, mas sôbre si e
à sua conta, lodos os crimes, tôdas as iniqüidades do
género humano : Posuif Dominus in eo iniquifafem
omnium_ nos/rum; porque· tal é a cláusula do con
cêrlo eterno de Deus com seu filho: que êle não será
nosso Redentor, senão quando 'lôdas as nossas má
culas se lhe !ornarem pessoais, e quando suportar a
vergonha e a pena de lodos os nossos pecados, como
se êle mesmo os houvesse cometido. E.' necessário
que Jesus sinta no seu Coração e em lodo o seu sêr,
o qu� deveriam sentir lodos os pec11dores, se a san
tidade de Deus lhes fôsse manifestada, e se fôssem
obrigados a satisfazer por si mesmos à sua justiça.
Vós tínheis-me presente então, ó meu Salvador;
entre tantos outros pecados distinguistes os meus; 1 e
quanto vos feriam o Coração, pois cometendo-os,
abusava de mais graças, ofendendo-vos eu, que linha
mais razões de vos amar! Vós chorastes as minhas
inumeráveis infidelidades, lodos êsses pecados cuja
lembrança não cessa de me perseguir: Peccafum
meum contra me esf semper; é. não é justo que eu
mesmo os chore? Sim, ó meu Redentor, eu os de
testo corri lôda a fôrça da minha alma. Uno à vossa
dõr todos os sentimentos de arrependimento de que
me peneirais. Prefiro-os aos prazeres do século;
prefiro-os até a lõdas as consolações que poderiam
suavizá-los; e compreendo, vendo-vos curvado ao
pêso dos meus pecados, que nada me convém tanto,
como um coração contrito e humilhado.
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488 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS NO JAIIDIM DAS OLIVEIIIAS
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490 MEDITAÇÕES SACEIIDOTAIS
Resumo da l\1editação
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JESUS PRÊSO 491
lhe permitir um ressentimento; sõbre a nossa fé, para
reconhecer um benefício divino nas maiores adversi
dades. - Podemos abrir-nos com um amigo, mas um
amigo escolhido, e confiar muito pouco nas conso
lações humanas. - Dirijamo-nos a Deus, e não es
peremos a paz senão dêle só. - Imitemos a Jesus
Cristo na sua oração: ela é humilde, é confiante, é
perseveranle. Confiemos . na bondade do Senhor.
LXXXII MEDITAÇÃO
Jesus Cristo entrega-se aos seus inimigos. -
Contemplação
(. Conlemplar as pessoas.
li. Ouvir as palavras.
Ili. Considerar as acções.
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Mrn!TAÇÕl':S SACERDOTAIS
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H:SUS PRÊSO
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494 MEDITAÇPES SACERDOTAIS
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JESUS PRÊSO 6.95
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49!i MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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JESUS· PRÊSO 497
IS!
LXXXIII MEDITAÇÃO
•
Jesus Cristo, entregando-se aos seus inimigos
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498 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS' PRÊSO
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500 MEDITAÇÕF.S SACERDOTAIS
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JESUS PRÊSO 501
1 Mas suportar esta sujeição convôsco e por vós,
1 quão grato é ao coração que vos ama I Dando-me
cadeias, é. de que funestas cadeias me livrais ? Se eu
não Íôsse vosso escravo, eu seria escravo das minhas
paixões. Bemdi!o sejais, ó meu Deus I quebrastes as
minhas cadeias, quero trazer as vossas. Pertenço
-vos, e vos pertencerei sempre. Concedei esla graça,
dai esta alegria ao vosso servo: Leelifica animam
servi fui, quoniam ad fe, Domine, animam meam le
vavi (1).
Resumo da Meditação
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS.
ll:!!
LXXXIV MEDITAÇÃO
Jesus Cristo faz-nos o sacrifício
da sua reputação
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JESUS DESPREZADO 503
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50i MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS DESPREZADO 505
rodes era-lhe favorável; e o povo tornaria fàcilmente
a ler-lhe a afeição que sempre lhe tivera.
Parecia àlérn- disto, que Jesus não podia dispen
sar-se de destruir a má impressão que odiosas impu
tações tinham causado. é, Não seria o seu silêncio
tomado por uma confissão? é. E que seria da sua
doutrina celeste, da sua divina missão, da sua obra
de regeneração começada, se morresse coberto de
infâmia? Não, nunca tantas circunstâncias· se reüni
ram para obrigar um homem a justificar-se; e toda
via Jesus cala-se! Era necessário êste remédio para
a cegueira, que nos impede reconhecer o pouco valor
das criaturas, dos seus vitupérios e louvores. Depois
dêsle exemplo, ó meu Deus, é, não compreenderei eu
afinal, que sois o único Senhor cuja estima devo de
sejar e cujo vitupério devo temer?
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506 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS DESPREZAno 507
manifestasse a sua inocência à face do universo. Não,
êle perdôa e cala-se; pode tudo, e nada faz ; tor
nou-se semelhante a um mudo, não abre a bôca,
como se nada tivesse que replicar, a-pesar dos fortes
motivos que pareciam impôr-lhe a -obrigação de se
defender. O' silêncio admirável, 1 quão vivamente nos
repreendes das nossas queixas, quando é ofendida a
nossa reputação ! l E' ela porventura mais necessá
ria, tão extensa, tão bem· fundada, tão indignamente
atacada, como o foi a do filho de Deus? Oue é
pois o _que tanto nos assusta? Uma palavra passa
geira, um dilo cuja lembrança logo se apagará;
quando muito, um pouco menos de consideração pe
rante um pequeno número de pessoas. Ouê I por
tão pouca coisa perder o sossêgo da alma, tornar-se
incapaz de orar 1. . . Uma grande reputação é sem
pre um grande fardo, e muitas vezes um grande
perigo.
O' Senhor, eu me farl!i mais .vil do que me lenho
feito, e serei humilde aos meus ólhos {1). Conce
dei-me que eu goste de ser desconhecido do mun
do (2), e tido por nada; porque escolhi estar abatido
na casa do meu Deus (3 ). -.Ponde, Senhor, guarda
a minha hôca, e nos meus llibios uma poria que os
feche, para que o meu coração não busque escu
sas ( 4 ). Como tantos Santos, e 'l vossa imitação,
guardarei silêncio, quando permitirdes que eu seja
alvo das calúnias e injúrias.
Preparando-vos para a missa e na acção de gr<1-
ças, oferecei a Jesus sacrifício por sacrifício. Ro
gai-lhe que disponha, como quiser, de vós e da vossa
reputação, para sua glória, para. vossa santificação,
e para salvação das almas.
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508 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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JESUS EM CASA DE CAIFÁS 509
dôa e cala-se. Oh I silêncio adorável 1 1 quão vivamente
nos repreende das nossas murmuraçôes e queixas,
quando a nossa honra é ofendida 1
LXXXV MEDITAÇÃO
Jesus Cristo em casa de Caifás.
- Contemplação
I. Contemplar as pessoas.
li. Ouvir as palavras.
Ili. Considerar as acçõ'es.
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5t0 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS EM CASA DE CAIFÁS 5H
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS EM CASA DE CAIFÁS 513
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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JESUS EM CASA DE CAIFÁS 515
Os príncipes dos sacerdotes, os escribas, etc. Uma
cruel alegria se manifesta em todos os rostos. -
Jesus, Filho de Deus, no banco dos réus, carregado
de cadeias. Tudo nêle respira mansidão e inocência.
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516 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
LXXXVI. MEDITAÇÃO
Jesus Cristo no palácio de Herodes.
- Contemplação
(1 ) Luc. XXXIII, 8.
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JESUS NO PAL•.\CIO DE HERODES 5i7
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5t8 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS NO PALÁCIO DE HERODES 5i9
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520 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
(1) S. Bern.
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Jl!SUS NO TRIBUNAL DE Pll,ATC,S 52{
LXXXVII MEDITAÇÃO
Jesus Cristo no tribunal de Pilatos é pôsto
em paralelo com Barrabás. - Contemplação
I. Conlemplar as pessoas.
II. Ouvir as palavras.
III. Considerar as acções.
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MEDITAÇÕ!a:S SACERDOTAIS
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JRSUS NO TRIDUNAL DE PILATOS 523
se lhe tem provado, que mereça a morte. Vós afir
mais que começou pela Galiléia a perturbar o povo;
l quem o pode saber melhor que Herodes? Dizeis
que faz o mesmo até na Judéia e em Jerusalém;
lquem o pode saber melhor do que eu? Oponho a
sentença do rei à que me pedis; quereis que eu con
dene à morte um homem que êle não condena a pena
alguma. E' verdade que escarneceu dêle; mas é. não
vêdes vós que nislo mesm·o escarneceu também de
vós, pois os supostos crimes de estado, em que tanto
falais, .lhe pareciam quando muito uma loucura sem
conseqüência? Portanlo sohá-lo-ei, depois de o cas
tigar: Emendafum ergo illum dim_i/fam. ( 1).
Oh! que estranha conclusão ! Ouem podia espe
rá-la I Üuê I declarai-lo inocente: reconheceis como
falsas as acusações feitas contra êle, é. e por causa
disto, castigai-lo? Corripiam ergo illum (2). Parece
que deve ser o contrário, e que quereis dizer: vou
castigar os acusadores, e libertar ao acusadq. Não,
tõdas as vossas considerações serão para ·aqueles
cuja perversidade interiormente detestais, todo o vosso
rigor para aquele cuja virtude não podeis deixar
de admirar! O' Jesus, vós quereis ser a consolação
e o modêlo dos vossos discípulos oprimidos, e prin
cipalmente dos vossos ministros, a quem o ódio e a
calúnia perseguirão sempre com violência.
Esta primeira concessão anima os inimigos do
Salvador, descobrindo-lhes mais e mais a fraqueza
do juiz. O cobarde pretor imagina outro expediente.
• E' costume que pela festa da Páscoa eu vos solte
um criminoso; é. qual quereis vós que eu vos solte?
é. Barrabás, ou Jesus que se chama Cristo •? Ouanto
roeis 0°diosa é a comparação, melhor entra nos seus
intentos: • Ouem vullis vohis de duohus dimilli?
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS NO TRIBUNAL DE PILATOS 525
prestado. Não espereis nada cá na terra, do seu re
conhecimento; mas não vos impeça a sua ingratidão
de vos sacrificardes pela sua salvação. A lõdas as
representações de Pilatos só é dada uma resposta:
Crucifica-o, crucifica-o! Eis pois alcançado êsse fim
tão desejado pelos inimigos do Salvador, tão clara
mente anunciado pelos profetas, tantas vezes predito
por êle mesmo. Por mais esforços que Pilatos em
pregue para o evitar, está decretado no céu e na
!erra, que se realizará. Mas se Jesus deve ser cru
cificado, é. que deverá suceder ao seu discípulo e re
presentante? Oui sunf Chrisfi, carnem suam cruciíi
xerunf cum viliis ef concupiscenfiis (1). Sem isto,
é. como se assemelhará ao seu modêlo?
Compele-me pois pronunciar contra mim mesmo
esta palavra de salvação: Crucifigafur. é. O meu
corpo queixa-se, foge do trabalho, pede descanso?
Seja cr.uci.icado. é. A minha carne revolta-se, a con
cupiscência quer arrastar-me, os vícios insurgem-se e
querem dominar? Seja crucificado tudo isto. é. Vem
-me um senlimento de soberba, de antipalia, de vin
gança? Seja crucificado.
Pilatos lava as mãos, dizendo: Sou inocente do
sNJgue dêsfe justo; lá vos avinde (2). Cobarde pre
tor, é. que uso fazes tu de um poder que te é dado
para castigar o crime e proteger a inocência? é. Bas
tará reconhecê-la, quando o leu dever é defendê-la?
E respondendo todo o povo, disse: O seu sangue
caia sôhre nós e sôhre nossos filhos. . . Oue frenesi 1
Um juiz pagão treme, quando se trata de condenar a
Jesus; e os judeus, adoradores do verd.adeiro Deus,
para conseguir esta injusta condenação, tomam sõbre
si a responsabilidade, apresentam as suas cabeças
aos golpes da justiça de Deus, obrigam-se pelos seus
descendentes 1
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526 MKDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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JESUS AÇOITADO 527
IS!
LXXXVIII MEDITAÇÃO
Jesus Cristo atado à coluna. -Aplicação
dos sentidos
1. Aplicaçiio da visfa.
li. Aplicaçiio dç, ouvido.
Ili. Aplicaçiio do olfodo.
IV. Aplicaçiio do gôsfo.
V. Aplicaçiio do fado.
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528 MEDITAÇÕES SACER_DO_ T_A_ IS
_______
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JESUS AÇOITADO
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530 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS AÇOITADO 531
nilentes, essas virgens puras, que se queixavam de
não padecer bastante.
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532 MEDITAÇÕES SACEIIDOTAIS
Resumo da Meditação
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JESUS CRUCIFICADO 533
no pensamento de que é objedo de aversão para os
que êle ama Ião lemamente I Mas I que doçura há na
sua ,caridade, na sua resignação l Saboreai a satis
fação que lhe causam a glória de seu Pai e a sal
vação das almas.
131
LXXXIX MEDITAÇÃO
jesus Cristo na Cruz. - Contemplação
1. Con!emplor as pessoas.
li. Ouvir as p11l11vr11s.
Ili. Consideror as 11cções.
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• MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS CRUCIFICADO 535
remos nele ; confiou em Deus : livre-o agora, se é seu
élmigo; porque êle disse : Eu sou o Filho de Deus.
-- l Que dizem os malfeitores crucificados com Je
sus? Um dêles blasfema: Se és Cristo, salva-te a
li mesmo e a nós; o oulro repreende-o, confessa a
divindade do Salvador, e invoca-o: e! Nem tu lemes
éJ Deus, eslãndo no mesmo suplício ? E nós sofre
mo-lo muito justamente, porque recebemos o castigo
que merecem as nossas obras: mas êsfe nenhum mal
fez. Senhor, lembrai-vos de mim, quando entrardes
no vosso reino. - Ouvi os soluços de Maria e das
santas- mulheres, a ,sua secreta conversação com o
Coração de Jesus. - Meditai principalmente nas sete
palavras <le Cristo n,a Cruz. A seu Pai: Meu Pai,
perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem: ao
bom ladrão : Hoje mesmo esfarils comigo no Pa
raíso; á Maria e a S. João: Mulher, eis aí leu
filho; discípulo, eis aí lua Mãe. - Deus meu, Deus
meu, porque me desamparaste? - Tenho sêde. -
Tudo está consumado. -,- Meu Pai, nas luas mãos
encomendo o meu espírifo. - Ouvi também o que
vos diz o adorável p·adecente, e enlregai-vos sem re
serva às inspirações da sua graça.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS CRUCIFICADO 537
Resumo da Meditação
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538 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
XC MEDITAÇÃO
Os grandes sofrime11tos do homem apostólico
são inevitáveis; deve prevê-lo
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CRUZ DO HOMEM APOSTÓLICO 539
sofrimentos é comum a lodos os que abraçaram o
Evangelho: ln hoc vocafi esfis: Ouia Chrisfus pas
sus esf pro nohis, vobis relinquens exemplum, uf se
quamini vesfigia ·ejus ( 1 ). Cr1,1cificar a sua carne com
os seus vícios e concupiscências é o carácter que
distingue os verdadeiros discípulos de Jesus: Oui
sunf Chrisli car.nem suam cruciGxerunf cum vifiis ef
concupiscenliis ( i ).
S. Paulo insiste nesla verdade fundamental:
quanto mais custa a ouvir, mais se empenha em no-la
inculcar. Acabava de ser lentado com cruéis tribu
lações. Anlioquia, lcónio, Ustra, lodos os lugares
que percorrera, tinham sido leatro de seus sofrimen
tos, e tem o cuidado de advertir' que êsle destino
não Ih� é pessoal, mas que lodos os que quiserem
viver na piedade, segundo as máximas e os exemplos
do Salvador, deverão padecer pérseguição: Omnes
qui pie volunf vivere in Chrisfo Jesu, persecufionem
pafienfur (3). Dentro, fora, da parte do mundo e das
potestades infernais, encontrarão em lodo o lugar
contradição, tribulação, aflição e trabalho.
Mas se a cruz é inevitável a lodo o discípulo de
Jesus, por isso mesmo que o ·deve seguir, aquele que
é chamado a segui-lo de mais perto, e a ir após êle
nos· caminhos da· perfeição, deve contar com cruzes
mais p.esadas. t Fizeram-se alguns, progressos? mais
uma razão para padecer mais. Nunca o inimigo das
almas, diz S. João Crisóstomo, emprega contra nós
tanto furor, como quando descobre mais conformi
dade entre a nossa vida e a sagrada doutrina do
Evangelho. E' enlão que êle pede para nos joeirar,
como se joeira o trigo. Ouanlo mais tesoiros vê nas
nossas mãos, mais deseja privar-nos dêles. Daí essas
tentações multiplicadas, importunas, encarniçadas, que
(1) I Pefr. li, 21. - (2) Gol. V, 24. - (S) li Tim. Ili, 12.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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CRUZ DO HOMEM APOSTÓLICO 541
cificado, nem participar tanto do cális dos seus sofri
mentos: Si me persecufi sunf, ef vos persequenfur.
Escolheu-nos para o acompanharmos cá na terra nas
suas provações: Vos esfis qui permfJnsislis mecum
in fen(fJfionibus meis (1). Estaremos um dia onde êle
está agora: Volo ul ubi sum ego, el illi sinf mecum:
uf videanf clarifafem meam; mas para conseguir esta
felicidade, convém que estejamos agora, onde êle
esteve durante a sua vidà mortal, in fenffJfionibus.
Se pois esta vida do Redentor, principiada em um
presépio e terminada em uma cruz, não foi mais que
uma série de humilhações e sofrimentos, tal deve ser
a nossa. Além disto, e. não é isto o que nos indicam
as nossas ocupações e os nossos títulos?
2. 0 Apóstolos da verdade que o mundo com
bale, defensores da virtude tjue o mundo persegue,
inimigos declarados de lodos os vícios que reinam no
mundo, a nossa mão é contra todos, e a mão de lo
dos é contra nós (2). • Far-se-ia uma longa história,
disse um escritor, se se recolhesse tudo o que tive
ram que sofrer em todos os tempos os que empreen
deram introduzir no mundo esta estranjeira, que se
chama VerdfJde • . Se isto é certo com relação à
verdade em geral, e. quanto mais o será a respeito
desta verdade mortificante, que humilha tôda a so
berba, condena tôda a moleza, e não desculpa ne
nhuma das más propensões? O sagrado ministério
não é senão uma luta permanente contra o mundo,
seus êrros e crimes, e exige que eu esteja sempre
preparado para o sofrimento.
Sucede o mesmo com os meus títulos. Eu sou
pdi · das almas: a minha família é numerosa; mas
entre os meus filhos espirituais, 1 quantos qie afligem
pela sua indocilidade, sua obstinação em se perderem,
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MEDITAÇÕES SACEIIDOTAIS
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CRUZ DO HOMEM APOSTÓLICO
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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CRUZ DO HOMEM APOSTÓLICO
XCI MEDITAÇÃO
Os grandes sofrimentos do homem apostólico;
o bom sacerdote ama-os
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�DITAÇÕES SACERDOTAIS
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CRU3 DO HOMEM APOSTÓLICO 547
(') Joan. XV, 16. - ( 2) Ac!. V, 41. - (3) Judith VIII, 13.
('1) Tob. XII, 13. - (5) Hebr. XII, 6.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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CRUZ no HOM�:M APOS'rÓLICO
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550 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo· da Meditação
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CRUZ DO HOMEM APOSTÓLICO 551
bemavenlurnnças. S. Paulo parece igualar a graça
de padecer à de crêr. - Graça de conversão: volta
mos para Deus, quando nos fere. Graça de perfei
ção: o sofrimento instrui-nos, purifica-nos, separa-nos
de ludo, para nos unir só a Deus. 2. Graça de
0
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§ 6.º
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RESSURREIÇÃO DE J. CIIISTO
XCII MEDITAÇÃO
Ressurreição de Jesus Cristo
1. Feliz mudança que produz em Jesus.
li. Feliz.mudança que nos promete a nós.
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MEDITAÇÕKS SACERDOTAIS
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RESSURREIÇÃO DE J. CRISTO
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556 MEDI'J'AÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da 1\1editação
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JESUS RESSUSCITADO
XCIII MEDITAÇÃO
Vida de Jesus ressuscitado, modêlo da vida
apostólica
(1) Act. I, 3.
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558 !IIEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS RESSUSCITADO 559
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560 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS RESSUSCITADO 561
do espírito maligno, que só inspira negros pen
samentos, sentimentos de perturbação e de abati
mento.
feliz momento, quando Deus chama de-repente
da tristeza para a alegria 1 ( 1 ) Mas I quão raro é, e
quão de-pressa passa I e Nasce no coração, diz
S. Bernardo, um júbilo melífluo, que ninguém conh�ce
senão aquele que o sente; e o que sente, conhece-o
apenas porque logo que o· sente, desaparece •. Que
reríamos deler ao Salvador assim re�onhecido; oh 1
quanto nos custa ouvi-lo dizer-nos: • Não me to
queis, não vos aproximeis de mim; não estais ainda
onde convém estar, para gozar inteiramente da minha
presença•! (2) Se Deus concede aos nossos desejos
algumas destas consoladoras visitas, não esqueçamos
esta advertência: Potes cito fugare Jesum ef gra/iam
ejus perdere, si volueris ad ex/eriora deçlinare (ª ).
3.0
Mas l que fim se propunha o Salvador, apa
recendo aos seus discípulos ? firmar a sua fé, prepa
rar as suas almas para novas ptovações, animá-los a
empreender grandes trabalhos para sua glória. São,
ainda frutos, que produzem essas visitas interiores
de que falamos. S. Tomé: que linha duvidado mais
que ninguém, foi um dos que mais assinalaram a sua
fé. Muitas vezes também, Deus mostra-se aos que
tenciona experimentar depois; arma os seus soldados
para o combate·; � luz prepara para as trevas. Esta
sucessão dos soírimen!os à tslegria nota-se na vida
dos maiores Santos, e é-nos necessária. Consola
ções muito prolongadas enfraquecem-nos a virtude ;
se Deus se escondesse muito tempo, desanimaríamos.
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5112 llEDITAÇÕES SAr.EIIDOTAIS
Resumo da Meditação
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JESUS SOBE AO céu 503
o Salvador se mostra, Recordemo-nos da Madalena
e dos discípulos de Emaús. Poucas almas são favo
recidas com visitas e comunicações interiores, porque
são poucas as que se retiram das coisas perecedoiras.
2. 0 Jesus aparece ora na sua própria figura, ora na
de outros, mas faz-se sempre reconhecer. As suas
visitas tranqüilizam e consolam. 3. 0 O fim dessas
visitas é firmar III fé e prepa_rar para novas provações.
Ouando êle visita os homens apostólicos, é ordinà
riamenle para os excitar a fazer grandes coisas e a
padecer pela glória de seu nome.
XCIV MEDITAÇÃO
Ascensão de Jesus Cristo - Contemplação
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MEDI'fAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS SOBE AO CÉU 565
que eu mesmo, ainda que suba ao céu, eslou convosco,
falando pela vossa bôca, operando pelo vosso minis
lério, e islo a/é à consumação dos séculos•.
Eu mesmo eslava presenle no pensamenlo do
Salvador, com essa inumerável mullidão de obreiros
aposlólicos, que êle havia de chamar no decurso dos
tempos a conlinuar a missão dos apóstolos. Era
lambém a mim que êle animava daquele modo.
é. Oue lenho pois a temer? é. Não tem êle cumprido
a sua promessa desde há mais de mil e oitocentos
anos? Não lem justificado a confiança de sua Igreja
e de todos os bons sacerdotes?
Oiçamos os. dois anjos, que veem arrancar os
discípulos de seu delicioso êxtase: • Varões galileus,
.
é que esfBis a olhar para o céu? O tempo de lã
subir e de participar da felicidade de vosso Mestre
não chegou ainda; ide merecê-lo com os vossos tra
balhos e com o sacrifício das mais santas delícias•.
Um apóstolo é um homem de acção; não pode fazer
da contemplação o seu estado permanente. 1 Oue
perda para o mundo, se aqueles a quem falavam os
enviados celestes, tivessem ficado nêsse monte, onde se
achavam tão bem, ainda depois que tinham deixado
de vêr ali a Jesus I Oremos, mas trabalhemos; tra
balhemos, mas conservando sempre o pensamento de
Deus e o espírito de oração. Se os nossos corações
estiverem habitualmente levantados para o céu, a
nossa acção será mais fervorosa e úlil.
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566 MEDITAÇÕES SACEllllOTAIS
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JESUS SOBE AO CÉU 567
Resumo da Meditação
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568 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
181
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O BOM SACERDOTE NO CÉU 569
XC\Y MEDITAÇÃO
O bom sacerdote no céu'
1. Não !em jíi mel 11lgum que sofrer.
li. Não tem jíi bem algum que desej11r.
Ili. Não tem jíi mudança alguma que temer.
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570 MEDITAÇÕES SACER_DO_T_A_IS_______
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O BOM SACERDOTE NO CÉU 571
t. 0 <'. De que júbilo será cheia a· alma do sacer-
dote santo, quando a sua memória lhe traçar a ima
gem das graças que soube uti.lizar, das tentações
que venceu, das virtudes que praticou? i Quanto gos
tará de se transportai- ao meio dessas crianças, dês
ses ignorantes, que instruiu com tanta paciência, a�
pé dêsses enfermos que visitou ! .. ; Os trabalhos,
as humilhações, as contradições terão passado 1 •••
O' santas aflições, ó gloriosos des.prezos, ó felizes
sofrimentos! Sem vós, estava eu perdido. Vós me
puri'ficastes, me desafeiçoastes do mundo e de mim
mesmo. Salvastes-me. <'. Onde estaria. eu, se tivesse
sucumbido a ·certa tentação, resistido a certa inspira
ção da graça?
2. 0 O seu enlendimenfo verá a Deus, não como
por espelho e em enigmas, mas face a face. Conhe
cê-lo-�, como também dê/e é conhecido ( 1 ). Criados
para a verdade, quando a entrevemos na terra, faz.
-nos estremecer de alegria. Lembremo-nos da felici
dade de um Arquimedes, de um Newlori, de um
S. Temás, depois de alguma descoberta scienlíficà;
lembremo-nos prindpalmenle dos êxtases dos Santos.
Oh! se um ténue raio de verdade, passado através
de tantas �uvens, pode causar tão dôces transportes,
num tempo em que a alma está sepultada na matéria,
<'. que será, quando estando livre da ilusão dos senti
dos, fõr introduzida na eterna luz, e contemplar a
Deus como êle é, sicufi esf (2), em todo o resplendor
das suas infinitas perfeições? Então, abrangendo de
um relance lodos os desígnios do Senhor, e com
preendendo tôda a extensão de seu amor para com o
homem, peneiraremos êsses profundos, mistérios, que
são agora o • objeclo da nossa fé. Iremos de admi
ração em admiração, de êxtase em êxtase; e a1 cada.
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572 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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O BOM SACERDOTE NO CÉU 573
,
( 1) EI regni ej us non eril llnis, Luc. 1, 33.-(2) Sop. V, lõ•
(3) lmit. l. 111, e, XLVII. - (-1) 1 Cor. li, 9.
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5i!i, MEDITAÇÕES
--------- SACERDOTAIS
/
crificar para alcançar êsles bens infinilos, elernos.
Eu oiço o Salvador que me diz: • Meu filho, não te
deixes abater pelos trabalhos que empreendeste por
amor de mim, mas sê constante, e console·m-.te as mi
nhas ·promessas. Os males presentes não durarão
sempre, nem muito. tempo; espera um pouco, vê-los-ãs
em breve terminados. faz bem o que fizeres, sê na
minha vinha um obreiro incansável; eu mesmo serei
a tua recompensa. Escreve, lê, canta, geme, guarda
silêncio, ora, suporta com paciência as adversidades;
a glória eterna merece ser comprad,;i com semelhan
tes combales, e com maiores ainda. Oh I se visses a
glória de que os ,meus Santos são coroados ! ...
Gozam agora de uma alegria pura, de • uma segu
rança inalterável, de um descanso eterno. (1).
Resumo da Meditação
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JESUS AMIGO DO SAO:RDOTE 575
principalmente I que delícias para a alma 1 - e. Oue
lembranças nos despertará a memória? O' sanlas
aflições 1 -ó cruz! Sem vós eu eslava perdido. - Fe
licidade do enlendimenfo, esclarecido finalmente com
a ·luz da verdade. Entraremos de admiração. em
a_dmirac;ão. Bemdiremos particularmente a 'Deus por
essas provações, de que somos tanlas vezes tentados
a queixar-nos. - A vontade possu"irá a Deus, e em
Deus possu"irá todo o bem:
XCVI MEDITÀÇÃO
Jesus amigo do sacerdote
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570 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JESUS AMIGO nc, SAGF.Rd'oTE 577
verdades c:jue aos outros só ensina por parábolas ( 1);
entrega-se-lhes inteiramente. é. E Jesus lerá me11os
confiança em nós? Confia-nos o cuidado de co
municar os seus mistérios (2 ), de aplicar os seus me
recimentos, de proteger a sua honra, de utiliz:ar o
seu sangue, de defender e consolar a sua Igreja, de
instruir, de regenerar, de salvar as almas, que ama
tão ternamente. Êle mesmo se confia ao nosso amor,
encarregando-nos da consagração e guarda do seu
divino corpo, de o fazer conhecer e adorar. é. Há de
ser visi'tado, ou abandonado no seu sanluário? hon
rado ou insullado? O nosso zêlo .o decidirá. Üir
-se-ia, Senhor, que nos julgdis incapazes de uma infi
delidade para con'vosco.
2. 0 A amizade é generosd. Nenhum sacrifício
lhe é custoso. é. Oue não fêz e sacrificou Jesus du
rante a sua vida, e principolmenle na sua morte para
manifestar a sua amizade para com os homens?
Visto que os sacerdotes leem a melhor par\e nos
seus merecimentos, e são os primeiros nos seus fa
vores, Jesus fêz e padeceu parlicularmerile por causa
dêles o que fêz e padeceu por causa de lodos. Mas
àlém disto, dar-lhes o poder de o oferecer em sacri
fício lodos os dias, sujeitar-se a tôdas as conseqüên
cias previstas dêsle inefável mistério, é. não era por
ventura entregar-se a humilhações e -opróbrios, que
seriam para o seu Coração um perpétuo martírio?
Eis aqui o amigo que se esquece de si, para só pensar
nos seus amigos.
3. 0 A amizade é pródigl1; tudo é comum enlre
os qlle ela une. O meu amigo é oulro eu: Amicus
l1ller égo; não perco o que lhe dou. é. Oue é que
(1) Vobis da!um .es! nosse mys!�rium regni Dei, cae!eris au-
lem in parabolis. Luc, VIII, 10.
(2) Dispensa!ores mys!eriorum Dei. I Cor. IV, 1.
VOL. II - fl. 37
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MllDITAÇÕES SACERDOTAIS
----------
Jesus não dá aos seus amigos? Omnill quae hab11il.
nobis dedif: dedif regnum suum, dedit ef seipsum ( 1).
Se nascens dedil socium; convescens in edulium, se
moriens in pretium, se regnllns dai in praemium (2).
Confiando-nos a administração da sua casa, é. não
nos entregou Jesus a chave dos tesoiros, convidan
do-nos a recorrer a êles livremente, para nós e para
os nossos irmãos?
Pelando a seu Dai dizia: Mea omnia lua sunl,
ef fuél mea sunf (ª ). i Oue terna comunicação entre
Jesus Cristo e os seus ministros! - Comunicação de
bens e de males, de combales e de vitórias, de ultra
jes e de honras da parle dos povos; os mesmos ami
gos, os mesmos inimigos ; os qut! são por êle são
por nós; os que nos perseguem, perseguiram-no a
êle primeiro: Si me perseculi sunf, ef vos persequen
fur ( 4 ). - Comunicação de projedos e de intuitos: a
sua missão é a nossa: Sicuf misif me Pafer, ef ego
miffo vos ( 5 ). - Comunicação de meios: prêgar, con
solar, buscar es ovelhas desgarradas. . . O que fêz
o Salvador, fazêmo-lo nós. Oferecendo-se em sacrifí
cio, salvou o mundp; a seu exemplo, os apóstolos e
os bons sacerdotes nunca se lisonjearam de concor
rer eficazmente para a salvação das almas, senão
unindo os seus sofrimentos aos do Filho de Deus. -
Fin-almente comunhão de destin·os: neste mundo, Je
sus Cristo e os padres leem os mesmos gostos e os
mesmos desgostos; no úllimo dia, julgaremos com
êle as nações; na eternidade, seremos admitidos à
sua mêsa, e nos sentaremos no seu trôno (6). Ouer
que os seus amigos estejam sempre com êle : agora
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JESUS AMIGO DO SACERDOTE 579
nas provações, mais tarde na glória do seu reino.
i E' pois verdade que sou o amigo de Jesus! O mira
divinae bonifolis dignalio! Servi digni non sumus, ef
amici vocamur. Ouanfo dignilas esf hominum, esse
amic_os Dei! ( 1)
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580 MF.DITAÇÕES SACERDOTA lS
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JESUS AMIGO DO SACERDOTE 58f.
Resumo da Meditação
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382 MEDITAÇÕES 8ACEIIDOTAIS
XCVII MEDITAÇÃO
A Eucaristia, vínculo de amor entre
Jesus Cristo e seus ministros
1. Àmnr que Jesus mostra aos padres na Euc11risli11.
II. Provas de ºamor, que espera dêles nesle mislério.
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O SACERDOTE E A EUCARISTIA 583
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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O SACERDOTE E A EUC:ARISTIA
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58G MEDITAÇÕRS SACERDOTAIS
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O SACERDOTE E A EUCARISTIA
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588 MEDITAÇÕf:S SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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CONFIANÇA EM DEUS /í8!l
XCVIII MEDITAÇÃO
Fundamentos da confiança cristã e sacerdotal
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5!)0 MEDITAÇÕES SACRRDOTAIS
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CONFIANÇA lm DEUS :iot
viesse a ser o pai de uma numerosa posteridade,
como Deus o linha prometido? E nós cremo-lo; pois
é. que probabilidade haverá de que Deus falte à sua
promessa? é. Será necessário ressuscitar um morto?
Ainda que fõsse · necessário ressuscitar mil, destruir o
mundo, criar outro. Só há um milagre impossível a
Deus, é o de não cumprir a sua palavra.
E para mais, nós possuímos esta palavra escrita;
lêmo-la nêsses livros divinos, pelos quais seremos jul
gados. O' Sagrados Evangelhos, é. poderíeis vós ser
apresentados contra nós no tremendo tribunal, se, ao
mesmo tempo que aleslâsseis as nossas desobediên
cias aos vossos preceitos, aleslásseis a infidelidade
do Senhor às suas promessas? Sim, ó meu Deus,
para que sejais tido por justo e verdadeiro nas vossas
palavras, é necessário que me concedais tudo o que
eu vos peço com confiança, e ainda ludo o que tenho
direito a esperar da vossa divina bondade, sem que eu
pense em vo-lo pedir. Possuo uma cédula da vossa
mão, que me responde por ludo o que me prome
testes. Por conseguinte nada tenho a temer. Toda1,1ia
o Salvador tranqüiliza-me ainda.
Nós possuímos a sua palavra confirmada com um
juramento. • Em verdade, em verdade vos digo:
tudo o que pedirdes a meu Pai em meu nome, êle
vo•lo concederá. Alé ao presente vós nada tendes
pedido em meu nome, islo é, com essa firme espe
rança que deve inspirar-vos a minha promessa e me
diação. Juro por mim mesmo, eterna verdade, por
mim que aborreço a mentira e castigo o perjúrio, que
tomarei cuidado de vós, se tiverdes confiança em
mim• . O' homens, 1 que felizes sois vós, em favor de
quem um Deus se obriga com juramento; mas I que
miseráveis sois, se uma tal condescendência não basta
para vos tranqüilizar 1 ( 1)
(') Ter!.
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METJITAÇÕES SACERDOT�IS
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CONFIANÇA EM DEUS !'i!)3
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5_9_4______M_F._DI_TAÇÕES SACERDOTAIS
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CONFIANÇA EM DEUS 595
gularmente pelas reflexões que deante de vós acabo
de fazer; quero dormir em paz e repoisar em vós (1).
Resumo da Meditação
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596 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
IS!
XCIX MEDITAÇÃO
Alegria espiritual
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ALEGRIA ESPIRITUAL 597
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598 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ALEGRIA ESPIRITUAL 599
-vos. Ouvi-o, quando vos exorta tantas vezes aos
júbilos, aos transportes de alegria (1). Oh I quão
dignamente o louvais, só porque vos achais feliz de
o servir I E' principalmente a vós que cumpre dizer,
que De�s vos cobre com as suas ttsas (2),' como uma
galinha cobre os seus pinlaínhos; quê? é. ficaríeis
triste onde o profeta se alegrava? ( 3 )
Não digais que, se a alegria é preceituada, o temor
o é também. Não, os vossos receios, os vossos aba
timentos, não são o temor que Deus ordena. l:.ste
não gela o coração, pois ao contrário é necessário
estar alegre, para possuir êste temor salutar: é David
que no-lo ensina: Alegra-se o meu coração para que
lema o vosso nome ( 4). Os Santos temem desagra
dar t1 Deus, porque olham o seu beneplácito como o
maior de todos os bens, e o seu desagrado como o
maior de lodos os males. O seu temor lem o seu
princ1p10 no amor. • O temor do Senhor, diz o
Sábio, é um motivo de alegria, e uma corôa de re
gozijo: deleitará o coração dos justos, ·e depois de
os ler preservado do pecado, lhes dará a paz e a
salvação• (5). é.fazeis uma oferenda ao Senhor?
Não a façais com tristeza, nem como por fôrça;
porque êle ama aquele que dá com alegria ( 6 ). é.Entrais
no seu templo para orar? Entre lá a -alegria con
vosco, e não a expulseis contra a vontade de Deus,
que vos quer alegrar na sua casa (7 ).
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600 MEDlTAÇÕES SACERDOTAIS
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ALEGRIA ESPIRITUAL 60t
culdade abale-o. Faz que o nosso traio seja penoso,
desconlenle dos outros e de nós mesmos. Arrasta
para dois precipícios inteiramente opostos: a deses
peração, ou o amor desordenado dos gozos crimino
sos; os melancólicos são mais inclinados aos delei
tes, precisamente porque estão abismados na dôr.
Concluamos que a alegria não só é útil, mas neces
sária. O coração do home_m, diz S. Gregório, não
pode eslar sem gôzo; se o não llchll em cimll, bus
Cll·O em hllixo. A tristeza é certamente um grande
obstáculo à salvação, .visto que a Igreja pede com a
mesma instância, que sejllmos livres dt1 tristeza pre
sente e gozemos dt1 t1legria efernt1 (1).
Senhor, se eu vos amo, lerei a alegria e uma ale
gria inalterável; mas se lenho a alegria espiritual,
amar-vos-ei; a alegria dilata o coração e abre-o às
suaves impressões do amor. O' meu Deus I dai-me
o vosso amor, dai-me a �legria, que vem do vosso
amor; nada poderá separar-me de vós, nem pertur
bar a minha felicidade.
Resumo da .Meditação
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602 MWITAÇÕES SACERDOTAIS
C MEDITAÇÃO
Conformidade com a vontade de Deus
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CONFORMIDADE COM O QUERER DE DEUS 603
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604 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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CONl'ORMIDADE COI\I O QUEIIEII DE DEUS 605
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606 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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CONFORMIDADE COM O QUERER DE DEUS 607
( 1)JoBn. VI, 56. - (2) ld. VIII, 29. - (8) ld. XIX, 11.
(4 ) lbid. 30.
(&) Ouicumque fecerif volunfo(em PBlris mei, qui in coelis es(,
ipse meus frB(er, e! soror, ef mBler esf. MBHh. XII, 50,
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608 MEDITAÇÕES SACER_DO_T_A_IS_______
Resumo da Meditação
(1) Joan. IV, 34. e... (2) Clem. Alex. VII. Sfrom.
(3) Serm. in I. Dom. Adv.
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CONFúBMIDADE COM O QUEBEB DE DEUS 609
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6f0 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
CI MEDITAÇÃO
Conformidade com a vontade de Deus.
- O que nela acha a nossa alma
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VANTAGENS DA CONFORMIDADE 6H
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61':! MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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VANTAGENS DA CONFORMIDADE 613
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6U, MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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VANTAGENS DA CONFORMIDADE 6t5
Resumo da Meditação
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616 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
181
CII MEDITAÇÃO
O amor de Deus. - Seus motivos
(1) S. Aug.
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AMOR DE DEUS 6l.7
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618 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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AMOR DE DEUS 619
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6'1.0 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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AMOR DE DEUS tl'H
Amava-me, não só quando eu o não amava, mas
também quando era incapaz de amá-lo, porque não
existia ainda ; o amor que êle me tem, não é menos
eterno que o que tem a si mesmo : Ín charifate per
petua dilexi /e. E., o que deveria ainda comover-me
mais, éle amava-me, quando, ofendendo-o, eu o pro
vocava a aborrecer-me; e. não era êle que ainda en
tão me conservava a vida, me oferecia o perdão, a
amizade, o céu?
3. 0 Amor generoso. Manifesta-se pelos sacrifí
cios e benefícios. e. E' com palavras que Deus me
ama? Presépio, Calvário, \\ltar, quão eloqüentemente
me lembrais a generosidade do Coração de Deus
para comigo I Se recordo tudo o que Deus tem feito
em meu favor, na ordem da natureza e da graça,
todos os bens que dêle tenho recebido, e que são
pflra mim um penhor dos que me promete; se, aos
benefícios, de que eu reparlo com os meus irmãos,
acrescento os favores que me são pessoais, e. não
ouvirei em mim, em redor de mim, no céu e na terra,
milhares de vozes que me bradam que devo amar um
Deus tão bom, e provar-lhe o meu amor com saa;i
fícios, intenções puras e boas obras ?
4.0 Amor constante. De igual a igual, o cora
ção mais amoroso irrita-se, ou ao menos resfria,
quando só encontra indiferença naquele a quem ama
ardentemente; e. quem pois não admiraria a paciência
de um Deus cem vezes c;!esprezado, insultado pela
sua indigna criatura, e continuando sempre a amá-la?
e. Oue não lenho eu feito, Senhor, para vos obrigar
a aborrecer-me? A minha vida não tem sido senão
um encadeamento de promessas e infidelidades; hoje,
reconciliando-me convosco, para vos trair àmanhã,
sem que a minha constância em ofender-vos tenha
podido vencer, alé êste dia, a vossa constância em
amar-me.
Patece-me, ó meu Deus, que me dirigis neste
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622 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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AMOR DE DEUS 623
Jesus Cristo. Na lei, cujos mandamentos, desde o
primeiro, tendem todos a êste fim. Ntis diferentes
virtudes, que somos obrigados a praticar. Em (õdas
as graças que recebemos. No Cristianismo inteiro.
Nos bens infinitos destinados àqueles que cumprem
esta grande obrigação, e nos horríveis castigos reser
vados aos que recusam cumpri-la.
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PRÁTICA DO RETIRO MENSAL
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RETIBO MENSAL 6:!7
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628 MEDITAÇÕES SACER_U_OT_A_I_S _______
(1) More. VI, 31. - (2l Acl. IX, 6. - (3) I Reg. Ili, 10.
4 Ps. LVI, 8. - ( 5) Ps. CXVIII, 144.
( )
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RETIRO MENSAL 6:!9
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630 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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RETIRO MRNSAL 631
universal? To!ius EcclesifJe os e/ persona (1). Dis
se-o, fJilenfe, reverenler, devofe?-As minhfJs con
fissões.' é. Teem elas sido freqüentes, precedidas de
uma boa preparação, ncompanhadas de sincero arre
pendimento, seguidas de alguma emenda?
(1) S. Bern.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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RETIRO MENSAL
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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PREPARAÇÃO PARA A MORTE
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636 l!EDITA"ÕES SACERDOTAIS
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PRF.PARAÇÃO PARA A MORTE
ORAÇÃO
para implorar a graça de uma boa morte
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.'dEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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PREPARAÇÃO PARA A MORTK, 639
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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PREPARAÇÃO PARA A MORTE (i4-l
5. 0 Tentações a vencer na aproxi'mação da
mor/e. O implacávd inimigo do género humano e o
inimigo particular dos padres que durante a sua vida
puseram tantos obstáculos aos seus cruéis desígnios,
reserva-lhes para a morte os mais terríveis combates.
E.' um anjo que se declara contra um homem, um
espírito imortal contra um homem moribundo. Ouando
o corpo eslá debilitado, a alma perde muitas vezes
uma parle do seu vigor. E' pois da maior impor
tância estar premunido contra êstes últimos e temí
veis assaltos. - Tenlação de presunção. Ouanlo
mais um padre tem servido a Igreja e o próximo,
quanto mais tem padecido e edificado, tanto mais
também o demónio o incila a confiar na sua própria
justiça. E' tentado a considerar os elogios que lhe
dão, como prova certa de sua suposta virtude. Hu
milhe-se, pois, profundamente, e diga com o santo
Job: Vere seio quod non juslilicelur'homo composi
fus Deo: si voluerif con/endere cum eo, non poleril
respondere ei unum pro mil/e (1).
Tentação de desesperaçãp; ela é parlicularmenlc
para temer nos que, como os padres, leem graI)des
obrigações a cumprir, e receberam graças mais
abundantes, favores mais extraordinários. O espírito
das trevas lembra-lhes uma e outra coisa; pinta-lhes
as suas faltas com as côres mais vivas, e algumas
vezes as mais exageradas: esforça-se por lhes per
suadir que não poderão escapar à ira de um Deus.
tão santo, por lerem abusado dos seus benefícios.
Um eclesiástico que tiver muitas vezes pregado a
confiança, e meditado muitas vezes sôbre os moliv.os
que no-la devem inspirar, que tiver feito uma colec
ção dos textos da Sagrada Escritura, e principal
mente dos Salmos, Ião consoladores nesta matéria,
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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EM HONRA DE S, JOSÉ
UNIÃO DE ORAÇÕES
em honra de S. José
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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EM HONRA DE S. JOSÉ 6i5
lesle proleclor favorece de uma maneira notável o
adeanlamenlo espiritual das almas que se lhe enco
mendam. Já desde muilos anos lhe peço, no dia da
sua fesla, um favor 'parlicular, e seiiipr.e tenho visto
salisfeitos os meus desejos. Peço pelo amor de
Deus àqueles que não me acredilarem, que o expe
rimenlem; verão por experiência quanto é vantajoso
encomendar-se a êste glorio�o palriarca, e honrá-lo
com um culto particular. As pessoas contemplativas
principalmente, deveriam sempre amá-lo com filial ter
nura. Não compreendo como se pode pensar na
Raínha dos Anjos, e em tôdas as tribulações que ela
padeceu durante a infância de Jesus, sem dar graças
a S. José pela perfeita dedicação, com que veio em
socorro de ambos. Se não achardes quem vos ensine
a meditar, escolhei êste grande Santo para mestre, e
não receeis extraviar-vos sob sua direcção•.
Todos os bons sacerdotes "são convidados a
unir-se e a formar uma santa liga, fazendo entrar nela
as pessoas piedosas que dirigem, para alcançarem as
seguintes graças por intercessão de S. José:
0
1. • Para êles mesmos: Um ardente amor a
Nosso Senhor e sua santa Mãe. - O dom de con
templação, e a sciência prática da vida interior.
A graça de uma boa morte.
2. 0 A conservação ou a renovação do espírito
cristão nas famílias; as graças que são necessárias
aos pais para preservar os seus filhos dos hábitos
de moleza e de independência, que opõem ao espírito
do Cristianismo um obstáculo cada vez mais insu
perável.
3. 0 Oue Deus suscite para salvação da nossa
pátria e do mundo� um grande número de homens
apostólicos, poderosos em obras e palavras, como
os que. enviou à sua Igreja nas épocas mais remotas
da sua existência.
Para alcançar estas graças, devem rezar�se todos
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MEDITAÇÕ�;s SACERDOTAIS
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EM HONRA DE S. JOSÉ 6i7
que pediu por intercessão vossa; que lodos os que
leem para convosco uma verdadeira devoção, e re
clamam o vosso socorro com grande confiança, são
sempre atendidos, e fazem rápidos progressos na vir
tude I Animado de igual confiança, a vós recorro,
digno espõso da Virgem das virgens, de vós me
velho, e ainda que pecador, ouso aparecer deante
de vós a pedir auxílio. Não me rejeiteis as minhas
humildes orações, mas ouvi-as favoràvelmente, e in
tercedei por mim junto daquele que quis ser chamado
vosso filho, e que sempre vos honrou como seu pai• .
IV. Esforçar-vos-eis por celebrar com tõda a
devoção possível, a festa de S. José, a 19 de Março;
a do seu Patrocínio, na quarla-feira após o segundo
domingo depois de Páscoa; e a de seus desposórios
com a bemaventurada Virgem Maria, a 23 de Ja
neiro. Preparar-vos-eis para estas festas com uma
novena, ou ao menos com um tríduo de exercícios
de piedade; venerareis a sua imagem, que poreis em
um _lugar honroso; pronunciareis com devoção o seu
nome, que juntareis aos santos nomes de Jesus e de
Maria; confiar-lhe-eis os interêsses que estiverem a
vosso cargo, e recorrereis a êle nas dificuldades.
V. O uso de consagrar a S. José o mês de
Março tem-se propagado em França e por tôda a par
te, e produz grandes frutos. Os pastores de almas,
que forem zelosos em praticar e propagar a devoção
a 5. José, podem estar cerlàs de que alcançurão por
mediação dêle abundantes bênçãos sõbre os seus tra
balhos. Não esqueçamos que o augusto espõso de
Maria foi proclamado patrono da Igreja universal,
a 8 de Dezembro de 1870: novo e poderoso motivo
para o honrar, e invocá-lo com muita cónfiança.
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6MI MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
ORAÇÃO
para pedir a protecção de S. José
ORAÇÕES
que se costumam rezar depois da Meditação
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ORAÇÕES NO FIM DA MEDITAÇÃO
II
i'II
Suscipe, Domine, universam meam liberlalem.
Accipe memoriam, inlelleclum, alque volunlalem
omnem. Ouidquid habeo, vel possideo, mihi largilus
es: id libi fo1lum restituo, ac luae prorsus voluntali
subjicio.. Amarem lui solum cum gralia lua mihi clo
nes, et clives sum salis, nec aliud quidquam ultra
•
posco.
Pm no 2. 0 \'OLm.rn
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ÍNDICE
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ÍNDICE
• SECÇÃO SEGUNDA
Preâmbulo 7
§ 1.º
Pág.
VI MED. - O espírito de sacrifício. - As fanfes onde se
recebe , • • • • • • • • • 43
1. felizes efeitos que produz d espírito de sacrifício, 44
li. O exemplo de J. Cristo e dcs Santos excita em
nós o espírito de sacrifício 46
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ÍNDICE 635
§ 3.º
Virtudes especiais de que o Salvador nos dli uemplo nos
mislérios da suq Incai'naçiio, do seu nascimento, da sua
infilnda-, e durante os trinla anos da sua vida oculta,
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056 MBDITAÇÕRS SACERDOTAIS
Pág,
li. N11d11 m11is indispensável que II humild11de, princi-
p11lmenle p11r11 o s11cerdole , • • 123
Ili. N11d11 mais v11nl11joso que II humildade. , , 124
IV. N11d11 mais justo e r11zoiivel que II humilcl11de, ,, 127
XX MED. - O Verbo incarnado ensina-nos a estimar e
amar a pureza virginal.
1. Ou11l é o amor de J. Ctisto â virgindade • • 129
li. Motivos que nos incitam II amar II puteza virginal. 135
XX[ MED. - A castidade sacerdotal. - Vínculos sagra-
, dos que II ela nos prendem:
1. À promessa solene, feit11 por ocasião da nossa or-
denação • • • • • • 137
li. Os lilulos que nos são conferidos, 13Q
JII. As funções que devemos exercer , 140
XXII Ml!D. - As três guardas da castidade 143
I. A humildade 144
li. A vigiliinc:i11, , 145
Ili. A generosidade. 147
XXIH Mim. - Nascimento de Jesus ,Cristo. - Sua po-
breza • • • • • • ·• • • • 149
•I. Pobreza de J. Cristo no mistério do seu nasci-
menfo • • • • , • • , • • • 150
li. Como II pobreza de Jesus, 110 nascer, concorre·
para nos salvar • • ,, 152
XXIV Ml!:D. - O sacerdote, entrando no estado eclesilis-
. fico, pela tonsura, faz profissão de pobreza.
!. Desde II nossa enlr11da no estado eclesiiistico, a
Igreja obriga-nos II professar pobreza • , • 155
li. Em que circunslânci11s fizemos esta profissão de
pobreza, • , • • • , • 157
111. A Igreja quer que nunca percamos de vista esl11
promessa 158
X.XV Mim. - O espírito de pobreza, rico tesoiro do bom'
sacerdote.
I: O espírito de P.obrez11, fonte de verd11deir� felici-
dade p11r11 o bom sacerdote, • • • • • 161
li. O espírilo de pobreza, rico tesoiro do bom sa-
cerdote . . • • , • • • • . : , 164
XXVI MED. - Circuncisão de Jesus Cristo. - A morti-
ficação • • • • • • • • • 167
1. Oue idéia se deve fazer d11 morlific11çiio exterior,
contida em jusfosiímites, • • • .. • • 168
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ÍNOICE
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658 MEDITAÇÕES ·SACERDOTAIS
Pág.
). O exemplo de J esus Cristo • , 204
li. A esperanç11 das recompen5lls, ligada a êsle sa-
criíício , • • • 206
111. O lemor dos c11sligos II que se expõem os que re
cus11m fazer ês!e s11crifício • 208
XXXIV MKn. -Jesus perdido e achado. - Con(emplação 210
1. Conlempl11r 11s pesso11s. 211
li. Ouvir as p11l11vr11s • • 212
Ili. Conlempl11r 11s acções • 213
XXXV M1;:i,. :...._ Jesus em Nazarelh. - Contemplação.
1. Conlemplar 11s pessoas. 215
li. Ouvir as p11l11vr11s • • 216
Ili. Consider11r 11s 11cções • 217
XXXVI Mim. - O mistério da vida oculta de-J. Crisfo
em Naz11relh.
). Cura as noss11s 11lm11s de. uma das mais perigqsas
doenç11s • • • • • • • • 219
li. E' p11r11 nós uma fonte de consolações. 222
XXXVII MEo. - Jesus em Nazarelh. - Sua obediên
cia : EI er11I subdi(us illis.
). Grande amor de J. Cristo à obediência 225
li. Como praticou Jt'sus II obediênci11. 227
XXXVIII Mw. - Razões especiais que leem os sacer
dotes para imitar a obediência de J. Cristo.
1. O zêlo da glóri11 de Deus deve exci(ar o bom pa
dre II imitar II obediência de Cristo. 231
li. O inlerêsse da lgrej11, segunda r11ziio • • • • 232
Ili. A obrigaçiio conlraída na ordenaçiio, terceira raziio 233
XXXIX Mim. - Preciosos frutos que o bom padre lira
da obediência.
1. A obeJiência ,é fonte de p11z • • • • • 236
li. A obediência é grande meio de s11nliRcaçiio • • 237
Ili. A obediência fecunda os trabalhos do zêlo 11pos-
lólico. 239
XL M1w. - Oual deve ser a obediência dos sacerdotes,
para se assemelhar à de Jesus Cristo.
1. Obediência religiosa e filial • • • • • 242
li. Obediênci11 pron(11 e san!11 na sua exécuçiio • 244
Ili. Obediênci11 universal ·em seu ob1eclo • 245
XLI MEo. - Progressos do bom padre na perfeição. Je
sus 11utem pro6cit'bal .•• cor11m Deo et hominibus
1. Progressos con!ínuos no s11nlid11de interior 248
li. Progressos na s11_nlidade exterior 250
�f!
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ÍNDICE 659
Pág.
XLII MED. - Fazer cada coisa com fôda a perfeição pos
sível, grande meio de progredir ràpida
menfe na santidade.
1. Jesus dava II c11d11 uma das suas acções lôd11 11
perfeição de que era susceplível. • • • • 252
li. Razões que nos induzem II fazer 11s nossas acções
o mais perfeitamente que pudermos. • • • 254
XLIII MED. - Primeira causa, após a qraça, da santida-
de das nossas ·acções: a boa intenção
que as dirige.
1. Poderosa ' eGcécia da boa intenção .para II santi6-
cação das obras. • • • • • 2.58
li. Qualidades que deve ter II boa intenção • 260
§ 4.º
Por meio dos exemplos da sua vida p6blic110 Jesus Crislo
forma-nos e prepara,nos para procurar e promover
11 glória de Deus e a salvaçi� das almas.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ÍNDICE 661
Pág.
LVI Mim. - Terceira qualidade do zê/o s11cerdol11I: 11
prudência ; su11s c11r11c{eríslic11s.
1. O zêlo pruden(e é indulgente, sem ser fraco :337
li. O zêlo prudente, é ex11do, sem ser rí�ido • 338
lll. O zêlo pruden(e é firme, sem perliniicia 340
LVII MED. - Aliança da simplicidàde e da prudência no
homem apostólico • • • • 342
1. O homem apostólico peve ser simples n11 sua
prudência • • • • • • • 343
li. O �ornem aposlólic.o deve ser prudente na sua
simplicidade • 345
LVIII MED. - Guaria qualidade do zê/o sacerdotal, 11
constância.
1. As contradições não devem 11b11l11r II constância do
zêlo • • • • • • • • 347
li. Longe de 11b11l11rem 11. noss11 constãnci11 nos tr11b11,
lhos do zêlo, 11s contradições devem firmii-lo • 349
LIX ME[J. - O
desalento, grande obstáculo à consfància
do zê/o: seus efeitos, causas e prelexfos.
1. Funes(os efeitos do desalento • • • . •· 353
li. O desalento, considerado em suas causas, é muit11s
vezes condenável. • . • • • 3 54
lll. O desalento é sempre injuslific11do nos seus pre-
textos. 356
LX MED. - O zê/o em acção na conversão da S11m11rif11n11.
1. O trabalho dó zêlo n11 conversão d11 S11marit11n11. 360
li. Fruto do zêlo n11 conversão d11 S11m11rif11n11 363
LXI MED. - A pregação. -Ministério tolalmenlé divino.
1.
E' totalmente divino em seu princípio 366
li. E' totalmente divino em se'l fim • 368
111. E' tolalmcn(e divino em sua eOciicia 370
LX!I Mt!n. - A obrigação de pregar.
1. E' 11 principal obrigação do sacerdote, considerado·
como pastor 373
li. Extensão desta obrigbção . 377
LXHI MED. - A boa pregação.
1.
Jesus Cristo ensina-nos o que devemos pregar • 379
li.
Jesus Cristo mos(r11-nos com o seu exemplo, como
devemos pregar 381
LXIV Meo. � O pregador deve ser.homem de oração e
meditação. Esta verdade demonstra-a:
]. A Sagrado Escri(ura e 11 (radiçiio. 38:}
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66! MEDITAÇÕES SACEI\DOTAIS
Pág.
li. O senlimenlo e II prática dos verdadeiros pre-
gadores • • • • 385
Ili.- A mesma n11lurez11 da pregação 587
LXV MED. - Preparaç�o para o ministério da divina
palavra.
1. E' necessário que o sacerdote se prepare para
a pregação • • • • 390
li. Em que consiste principalmente II preparação. 392
LXVI Mim. - Vaidade na pregação.
1. -Prêg11r com inluilos de vaidade, é grande desor-
dem, de que devemos fugir •, , • • , 395
li. Como devemos combater a vaidade na pregação • 398
LXVII MED. - O pregador, pescador de homens. Ex hoc
j11m homines eris c11piens.
1. A pregação é uma pesca espirilu11l • • • 401-
li. O que 11ssegur11 o bom resultado da pesca 11pos-
lólic11 • • • • • • • 403
Ili. O que deve fazer o pe�c11dor 11poslólico, quando
aprouve 110 céu abençoar os seus lr11b11lhos 405
LXVIII 1\-IEo. - A pregfJção exige de nós o estudo e o
amor da Sagrada Escritura.
1. A Igreja induz-nos II eslud11r os nossos livros s11nfos 407
li. O estudo da S11gr11d11 Escrilur11 é II conseqüência
necessária das obrigações do pregador 409
LXIX M!!D. - A administração dos sacramentos. Sic nos
existimet homo ui minislros Chrisli, el dis
pensalores mysferiorum Dei; hic j11m qu11e
rifur inler dispens11lores, ui fidelis quis
inveniaíur.
1. Excelência e dignidade desta função • • • • 413
li. Oue de·vemos fozer p11r11 exercer bem esta função 415
LXX MED. - O.ministério da confissão; afeição e re
pugnância que inspira.
]. Todos os motivos de zêlo se junfám para 11íeiço11r
o sacerdole fervoroso 110 minislério da con-
fissão. • • • • • 418
li. O padre fibio sublr11i-se 110 min.istério da confissão 420
L:lLXI MED. -- Bondade de pai, primeira qualidade do
confessor.
1. Bondade preventiva 423
li. Bondade animadora • 425
Ili. Bond11de paciente e perseveranle 426
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ÍNDICE 663
Pág.
LXXII MED. - Justiça de juiz, segunda qualidade do
confessor.
1. O confessor é juiz, e eKerce a justiça do mesmo
Deus • • • • • • 428
li. Jusliça do confessor, jusliça imp11rci11l 430
Ili. Jusliç11 do confessor, jusliç11 escl11recida 431
LXXII[ MED. -- Prudência e piedade, .;utras qualidades
_ indispensáveis .no ministro da reconciliação.
1. Prudênci11 do confessor • 434
li. Pied11de do confessor . '. 436
LXXIV MED, - Prática do ministério da confissão. O que
faz o sacerdote fervoroso.
1. Antes de enfrar no confessionário • 4:'.19
li. Duranle o exercício do minislério da confissão 440
lll. Depois de s11ír do confessionário • 442
LXXV Mim. -- Motivos para o sacerdote zeloso se dedicar
à santificação da mocidade • • 444
1. Os desejos de J. Cristo e o eK<!mplo dos maiores ·
Santos.
li. Os desejos d11 lgrej11 e' da sociedade em geral 446
LXX V[ l\h:u. - Outros motivos para o sacerdote zeloso
se dedicar à santificação da mocidade.
[. Nenhumil idade; sob o ponto de vista da fé, mere
ce tanto interêsse como II infância 449
li. Nenhum oulro ministério é. m11is proveitoso p11ra os
que _o eKercem, do que II educ11çiio da juvenlude. 451
LXXVII Mim. - O bom pastor prefere a tudo o cuidado
dos enfermos.
.
1. · A assislênci11 aos enfermos, consider11d11 em seu
objeclo • • • • • • • • 456
li. Deploráveis conseqüências que II negligência acar-
relario. • • • • • . • • • • • 458
lll. O verd11deiro zêlo deve esperar ludo dos cuidados
dispensados aos enfermos e moribundos 459
LXX VIII MED. - Grandes vantagens que lira o bom pas
tor, da sua caridade para com os enfermos.
1. Para si e su11 própria scnlilicaçiio. 462
li. Para honrar o seu ministério e preparar II sua
eficácia • 465
LXX[X MED.-A prática do zêlo para com os enfermos.
1. Visitas aos enfermos • 468
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Pág.
li. A administração dos últimos sacramen!os. • • 470
Ili. Assis!ência aos enfermos nos seus úllimos mo-
men!os • 472
§ 5.º
A vida dolorosa de Jesus Cristo ampara-nos e anima-
•nos no m.iio das tribulações do sagrado ministério . 475
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Í:'<DICE 66.'i
§ 6.º
Vida gloriosa de Jesus re11&uscitado, penbor{ia felicidade
reservada ao bom sacerdote, modêlo da vida apostólica
e da união com Deus, que é a corôa da verdadeira
· · santidade.
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666 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Pág.
XCIII MED, - Vida de Jesus ressus,cilado, modêlo da
vida apostólica.
1. Jesus ressuscitado ensina-nos II unir II acção à
conlemplação. • • • • • 557
li. Jesus ressuscitado ensina-nos a conhecer e a rece-
ber as suas comunicações ínlim11s , 559
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ÍNDICE 667
Meditação preparat6ria.
1. Disposição de santo desejo 626
li. Disposição de confiança • 627
UI. Disposição de generosidade 627
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