O documento discute a crise de identidade da humanidade e como a ciência e filosofia falharam em resolver essa crise. Aponta que a única base verdadeira de identidade é a graça divina, que reconhece que todos são pecadores e dependem totalmente da misericórdia de Deus, não de suas próprias obras, para serem salvos.
O documento discute a crise de identidade da humanidade e como a ciência e filosofia falharam em resolver essa crise. Aponta que a única base verdadeira de identidade é a graça divina, que reconhece que todos são pecadores e dependem totalmente da misericórdia de Deus, não de suas próprias obras, para serem salvos.
O documento discute a crise de identidade da humanidade e como a ciência e filosofia falharam em resolver essa crise. Aponta que a única base verdadeira de identidade é a graça divina, que reconhece que todos são pecadores e dependem totalmente da misericórdia de Deus, não de suas próprias obras, para serem salvos.
de se encontrar em meio ao caos do mundo. A ciência, como um sistema do mundo, proclamou que não há Deus. A filosofia racionalista convenceu o homem que ele mesmo tem as respostas às suas perguntas. E o homem acreditou na ciência e na filosofia. E se perdeu. Surgiu então a psicologia para tentar remediar a crise de um ser que não sabe de onde veio e qual seu destino. Ela fracassou. O homem nunca esteve tão perturbado por conhecer a brevidade da vida e não saber o porquê de sua existência. Ele luta para se esquecer dessa realidade que lhe desafia sem trégua.
Se seu sonho é sua identidade, ele se tornará um pesadelo, um
opressor. Você não terá capacidade de conviver com a perda dele. Você se tornará um refém dele e ele exercerá um domínio opressor sobre você. Ele pode ser a base de sua identidade e de um temido pesadelo.
O homem viciado em aprovação não suportará a censura, a injustiça, a
ingratidão, a indiferença ou o fracasso. Ele se sente em um palco a espera dos aplausos. Sua identidade não deve ser quem você é, mas de quem você é, a quem você pertence. Você não pode se autovalidar ou buscar algum outro homem que lhe valide. São bases insustentáveis de identidade.
Os discípulos de Jesus o seguiram inicialmente muito mais pela
perspectiva de um reino terreno triunfante do que um reino espiritual. Eles viram em Jesus a realização de seus sonhos nacionalistas. No seu cárcere, João Batista, o precursor de Cristo, mandou seus discípulos perguntarem ao Mestre: “És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?” (Lucas 7:20). Ou seja, João Batista quis dizer: “Bem, se Tu não fores a pessoa mais adequada às minhas expectativas, eu poderia colocar minha esperança em outra pessoa mais adequada com elas?”.
Jesus disse: “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”
(João 8:36). Se Jesus for a base de nossa identidade, temos a verdadeira liberdade. Escaparemos da cilada da busca de identidade nas realizações pessoais. Mas essa liberdade é assustadora para o homem perdido que se ofende com a mensagem de renúncia, negar- se a si mesmo, perdoar incondicionalmente, não amar os primeiros lugares, desejar servir no lugar de ser servido, humilhar-se e de fugir das ambições mundanas e buscar as celestiais. A graça divina deve ser a base de nossa identidade. Ela começa dizendo que “todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam” (Isaías 64:6). Diz também que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23). E que a única recompensa que merecemos é a morte, o salário do pecado (Romanos 6:23). A condição natural do homem é a morte (Efésios 2:1) e seu destino é a segunda morte, ou seja, o lago de fogo (Apocalipse 20:13-14).
É assim que Deus vê todos os homens. Não há mérito algum na
humanidade. Não temos nenhuma posição relevante a ser defendida. Todo o reconhecimento humano que buscamos nesta terra é fruto de estúpidos equívocos de um coração mergulhado nas trevas. Essa busca nos prende em grilhões aterrorizantes, rouba-nos a paz e nos faz caminhar por uma estrada sombria e áspera. Essa pode ser uma realidade até mesmo na vida cristã. Podemos nos cercar de ambições ocultas de reconhecimento, uma obsessão que nos cega e nos faz lutar por nossa própria glória, ao mesmo tempo em que cremos enganosamente que estamos buscando a glória de Deus. A graça de Deus requereu o preço da justiça de Deus derramada sobre o Filho de Deus. A graça de Deus não quer dizer nada enquanto a temos como um conceito qualquer. Se tudo que temos dela são conceitos, ela servirá para nos endurecer mais e mais, tal como foi com tantos. A graça diz tudo quando ela se torna a base de nossa vida, a nossa identidade. Ela nos faz enxergar o tamanho estrondoso da nossa miséria e nos leva a orar como o publicano quebrantado, que nem conseguia olhar para o céu e dizia: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!” (Lucas 18:13).
A graça de Deus não consiste em completar o que o homem perdido
possui, mas esvaziá-lo de tudo para que a justiça lhe seja imputada de forma imerecida e misericordiosa. São os odres novos para o vinho novo (Lucas 5:37). É o vaso que o Oleiro quebra para construir um novo (Jeremias 18:4).