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MEDITACÕES SACERDOTAIS ou
VOLUME Ili
•
PÔRTO
Ediçõ'" do APOSTOLADO DA IMPRENSA
Travessa da Carvalhosa, .56
1935
IMPRIMI POTEST.
28 Jan. 19)4.
Paulus Durão, S. J.
Draep. Prov. Lusil.
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SEGUNDA PARTE
ADVER TÊNCIA
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SECÇÃO PRIMEIRA
O ADVENTO E O NATAL
§. J.º
Vróprio do tempo
I MEbITAÇÃO
1.0 Domingo do Advento.-Deveres do sacerdote
com relação às três vindas de Jesus Cristo.
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PRl!IIEIRO DOMINGO DO ADVE!llTO H
o augusto sacrifício, {antas vezes dais ao mundo o
-mesmo Salvador que lhe deu a mais pura das vir
gens. Vossa bôca fã-lo nascer, diz Tertuliano, pélr
furienfe línguél, vossas mãos e vosso coração servem
-lhe de berço, as espécies sacramentais são suas
faxas I Adorai, amai a êste Deus recém-nascido; rece
bei-o possuído de júbilo e de esperança. Êle vem
operar em vós, pela comunhão, mudanças análogas
às que operou no universo: dissipar vossas trevas,
reformar vossas inclinações, dar-vos a santidade e a
felicidade. Oh! se lhe prometêsseis fazer a vós
mesmo lodo o bem que êle vos deseja 1
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12 �IF.DlTAÇÕES SACERDOTAIS
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PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO
Resumo da Meditação
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i4 Mr-:nlTA\iÕKS SACERDOTAIS
IS!
II MEDITAÇÃO
2.0 Domingo do Advento. - A prêgação de
João Bapfisfa. - Suas disposições para ela.
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SEGUNDO DO�IINGO DO ADVENTO 15
as cidades e lugares, aonde êle linha de ir. ( 1 ) ;
porque, diz S. Gregório: Prnedicalores suas Domi
nus sequifur: qúia praedicafio praevenif, ef /une ad
mentis nosfrae hahifaculum Dominus venif, qqando
verba exhorlalionis praecurrunf (2). E' pois pela pre
gação, que precedemos a Jesus Cristo, para lhe pre
parar os caminhos. João Baplista ensina-nos com
seu exemplo, como devemos dispõr-nos para êste no
bre � divino ministério, e com que zêlo devemos exer
cê-lo. Meditemos hoje sõbre as disposições que re
quer, e notemos três principais neste santo pre
gador.
1. Recolhimenfo hobifuol e oração.
li. Dependência perfeito do 11spíri!o de Deus.
Ili. Vido penilente e morfificodo.
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Hi M!;:DITAÇÕKS SACE:IDOTAIS
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i8 MEDITAÇÕF.S SACE8DOTAJ8
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SF.GUNDO DOMl�GO DO ADVENTO t9
Resumo da Meditação
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';!0 MEDITM;ÕES s·ACERDOTA1S
III MEDITAÇÃO
3.0 Domingo do Advento. - Conlinuélçiio
da pregação de João Bapfisfo.
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Tl':Rr.ElllO DOMl!'lGO DO ADVF.llTO 21
um dia, com a joeira na mão, para separar o trigo·
da palha : O trigo se�á recolhido no celeiro do céu,
e a palha queimada num fogo que nunca se apa
gará ( 1 ). E' necessário pois fazer penitência; mas
uma penitência verdadeira, que produza frutos, e
dignos frutos: facile ergo frucfus dignos poenilen
fiae, penitência completa, que destrua as causas do
pecado, repare os seus efeitos, mude e reforme a
vida do pecador.
E ai! daquele que diferir esta periilência! Jam enim
securis ad radicem arborum posifa esl ! Vai ser cor
tada essa árvore estêril; <, e qual será a sua sorte?
Oh ! arrependimenlos dilacerantes, que chegarão
muito tarde ! Oh I desesperação inúlil ! Omnis_ arbor
non faciens frúcfum bonum, excidelur, ef in ignem
miffefur. Alm·a minha, l entendes lu esta palavra,
omnis arbor? Não há exc:epção. Mas se esta ár
vore, cullivada com particular cuidado, obrigada por
isso mesmo a dar mais frutos e frutos mais excelen
tes, nenhum desse, ou os desse maus, é. que castigo
ainda mais rigoroso não deveria ela esperar?
2. 0 Ocupando-se em retirar as almas do pecado,
S. João Baplista leva-as a Jesus Crislo; ou antes,
mostra-lhes êste Deus Salvador como médico que
vem curar tôdas as feridas que lhes fêz o pecado,
que vem destruir o mesmo pecado : Ecce Agnus Dei,
ecce qui tollif peccafum mundi (2). Não se serve da
confiança dos povos, senão pa.ra os trazer a Jesus
Cristo; nem .da autoridade que lhe dão suas virtu
des, senã'o para os submeter à lei de Jesus. Em
tôda a ocasião, dá testemunho de Cristo, do· seu
supremo poder, da sua geração eterna, da sua divin-
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22 MEnJTAÇÕES SACElll)OTAIS
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MEDITAÇÕES SAC�:ROOTAIS
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TERr.EIRO DOMINGO DO ADVENTO -·'
g••
Resumo da Meditação
IV MEDITAÇÃO
4.0 Domingo do Advento - Vidd de Jesus
no seio de Môrid
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QUARTO DOlllNGO DO Al>VENTO 2]
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28 _ M_E_D_IT_A�Ç_ÕF.S. sv:ERDOTA IS
� � ___ __
em estado d_e graça, pode aumentar sua felicidade
eterna! O' divina glória, se fôsseis o alvo de làdas
as minlias obras, o móbil de làdas as minhas resolu..
ções, 1 qual seria a minha paz, qufll seria a minha fe
licidade, ainda mesmo cá na terra! Cumprindo o
meu flm, seria justo; pois, é. não é a paz o fruto dd
justiça, a recompensa dos que amam a lei de
Deus? (1 ) A paz é prometida à boa vontade; é. pode
haver uma vontade melhor que a do homem que em
ludo e sempre busca só a glória de Deus?
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QUARTO TIOllllNGO ·110 ADVENTO 29
renda contínua que lhe foz do seu caliveiro, de seus
abalimenlos, principolmenle com sua oração. Pede e
obtém tôdas as graças, que serão concedidas, alé ao
fim dos séculos, ao ministério sacerdotal.
i Oue falsas idéias nós lemos a respeito daquilo
que fecunda o zêlo e santifica as almas! Trabalha
mos muilo, oramos pouco; por isso, que resultados
conseguimos? Confiando demasiado em nós,- e pouco
em Deus, obrigamo-lo a deixar-nos trabalhar .sós.
E' o que aconlece na Judéia; as sei11:1s religiosas
agitam-se e nada conseguem, emquanlo que um me
nino, que eslá ainda no seio de sua mãe, atrai,
orando, as bénçãos do céu sôbre tôda o humanidade,
e lança os fundamentos desta Igreja, que vai breve
mente renovar a face da terra.
A um bom padre nunca lhe faltam meios de
concorrer para a salvação das almas, em qualquer
situação que se ache. Emprega para isso o oíício
divino, o augusto sacriÍicio, os seus exercícios reli
giosos, as eníermidades, os sofrimentos, a obscuri
dade e humilhações de uma vida aparentemente inú
til. Meu Deus, 1 quanto bem se pode fazer sem os
tenlàção, em segrêdo, permanecendo tão desconhe
cido dos homens, como o Salvador no seio de Maria!
O' Jesus, dai-me um coração que compreenda e
imile o vosso; um coração Ião isento ,do amor das
criaturas e de si, que mereça que o abraseis com as
chamas celestes que vos consomem; um coração
cheio de zêlo da gló.ria de Deus e da salvação de
meus irmãos; mas juntamente, um coração tranqüilo,
que espere o tempo marcado por vosso Pai, sem o
antecipar; que seja dócil às inspirações da graça.
Esclarecei-me a respeito do valor dessas almas, que
ides remir por Ião alto preço, da excelênda da gló
ria que dão à adoráv.el Trindade sua santificação e
salvação; nada haverá já na minha vida, que não
seja dirigido para um fim Ião nobre. E.m particular
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30 MEDITAÇÕES SACKRDOTAIS
Resumo da Meditação
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V�PERA llO NATAL
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y' MEDITAÇÃO
A véspera de Natal. - Viagem a Belém
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MEOITA._:ÕES 8Af.ERDOTAIS
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n;SPEI\A DO !\"ATAI.
(1) Ps. XXII, 4. - (2) lmif. lib. li, cap. VIII. - (3) Oífic.
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�IEDITAÇÕii:S SACEl\DOTAIS
Resumo da 1\1.edltação
(1) Ouám íelix es, sa�erdos, cui hodie non semel (anlum, sed
ler ascendere !icei ad mensam Domini, ui vires labore fradas ilera(o
reficias pabulo vifae ae!ernae I Seul. lid., 25 decemb. - Nullus, ex
ceplo die Na!ivila!is Domini, praesumal nisi unam missom ce
lebrore in die, quia lelix esl qui celebro! dig ne unam. Cone. Tolel.
an. D24.
(2 J Agg. II, 7, 8, - (3) Posl. Com.
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DIA DE NATAL
f8l
VI MEDITAÇÃO
O dia de Natal. - Nascimento de Jesus Crisfo.
.
Con/emplaç.io
1. Confemplar as pessoas;
li. Ousir as pal11vras;
Ili. Considerar as acções..
(1) Joan. 1, 5.
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;J8 M F.D ITAÇÕES SACERDOTAIS
_ _____ _ _
Resumo da Meditação
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:'IIEDITAÇÕES �ACF.ROOTAIS
IS!
VII MEDITAÇÃO
Os pastores no presépio
1. Aparece-lhes um enjo;
II. Vão II Belém;
Ili. Seu regresso.
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dêles um anjo do Senhor, e a claridade de Deus
os cercou de luz, e tiveram muito temor. Então o
Anjo lhes disse: Não temais: porque vos venho
anunciar uma grande alegria, que o será para todo o
povo: e é que hoje vos nasceu na cidade de David
o Salvador, que é Cristo Senhor. E. êsle é o sinal
que vo-lo fará conhecer: Achareis um Menino envolto
em panos, e reclinado num presépio. E. subitamente
apareceu com o anjo uma multidão numerosa da mi·
lícia celeste, que louvavam a Deus, e diziam : glória
a Deus no mais alio dos céus, e paz na terra aos
homens de boa vontade . . . Os pastores correram a
Belém, onde viram com os seus próprios olhos o que
o anjo anunciara. E. voltaram glorificando e louvando
a Deus por ludo o que tinham visto e ouvido ( 1).
SEGUNDO PHlO.ÚDIO. Ver a comarca. onde os
pastores guardam o seu rebanho, o caminho que an
dam até chegar a Belém, depois o presépio.
T1mcm1w PHJ<jLÚIJIO. Pedir a graça de participar
dos sentimentos dêsses primeiros adoradores de Je
sus, e dos favores que dêle recebem.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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os PASTORES E�J m:u:�r
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41; !,JgDITÀÇÕES SACERDOnls
Resumo da Meditação
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os' PASTORES EM BELÉM
VIII MEDITAÇÃO
O mesmo assunto. - Contemplação
1. Contemplar as pessoas.
11. Ouvir 11s p11l11vras
111. Consider11r as 11cções.
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MEDITAÇÕF.S SACF.RllDTAIS
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OS PASTORES EM BELÉM
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50 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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52 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
IX MEDITAÇÃO
A Circuncisão
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54, MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A ClRGUNCISÃG
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56 MEDIT<AÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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58 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
X MEDITAÇÃO
A Epifania - Contemplação
1. Con!emplar 65 pessot1s.
II. Ouvir as palavras.
Ili. Considerar as acções.
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60 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A EPIFANIA 61
é. Ouem não feria sido enganado com {ão belas apa
rências? - No presépio, muitas vezes as bôcas estão
mudas; mas I que íntima correspondência entre os co
rações 1 1 Ouanlas coisas dizem muluamenle ! 1 Oue
sentimenfos exprimem os olhos, as lágrimas, o pró
prio silêncio 1
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132 )!EOITAÇÕES SACllRDC,TAIS
Resumo da Meditação
XI MEDITAÇÃO
A Epifania. - Belo modêlo de fidelidade à graça
é o proceder dos Magos
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A EPIFANIA 65
�e:i proceder é qualificado de loucura; e pregunla-se
como é que homens sen_;,atos podem abandonar o
seu país, como é que príncipes podem deixar seus
estados, para ir, guiados por uma eslrêla, adorar um
Rei dos judeus, recém-nascido. Os Magos deixam
falar; e ouvindo só a voz de Deus, reprimindo tôdas
as queixas da carne e sangue, seguem a luz da graça.
Islo é o que fazem homens que são noviços na
:é ! . . . j Oue lição para aqueles que são mestres, pre
gadores, guardas da fé 1 ( 1 ) À luz de uma esfrêla,
ao menor �inal que o céu lhes· dá, leigos, grandes da
terra, deixam o seu país, embora lhes ·custe; vão
buscar á, Deus, dar-se a Deus, unir-se a Deus ...
E nós, ministros do Senhor, alumiados por milhares
de luzes, ficamos talvez imóveis. Como os sacerdo
tes judsus que instruem a Herodes e aos Magos, nós
dizemos onde se deve ir, para achar a Deus, e não
vamos; mostramos o caminho da verdade, e não o
seguimos I Assemelhamo-nos, diz. Santo Agostinho,
aos operários que trabalhavam na conslrnção da arca
em que Noé se salvou, e que não deixaram por isso
de perecer nas águas do dilúvio, porque não entraram
nessa arca: Símiles fBbris a rede Noe, aliis ubi eva
derenf salvi praesfiferunf, ef ipsi diluvio perierunf (2).
Como os Magos, podemos dizer: Vidimus stellam;
i e podemos nós acrescentar como êles: Et venimus?
!:m certos momentos de reflexão, em que a fé nos
ilumina mais, vimos com terror o abismo, para o qual
nos arrasta a tibieza, vidimus: l mas arrancámo-nos
porventura de tão funesto estado, ef venimus? Co
nhecemos a vaidade das coisas terrenas; e. mas desa
pegou-se mais delas nosso coração? No fim de cada
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(i6 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A_ EPIFANIA 67
seu amor? e:. Não é a mim que me compete esperar
que êle se digne concedermos? Aquele que não cede
à graça senão o mais tarde possível, dá mostras de
que só cede contra a sua vontade; a sua obediên
cia é uma flôr murcha, que perdeu a frescura e o
primitivo aroma. Oh ! quantos motivos lenho para
bemdizer a divina paciência para comigo. para cho
rar minhas pecaminosas e imprudentes demoras !
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68 M!':DITAÇÕF.S SAC�::moTAIS
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A EPIFANIA 60
ços, seguindo pelo caminho dos vossos mandamen
tos, pois 'sei perfeilamenle que só nêles se encontra a
verdadeira vida. ln aelernum non obliviscar jusfiGca
fiones tuas; quia in ipsis juslificasfi me (1).
Resumo da Meditação
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70 M E D ITAÇõ ES SACERDOTAIS
_______ _ _ _
XII MEDITAÇÃO
Os Magos em Belém
I. O qye Íazem;
li. O que dão;
Ili. O que recebem.
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OS Rl!:IS MAGOS EM BELÉM il
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72 MEDITAÇÕ�:R SACERDOTAIS
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OS REJ8 MAGOS EM BRI.ÉM
-----------
com negligência ? t Ouem teria obrigação de se sa
crificar com Jesus Cristo, se a não tivessem aqueles
que todos os dias renovam o sacrifício de Jesus
Cristo?
O' meu Deus, dai-me o que quereis que vo� ofe
reça: um coração conlrito e humilhado por· causa de
minhas numerosas infidelidades; !lm coração consu
mido de santos desejos, cujas delícias sejam a medi
tação e oração;, um coração cheio de reconhecimento
por lodos os benefícios que me tendes feito, e que se
derreia conlinuainente em acções de graças deanfe
de vos.
(1) Uma enfiga fradiçiio, seguide pela Igreja Celólica, diz que
êsles Magos erem reis, e que lendo regressedc eo seu país, ,renun
ciarem iis sues corôas por amor de Jesus Cristo e receberam o
merlírio pela glória de seu nome.
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OS REIS MAGOS EM BELÉM
Resumo da Meditação
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76 MllDITAÇÕES SACERDOTAIS
XIII MEDITAÇÃO
Três funestos efeitos da resistência à graça
na pessoa de Herodes
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HERODES CONTRA O MENINO JESUS 7i
.\'on esf pax impiis, dicif Do rp inus (1·). Não há tran
qüilidade no seu espírito, não há sossêgo em seu
coração. A fé é para êles uma luz importuna, sufi
cienlemenl_e forte para lhes tirar o repoiso de que
bem queriam gozar nas suas trevas; demasiado fraca
para dissipar suas ilusões e dar à sua alma aquela
paz, que é a única qu, pode ser fruto da obediência
à verdade.
Se Herodes seguisse os Magos, vendo reclinado
num presépio ·ao Menino, cujo nascimento lhe causava
tanto terror, compreenderia que seu reino não era
dêsle mundo, e que aquele que vinha oferecer as co
rôas do céu, não pensava em se apoderar dos reinos
da terra; lôda a inquietação leria cessado. Um
homem indócil à graça é um homem rebelde a Deus;
sofre imediatamente o castigo do seu crime: Quis
resfilif ei e/ pacem habuil? (2) Tem mêdo, como Caím
depois de ler mataclo a seu irmão Abel. A paz não
é senão para os corações dóceis. • Se recebêssemos
a luz divina com in ',eira submissão, ela nos encheria
da consolação que o Espírito.de Deus tráz consigo,
e que comunica às almas que lhe não resistem• C).
Si me audieris e/ vocem meam secufus fueris, poferis
mui/a .ce frui (4). O' meu bom padre, quando
vossa alma estiver perturbada, quando estiver \riste,
não vos limiteis a pregunlar-lhe a causa da sua tris
teza: Guare frisfis es, anima mea? Reconhecei essa
causa nas vossas infidelidades à graça; suplicai ao
Senhor que ·vo-las perdôe, e esperai nêle : Spera
in Deo.
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HERODES CONTRA O MENINO JESUS i9
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80 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
(1) Collecl.
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NOIIIE DE JESUS 8t
XIV MEDITAÇÃO
O santo nome de Jesus
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
---
dobre lodo o joelho nos céus, na ferra e nos infer
1
nos ( ).
Achamos nestas palavras a origem, a causa e tô
das as grandezas do nome de Jesus. A sua origem :
vem do céu; os anjos revelaram-no primeiramente a
Maria, depois a José (2); o mesmo Deus o deu a
seu Filho: Donavil il/i nomen. Com efeito, ninguém
conhece o filho senão o Pai (ª); por conseguinte só
êle podia dar-lhe o nome quilhe convinha. Nenhuma·
criatura devia pronunciar êsle nome bemdilo. anles
que saísse da bõca do Senhor: Ouod os Domini
nominabil (�). Mas E>eus porque o deu? Ouis, afir
ma S. Paulo, exaltar tanto a seu filho amado, quanto
êle se aniqüilou nos mistérios de sua incarnação e
morte: Propfer quod ef Deus exalfavif illum.
Com suas profundas humilhações, o Verbo glo
rificou infinilamenlc; a seu Pai; <'. que fará o Pai para
recompensar a seu filho? Dar-lhe-á o nome de Je
sus. Tudo isto nos dará uma idéia das prerrogativas
anexas a êsle adorável nome.
E' superior a qualquer outro nome, porque signi
fica tudo o que se pode imaginar de maior, de mais
precioso e digno de estima. 1 .° significa lôda a sa
bedoria, santidade, bondade, fortaleza, misericórdia e
amor de Deus, que !em concorrido para nos salvar;
2." tôdas as graças, virtudes e dons do Espírito
Santo, que servem para a santificação das almas,
pois é da plenitude de Jesus Cristo, como de fonte
inexhaurível, que os recebemos; 3.0 lodos os ofícios
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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JSOlll'.: DE JESl'S
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86 MEOITAÇÕES �Ar.EROOTAIS
Resumo da Meditação
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PURll'ICAÇAO OE MARIA
XV MEDITAÇÃO
Mistério da Purificação de Maria e da
Apresentação de Jesus.-ContempJação
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88 MEOITAÇÕE� SAC:EilOC,TAlS
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PURIFICAÇÃO DE :IIAIIIA 8!1
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JIJEDITAÇÕES SACERllOTAIS
-------
desejar sôbre a (erra? - As palavras do mesmo Si
meão a respeito do destino de Jesus e de Maria:
• O' Mãe de Deus, i quantas aflições vos reserva a
divina Providência I Eu já vejo a espada que vos
há de atravessar o coração! . . l:sle vosso Filho
Ião querido, ai! quantos tormentos vos há de cau
sar! 1 Ouanlas contradições há de êle experimentar 1
Ainda que veio para o meio dos homens, para os
tornar a todos felizes, ai! quantos encontrarão a sua
infelicidade eterna precisamente no abuso dos bene
fícios dêsle vosso Filho• 1 -- As palavras da santa
viúva, iluminada fambém pelo Espírito do Senhor,
anuncia o cumprimento das promessas, a vinda do
Messias, e publica as grandezas dêsle Menino a lo
dos os que esperavam a consolação de Israel.
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PURIFICAÇÃO m; MARIA 9l
----- ··----------�---------
desejos, se encaminha para a casa de Deus, a-fim de
ali vêr ao ungido do Senhor, segundo a promessa
que dêle recebera. Apenas o avista, uma luz interior
descobre-lhe as infinitas perfeições daquele Menino.
Prostra-se de joelhos, e adora-o nos braços de sua
.\\ãe. Maria compreende a acção do santo profeta,
e apresenta-lhe o Menino. Êle recebe-o com respeito,
levanta-se e louva ao Senhor, dizendo: Nunc di
mil/is. . . Nesse cântico prediz, com as perseguições
que esperam ao Filho, o martírio de sua Mãe.
- Aparece também a piedosa Ana, que todos
\·eneravam por sua virtude e avançada idade. Os
dois santos velhos representam o antigo testamento
ou o mundo antigo, e unem os seus entusiasmos para·
honrar' ao Menino que vai renovar a face da terra e
salvar o género humano. Simeão entrega a Maria o
filho que ela vai apresentar ao Senhor; oferece
Maria Santíssima as aves misteriosas-; dá o preço do
resgate; cumpre com as cerimónias prescritas pela
lei; e depois de ler adorado de novo a Deus neste
refiro sagrado, onde antes passara alguns anos de
Ião gratas recordações, a Virgem Mãe, sempre
acompanhada por seu fiel espôso, desce os degraus
do templo, levando e apertando contra o coração a
inocente vitima, que ela verá crescer atê ao dia do
sacrifício.
Cololóquio com Jesus, Maria, Josê, Simeão. -
Pedir à Santíssima Virgem que supra com as suas
fervorosas disposições, as que me faltam, quando
exerço no altar um ministério muito superior ao que
ela tão santamente exerce no templo de Jerusalém.
Pedir por sua intercessão o espírito de pureza, sa
crifício, zêlo e obediência, que deve ser para mim o
fruto dêste mistêrio.
Resolução. - Consagrar-me inteiramente ã glória
do Senhor, e em tôdas as acções da minha vida es
forçar-me por praticar esta palavra: Ecce venio . ..
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92 MF.OITAÇih:� SACEROOTAIS
Resumo da Meditação
(1) Hebr. X, 7.
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APRESENTAÇÃO DE JESUS NO TEllPLO
XVI MEDITAÇÃO
O mesmo assunto da Apr�sentação
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!I_4_______l_IE_J>_IT_A�Ç_ÕES SACERDOTAi S
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APltESllNTAÇÃO DE ,JESUS NO TEMPLO
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MEDITAÇÕES SACERúOTAIS
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-
APRESEISTAÇAO nll JESI _Ts_· _N_O_T_E_M Oi
' _P_L_o_____
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08 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
!SI
XVII MEDITAÇÃO
O santo velho Simeão
1. Está preparado parti a graça que recebe.
li. Oual é essa graça.
Ili. Oual é o fruto que lira.
(l) Is. XX, 13. - (�) Ds. XXXIX. 1. -{'1) Joann. IV, 24.
(4) Os gregos chamam a esta festa a. festa do Encontro.
O género humano, representado por Simeão, vai, por sua espe
rança e desejos, ao encontro do seu Salvador. E' no lemplo que o
encontra; é ali que recebe a divina misericórdia naquele que é a
lonle das misericórdias: Suscepimus, Deus, misericordiam fuam in
medio templi fui. lnlróilo da fesla.
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i ()( ) M E D T
I AÇÕES SACERDOTAIS
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O SANTO SIMEÃO rnt
deroso, que êle via debaixo da fraqueza da in
fância?
l São vossas mãos menos honradas que as dêle,
ou empregadas em ministérios menos sagrados? Mais
feliz sois vós; pois l não é verdade que recebeis em
vosso peito ao mesmo Jesus, que êle apertou terna
mente contra o seu coração?
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tot MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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O SANTO SIMEÃO
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l04 M K D T I AÇÕES SACERDOTAIS
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XVIII MEDITAÇÃO
Profecia de Simeão a respeito de Jesus
e de Mária
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PROFECIA DO SANTO SIMKÃO
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Wli MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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p°ROFECIA DO SANTO SIMEÃO 40i
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108 MEOITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da 1\\editação
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PROFECIA 00 SANTO SIMEÃO i09
cruz, é contradizê-lo. e.E não é o que eu faço inces
santemente?
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§ 2.º
V ró p r lo d os S a n tos
XIX MEDITAÇÃO
30 de Novembro. - S. André
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MEDITAÇÕES SACKRDOTAIS
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S. ANDRÉ H3
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JH Ili EDITAÇÕll:S SACEMDOTAIS
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S. ANDRÉ H5
O' meu Deus, dai êsle amor a lodos os vossos
ministros; e vós, bemavenlurado André, implorai-o
para nós. Seguiremos, como vós, o caminho da ver
dadeira santidade, conduziremos a êle as almas, e
sofrendo tribulações passageiras, que a unção da
graça suavizará, alcançaremos, com muitos irmãos
nossos, as delícias eternas do céu.
Resumo da Meditação
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H6 MEDITAÇÕES SACEBDO_T_A_IS
_______
XX MEDITAÇÃO
o mesmo assunto. - S. André na cruz, modêlo
do sacerdote no púlpito e no altar.
( 1) Ponlil.
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S. ANDRÉ, MODÊLO DO SACER0OTE H7•
1. 0 Os apóstolos receberam, e lodos os padres
recebem, como primeira e essencial missão, a de
pregar um Deus ·crucificado, de anunciar aos homens
o mistério da crnz, como o único fundamento de suas
esperanças, e o inFalível meio de se salvarem: Nos
aulem prnedicamus Chrisfum cruciGxum (1). S. André
nunca o fêz com mais irresislivel autoridade do que
quando foi crucificado: CruciGxus cruciGxum prae
dicahaf. A obrigação de tomar cada qual a sua cruz,
é o ponto mais difícil da moral evangélica; e esta
verdade não tem a mesma virtude, a mesma eficácia
na bôca de lodos os que a pregam. Os homens
querem ser instruídos nos seus deveres por aqueles
que os cumprem; e indignam-se contra aquele que
disfrutando as comodidades da vida, ousa falar-lhes
de vida penitente e mortificada. S. André pregou a
cruz, estando êle próprio na cruz. Foi isto o que
deu à sua pregação, não só a convicção que per
suade, mas também a autoridade que subjuga com o
exemplo.
2. 0 Se um prêgador quer abalar as consciên•
cias, é preciso, diz S. Bernardo, que a sua voz, fraca
por si mesma, seja acompanhada de outra, cheia de
fôrças ; e esta voz poderosa, que atrai os espíritos e
subjuga os corações, é a voz do exemplo. Mostrai
com as vossas obras que estais inteiramente conven
cido, e convencereis: Dabis voei fuae vocem virlqlis,
si, quod mihi suades, prius libi videaris persuasisse.
Por isso é que ·s.
André vence a infidelidade dos
pagãos. i.. Poderiam êles duvidar da convicção do
santo apóstolo, depois do testemunho que lhes dava?
lHaveria um só de seus numerosos ouvintes e es
pectadores que não dissesse de si para si: • Se êste
homem não estivesse persuadido, não falaria, não
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8, ANDRÉ, MODÊLO DO SACÊRDOTE H9
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t20 MEDITAÇÕES SACl':IIDOTAõ!Í
Resumo da Meditação
XXI MEDITAÇÃO
3 de Dezembro - S. Francisco Xavier
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122 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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S. FRANCISCO XAVIER
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S. FRANCISCO XAVIER
(1) Aruil cor meum, quio oblilus sum comedere panem meum.
Ds. CI, 5.
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ti6 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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S. FRANCISC() XAVIER 127
III. S. francisco Xavier dedi'cou-se inteiramente
à própria santificação. - Evita um dos maiores es
colhos da vida apostólica: esquecer-se de si para só
pensar nos outros. Tem seu tempo marcado para
conversar. com Deus, e então esquece o próximo em
proveito do mesmo próximo. Até nas viagens orava
ordinàriamente desde a meia noite até ao nascer do
sol. O' meu Deus, i quão longe estou de imitar tão
belo modélo !
xxn MEDITAÇÃO
Repetição da precedente sôbre as palavras :
Satis esf, Domine, safis esf.
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8, �'RANCISCO XAVIER 1'!9
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----------
S. FUNCISCO XAVIER 131
----------
Xavier mostrou bem esla sua paixão pela cruz,
quando, pouco antes de partir para as fndias, mos
trando-lhe Deus quantas tribulações sofreria para sal
var a seus irmãos, exclamou : • Mais ainda, Senhor;
ainda mais. Aceito com alegria os perigos, as per
seguições, as fomes, as sêdes, os frios, os naufrãgios
e as fadigas que me prometeis; ó meu Deus, dai-me
ainda mais: Amplius, Domine, amplius•.
Êsle é o heroísmo do zêlo sacerdotal. e'. E haverá
em mim alguns vestígios dêsle zêlo? Ouando se
trata de participar do ciilis dos sofrimentos de Jesus,
apenas o aproximo dos meus lábios, logo me queixo
da sua amargura, e acho que basta. Mas, quando
se trata de coisas que me agradam, e de consola
ções, exclamo de bom grado : • Mais, Senhor, ainda
mais•.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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S, FRANCISCO XAVIER {33
e valerá para mim tanto como lodos os bens, porque
a humildade é sapienfiae solium, gra/iae pallium, glo
riae proeludium ( 1 ).
Resumo da Meditação
XXIII MEDlTAÇÃO
8 de Dezembro. - O privilégio da Imaculada
Conceição, considerado com relação a Maria
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!36 MF.DITAc;ÕES SACERDOTAi;,
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---------- ---- - - - - -!3i
IMACULAnA COl(C.EIÇ.\O
-
assim. De pais manchados como os outros homens
nascerá Maria tôda pura; de uma fonte corrompida
Deus fará sair o arroio mais límpido e cristalino.
Oh! quantas maravilhas nesta grande maravilha!
O demónio prende em suas cadeias .lôda a descen
dência de Adão; só uma menina lhe escapa, e essa
lhe esmagará a cabeça! Um fogo abrasador assola
ludo; e no meio do incêndio geral, só uma vergôntea
fica inlacla: não só não é queimada nem lisnada, mas
antes produz a mais bela das flores, e dá um fruto
que será a salvação dos povos! Um tirano furioso
desola tôda a lerra, e estende por lôda a parle a sua
cruel dominação; só uma cidade lhe resiste e vem
a ser a senhora do universo! Esta menina, esta ver
gõntea, esta cidade é a bemavenlurada Virgem Maria.
O' cidade de Deus, j que grandes e gloriosas coisas
se dirão de vós 1 (1)
finalmente, c1. quais são as preciosas prerrogativas
que Íoram o complemento ou as conseqüências dêsle
privilégio? Plenitude de graças e dons espirituais,
que desde êsle primeiro instante eleva a santidade de
Maria acima da dos maiores Santos; perfeito uso da
sua razão e de tôdas as faculdades desde aquele pri
meiro momento; isenção da concupiscência e de
outros funestos efeitos do pecado original; abundân
cia de luzes sobrenaturais; facilidade em adeantar
continuamente nos caminhos mais sublimes da santi
dade, por uma perfeita correspondência a lôdas as
graças que recebe, sem que a menor imperfeição
venha jàmais deter os seus progressos.
Maria, logo depois de concebida, é já, segundo a
expressão dos Santos Padres, prt1esfanfissimum uni
versi orbis mirt1culum, t1byssus miracuforum, fofo mi
raculum. E' já, diz 5. João Damasceno, um mundo
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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� -----------'------ - - - -- - --
cheio de magnificência, a mais admirável obra da
criação : Ouam mundus isfe magnificus ! Ouam sfu
penda creafio ! ( 1 )
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IMACULADA CONCÊIÇÃO 130
recebei as nossas felicitações; amai-nos sempre, e
obtende de Jesus Cristo, que nos tornemos menos
indignos do seu a.mor e do vosso: Caude, Virgo
gloriosa, super omnes speciosa. V(J/e, ó valde deco
ra, ef pro nobis Chrisfum exora.
Resumo da Meditação
XXIV MEDITAÇÃO
O mesmo assunto. - O privilégio
da Imaculada Conceição de Maria,
considerado com relação a nós. -
Quanto nos importa fazer dêle o
objecto especial da nossa devoção
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IMACULADA CONCEIÇÃO UI
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:MEDITAÇÕES SACl!:RDC.TAIS
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IMACULADA CONCEIÇÃO
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IMAf.lJLADA í.ONC.EIÇÃO
Resumo da Meditação
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H6 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
XXV MEDITAÇÃO
21 de Dezembro. - S. Tomé. - Misericórdia
do Salvador para com êste apóstolo
1. N11 paciência com que soíre II sua incredulidade;
li. No bondade com que a combale;
III. Na vifóri11 que alcança sôbre ela.
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-1 ': i
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1'18 MEDITAÇÕES SACEIIDOTAIS
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Venil Jesus j(jnuis cl(jusis, ef sfefif in media earum,
ef dixif: P(jx vabis. l E como entrou, estando fecha
das lõdas as portas? Ei-lo in media earum, como
um pastor no meio do seu rebanho.
À vista do Salvador naquele estado glorioso, ao
som da sua voz, i que frémito de alegria na assem
bléia ! Deinde dicif Thamae. l E era êsle que devia
ser o primeiro a atrair a atenção de Jesus? Esta
vam presentes S. Pt'dro e S. João; e crê-se que
também ali estava a Santíssima Virgem. E não é a
nenhum dêles qu�se dirige. Atende menos à digni
dade e ao mérito de muilos, do que à necessidade de
um só.
Eis aqui o Coração de Jesus Cristo, tal qual se
retratou nas parábolas do filho pródigo e do bom
pastor: Dimilfif nanàginfo novem 'in deserlo, ef va
dif (jd il/(jm qu(je perier(jf. - Fifi, fu semper mecum
es . . . frafer fuu.s hic marluus er(jf, ef revixi! ( 1).
• Aproxima-te, discípulo infiel; amo-te muito; não
posso consentir que te percas. Sujeito-me ao que
exiges de mim. Sim, aqui tens as minhas mãos, que
deram saúde a tantos enfermos, e derramaram tantas
bênçãos. Aqui estão os pés que tanto correram em
busca da ovelha perdida; aqui tens êste peito que foi
aberto pelo ferro da lança ... r�para bem; e já que
te parece pouco ver, apalpa; inete o teu dedo nestas
chagas; mete a lua mão no meu peito, e entra neste
Coração que ainda te ama: mas não sejas incré
dulo : lnfer digifum luum huc . . . affer manum fúam
e/ miffe in lafus meum, ef noli esse incredu!us, sed
lide/is•. Oh! que inefável compaixão I Oh! que
suave indulgência! Oh I que enternecedora bondade!
E vós, ministros do Senhor, é. tratais assim aos peca
dores?
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III. Vitória que a misericórdia do Salvador
alcança sõbre a incredulidade de Tomé. - O di
\'ino Mestre linha-se servido do resplendor de seu
rosto para alumiar a Madalena, e segundo o hino
iilúrgico, para lhe atravessar o coração com um
dardo de amor: Currif amare saucia. Tinha-se ser
\'ido de um olhar para fazer rebentar as lágrima.s do
apóstolo que o linha negado: Conversus Dominus
respexil Pefrum, Depois servir-se-á do seu nome
parn levar a cabo tJ ditosa transformação de Saulo,
derribado no caminho de Damasco: Ego sum Jesus
quem fu persequeris. Agora serve-se de suas cha
gns, para converter a Tomé.
Apenas o apóstolo incrédulo loca as divinas
chagas, fica logo curado da sua infidelidade, recobra
a fé, e exclama: Dominus meus ef Deus meus!
A sua dôr e o seu amor não lhe permitem dizer
mais: a sua dôr, porque vê o seu crime; o seu
amor, porque é vencido pela bondade daquele a
quem Ião indignamente ofendeu, e que só se vinga
enchendo-o de benefícios. Mas· nestas poucas pala
vras disse ludo. Reconhece a Jesus por seu Senhor:
Dominus meus, e até ao seu úllimo suspiro quer
servi-lo e reverenciá-lo. Reconhece-o por seu Deus:
Deus meus; já não vi verá senão para o amar e
ganhar almas para êle.
Está pois curado da sua cegueira, e é admitido
de novo entre os que serão a luz do mundo. Pode
-se-lhe aplicar em certo sentido esta palavra da Sa
grada Escritura: Sicul lenebrae ejus, ila e! lumen
ejus (1). As trevas da sua incredulidade ser-nos-ão
lãc úteis como a luz da sua fé.
S. Gregório vai mais longe: Pfus nobis profuif
ad lidem Thomae infideli!as, quam lides discipulorum
Resumo da Meditação
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S. ESTÊVÃO 151
131
XXVI MEDITAÇÃO
26 de Dezembro. - S. Estêvão
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g_ ESTÊVÃO
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MF.lllTAÇÕF.S SACERDOTAIS
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�- ESTÊVÃO i5i
Resumo da Meditação
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!58 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
XXVII MEDITAÇÃO
1
27 de Dezembro. -S. João Evangelista. -Dis
cipulus quem di/igebdf Jesus
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S. JO.'.i.O EVANC,ELISTA
(1) S. Aug.
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·lliO M!!!DITAÇÕKS SACl!::IDOTAIS
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S. JOÃO EVANGELISTA i6i
ração do Verbo incarncido pertence-me; Maria é
minha Mãe; eu sou o amigo e prediledo de Jesus.
- Mas, lque fazer, para corresponder a. lãa grande
favor?
(1 ) S. Greg. Nyss.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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S. JOÃO EVANGELISTA !63
tolo manifestou-se principalmente na ceia e no Cal
vário. - Na ocasião da última ceia os apóstolos es
tavam consternados, por .causa da triste palavra que
então pronunciara o Salvador: Um de vós me há de
enfregBr. Foi então que S. João recostou a cabeça
no peito de Jesus, seu Mestre. Para usar de seme
lhante familiaridade, devia estar bem seguro da terna
afeição que Jesus lhe tinha. O mesmo Salvador o
atraía, e lhe confiava seu adorá..-el Coração. cE que
recebeu S. João nessa fonte de tôda a luz e de lodo
o bem ? O' meu bom padre, o mesmo Coração vos
pertence a vós ; a Eucaristia vo-lo dá. - No Calvá
rio João recebe o úllimo favor do seu adorável
amigo. Jesus agonizante dá-lhe sua Mãe, e dá seu
discípulo a Maria. Se, como discípulo, êle repre
�entava todos os cristãos, como apóstolo representava
todos os sacerdotes.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
XXVIII MEDITAÇÃO
25 de Janeiro. - Conversão de S. Paulo.
- Contemplação
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CON\IERSÃO DE S, PAULO 165
cruel inimigo e perseguidor, e se dispõe a fazer dêle
um vaso de eleição para o estabeleeim,ento ,da sua
Igreja e santificação de seus escolhidos: Vas ele
cfionís esf mih; isfe, ui por/e/ nomen meum coram
genlibus ef regibus ef filiis Israel. - Na terra, em
Damasco, os fiéis assustados, que sabem da pró
xima chegada à cidad!! , do. maior inimigo da fé, e
das intenções que. lá o levam. - Em Jerusalém vêde
os príncipes dos sacerdotes que mostram o seu con
tentamento ao ouvirem o oferecimento que lhes faz,
e os poderes que lhes pede um homem como Saulo,
Ião capaz de servir o seu ódio contra os discípulos
de Jesus Cristo. - No caminho vêde os que acom•
panham a Saulo e que pàrecem participar do seu
furor. - Mas principalmente deveis repa_rar no mesmo
Saulo, o cl\efe, a alma de tôda aquela perseguição.
Estudai bem o seu génio violento, o seu coração
de fariseu (1), o seu extremo apêgo às antigas·tradi
ções (2). Irrita-se, quando na sua presença se fala
da religião de Jesus Cristo; seus olhos, seu rosto,
todo o seu exterior respira ameaças, tudo anuncia
nêle um hom�m sedento de sangue, e que, tendo jà
derramado muito, necessita de derramar ainda mais:
Adhuc spirans minarum ef caedis. Reparai no seu
ar soberbo, quando avista as muralhas de Damasco ,
onde entrará brevemente. Depois vêde-o de-repente
lançado por terra, pálido, trémulo, atónito : sfupens
ac fremens; em redor dêle os outros homens espan
tados : Viri aufem i/li qui comifabanfur cum eo, sfa
banf sfupefacfi (3 ). Passados alguns-dias, contemplai
a Saulo, recebendo humildemente o baptismo, pre
gando o Evangelho, e confundindo os judeus.
Admirai o poder e bondade do filho de Deus.
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Hfü MEDITAÇÕES SACERliOTAIS
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CCÍNVF-RSÃO DE S. PAULO lfi7
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t68 !IIEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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CONVERSÃO DE S. PAULO !69
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i.70 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
XXIX MEDITAÇÃO
29 de Janeiro. - S. Francisco de Sales. -
A fôrça e a energia da sua mansidão.
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S, f11ANC18CO DE SAT.ES t7l
t. 0 Sentindo cedo que é chamado ao estado
eclesiástico, aplica-se enérgicamente a santificar-se,
para ser capaz de santificar os oulros. Sonda o seu
coração, estuda fCldos os seus impulsos, e substituin
do a graça à natureza, destrói ludo o que é do ho
mem, para que nêle ludo seja de Deus. - i Oue obs
táculos não teve que vencer para adquirir· a mansi
dão I O génio ardente e cheio de fogo, o nasci
mento ilustre, e tôdas as vantagens exteriores que
atraem os louvores e alimentam a soberba; até a de
licadeza de sentimentos e a bondade de um coração
tanto mais fácil em ofender-se, quanto mais sensível e
amoroso é.
-é. E que assaltos não teve que susfenlar, quan
do quis abraçar o estado eclesiástico e declarar ,a
escolha que dêle fizera? Então não lhe basta ser
corajoso; é necessário algumas vezes ser piedosa
mente cruel: Per ca!ctJlum perge palrem, per ctJ!ctJ
fom perge mtJ!rem (.1). Foram ainda maiores, quando
recebeu ordem de ir para o Chablais. Ouando pela
primeira vez o seu bispo falou nesta perigosa em
prêsa, as palavras do prelado só excitaram o terror
em tôrno de si; todos os circunstantes ficaram es
pantados com tal projeclo: só francisco não receou
oferecer-se. 1 Oue consternação na sua família, quan
do o soube ! Oue vivas observações I Oue oposi
ções I Lamentos, grilos, lágrimas, ludo foi pôslo em
jôgo para o demover, e tudo foi inútil.
Ouve a voz de um pai ternamente amado que se
esforça em combater tal resolução; mas ouve de
preferência a voz de Deus que lhe diz: Egredere de
ferra ef de cogntJfione lua ef de domo pafris fui, ef
veni in ferrnm qutJm mons!rtJbo fibi (2). Ouve os
suspiros de sua mãe que se queixa ; mas ouve lam-
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17:! MEDITAÇÕES SACERI.JOTAIS
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S. FRANCISCO DE SALES ti3
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
0
2. Resislências. Enconlrou algumas, que leriam
desanimado a qualquer outro. A heresia não se
rende sem combale, pois a pertinácia é do ·seu ca
rácter. Pedro de Biais dizia : •Trazer um homem
do pecado à graça, é muito; fazer de um idólatra
um cristão, é ainda mais; porém converter um hereje
obstinado, é uma espécie de milagre•. é. De que
perseverante firmeza não necessitou Francisco de
Sales, principalmente no princípio da sua missão?
Ouanfas caminhadas infrutuosas I Ouanlas tentati
vas inúteis! Acaba de reparar uma igreja; o povo
amotina-se, e derriba-a de novo. Comoveu e con
venceu a um célebre ministro luterano (1); e contudo
vê-o morrer na heresia. Se, depois de um ano de
trabalhos estéreis, tivesse desanimado, como fazem
tantos padres, limitando-se a dizer como êles: • que
remédio lhe havemos de dar•? é. que seria feito dêsse
desditoso país? é. E até onde leria chagado o contá
gio?
3.º Perseguições. Atentam contra a sua vida,
atacam a sua honra. Sôbre êle pesa a mais atroz
calúnia durante lrês anos. Ê verdade que Deus
tomou a defêsa do Santo; mas entretanto, é. quaf\lo
não leve que sofrer? Entre lôdas estas provações
está tranqüilo, resignado. Vê agitar-se e subverter-se
ludo em redor dêle, sem que nada perturbe a sere
nidade da sua alma. Desarma os perseguidores com
a sua caridade, pagando insullos com benefícios,
ódio com amor. É a sua vingança. é. Onde encon
traremos mais acabado· modêlo de mansidão e de
fortaleza?
Entrai dentro �e vós mesmo. é. Ê empreendedor
o vosso zêlo? é. E baslimte forte para sacrificar à
glória de Deus e à salvação das almas, a natureza,
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S. FRANCISCO DE SALES
Resumo da Medltaçã,o
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1 76
_ _ ______.M_E_D_I_TA�Ç�ÕES SACEIIDOTA IS
XXX MEDITAÇÃO
-- � '
(1) S. Chrys.
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S• .FRANOISCO OE SALES !77
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178 ----------
MEOITAÇÕES SACERDOTAIS
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S, FRANCISCO DE SALES {79
as conveniências da vida civil; e deante de herejes
que já não queriam reconhecer nela o espírito e a
moral de Jesus Cristo. Aos primeiros mostrava na
sua pessoa um modo de proceder acomodado aos
usos da sociedade; um fervor digno das mais belas
idades do Cristianismo; e uma condescendência sem
limites junta a uma extrema delicadeza de consciên
cia; emfim as virtudes que o Evangelho requer, e as
qualidades que o mundo admira. Aos segundos pu
nha-lhes deanle dos olhos uma vida santa que refu
tava as colúnias espalhadas contra a Igreja. Os he
rejes acusavam o clero católico de ser interesseiro,
ambicioso e amigo do fausto; e viam no Santo um
homem que, para fazer parle dêsse clero, tinha sacri
ficado uma grande fortuna, grandes esperanças e
grandes di�nidades; um homem que �ó tinha acei
tado por obediência o direito de mandar, que desde
a sua enlrada no sagrado ministério, se despojara de
tudo, fazendo-se pobre para socorrer os pobres; um
prelado que fugia do esplendor e da ostentação, per
correndo a pé as povoações da sua diocese, ins
truindo o povo simples e catequizando os meninos.
Esta modéstia, esta humilde e caridosa mansidão
vencia lodos os preconceitos.
2. 0 Honrando a Igreja, a doçura de francisco
de Sales alargava o seu domínio espiritual. Ava
lia-se em selenla e dois mil o número de herejes que
fez entrar no seio da Igreja. Sujeitou à sua obediên
cia lodo o Chablais e uma grande parte da diocese
de Genebra. é. E quem não sabe que essas conquistas
foram devidas à irresistível influência da mansidão
do santo prelado?
Convertem-se os herejes, diz S. Agostinho, muito
mais com testemunhos de caridade, que não com po
lémicas e controvérsias em que os ânimos se exal
tam. Um homem pode irritar-se contra vós, quando
impugnais as suas opiniões; mas o desejo que ten-
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180 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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S. FRANCISCO D11: SALES 181
ui inGnifo amabililale lua capfus, mansuefudinem in•
duére studeam el imilari ( 1).
Resumo da Meditação
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{8'1 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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SEGUNDA SECÇÃO
§ I.º
!31
XXXI MEDITAÇÃO
Domingo da Septuagésima. - Parábola dos
trabalhadores mandados para a vinha.
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DOMINGO D.A SEPTUAGÉSIMA
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!86 MEDITAÇÕES SACKRDOTAI�
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DOMINGO DA SEPTUAGESIMA t8i
sepem circumdedif ei, e/ fodif in ea forcular, e/ aedi
licavif furrim (1).
- Dela sua incarnação e pelos mistérios que se
relacionam com ela, o mesmo Filho de Deus veio
plantar esta vinha, sem se poupar aos mais penosos
trabalhos. Cercou-a com a sua lei. Os seus anjos
e ministros sagrados estão encarregados de a defen
der; a tôrre que nela erigiu, é a sua perpétua assis
tência, que a põe ao abrigo de lodo o êrro. l:. tam
bém a protecção de Maria: Turris David... quae
aediGcafa esl cum propugnaculis: mil/e clipei pendenf
ex ea (2 ).
Felicitai-vos, meu bom padre, por lerdes sido
mandado para esta vinha, depois de tantos obreiros
infatigáveis que a leem feito dar tão belos frutos :
lte ef vos in vineam meam. Mas aceitando esta hon
rosa vocação, aceitai o seu trabalho. Não sejais
como êsses eclesiásticos, que. acharam o segrêdo,
diz S. Bernardo, de separar o que o seu estado tem
de penoso, do que tem de agradável e cómodo.
Adverfere esf prudenliam aliquorum, ef mirari que
madmodum novo inter haec artificio discernentes ...
lo/um quod deleclaf eligunl ef ampleclunfur, quod
moles/um e/ fugiunf afque declinanf. Sudanl agrico
lae, pulanl e/ fodiunl vinifores; ef clerici inter haec
lorpenf ofio, vivunf lrifico, bibunf uvae sanguinem
meracissimum: parum esf, impinguanfur ef di/afanlur
adipe frumenli. . . madenl deliciis oliosi (3).
Ouando há pastores que enveredam por êste fu
nesto caminho, dentro em pouco tempo, não é já
sõmente a sua incúria que deixa sem cultivo a vinha
predilecla de Deus: são os seus maus exemplos que
a arruínam. Então é chegada a deso,lação universal:
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lH8 �IEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) Jerem. XII, 10, 11. -(2) Cornel. lbid. - (J) lbid.
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nomNGO DA SEPTUAGÉSIMA :189
merila el gloriam esse, si quis crebro exerceaf acfus
cariflllis, eosque ardentes ei intensos ( 1).
Daí a conclusão da parábola: •Os últimos serão
os primeiros, e os primeiros os úllimos •. Poderoso
eslímulo para animar os que leem que reparar o tempo
perdido: um instante de fervor pode apagar as má
culas e compensar as perdas causadas por uma
tibieza inveterada: Subifus calor longum vincif fepo
rem (2). Grande e forte motivo para sermos sempre
humildes e não desprezarmos a ninguém: Êste peni
tente de há pouco, é talvez mais fervoroso que eu;
ês!e grande pecador pode converter-se e vir a ser
um grande Santo, assim como eu posso perverter-me
e vir a ser um réprobo; • porque são muitos os cha
mados e poucos os escolhidos•. Muitos são chama
dos a um estado de perfeição, mas poucos são os
que respondem sériamente a êsle chamamenlo; mui
tos são chamados. à penitência, mas poucos são os
que a abraçam pelo menos com persevera_nça; muitos
são· chamados à oração e à vida interior, mas são
poucos os que cuidam em entrar e progredir nestes
santos caminhos; muitos são chamados ao céu, mas
são poucos os que o alcançam, porque recusam ou
desprezam os meios de o alcançar.
O' meu Deus, eu descubro em mim resoluções,
desejos santos e chaml'l'menlos da vossa divina graça;
mas, é. onde estão as obras verdadeiramente boas,
que devem assegurar a minha eleição e salvação? (3)
Bemdito sejais, Senhor, p�la misericórdia com que
ainda vos dignais chamar-me; quando o dia está a
ler·rninar. Ah! pelo menos não tornarei' a perder
um só instante. Brevemente, quando subir ao altar,
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mo MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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DOMINGO DA SEXAGÉSIMA Hll
inveja. Será mais proporcionado à perfeição da ca
ridade do que à duração do lra:palho: poderoso estí
mulo para animar os que leem de reparar o tempo
perdido. Forte motivo para sêrmos sempre humildes
e não desprezarmos a ninguém: Êsle penilenle de hã
pouco, êsle justo que ainda agora começa, talvez já
esteja mais adeantado que eu.
XXXII MEDITAÇÃO
Domingo da Sexagésima. - Semen esf
verbum Dei
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{92
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MEDITAÇÕES SACEIIDOTAIS
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O primeiro fim do filho de Deus, descendo do
céu à terra, foi reparar a glória do Pai, e criar-lhe
verdadeiros adoradores; por isso é que êle lança
nas almas raios de luz e inspira bons pensamenlos.
Isto nos faz conhecer, amar e servir a Deus, e esla
belece em nós o seu reino. Com efeito, eu não
posso conhecê-lo, nem amá-lo, se êle se não revela à
minha inteligência e ao meu coração. é, Ouer que eu
glorifique a sua infinita sabedoria? Descobre ao
meu espírito os segredos da sua Providência, os
grandes desígnios que tem a meu respeito, os admi
ráveis meios por que me governa. é, Ouer que eu
lema a sua jusliça? Mostra-me a desordem e malí
cia do pecado, põe-me deante dos olhos, como à
Samaritana, os crimes que cometi, e vendo islo, con
fesso que mereço os seus castigos.
Sucede o mesmo com os oulros dois fins da sua
incarnação, fazer Santos na !erra e bemaventurados
no céu. Para os conseguir emprega principalmente
os bons pensamentos. Deve dizer-se desta palavra
interior, que se faz ouvir no santuário da alma, o
que S. Ambrósio disse da palavra de Deus em ge
ral: Mundaf, illuminaf, accendif audienfes. Conv.erle
e purifica os pecadores, inspirando-lhes o ódio do
pecado: Lex Domini immaculafa, converfens animas;
alumia os justos e dirige-os no caminho dos precei
tos e conselhos: Lucerna pedibus meis verbum fuum;
abrasa os homens perfeitos com lodos os ardores da
caridade, e une-os es!reilamente a Deus: /gnifum
eloquium fuum vehemenfer.
Eis aqui tõda a santificação do homem, lodo o
segrêdo da sua predestinação. é, Donde provém a
perseverança final, que li:insuma a obra da salvação?
Da graça que vem coroar a vida boa com uma boa
morte. Mas, é, donde vem a boa vida senão das
boas obras? E as boas obras veem dos bons dese
jos, e estes são fruto dos bons pensamentos. Por-
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DOMINGO DA SEXAGÉSIMA ma
tanto o bom pensamento é o primeiro móbil de to
dos os merecimentos, a raiz de. lôdas as virtudes que
ncs tornam amigos de Deus, o princípio de tôda a
nossa santidade.
e. E crês lu, ó alma minha, que sem o bom pen
samento não haveria fé entre os fiéis, nem pureza
entre as virgens, nem caridade entre os justos; e que
é êle que tem enchido os desertos-de penitentes, as
prisões de mártires, B Igreja de Stintos, e o céu de
bemavenlurados? Se o crês, e. como o recebes tão
friamente, quando Jesus to apresenta? e. Como não
lemes relê-lo cativo, ou mesmo sufocá-lo no meio de
lanlos pensamentos vãos e inúteis? e. Ignoras tu que
de um bom pensamento, segundo o uso ou o abuso
que dêle fizeres, pode depender para ti uma felicidade
ou uma desgraça eterna?
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MIWITAÇÕES SACERDOTAIS
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DOMINGO DA SEXAGÉSIMA l95
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196 !IIEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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DO)IIN(;Q DA SEXAGÉSIMA :197
Resumo da Meditação
XXXIII MEDITAÇÃO
Domingo da Qüinquagésima (1). - l Que
deverão ser para o bom padre 9s dias
de desordem que precedem a entrada
da Quaresma?
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DOMINGO DA QUINQUAGÉSIMA 199
l Ouem reconheceria enlão a face do Cristianismo?
Oir-se-ia que tôdas as potestades do inferno se de
sencadearam, e que tôda a carne, éomo no tempo do
dilúvio, corrompeu os seus caminhos. Parece ler
desaparecido a razão e até a Íé ! Oue fascinação !
Oue cegueira universal! -·Jesus no Evangelho do
dia, fala dos opróbrios e tormentos que brevemente
vai sofrer em Jerusalém : Ecce ascendimus Jeroso
lymam. Ali será entregue aos géntios, escarnecido,
açoitado e morto I Isto é o que o bom Mestre anun
cia aos cristãos seus discípulos. Mas, longe de lhe
responderem com gemidos e lãgri01as, êles só fazem
ouvir cantos indecorosos, e excitações à devassidão!
O amor do prazer estonteia lõdas as cabeças e
exalta tôdas as imaginações.
Aqueles mesmos que são cristãos em outros
1empos, dão ocasião a que se creia que já o não são.
Divino Rei, é. é assim que vos são fiéis? é. E' cruci
fü:ando-vos de novo nos seus corações, que se pre
param para honrar o mistério da vossa morte ?
l E.' pela intemperança que se dispõem para o jejum?
é. Viu-se jàmais ensaiar' a súplica do perdão com um
aumento de íuror nos insultos ?
O bom padre evita nestes desgraçados dias ludo
o que se aproxima dos usos da vida mundana. 1 Oue
escândalo, se o seu exemplo autorizasse de alguma
sorte o que a religião condena I Não só se abstém
das demasias da mesa e dêsses divertimentos, tanto
mais nocivos à alma quanto mais deleitam os senti-
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200 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
1
dos ( ); mas também vive retirado; quanto lhe é pos
s(vel, para fazer mais assiduamente companhia ao
divino Rei, que os outros abandonam, e para não ser
testemunha das desordens que não pode impedir:
Ecce elongavi fugiens ef mansi in solifudine . .. , quo
niam vidi iniquilalem el conlradiclionem ip civilafe ( 2 ).
Participa dos sentimentos de Santo Agostinho, éjuando
dizia: Bibani alii morliferas voluplales; porfio calicis
mei Dominus est e). Faz penitência, e ora por tantos
loucos, que provocam a ira do Senhor: Ululafe,
pastores, et dama/e ( 4 ). Plangife, sacerdotes; ululate,
minisfri altaris ( 5).
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DOMINGO DA QUINQUAGÉSIMA 201
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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SEGUNDA-FEIRA DA QUINQUAGÉSII\IA 203
XXXIV MEDITAÇÃO
Segunda-feira da Qüinquagésima. - Os sofri
mentos e a morte de Jesus Cristo
------ -
-
(1) Rom. Ili, 25. - t2) Luc. XII, 5. - (�) Is. 1, 6.
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SEGUNDA-FEIRA D.� QUINQUAGÉSIMA 'tQ;'j
(1) lbid.
(2) Si in viridi ligno haec fociunl, in arido quid fiel? Luc.
XXIII, .'li.
(3) Jerem. XVII, 17, 18.
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200 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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SEGUNDA-FEIRA DA QUINQUAGÉSIMA 207
Resumo da Meditação
XXXV MEDITAÇÃO
Têrça-feira da Qüinquagésima. - O cego
curado perto de Jericó. -Contemplação
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Tf:ÍIÇA-FEIIIA DA Q[T[NQUAGÉSl!IIA 209
que lho apresentem, e pregunta-lhe que quer que
lhe faça. O cego responde: • Sennor, fazei que eu
veja•. Então Jesus diz-lhe: •Vai, a lua fé te sal
vou •. Naquele instante é curado, e logo vai seguindo
ao divino Mestre (1).
:-,EGUNDO PRELÚDIO. O' meu Deus, curai a mi
nha cegueira, e servi-vos de mim para curar a ce�ueira
de meus irmãos.
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2m
------- -MEDiTAÇÕES SACllRDOTAIS
------------ -
sum. . . ef nescis quia fu es miser ef miserahi/is, ef
pauper, ef caecus ef nudus?
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TERÇA-FEIRA DA QUINQUAGÉSIMA 2H
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação ,
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QUARTA-FEIRA DE CINZA
XXXVI MEDITAÇÃO
Quarta-feira de Cinza. - A Quaresma
do bom pastor de almas.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) Ecch. XLIV, 17. - (llJ Joel li, 17. -{3) Rom. IX, 2
i") Luc. XIX, 41.
(:') Sacerdo!um esf pro populo propiliare plandu, precibus
e� poenilen!iis. Corn. 11 Lap. in Joel.
1 6 ) Vos scilis .•. quomodo nihil sub(raxerim ulilium, quominus
�nnunliarem vobis, e( docerem vos publice ef per domos. Acl. XX, 20.
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2t6 Mlrnl'fAÇÕF.:S SACF.:ADOTA IS
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':H8 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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LO DOlllNr.O DA QUARESMA fül
XXXVII MEDITAÇÃO
1.0 Domingo da Quaresma. - Jesus Cristo
!enfado no deserlo
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2'W MEDITAÇÕF.S SACE:IDOTAIS
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t,o DOMINGO DA QUA RF.SMA 22{
Lançar-nos por própria vontade num mar agitado,
esperando que Deus, para nos livrar da morte, o
acalmará e nos estenderá a mão, para nos trazer ao
pôrto de salvamento, é querermos que êle anime a
nossa temeridade, e recompense a nossa presunção.
S. Pedro e S. Paulo fornecem-nos um notável
e�emplo dislo. Ambos vão a Jerusalém, e ambos
se expõem ao perigo em circunstâncias semelhantes.
Traia-se de defender os inlerêsses de Jesus Cristo
na presença de seus inimigos. Um dêles vai negá-lo
publicamente; o ou Iro vai confessá-lo com desassom
bro. Ambos parecem estar nas mesmas disposições.
Pedro disse m,ais de uma vez que nada o ,abalaria,
que eslava pronto a morrer; Paul0 diz outro tanto:
Ego non solum dlligdri, sed e! mori. . . pdrdfuS sum,
propfer nomen Domini Jesu (1). Todavia Pedro é
vencido, e Paulo vence. e. Donde provém a diferença?
E' que Pedro buscou a occ1sião ; pois e. para que
entrava êle no páteo de Caifãs? e. Para que se mis
turava com essa gente ímpia? Já não sucede o
mesmo com Paulo. E.' yerdade que se apresenta na
sinagoga e no palácio do pretor; mas é o Espírito
San_lo que lá o conduz. Tudo quanto faz, é inspi
rado por Deus: Alligalus ego Spirifu vddo in Jeru
sa/em (2). Se Pedro seguisse os conselhos de pru
dência, que füe havia dado seu Mestre, a graça o
leria amparado e impedido de cair; e se Paulo se
tivesse exposto por sua conta ao perigo, a graça
não o leria feito vencedor.
(1) 5. Hier. Epis!. XXII 11d Eusloch. - (2) Luc. IV, 13.
(3 ) Vigil11fe el or11fe, ui non inlrelis in fenlafionem. M11lfh.
XXVI, 45.
( 1) I Pelr. V, 9.
5
( ) ln omnibus sumentes sculum fidei, in quo possilis omni11
tel11 nequissimi igne11 exlinguere. Eph. VI, 16.
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1.0 DOMINGO DA QUARESMA
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llEOITA ÇÕES SAr._ER_O_O_T_A_IS
_ _ _
� -
-
Resumo da Meditação
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TRÊS TENTAÇÕES 225
XXXVIII MEDITAÇÃO
O mesmo assunto (continuação).-Os obreiros
evangélicos estão principalmente expostos
a três tentações, análogas às de
Jesus Cristo no deserto
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226 MEDITAÇl)ES SAGKRDOTAIS
(1) Hoc nulem genus non ejici{ur, nisi per or11tionem el jeju
nium. M11t1h. XVII, 20.
(2) Prudenlin c11rnis mors esl. . . Sopienli11 cnrnis foimic11
esl Deo • . . Oui in c11rne sunf, Deo pl11cere non possunf. Rom.
VIII, 6-8.
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TRÊS TE�TAÇÕES
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I\IEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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TRêS TENTAÇÕES
Resumo da Meditação
(1) Rom. XIII, 8.- (9) S. Aug. De verbo Dom. Serm. XII.
( 3) S. lren. Advers. haeres. 1. v, e. XXII.
( 1) Convenf. Melodun. 11n. 1579.
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230 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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2.• DOMINGO DÍ QUARESMA 231
XXXIX MEDITAÇÃO
2.0 Domingo da Quaresma. - Jesus no Tabor.
- A Transliguraçiio e a Paixiio.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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2.0 DO�flNGO DA QUARESMA 233
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�H:DITAÇÕE� SAC_E_R n_o_T_A_l s_______
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2. 0 DOMINGO DA QUARl!:S'.'IU 235
Resumo da Meditação
XL MEDITAÇÃO
3.0 Domingo de Quaresma. -Eraf Jesus
eficiens daemonium, ef illud era! mufum.
-o DEMÓNIO Muoo.
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3.º DOMINGO DA QUARESMA 237
presenceiam, pôslo que interiormente as deplorem.
Manteem a verdade cativa, e não ousam confessar
públicamente a sua fé, ainda mesmo quando o silên
cio é uma espécie de apostasia. Oêste modo a vir
tude é abandànada aos insultos, por aquêles mesmos
que a amam ; a impiedade e a liberdade são autori
zadas, animadas .e propagadas por aquêles que leem
amor à religião e aos bons costumes; e, como nada
há mais contagioso que esta fraqueza, cem cora
ções magnânimos cederão, porque um só se deixou
vencer.
E: o demónio mudo que faz afastar dos sacra
mentos, e principalmente da confissão, um grande
número de homens virtuosos, fiéis às outras obriga
ções do Cristianismo. Ouando acabaram por se
submeter a um dever que o espírito de mentira lhes
havia pintado com falsas côres, são os primeiros a
pregunlar a si mesmos como puderam por fanfo tempo
arriscar a salvação e privar-se de Ião dôces consola
ções. E' êle que converte em veneno mortal o remé
dio mais salutar para essas almas sacrílegas, que êle
induz à dissimulação na confissão das suas culpas.
Uma pessoa desej.ava aliviar-se do pêso que a opri
mia; sentia-se vivamente incitada a ser sincera; tinha
começ.ado bem; uma palavra mais, e tem o céu se
guro, e na vida presente essa paz que sobrepuja lod0
o entendimento; uma palavra menos, e merece o
inferno, .e .desde já o remorso que a dilacera. é. Oue
poder oculto fêz morrer em seus lábios essa palavra
indispensável? - O demónio mudo.
Mas os seus estragos no rebanho de Jesus Cristo
nunca são Ião deploráveis como quando exerce a sua
tirania sôbre os mesmos paslores. Seu maior triunfo
é encadear a palavra sacerdotal. Ou fecha a bõca
aos ministros do Senhor, ou não lhes permite que fa
lem senão com timidez, quando deveriam falar com
energia. O' padre, vós concedeis-lhe êsse funesto
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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't\_'t______M_E_D_I_T_A---'Ç'-Õ_E _S _ S_A_CE_R_D_O_TA_l_S ________
XLI MEDITAÇÃO
4.0 Domingo da Quaresma. -Mulliplicaç§o
dos p§es - Confemplaç§o
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(l,o DOMINGO DA QUARESMA
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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4.0 DOMINGO DA QUARESMA 245
grupos de cem ou cincoenta • . Depois, levantando os
olhos ao céu, dá graças a seu Pai pelo poder que
lhe deu, abençôa os pães e os peixes, parle-os, e
dá-os aos apóstolos para que os distribuam pelo
povo. Nas suas mãos divinas o pão mulliplica-se.
Todos comeram, todos ficaram fartos, e do que so
bejou encheram-se doze alcofas de fragmenlos. i Oue
se passava na alma dos apóstolos, ·emquanto por seu
ministério se operava tão grande milagre? i Oue se
passava na alma de todos os que comiam dêsse pão
milagroso? i Oue pura e modesta alegria reinava
nessa refeição 1
Assim o filho de Deus confirmava a fé de seus
discípulos, dava-lhes uma idéia do seu poder, e dispu
nha-os para a divina institu·ição do banquete euq1rís
tico, • porque, adverle o Evangeli�la, estava perto a
Páscoa• (1). Convinha pôr-lhes deante dos olhos
uma imagMJ da Páscoa- cristã, em que o Cordeiro de
Deus imolado seria comido sob a figJra de pão.
Com efeilo, dentro de pouco tempo a Igreja será
espalhada por tôda a terra, dividida , em diversos
grupos, cada um debaixo da direcção de seu pastor,
de quem receberá o pão celestial; e êste alimento
vivo e vivificanle nunca se acabará.
Mdnducaverunf omnes ef safurdfi sunf. - Todos
comeram e ficaram fartos, porque todos tinham 'fome,
e saboreavam o excelente alimento que lhes era
apresentado. Oh I quãnto mais justo é que sabo
reemos a adorável Eucaristia! é Não temos nós en
fermidades· e fraquezas no deserto desta vida? iE não
é o pão celestial que recebemos, incomparàvelmente
superior àquele que farlou o povo judeu? é Quantos
milagres não encerra? G Quantos mistérios não re
sume? r. Ouanlas graças não comunica'? -Todos
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resu1110 da Meditação
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6,_• DOMINGO DA QUARESMA 26,i
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MEDITAÇÔKS SAÇEHDOTAIS
XLII MEDITAÇÃO
Domingo da Paixão: Quis ex vohis arguef me
de peccr1fo? (1) - O, homem aposfõlico
e os seus pefseguidores.
(1) Joan. XV, 20. - \2) lbid. VIII, 46. - (3) Gal. VI, 16.
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250 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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SEXTA-FEIRA DA SEMANA DA_ PAIXÃO 253
XLIII MEDITAÇÃO
Sexta-feira da semana da Paixão. - Maria
junto ci Cruz
1. Seu amo_. para com Jesus Cristo dá-nos idéia dos seus sofri
menCos.
li. Seus sofrimentos ajudam-nos a compreender o seu amor para
connosco.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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SEXTA-FEIRA DA SEMANA DA PAIXÃO �51)
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'l56 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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SEXTA-FEIRA DA SEMANA DA PAIXÃO �5i
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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DOMINGO DE HA.MOS 259
leem direitos particulares ao amor de Maria por se
rem os cooperadores de Jesus Cristo na redenção
dos homens.
XLIV MEDITAÇÃO
Domingo de Ramos. - Enfrada triunfal de Jesus
em Jerusalém. - Contemplação.
1. Contemplar ns pesso11s;
li. Ouvir ns p11lnvr11s;
Ili. Considerar 11s 11cções.
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DOMINGO DE IIA:l!OS 21H
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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DOlllNGO OE RAMOS
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, �EGUNDA-FEIRA DA SEMANA SANTA �(j:,
XLV MEDITAÇÃO
Segunda-feira da Semana Santa. - TriunféJ Jesus
Cristo, .enlréJndo em nossas éJ/mas pela
sagrada comunhão
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'l/i/i MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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2G8 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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SEGUNDA-FEIRA DA SE:l!ANA SANTA 2G9
cidade, mas a mim, venif tib,� do seio de seu Pai ao
meu. Oh I que indigno sou de ser sua morada 1
l Co_mo pode êle habitar no meio de minhas libiezas,
de meus pensamentos vãos, de minhas negligêricias,
de minhas inumeráveis imperfeições? Vem para mim;
l que lucro pode êle tirar desta união? é. Oue con
veniência acharia nela, se não conviesse à bondade
o fazer bem?
Sim, ó meu Deus, neste triunfo tudo é para mim.
Trazeis-me a compaixão do vosso coração, o socorro
da vossa omnipotência, os tesoiros da vossa graça.
Vindes dar vista a um cego, curar um enfermo, soltar
um prêso, restituir à minha alma uma ditosa liberdade,
quebrando todos os laços que a prendem às criatu
ras, dando-me a paz, submetendo tôdas as minhas
inclinações à vossa lei. O' Jesus, purificai meu co
ração, ·adornai-o com vossas virtudes, para fazerdes
dêle a sede do vosso reino; e quando, daqui a um
momento, os anjos vos virem tomar poss� dêle,
oxalá que, repetindo o celeste hossana, êles possam
predizer que o vosso reino em mim não !ornará a ser
perturbado, e que não lerá fim, como o que destinais
aos vossos escolhidos: E! regni ejus non eril Gnis.
Reanimai em vós mesmo o amor da sagrada co
munhão: inspirai-o, quando pudf'rdes, ao próximo,
como um meio se�uríssimo de agradar a Jesus Cristo,
e de salvar as almas, comunicando-lhes a mesma
vida do seu Salvador.
Resumo da Meditação
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2i0 :MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
ouvir islo. <'. Oue somos nós, Senhor, e que sois vós,
para que penseis em tal união? - • Desejo-a, nos
responde o Senhor, e se, para a !ornar possível, fõr
necessário multiplicar milagres, muJliplicá-los-ei •. -
2.º O Salvador prevê os insullos a que se expõe,
escondendo-se quanto é necessário, para nos permilir
que nos aproximemos dêle; não retrocede deanfe
dêsle novo cális, sacrifica tudo ao desejo de se unir
a nós. - .3.° Como esta união deve ser livre da
nossa parte, é. que não faz êle para nos atrair a ela?
Convida-nos para o banquete eucaríslicG. Aos con
vites, ajunta as instâncias; usa até da sua autoridade.
Manda-nos, sob pena de morte eterna, se resistirmos,
e com promessa da mais ditosa vida, se obedecer
mos.
IS!
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Tf:RÇA-FEIRA DA SE�IAN.� SA:'iTA 271
XLVI MEDITAÇÃO
Têrça-feira da Semana Santa. - Jesus chora
sôbre Jerusd!ém. - Confemp!dçào.
1. Con(emplar as pessoas;
11. Ouvir as palavras;
Ili. Considerar as acções.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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TÊRÇA-FEIRA DA SEMA!'iA SANTA 275
meiros exasperam-se, vendo a satisfação que mostram
os admiradores de Jesus ; os outros não dão atenção
ao que ouvem e vêem. - Fora de Jerusalém, nume
rosos grupos manifestando à porfia seus sentimentos
para com aquele que ludo Íêz bem. Os apóstolos,
contentes porque se faz justiça a seu Mestre. Jesus,
objedo desta ovação; só êle descobre um motivo de
tristeza debaixo de tão lisonjeiras aparências. Êle ama
os seus sofrimentos, que nos salvam; a nossa ceguei
ra, que nos perd,e, arranca-lhe lágrimas.
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276 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
XLVII MEDITAÇÃO
Quarta-feira Santa. - Jesus lava os pés aos seus
apóstolos. - Contemplação
I. Confempl11r os pessoas ;
li. Ouvir os p11l11vr11s ;
Ili. Consider11r os 11cções.
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QUARTA-FEIRA SANTA 't.77
Não, mas para acrescentar uma nova fôrça à lição
de humildade que vai dar-nos : Surgi/ a caena. Sua
adorá*! pessoa parece ter neste momento alguma
coisa de mais augusto, que de ordinário não costu
mava praticar. - Os apóstolos em geral. Estão aten
tos ; uma espécie de curiosidade respeitosa se mani
festa nêles. Parecem pressentir que se vai realizar
um grande mislério.-Pedro; 1 como está perturbado,
confuso, quando vê o Mestre chegar-se a êle e dis
pôr-se a lavar-lhe os pés 1 - Judas; 1 como está som
brio, pensativo I Parece insensível no meio da emo
ção geral. Observemos o que se vai passar, e não
percamos uma só circunstância desta scena tão ins
trutiva e comovedora.
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'l78 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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QUARTA-FEfRA SANTA 2i9
do em lágrimas, abrasado em amor, e com o coração
cheio das mais puras e dôces consolações. Tais são
os frulos da obediência, inseparável da verdade,i-a
humildade.
De Pedro o Salvador passa aos oulros; ei-lo aos
pés de Judas. Êsle desgraçado não se comove com
o eslado em que vê ao divino Mestre,. nem com o
estado em que o seu Mestre o vê a êle I Olha cini
camente para o Senhor dos senhores prostrado aos
seus pés, lavando-lhos e enxugando-lhos! i E tanta
bondade, tanta condescendência não lhe enternecem
o coração ! e. E' o meu menos duro? e. Em que es
tado vejo eu lodos os dias a Jesus Cristo no sacra
mento do altar? Despojado de todo o resplendor
da sua divindade, até da forma da sua humanidade,
i oculta-se debaixo de vis aparências, para me servir
de alimento, para ser a minha vítima 1 . . . Os santos
sacerdotes e piedosos fiéis não podem contemplar êste
aniqüilamento sem transportes de amor e lágrimas de
devoção; 1 e eu lenho-o nas mãos, recebo-o, possuo-o
dentro. em mim, sem me enternecer 1 . . . O' Jesus,
curai-me desta insensibilidade, que lanto vos ofende.
Judas acabava de ouvir uma palavra que deveria
lraspassar-lhe o coração: • Vós estais limpos, mas
não todos> . O traidor está pois descoberto, êle não
pode duvidar; e foi para o advertir, que Jesus falou
assim. 1 Ouanlas solicitações da graça para o fazer
entrar em si I Tudo é inútil; as mais ternas miseri
córdias· não o comovem. Vêde até que ponlo a pai
xão pode aviltar o córação de um apóstolo!
O Salvador, lendo relomado os vestidos, torna-se
a pôr à mêsa, e dá a todos esta importante lição:
• Sei/is quid fecerim vohis? Muitos hão de ler no
decurso dos tempos o que eu acabo de fazer, muitos
o ouvirão dizer, sem o compreender; mas vós ·ao
menos, queridos apóstolos, compreendei-lo? Cha
mais-me vosso Mestre, e falais verdade, porque o sou.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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QUINTA-FEIRA SANTA 28l
XLVIII MEDITAÇÃO
Quinta-feira Santa. - lnsfifuição da Eucaristia
e do sacerdócio
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QUINTA-FEIRA SANTA 283
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28i MEl)JTAÇÕES SJI.CERDOTAIS
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---------- SANTA 285
QUINTA-FEIRA----------
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286 MEDITAÇÕES l!ACEBDOTAIS
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QUINTA-FEIRA SANTA 287
dócio com particular devoção. Lembrai-vos do ditoso
momento em que recebestes o poder de glorificar a
Deus e santificar o mundo, quando vos foi dite-:
Accipe polesfafem o/Ferre sacrilicium Deo missdsque
celebrare, iam pro vivis quam pro defunclis, in no
mine Domini. Usai dêste poder com fanfa devoção e
fervor, que sejais no último dia um dêsses sacerdotes
santos que Jesus elogiará na presença do universo,
porque veneraram dignamente os niislérios - do seu
corpo e sangue : Deus qui nobis sub socrdmenfo mi
rdbili, pdssionis fuae memoriam reliquisfi; fribue,
quaesumus, ila nos corporis et sanguinis fui sacra
mysferid venerari, ui redem!!,fionis lude frucfum in
nobis jugifer senfiamus. Oui vivis ef regnas in sae
cuÍd saeculorum.
Estes três últimos dias da quaresma, passados no
recolhimento e fervor, acabarão a vossa prepa'ração
para a festa da Páscoa : Per immensdm hdnc chdri
lafem Iliam, Domine, pelo grdfiam ef6cdcem, ad
emendandos mores ef honorificandum minisferium
meum. Dd mihi spirifum compunclionis, praeserfim
in hoc triduo sacro. Plorans nunc piorai sancfa ma
ler Ecclesia, ef lacrymae in mdx.illis ejus. Pro dÍiis
ef prae dÍiis peccaforibus oporfet me lugere ad pe
dem crucis fude ef implorare misericordiam fuam.
Obsecro fe, bane Jesu, per amarissimam passionem
fuam, uf me, meosque omnes, digneris lacere partici
pes inGnitorum merilorum fuorum. Amen (1).
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288 MEDITAÇÕES SACEROOTAIS
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SEXTA-FEIRA SANTA 289
XLIX MEDITAÇÃO
Sexta-feira, Santa. - Tudo eslá cumprido
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'l90 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) Hebr. X, 9.
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SEXTA-FEIRA SANTA 29{
para o martirizar. A hora do poder das trevas
passou; a Paixão terminou; o filho de Deus esgotou
o cális que lhe eslava preparado 1. . . O' Jesus, l qual
é o sacrifício que consumais para minha salvaçãt>_f
fazei-me medir a sua extensão. - Meu filho, consi
dera o estado em que me vês nesle patíbulo. Eis
a minha vida que se exlin·gue, as úllimas gôlas do
meu sangue, que correm. Lembra-te dos sofrimentos
e opróbrios a que tive de sujeitar-me, para chegar a
ésle último instante; das aflições da minha alma, das
dôres do meu corpo, dos tormentos do meu coração.
Sacrifiquei ludo por li, e para obedecer a meu Pai: o
meu repoiso, a minha liberdade, a minha honra, a
minha vida. Ofereço-me em holocausto, e não me
queixo de comprar muito cara a lua felicidade eterna,
com tanto que correspondas ao meu amor. Sim, ó
meu Salvador, a vossa caridade obriga-me; neste
dia em que o vosso coração se mostrou Ião generoso
para comigo, quero também eu consumar finalmente
o sacrifício de lôda a minha existência à glória de
vosso Pai e à vossa, sacrifício !arrias vezes começa
do, e nunca levado a bom lêrmo. Ao pé da vossa
Cruz, no dia da vossa morte, não é já possível recu
sar-vos coisa alguma, amar-vos com reservas ; não se
pode viver jéi senão para vós: UI el qui vivunf, jam
non sibi vivem!; sed ei qui pro ipsis morluus esl ( 1).
En servus fuus ego, parafus ad omnia, quoniam non
desidero mihi vivere sed fibi, ulinam digne e/ per
fecfe (2).
3. 0 Tudo está cumprido para o filho de Deus
na obra da nossa redenção. O resgate dos cativos
está pago, o pecado destruído, a ira do Senhor apla
cada, a graça adquirida, o céu oberlo, a felicidade
eterna preparada; 11 Igreja está fundada, o sacerdó-
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292 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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SEXTA· FE!RA S.4NTA 2()3
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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SÁBADO SANTO 295
mãos a corôa prometida à minha fidelidade. Meu
Deus, fazei-me a graça de poder, na hora da minha
morte, repelir com confiança esta palavra: Tudo
está cumprido!
C?J
L MEDITAÇÃO
Sábado Santo. - O sepulcro de Jesus Cristo
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SABADO SANTO
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SÁBADO SANTO
Resumo da Meditação
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300 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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DOMINGO DE PÁSCOA ::101
LI MEDITAÇÃO
Domingo de Páscoa. - Confemplação
1. Conlemplor as pessoas;
li. Ouvir as p11l11vr11s;
III. Con7ideror os acções.
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30! :MEDITAÇÕES BACRBDOTAIS
(1) lnvil11I.
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DOMINGO DE PÁSCOA 303
ser acusado de blasfe.mo, quando se proclamava
Filho de Deus? é. Não ficará Herodes confundido,
vendo que . leve, por' louco ao vencedor da morte?
é. Onde está agora a {única ignominiosa? é. Não lerá
Pilatos vergonha daquela indigna fraqueza que lhe
fez desamparar a inocência reconhecida, e agora divi
namente provada? é. 0ue emoção não sente tõda e
cidade de Jerusalém, ao ouvir referir semelhante
acontecimento, e ao yêr os diversos mortos ressusci
tados, que apareceram a muitas pessoas? (1)
- Considerai os discípulos e os apóstolos, tris
tes porque não crêem. A primeira impressão que
lhes causa o que se refere à ressurreição do Senhor,
é uma impressão de temor e espanto (2). Persua
dem-se que os seus inimigos, os judeus, levaram o
corpo do Salvador, para assim poderem acusá-los
de o ler roubado, e dar por isso aos discípulos os
tratos que deram ao seu Mestre.
Os discípulos aproximam-se uns dos outros com
ar inquieto e desanimado; mas à medida que suas
dúvidas se dissipam, e que a luz da fé lhes ·peneira
na alma, seus rostos serenam, e seus corações en
chem-se de alegria.
- Finalmente, contemplai a Jesus Cristo no seu
novo estado. 0ue suave majestade I 0ue divino
resplendor I é. Reconheceis aquele que vos inspirava
tanta compaixão no prelório e na Cruz? Vêde na
sua glória o penhor da que vos está reservada, se
fordes fiel.
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MEDITAÇÕES SACEIIDOTAlS
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DOMINGO DE PÁSCOA 305
nossa fé, a nossa esperança e o noss·o amor: ··a
nossa fé, porque êste milagre confirma todos os
outros, e imprime à sua doutrina o sêlo da imorlali
dade; a nossa esperança, porque nos dá no seu
triunfo o penhor de um -triunfo semelhante que só de
nós depende alcançar; o nosso amor, porque, me
diante êste grande milagre, conhecemos agora aquele
Senhor que tanto se humilhou e padeceu por nós.
t Oue fazem os discípulos e os apóstolos? T re
mem, escondem-se, e recusam crer, ·um até com obs
tinação, neste acontecimento com que deviam contar,
vislo que adoravam àquele que lho tinha predito tan
tas vezes e tão claramente. Com sua fraqueza e
inclinação para a incredulidade, mostram-nos quanta
graça de Deus nos é necessária para fêrmos fé;
assim como depois com seus trabalhos e sofrimen
tos, nos mostrarão a grande fortaleza de que nos pode
tornar capazes esta mesma fé.
e. Oue fazem os inimigos do Salvador? Fecham
os olhos à luz. Com o testemunho dos soldados não
puderam duvidar da ressurreição, e portanto da di
vindade' de Jesus Cristo. Tinham êles dito: • Se é
filho de Deus, que venha Deus a livrá-lo•; e Deus
livrou-o não só das suas mãos, mas também das
prisões da morte. Os homens que êles tinham esco
lhido para lhes confiar a guarda do sepulcro, são
testemunhas irrecusáveis disso. Confessariam o seu
crime, se o orgulho soubesse reconhecer o mal pra
ticado. Dão maior realce à verdade do milagre,
precisamente por quererem ocullá-lo.
Colóquio com Jesus ressuscitado. Felicitemo-lo
por tão glorioso triunfo, e tomemos parle nêle. -
Supliquemos-lhe que nos conceda a graça de viver
mos uma vida nova, pois êste deve ser em certo
modo o fruto principal dêste mistério (1). Tornemos
Resumo da Meditação
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GLÓRIA DE JESUS NA RESSUUREIÇÃO 307
31
LII MEDITAÇÃO
Glória de Jesus Cristo na sua ressurreição
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308 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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GLÓRIA DE JESUS NA RESSURREIÇÃO 300
cede in6nilamenle a que lerão os corpos de lodos os
outros escolhidos, reformados segundo êsle modêlo.
i Com que religioso fervor os anjos que tinham ado
rado seu Rei ao entrar no mundo, o adoram de novo
ao renascer do seio da morte I é. Porque não entoa
riam em redor do seu sepulcro vazio, o alegre canto
que tinham feito ouvir em redor do seu bêrço: Glo
ria in excelsis Deo? e. Porque não repetiriam os pa
triarcas, os profetas e lodos os justos o cântico reve
lado por S. João: •Digno é o Cordeiro que foi
morto, de receber a virtude, a divindade, a sabedo
ria, a fortaleza, a honra, a glória e a bênção•? (')
O próprio Filho de Deus, anunciando êste triunfo
por bôca do profeta rei, exprimira seu vivo reconhe
cimento para com o Eterno Pai, que havia de coroá-lo
de tanta glória: • Senhor, tirastes-me do sepulcro,
pusestes-me a salvo dos que descem ao lago da
morte; de tarde em lágrimas, e de manhã em alegria;
convertestes o meu pranto em gôzo; rasgastes a mi
nha veste de tristeza, e todo me cercastes de alegria,
para que vos cante na minha glória um cântico de
louvor• (2}.
1 Como Deus é bom, e recompensa generosamente
tudo o que se faz ou sofre para o servir I Jesus
Cristo morreu e ressuscitou, mostrando-nos na sua
Paixão, diz Santo Agostinho, o que devemos padecer
agora pela verdade, e na sua ressurreição o que de
vemos esperar dela na eternidade (3). Chora-se du-
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310 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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GLORIA DE J&SUS NA RESSURREIÇÃO 3H
Resumo da Meditação
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312 ,MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
LIII MEDITAÇÃO
Madalena no sepulcro do Salvador
I. Busca a Jesus.
II. Acha-o.
III. Anuncia-o.
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MADALENA JUNTO AO SEPULCRO DO SENHOR 31:J
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MADALENA JUNTO AO SEPULCRO DO SENHOR 315
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:116 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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MADALENA JUNTO AO SEPULCRO no SENHOR 3{7
não pode resolver-se a isso. Tinha já olhado algu
mas vezes para o sepulcro; olha ainda. Sem pres
tar atenção aos anjos que lhe falam, não os ouve
senão para saber onde eslá Jesus. Sua preocupa
ção mostra-se nas suas palavras: chama Senhor
àquele que não parece passar de ·um jardineiro. • Se
vós o !irastes, dizei-me onde o puse,stes • . Julga que
tôda o gente sabe de quem fala. 3. 0 fôrça do seu
amor. Nada a desanima. O amor tenta mais do
que pode . . . é. E' assim, ó mc;u Deus, que eu vos
busco? é. E' assim que vos amo?
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318 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
LIV MEDITAÇÃO
Jesus aparece aos dois discípulos
que iam para Emaús
1. J unia-se a êles ;
li. Conversa com êles ;
Ili. Separa-se dêles.
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OS DISCÍPULOS DE EMAÚS 3i9
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3W MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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08 msr.ÍPULOS DE AIIAÚS 3'H
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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IIBDITAÇÕES S;\CP:IIDDTA.19
----------
XV MEDITAÇÃO
Aparição .de Jesus aos apóstolos.
- Contemplação
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APARIÇÃO DE JESUS CRISTO AOS APÓSTOLOS 3i5
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MEDITAÇÕES SAC__E RD O T A S
I
_ _ _ _ _______
que outros haviam já contado, apresenta-s� Jesus no
meio de todos os discípulos que ãli se achavam, e
diz-lhes: • A paz seja convosco I eu vo-la linha pro
metido, eu vo-la dou I Sou eu, não temais•. Ven
do-o, ouvindo aquela voz tão conhecida, os apósto
los ficam perturbados e atônitos e, não podendo
acreditar em Ião grande felicidade, cuidàm que vêem
algum fantasma : Confurbafi ef conierrifi exisfima
banf se spirifum videre.
E' necessário que Jesus os tranqüilize de novo.
l • Porque estais perturbados, lhes diz êle, e que pen
samentos são êsses que vos assaltam o espírito?
l Já não conheceis a Jesus? E' êle mesmo que vos
fala neste momento. Olhai para as minhas mãos e
pés ; eu conservei estas chagas como um monumento
eterno do meu amor para convosco; apalpai, vêde:
urn fantasma não tem carne, nem ossos, corno vós
vêdes qu.e eu- teriho•. Falando assim, mostrava-lhes
as mãos, os pés e o lado. l Oue impressão lhes
causou êste delicioso ·espectáculo ? l Ousaram tocar
naquele adorável corpo ? Mas o Senhor convida
va-os a isso, quási lho ordenava. O' sagradas chagas,
que eu tenho a felicidade de adorar e tocar todos
os dias, sarai tôdas as enfermidades da minha alma.
De tôdas elas ê. não será a mais perigosa, a minha
lentidão em crêr, e a minha pouca fé?
Não obstante isto, alguns duvidam ainda, tão
transportados de gôslo e admiração estavam (1).
Para não omitir nenhum meio de os convencer, o
Salvador preguntou-lhes se tinham alguma coisa de
-comer, e efeclivarnente comeu na sua presença. Ao
mesmo tempo abriu-lhes o entendimento, e fêz-lhes
compreender as Escrituras (2). Depois de os ler
assim animado e plenamente convencido, fêz-lhes uma
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APARIÇÃO DE JESUS CRISTO AOS APÓSTOLOS 3i7
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328 MEOITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
•
1. Conle mplar as p_essoas. - Todo o colégio
apostólico reüniclo; só Tomé está ausente. Os ros
tos anunciam inquietação. Se a fé fõsse viva, que
alegria haveria L- Os dois discípulos de Emaús, que
entram de-repente, contam com animação o que lhes
acontecera. - Jesus Cristo aparecendo no meio dos
discípulos. i Ü'ue afabilidade e majestade em todo o
seu exterior 1
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RESSURREIÇÃO DOS MORTOS 3t9
LVI MEDITAÇÃO
Ressurreição dos �ortos. - Ef expecfo
resurrecfionem morluorum
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330 MKDITAÇÕE8 SACERDOTAIS
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RESSURREIÇÃO DOS MORTO� 331
sença, sejam reduzidos para sempre à corrução do
túmulo. A morte consolar-se-ia de não ler podido re
ter-vos muito tempo no seu réino, se ali retivesse eter
namente os que incorporastes convôsco pela partici
pação do vosso divino sacramento: Non dabis
sancfum fuum videre corrupfionem (1). De tudo isto
concluía S. Paulo: Si resurrecfio morluorum non
esf, neque Chrisfus resurrexif (2).
3. 0 Ressurreição de Jesus Cristo, modêlo da
nossa. Representemo-nos o que há de mais magnífico
neste triunfo do Salvador: essa humanidade glori
ficada, êsse corpo material, ainda que corpo, vivendo
à maneira dos espíritos, adornado de suas .prerroga
tivas, e digamos : · Se eu quiser, eis o estado em' que
estarei um dia e por tõda a eternidade ! Ouando
Jesus vier tirar nossos corpos do pó do túmulo, lor
ná-los-á conformes ao seu corpo glorioso : Refor,.
mabil corpus humili/afis nosfrae, configura/um corpori
clarifafis suae (3). Agora são corpos sujeitos à cor
rupção, ao sofrimento, à morte: não é mais que uma
carne desprezível; mas �nlão terão a mesma incor
rulibilidade que o corpo de um Deus, a mesma im
passibilidade, a mesma subtileza, a mesma claridade :
Seminafur in corrupfione, surge/ in incorrupfione;
seminafur in ignohili/ale, surge( in gloria; seminafur
in infirmilale, surge/ in virfufe; seminalur corpus ani
ma/e, surge! corpus spirifole (4 ).
E' verdade, porém, que esta feliz transformação
só tocará em sorte aos amigos de Deus. Porque, eis
um grande e terrível mistério I Ecce myslerium magnum
dico .vohis: onines quidem, resurgemus, sed non
omnes immufohimur. A ressurreição futura, doce es
perança dos bons, é um grande objeclo de terror
(') Ps. XV, 10. - (2) I Cor. XV, 13.- (3) Philip. 111, 21.
4
( ) I Cor. XV, 42.
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MEDITAÇÕES SACE:\DOTAIS
Resumo da Meditação
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PRÉGAR DA RESSURREIÇÃO 335
LVII MEDITAÇÃO
Dogma da ressurreição. - Dois motivos
que teem os sacerdotes para o pregar
com zêlo
1. Especi11l cuid11do com que Deus o revel11.
li. frutos de s11lv11çiio que esl11 revel11çiio deve produzir.
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336 MEDITAÇÕES SACERDO_T_A_IS_______
('l Gen XLIX, 18. -(2) Is. XXVI, 19. - lª) Dan. XXIl,2
(4) Ezech. XXXVII, 12, 13. -(&) Job XIX, 25, 26.
(li) 11 Mach. VII, tt, 14.
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PRÉGAR DA RESSURREIÇÃO
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338 MEDITAÇÕES SACKRDOTAIS
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PRÉGAR DA RESSURREIÇÃO 339
Resumo da Meditação
IS!
LVIII MEDITAÇÃO
Domingo de Pascoela. - O bom padre
ministro de paz
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DOMINGO DE PASCOELA 341
valimento que lhes dá o sangue de Jesus Cristo para
fazer descer do céu à terra lôdas as bênçãos da paz.
E' êste o primeiro fruto, que ela espera do divino
sacrifício: ln primis quae fibi oH'erimus pro Ecclesiti
lua ... quam paciGcare . .. digneris fofo orbe ferrarum.
Pouco antes da consagração, ela manda-nos estender
as mãos sôbre a oferenda, como para tomar em seu
nome posse de Jesus Cristo e de todos os seus me
recimentos. e. Oue oração nos põe ela na bôca, neste
solene momento, em que o Tado-Poderoso vai obe
decer à nossa voz? UI placafus accipias: aplacai-vos,
Senhor, à vista de vGsso filho imolado: Diesque
nosfros in fua pace disponas: fazei que, emquanlo
vivermos, gozemos da vossa paz; e que, depois, se
jamos livres da eterna condenação e contados entre
o número dos vossos escolhidos: Alque ah aeierna
damnafione nos eripi, ef in elecforum tuorum jubeas
grege numerari. Mas já Jesus sacrificado está sôbre
o altar. Nós oferecemos a Deus esta .vítima que lhe
é lãa agradável; em atenção a ela, que pedimos nós?
A paz: Da propilius pacem in diebus nosfris: e,
quando -levantamos a voz, é para dizer a oração do
minical, sinal de paz e reconciliação entre o pai e os
filhos ; é para pedir a perpelu'idade desta bemaven
turada paz: Pax Domini si! semper vobiscum. final
mente vamos consumar o santo sacrifício. Com os
olhos ternamente postos no adorável Cordeiro, bate
mos três vezes no peito. Das duas primeiras vezes
suplicamos-lhe que lenha' compaixão de nós: Mise
rere nobis, e da terceira, que nos conceda o que tem
de mais· precioso nos tesoiros da sua misericórdia, a
paz : Da nobis pacem. Depois, instamos ainda mais,
e lembramos a Jesus Cristo o que êle disse aos
apóstolos na véspera da sua morte: • que lhes dei
xava a sua paz, que lhes dava a sua paz• ; pedimos
o mesmo favor para tôda a Igreja; não só pedimos
a paz, que êle deixa, e que os seus apóstolos tinham
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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.
DOMINGO DE PASCOELA
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) Ps. LXXV, 3. - (2) ld. XLV, 6.- (3) ld. XXXIII, 15.
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DOMINGO DE PASr.OELA
Resumo da Meditação
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
LIX MEDITAÇÃO
As condições da nossa paz
(1) Is. XXXII, 17. - ( 2 ) Prov. XII, 21. -(3) Rom. li, 10.
4
( ) S. Aug. sõbre estas p11l11vros do Ps. LXXXIV: Jus filia
e! pax osculalae sunl.
(5) Job XXII, 21. - (6) li Cor. XIII, t t.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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AS CONDIÇÕES DA NOSSA PAZ
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350 MEDITAÇÕES SACEllDOTAIS
Resumo da Meditação
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2.0 DOMINGO DEPOIS DA PÁSCOA. 351
entre mim e o próximo. Desde o momento, em que
o Deus de caridade está comigo, o Deus de paz
comigo estará também. Mas l de que paciência e
vigilância não precisamos, para viver em paz até com
aqueles que odeiam a paz?
LX MEDITAÇÃO
2.0 Domingo depois da Páscoa. - O bom pélsfor
•
1. Oue idéia _nos dá dêle Jesus Cristo;
li. Oue padre realiza mais perfeilamenle esfa idéia.
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35':! MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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't.0 DOMINGO DEPOIS DA P.{SCOA
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2. 0 DO�IINGO DEPOIS DA PÁSCOA 355
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356 M E D ITAÇÕES SACERDOTAIS
_______ _ _ _
Finalmente o amor do bom pastor para com o
seu rebanho, supera lodos os obstáculos; nada cansa
sua constância: nem as dificuldades que o inferno
lhe ocasiona, e nas quais vê o penhor das bênçãos
do cêu; nem a indiferença ou insultos que recebe em
troca dos seus cuidados. A compaixão pelas suas
ovelhas aumenta em proporção com os agravos que
recebe delas. l Trala-se de um pecador muito afas
tado de Deus ( -- r..le vai buscar essa ovelha desgar
rada: Vadil ad eam quae perieraf. Persegue-a sem
descanso. Se as primeiras tentativas são infrutuosas,
faz outras; corre atrás dela, até a encontrar: Donec
invenial eam.
O' meu Deus, se vossos ministros vos amassem
como devem, i quantas almas alrai'riam ao vosso amor 1
Si ama/is Deum, rapife omnes ad amarem Dei . ..
Rapile quos poleslis, horfando, por/ando, rogando,
disputando, rationem reddendo cum mansUf;ludine ef
lenifale; rapife ad amorem, arripife, adducife, atfra
hile quos poleslis (1).
No altar honrai a Jesus Cristo na sua qualidade
de bom pastor, e saboreai estas suavíssimas pala
vras : Bane pastor, panis vere, Jesu, nosfri mise
rere, ele. Animai-vos com esta magnífica promessa:
Cum apparueril princeps pasforum, percipielis im
marcessibilem gloriae coronam (2 ).
Resumo da Meditação
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\!.• DOMINGO DEPOIS DA PÁSCOA 357
ral, para preservar 9 seu rebanho da morte eterna.
Nos primeiros tempos o cargo pastoral terminava
muitas vezes com o martírio. Cognosco oves meas
ef cognoscunf me meae. Dêste mútuo conhecimento
nasce uma mútua afeição. - Animam meam pono pro
ovihus meis, E' no Calvário e no aliar, que o bom
pastor aprende como deve amar as almas. -Ef alias
oves haheo. Ama tôdas as suas ovelhas; as presen
tes não lhe fazem esquecer as ausentes. - Ante eas
vadit. Atrai-as com seu exemplo.
LXI MEDITAÇÃO
O mesmo dia. -Jesus aparece a muitos dos seus
discípulos junto do mar de Tiheríades.
- Confemplação
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360 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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2.0 DOMINGO DEPOIS DA PÁSCOA 3(H
Jesus Cristo, que não repara nos perigos e trabalhos;
com efeito, êle chegou primeiro. Nada apressa tanto
os progressos de uma alma e a sua união com Deus,
como a generosidade.
Mas, l que se passa na praia,.quando estão lodos
juntos? e. E em primeiro lugar que vêem? • Brasas,
peixe e pão•, ludo preparado pelo mesmo Salvador.
Ele convida-os para uma refeição de que tinham ne
cessidade: Venile, prandefe. Faz mais ainda, serve
-os com suas divinas mãos: Et accipif panem ef da!
eis; ef piscem similifer . . . O' padre, l ferireis vós
sempre o Coração de Jesus, recusando confiar nê!e?
Não, não vos inquieteis por causa das coisas neces
sárias à vida; êle encarrega-se de vo-las dar. Tem
para vós uma providência ainda mais paternal do
que para os outros: vós cuidais dos seus interêsses,
êle cuida dos vossos. Oue delicioso banquete vos
prepara no céu, emquanlo trabalhais em estender seu
reino na terra I B·revemenle vos dirá: • Vinde, ali
mentai-vos com a minha divindade, entrai na alegria
do vosso Senhor•. Enlrelanto, alimentemo-nos com
o pão eucarístico. Vamos todos os dias reparar
nossas fôrças, reanimar nosso fervor nessa mesa sa
grada. foco do zêlo apostólico.
e. Oue se passa na alma dos apóstolos durante
aquela santa refeição? A presença do Mestre ressus
citado, seu rosto, sua voz, a afeição que lhes mostra,
o grande poder que manifesta,• a terna familiaridade
com que os lrata, tudo os encanta, ludo os enche de
gôzo. Nenhum dêles porém ousa pregunlar-lhe quem
é; sabem que é o Senhor ( 1 ). Contentam-se com
adorá-lo, e gozar em silêncio da sua divina conversa
ção, da doçura do seu olhar... Uma alma abrasada
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MEDITAÇÕES �ACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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PATROCÍNIO DE S. JOSÉ 363
LXII MEDITAÇÃO
Patrocínio de S. José
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366. MEDITAÇÕES SÁCERDOTAIS
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PATROCÍNIO OE S, J08É 365
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36G MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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PATROCÍNIO DE S. JOSÉ 367
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3 68 M E D I TA Ç ÕES SACERDOTAIS
_________ _ _ _ _ _ :..._
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PATROCÍNIO DE S. JOSÉ 369
é1pud fuum pulafivum filium intercede, sed ef bea
fissimam Virginem sponsam fuam .nobis propifiam
redde (1).
Resumo da Meditação
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370 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
LXIII MEDITAÇÃO
4-.0 Domingo depois da Páscoa. -Jesus aparece
aos apóstolos ( 1) num monte da Galiléia.
- Missão que lhes dá
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4. 0 DOMINGO DEPOIS DA PÁSCOA :m.
de que fôsse verdadeiramente o Senhor. Mas era
uma dúvida de espanto e admiração, qiie não e in
teiramente livre, e que bem de-pressa ia dissipar-se.
Adorai o Salvador rodeado dos apóstolos; crêde fir
memente, ouvi com respeito o que êle lhes manda.
• Foi-me dado todo o poder no céu e na terra; ide,
instruí todos os povos, bapfizando-os em nome do
Padre e do filho e do Espírito Santo, ensinando-os
a observar tôdas as coisas que vos lenho mandado•.
Pela sua ressurreição é que Jesus Cristo entrou na
posse dêste poder sem limites: Tem-o no céu, para
lá subir, e sentar-se à destra de seu Pai, para enviar
o Espírito Santo, para atrair a si os servos fiéis e
associá-los ao seu reino eterno. Tem-o na terra, para
aqui fundar a sua Igreja, protegê-la, aumentá-la e
perpetuá-la.
Oh I admirável poder I é. Oue outra bôca ousaria
pronunciar estas palavras: Data esf mihi omnis po
tes/as in coe/o ef in ferra? Não fardará muito que
se vejam verificadas pelos mistérios da Ascensão e
do Pentecostes, e pelos bons resultados da pregação
evangélica: Ef adorabunf eum omnes reges ferrae,
omnes genles servienf ei (1). Oh I poder· infinitamente
amável 1 1 que bem está nas mãos daquele, que se
dignou morrer por nós, e que só dêle se quer servir
para nossa felicidade I l:.le não diz : Ide vingar a mi
nha morte, fazei sentir o pêso da minha ira aos que
me crucificaram . . . Diz: • Ide trabalhar na salvação
·dos homens, retirai-os de seus êrros, perdoai-lhes os
pecados ; recebam êles por meio de vós, tôdas as
graças que lhes alcancei, e cujos dispensadores vos
faço. Não limito já o vosso zêlo a uma nação, di
zendo-vos: ln viam genfium ne abierilis; envio-vos a
lôdas as nações, a todos os povos. Vou subir ao
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37'! MEDITAÇÕRS SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
I. O amor de Jesus Crisfo para com os ho
mens determina o· objedo dá missão que êle dá
aos apóstolos. -.Adoremos o Salvador no meio dos
apóstolos, e oiçamo-lo dizer: Foi-me dado todo o
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4,.0 DOMINGO DEPOIS DA PÁSCOA 375
poder no céu e na ferra. é. Oue outra bôca ousaria
pronunciar estas palavras? Elas verificam-se na As
censão; no Pentecostes, no triunfo e propagação da
Igreja. Oh I que amável poder I Jesus não diz: • Ide
vingar a minha morte., mas sim: Iae salvar os ho
mens. Bemdigamos a Deus pela nossa admirável
vocação, e compreendamos o espírito desta vocação
celeste: Ouaerere et salvum lacere quod perieral.
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376 MEDITAÇÕKS 8ACE:IDOTAIS
LXIV MEDITAÇÃO
As Rogações
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AS ROGAÇÕES 377
oração é um vínclllo sagrado, que o une sempre a
Deus, e o conserva na sua intimidade. é. E que bens
se não acham ligados a Ião grande honra ?
2. 0 é. • Ouereis, diz S. Boaventura, suportar com
paciencia as adversidades e tribulações, superar as
tentações, reprimir vossas más inclinações, conhecer
e evitar as cili;das de Satanás, confortar vossa alma
com bons pensamantos e piedosos desejos, extirpar
vossos defeitos, encher-vos de virtudes, elevar-vos alé
à contemplação e ao gôzo das celestes delícias? -
Sêde homem de oração•. S. Bernardo acrescenta:
• Chegamo-nos muitas vezes ao altar com tibieza e
secura; mas, se nos aplicamos à oração, e persisti
mos em orar, de-repente a graça derrama-se sôbre
nós, o nosso peito dilata-se, e as águas benéficas da
piedade inundam-nos o coração,. Santo Agostinho
afirma que os nossos progressos na santidade seguem
exaclamente os nossos progressos na oração. Recle
novil vívere, qui recfe·novif orare.
O bom padre nada pede às criaturas fracas e
pobres como êle; espera tudo de vós, ó meu Deus 1
Confiastes-lhe a chave dos vossos tesoiros: a ora
ção; serve-se dela para os abrir e aproveitar-se dêles.
O bom padre sabe que empenhando a vossa divina
palavra: Petife ef accipiefis; prometendo com jura
mento: Amen, amen dico vobis: empenhando, por
assim dizer, a mesma pessoa de vosso filho, pois
que dando-no-lo, nos destes já todos os bens; impon
do-nos o preceito de orar, vos impossibilitastes de
rejeitar as nossas preces. Êle conhece as vossas
promessas, a vossa ponlualidade em cumpri-las, e as
inesgotáveis riquezas da vossa graça em favor de
todos aqueles que vos invocam : Dives in omnes qui
invocanf illum. Não ignora finalmente que, ainda
mesmo que nada tivésseis prometido, só a nossa con
fiança vos obrigaria a socorrer-nos e a salvar-nos,
porque esta confiança honra-vos e mostra-vos que
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378 IIIEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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AS ROGAÇÕES 379
Resumo da Meditação
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
LXV MEDITAÇÃO
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ASCENSÃO DE JESUS CRISTO 383
quadragésimo dia depois da sua ressurreição, tomou
consigo os santos patriarcas e os .outros justos, que
tirara do limbo, e veio ler com os apóstolos que es
tavam no Cenáculo com sua Mãe e os outros, e apa
recendo-lhes, quis, antes de subir ao. céu, comer com
êles, como prova do seu amor. Emqucmlo lodos par•
ticipavam com grande júbilo dêsle último banquete
com seu Mestre, o Senhor Jesus diz-lhes: • E' che
gado o tempo de eu voltar para aquele que me en
viou; mas vós permanecei nesta cidade, até que se
jais revestidos da virtude do alto. Depois ireis por
lodo o mundo pregar o meu Evangelho, baptizar os
crentes, e me sereis testemunhas até aos confins da
terra•.
Todos êles comem, conversam e gozam da pre
sença do seu Senhor; mas não obstante isto, per
turba-os a sua partida. é. E que dizer de sua Mãe,
que comia ao lado dêle? é. Não é crível que, ouvindo
anunciar esta partida, ela recline cheia de ternura
maternal, sua cabeça no peito de Jesus? é. Não linha
ela mais direito a isso que S. João? E diz-lhe ba
nhada em lágrimas : • Meu Filho, se quereis partir,
levai-me convôsco •. E o Senhor consolando-a, lhe
responde: • Peço-vos, minha querida Mãe, que vos
não aflijais, porque vou para meu Dai; e vós_ convém
que fiqueis ainda algum tempo na ferra, para confor
tar os que crêem em mim; depois, virei ler convõsco
e vos levarei para a minha glória•. Então sua Mãe
disse resignada: • O' meu Filho, seja feita a vossa
vontade I Eu estou disposta a ficar e a morrer, em
favor dessas almas que remistes com o preço do
vosso sangue; mas lembrai�vos de mim • . O Senhor
consolava-a, assim como à Madalena e aos discípu
los, acrescentando: • Não se perturbe vosso cora
ção, não vos hei de deixar órfãos. Vou, e hei de
voltar a vós, e estarei sempre convôsco•, Finalmente
diz-lhés a lodos, que saiam e se dirijam para o monte
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MEDITAÇÕES SACl!RDOTAIS
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ASCENSÃO llE JESUS CHISTO
---------
dil1e ejus, ef mirl1hilil1 ejus G/iis hominum. - B�ne
diclus es, Domine, Deus nosler, qui Sl1Ívos Íl1cis .spe
ranles in te; deducens popa/um fuum in exulll1tione
e/ elecfos fuos in Íl1efilil1. - Exl1Íli1re super coe/os,
Deus, ef super omnem ferram gloria lua, ul.liberen
fur dilecfi fui. - lnfroibimus in domum fu,am ef in
conspeclu Angelorum fuorum f!bi psi1/lemus. - Glo
ril1, Ídus el honor tibi sil, Rex Chrisfe, Redempfor.
- Regna ferrae, cl1nfole Deo, psi1/lite Domino . . .
Todos os coros de anjos, poslos1 em ordem segundo
a sua jerarquia, descem e veem ao encontro de Je
sus, todos se inclinam profundamente deanle dêle, seu
supremo Senhor, e o acompanham, repetindo hinos e
cânticos inefáveis. E os patriarcas, que seguiam a
Jesus, cantavam e diziam: Alleluia,.alleluia, i1/leluia!
Benedicfus es, Domine, qui sedes super Cherubim,
e/ inlueris ahyssos. Alleluil1, l1Íleluia, alleluia ! -
Dignus es, Domine, omni li1ude e/ honore, i1lleluia,
qui vicloriam gloriose fecisfi, alleluial - Confifeanfur
coeli mirl1hilia lua, Domine, dlle!uia, e/ virlulem lul1m,
alleluil1 ! Ecce nunc ascendunl fribus Domini, i1/leluii1,
ui conlilel1nfur ef dicl1nl fibi alleluil11 Ad laelandum
in li1elilii1 gentis lui1e, ui Íi1uderis cum hl1eredill1le
iud. Alleluil1, i1/leluii1, alleluil1 !
Vêde como duma e doutra parle, lodos honram
o Senhor, se alegram da sua presença, e cantam
sua glória, com o maior júbilo. Assim se realiza o
oráculo do profeta: Ascendei Deus in juhill1fione e/
Dominus in voce iubde.
Jesus vai-se elevando pouco a pouco, para con
solação de sua Mãe e de seus discípulos, para que
possam gozar dêste especláculo ; depois, por fim,
uma nuvem interpõe-se, e oculta-o a0s olhos de lodos.
Mais um instante, e estará com lodos os anjos e pa
triarcas na pátria celestial.
Mas, conio a Mãe do filho de Deus e os após
tolos com os discípulos, ainda que já o não viam, se
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386
- ---------
- MEDITAÇÕF.S SAf:ERllOTAIS
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ASCENSÃO DE JF.WS· CHUTO 387
sofrimenlo, que são nesle mundo a sorte dos vossos
ministros, depois de..ler, sido a vossa; esperarei com
paciência a feli�idade que lh.es reservais no fim dos
tempos, na vossa triunfante e última ,ascc;nsão.
Resuirto da Meditação
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388 MEDITAÇÕES SAC�:RliOTAIS
LXVI MEDITAÇÃO
Motivos de alegria que oferece ao bom padre
o mistério da Ascensão
1. A glorificação de Jesus Crisfo;
II. A glorificação do minislério s11cerdo!al;
Ili. A glórit1 prome!ida ao bom padre.
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ALEGI\IA NA ASCENSÃO 380
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_39_
_0 ___
_ M_1m_lTA90ES SAC1mnoTAIS
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________A��_E!i_f-'-\I_AN�A_s_c_E�N_Ã
i:- _O_,'-.
' _____....;ª-=--9l:
m. 0
Glória,q, 11e pro�ele a.o bÇttn Pit1.dre o rnis,"":
. . -'-P mi,i;ii. st�rio -:5acerdotal nãq.é;
tério da Ascei;i,sã«:>;
senão 1.Jll)â coqlínt.Jl'I ab,nega,çãq, , urna aceilaçp.o dç,
tôda a s,cirle qe,
.trab,alhos e �ofrjrnenlos p�)a, ,ca11s�!
de Deys e das alnw�: nad,él rpais ..penci�o.pqra a. n\i·
turrza; i m!'ls a que f�li;z lêrmo ,cqnd u z êste \l)inis��::'.
rio! Jes u s escoihe O, sílio q u e foi teatro de SUEIS b u ,-,
milhaçõ.e� pa�a s�r q, de s.eu tr�u.n.fo. Seus discíp11-:
los vin1m-no, agor,ii�qJl[e 90 sopé doimqnle d_as, Oli�
niras; do ,cimo q�sse .i:nonl� v�em-no s.u _bl�. aq çé,11.1
Ele quer penetrá)os foder:i,.eJ1.te ,dçst'e pensamei;ilo,.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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AU:GRIA NA ASCEN�ÃO 393
Resumo da Meditação
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MEOITAÇÕRS SACERDOTAIS
LXVII MEDITAÇÃO
O bom padre prepara-se para a festa
do Pentecostes, d!!sejando vivamente
a visita do. Espírito ·santo
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PREPARAÇÃO PAIIA O PENTECOSTES
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MF.:lllTAÇÕF.:S �ACERDOTAIS
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PREPARAÇÃO PARA O PENTEr.OSTES 397
quatro línguas de fogo, de· que o Espírito Santo se
serve para nos instruir e dirigir. - Êle fala-nos, ora
como um amigo que dá conselho ao seu amigo nas
ocorrências difíceis, sugerindo-nos um -óplimo expe
diente para sairmos delas; ora como um mestre que
.nos ensina a mais nobre de tôdas as sciências, a
sciência dos Santos, com a qual nós julgamos dis
cretamente de tôdas as coisas, dando-lhes exacla
mente o grau de estima ou de desprêzo que lhes é
devido. Com o auxílio dêsle farol, descobre-se cla
ramente o nada de ludo o que passa ; vê-se na po
breza o preço de um reino eterno, nas enfermidades
do corpo a saúde da alma, na -mesma morte um
princípio de imortalidade. - O dom de sapiência
preserva-nos da horrível loucura dos pecadores no
que respeita à salvação; retira as nossas afeições
das criaturas para as levar para Deus; eleva os
nossos ,corações da terra ao céu: Ouae sursum sunl
sapile, non quae super ferram (1). - O dom de en
tendimento faz-nos peneirar os mistérios e dá-nos
uma luz tão viva, que a fé atràvessa as nuvens; vê-se,
por assim dizer, o que se crê. Tira tôda a obscuri
dade a essas · verdades práticas, cruciantes para a
natureza: a abnegação e o amor da cruz; faz-nos
compreender como pode achar-se a .felicidade nos
sofrimentos, a honra no desprêzo, e como são os
Santos os únicos que entendem bem o amor de si
mesmos. O' padre, vós recebestes o Espírito Santo;
-é. mas possuí-lo vós com a abundância de seus dons?
Se por -muito tempo o tendes constrangido a conce
der-vos só uma pequena porção, porque .tardais?
é. Porque não .buscais unicamente tão grande bem?
Mas buscando-o, l achá-lo-eis vós nas festas que es-
( 1) Coloss, Ili, 2.
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MET)ITAÇÕES SACi,;llDOTAH!
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PREPAnAç.fo "PARA o' l'ENTECOSTfó:S 3!)!)
• Pois se vós, diz 'aos judeus, sendo maus, sabeis ·dar
boas dâdivas a voss·os filhos, é. quanto ·mais o vosso
Pai celestial dará o seu bom espírito aos que lho
pedirem ? Si vos cum silis m{J/i, nosfis hona d{J{a
dare Bliis veslris, qu{J[ifo m{Jgis f>af�r vésfer de coe/o
dabil spíriliim honum pefenlibus se•? (1} Por'isso b
padre fiel espera com confianta, aà mesmo' le111pb
que pede com ·ardor, : á visita do E'spíriki Santo:
Veni, Cre{J/or Spirlfus, ·mentes fuo'rtim visifo. O qiie
por fim acaba de inflamar seus desejos, é
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400 MEDITAc_;ÕES SACEROOTAIS.
Resumo da Meditação
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PREPARAÇÃO PARA Ó PENTECOSTES iQl
do Espírito Santo. Três dêles aperíeiçôam a vonta
de: o temor, a piedade, e a fortaleza; os outros
quatro, que são o conselho, a sciência, a sapiência e
o entendimento, operam de um modo imediato sôbre
a inteligência.
III.
O profundo sentimento da necessidade
que temos dela. - Por nós mesmos não podemos
absolutamente nada, em ordem à salvação. Só o
Espírito Santo é que pode ajudar eficazmente nossa
fraqueza 1 . . . Desejemos ardentemente: Deus tem
sede da nossa sêde; e obriguémo-lo, pedindo-lhe
que nos obrigue.
LXVIII MEDITAÇÃO
Procedimento do bom padre nos dias
que precedem o Pentecostes
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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PREPARAÇÃO PARA O PENTECOSTES
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MElllTAÇÕES SACERDOTAIS
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PIIEPARAÇÃO PARA O PENTECOSTES
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406 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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PREPARAÇÃO P\RA O PENTECOSTES
Resumo da Meditação
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6,()8 MEDITAÇÕF.S �ACE:IDOTAIS
LXIX MEDITAÇÃO
O Pentecostes. - Contemplação
1. Contemplar as pessoas.
li. Ouvir as palavras.
Ili. Consider11r as acções.
( 1) Acl. II. 1
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O PENTEr.OSTES
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.440 MEDITAÇÕES SACRBDO_T_A_IS_______
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O PENTECOSTR�
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
LXX MEDITAÇÃO
Segunda-feira de Pentecostes. - O Espírito
Santo sanliGcéidor do clero, e por êle,
déi lgrejél universal
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MEDITAÇÕES SACl!RDOTAIS
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SEGUNDA-FEIRA DE -PENTECOSTES 415
Assim, porque obedeceram à inspiração divina,
permanecendo dez dias solitários no meio do mundo,
tornaram-se homens conlemplativos; porque maneja
ram bem a eficacíssima arma da oração, tornaram-se
pregadores fervorosos, poderosos em obras e em pa
lavras: o seu zêlo em fazer conhecer e amar a Jesl!S
Cristo alcançou-lhes a felicidade de morrer por êle;
e porque foram na terra os primeiros mártires da
Igreja militante, são no céu os chefes gloriosos da
Igreja triunfante. Assim se formam os Santos em
geral, e em particular assim se leem formado os sa
cerdotes sanlos depois dos apóstolos. Lembremo
-nos da vida de S. Francisco de Sales, de S. Fran
cisco Xavier, de S. Afonso de Ligório, ele.
Tai é a norma ordinária do Espírito Santo na
santificação dos homens apostólicos; regula os au
mentos da graça que lhes dá, pelo uso que fazem·
dela. A principio não é senão um orvalho que vai
caindo gõla a gõla (1); mas, quando é receblda com
reconhecimenlo e conservada com cuidado, transfor
ma-se numa chuva copiosa, que proáu:c: frulos de só
lidas virludes e de grande perfeição (2). Primeiro
não é mais que uma ténue aragem que procura insi
nuar-se no fundo do coração (ª ); mas, se êsle cora
ção lhe franqueia a entrada, é dentro em pouco um
vento impetuoso que o enche lodo (4). Oh I como
vejo claramente a triste causa da esterilidade da
graça em mim I j Tenho celebrado 'jã tantas vezes as
festas do Pentecostes, e estou Ião pouco adeanlado
nos caminhos do Espírito Santo! e. Sucederia assim,
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4Hi MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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SEGUNDA-FEIRA OE PF.NTKCOSTF.S 417
Nada é mais digno de admiração em lôdas as
épocas da' Igreja, que esta acção contínua do Espí
rito Santo santificando os seculares pelo clero, os
rebanhos pelos pastores, algumas vezes povos intei
ros por Úm ·só padre, abrasado em zêlo epostólico.
l Oue maravilhosos efeitos não conseguem pelo mi
nistério de S. Domingos, de S. Vicente ferrer, de
5. francisco Xavier, de Santo António de Lisboa,
ele. ? Agora somos nós os dispensadores de suas
graças, os instrumentos de que êle se serve para in
fundir a verdade nos espíritos, a caridade nos cora
ções. Recebemo-lo na ordenação, menos para nós
do que para os· ministérios de que estamos encarre
gados. Dá às águas Jo baplismo a virtude de puri
ficar as almas, a tôdas as nossas fórmulas sacramen
tais a virtude de operar o que elas significam. Fa
úmo-lo descer do céu pela oração, comunicando-o
pela administração dos sacramentos; é êle que perdoa
o;; pecados, instrui, 11dmoesta, consola tôdas as vezes
que exercemos algum dos nossos ministérios sacer
dotais. é. Como correspondeis vós ao desejo que êle
tem de santificar e salvar por meio do vosso zêlo?
l Prêgais segundo as luzes que êle vos concede?
Proul Spirifus Sóncfus dahal eloqui illis. l E' sempre
êle, e só êle quem, vos inspira? Visto lerdes a honra
de lhe serdes asst!>ciado para a comunicação de seus
dons, é. com que doçura e caridade não deveis coo
perar para êste misericordioso trabalho? i Oue in
digno contraste, se o ministro da suprema bondade
se mostrasse áspero, quando pretende executar a sua
obra, se o instrumento do Espírito Santo que é mais
dôce que o mel ( 1), falasse com amargura! é. Invo
cai-lo com fervor no princípio das vossas acções
príncipais, sobretudo das que se referem ao vosso
"
(1) Spirilus meus super mel dulcis. Eccli. XXIV, 27.
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MEDITAÇÕES SACERl)OTAIS
Resumo da Meditação
. fl) Sine luo numine, nihil esf in .homine nihil· esl innoxium.
e) Rom�JII, 14.
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TbÇA-FEIRA DE PENTECOSTES
LXXI MEDITAÇÃO
Têrça-feira de Pentecostes. - Consolações
do Espírito Sánfo
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MEDITAÇÕES BAm;RDOTAl!I
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TÊRÇAcFEIBA DE PENTECOSTES f&.21
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MElllTAÇÕES SACEROOTAl8
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TERÇA-FF.IRA DF. PF.NTECOSTF.�
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MEDITAÇÕES SACKlllJOTAIS
Resumo da Meditação
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§ 2.º
LXXII MEDITAÇÃO
2 de Fevereiro. - Purificação da Santíssima
Virgem
(Vêr antes, pág. 87)
LXXIII MEDITAÇÃO
10 de Fevereiro. - Santa Escolástica
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�ANTA ESCOLhTIC:A
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MF.DITAÇÕl>.8 8ACERllOTAl8
Resumo da Meditação
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4-__
30 M ED I TA Ç ,ÕES SACERPOTAIS
_______ _ _ _ _ �
xões e o berço das virtudes. Facilila a oração e ini
cia-nos na vida dos anjos.
LXXIV MEDITAÇÃO
24 de Fevereirc,. - Eleição de S. Matias.
- Contemplação
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_______E_L_EIÇÃO DB S. M,\TIAS 63l
levantando-se no meio de lodos êles, fêz vêr a ne
cessidade de substituir Judas. Foram propostos dois
discípulos: todos se puseram em oração, e lançando
series, caíu• a sorte sõbre Matias, que foi associado
aos onze apóstolos.
81mUNUU PBELÚ010. Figurai-vos o Cenáculo, já
consagrado pela instituição da Eucaristia, pela apari
ção de Jesus ressuscitado, e que em breve o será de
novo pela descida do Espírilo Sa_nto.
T1mc�;1 HO PHELÚUIO. O' Deus, a quem só per
tence escolher os vossos enviados e ministros, fazei
-me compreender a excelência desta vocação, e con
cedei-me, como a S. Matias, a graça de cumprir fiel
mente lodos os deveres que ela impõe.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ELEIÇÃO DE S, MA'l'IA8
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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l!. TOMÁS DE AQUINO 435
li. e III. Considerar as acções, ouvir as palaM
vras. - Pedro começa a exercer o sumo poder que
recebeu. Fala; ouvem-no em silêncio, executam ime
diatamente o que êle prescreve. Recorda o crime de
Judas e o seu terrível castigo. Propõe a eleição, e
determina o seu objeclo. Tôda a assembléia se põe
em oração, e depois procede à eleição. Roguemos
a Deus que envie à Igreja santos pastores, e oremos
muitas vezes pelo clero.
LXXV MEDITAÇÃO
7 de Março. - S. Tomás de Aquino. -
Estudos eclesiásticos
1. Suo necessidade,
li. Suas gr11ndes vanl11gens,
Ili. As disposições que requerem.
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S. TOMÁS DE AQUINO .\37
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8, TOM,Í.S llF: AQ!Jl!'i'O fi.39
Resumo da Meditação
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M-0 MEDITAÇÕES SACKRDOTAIS
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S. JOSÉ
LXXVI MEDITAÇÃO
19 de Março. - S. José. - Seus privilégios
e grandezas:
1. Como espôso de Maria;
li, Como pai P!)falivo de Jesus.
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Virgem a maternidade divina. Como ela, José pode
exclamar cheio de admiração e de reconhecimento:
recil mihi magna qui pol�ns esl. Oh! que honra e
felicidade há para êsle grande Santo nestas duas pa
lavras: Virum Mariae ! Maria, essa cria lura de uma
ordem lôda di 'l'. ina, sobrelevada a lôdas as outras
por tantos privilégios: conceição imaculada, parlo
virginal, morte de amor, ressurreição antecipada,
gloriosa assunção; Maria, adornada de lôdas as vir
tudes, de lôdas as perfeições, compatíveis com a na
tureza humana; Maria, que lodos os Doutores, lodos
os Santos, lôdas as línguas, lôdas as gerações leem
louvado e louvarão sempre; Maria recebeu da mão
do mesmo Deus um espôso digno dt>la, e êsle espôso
é José; <1, não basta islo para que digamos, que não
havia outro semelhante a éle em glória e felicidade?
Non esl invenlus similis illi ( 1).
Ditoso José! eu compreendo, que não deplorás
seis a perda do trono de David, a corôa de Judá;
a qualidade de espôso de Maria valia para vós mais
que lodos os tronos do universo. Dizei-nos, se po
deis, qual foi o dote que vos trouxe esta admirável
espôsa, e os frutos que colhestes desta união sa
grada. Dizei-nos de que tesoiros espirituais vos en
riquecestes durante trinta anos, pelo !ralo contínuo,
pela fcrvenle oração e ardente caridade daquela a
quem Deus havia enchido de graça, e que, amando
-vos como nunca espôsa alguma amou a seu espôso,
nada possuía que não quisesse repartir convôsco.
Peneirada dos sentimentos de seu filho, 1 quanto não
desejava poder acender por tôda a parte o sagrado
fogo do seu amor! (2) Mas I em que chamas não
abrasou ela o coração de José, Ião bem disposto
para os favores celestes!
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S. JOSJÍ
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MEDITAÇÕES SACEBDO_T_A____
IS _
_ _ _
II. Privilégios de 5. José como pai de Jesus:
De qua nalus esf Jesus.- Este lilulo é a conseqüên
cia do primeiro: Si vir Mariae, diz S. Jerónimo,
ef paler Dei esf. Aqui principalmente o espírito
confunde-se contemplando as grandezas de S. José.
Ei-lo, por assim dizer, ass'ociado à glória da paterni
dade divina, visto ser pai de um filho, que é Filho
único do mesmo Deus; pai, não por simples deno
minação, mas por delegação do Padre Eterno, que
lhe dá sôbre o Verbo incarnado os direitos de um
pai sôbre seu filto; pai por óbra do Espírito Santo,
que lhe formou o cotação paternal em lôda a sua
perfeição, e lhe deu para com Jesus lodos os senti
mentos, lôdas as emoções, lôda a dedicação de um
pai. O que êle não era por natureza, veio a sê-lo
pela graça. Como Maria, êle admira-se e alegra-se,
quando ouve predizer as grandes coisas, que há de
cumprir o divino Menino: Erant pater êjus ef mafer
miranles super his quae dicehanfur de illo. Como
ela, aflige-se, quando julga ler perdido êsse querido
objeclo de seu amor. i Com que ansiedade, com que
lágrimas o 6dsca em Jerusalém! Regressi ::,uni in
Jerusalem, requirenles eum. •Onde está êle? é.Üue
foi feito do precioso depósito, que o céu me havia
confiado? Oue profunda aflição! i E quão bem conhe
ria Maria o coração de José, quando, achando a
Jesus, lhe dizia: Ecce paler luus ef ego dolentes
quaerebamus ie!
j Oue admirável paternidade, Ião consoladora
para nós, como foi gloriosa para S. José! t Veio êle
a ser pai do filho de Deus, sem que o fôsse de seus
filhos adoplivos? é. Pode o pai de Jesus não olhar
como filhos, os que Jesus olha como irmãos? Sim,
grande Santo, vós tendes um coração de pai para
com o Verbo feito carne, e tendes entranhas pater
nais para com todos os que por êle e nêle foram
feitos filhos de Deus. Nós queremos participar dos
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S. JOSÉ
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MIWITAÇÕES SACEFIDOTA IS
Resumo da Meditação
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S. JOSÉ
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
LXXVII MEDITAÇÃO
Três virtudes de S. José, particularmente
propostas à imitação dos padres
1. fé viva.
li. Profunda humildade.
Ili. Esperança inobalável.
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TRÊ� VIRTUDES DE s. •rnsi:: 449
pensa. Tudo o que êle vê, ludo o que ouve, a ali
menta; todos os obstáculos a fortificam, e em breve
Deus mostra-se quási sem véu, ao seu fiel servo.
Revela-the os seus segrêdos, comunic,a-lhe os seus
desígnios, fã-lo peneirar o mistério de seu Verbo in
carnado.
Daí êsse profundo respeito que jàmais o aban
dona nas suas relações mais familiares com o Me
nino Jesus, na mesma autoridade que sôbre êle
exerce: ao mesmo tempo que lhe dá ordens, adora-o,
Daí também a dôce e contínua contemplação, as de
lícias da vida futura, que êle começa a gozar na vida
presente.
A santidade e a bemavenlurança antecipada são
os frutos da fé viva. Pela fé nós crêmos o que não
vemos ; pela fé ardente vemos de alguma sorte o
que crêmos. A fé, diz Santo Agostinho, é a vista
do coração. Se esta vista é penetrante, e se lras
passa as nuvens, logo o amor se inflama; l e não
é o amor de Deus, na sua plenitude e elevação, a
perfeição da terra e a felicidade do céu? Oh I quão
útil, quão cheia de luz e de santo .amor é· esta fé
para os padres I O sacerdócio é uma profissão tôda
de fé e de caridade, diz o Papa S. Leão ( 1). Exige
homens sobrenatu-rais e divinos. lDonde tiraremos os
impulsos generosos, o zêlo, a paciência e a lema
compaixão, indispensáveis aos que devem salvar as
almas, se a fé nos não ensinar o que elas valem ?
é. Comô estaremos nós ao altar com a profunda de
voção que deve inspirar a presença de Jesus Cristo,
se não vemos, por assim dizer, os raios de sua gló
ria por enlre as aparências, que o encobrem aos
olhos da nossa carne?
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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TRê_S VIRTUDES DE S, JOSÉ
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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TRÊS VIRTUDES DE S, JOS•i 453
Resumo da Meditação
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
LXXVIII MEDITAÇÃO
21 de Março. -S. Bento
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S. DENTO
I. À vida na morfe.
li. À riqueza n11 pobreza.
UI. À glória na mais profunda obscuridade.
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436 MEDITAf,ÕES SACE.RDOTA IS
(1) Domus mortis mansio llt vifalis; u[eri nova forma mor
luum concepil, pari! vivum. S. Petr. Chrys.
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S. BENTO
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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S. BENTO
Resumo da Meditação
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460 l!EDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A ANUN CIAÇÃO
,
LXXIX MEDITAÇÃO
25 de Março (1) - A Anunciação
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4fi2 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A ANUNCIAÇIO
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MEDITAÇÕES SACERílOTAIS
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Mlfi MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ME:DITAÇÔKS SACE:tDOTAIS
LXXX MEDITAÇÃO
O mesmo dia 25 de Março. -A Ave-Maria
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A AVÉ-MARIA 4-6!)
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4í0 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A AVÉ-lfAIIIA 4it
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472 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A AVÉ-:UAR!A 473
gúslias, até para a alma mais santa, em que se pode
reparar ou perder ludo. E' enlão principalmente, que
necessitaremos de um .socorro tanto mais poderoso,
quanto mais terríveis fõrem os assaltos que nos derem
os nossos inimigos. O' Maria, na hora da morte, in
hora mortis nosfrne, estai ao pé de nós, defendei-nos,
rogai por nós! . . . Feliz aquele que expira nos vos
sos braços maternais, com os olhos filos na vossa
imagem, e o vosso bemdito nome nos lábios ! Ador
mece na terra pBra acordar no céu-!... Maria, ma
ler gratiae, mafer misericordiae, tu nos ah hoste pro
1
tege, ef mortis hora suscipe ( ).
Resumo da Meditação
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4i4 �IEDITAÇÕF.S SACERDOTAIS
IZ!
LXXXI MEDITAÇÃO
O 1.0 de Maio. - O mês de Maio
do bom cura de almas
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4iG MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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O MÊS DE MAIO DO BOM CURA DE ALMAS /i,ii
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MEDITAÇÕES SAC�:RDOTAIS
Resumo da Meditação
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O MISTÉRIO !)A SANTA CRUZ
LXXXII MEDITAÇÃO
3 de Maio - O mistério da santa Cruz,
considerado com relação a nós e à nossa
própria santificação
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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O MISTÉRIO DA SANTA CRUZ 4,8{
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) Dice bani excessum ejus, quem complelurus era! in- Jeru
s11lem. Luc. IX, 3L - Pode-se d11r êsle senlido à palavra excessum.
V. Corn. a Lapid.
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O l!ISTÉRIO D.>. S.>.NTA CRU?. &83
cem a viver para aquele que os remiu com a sua
morte? (1) é. Oue novo benefício esperamos nós para
nos darmos a Deus?
Nós sabemos qual era o fogo celestial que a me
mória dos sofrimentos de Jesus acendia no coração
dos Santos. Olhando para o crucifixo, Santa Mada
lena de Pázzi exclamava: • O' amor, ó amor, quão
pouco amado sois I O' almas, criadas pelo amor e
para o amor, <'. porque não o amais•? S. Francisco
de Assis, aflito com a insensibilidade dos homens,
convidava os rochedos a que chorassem com êle a
morte do Filho de Dêus. S. Boaventura dizia que
as chagas de Jesus Cristo eram capazes de enterne
cer corações de pedra, de inflamar almas de gêlo, de
fazer derreter em amor, entranhas mais duras que o
diamante.
Cruz de Jesus, sangue do meu Deus, que me fa.
zeis conhecer tôda a fôrça de seu amor; ah I quão
vivamente me lançais em rosto a fraqueza do meu 1
i. Será amar a um Deus crucificado o buscar tôdas
as comodidades, e repelir todo o sofrimenfó? é.Será
amar a um Deus humilhado e desprezado, o desejar
a estima, e temer até a aparência de desprêzo? Com
pletai a vossa conquista, Senhor; servi-vos de vossa
beleza, daquela beleaa que vos dão a meus olhos os
vossos opróbrios e tormentos, como de um arco ar
mado, para me ferir, e para sujeitar a vós tudo o
que há em mim, ludo o que depende de mim : Specie
lua ef puk:hritudine tua intende, prospere procede, ef
regna (2). Apossai-vos de um coração, que está
prestes a fugir d.e vós, no momento em que promete
unir-se a vós.
(1) UI e! qui vivunf, j11m norr sibj viv11nl, sed ei qui pro ipsis
mor!uus es!. li Cor. V, 15.
(2) Ps. XLIV, 5.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
(l) S. Bernardo.
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O MISTÉRIO DA SANTA CRUZ 485
II. Meditando os sofrimentos de Jesus Cristo,
damos a Deus o nosso coração. - Eu amo a quem
me ama. Na Cruz é que o amor de Jesus para
connosco chegou aos seus últimos limites. Nós sa
bemos que fogo celeste a memória da Paixão acen
dia no coração dos Santos; um dêles dizia que as
chagas de Jesus Cristo são capazes de comover
corações de pedra, de inflamar almas de gêlo, de fa.
zer derreter em amor entranhas mais duras que o
diamante.
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TERCEIRA SECÇÃO
§ l.º
Vróprlo do tempo
LXXXIII MEDITAÇÃO
Domingo da Santíssima Trindade
(ri Eph. 1, 4.
(ª3 ) Bourdal, 5erm. sõbre a 55. Trinei. 2." pari.
( ) Joan. XVII, 22.
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DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE t,,89
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\90 MEDITAÇÕES SACl!:RDOTAJS
(1.l S. Hil.
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DOMINGO l)A SANTÍSSIMA TRil'IDADE fi�:I.
obras, começando-as em nome do Padre e do Filho
e do Espírito Santo. Mostra-lhes esta sacrossanta
Trindade, não só .no céu e nos templos, mas também
em lôda a parle e nêles mesmos; e inspira-lhes res
peito para com a sua presença.
Recolhei-vos neste momento deante da suprema
Majestade, e pregunlai a vós mesmos como tendes
honrado êsle mistério, como o tendes feito hqnrar.
é. Falastes dêle freqüentes vezes? é. Não olharíeis
como estranha aos costumes, a pregação de um
dogma que é a base de tôda a moral cristã, vislo
que é o princípio dessa caridade, pela qual somos
unidos com Deus e com os nossos irmãos? Consa
grai de novo às três pessoas divinas as três potên
cias da vossa alma: a memória ao Pai, o entendi
mento ao Filho, a vontade ao Espírito Sanlo.
O' Jesus, por quem nós pertencemos de um modo
mõis especial à Santíssima Trindade, visto que nos
marcastes com o seu sêlo, imprimindo-nos os sagra
dos caracteres do baptismo, da confirmação e do
sacerdócio, dignai-vos fazer-nos participantes nas
honras, que lhe rendeis perpetuamente no céu e nos
nossos tabernáculos. Concedei aos vossos ministros,
que lenham uma vida Ião perfeita, que seja um con
tínuo louvor, e uma préparação incessante, para o
louvor eterno, do Padre, do Filho e do Espírito
San lo: Benedicamus Palrem e/ Filium cum saneio
Spirilu; laudemus e/ superexalfemus eum in saecufa.
Amen.
Resumo da Meditação
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FESTA DO SANTÍSSIMO SACIIAMENTO 493
LXXXIV MEDITAÇÃO
Festa de;, Santíssimo Sacramento
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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FESTA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO
.
da Igreja, ajoelhados aos pés do Salvador, presente
na Eucarislia. - Triunfo brilhante, pela pompa das
cerimônias, pela piedosa comoção e alegria dos fiéis.
Assim, o nosso amor agradecido torna gloriosas para
Jesus Cristo as profundas humilhações, que êle tinha.
procurado para se aproximar de nós e se unir a nós,
primeiro desígnio da Igreja nesta festa. Eis aqui o
segundo.
2. 0 Às humilhações voluntárias do Salvador
nesle mistério, os homens acrescentam oulras, que
são inteiramenle opostas aos seus desejos: às humi
lhações que aplacam o céu, opõem êles humilhações
que o irrilam; porlanlo devíamos a um amor agra-
decido acrescentar um amor penitenle.
Três objedos vemos no santuário, que nos falam
eloqüentemente da excessiva caridade de Jesus par�
connosco, e da ingratidão com que pagamos os seus
mais noláveis benefícios: o taberniiculo onde habita;
o aliar onde se sacrifica; a sagrada mêsa onde é o
pão viyo de seus discípulos. Sem falarmos dos maio
res atentados da heresia e da impiedade, é. qual dês
les três monumentos divinos nos não recorda a Jesus,
Cristo indignamente desamparado, e ainda mais indi-
gnamente insultado?
e Onde está o fervor dós fiéis em honrar a sua,
presença visitando-o, o seu sacrifício assistindo a êle,.
o seu celestial banquete parlicipando dêle? Despre
zam os favores de um Deus. São cheio's de atenções
para com aqueles de quem julgam ler necessidade ;.
é. não se dirii le,lvez que Jesus é o único que nãô
merece atenções, o único de quem nada leem a espe
rar nem a temer? . . Ainda mesmo enlre os cristãos
que parecem ter alguma devoção ao Santíssimo Sa
cramento, j que tibieza nas visitas que lhe fazem, nas,
supostas honras que lhe tributam ! Apenas passa
ram alguns minutos na sua presença, enfadam-se.
Em outra qualquer parte seriam constantes, e conter-
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496 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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498 l\lEDITAÇÕRS SACEIIDOTAIS
--------�--------------
(. será razão para ser insensível aos alentados de que
ela é objeclo? Eis aqui o que a éste respeito pensa
Bourdaloue: • Ponderai bem o que digo; sim, a
carne do Salvador sofre mil vezes mais da nossa
parle na Eucaristia, do que nunca sofreu dos judeus
na sua Paixão, porque então sõ sofreu por certo
tempo; aqui está sujeita a sofrer até ao fim dos sé
culos; na sua Paixão só sofreu quanto Jesus Cristo
queria, e porque queriÊI; aqui sofre por assim dizer,
forçosamen1e. Se elai sofreu na sua. Paixão, era no
estado de uma natureza passível e mortal; aqui sofre
no próprio eslado de impassibilidade. O que sofreu
na sua Paixão, era glorioso a Deus e salutar aos ho
mens; o que sofre aqui, é pernicioso aos homens e
fojurióso a Deus• ( 1). Renovemos a resolução tan
tas vezes feita, de sermos mais zelosos da honra de
tão augusto sacramento:· Tanlum ergo sacramenfum
veneremur cernui. - Jesu, quem vela/um nunc aspicio,
oro, fiai illud quod iam sitio, ui te revela/a cernens
facie, visu sim beafus luae gloriae/
Resumo da Meditação
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PREPARAÇÃO PARA A MISSA
LXXXV MEDITAÇÃO
Preparação para a missa
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-tiOO MEDITAÇÕES SACEBDOT."S
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PREPARAÇÃO PARA A MISSA 50{
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50i MEDITAÇf)ES SACF.RDOTAIS
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PREPARAÇÃO PARA A MISSA 503
vossas acções, todo· o vosso exterior com a gravi
dade e a modéstia do filho de Deus, que, alegrando
o céu com as vossas disposições interiores, edifiqueis
os fiéis. forcejai por ser tão puro, Ião devoto, tão
digno do divino sacerdole cujas vezes fazeis, que
aquele que vê as coisas mais recõndilas. possa dizer
ele vós, . considerando-vos ao altar: Hic esf Filius
meus dileclus, in quo mihi bene complt1cui (1).
.3.u Pregunlai-vos depois a quem e por quem
ides oferecer o sacrifício. Oferecê-lo-eis ao Deus in
finitamente poderoso, misericordioso e justo, ao Deus
que não podia ser honrado como merece, se não ti
vesse um Deus por adorador e por vítima. Ofere
cê-lo-eis em nome de tôda a Igreja, e para os mes
mos fins que se propôs Jesus Cristo imolando-se no
Calvário. Encham estas quatro sublimes intenções o
vosso espírito, exaltem a vossa alma ! - Sacrifício
Ít1trêulico; Deus vai pois ser glorificado cômo Deus,
honrado quanto merece sê-lo; podereis dizer-lhe com
tôda a segurança: Secundum _norµen fuum, Deus, sic
el laus lua ( 2 ). - Sacrifício euct1ríslico ou de acção
graças. é. Não é o mais belo testemunho do nosso
reconhecimento para com Deus, oferecer-lhe o mais
excelente de todos _os seus dons? Oferecer-lhe Je
sus Cristo, é. não é porventura dar-lhe quanto nos
deu?- Sacrifício propiciatório; é. há pecados, por
mais numerosos e graves que se suponham que não
possa expiar uma só missa, isto é, a satisfação, as
lágrimas e a morte de um Deus vítima? - Sacrifício
impelralório. A oração, jã Ião poderosa de si,
l quanto mais poderosa não é, quando um Deus ora
éonnosco, e faz orar por nós o sangue e as chagas
de que está coberto, o abismo de opróbrios em que
está submerso?
Resumo da Meditação
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MF.Ol'fAÇÕKS SACERílOTAl!I
LXXXVI MEDITAÇÃO
A acção de graças depois da missa;
sua obrigação
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A ACÇÃO DE GRAÇAS DEPOIS DA MISSA l'í0i
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JOS
a Jeremias, ele., nem mesmo a êsse adm\rável pre
cursor., do qu_al dissestes: Non surrexif mojor inter
nofos mulier.um: quando considero que tantos povos,
pela- irfidelid:ade ou heresia, são privados da divina
comunhão, que até entre os filhos da vossa Igreja, a
sagr1;1da mêsa só. é de fácil.. acesso a um pequeno
número; quando. considero qye sou um dêsses privi
legiados, que leem a felicidade de participar dela to
dos os dias, e a quem o pão dos apjos pertence,
por assim dizer, de pro.priedade, visto _que é das suas
mãos que os outros o 'recebem : a mim mesmo pre
gunto, ó meu Deus, de que vivo reconhecimento eu
deveria estar peneirado: Benedic, anima meB, Do
mino.
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A· ACÇÃO DE GRAÇAS DEPOIS DA MISSA 5fl!)
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5!0 MEDITAÇÕES SAGEIIDOTAIS
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A ACÇÃO DE GRAÇAS DEPOIS OA MISSA ;'H f
cilur, qui non /ibenfer cum Deo mllnef. Nec vlllenf
praelexfus negoliorum, vel sludii, quibus se fepidi
excusanf; quod enim • grllvius ef ulilius negofium,
quam de animae saiu/e cum Deo fracfllre? vel quid
possunl docere libri, quod non Deus prllesens melius
doceaf? (1)
Resumo da l\1edltação
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MEDITAÇÕES SACERüOTAIS
LXXXVII MEDITAÇÃO
A acção de graças depois da missa:
sua �°Tática._
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A ACÇÃO DE GRAÇAS- DEPOIS DA MISSA fíf3
"
I. O comêço da ac:çlió de graças.
li. O c6rpo d1:1 acçãó de 'graçà·s.
..
Ili,• •A-- conclusiid da acção de graças,
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A ACÇÃO DE GRAl,iAS Dl!:POT!I DA MISSA 5f5
vido. Subindo ao altar, aceitastes a missão de dar
graças a Deus por todos os benefícios que fêz ao
género humano, e principalmente aos habitantes da
pátria celestial. l Oue vos não devem êles, ó meu
Deus, pródigo de vós mesmo? Apóstolos, mãrtires ,
confessores, virgens, e vós sobretudo, Raínha de to
dos os Santos, a mais privilegiada e agradecida de
tõdas as criaturas, l que relribu"ireis ao Senhor, por
lodos os bens que dêle recebestes? Vós convidais-me
a glorificá-lo convôsco : Magni.icate Dominum me
cum. Assim o faço ; agradeço-lhe por vós e por
mim. Oh I quão agradável me é adquirir direitos ao
vosso reconhecimento, ajudando-vos a desempenhar
o vosso I Graças à sua infinita misericórdia, acho-me
em estado de pagar a vossa dívida e a minha, por
imensas que sejam. Deu-me seu Filho, o resplendor
de sua glória, o objeclo de sua eterna complacência.
E' êsle Filho amado, que neste momento louvo, e lhe
dou graças dentro em mim, em nome de tôda a Igreja,
de quem êle é o chefe. Igreja da terra, Igreja do
céu, louvemo-lo por um dom que nos torna aptos
para reconhecer dignamente todos os seus dons :
Grafias Deo super inenarrabili dono ejus ( 1).
0
2. Não sõmenle sois encarregado de dar gra
ças por lodo o mundo, senão também de orar por
êle. Foi-vos dado lodo o poder, desde que Jesus
Cristo entrou no vosso coração. Pela ilimitada in
fluência que tendes sôbre êle, e por êle sôbre seu
Dai, tornastes-vos, para assim dizer, como a incompa
rável Virgem, omnipofenlia supplex; rogai pois por
vós e por tôdas as almas, cuja salvação prezais.
Abri a vossa bôca, vos diz. Jesus, e ea a encherei :
DillJ!lJ os fuum, ef implebo illud •.
Rogai por lodos os pecadores e justos, mas prin-
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A Ar.ÇÃO DE GRAÇAS DEPOIS DA IIIJSSA Jl 7
r.
tendes a temer ?
é.
·
a .i�sufidencia ºdas vossas adorações, que da
vossa parle nada'. valem? Vêde em vós um · Deus
aniquilando-se na presença de Deu�: êle 'lhe presta,
e vós l�e prestais por êle um culto· tão· grande
qual}lo Je!;u;, / granc\e. <1. E' !3- le�brariça das vossa�
(1) Veja_-se no
, ,
fi� dêsfe
'r"
volume.
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518 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A ACÇÃO DE GRAÇAS DEPOIS DA MISSA 5f9
Resumo da Meditação
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MEOITAÇÕRS SACERDOTAIS .
1:::1
LXXXVIU MEDÍTAÇÃO
Segunda-feira na oitava· do Santíssimo
Sacramento.
· -'- As santas delícias
da comunhão bem' feita
º
1. E próprio duma boa comunhão causar con!iolações espirituais.
li. Em que consistem estas sanfos consolações.
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A •CJOMUNHÃJ') BEM• 'FEITA
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MEDITAÇÕES SACl!RDOTAIS
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A COMUNHÃO BEM FEITA
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MElllTAÇÕES SACEI\D0.TAIS
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DISPóSíÇi'iE'S 'PARA 'A 'cOMUNHÃO ti25
LXXXIX MEDITAÇÃO
Têrç�-feirà na Oitava"d.o Santíssimo
Sacr:amen_to. l)isposições para a sagrada
· · ·' corriunbão ·
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526 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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Dl�POSIÇÕES PARA A COMUNHÃO
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DISPOSIÇÕES PARA A COMUNHÃO l'i2!1
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MEDITAÇÕES SACERíJflTAIS
Resumo da Meditação
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VISITAR O SS. SA.CRAMENTO 531
XC MEDITAÇÃO
Quarta-feira, na Oitava-Visitas ao Santíssimo
Sacramento
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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VISITAR O SS. SACRAMENTO 533
3. 0 Mas a êstes motivos convém acrescentar o
de um imenso interesse. Ninguém vaj levado pela fé,
visitar a Jesus sacramentado, que não receba alguma
preciosa bênção. Os seus tesoiros estão sempre
abertos para enriquecêr os que lhe vão expôr as
suas misérias. t Não é êle na Eucaristia o que era
durante a sua vida mortal, o amigo dos pecadores, o
consoltidor dos tiflilos, o st1lvt1dor dtis almas? Ali
opera êle ainda os prodígios de poder e de bondtide,
que operava nti Judéia: curando os enfermos, dando
vista aos cegos, ressuscitando os mortos. Gosta de
vêr os seus ministros vir tratar com êle as emprêsas
de seu zêlo, pedir-lhe conselho, e receber do seu Co
ração o fogo sagrtido, que devem ticender no de
seus irmãos.
Esta devoção foi notável em tôdas as almas sa
cerdotais de que Deus se serviu para as i;irandes
obras de. sua misericórdia; lembrai-vos de S. Vicente
Ferrer, de Santo António de Lisboa, de S. Francisco
Xavier, de S. Vicente de Paulo, de M. Olier, e ou
tros. O apóstolo das fndias passava muitas vezes
noites inteiras em adoração deante da divina. Euca
ristia. S. Vicente de Paulo, ao sair de casa,' nunca
deixava de saüdar primeiramente o Santíssimo Sa
cramento, e quando voltava, ia dàr conta a Jesus
Cristo do que tinha feito pela sua glória. M, Olier
dizia: • O padre que é assíduó em honrar o Salva
dor neste mistério, e em rogar-lhe pelos pecadores,
obterã cêdo ou tarde a sua conversão. E' impossí
vel que, estando assim deante do Santo dos Santos,
em fervorosa súplica, não participe dos sentimentos,
do fervor, e da virtude de Nosso Senhor, para mo
ver, instruir e converter os povos. Morro de dôr,
vendo· que Jesus Cristo não é honrado no Santís
simo Sacramento nem pelos sacerdotes nem pelos
povos•.
No quinto século, piedosos cenobitas dedicaram-se
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MEDITAÇÕES SACEIIDDTAIS
Resumo da Meditação
(1) Berlhier, 1. V.
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O MISTÉRIO nA EUCARISTIA
XCI MEDITAÇÃO
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538 MEDITAÇÔKS SACEtlDOTAIS
(1) Ps. XLV, 3. - \2) Col. li, 3. -eJ Luc. IX, 35.
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O MISTÉRIO DA EUCARISTIA 539
Rogai ao Espírito Santo que vos conceda a graça
de compreender bem o que êle vai ensinar-vos. Com
Maria Madalena prostrai-vos aos seus pés, e prestai
atenção a cada uma de suas palavras; porque êle
costuma neste mistério anunciar-nos o seu Evangelho.
Oh! quão eloqüentemente ali prega o desp(êzo do
mundo, a estima de Deus, a abnegação, a obediên
cia, a paciência, a vida interior! . . . i Oue admiráveis
segrêdos ali descobre aos sacerdotes recolhidos .e
fervorosos! 1 Oue admoestações cheias de ternura·
ali faz aos libios, imorlificados, distraídos, sem pie
dade pa1·a com as almas, sem reconhecimento para com
êle ! Se mereceis estas admoestações, humilhai-vos e
prometei-lhe ser mais fiel. Dizei-lhe pelos desejos de
vosso coração o que a vossa bõca lhe repete todos
os dias: Lucerna pedi bus meis verbum fuum, e/ lu
men semi/is meis: As vossas palavras, Senhor, se
rão a regra de todos os meus juízos, ·a luz que guiará
lodos os meus passos; só as vossas máximas se
guirei.
(1) Canf. 1, 3.
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5-iO MEDITAÇÕES SACP.RDOTAIS
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l\lEDJTAÇÕES SACERDOTAIS
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O MISTÉRIO DA EUCARISTIA
Resumo da Meditação
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
XCII MEDITAÇÃO
Festa do Sagrado Coração. - O Coração
de Jesus Cristo falando ao coração
do sacerdote
1. Gueixas;
li. Súplicas;
Ili. Promessos.
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SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
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.MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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MS MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS 54-9
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550 MIWITAÇÕES
--------- SACRRPOTAIS
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8ANTJDADE DO� SAC.EJIDOTES
XCIII MEDITAÇÃO
3. Domingo depois do Pentecostes. - Hic
0
XCIV MEDITAÇÃO
4. Domingo depois do Pentecostes. - Ex
0
hoc
jam homines eris capiens. (T. II, pág. 401)
XCV MEDITAÇÃO
5. Domingo depois do Pentecostes:- Nisi
0
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:MEDITAÇÕES llACERDOTAIS
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S.�NTIDADE DOS SACERDOTES 553
Já o profeta tinha dito: Super montem excelsum
dscende lu, qui evdngelizas Sion; exd/18 in forliludine
vocem (udm, qui evangelizds Jerusdlem (1). O' meu
Deus, se eu tivesse meditado muitas vezes nestas
palavras, compreenderia melhor que o zêlo socerdo
lal me obriga a falar com energia, que tendo a meu
cargo dirigir as almas, até nos caminhos mais per
feitos, devo ser o primeiro a seguir êsses caminhos.
E' pois verdade que os padres precisam de ume
justiça abundante. São os continuadores de Jesus
Cristo; representam-no, são os seus vigários. . . Eis
a razão por que S. Bernardo lhes diz : Nonne ea
vid qua Chrisfus ambulavif, el vos debelis ambuh1re?
Nonne sicul conversdfus esl, ef vos vicarii ejus de
belis conversari? E S. Boaventura: Vicarius Chrisfi
vicem Chrisfi debef gerere, in beneplacifi ejus pro
molione, in polesfafis ejus auclorilafe, e/ in similifu
dinis ejus repraesenlafione ( 2). Mas representar o
filho de Deus pela vossa elevada dignidade, e com:.
batê-lo com a vossa vida desregrada ou ao menos
líbia; estar revestido da sua autoridade e do seu
poder, e não vos esforçardes· por adquirir uma emi
nente santidade, e. não é porventura ofendê-lo, e que
rer dividir· o que de si é indivisível?
Se se quiser saber qual é essa abundante justiça,
que é necessária ao sacerdote, S. Gregório de Na
zianzo responde : Haec summa esl, ui virlufe fales
exislanf, ui uno Verbo dict1m, coefesles sinf: ac pos
sinl purgdri primum, deinde purgare: sapienlia ins
trui, a/que alios sapienles reddere; lumen Geri, ef
8/ios colfusfrare; accedere ad Peum, ef alios addu
ª
cere; sanclificari, e/ aliis sanclificafionem aKerre ( ).
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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SANTIDADE DOS SACERDOTES
Resumo da J\\edltação·
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---------
;i56 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
XCVI MEDITAÇÃO
6.0 Domingo depois do Pentecostes. - Mul
tiplicação dos pães (T. lll, pág. 242)
181
XCVII MEDITAÇÃO
7.0 Domingo depois do Pentecostes. -Oui facil
110/unlafem Palris mei, qui in coe/is esl, ipse inlrabil
in regnum coelorum. (T. 11, pág. 610)
XCVIII MEDITAÇÃO
8.0 Domingo depois do Pentecostes.
-O mordomo infiel, mas prudente.
- Preparação para dar contas a Deus
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DAR CONTAS A DEUS 55i
proprietários, mas simples administradores dos bens
que receberam na ord�m ·dn na_lureza e da graça,
aplica-se todavia mais especialmente aos padres e
pastores de almas, escolhidos pelo soberano Senhor
para dispensadores dos seus mais ricos tesoiros :
Dispensa/ores mysferiorum Dei (1). - Villicus eum
significai cujus o/Gcium esf in custodia ef regimine
Ecclesiae ( 2 ). Os padres são por excelência os fei
tores, os mordomos, os ecónomos de Deus.
Ouanlo mais graves e importantes são os inte
rêsses confiados aos meus cuidados, tanto mais tre
menda é a conta que hei de dar da minha adminis
tração. Vida, saúde, talentos, dignidade incompará
vel, poderes de alguma sorte ilimitados, merecimen
tos e sangue de Jesus Cristo : eis, ó meu Deus, o
que me encarregastes de administrar; promover a
vossa glória, reconciliar-vos com os homens, comba
ter os poderes infernais, salvar as almas, eis os ne
gócios cuja direcção me confiastes. é. E achais em
3
mim um dispenseiro fiel? ( ) é. Não me acusa perante
vós o uso que lenho feito até êsle dia, dos vossos
inapreciáveis dons? Hic diffamalus esf apud eum,
quasi dissipasse! hona ipsius.
O amo chamou o feitor: Ef vocavif illum. A cada
instante posso ser chamado à presença do meu juiz;
é. acho-me em estado de responder às acusações que
poderá fazer-me: • Ouid hoc audio de le? Não oiço
senão murmurações e acusações contra ti; é um cla
mor geral; lodos reclamam a minha justiça- contra o
mau uso que fazes dos meus favores. A doutrinação
do leu povo, a visita dos enfermos, o cuidado dos
pobres, os teus principais deveres despre�ados, os
meus mistérios tratados sem respeito: tudo exige que
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DAR·CONTAS A DEUS 559
colegas, quando menos o esperavam 1 , , , é, Terei
tempo de pôr em ordem as minhas contas, quando
chegar a ocasião de as prestar?
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500 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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DAR CONTAS A DEUS 561
quando comparecer no vosso tribunal: Seio quid
faciam. Grànjearei perante vós intercessores e ami
gos, que vos falarão em meu favor. Cobrirei a mul
tidão dos meus pecados, multiplicando as minhas
obras de zêlo e de caridade ( 1 ). Visto que vireis
brevemente ao sagrado altar visitar o vosso indigno
servo, dai-lhe, eu vo-lo suplico, um coração sempre
mais sensível às diversas ne�essidades do próximo.
Descobri-lhe todo o mistério 'do necessitado e do
pobre, na ordem espiritual e temporal, para· que no
dia terrível, quando para os outros fõrdes juiz inexo
rável, sejais para êle o seu omnipotente libertado'r:
Beafus qui inlelligif super egenum e/ pauperem; in
die mala liberabif eum Dominus (2).
Resumo da Meditação
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MEDITAÇÕES SACKRDOTAIS
XCIX MEDITAÇÃO
9.º Domingo depois do Pentecostes. - As lá
grimas de Jesus Cristo. (Ver pág. 271)
C MEDITAÇÃO
10.º Domingo depois do Pentecostes. - O Fa
riseu e o Publicano. - A soberba
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A SOBERBA 563
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56!& MEDITAÇÕES SACEIIDOTAIS
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A SOBERBA 565
II. . Inconseqüência e loucura da soberba, -
Ouando consideramos os fariseus e o publicano à
saída do templo, é.a qual dos dois concedemos a
nossa estima, a qual desprezamos? é. Oue obteve o
primeiro com a sua oração oslenlosa, e o segundo
humilhando-se ? Oueremos engrandecer-nos aos olhos
dos homens; mas, 1 quão mal procedemos, quando es
peramos consegui-lo; dando-nos importância! Aquele
que se louva a si mesmo, ainda mesmo de coisas
louváveis, lira aos que o ouvem, a idéia favorável
que for�avam dêle. Desde que dá a conhecer a am
bição de ocupar o primeiro lugar no meu espírito,
sou lentado a pô-lo no último. Não há senão um
meio de alcançar a verdadeira glória, é fugir dela ;
Oui se humiliaf exalfahitur; e o meio de atrair o
desprêzo, é correr atrás da glória : Oui se exalfaf
humiliahifur. O mundo, por mais cego que seja, só
estima o merecimento que despreza os seus louvo
res. Por conseguinte, a soberba· não sõmente é um
pecado, mas também uma loucura. Não é menos
oposta à razão do que o mentira à verdade, a noite
ao dia. l Oue diríamos de um anão que se julgasse um
gigante, só por se contemplar no alto de um monte,
e se imaginasse maior que êle, porque o vê debaixo de
seus pês? Tai é a demência do soberbo, diz S. João
Crisóstomo; incha-se, exalta-se, pensando que vale
mais que os outros, e não se mede com êles, senão
para os julgar inferiores a si. Há todavia esta dife
rença, continua o Santo Doutor, que, como a lou
cura do pr-imeiro � o triste efeito de um desconcêrlo
dos seus, órgãos, causando riso, causa compaixão;
emquanlo que o delírio do segundo, porque é inten
cional e voluntário, só excita a indignação de Deus
e dos homens : Odibilis coram · Deo esf et hominibus
superbia (1).
(1) Eccli. X, 7.
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566 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) Ps. XXX, 24. - (2) Eccli. X, 15. -{3) Prov. XI, 2.
4
( ) Yae coronae superbiae ... el Dori decidenli •.. Ecce va
lidus el forlis Dominus, sicul impetus grandinis, turbo confringens:
pedibus conculcabi(ur corona superbiae. fa. XX VIII, 1.
(f') Deus dissipavil ossa eorum qui hominibus placenl; con
fusi sunl, quoniam Deus sprevil eos. Ps. LI 1, 6.
('1) S. Aug. in hoc loc.
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A SOBERBA 567
eternidade! Oiçam o que lhes diz o Senhor: Dabo
vos in opprobrium sempifernum, ef ignominiam aelet
nam, qi.Jae numquam oblivione delebilur (1).
O' meu Deus, visto que justificais o pecador que
se humilha, ao mesmo tempo que· condenais o so
berbo, que ousa confiar na sua jusliç�, peço-vos
como o publicano: Propifius esfo mihi peccafori !
Reconheço-me com êle indigno de levantar os olhos
e de. aparecer perante vós; mas compadecei-vos da
minha indignidade. 1 Oxalá esta súplica, cuja grande
eficácia me ensinais no vosso Evangelho, repare os
defeitos de tantas outras orações infrutuosas por falta
de humildade 1 (2) Ouero dirigir-vo-la muitas vezes,
persuadido de que ela vos comoverá, e me alcançará
misericórdia ; mas repeli-la-ei com mais confiança
ainda, quando logo receber o adorável sacramento,
que contém uma virtude singular para reprimir e cu
rar a nossa soberba : O medicinam omnia- fumenlia
comprimenlem I Ouae superbia sanari pofesf, si hu
militafe Filii Dei nori sanafur? (3)
Resumo da Meditação
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508 MEDITAÇÕES 8ACERDOTAIS
31
CI MEDITAÇÃO
11. 0 Domingo depois do Pentecostes. - Bene
omnia fecil. (Tômo li, pág. 252).
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o BOM SAMARITANO 56!)
CII· MEDITAÇÃO
12.º Domingo depois do Pentecostes. - O bom
Samdrilano.
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570 l\lEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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O BOM SAMARITANO 5í{
qui Sdndf omnes infirmifafes tuas, qui redimi/ de in
terifu vifam fuam . . qui repiei in bonis desiderium
luum? Bemdiz pois ao Senhor, e nunca le esqueças
dos bens inapreciáveis, que recebeste dêle. Benedic,
anima mea, Domino, ef noli oblivisci relribuliones
ejus. Mas basta bemdizê-lo? Ouve ; êle vai ensi
nar-te o que· espera do leu reconhecimento: Vade,
e/ tu {de similifer: Faz tu pelos outros o que êle
fêz por ti.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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O BOM SAMA-RITANO 573
si ou por outros: conforla-o, consola-o nas aflições,
mantém-o nos seus desejos, afeiçôa-o a Deus. Seria
impossível dizer quan_la paciência, quanta circuns
pecção esta convalescença das almas exige do mé
dico espiritual.
5. Bernardo dava graças a Deus por ter lançado
mais azeite que vinho nas feridas da :,ua alma (1); o
médico divino procede do mesmo modo para com
tôdas as nossas enfermida'des.
No cuidado que tenho das minhas ovelhas enfer
mas, t domina também a doçura, a bondade, a com
paixão?
Ao preparar-me para a missa, pedirei perdão a
Jesus Cristo de ter observado tão mal o seu pre
ceito, principalmente no que diz respeito ao zêlo da
salvação das ovelhas desgarradas. , Todos os djas
me dá o seu Divino Coração na missa; e!, quando
participarei eu da sua terna caridade para 'com os
pecadore�?
Resumo da Meditação
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
CIII MEDITAÇÃO
13.0 Domingo depois do Pentecostes. - Nonne
decem mundl1ti sunl? El novem ubi sunf? (1)
[. Em que consisfe.
li. Ouiío pecaminosa é.
Ili. Ouiío funes!11.
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A INGRATIDÃO 575
ao bemfeitor, a fazer bom uso dos seus dons: três
deveres perfeitamente cumpridos pelo leproso, cuja
gratidão se nos propõe para imitar. Ouando se
sente curado, dirige o pensamento, o coração, e os
passos para aquele a quem deve tão grande benefí
cio: Ut vidif quiB mundus esf, regressus esf. En
grandece a Deus em altas vozes: Cum mBgna voce
mBgnificBns Deum. Lança-se aos pés de Jesus Cristo,
como para. se unir a. êle, e para. dedicar ao seu ser
viço a saúde recebida : Cecidif in Íaciem Bnie pedes
ejus, grBfil1s agens. O homem ingrato para. com
Deus procede intein;imenle ao contrário. E.m lugar
de recordar i!S graças que dêle recebeu, esquece-as;
em lugar de as agradecer ao Senhor, desconhece
que as recebeu dêle, e atribui-as a si; em lugar de
as empregar em servi-lo, abusa delas para o ofender.
Ao vêr êsses dez leprosos saírem ao encontro do
Salvador� estarem de longe cheios de respeito, e pe�
direm-lhe com tanto fervor que se compadeça dêles:
Jesu prnecepfor, miserere nosfri, julgar-se-ia que, se
fõssem atendidos, nada poderia apagar-lhes da me
mória um benefício tão vivamente desejado. Mas
apenas o receberam, lodos o esquecem, à excepção
de um só. Êsle indigno esquecimento é muitas vezes
lançado em rôsto ao antigo povo judaico (1). é. E me-
recemos nós menos esta exprobração?
- Se se pensa no bem que se possui, desconfie:.:
ce-se o seu princ1p10. E.m lugar de o agradec�r à
Deus, o ingrato atribui-o a si. Non esf invenfus qui
redirei ef dBref gloriam Deo. Se não tem a ousadia
de dizer: Manus nosfrB excelsB, ef non Dominus,
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576 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A INGRATIDÃO 577
laudis: ef redde Allissimo vota lua• (1). Eis precisa
mente o qué o homem ingr�to recusa a Deus 1
Ainda não é tudo,: não depende déle que o
Senhor seja privado do frulo de tôdas as suas obras
na criação e conservação do mundo material. A fé
e a razão demonstram-nos que o primeiro Sêr, o.Sêr
infinito, fêz lôdas as suas obras por causa de si
mesmo : Universa propfer semefipsum operalus esl
Dominus ( 2). Oue se propôs êle em lôdas as coisas
que Íêz? unicamente a sua glória. As criaturas in
sens1ve1s proclamam-na cada uma a seu modo; e
pode-se dizer de lôdas, o que o Rei-Profeta di�se
dos céus : Coeli enarranf gloriam Dei. E' verdade
que elas não leem língua para falar; mas a sua be
eza, a sua utilidade convidam o homem, para quem
elas são feilas, a louvar e a agradecer ao seu comum
bemfeilor. Se o homem não louva nem 'dá graças a
De:.1s, priva-o, quanto em si eslá, do fruto de seus
trabalhos; impede que as criaturas cumpram o seu
fim, e êle mesmo se !orna inútil, visto que foi tirado.
do nada, sõmenle para lhes emprestar a sua voz e
as pôr em estado de glorificar ao Senhor.
finafmente o último alentado que corneie a ingra
tidão, é ser ela a negação de Deus. Para o homem
ingrato, Deus não é já a fonte adorável da qual di
mana todo o bem, o fim úllimo a que tudo se deve
referir. Subsli_lui-se com audácia ao primeiro princí
pio, atribuindo a sí as qualidades que possui, como
se fôsse o aulor delas; e em 'lugar de glorificar por
elas ao autor de todo o bem, guarda a honra para
si. E', segundo S. Agostinho, o que forma a essên
cia da soberba e da ingratidão que é o seu efeito.
Ouid esf superbia, nisi perversae ce/siludinis appeli
lus? Perversa enim celsiludo esl, deserto eo cui
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578 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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A INGRATIDÃO 579
e corrompem-se por negligência sua; mas àlém disto
a corrente das outras .graças é interrompida. Deus
recusa-lhe os novos bens que lhe destinava, e de
que ela se torna indigna: Sic pléme graliarum decur•
sus cessabil, si recursus non fuerif: non modo nihil
augefur ingrato, sed el quod acceperal, verlifur ei in
perniciem (1). • Pois que tu te esqueceste de mim,
cidade ingrata, diz o Senhor a Jerusalém, sofrerás a
pena do leu crime: Ouia oblila es mei .. . , tu quo
que poria scelus luum. (2). Mas, é. qual é essa pena?
Deus no-la dá a conhecer. pelo profeta Oséias: • Não
me tornarei mais a compadecer da casa de Israel;
anles apagá-los-ei inteiramente da minha memória:
Non addam ultra misereri domus Israel; sed obli
vione obliviscar eorum. ( ª). Terrível castigo, que
condµz à eterna condenação!
Temamos os funestos efeitos da ingratidão, e de
testemos o pecado que ela encerra, principalmente
quando é um padre que o corneie. Para nos preser
varmos déle, pensemos muitas vezes na nossa voca
ção e nos benefícios que lhe são anexos; ou antes,
seguindo o conselho do Apóstolo, ofereçamos a Deus
no altar do nosso coração o sacrifício de louvor:
Offeramus hosliam laudis semper Deo (4 ), para que
a nossa acção de graças atraia sôbre nós benefícios
sempre novos e sempre mais. e1celenles: UI te per
ceplis munerihus grafias exhibenfes, beneficia pofiora
sumamus ( 5 ).
Resumo da Meditação
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580 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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O AMOR DE DEUS 581
CIV MEDITAÇÃO
14-. 0 Domingo depois do Pentecostes. - Nolile
sollicili esse dicenfes: 'Ouid manducàhimus, ele.
- O bom padre honra a Providência.
(T. II, pág. 194)
CV MEDITAÇÃO
15.0 Domingo depois do Pentecostes.- Ecce
morte. (T. I, pág. 357)
defuncfus efferehalur. - A
CVI MEDITAÇÃO
16.º Domingo depois do Pentecostes. - Re
cumbe in novissimo loco.
- A humildade necessária aos homens
apostólicos. (T. II, pág. 115).
CVII MEDITAÇÃO
17 .° Domingo depois do Pentecostes. - Dili
ges Dominum Deum fuum ex fofo corde luo.
- O amor de Deus. (T. II, pág. 616).
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
CVIII MEDITAÇÃO
18.0 Domingo depois <Jo Pentecostes. -Ecce
offerebdnf ei pdrdlyficum.
- Cuidado dos enfermos - (T. II, pág. 456)
CIX MEDITAÇÃO
19.º Domingo depois do Pentecostes.
- O banquete eucarístico
(1) Is XXV, 6.
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O B'ANQUET& EUCARÍSTICO 583
(1) Mollh. XXII, 9. - (2J Luc. XIV, 21. - (3) lbid. 23.
- (4 ) Prov. XI, 5.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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O BANQUETE EUCARÍSTICO 585
eterna : Oui manducdf meam Cdrnem ef bibit meum
sdnguinem, hdbet vifdm deferndm, e deposita na nossa
carne um gérme de gloriosa ressurreição: El ego
resuscifabo eum in novissimo die (1).
é. Instruístes já os fiéis sôbre os tesoiros de que
os enriquece uma boa comunhão? é. Já refleclistes
nislo com relação a vós mesmo?· Não sois sômenle
encarregado de convidar, de dispôr os vossos irmãos
para o banquete do l!rande Rei, e de fazer as honras
da sua mêsa na qualidade de seu ministro.; sois o
primeiro dos seus convidados: se ninguém recebe
senão das vossas mãos o pão celestial, ninguém tam
bém o come senão depois de vós. i.. Ouanto deveis
a Jesus Cristo debaixo dêstes dois aspeclos?
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586 MEDITAÇÕES SACERDÔTAIS
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O BANQUETE EUCARÍSTICO 58i
com a alva que é o seu símbolo, de caridade com
a casula que é o seu emblema. Recorda-nos por
todos os modos, que é necessária uma eminente san
tidade para enlrar no Sanda Sancforum. Porém,
l como é que se dispõem para o divino sactiÍício e o
banquete sagrado, que o completa? l Por que razão
se encontra sõmenle nos padres mais desapegados
do mundo, mais interiores, êsse salutar temor que,
longe de excluir a confiança, vem a ser o seu mai, s
sólido fundamento? • Eu receio, diz o P. Berlhier,
que a sagrada hóstia, que está lantas vezes nas mi
nhas mãos, se levante um dia contra mim, e sele a
minha condenação . Para precipitar um padre no
fundo do abismo, não é necessário que êle corneia
pecados graves, e se desvie inleiramenle dos princí
pios da religião; basta que lenha uma vida tíbia,
sensual; que proceda só com intuitos humanos; que
ore sem pensar em Deus; que se es<Jueça quási con
tinuamente da moi:lificação cristã; que tenha muito
amor próprio, e pouco amor de Deus• (1).
Examinai-vos sõbre um ponto de tanta importân
cia, e segui o conselho de Santo Ambrósio: Mutel
vilam qui vull accipere vifam; nam si non mulaf vi
Iam, ad judicium accipief vilãrn (2 ).
Resumo da Meditação
'
I. O banquete eucarístico in6nitamenfe supe
rior a todos os banquetes do mundo.:-- E' Deus
que o dá, e dá-o como Deus·: Vinde, nos diz êle,
comei o meu pão, bebei o vinho, que vos preparei (3 ).
O sacrum convivi um! é. Por que razão sacrum?
E' porque ludo ali é santo, principalmente a comida,
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588 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
C� MEDITAÇÃO
20.º Domingo depois do Pentecostes. - Cn
didil homo .sermoni quem dixil ei Jesus.
- O poder da fé. (T. I, pág. 19).
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O TALENTO SAí:ERDOTAL 589
XCI MEDITAÇÃO
21.0 Domingo depois do Pentecostes. - Uso
do talento sacerdotal
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590 MEOITAÇÕRS SACERDOTAIS
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o TALENTO SACERoo·rn 591
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592 MEDITAÇÕES SACKIIDOTAIS
(1� lbid. - (2) M11!1h. XXV, 24, -(3) Enarral. in Ps. XCV.
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O TALENTO SACERDOTAL 593
rigor do castigo : Tirai-lhe o fa/en,fo que fem: é p�
vado das graças e dos benefícios divinos, não os hii'
jii para êle; lançai-o nas trevas exteriores: é explrllo
definitivamente da face de Deus e da glória dos es
colhidos; ali haverá chôro e ranger de dentes ( 1): é
condenado ao suplício eterno.
A inacção do clero desenfreia tôdas as paixões,
favorece lodos os estragos das potestades infernais;
l que admira pois que provoque os castigos do Se
nhor? O que deve causar aqmiração, é que padres
que, depois de exercerem durante alguns anos o mi
nistério, se retirem, para ter uma vida quási inútil,
como se estivessem quites para com Deus e a Igreja,
e possam lêr e meditar estes oráculos sem tremer 1
Ministros de Jesus Cristo, quem quer que sejais, ouvi
o �rande apóstolo, que vos fala como a Timóteo:
Noli negligere grafiam, quae in te esf, quae da/a esl
tibi r) ; e tomai a resolução que vos sugere S. Ba
sílio : Unusquisque, quocumque !andem dono eum
Deus dignalus si!, id mulfiplicef, hoc ipso ·ad benefi
ª
cenfiam e/ ulililafem plurium adhibilo ( ).
Resumo da Meditação
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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DEVERES PARA COM AS AUTORIDADES 595
CXII MEDITAÇÃO
22.º Domingo depois ·do Pentecostes. - Reddite
quae sunl Cae:Saris Caesari ( 1 ), - Deveres
do clero para com as autoridades supe_riores.
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596 MEDITAÇÕKS SACEl\DOTAIS
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DEVERES PARA COM AS AUTORIDADES 597
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598 MEDITAÇÕES .SACERDOTAIS
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600 -------- -
MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
CXIII MEDITAÇÃO
23.ºDomingo depois do Pentecostes.
- Morte e ressurreição da filha de
Jairo. - Morte e ressurreição das almas,
grande objeclo da solicitude sacerdotal.
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60i MEDITAÇÕliS SACERllOTAI�
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A MORTE DA ALMA 603
ali ser despôjo dos vermes; assim também a alma,
em pecado, será sepultada no inferno (1), para ali ser
atormentada pelo verme do remorso (2 ), se não voltar
à lida da graça.
E é neste estado, ó bom padre, que se acham al
guns,· e talvez, por desgraça, um grande número dos
vossos filhos espirituais!. iÜuão doloroso é êste
pensamento I Ouando Deus castigou com a última
praga a dureza de faraó, ferindo de morte, em uma só
noite, todos os primogénitos do Egipto, ouviu-se um
grande alarido de uma a outra extremidade do reino:
Orfus esf clamor magnus in Aegypfo (3). O escritor
sagrado dá a razão disto ; é porque não havia casa
onde não houvesse algum morto : Nec enim era!
domus in qua non jaceref morfuus . . (4) Na vossa
parróquia, ó pastor, é. vê Deus muitas casas, onde
não haja algum modo? é. Não vê talvez muitas, em
que só há mortos? Contudo, é. onde estão os ge
midos? é. onde •a aflição? é. onde as lágrimas? Nin,
guém pensa; pensai ao menos vós, que sois pai de
tantas almas infelizes. Dizei com Jeremias : Plorabo
die ac nocle inlerfecfos G/iae popu/i mei ( 5 ). Mas,
chorando a sua morte, não desprezeis meio algum de
chamá-las à vida.
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604, MEDITAÇÕES SAC�;RDOTAIS
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A MORTE DA ALMA 605
Resumo da Meditação
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606 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
CXIV MEDITAÇÃO
24. º Domingo depois do Petencostes.
- Juízo final. (T. 1, pág. 401)
CXV MEDITAÇÃO
25.º Domingo depois do Pentecostes.
- Dedicação das igrejas,
- Respeito que lhes é devido.
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RKSPEITO As IGREJAS 607
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.RESPEITO ÁS IGREJAS 609
(l) L11ef11lus sum in his qu11e dicf11 sunl mihi: in domum Do
mini ibimus. Ps. CXXI, 1.
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6W MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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ZÊLO DA CASA DE DEUS 6H
CXVI MEDITAÇÃO
O mesmo assunto. - O zêlo da casa de Deus
devora ao bom padre: Zelus domus fuae
comedi! me (1)
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6U MEDITAÇÕES SACEIIDOTAIS
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ZÊLO DA CASA DE DEUS 6f3
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ZÊLO DA CASA DE DEUS 615
Resumo da Meditação
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616 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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§ 2.º
CXVII MEDITAÇÃO
16 de Junho. - S. João Francisco de Régis
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620 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
1
(1) ln Eveng. lib. 1, hom. XVII. - (2) I Cor. VIII, 4.
(3) Jec. 1, 4. - (4) 1 Joan. Ili, 18.
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S. JOÃO FRANCISCO DE RÉGIS 621
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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S, LUIS DE GOSZAGA
IS!
CXVIII MEDITAÇÃO
21 de Junho. - S. Luís de Gonzaga
1. Sua inocência.
II. Sua penilência.
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6 � -4 M E D ITAÇÕES SACERnOTAIS
_ _ ______ _ _ _
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8, urís DE GONZAGA 625
5. Carlos Borromeu tachava apenas de leves imper
feições.
Esta vida tão pura teve-a Luís de Gonzaga na
côrte dos príncipes1 onde se encontra tudo o que
pode deslumbrar os olhos, lisonjear os sentidos e
perverter o coração; mas conservou intacta a sua
virtude em meio de todos os vícios. Moisés no de
serio viu uma çarça rodeada de chamas sem ser
consumida; irei, disse êle, e considerarei esta grande
maravilha: Videbo visionem héJnc méJgnéJm; eis aqui
um especláculo mais admirável: 1 um mancebo cer
cado de tôdas as paixões, sem que elas lhe causem
abalo I Oh! que bom é ser virtuoso desde a infân
cia! 1 Oue invejável é a sorte dos que se conservam
no caminho de uma perfeita inocência: Beélfi imméJ
culati in via 1 (1)
2. 0 • Senhor, l quem habitará nó vosso taberná-
culo? l Ouem descansará no vosso monte sanlo.? O
que caminha na inocência, e faz obras de justiça• (2 ).
Luís de Gonzaga, êmulo dos anjos pela sua grande
pureza, igualava-os quási em felicidade neste mundo.
Sempre entregue a uma contemplação seráfica, tinha
as mais dôces conversações com o Espôso das vir
gens. Na idade, em que os outros meninos mal po
dem balbuciar algumas orações, êle sabia-as e reci
tava-as com a maior devoção. Tendo-se o S('U di
reclor admirado um dia de que passasse neste· santo
exercício uma hora sem distracção, disse-lhe o Santo:
• O que me admira ainda mais, é que estando a orar,
se possa deixar de pen�ar em Deus• . Daí essa
tranqüilidade de alma, que a Sagtada Escritura com•
para a um banquete contínuo.
Mas é ,no céu que S. Luís de Gonzaga recebe a
recompensa da sua pureza. Ouem nos dera contem-
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6'!6 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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S. LUÍS DE GONZAGA 527
do concílio de Trento :Tôda a vida do cristão deve
ser Úma perpétua penitência ( t). Além disto, eu sei
que hei de responder por tôdas as almas cuja salva
ção me tiver sido confiada; que devo instruí-las, cor
rigi-las,_ rogar e satisfazer por elas. J..uís de Gon
zaga foi penitente sem ser pecador; e eu sou peca
dor sem ser penitente: a minha consciência obri
ga-me a fazer esta confissão; l mas posso eu fqzê-la
sem me envergonhar e tremer?
Amável Santo, severo só para convôsco, vós le
vastes · a compaixão para com os vossos irmãos até
sacrificar por êles a vida (2). Ah I apiedai-vos de
nós I Se não pudestes ter uma vida apostólica à me
dida dos vossos desejos, Deus parece que quer in
demnizar-vos disso, com as graças de misericórdia e
de salvação, que concede aos que vos invocam.
Ajudai-nos a reparar os belos anos que perdemos.
A vossa caridade é sempre a mesma, o vosso poder
é maior no céu que na terra: obtende-nos o amor da
inocência e da penitência, para que nós também te
nhamos a felicidade de vêr a Deus, e de possuí-lo
convôsco no reino da glória.
Resumo . da Meditação
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628 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
--------
pode dar ocasião a cometê-la, o desapêgo absoluto
de tôda a criatura: tal foi sempre a sua inocência.
Por causo de algumas palavras indecentes que linha
repelido sem as compreei;ider, olhava-se como um
grande pecad_o r, e chorava amargamente o que cha
mava seus pecados. 1 E linha uma vida tão pura, na
côrte dos príncipes, onde ludo é escôlho para a vir
tude! ... - Por isso, 1 que dôces foram as suas comu
nicações com Deus! O privilégio da alma pura é ler
por amigo o Rei dos reis ; é. há amizade mais conso
ladora? Já tão largamente recompensado na terra,
quem dirá como êste angélico mancebo é recompen
sado pela sua pureza no céu?
181
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NASCIMENTO DE S, JOÃO BAPTISTA 6i9
CXIX MEDITAÇÃO
24 de Junho-Nascimento de S. João Baptista
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630 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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NASCIMENTO DE S. JOÃO BAPTISTA 631
dado, e que é o casligo da sua pouca fé, e êste ho
mem que perde de-repente a fala, e a recobra no
nascimento do menino, para celebrar a glória do
Messias e o destino do _recém-nascido: tôdas estas
maravilhas se divulgaram por tôdas as montanhas da
Judéia, e a impressão que causaram, foi geral e pro
funda : Et facfus esf limor super omnes vicinos
ebrum: el super omnil1 monlanél Judrere divulgl1hl1n
lur omnil1 verbél hélec. El posuerunl omnes in corde
suo dicenles: Quis pulas, puer - isfe eril: Elenim
mélnus Dei eréll cum illo (1). João Baplista, apenas
nasce, é conhecido e respeitado, como o enviado de
Deus; fale êle, e os povos o acreditarão.
Não bastava convencer os espíritos; era necessá
rio mover os corações, arrancá-los das paixões e tra
zê-los para Jesus Cristo; e para conseguir êste, fim,
o precursor do Messias precisava de uma santidade,
que atraísse as vistas e a admiração. Viram-na em
João Baplista. Êle foge para os desertos desde a
sua mais tenra infância: Erl1f in deserlis, e aí se
conserva até ao dia em que se manifestou: Usque
in diem oslensionis suéle éld lsrnel (2). é Em que se
ocupa durante êste longo reliro? Em conversar com
Deus, e em praticar uma rigorosa penitência. é Tinha
pecados que expiar? Não: êle fôra santificado desde
o ventre de sua mãe, e à medida que crescia em
idade, crescia em perfeição (3). Aplacava a Deus em
favor dos pecadores, aos quais êle havia de anunciar
o Messias.
Portanto em S. João Baptista tudo é para Jesus
Cristo no ministério que lhe foi confiado, e nas gra
ças que lhe foram co"tlcedidas. A Providência, em
tudo o que fêz por êste Santo, só teve uma coisa em
vista: pô-lo em estado de influir eficazmente nos es-
(1) Joan. I, 7.
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NASCIMENTO DE S, JOÃO BAPTISTA 633
no cumprimento do dever: •Raça de víboras, ser
pentes ingratas, que o Senhor tem alimentado em seu
seio, e que não cessais de vos levantar contra êle,
pensai em vos preservar da sua vingança. Arvores
estéreis, o machado da morte vai ferir-vos, ides ser
lançadas no fogo, apressai-vos em aplacar a ira de
Deus•.
Se as suas ameaças são terríveis, a sua moral é
cheia de sabedoria e moderação; é proporcionada a
todos os estados. Aos ricos que lhe pregunlam que
hão de fazer para salvar-se: Ouid faciemus? não
diz: Renunciai aos vossos bens, mas sim: Fazei es
mola, e 1lrai-a do que tendes de mais. O mesmo su
cede com as instruções que dá aos soldados e aos
publicanos; em ludo é exado, e nunca exagerado.
Obtém os mais felizes resultados dos s·eus traba
lhos. E' lido por Elias, ou por um dos antigos pró
feias ressuscitado; é lido pelo próprio Messias.
Longe de se deixar seduzir por esta glória, humi
lha-se, confunde-se. Oue perturbação sente, quando
ouve a Jesus pedir-lhe que o baplize I Oue aflito não
fica, quando uns discípulos invejosos lhe veem dizer:
Rabbi, qui era/ fecum frans Jordanem ... , ecce 'hic
bapfizaf, el omnes veniunl ad eum I ( 1) <'. E vós não
sabeis, lhes respondeu, que convém que êle cresça, e
eu deminua • ? (2) Oh I quão raro é conservarmo-nos
humildes, quando recebemos uma grande honra 1
A vaidade é um vício muitas. vezes repreendido nos
oradores evangélicos; <'. e não parece que os acusam
disso, quando os louvam?
Mas, <'. lornar-se-á complacente a humildade de
João Baplisla na presença dos grandes? Não; êle
disse a verdade nas margens do Jordão, e di-la-á no
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MEDITAÇÕES SACl':RDOTAIS
Resumo da Meditação
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S, PEDRO, CHl!FE DA IGREJA 6::15
sus ! t tenho eu correspondido aos vossos desejos,
tão fielmente como o vosso precursor?
CXX MEDITAÇÃO
1. Contemplar as pessoas;
li. Ouvir as palavras;
Ili. Considerar as acções.
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8. PEDRO, CHEFE DA IGREJA 637
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638 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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S. PEDRO, CHEFE DA IGREJA 639
Resumo da Meditação
IS!
CXXI MEDITAÇÃO
2 de julho. - Visitação da Santíssima Virgem
1. A caridade inspira-as;
li. A humildade realiza-as;
Jll. A sanlificação das almas é o seu fim.
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FESTA DA VIS_IT_A....cÇA_-_______
o 6_4l
(1) Jo11n. XVI, 28. - (2) Luc, 1, 78, - (3) Jo11n. III, 16.
t') Gal. li, 20. - ( 5 ) Luc. I, 78.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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________F_ES_T_A_DAVI_S_IT_A�ÇÃ_o
_______6�_3
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FESTA D.A VISITAÇÃO 66:5
a perfeição dos Santos. O fim principal da Visitação
de Maria fài também sanlificnr a João Baptista, e
encher de celestial gôzo tôda a família de Zacarias :·
UI audivil salufafionem Mariae Elisahefh, exulfavif
infans in ufero ejus (1).
é. Ouantas almas, divina Mãe, participarão dos
frutos da visila que fazeis ao precursor de Jesus?
e. E a quantas preparais vós a santificação, quando
contribuís para santificar um padre e um pastor?
Visto que a graça começa já a ser difundida por
vossas mãos, uma àas primeiras que vos pedimos, é a
de compreendermos quanto devemos confiar na vossa
maternal mediação, e que uso devemos fazer dela.
Sirva ela para nos encher das luzes de Deus como a
João Baplista e sua mãe, e para nos santificar pelo
seu Espírito; sirva ela, segundo as intenções de vosso
filho, para nos tornar menos indignos de o represen
tarmos no meio dos homens, e mais pontuais em cum
prir os deveres da nossa vocação de salvar os
nossos irmãos.
Resumo da Meditação
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
131
CXXII MEDITAÇÃO
16 de Julho• .;_ Nossa Senhora do Carmo. -
O Escapulário da Santissima Virgem
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N, SENHORA DO CARMO 6i7
antigos solitários. A cavidade de um carvalho foi a
sua habitação, a água da rocha a sua bebida, ervas
e raízes a sua comida, a oração a sua ocupação.
Vivia assim, havia vinte anos, quando dois fidalgos
inglêses, voltando da Terra Santa, trouxeram na sua
companhia alguns religiosos do Monte Carmelo. Si
mão, movido da devoção que tinham para com a
Rainha do céu, juntou-se a êles, e seis anos depois
foi nomeado Geral da sua Ordem.
Um dia em que êle, na efusão da sua alma, se
queixava a Maria das perseguições que sofria esta
Ordem venerável, pediu-lhe, desfeito em lágrimas, que
não abandonasse urna família religiosa que ela linha
adoplado, e que lhe desse algum sinal da sua mater
nal prolecção. A augusta Virgem apareceu-lhe, no
meio de urna refulgente luz, e entregando-lhe um es
capulário, disse-lhe: • Recebe, meu caro filho, êsle
escapulário, sinal do privilégio que obtive para li e
para os filhos do Carmo. Aquele que morrer reves
tido dêste hábito, será preseãvado das chamas eter
nas; é um sinal de salvação, uma defesa dos perigos,
e o penhor duma paz e protecção especiais• .
O Santo, cheio de alegria, mostrou o precioso
dom, que tinha recebido, não só para os Carmelitas,
mas também para lodo o povo cristão. Dentro em
pouco tempo viram-se os personagens mais distintos
pela sua piedade e jerarquia, entrar nesta associação.
S. Luís, Branca de Castela e tõda a família real de'
frança, foram dos primeiros a revestir o santo hábito;
e a confraria do Escapulário, autorizada e animada
pelos Papas, propagou-se ràpidarnente por lodos os
países católicos.
Meio século mais tarde, Maria dignou-se ainda
manifestar-se ao Papa João XXII, e ordenou-lhe que
confirmasse e fizesse conhecer as graças, privilégios
e favores, que seu divino filho, a seu pedido, linha
concedido aos religiosos e aos con(rades do Carmo,
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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N. SENHORA DO CARMO 6i9
minha vida, não me contento já com amá-la no ín
timo do meu coração, faço uma pública declaração
disso. Ainda que a essência da devoção seja inferior,
não é menos verdade que é pouco devoto aquele que
receia parecê-lo; e se o Salvador negará deanfe de
seu Pai cio mau cristão que o nega deante dos homens,
Maria porá também uma grande distinção entre o
servo que se teme de ser visto quando a honra, e
aquele que, entrando na sua confraria, mostra que se
gloria de trazer o seu hábito, de lhe pertencer, de a
respeitar como Rainha, e de a amar como Mãe.
2. 0 Honras contínuas. As nossas práticas pie
dosas sáo subordinadas a tempos, a lugares; a devo
ção do escapulário é de lodos os lugares e momen
tos. Graças ao meu hàbilozinho, em qualquer parle
que eu estej11, qu11lquer que seja II minha ocupação,
M11ria vê sempre pendente do meu pescmço II prova
11utêntica do meu 11pêgo ao seu culto. E.m tôda a
parte e .sempre a honro, e lhe dirijo súplicas. Em
tôda a parle e sempre o meu escapulário lhe fol11 por
mim, me recomenda à sua ternura, e lhe· diz que a
amo e que lhe confio os meus interêsses.
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füiO MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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N. SENHORA DO CARMO 65!
da minha família, e a privar-te do meu escapulário, a
minha- bondade para contigo chegará a tal ponto,
que, purificado pelos sacramentos ou pelo ado de
contrição, te livrarás das penas eternas, se morreres
lendo êsle santo hábito ao pescôço • .
3. 0 finalmente Maria promete proteger-me efi
cazmente no purgatório e abreviar a sua duração.
Visitará, segundo a sua promessa, os confrades do
Carmo na triste morada, onde acabarão de .expiar as
suas faltas ; é. como duvidar de que esta visita lhes
leve refrigério, luz e paz? Àlém disso ela o declara :
• Quando tiverem deixado o século presente e entrado
no purgatório, eu descerei, como sua terna Mãe, ao
meio dêles no sábado seguinte à sua morte; livrarei
aqueles que lá encontrar, e os conduzirei à montanha
santa, à feliz morada da vida eterna• (1).
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS.
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N. SENHORA DO CARMO 653
Resumo da Meditação
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MEOITAÇÕES SACEIIDOTAIS
CXXIII MEDITAÇÃO
19 de julho. - S. Vicente de Paulo.
- Paler eram pauperum (1)
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S, VICENTE llR PAULO 6115
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656 ll!EDITAÇÕES 8ACl!RDOTAIS
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8. VICENTE DE PAULO 657
rância das verdades religiosas, e por conseguinte a
corrução em que jazia a classe indigente das cidades
e das aldeias; sabia que, até nos asilos, então muito
raros, abertos a tôdas as pessoas desgraçadas, se se
prestava alguma atenção às misérias do corpo, as da
alma eram extremamenle desprezadas; tinha visto o
estado deplorável dos condenados ãs galés, <lebaixo
dêstes dois aspectos. Não era necessário tanto para
inflamar o seu zêlo. Convoca bons padres, infunde
-lhes a caridade de Jesus Cristo, e envia-os em so
corro de tantas almas, que se perdem. Reúne algu
mas santas donzelas e consagra-as à santificação dos
pobres; cuidando dos seus sofrimentos temporais,
procurarão, com as suas orações e os seus bons exem
plos, dispô-los para a graça dos sacramentos. Pro
põe o mesmo fim a damas piedosas que associa ao
seu apostolado nos hospitais e nas prisões. Por tõda
a parle conseguiu os melhores resultados. No espaço
de um ano, houve, sàmenle no hospital de Paris, mais
de setecentas e sessenta abjurações e conversões.
2. 0 Um segundo motivo animava e sustentava a
5. Vicente nos trabalhos pela salvação dos pobres:
a sua eminente, dignidade debaixo do ponto de vista
da fé.. • A Igreja no seu primeiro plano, diz Bossuel,
só foi edificada para os pobres , que são os verda
deiros cidadãos dessa bemavenlurada cidade, que a
Sagrada Escritura chama cidade de Deus•. é. Não
declara o Salvador que êles são o objeclo especial
da sua missão, no meio dos homens : Evangelizare
ptwperib11s misif me? (1) Dirige-lhes felicitações, e é
assim que principia a sua pregação, naquele sermão
do Monte, em que amaldiçôa os ricos: • Bemaventu
rados vós, os pobres, porque vosso é o reino de
Deus• (2). Se é a· êles que pertence o céu, que é o
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638 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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660 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
131
CXXIV MEDITAÇÃO
25 de Julho. - Santiago Maior
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SANTIAGO MAIOR 66{
primeiro mártir entre os apóstolos, sendo decapitado
em Jerusalém por ordem do rei Herodes Agripa.
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MEDITAÇÕES SACERDOTA1S
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SANTIAGO MAIOR. 663
quafur me (1). A vocação ao sacerdócio é vocação
f
para milhares de sacriícios; só um amor ardente
e generoso à pessoa adorável de Jesus C_rislo pode
torná-los fáceis.
3. º T ai foi a virtude especial do apóstolo San
tiago: Amor ardenle. Reconhece-se já pela prontidão
com que responde ao divino chamamento: Venife
posf me. Apenas ouviu esla palavra, um fogo celeste
lhe abrasa o coração, e destrói lodos os laços que o
prendiam às criaturas. Desde então, ludo o que fere
a glória de seu Mestre lhe faz a êle mesmo uma do
lorosa ferida. Se os samaritanos não querem rece
ber na sua cidade aquele que vem ensinar-lhes a
sciência da salvação, êle indigna-se, e parece-lhe que
Deus deve imediatamente castigar semelhante injúria
feita a seu Filho: Domine, vis dicimus ui ignis des
·c.endaf de coe/o ef consumai eos? (2) Estes arrebata
mentos eram contrários à mansidão evangélica; por
isso o Salvador os modera, ainda que, aprove o seu
princip�.
Amor generoso. é.• Podes lu beber, lhe pregunla
Jesus Cristo, o cális que eu hei ele beber? (3) -
Posso, responde êle logo; aceitá-lo-ei da vossa mão,
assim como vós da mão de vosso Pai• . A sua ge
nerosa dedicação alcançou-lhe os favores do divino
Mestre. Jesus escolhe a Santiago, com Pedro e
João, para ser o depositário de seus segi:êdos, o
companheiro das suas vigílias e orações, a testemu
nha de seus mais pasmosos milagres (4 ). Jesus
ama-o muito, pois lhe manifesta a sua glória no Ta
bar; e flO mesmo tempo crê que o santo apóstolo
lhe tem também grande amor, visto que lhe patenteia
(1) Mallh. XVI, 24.-(2) Luc. IX, 54.-(3) M11uh·. XX, 22.
(4) Luc. VIII, .51.
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66&, MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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SANTIAGO MAIOR 665
apóstolos, o de suas virtudes foi o que mais contri
buiu para santificar o mundo; e não foi tanto pre
gando como praticando a virtude, que êles submete
ram os povos à lei do Evangelho (1). Nós sabemos
que Santiago guardou continência, e teve uma vida
muito austera e mortificada. ,Êmulo da pureza virgi
nal de seu irmão, abriu com êle às almas escolhidas
a carreira dos grandes combates e vitórias, e arras
tou com o seu exemplo milhares de homens a viver
uma vida angélica numa carne frágil: Jacobus ef
Joannes in virginifafe perstsfenfes, cerfaminis illius
gloriam summa cum admirafione reporfarunf; secun
dum quos infinita hominum mil/ia in mundo, in mo
nasferiis, ejusdem cerlaminis decus adepta sunf ( 2 ).
3.0 Mas o que coroou os seus merecimentos e
fêz dêle um perfeito modêlo do homem apostólico,
foi que ao zêlo que busca as almas, à santidade
que as atrai e ganha, juntou a coragem que se
sujeita a lodos os sofrimentos para as salvar .. far
-se-á uma idéia das contraJições e h:ibulações de lodo
o género, que teve que sofrer, trazendo à memória :
que êle exerceu quási sempre o· seu ministério no
meio de Israel, o povo mais cego, mais indócil e mais
endurecido de todos os povos, e rematou-o com o
martírio, e bebeu o cális de seu Mestre, como o pro
metera. foi o único apóstolo, à excepção de San
tiago Menor, que teve o privilégio de derramar o
sangue em Jerusalém, na mesma terra que recebera
o do filho de Deus. A morte do Salvador ·deu prin
cípio à Igreja; a de Santiago deu-lhe um maravilhoso
aumento, tendo ocasionado a dispersão dos apósto
los, que foram pregar o Evangelho por todo o mundo.
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666 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
CXXV MEDITAÇÃO
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668 l\lEDITAÇÕE8 SACERDOTAIS
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S. INÁCIO DE LOIOLA 669
lido de saco, e cingido com uma corda, passa uma
noile inteira a orar anle o altar de Maria, com o co
ração dilacerado ·de dôr, e já abrasado em amor,
para se dar lodo ao filho pelas mãos da Mãe. Desde
êsse momento, não se olhou mais senão como um
homem crucificado para o mundo e para quem o
mundo estav.a crucificado. A gruta de Manresa, os
hospitais, as praças públicas foram leslemunhas das
suas penitências e humilhações. Oh I quão genero
samente reparou o âano que durante a sua vida
mundana linha causado à glória do Senhor I Todos
os seus vícios se transformaram em virtudes. 1 Oue
abnegação, que humildade, que paciência, que amor
para com Deus e para com os seus irmãos 1 1 Oue
ardente desejo de concorrer para a salvação das
almas 1 1 Oue coragem, que magnanimidade nos seus
primeiros ensaios da vida apostólica I é. Trala-se de
ir à Palestina para ali defender os interêsses de Jesus
Cristo no meio dos scismálicos e dos infiéis? é. Julga,
depois de vollar à Europa, que lhe é necessário
aprender .as letras humanas para ser mais úlil à gló
ria do Senhor? é. Espera que poderá, com um ado
heróico, interromper o trato Hícilo de um homem com
uma mulher impudica? A distância dos lugares, os
obstáculos que parecem insuperáveis, nada detém
nem resfria o seu zêlo. Assim glorificou a Deus da
maneira mais excelente, pois o glorificou por seu pró•
ximo e por si mesmo. - Deu-lhe a glória mais uni
versal.
2.º Pode-se aplicar a Santo Inácio esta palavra
de um profeta: Slefif, ef mensus esf ferram (1). Pa
rou e mediu a terra; viu o deplorável eslado da re
ligião em tôdas as partes do universo, e empreendeu
remediar lodos os males que descobria. Estendeu o
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6 7 0 M E D IT A Ç ÕES SACERDOTAIS
_ _ ______ _ _ _ _ � _
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8, INÁCIO DE LOIOLA 671
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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S, DO:IIINGOS íi73
O seu zêlo abrangeu tôdas. as idades, lôdas as con
dições, todos os ·povos, todos os tempos; porque
abriu êsse largo campo · à Companhia que êle fun
dou. A glória de Deus é o nosso fim, assim como
foi o seu; é que lemos nós feito e padecido para o
conseguir?
131
CXXVI MEDITAÇÃO
4 de Agôsto. - S. Domingos
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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S, DOMINGOS 675
um dos mt1is poderosos t1uxílios do seu zêlo sacer
dotal.
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676 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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8. DOMINGOS 677
piai.os por filhos, sêde sua Mãe, era o mesmo que di
zer-lhe: • Vêdes o que a sua salvação me custou, e
até que ponto os. amo; protegei-os, salvai-os ; é o
único alivio que podeis dar aos meus sofrimentos •.
l Ouem compreenderá a impressão, que faria seme
lhante recomendação no coração da Rainha dos Már
tires, nas circunstâncias em que se achava? Apren
dei daqui, bons padres, a alegria que à SS. Virgem
causàm os vossos trabalhos apostólicos, e a diligên
cia que ela emprega em lhes prestar o seu poderoso
auxilio.
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S. DOMINGOS üi!)
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680 MEDITAÇÕES SACEIIDOTAIS
Resumo da 1\\edltação
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6_8_�______M_E_DI_T_AÇÕRR SACEADOTA IS
CXXVII MEDITAÇÃO
6 de Agôsto. - A transfiguração.
-- Contemplação
1. Confemplar as pessoas;
li. Ouvir as palovros ;
Ili. Considerar as acçÔ<'s.
Resumo da Meditação
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S, CAETANO 687
CXXVIII MEDITAÇÃO
7 de Agôsto. - S. Caetano, fundador da Ordem
dos Teatinos. - Suscilabo mihi sacerdotem !ide/em,
qui juxla cor meum el animam meam facief (1).
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688 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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690 MEDITAÇÕl!IS SACERDOTAIS
(l) lbid. 32. -- (2) Joan. XVI, 27. - (3) Sap. VIII, 1.
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S. CAETANO 6!13
-----------'----------------
licifudinem vesfram projicienfes in eum, quoniam ipsi
cura esf de vohis (1).
Resumo da Meditação
(1) J Pe!r. V, 7.
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69& MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
CXXIX MEDITAÇÃO
15 de Agôsto. - Assunção
da Santíssima Virgem
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ASSUNÇÃO DA SS, VIRGEM 693
1. Maria é glorificada na morle, na ressurrei
ção e na assunção, por causa da sua santidade. -
Para ser coroado, diz S. Paulo, é necessário ter
combatido dignamente ('); A mais privilegiada de
tôdas as criaturas não foi dispensada desta lei.
Triunfa, porque venceu ; é glorificada, porque mereceu
sê·lo: a sua felicidade é o fruto da sua santidade,
{lssim como a sua santidade é o fruto de suas obras.
Apliquemos a Maria, que é a mulher forte por exce·
1ência, êsle oráculo da Sabedoria: Date ei de frucfu
manuum suarum, ef lauderif eam . . . opera ejus (2).
<. Ouando o compreenderei eu, ó meu Deus? .Não é
o que fazeis por mim, que me dá direito às vossas
recompensas, mas sim o que faço por vós. l E' a
imaculada conceição de vossa Mãe, é a sua divina
maternidade, ou todos os seus privilégios juntos que
premiais hoje? Não: seria caso para eu desanimar.
Os vossos grandes favores, Senhor, são para nós
�randes obrigações, e terríveis motivos de acusação,
se dêles não nos aproveitarmos. O que premiais em
Maria, é a profunda humildade· na sua elevação, a
paciência inalterável no meio das mais penosas tribu
lações, a sua piedade, a sua caridade, lôdas as vir·
fodes que ela praticou com tanta perfeição.
D. bom servo do Evangelho não diz sõmente a
seu senhor, que recebeu dêle cinco talentos: Domine,
quinque talenfa fradidisfi mihi; l há nisto algum mé·
rito? Mas acrescenta que com êl1es ganhou outros:
Ecce .a/ia quinque superlucralus sum: não apresenta
outro direito à recompensa; assim como também o
seu senhor, concedendo·lha, não alega parn isso
outra ·razão senão a sua fidelidade : Ouill ... fuisfi
lide/is, infra in gaudium Domini fui (3). Deve se dizer
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696
---------
l\lEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ASSUNÇÃO DA S8. VIRGEM 697
para conceder a recompensa, só se funda nos mere·
cimentos, deve proporcioná-la à extensão e perfeição
dêsses merecimentos. Se pois nenhuma santidade,
fora a de Deus, iguala a santidade de Maria, deve
mos crêr, com S. Bernardo ·e tôda a Igreja, que Ma
ria sobreexcede todos os sêres criados : Super
omnem exaflafa creafuram (1). Nunca uma pura cria
tura possuíu !antas graças, nem semelhantes graças,
e nunca ela recebeu uma só sem a multiplicar com a
cooperação mais perfeita. Uma plenitude de glória
devia corresponder a uma plenitude de santidade:
Ouanfum enim grafiae. in ferris adepta esf prae caefe
ris, fanfum ef in caelis obfinef gloriae singularis (2).
Por isso o mesmo S. Bernardo exclama cheio de
admiração: Chrisli generafionem e/ Mariae assum 1
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698 MEDITAÇÕES SACRRDOTAIS
Resumo da Meditação
181
CXXX MEDITAÇÃO
20 de Agôsto. - S. Bernardo
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700 MEDITAÇÕES SACl!:RDOTAIS
I.
..
Sua 11usler11 penilênci11 unid11 à su11 inocênci11.
li. Su11 vida conlemploliv11 unida II um11 vid11 l11borios11.
Ili. Su11 vida humilde no meio "da 11dmir11çiio de que é .o�jkclo•
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S. BEIINAIIDO i03
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706' MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
CXXXI MEDITAÇÃO
· 28 de Agôsto. - Santo Agostinho
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70G JIIWITAÇÕ►:S SACBRDOTAIS
(1) Possidius.
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S, AGOSTINHO 707
moral evangélica ! Escravo da ambição, da avareza,
da luxúria, tõdas estas paixões desordenadas o con
servavam enredado nos seus laços, e disputavam entre
si, diz êle, qual seria a sua paixão dominante : lnhia
hBm honoribus, lucris, conjugio, ef pBliehBr in eis
cupidilalibus amarissimas dif.icullales . . . Certabanf
in meipso el de meipso, cujus polissimum esse vide
rer (1).
t Com que paciência a graça sofreu as suas de
longas 1 1 Oue fôrça empregou para vencer a sua
resistência ! A libertinagem passara a ser nêle um
imperioso hábilo, e o hábito uma espécie de necessi
dade : Suspirabam /igalus, non ferro alieno, sed
ferrea mea volunlale. Ora o encantava a beleza da
virtude, ora o oprimia o pêso das suas cadeias.
Oueria e não queria; pedia a Deus, e temia ser ou
vido. Algumas vezes exclamava: • Senhor, em bre
ve; esperai um momento, e depois serei vosso• . Mas
aquele em breve não chegava nunca, e aquele mo
menlo durava sempre. Modo, ecce modo, sed modo
non habebBI modum. Finalmente, o feliz momento
chegou; a graça derriba-o, como a Saulo no cami•
nho de Damasco; e, para empregar a expressão de
S. Zenão de Verona, de uma vez destrói nêle o ho
mem vélho e cria o novo : Uno icfu inlerGcil velerem
hominem, creal novum.
2. 0 Vitória completa; no meio de suas agitações,
ouve uma voz que lhe diz : •Torna e lê : Tolle el
lege,. Obedece, e logo desaparecem tõdas as dúvi
das, mudam-se-lhe os pensamentos e os afeclos.
Êsle homem, que era Ião sensual, é agora um homem
caslo, que não tem já senão santas e sublimes aspira
ções. • Levantou-se em mim, diz êle, uma grande tor
menta, seguida de uma abundante chuva de lágrimas.
( 1) Conf. VI, 6,
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708 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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S. AGOSTl:-IHO 709
succens1J, fibi spir1Jns, fibi inhi1Jns, fe solum videre
desider1JI •.
Concedei hoje, Senhor, à súplica dêsle ilustre pe
nitente e à nossa, o que vos pedem lodos os dias
ainda os mais santos de entre os sacerdotes: Con
verte nos, Deus, s1J!ularis nosler.
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7t0 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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712 MEDITAÇÕF:S SACERDOTAIS
CXXXII MEDITAÇÃO
8 de Setembro. - A Natividade da Santíssima
Virgem. - Ouae est ista, quae progredi!ur
quBsi aurora consurgens, pplchra ui lunB,
elecla ui sol, ferribilis ui caslrorum acies
ordinala? (1)
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NATIVIDADE DA SS. VIRGF.:!lf 7t3
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7H m:nITAÇÕF.S SACF.RDOTAI�
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NATIVIDAOE DA li�. VIRGEM 715
Resumo da Meditação
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7IG MEDITAÇÕR� SACERDOTAIS
CXXXIII MEDITAÇÃO .
14 de Setembro. - Exaltação da Santa Cruz
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EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ il7
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748 MEDITAÇÕES SA.r.RRDOTAIB
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EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ 719
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7i0 MROlTAÇÕR� SAr.Rlll)OTAIS
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EXALTAÇÃO DA �ANTA c�uz 7U
Resumo da Meditação
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_7_�-�- -
- ---�-F:
I _l
, l_lT_A_Ç�Õ.ES SACF.RIJl)TAI_S _______
CXXXIV MEDITAÇÃO
29 de Setembro. - S. Miguel.
Faclum esf praelium magnum in coe/o Michael
ef Angeli ejus praeliabanfur cum dracone ( 1).
(1)
Apoc. XII, 7.
( 2)
Hunc primum condidif. qurm reliquis angelis eminenliorem
íecil. 5. Greg. Moral. lib. li. c. XXX.
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S. M!GUEL
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7U MEDITAÇÕ&S SACKIIDOTAIS
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ii6 M!i:DITAÇÕF.:S SACEI\DOTAIS
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. S, lJIGUEL 727
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728 MEDiTAÇÕE8 SACERDOTAIS
131
CXXXV MEDITAÇÃO
2 de Outubro. -- Os Anjos Custódias
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08 ANJOS DA GUARDA 729
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OS ANJOS DA GUA�DA 731
li. Como exercem os nossos Anjos da Gu@rda
o seu ministério - Sem falarmos dos serviços que
nos prestam na ordem temporal, e!. quanto se não es
forçam por nos obter a salvação? Mostram-nos o
caminho, removem os obstáculos, dão-nos os meios
de a alcançarmos. e!. Como somos nós tão pouco sen
síveis ao seu generoso zêlo?
I . 0 A Providência designou a cada um de nós
o caminho que há de seguir, o lugar que há de ocu
par no céu. • Eu enviarei o meu anjo, diz o Senhor,
que vá adeante de ti, e te guarde pelo caminho, e te
introduza no lugar que eu te tenho preparado• ( 1).
Assim como os espíritos celestes das primeiras
jerarquias transmitem aos das jerarquias inferiores a
luz e o amor, assim também os nossos Anjos da
Guarda nos fazem conhecer o verdadeiro bem, e a
êle nos induzem. Ouando sentimos alguma inclina
ção para nos entregarmos mais períeitamente a Deus,
é uma inspiração do nosso caridoso guia. Nada há
mais engenhoso que o seu _zelo da nossa sanlificação.
Ora nos propõe o exemplo de Jesus Cristo, ou dos
Santos cuja índole se assemelha mais com a nossa;
ora nos mostra a pouca duração da vida, a hora da
morte, a elernidade; ora nos oferece aos olhos os
alraclivos aa virtude, os encantos da paz, o fruto da
boa consciência, as recompensas prometidas à fideli
dade constante. 5. Bernardo representa-nos êste
príncipe do céu, disfarçado em pagem da nossa alma,
seguindo-a por tõda a parle, para adverli-la e exor
tá-la incessantemente (2). Frei Luís de Granada vê
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73i MEDITAÇÕES SACEl\DOTAIS
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OS ANJOS DA GUARDA 733
filhos de Deus; os nossos Anjos da Guarda não só
se interessam por nós em razão dessa caridade, mas
também em razão de uma obrigação inerente ao seu
ministério, e do zêlo ardente de que Deus os encheu,
quando nos confiou aos seus cuidados. A Sagrada
E.scrilura diz que, consliluindo-os seus ministros, lhes
deu a adividade das chamas: Oui facil angelos suos
spirilus, ef ministros suos Dammam ignis (1). Êles es
tão ao mesmo lempo ao pé de Deus, que contem
plam, gozando as delícias de o possuir, e perlo de
nós, vendo as nossas misérias e os nossos perigos.
Daí o compassivo fervor com que não cessam de pe
dir para nós novas bênçãos.
Êles apresenlam a Deus as nossas orações.
• E. veio um anjo, diz S. João, e parou deanle do
allar, lendo um turíbulo de oiro; e foram-lhe dados
muitos perfumes das qrações de lodos os Santos,
para que os pusesse sõbre o allar de oiro, que eslava
anle o trono de Deus• (2). O anjo Rnfael faz a
Tobias esla declaração: Ouando tu oravas com lá
grimas, e enlerravas os mortos, e deixavas o teu
jantar, e ocultavas os marias em tua casa de dia, e
os enterravas de noite, apresentei as tuas orações ao
Senhor• (3 ) 1 • Oue felizes somos, exclama Bo�suet,
por ter deanle de Deus amigos tão dedicados I Êles
não se contentam com apresentar a Deus as nossas
orações, apresentam-lhe também· as nossas boas
obras: a caridade' exercida para com os pobres e os
enfermos, a esmola secreta, a injúria perdoada, o je
jum, a mortificação e até. os nossos bons desejos e
pensamentos. Ah I quem pudesse exprimir a ale
i;!ria, com que êles lhe npresentam as lágrimas do arre
pendimento, os sofrimentos suportados por amor dêle
com humildade e paciência • !
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
CXXXVI MEDITAÇÃO
O mesmo assunto. - Nossos deveres
para com o Anjo da Guarda
1. Deveres comuns a lodos os fiéis.
li. Deveres p11rliculares dos padres e paslores de almas.
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736 MEDITAÇÕ.ES SACERDOTAIS
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DEVERl!IS PARA COM O ANJO DA GUARDA 737
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738 ---------
MEJJITAÇÔES SACERDOTAIS�
0
3. finalmente porei nêle a minha confiança;
FiducilJm pro cuslodit1. Se eu tivesse um amigo que
me parecesse com razão o mais prudente, o mais fiel,
o mais poderoso de lodos os homens, e. qlle confiança
leria nêle? Tais são os nossos anjos da guarda, diz
S. Bernardo: Prudentes sunf, lide!es sunf, polentes
sunl. Não podem enganar-se, porque recebem as
luzes da própria verdade: Semper videnf Ít1ciem Pt1-
fris. Ainda menos quereriam enganar-nos, porque
são amigos fidelíssimos. Lembremo-nos do triplice
vínculo que os une a nós: amam-nos porque sabem
que Deus no·s ama; amam-nos porque vêem em nós
a imagem da divindade; amam-nos porque ·nos olham
como a seus irmãos e futuros companheiros no céu.
Além disto o poder não lhes falia nem a sciência e o
amor; com a virtude q�e recebem do alio, um só de
entre êles lem mais fôrça para nos salvar, que todos
os demónios juntos para nos perder; o que levou
Tertuliano a dizer que, com o auxilio dos anjos, o
poder do demónio é sujeito ao do homem. Oiçamos
ainda a S. Bernardo: Ouid sub ftJnfis cuslodibus
fimet1mus?. . . Tt1nfum sequt1mur eos, t1dht1eret1mus
·eis, ef in pro{ecfione Dei coeli commoremur. Ouofies
ergo gravissimt1 cernifur urgere fenfafio, ef fribulafio
vehemens imminere, invoct1 cuslodem fuum, duelarem
fuum, t1djulorem fuum . . . lnclt1ma eum, ef dic: Do
mine, st1/va nos, perimus.
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DEVERES PARA COM O ANJO DA GUARDA 739
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7&0 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) lndulgênci11 de ·cem di11s por c11da vez que se rezar es(a
or11ção, e um11 indulgênci11 plenári11 por mês, rez11ndo-se lodos os
di11s.
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DEVERES PARA COM O ANJO DA GUARDA 74,i
Resumo da Meditação
IS}
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
CXXXVII ME'oITAÇÃO
4 de Outubro.-S. Francisco de Assis
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S, FRANC:ISCO DE A�SIS
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S. FRANCISr.O DE ASSIS
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MEUITAÇÕl!:S SACERDOTAIS
(1) S. Bem.
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8. FRANCISCO DE ASSIS
---------- 7'1,7
--�-------
nhar sem bõlsa, e sem alfõrge, e sem çapalos, faltou
-vos porventura alguma coisa? (i) A resposta foi
unanrme: • Nada, Senhor•. Francisco não é mais
que um pobre obscuro, sem valimento, sem autori
dade; mas porque é pobre de Jesus Cristo, a sua
pobreza será fecunda e lhe fornecerá um tesoiro mais
seguro que todos os tesoiros do mundo. Construem
-lhe conventos, trazem-lhe víveres para sustentar a sua
numerosa família. Ocupa-se mais em recusar o su
pérfluo do que em procurar o necessário; em defen
der os seus filhos do atractivo das riquezas, que lhes
são oferecidas, do que em suavizar-lhes os rigores
da pobreza que abraçaram. O pobre de Jesus
Cristo, diz S. Bernardo, é muito mais rico, porque a
Providência lhe dá tudo o que precisa e mais do
que deseja.
2. 0 Nos sofrimentos, achou a fonte das mais
verdadeiras delícias. Julga-se que a cruz de Jesus
Cristo não forma senão Sanlos; é um êrro: ela faz
também felizes. O homem é feliz, diz Salviano,
quando é o que quer ser (2). Ora, nunca ninguém se
sentiu mais feliz do que Francisco de Assis sofrendo.
t Havia na terra quem estivesse mais contente com a
sua sorte do que êste pobre que, no seu deserto,
sõbre os seus rochedos, no meio de lõdas as tribu
lações, cheio de alegria, fora de si, passava noiles
inteiras a repelir: • Deus meus ef omnia? Eu pos
suo o ·meu Deus e ludo no meu Deus,. Buscava a
felicidade no que mais o separava das criaturas e o
unia mais estreitamente a Deus. Achava-o, porque
Deús está ali; e não se cansava de repelir: Meu
Deus e meu ludo I e dizendo-o, suspirava, derramava
uma torrente de lágrimas, dessas fágrimas que o
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74, 8 M E D ITAÇÕES SACERDOTAIS
_ __ _ _
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Resumo da Meditação
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750 l\lEDITAÇÕES SACERDOTAIS
CXXXVIII MEDITAÇÃO
15 de Outubro. -Santa Teresa
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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S. TEIIF.SA DE 'JE�US
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MEDITAÇÕE!I SACERDOTAIS
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8. TER ESA DE Jf:SUS 75S
Ela é. igualmente bem sucedida na reforma do
Carmelo. Depois de grandes resistências, até da
parle da autoridade eclesiástica, indisposta contra a
Santa, cumprem-se os seus desejos. Carecendo de
lodo o auxílio humano, mas confiada em Deus, exe
cuta o seu projeclo. Atribui a glória de ludo ao
Senhor; porque foi o seu braço poderoso que tudo
féz: Forfiludo mea el laus mea Dominus.
Agradeçamos a Deus as graças que se dignou
conceder a Santa Teresa, e por ela a tõda a Igreja.
Imitemos a. sua coragem e a sua confiança em Deus;
e verificar-se-á também em nós, a palavra do Espírito
Santo: Os que esperam no Senhor, terão sempre
novas fôrças, tomarão asas como de iiguia, correrão
sem fadiga, andarão sem desfalecimento (1 ).
Resumo da Meditação
IS!
CXXXIX MEDITAÇÃO
1 de Novembro. - Festa de Todos os Santos
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FESTA DE TOOOS OS SANTOS 7r,7
é-nos concedido como o foi à inumerável multidão de
bemavenlurados, cujas palavras e corôas a Igreja nos
mostra hoje : Vidi {urbam magnam quam dinumernre
nemo poleraf ... Et palmae in manibus eorum ( 1 ).
O sangue de Jesus Cristo dá-nos os mesmos direi
tos a êle que aos bemaventurados; só se traia de
tomar posse dêlc.
O' alma minha, eleva-te açima da terra, ao me
nos neste dia: Sursum corda. Entra no palácio áos
escolhidos, cujo arquiteclo é o mesmo Deus, e em
que ostenta lôda a sua magnificência. Contempla à
vontade a augusta e encantadora sociedade, onde
serás admitida, se não te excluíres dela. Vê os an
jos, arcanjos, lrônos, dominações. . , os patriarcas,
profetas, apóstolos, mártires, pontífices e doutores,
todbs os bons sacerdotes que combateram com
tonto denodo por Jesus Cristo e pelas almas. De
pois de uma tribulação momentânea e ligeira, ei-los
para sempre cheios de glória (2). Vêem, amam, lou
vam a Deus; e os cânticos em que exprimem a sua
alegria é admiração, o seu reconhecimento e amor,
serão eternos como os• senlimenlos que os inspiram.
O' cidade de Deus, morada dos Santos, onde tudo
permanece e nada passa, onde há -ludo, e nada falia,
onde tudo é tranqüilo e dôce, sem mistura de agita
ção e amargura I O' formoso céu. se não posso com
preender-te, posso merecer-te! O' minha alma, ouve
a Jesus dizer-te neste momento: Fifi, non /e fran
_qanf labores quos assumpsi�li propler me, nec tribu
laliones te abjicianl usquequaque; .sed. ·mea promis
sio in 'te omni el'enfu te roboref e/ consofetur ...
Leva faciem luam in coe/um; ec.ce ego el omnes
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·i58 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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sancli mei mecum, qui in hoc saeculo magnum ha
buere cerlamen; modo gaudenf, rr,odo consolanfur,
modo secuti sunf, modo requiescunf, e/ sine fine me
cum in regno Palris m�i permanebunf (1).
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FESTA DE TODOS 08 SÀNTOS 759
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j/j() MEDITAÇÕF.S SACERDOTAIS .
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FESTA DE TODOS OS SA�TO� ifil
Resumo da Meditação
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&IEl)JTAÇÕES SACERDOTAIS
0
-nos, dissipa as nossas ilusões: - 1. Sôbre a natu-
reza do verdadeiro merecimento. Êsle não consiste
nas graças extraordinárias; e. quantos Sanlos parece
ram mais temê-las que desejá-las? - 2. 0 Sôbre o
que constitui o preço das obras. A maior parle dos
Santos encheram os seus dias de acções comuns; a
mulher forte manuseou o fuso. - 3. º Sôbre os obslá
culos, que julgamos achar em nós mesmos à santi
dade. Os Santos tiveram paixões; muitos linham
sido grandes pecadores.
CXL MEDITAÇÃO
2 de Novembro. - Dia de finados.
- Devoção às almas do purgatório
Não se pensa por muito tempo nos que já mor
reram, diz o autor da lmifoçâo. A maior parle dos
defuntos seriam logo esquecidos inteiramente, se a
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ALMAS DO PURGATÓRIO í63
Igreja não inslituísse esta festa fúnebre, para nos re
cordar a memória de lodos: Commemorôlio omnium
fidelium defunclorum. A devoção às almas do pur
gatório tem relação com um dos dogmas mais con
soladores da nossa fé, a Comunicação dos Santos.
O padre fervoroso pratica-a com alegria e propaga-a
com zêlo. Não podendo fazer aos vivos lodo o bem
que quisera, repara essa f alta com o que faz aos
mortos: nisso ao menos a sua caridade procede sem
obstáculos. Estas almas aflitas merecem a nossa
compaixão; é-nos fácil aliviar e abreviar os seus so
frimentos; exercendo esta misericórdia alegramos o
céu e alcançamos preciosas vantagens; eis os moti
vos em que se funda a verdadeira devoção para com
os mortos. Meditaremos hoje os dois primeiros, e
àmanhã os outros dois.
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illí MF.OITAÇôEg SACEIIDOTAIS
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ALMAS DO PURGATÓRIO 761
luae. anliquae? ( 1) - Clamo ad fe, ef non exaudis
me. Sto, et non respicis me. Malulus es mihi in
crude/em, ef in durilid manus fuae adversaris mihi ( 1 ).
Ora é a duração do seu exílio, que elas deploram:
Heu mihi I quia inco/afus meus prol0ngafus esf I (3 )-
0uando. veniam ef apparebo ante faciem Dei? ( 4 )
Muitas vezes é a si mesmas que elas fazem amargas
exprobrações: é.• Onde está o leu Deus, alma insen
sata? Ubi esl Deus fuus? e. Porque é que não gozas
da sua felicidade? Bastava que eu exercesse alguma
vigilância sôbre mim, que me impusesse alguns ligei
ros sacrifícios, para evitar lão horrível desgraça 1 ...
Oh! funesta pusilanimidade, quão caro me custas,
vis lo que me privas da posse do meu Deus• 1
.Ao tormento desta privação acresce o suplício do
fogo. Meditemos 'o que dizem os Padres a respeito
da natureza, e dos sofrimentos que êle causa. • Pre
guntais-me, diz S. Tomás, qual é êsse fogo. Res
pondo que é o mesmo que o do inferno. Aqui devora
a palha, lá depura o ouro• ( 5 ). Santo Antonino não
vê diferença entre um e oulro senão na duração ( 6 ).
S. Gregório pensa que êsse fogo é mais insuportável
que tõdas as tribulações da vida presente ( 7 ). Santo
Agostinho exprime o mesmo sentimento em lêrmos
ainda mais enérgicos. Combate a cegueira dos que
diu:m: Afinal, êste fogo se extinguirá, e alcançarei a
glória eterna; pouco me imporia que seja um pouco
mais tarde. • Não faleis assim, continua o Santo
Doulor, porque as dõres que causa êsle fogo, são
maiores que tôdas as que se podem conhecer, ima-
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ifi(i MEDITAÇÕl!:S 8ACl!:8D0TAl!I
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AL!l!As DO PURGATÓRIO 767
porque a sua sorte está nas nossas mãos, e pouco
nos custaria dar-lhes um imenso alivio.
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768 MEnt1'AÇÕRS SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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ALMAS DO PURGATÓRIO 769
almas aflitas, se lhes falta a nossa caridade. A Igreja
faz-nos ouvir os seus gemidos e rogos: é. seremos in
sensíveis a êles?
ISl
CXLI MEDITAÇÃO
Devoção às almas do PurgatóriQ.
- Continu.ação
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770 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ALJIIAS DO PURGATÓRIO 77!
dura necessidade de castigar aquelas que êle deseja.
premiar? t Não participaremos dos seus desejos?
O menor alívio que damos aos sofrimentos das
almas do purgatório, é também um aumento de glória
para a santa humanidade de Jesus Cristo, na honra
tribulada ao seu precioso sangue, visto que é em
virtude de seus merecimentos, que êsse alívio é con
cedido. Ouanlo mais cedo saem de sua !riste mo
rada, tanto mais cedo o Salvador recebe o último
frulo d\: tudo o que fêz e padeceu pela sua salvação;
até então não participaram ainda de tôda a redenção
que lhes estava reservada. Maria, Mãe de miseri
córdia, consoladora dos aflitos ; os Anjos Custódias
dos fiéis defuntos ; os Santos seus protecfores e pa
tronos: tôda a côrle celestial, que se aleizra da con
versão de um pecador, alegra-se muito mais, quando
uma alma entra no reino eterno. O' padre, entre
gai-vos a uma devoção Ião agradável a Deus e a
todos os amigos de Deus 1
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77'!. MEDITAÇÕES SACKRDOTAIS
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ALMAS DO PURGATÓRIO 773
nós, na vida e na morfe, em qualquer situação em
que precisarmos de socôrro, um recurso poderoso e
seguro: Amicus .ide/is proleclio forfis (1). Ouando
José predisse ao copeiro do rei do Egipto, que se.ria
brevemente restituído ao seu emprêgo, suplicou-lhe
q1.1e se lembrasse dêle e o protegesse junto de Fa
raó (2). Súplica inútil, porque José foi esquecido.
Não sucederá o mesmo connosco, se livrarmos os
nossos irmãos do purgatório; no céu não há ingra
tos. Essas almas bemaventuradas, cujos sofrimentos
abreviarmos e cuja felicidade anteciparmos, olhar
-nos-ão sempre como a seus insignes bemfeitores.
E.las pedirãÕ e obterão para nós tudo o que nos
fór verdadeiramente útil ou necessário. Ainda que
estivéssemos no fim da vida, em perigo iminente de
nos perdermos, rogariam por nós com tanta instân
cia, que Deus se enterneceria. Jónatas, depois de
salvar o exército de Israel, é condenado à morte por
ter transgredido um mandado de seu pai. Levan
tam-se mil vozes em seu favor; de tôdas as parles
exclamam: Ergone Jonafhas morielur, qui fecif sa
, lufem hanc magnam in Israel? (3) Saúl não pode re-
sistir, e perdôa a seu filho. Assim, as almas que eu
livrei da purgatório, intercederiam por mim perante
Deus, se preciso fõsse, e lhe diriam: • Ah I Senhor,
l permitireis vós a perdição daquele que usou de tanta
misericórdia connosco• ? Beafi misericordes, quoniam
ipsi misericordiam consequenfur. A verdeira piedade
para com os mortos é um penhor de predestinação ;
tanto mais que ela contribui ainda para nos santifi
carmos com as santas reflexões que faz nascer.
.3. 0 Entregando-nos à devoção para com os fiéis
defuntos, aprendemos a temer a divina justiça, talvez
mais do que meditando àcerca do inferno. No in-
Resumo da Meditação
CXLII MEDITAÇÃO
21 de Novembro.--Apresentação da Santíssima
Virgem. - Renovação das promessas
sacerdotais. - Cave ne quando obliviscaris
pacfi Domini fui quod pepigif fecum (1).
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776 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
(1) P11rvulus n11lus esl nobis, el filius d11fus esl nobis. Is. IX, 6.
(2 1N11lus esl vobis hodie S11lv11lor. Luc. 11, 11.
3
( ) Sic Deus dilexil mundum, ui filium suum unigenilum cl11ref.
Jocmn. Ili, 16.
(4 l Tr11didil semelipsum pro me. G11l. If, 20. - Dedit se
melipsum pro nobis. Til. II, 14.
(5) Jo11nn. Ili, 16.
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PROMESSAS SACERDOTAIS 777
Oferecei-o a Deus, como um imenso· suplemento a
tudo o que vos falta ; oferecei a sua vida tão pura,
para cobrir e apagar as iniqüidades da vossa; as suas
virtudes, pelos vossos vícios; o seu coração abrasado
em amor, pelo vosso cqração líbio e lânguido. -
Nêle e por êle cumprireis lôda a justiça.
2. 0 Mas se Jesus Cristo é meu, como cristão,
é meu de um modo mais excelente na minha quali
dade de padre. • Vós não lereis parle entre os
vossos irmãos, dissera o Senhor aos filhos de Levi;
eu é que sou a vossa parle e a vossa herança no
meio dos filhos de Israel• (1). O que só era uma
figura para o primeiro sacerdócio, é uma admirável
realidade para o segundo. Oh I palavras que nenhuma
bõca humana ousaria pronunciar, se a mesma ver
dade a isto nos não autorizasse: Dominus pBrs
hBeredifolis meBe ef cBlicis mei I I O mesmo Deus é
a minha parle e a minha herança l A parle que êle
não quis dar-me entre os filhos do século, porque
não era digno nem da sua munificência nem do mi
nistério celestial q que me chamava, dá-ma todos os
dias na posse real, pessoal, substancial dêle mesmo.
Ouando desço do altar, e. não é Jesus Cristo todo
meu?
Reflecfindo sôbre o lugar que Deus se dignou
assinar-me na sua Igreja, sõbre as funções que nela
exerço, compreendo porque é que só a tríbu sacer
dotal tem o privilégio de se apropriar êste belo canto:
Dominus pBrs hBeredifBliS meBe. Desde o instante
que sou padre, Jesus pertence-me de tal sorte, que
posso dá-lo e dispôr dêle como eu quiser. Não é
sómente meu, está em mim, distribuindo as suas gra•
ças, exercendo os seus poderes, continuando a sua
obra de redenção. Ouer que na minha voz se reco-
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PROMESSAS SACERDOTAIS 779
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780 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Resumo da Meditação
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782 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
131
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ORAÇÕES
que se costumam rezar depois da Meditação
I
O Jesu, vivens in Maria, veni, el vive in famulis
luis, in spirilu sanclilalis luae, in pleniludine virlulis
luae, in perfeclione viarum luarum, in veritate virlu
lum !uarum, in communione mysleriorum luorum :
dominare omni adversae poleslali in Spirilu lua, ad
gloriam Palris. Amen.
II
Anima Chrisli, santifica me.
Corpus Chrisli, salva me.
Sanguis Christi, inebria me.
Aqua laleris Christi, lava· me.
Passio Christi, conforta me.
O bane Jesu, exaudi me:
Intra lua vulnera absconde me.
Ne permitias me separari a te.
Ab hoste maligno defende me.
ln hora mortis meae, vaca me.
Et jube me venire ad te,
Ut cum sanclis tuis laudem le,
ln saecula saeculorum. Amen.
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
III
Suscipe, Domine, universam meam liberla!em.
Accipe memoriam, in!ellec!um, a!que volunla!em
omnem. Ouidquid habeo, vel possideo, mihi largilus
es : id tibi totum restituo, ac luae prorsus volunlati
subjicio. Amarem lui solum cum gratia lua mihi da
nes, el dives sum salis, nec aliud quidquam ultra
posco.
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ESCAPULÁRIO
DA
IMACU_LADA CONCEIÇÃO
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ESCAPULÁRIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO 787
INDULGf.NCIAS
do escapulário da Imaculada Conceição
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788 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ESCAPULÁRIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO 789
dulgências são aplicáveis aos defuntos. êsle favor
extraordinário foi reconhecido e aprovado de novo
pela Sagrada Congregaç�fo das lntlulgências. Oecrelo
de 31 de Março de 1856, confirmado pelo Papa
Pio IX, em 14 de Abril do mesmo ano.
Indulgências parciais
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APÊNDICE
Sôbre os retiros eclesiásticos
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792 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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RETIROS ECLESIÁSTICOS 793
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794, !IIEDITAÇÔES SACKRDOTAIS
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ifa efiam quilibel modus praeparandi ef disponendi
animam ad lo/lendas a se omnes affecfiones inordi
nafas, ef posfquam quis eas susluleril, ad quarendam
ef inveniendam volunfafem divinam, in vifae suae dis
posi/ione, ad saiu/em animae, vocanfur -exerci/ia spi
rilualia. Eis o que diz a êsle respeito um hábil co
mentador do precioso livro, composto na gruta de
Manresa : Corpora/iler exercelur, non qui alium am
bulanfem, eunfem, currenfem specfaf vel audif, sed
qui ipse ambulaf, ipse if, ipse currif.
fazer um retiro não é pois prestar alento ouvido
a quem exorta, reflecle, ora, e contempla em voz alta;
é exortar-se a si mesmo, refleclir, orar, contemplar por
si mesmo. E' necessário trabalhar, pagar com a sua
pessoa; é necessário exerci/ar-se. Oiçamos ainda
um excelente mestre da vida espiritual: • Enganam-se,
querendo sempre ler e orar vocalmenle, ou qµvir pie
dosos discursos. Concordo que se comovam algu
mas vezes com a boa leitura, ou com as palavras que
ouviram; mas se fecharem o livro, e se aquele que
fala se calar, a compunção desaparece para só vol
tar com o livro, ou a piedosa prática. Convém, pois,
que o silêncio da meditação substitua o livro e a
pregação; do contrário temei que, aprenden'do sem
pre, não chegareis a alcançar a sabedoria. Ai !
i,donde provém que haja tão poucos contemplativos,
até entre os eclesiásticos e os religiosos instruídos,
até entre os teólogos, senão da repugnância, quási
inaudita que sentem em estar a sós consigo mesmos,
para se entregarem _a reflexões sérias, profundas, e
aplicá-las às necessidades da sua alma•? (1)
VI. A escolha dos assuntos a tratar nos nossos
retiros, se não fôsse conforme ao. fim que se deve ler
'em vista, prejudicaria extremamente esta admirável
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RETIROS ECLESÜSTICOS
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796 MEDITAÇÕES SACEROOTAIS
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SELECÇÃO DE ASSUNTOS
P A RA T R � S R E T I R OS D E S E I S D IAS
PRIMEIRO RETIRO
Ouarfo dia
SEGUNDO RETIRO
Primeiro dia
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ASSUNTOS PARA TRêS RETIROS 799
Segundo dia
Sexto dia
TERCEIRO RETIRO
Primeiro dia
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ÍNDICE
SEGUNDA PARTE
Póg.
Advertência • 7
SECÇÃO PRDIEIRA
O Advento e o Natal
§ 1.º
Próprio do tempo
Pág.
li. Deixa-se dirigir inleiramenle pelo Espírilo Sonlo • 19
Ili. Consegue o bom éxilo da suo prégoç1io, por meio
d1i auslera e sonla vida. 17
IX Mim. - A Circuncisão.
1. Oue Íoz Jesus Cristo no m:slério do Circuncisão. 52
li. Oue ensin11n1enlos dã Jesus II seus minislros no
mistério do Circuncisão. 55
T<,
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-----·
------
-----
INDICE 805
Pág.
XI Mw.. - A Epifania. - Belo modêlo de fidelidade à
graça é o proceder dos Magos.
1. Os Magos eeguem II luz da graça. 64
li. Com prontidão. • 66
Ili. Com grnnde consliincio. 67
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806 MEhlTAÇÕES SACJ;IIDOTAIS
Pág.
li. Será objeclo de conlr11diçiio • • • • • 105
Ili. A alm11 de M11ri11 55. serii lr11sp11ssod11 por um11
esp11d11 de. dôr • 1 07
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ÍNnlr.F. 807
------------- - ------
- - -
- �-- - -
----
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808 M�:ninçÕl<:s SACRRDOTAIS
Pág.
SEGUNDA SECÇÃO
§ J.º
Próprio do lempo
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80!)
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srn MEDITAÇÕF:S SACEI\DOTAIS
P.ig.
XLlll �h:1>, -· Sexla-feira da semana dd Paixão. - Ma
ria junto à Cruz.
1. Amor de Mario para com Jesus, prova e medida
dos seus soírimenlos junte· à Cruz • • 25}
li. Soírimentos de Maria no Calvário, prova e me
dida do seu amor parn connosco 255
XLIV Mw. - Domingo de Ramos. - Entrada triunfal
de Jesus em Jerusalém. - Conlemplação. 259
1. Con(emplar as pessoas. • • • • • 260
li. Ouvir as palavros • • 261
Ili. Considerar as t1cçõcs , ., 262
XLV �h:1>, - Segunda-feira da Semana San/a. - Triunfa
Jesus Crislo, c>nlrando em nossas almas
pela sagrado comunhão.
1. Jesus deRej11 vivamente unir-se a nós peb sagrada
comunhão • • • • • • • • 265
li. · Ouonlo devemos desejar unir-nos a Jesus Crislo
pela sograd<1 comunhão 268
.:'\.LVI Mm. - Têrça-feira da Semdna 5flnla. - J,;sus
chora sôbre Jerusalém. - Conlemplaçiio.
1. Conlempla a5 pessoos. • • • 271
li e Ili. Ouvir os palavras e rnnsiderar as acções 27}
X L \' 11 Mw. -- OuarlB-feiro sanla. - Jesus lava os pés
aos seus Bpóslolos. - Conlemplação.
1. C onlemplar as pessoas , • • 276
li e Ili. Considerar os acções, ouvir as polavros. 277
X L VIII M1w. ·- Ouintac fcirB sanld. - lnsfi/uição da Eu-
caris/ia e do sacerdócio • • 281
1. Amor do Salvador pora com os homens no insti-
lu·içiio dos mistérios dêste dia • • . ·. • 282
li. Amor do Sal,· ador para com seus minislros na
instituú;iio dos mistérios dêste dia • 285
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INOl!':E 81t
Pág.
Ili. Sepulcro de J. Crislo, escola de períeição 297
LI MEi}. - Domingo de Páscoa. - Con/emplaçâo 301
1. Contemplar 11s pessoas. 302
li. Ouvir as p11l11vr11s , • 30)
Ili. Consider11r 11s acções • JO4
LI! MEo, - Glória de J. Cristo na sua ressurreição.
1. A alma de J. Crislo glorincnclo na su11 ressurreição. 307
li. O corpo de J. Cristo glorincado no sua ressurrei-
ção , • • • • • • • 308
Ili. A divindade do S11lrndo.- glorificada n11 sua sua
ressurreição • J t C)
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812 MF.OITAÇÕES SACJ;I\DOTAIS
------ - -
-
Póg.
LVIII Mrn. - Domingo de Pascoela. - O bom Padre,
ministro da p11z.
!. O bom Padre pede a Deus a paz em nome da
Igreja e porn a Igreja 340
li. Leva o paz II seu� irmãos • • • 342
Ili. Conserva e aperfeiçoo em si o reino da paz 343
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ÍNOICE �13
Pág.
LX\'I MED. - Motivos de Dlegria que oferece ar, bom
Padre o mislério da Ascensão.
1. O Salvador glorificado em sua Ascensão. 388
. . . . . .
li. O ministério Sõcerdolol glorificado no mistério d,,
Ascensão. 390
Ili. Glória que promete ao bom Padre o mistério da
Ascensão. 391
. . . . .
Espírifo Santo, primeiro motivo põrõ II desejar
ardentemente. . 395
li. A firme esperõnÇõ de obter " visitõ do Espirita
Sõnto. 398
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---
814 -
- -----------------------
MEDITAÇÕE� SACERDOTAIS
Pág.
§ 2.º
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ÍNO:CE srn
.Pág.
LXXX MED. - O mesmo dia 25 de Março. - A .Avê
-Maria.
1. Aprendamos do Espírito 5onlo como devemos lou-
var e honrar Maria • 468
li. Aprendamos da Igreja como devemos invocar
Maria 471
TERC_füRA SECÇÃO
Próprio_ do tempo
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8t6 MIWITAÇÕE8 SAl:ERDOTAIS
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ÍNlllCE 817
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s_i_______
s M E ll IT A Ç'-ÕE!I SACERDOTAIS.
_ _ _ _ _,
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819
------- -------------------
Pãg.
CXIII Mim. - 2J. 0 Domingo depois do Penfecosfes. -
Morfe e ressurreição dB Glha de Jairo. -
Morfe e ressurreição das almas, grande
objecfo da solicifude saccrdofal.
1. Morle dll Blmll pelo pecado • • do1
li. A alma ressuscil11d11 pela graça sanlificanle 603
CXIV M1rn. - 2+. 0 Domingo depois do Penfecosfes. -
Juízo Gnal • 606
CXV 0
MED. - 25. Domingo depois do Penfecosfes. -
Dedicação das igrejas. - Respeifo que
lhes é devido,
1. As nossas igrejas siio as casas de Deus: respei-
·
!emo-las • • • • • • 606
li. As nossHS igrejas siio a poria do céu ; amemo-las. 609
CXVI Mt:lJ. - O mesmo assunfo. - O zê/o da casa de
Deus devora ao bom Padre.
1. Mo!ivos que devem inílamar o nosso zêlo da honra
das igrejas • • • • • 611
li. Oualidades do zêlo socerdolal em honrar as igrejas. 613.
§ 2.º
Próprio dos Sanlos
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820 MIWITAÇÕF.S �ACE:IDOTAIS
P,ig.
CXXl :'IIED. - Visitação da SS. Virgem.
]. A corid11de é o. único molivo que de!ermiM o Filho
de Deus o visilor o género humano, e Mario o
visilor Isabel . • • • • 640
li. Humildade do Filho de Deus, visi!ando os ho
mens pelo Incarnação, e de Maria, visilondo o
S. Isabel. • • • • • • • 642
Ili. A sonliflcoção das olmas é o único fim do Incar-
nação de Jesus, e da Yisil11ção de Maria • 644
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INDICE 82l
Põg.
CXXVI li Mrn. - 7 de Agõs/o. - S. Caetano, fundador
da Ordem dos Tea/inos • • 687
1. S. C11el11no, com relação a Deus, praticou em grau
eminente a virtude da religião • • • • • 688
li. Com relação ao próximo, foi um modêlo de cari-
dade, • • • • • • • • 689
Ili. Com relação a si mesmo, foi um modêlo de desa-
pêgo e de confiança em Deus 691
CXXIX MED. - 15 de A_qôslo -Assunção da SS. Vir-
Jfem. • • • • • • 694
1. Maria é glorificada na morle, na ressurreiçiio, na
assunção, por causa da sua san(idade • • • 695
li. Maria excede em glória a lodos os 51:inlos, por-
que os excede II lodos em sanlidade 696
CXXX MEu. - 20 de Agõslo. - S. Bernardo • • 699
1. S. Bernardo junlou uma penitência auslera a uma
perfeila inocência • • • • • • • 700
li. Vida conlemplafiva de S. Bernardo, unida a uma
vida laboriosa • • • • • 702
Ili. Vida humilde de S. B�rnardo, no meio da admi
ração de que é objeclo • 703
CXXXI Mw. -· 28 de Agôsto. - S. Agostinho. 705
1. Vilório que a graça alcançou na conversão de
Agoslinho • • • • 706
li. Precioso fruto que a Igreja lira da conversõo de
Agoslinho · 709
CXXXII Mi,:o.-8 de Selembro.-A Natividade da San-
lissima Virgem - Ouae esl isla quae pro-
gredilur ...
1. Esla feslo recorda-nos o grande benefício da nossa
vocação • • • • • • • • • 712
li. Anima-nos a cumprir os deveres da nossa vocação 714
CXXXIII !\li,:1,. - 14 de Setembro. - Exaliação da San/a
Cruz.
1. Nada mais recomendado e indispensável ao Padre,
do que a medilaçiio da Paixão de J. Cristo 716
· li. Ouão poucos crisliios e Padres compreendem a
. doutrina da truz. 719
CXXXIY M ED. - 29 de Setembro. - S. Miguel.
1. A soberba de Lúcifer · punida ; a humildade de
S. Miguel premiada • 722
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82'.! MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
Pág.
li. Como II soberba prepara a queda, e a humildade
a elevação • • • • • • • • 724
Ili. Como poderemos nós evitar o ca:,figo dos sober-
bos, e obter a recompensa dos humildes 725
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ÍNlllf.E 823
Pág.
CXLI MEi>. - Devoção iis almas do purgafório (Confi
nuação).
1. A devoção que (em por fim aliviar e livrar os ol
·mas do purgo(ório, é muifo ogrodãvel ao céu • 769
li. E' para nós do maior inlerêsse • • • • • 771
(XLII J\h:1 1• - 21 de Novembro. - Apresenfação da
SS. Virgem. - Renovação das promessDs sa
cerdolais. - Cave ne quando obliviscoris ..•
1. Jesus Cristo dã-se ao sacerdote, para ser o sua
herança • • • • 775
li. O bom Podre renovo o promessa que Íêz de se
dar o Jesus Cristo • 779
IS!
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Matérias principais de cada volume
li
Reino de Cristo. - Exemplos de Cristo. - Vida pública.
- Paixão. - Vida gloriosa.
111
Ano litúrgico. Advento e Natal. Próprio do tempo.
Próprio dos Santos. - Quaresma e tempo pascal.
Próprio do tempo. Próprio dos Santos. -- De
Pentecostes ao Advento. Próprio do tempo.
Próprio dos Santos.
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ÍNDICE ALFABÉTICO
(O número romano indico o lômo: o 11rábico, a págin11)
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8'!1l MEnlTAÇÕES 8ACKROOTAIS
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ÍNlllCE ALFADÉTICO
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828 MP.ntTAÇÕ&S SACEIIDOTAIS
que diz Jesus anfes de subir ao céu. 11, 564. - _A mesma maféria
consideradti por 5. Bo11Venturo. Ili, 382 seg. - Ul!imos preporali
vos paro o mistério da Ascensiio. 111, 383. - Realização dêste mis
tério. 111, 384. - J. Cristo glorificado no sua ascensão. Ili, 385,
.388 seg. - Este misfério é a glória do sacerdócio. 111, 390. ·_ Re
compensa que promele aos bons sacerdofes. 111, 391 seg.
Assunção. Três mislérios gloriosos para Maria, são objecfo
desta solenidade. 111, 694 seg. -- A sanfidt1de de Moda foi o prin
cípio da sua glória. Ili. 695. -· A sua santidade é também a me
dida do sua glória. Ili. ó96 seg.
Autoridade. O respeilo que se tem ã ou!oridade, foz a
fôrça e o beleza da Igreja. li, 232. - O mal profundo da nosso
época é o febre da independência. 11, 233. - Insistência com que
J. Cristo e os apóstolos pregam o submissão o lõdo o auloridode.
Ili, 595 seg.
Bandeiras. Medilação das duas bandeiras: convite ã vida
11postólic11. li, 265. - Bandeiro de Lúcifer: tudo indico o cHminho
largo, p11ixões desenfre11das, perturbação e inquielaçiio 11, 265 seg.
- O demónio exci!11 o ardor de seus sequazes, e ensino-lhes 11 11rte
de pe�der as almas li, 266. - Esl11ndorte de J. Crislo: ludo ex
prime doçura e paz. 11, 267. - .O Salvt1dor envio os seus iipósto
los o como11!er contra os desígnios de Lúcifer, e a salvar almas. li.
268 seg. - Desenvolvimento desta parábola: inílamo o zêlo. li,
271 seg. - Ensina o arfe de salvt1r almtis.. li, 274 seg.
Baptlsmo de J. Crislo. Conlemplação. li, 283 seg - Hu
mildade de Jesus no seu baplismo. li, 284 seg. - Jesus glorifi
c11do neste mislério. li, ?.86.
Baptista (5. João 1. Suo pregação. Como se prepora poro
ela. Ili, 14 seg. - O hábito do recolhimento. Ili, 14. 15. - Doci
lidade e sujeição tio Espírito Stinto. Ili, 16. - Vida peni(enle e
mortificada. Ili, 1�- -- Como cumpre a obrigação de prêgar: maté
ria de que !rafa. Ili, 20 seg. - Zêlo que mosfro. Ili, 22 seg. -
J-lumildade e obediência, baplizando II J Cristo. 11, 285 seg. -
Deve os seus friunfos ã sanlidade dos seus exemplos. Ili. 17; 18.
- Vêr Natividade de S. Joiio Baplis/a.
Belém. Viagem dti 55. Virgem e de 5. José a Belém. Sa
bedoria e bondade de Deus que o manda. Ili, 31 seg. Obediên
ci11 e conuançt1 de Maria e José empreendendo e realizondo o via
gem Ili, 32 seg.
Bento (S.). Resumo de suo vida. 111, 454. - Acção da
graça sõbre 5. Benfo: foz-lhe enconlrar a vidn na morte. Ili, 455.
- A riqueza e o poder na pobreza. 111, 457. - E o glória na
obscuridade. Ili, 458.
Breviário. A sua excelência consider�o em �i mesmo. 1,
138. - Relações com o divino s11crificio da missa. 1. 139. - Ele
menlos que o compõem. 1, 140. - Nêle o homem fala II Deus com
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ír.orcE ALFADÉTICO
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830 MEDITAÇÕ�;s SACERDOTAIS
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ÍNDJr.F: ALFADÉTICO
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MEOlTAÇÕES SAC};HDOTAIS
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INOICE ALFABÉTICO
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ÍNDl<:E: ALFABÉTICO
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MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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í1rn:cE ALFABÉTICO s:17
Família (Sagrada). Sua partida para o Egipto li, 188. -
Estnda no Egiplo. li, 189. -- Volla II N11z11reth. li, 191.
Fé. Espirilo de Íé; em que consiste. li, 12. - O que é vi
ver de íé. li, 13. - Como nos s11lv11 o espirifo de Íé. li, 14. -
Dá verdade aos nossos pensdmentos. 11, 14. - Dá santidade
às nossas 11Íeições. li, 15. - Dá merecimenfo às noss11s 11�ções.
li, 15. - Como o espirito nos lorn11 c11p11zes de salvar II nossos
irmãos. li, 16. -.Poder do espírito de Íé sôbre o coração de
Deus. li, 19. - A Íé dos suplicantes concedia J. c'.�i!ilo os seus
milagres. li, 22. --· Poder do espirilo de Íé sõbre'''o coração
do homem. 11, 23. - Tôdos ns vilôrias dos Sonlos da antigo
Aliança e da Novo, são 11!ribuidas à sua fé. li, 23 seg. - Três
obslóculos 110 espiri{o de lé: 11 irreílexão.. li, 26. - O espírito do
mundo. 11, 27. - As inclinações n11fur11is. li, 29. -· A Íé é repre
sentada pela eslrêla que 11p11rece 110s Magos. Ili, 64. - Os olhos
do fé são peneirantes. 111, 71. - A Íé que linha S. José. Ili, 448.
- Vanlagens da fé viva. 111, 449.
Fidelidade em cumprir II lei. li, 177 seg. - fidelid11de ã
gr11ç11. - Vêr Graça.
Fim do homem. 1, 33 seg. - fim d11s cri11tur11s. 1, 45 seg.
- Meios dados 110 homem_ para 11l�11nç11r o seu llm: meios n11!u
r11is. 1, 45 seg. - Meios sobrenaturais. 1, 50 seg. - Meios divi
nos. 1, 51· seg. - Fim do sacerdote comporado com o llm do ho
mem. 1, 59 seg. -- O llm do sacerdote não é distinto do llm de
J. Crisfo. Ili, 590. - Os úllimos llns do homem ou os novíssimos ;
muil11s vezes hã descuido em os pregar. ll, 380.
Firmeza n11 Íé e na esperanç11. 111, 98, Q9. - Vêr Cons
tância.
Francisco de Assis íS.). Resumo d11 sua vide. 111, 742.
- Pr11licoti o renúnci11 evangélica com lôda II pcríeiçiio: t>mor d11
pobrezo. Ili, 743. - foi II personillc11çiio desla virtude. 111, 744.
- Amor do dtsprêzo. Ili. 745. - Amor do so{rimenlo. Ili, 746.
- Achou o cenlo por um nesta dda : 11 11bundqncia 1\11 pobreza.
Ili, 74ó seg. - As delicies no sofrimento. Ili, 74'1• ..:.... E a glória
n11s humilhações. Ili, 748
Francisco de Sales (S.). Fôrça da suo doçurn. Ili, 1 70.
- Obs!iiculos que leve de vencer para olc11nç11r II doçuro, Ili, 171.
-- Seu de:sinlerês�e. Ili, 172. - Con10 se concili11 11 lõrça com 11
doçura. Ili, 172 seg. - Dedicação 11poslôlic11 de S. fr. de Sales.
Ili, 173. - Frutos da sua doçur11: p11r·11 si mesmo. Ili, 176. -
E p11r11 11 lgrej11. Ili. 178. - Honra que a su11 doçur11 foz i, lgrej11.
Ili, 179. - Conversões que operou com II sua doçura. Ili, 179 1
seg. - Aind11 conlinu11 11 sua missão 11poslôlic11. Ili, 180.
Francisco Régls (5.). Resumo d11 su11 vida. Ili, 617 -
Ardor da sua caridnde. Ili, 618. - Seu zêlo da s11lv11çiio d11s al
m11s: morre exercitando-o. Ili, 619. - Sua p11ciênci11 im·encivel
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838 MEDITAÇÕES SACERDOTAIS
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ÍNDICE ALFABÉTICO 839
que o invade. Ili, 59, 61. - O 'seu crime. Ili, 78, 79. - Cai no
-laço que armara aos reis Mõgos. li, 78. - A inveja que o alor
menta, leva-o aos úllimos extremos dõ violêncid. Ili, 79, 80.
Herodes (o segundo). Jesus no palácio de Herodes. li, 51ó.
- Sua curiosidade e orgulho. li, 517. - Silêncio de Cristo n11
presença de Herodes. 11, 518, -Jesus desprezado e ultraj11do pelo
rei e pela côrle. li, 519.
Hipocrisia. Fulminada por J. Crislo sele vezes no mesmo
sermão. Ili, 555.
°
Humildade. J. Cristo modêlo de humildade n11 Incarnação.
li, 1 04. - Cinco degr11us·por onde Jesus desce até 110 úllimo 11b11-
1imento. li, 105. - Jesus modêlo de humildade em tôd11 11 sua
vida. li, 106. - Na sua Paixão. 11, 106, 502 seg. - Excelência
da humildade: em si mesma. li, 108. - �os seus frutos. li, 110
seg. - A humildade dei glória a Deus no lempo e na eternidade.
li, 112. - E' absolutamente necessiiri11 ao homem apostólico: p11r11
promover a glória de Deus. li. 115 seg. - Para tr11bõlh11r u!il
menle na salvação das 11lmas. li, 1 17 seg. - P11ra se salvar II si
mesmo. li, 119. -· Nobreza e grandeza da humildade. li, 122. -
Tesoiros que encerra. li, 124 seg. - Atrai 11bund11nles bênçãos sô
bre o ministério s11cerdolal. li, 126. - Jesus prega-nos II humil
dade: no presépio. Ili, 36 seg. - Na Circuncisão. Ili, 52 scg.
- Alianç11 da humildade com a caridade. Ili, 279 seg. - A humil
�ade glorilkada pelo mislério da lncatnõçiio. Ili, 461 seg. - Per
feição da humildade na 55. Virgem. Ili, 463 seg. - Não hií hu
mildade sem obediência. Ili, 278.
Ignorância da,:i verdades neces�érias à salvação. li, 379 seg.
Igreja. Diferenles imagens ou figuras da Igreja. 1, 66, -
O sacerdote ocupa na Igreja um lugar de honra. 1, 67 seg. - O
que pensa a Igreja àcêrca da santidnde s11cerdotal. 1, 77 seg. -
Lulou !rês séculos p11rn obter o reconhecimenlo do direilo de exis
tênci11 sôbre n lerrn. li, 349. - Comp11rn-se II um11 vinha; os sn
cerdotes devem cultivã-111. Ili, 186 seg.
Igrejas. Quanto devemos respeitá-los: Domus Dei. Ili,
ó06. - Ou11nto devemos 11mii-l11s: Porta coeli. Ili, 209. - Zêlo
d11 caso de Deus; seus molivos. Ili, 611. - Qualidades dêsle
zêlo. Ili, 613,
Imitação de J. Cristo, obrig11lóri11 para todo o cristão. li,
63, 68. - Mais obrigatória p11r11 o s11cerdot�. li, 64, - Todos os
tílulos do sacerdo!e dizem um dever de imit11r a J. Cristo. W, 64
seg. - O mesmo lhe pregam tõd11s 11s su11s funções. 11, 65 seg. -
Sem esla imi(11ção niio hã s11lv11çiio. li, 68 - E" um penhor de
predestinação. li, 69. - E' necess11rill para concorrer ellcõzmente
paro II salvação do próximo. li, 70. - Preciosas v11nt11gens desta
imil11ção: lira lôdas 11s nossas incertez11s. li, 72 seg. - Fortifica
-nos conlra nossos fr11quezas. li, 74. - Adoça tõd11s 11s nossas
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lNOlr.E Al,FABÉTrr.o
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ffi
Judas, imp�dernido. Ili, 279. - lmpenifen(e. 1, 292 S!!g, -
Ver lr,lerêsse.
Juízo parlicufor. Nele o padre pecador encon(rarií um jui:1
mais severo. I, 396. - Serií submetido o um exame roais rigoroso.
1, 397. - Necessidade de se preparar para o juízo de Deus; pará
bola do feitor infiel Ili, 556. - Aplicação desfa pariíbola llO sa
cerdo(e. Ili, 557 seg. - Como se deve fazer estll preparação.
Ili. 559.
· J uizo universal. E' consolador para o bom sacerdofe : Pre
parativos que o precedem. 1, 401 seg. - Circunstâncias que o
acompanham. Sentença final. 1, 405. ·- O bom sacerdote neste
grande dia será juiz, quando os oulros serão julgados. 1, 403,
404. - O sacerdote réprobo no juízo universal: é cilado a compa
recer. 1, 407 seg - E' confundido. 1, 410 seg. - E' conde
nado. 1, 41 3.
Lágrimas de J. Crisfo à vista de Jerusalém. Ili, 271 seg.
-- O que nos ensinam eslas lágrimas. Ili, 272. -- Pedro chora o
seu pecado. 1, 469. - As suas lágrimas leem para êle a efirácia
de um novo baplismo. 1, 470.
Liberdade. J. Cristo sacrifica por nós a sua liberdode. li,
497. - Jesus pede o sacrifício da nosso. li, 500, - O sacerdócio
é uma nobre servidão. li, 500. - Amor desenfreado da liberdade.
li, 233. Ver Obediência.
Luís Gonzaga (5.). Perfeição da sua inocência. 111, 624.
- Recompensa de sua inocêncid. Ili, 625. -- A sua p.enitência.
111, 626.
Madalena (S. Maria) no lúmulo de J. Cristo; com que
amor buscou ao Salvador. 111, 312. -- Com que alegria o achou.
111, 314. - Leva aos apóstolos a novo da ressurreição do Senhor.
Ili, 316.
Magos. A história do5 reis Magos. Ili, 58. - São modêlo
de fidelidade à graça. Ili, 64. - Seguem a luz da graça: com do
cilidade. 111, 64 seg. - Com pronlidão. 111, 66. - Com grande
conslância. 111, 67. - Os Magos em Belém: o que fazem. 111. 70.
- O que oferecem a Deus Menino. 111, 71. - O que recebem.
Ili, 72.
Maio: O mês d<! Maio do bom pastor de almas: felizes re
sultados que espera dêle. Ili, 474. - O que foz para os conseguir.
Ili, 476.
Maria. Seu nome e seus louvores. Ili, 468 se�. - Maria
não é nada senão por Jesus e para Jesus. 111, 471. -- A nossa mi
séria é um direito à sua misericórdia. lil, 472. - Precisamos
da sua inlercessão agora, e sobretudo na hora da morte. Ili, 472
seg. - Maria SS. é a isca celestial para levar as lllm11s a Deus.
Ili, 475. - Maria ama aos bons sacerdotes com um amor de reco
nhecimento. Ili, 475 seg. - Maria, modêlo do sace�dotc, nà sua
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MEDITAÇÕRS SACERDOTAIS
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INDICE ALFABÉTICO 8í5
quem se niio oproveil11 dêle. Ili, 273. - Feliz quem exerce o mise
ricórdia, sobreludo p11r11 com 11s olmos. li, 280 seg . - A miseri
córdia só supõe misérias; e quanto maiores forem, m11is devem ex
cit11r o comiseração. Ili, 679.
Missa. E' o m11is eficaz de lodos os meios de s11ntillcoçiio
dados 110 sacerdo!e. 1, 174 seg. - A miss11 ensin11-o: 11 morrer 110
mundo e II si mesmo. 1, 175 seg. -A viver uma vido verd11deiro
menle sacerdotal. 1, 177, seg. - E II entregar-se todo à salvação
d11s almas. 1, 178 seg. - Jesus 1111 comunhão dã-se 110 s11cerdote,
com 11s su11s graças, com os seus merecimentos e virtudes. 1, 181
seg. - O socerdo(e tem uma grt1ndissim11 parle nos frutos do sacri
fício. 1, 184 seg. - Necessidade da prepar11çiio para II Miss11. 111,
499. - Perigo II que se expõe o s11cerdole que descuidn esl11 pre
paração. 111, 500. - M11neir11 de se preparar para II Missa. III,
501 seg. ··- Imenso poder que o sacerdote exerce no miss11. Ili,
502. - Dignidade d11 pesso11 que ali represenl11. lll, 502 seg. -
lmportãnci11 sublime dos negócios que 11li trota. Ili, 503. - Vêr
Acção de graças.
Missa sacrílega. Só o nome dêste crillle faz estremecer o ho
mem de fé. 1. 229. - Ouanlos e quiio íeios crimes numa miss11 s11-
crileg11. 1, 229 seg. - Contradições in11udilos se verific11m nesse
11!ent11do. 1, 232 seg. - Severidade dos c11s!igos, nest8 vid8, n8
morte e n11 e!ernid11de. 1, 235 seg. - Prec11uções p11ro evitar tiio
grandes S8cri légios. 1, 237 seg. -- Três 11visos de gr11ndissim11 im
porlância neste ponto. 1, 239 seg.
Morte. O que é. 1, 357 seg. - O que tem de certo: é ine
vilãvel e próxim8, despoj11 de lodos os bens d11 lerr11 1 decide d11
sor!e elerna. 1, 358 seg. - O que tem de incerto. 1, 360 seg. -
Morte súbita e repenlin11. 1, 361. - O que se deve pens8r do mêdo
dl! mor!e. 1, 362 seg. - A 11proxim11çiio d11 morte. 1, 364 seg. -
E" muito meritóri11 deonle de Deus 8 aceil8çiio d8 rnorle. 1, 367
seg.; 383, 385 seg. - A mor!e do bom sacerdole; o que II lorn11
feliz: o pass8do. 1, 371 seg. - O presenle. 1, 372 seg. - O fu
turo. 1, 374 se�. - Morle do padre tíbio: separ8ções dolorosas.
1, 377. '- Recor�lações 8m11rg11s. 1, 378 seg. - Previsões 11terr11do
f8S. 1, 379 seg. - Como nos devemos prep11r11r paro a morle: fa
zer 8gor11 o que !lllvez se niio poss8 l8zer então. 1, 382 s�g. -
Faur o que se farã necessâriomenle à hor11 do morle. 1, 385 seg.
- Fazer agora o que enliio quereríamos ler feilo. 1, 387 seg. - A
lembrança habilual d11 morle prepara-nos p11r11 bem morrer. 1, 389
seg. - Ouem penso dever11s n8 morle: niio pec11. 1, 389 seg. -
Não perm11nece no pec11do. 1, 391 seg. - Desprende�se de todos
os bens C8ducos. 1, 392. - Morre cheio de con6onç8. 1, 39). -
E' doce morrer por11 um p11dre que foi zeloso. 11, 28-1. - A opro
ximoçiio do morle favorece II ocçiio do zêlo sacerdot11l. 11, 465. -
Diferença entre o vid8 do pec8dor e o do justo. 111, 292 seg. - O
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ÍNDICB AI.FABÉT:1'.0 8:'í5
fício, que nos d5o J. Cris(o e os Santos. li, 46 seg. - Exemplo
que nos dã Maria SS. apresenl11ndo - 11 Jesus no templo. 11,
173 seg.
Sacrifício da missa. Vêr Missa.
Sagrado Coração de Jesus. Vêr Coração (Sagrado).
Salmos. Parãfrase: do Miserere. 1, 210 seg. - De 11lguns
versículos do Salmo 49: Guare tu enarras. 11, 411 seg. - lm
pres�iio que Íllzi11m os S11lmos em S. Agoslinho. 1, 152.
Samaritano (o bom 1. Modêlo de coridade fraterna. Ili,
569. - Em que o devem imi(ar principolmente os sacerdotes. Ili, 571.
Santiago (Moior). Resumo da sua vid11. Ili, 660. - OuB
lidades que linh11 para o minis(ério apostólico. Ili, 661 seg. - A
voc11çiio é ludo ou quãsi ludo no minis(ério 11postólico. Ili, 661. -
Fidelidade de Santi11go M11ior à sua voc11çiio. Ili, 661 seg. - A
sua virlude mais p11rlicul11r foi um 11mor vivo e i;ieneroso à pesso11
ele J. Crislo. Ili, 663. - Como exerceu o seu ministério. III, 664.
Santos. Como se form11m. Ili, 413 seg. - A sua felicid11de
faz-nos pressenlir a nossB, e deve in0om11r nossos desejos. 111,
756 seg. - O objeclo da felicid11de dos Sanlos é o próprio Deus
que êles vêem, 11m11m e louv11m, Ili, 757. - O exemplo dos S11n
tos mos(r11-nos o c11minho do céu, e 11pl11n11 11s suas dificuld11des.
Ili. 758. - Êsle exemplo 11nim11-nos, dissipando 11s·nossas ilusões.
Ili. 759 seg. - Auxílio poderoso que nos oblém II inlercessão dos
Santos, Ili, 760 seg.
Saüdação Angélica. Tem du11s partes. N11 primeira 11pren
clemos como devemos honr11r a M11ria SS. Ili, 468. - N11 segund11
parte 11prendemo:; como II devemos invocar. Ili, 471.
Sentidos ( Aplic11ção de). Em que consiste. 1, 28 seg. -
Aplic11ção de sentidos: sõbre II mor!e próxim11. 1, 364 seg .. - Sõ
bre os tormcnlos do inferno. 1. 432 seg. - Sõbre o mistério d11
eucaristia. Ili, 537.
Sexta-feira Santa. Tudo estã cumprido. 111, 289. - Sen
tido desl11 palavro nos lãbios de Jesus preg11do n11 Cruz, com rel11-
ção à execução : da \'ont11de de seu Elerno P11i. Ili, 290. - 011
su11 imolação. Ili, 291 seg. - 011 noss11 redenção. Ili, 291 seg. -
Sentido dest11 palavr11, pronunciad11 pelo juslo ou pelo pec11dor no
momento d11 morle. Ili, 292 seg.
Silêncio de J. Cristo: em c11sa de Caifãs. li, 511 seg._
Na cõrte de Herodes. li, 518. - A sabedoria hum11n11 niio com
preende o mislério dêste silêncio. li, 518. - O silêncio, qu11ndo
Deus mond11 f11l11r,•é um crime. Ili, 237 seg.
Simeão. O seu cântico no mistério da Apresent11çiio. Ili,
89. - Estã bem preparado para 11s gr11ças dêsle mistério. Ili, 98.
- Favores que recebe. Ili, 99 seg. - As suas profecias. Ili,
104 seg.
Simplicidade: d os posfores no mistério do n11scimenfo de
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MEDITAÇÕES 4\ACEIIDOTAlS
Crislo. lll, 43. - Dos MHgos na sua ridelidade à graça. Ili, 66. -
Dos apóstolos na sua obediência. Ili, 244 seg.,, 259.
Sofrimentos. Levados com paciência, são doce lembrança
à hora da morle. 1, 371 seg. - A períeiçiio é amar os sofrimenlos.
li, 41. -"Os Santos siio exemplo dislo. li, 47. - O bom sacer
dote espero sofrer muilo. li, 539 seg. - Sofrer é de lodo o cris
lão. Ili, 538 . - Quanto mais progressos se fazem na sanlidade,
maiores sofrimentos se devem esperar. li, 539. -- O sofrimenlo é
o eslado normal do homem apostólico. li, 540. - O bom sacer
dote vê nos sofrimentos a prova mais cerla Jo amor de Deus
para com êle. 11, 545. - O sofrimenlo é uma graça : li, 545.
- Uma graça de predilecção. li, 547. - Uma graça de pre
deslinoçiio. li, 548. - O bom sacerdole vê no sofrimento a prova
mois cerla do seu amor para com Deus. li, 549. - Poder
do sofrimento para II s11lvoçiio do mundo. li, 480. - O sacer
dote, homem de dôres. li, 480. - Fruto do apostolado, propor7
cion11l aos sofrimenlos do 11póslolo. li, 480 seg. - Sofrimentos dé
J. Cristo no j11rdim d11s Oliveiras. li, 485. - O que motivou em
Crislo esta 11gonia. li, 486. - Sofrimentos de Cristo: na flagela
ção. Aplic11çiio de sentidos. li, 527 seg. - N11 Cruz. Contempla
çiio. li, 533. - A meditação dos sofrimentos e da morte de Cristo
produz. em nós: o temor que afast11 do pec11do. Ili, 203. - E o
amor que une.a Deus. Ili, 205 . - Essa medit11çi:o enlernece os co
r11ções mais duros. Ili, 205 seg. - tsle mistério demonstr11 melhor
o emor de Deus p11ra connosco •. Ili, 205 seg. - Esquecemo-nos
muito dos sofrimenlos e da morte de Jesus Crislo. Ili, 233 seg.
Talento confiado 110 s11cerdote. Ili, 589. - Felicidade do
s11cerdole que foz v11ler o seu t11le11to. 111, 591. - Infelicidade do
que o deixa improdutivo. Ili, 592.
Tempo. Perd11 de tempo; pecado que encerra. 1, .)07. -
Preço do lempo. 1, 308 seg. - A elernid11de infeliz não é mais que
um eterno desespêro, causado pel11 pena de ler perdido o seu
tempo 1, 309. - O tempo do s11cerdole é m11is precioso que o
dos fiéis. 1, 309 seg . - Pec11dos oc11sionados pela perda do lempo.
1, 310 seg. - O lcmpo perde-se de quatro modos. 1, 314 seg. -
O que se ·deve fazer para empregar bem o tempo: distribuí-lo bem.
1. 317, - Pensar muilas vezes na brevidade do tempo. 1, .'.'118, •
P�riric11r as nossas intenções. 1, 319. - As últim11s horas da vida
são os mais preciosas. 1. 384. - Vêr Ociosidade.
Têmporas {Ouatro!, insliluídas principalmente para obter
bons sacerdotes. 111, 434. '
Tentação de intemperança; importuna aos m11icres Santos.
1, 302 seg. - Com el11 11l11cou o demónio II nossos primeiros pais.
e II Jesus no deserto. I, 303. - Excelenles recomendações de
S. Paulo sôbre êste ponto. 1, 302. - Ninguém and11 mais exposto
a lenlações do que os padres.. Ili, .219. - São efeitos da sua voca-
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ÍNDICF. ALFABÉTICO 857
ção e de suas ocupações. 111, 220.. - Não se devem expor II elos
por si mesmos. Ili, 220 seg. - As tentações não devem assustar a
quem é fiel em ns i:ombaler. 111, 221 seg. - Dubs armas invencí
veis conlra as (ent<1ções: a vigilância e a oroção: Ili, 222. -
Grande meio para as vencer, desperlar o fé: Scripium es/. 111,
222 seg. - As ten(ações são um grande bem para os verdeiros ·ser
vos de Deus. Ili. 223. - Três lenlações dos obreiros evangélicos,
análogas ãs de Cristo no deserlo: (ralar mui[o da saúde. Ili, 225.
- Desejo de se mostrar e luzir. Ili, 227. - Vislas ambiciosas e
inleresseiras. Ili, 228.
Teresa (Sonla). Resumo da sua vida. Ili, 750. - A sua
forlaleza confunde o nossa covardia. 111, 751. - Os bons sucessos
de suas empri'sos confundem o nosso desconfiança. Ili, 753 seg.
Tibieza. Em que consiste; é incompo(ível: com os preceilos
mais graves da lei. 1, 341 seg. - Com as obrigações mais essen
ciais do sacerdócio. l, 343. - Com as funções m11is ordinârias. !,
344 seg. - A (ibieza no púlpilo, no confessionário. 1, 344 seg. -
Ninguém te1ne menos do que o padre libio, porque vive iludido. !,
347. - Ninguém tem mais razão para temer do que o pndre tibio;
Deus amaldiçoa II tibieza. l, 348 seg. - Remédios da libieza:
A oração, a modificação, 11 reílexão. I, 352 seg.
Tomé (5.). Misericórdia de J. Crislo para com êste após
tolo incrédulo. Ili, 146 seg. �- Gravidade do pecado de 5 . Tomé,
e paciência. de Crislo em o sofrer. 111, 146. - Jesus moslro-lhe as 1
suas Chagas. Ili, 148.
Transfiguração. União dêsle mistério com a Paixão. Ili.
231. - Porque são admilidos três apóstolos para teslemunhas da
transfiguração. Ili, 232. - Ouanlos cristãos e p11dres procuram
separar o Tabor do Calvário. Ili, 233. - Contem11lação do mislé
rio da lransfigur11ção. Ili, 682. - Glória do filho de Deus nesle
mistério. Ili, 683 seg. - Felicidade dos apóslolos. Ili, 684. -
Porque aparecem neste mis(ério Moisés e Elias. Ili, 683. - De
que se fala no Tabo_r, Ili, 684. - Numa alma admilida ãs comuni
cações íntimas com Deus tudo se transfigura. Ili, 685.
Trindade (55.). Como o bom sacerdo(e honra ês(e· mislé
rio: Submissão do seu espíri(o. Ili, 486 seg. - Homenagem do
seu coração, Ili, 487, - Zêlo da Igreja em honrar a 55. Trin
dade. Ili, 488 seg. - O que deve imitar nes(e mis(ério um bom sa
cerdote. Ili, 489. - Corno se empenho em o foier honr11r. Ili, 489
seg. - No Igreja ludo se faz em nome da 55. Trindode. Ili, 491.
Gloriricação da 55. Trindade no Ofício Divino. !, 141.
Verdade religiosa lrat11da com indifere.nço. Ili, 61.
Vicente de Paulo (5.l. Resumo do suo vid11. -Ili, 654
- Seu 11mor aos pobres, desde menino, em lõda a sua vida. Ili,
655. - Prome(e uma doce morte aos que tiverem amor oos pobres .
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858 MEDITAÇÕE� SACERDOTAIS
Ili, 656. - Zêlo da salvaçiio dos pobres. Ili, 65. - Porque prefere
os pobres aos ricos nos seus minislérios. Ili, 657 seg.
Vida apostólica. Sua excelência. li, 273 seg. - Jesus
ressuscitado oferece-nos um belo mo·dêlo de aclividade aposlólica.
li, 557 seg.
Vida oculta de Jesus ,em Nazarelh. Ê sle mistério cura-nos
de um11 doença muilo perigosa. li, 219 seg. - Vida oculta, de hu
mildade. li, 220 seg. - Êsle mislério é p11r11 nós um11 fonle de
consolaçiio. li, 222. - Vida oculla de Crislo no SS. S11cramenlo.
1, 177.
Vida de ). Cristo: no crisliio. li, 56 seg. - No sacer-
dole. 1, 84 seg., 182 seg.; 111,_501, 507.
Vida interior. 1, 118 seg. - Vêr Recolhimenfo e lnfenção.
Virgem (SS.). li, 130 seg. - Vêr Maria.
Visitação de Maria. Aqui vêem-se os principias que devem
dirigir o sacerdote em suas relações com o próximo. Ili, 640 seg.
- O motivo destas relações é II caridade. Ili, 641. - Acompa
nha-as II humildade Ili, 643. - O seu fim é a salvaçiio das almas.
Ili, 644. - A humildade de Maria, formada na humildade de Je
sus. Ili, 643.
Visitas ao 55. Sacramento. Esta devoçiio é: cheia de opor
tunidade. Ili, 531 seg - Chei11 de doçura. Ili, 532. - Cheia de
ulilid11de. Ili, 533. - Foi sempre notável enr lodos os padres de
que Deus se tem servido p11r11 as grandes obras da su11 misericór
dia. Ili, 533 seg. - O que faz o bom sacerdote nas visil11s ao
55. Sacramento. 111, 534. - Escul11 11 J. Cristo, e fala com êle.
Ili, 534 seg. - Assidu'id11de do bom s11cerdole em visi!ar ao Senhor
no seu l11bernáculo. li, 586. - Seu zêlo em prop11gar esla devo
çiio. li, 587 seg.
Vocação. Grnça da vocação s11cerdol11l. 1, 60 seg. -- Vêr
Apõsfolos e Renovação.
Zêlo da glórí11 de Deus, primeiro dev�r do sacerdote. 1, 78
-seg. - Zêlo da salvação d,, próximo. 1, 79. - J. Cristo dá-nos
exemplo dêsle zêlo na eucaristia. l, 178 seg. - U1ilid11de do zêlo
sacerdotal. li, 276 seg. -Motivos do zêlo da salvaçiio das almas:
motivo de glória. li, 277. - Mo!ivo de caridade: para com Deus.
li, 278 - Para com o próximo. li, 179. - Molivo do próprio
inlerêsse. li, 280. - O sacerdote verdadeiramente zeloso é para
ludo e p11ra lodos. li, 31 7 �eR, -O verdadeiro zêlo é regulado e
prudenle. li, 318 seg. - O zêlo é simples n11 su11 prudênci11. li,
343. - Zêlo em l'lcçiio n11 conversão d11 Samaril11na. li, 360 seg.
- Tr11b11lho dêsle zêlo. 11, 361. - Bom sucesso dêsle zêlo. li,
363. -Zêlo generoso, prudente e sofredor de S. Fr11ncisco Xavier.
Ili, 129 seg.
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volume das « Meditações Sacerdotais•
aos trinta e um dias de Julho· de
mil novecentos e trinta e cinco na
--- •Tipografia Minerva• ---
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