Você está na página 1de 5

Breve resumo de alguns pontos do movimento Adventista.

(Extraído do Livro
“religiões comparadas” de Antonio Rodrigues Siqueira. Editora Visão, 2009)

O adventismo surge em função da interpretação equivocada das profecias de Daniel,


em especial os capítulos 7, 8,9. Baseando-se nessa hermenêutica equivocada o
adventismo se erigiu sobre os seguintes pilares:

1- A purificação do santuário celestial em 1844


2- O início do juízo investigativo no céu em 1844
3- A contagem simbólica das 2.300 tardes e manhãs
4- A identificação do “chifre pequeno’ de Daniel 7 e 8 com Roma
5- A permanência de Cristo no lugar chamado “Santo” por dezoito séculos
6- A passagem de Cristo do lugar santo para o lugar santíssimo em 1844
7- O bode emissário como representante de satanás
8- Ellen White como profetisa da igreja
9- O cumprimento prático da lei
10- A guarda do sábado

O que pensam os adventistas sobre:

AS ESCRITURAS:

O Adventismo do Sétimo Dia considera os livros de Ellen White inspirados por Deus.
O livro O Grande Conflito é considerado uma obra-prima. Outras publicações dela são:
Vida de Jesus, Patriarcas e Profetas, Veredas de Cristo, O Desejado de Todas as Nações.

A Revista Adventista (fev. 1984, p.84) afirma:

Cremos que Ellen White foi inspirada pelo Espírito


Santo, e seus escritos, o produto dessa
inspiração, têm aplicação e autoridade especial
para os Adventistas do Sétimo Dia. Negamos que
a qualidade ou grau de inspiração dos escritos de
Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas
escrituras sagradas.

O adventismo possui uma brochura intitulada “orientação profética do movimento


adventista” e nesta obra consta que “pouca atenção tem sido dada a Bíblia, e o
Senhor nos deu uma luz menor para guiar homens e mulheres para uma luz maior”.
Essa luz maior é a palavra da Srª White. É vedado ao fiel adventista o direito de
examinar ou duvidar das profecias de Ellen White. Segundo a profetisa em um dos
seus escritos (primeiros escritos, p. 258) “disse o meu anjo assistente: aí daquele que
mover um bloco ou mexer um alfinete dessas mensagens”.

As profecias da Srª White não subsistem a um exame acurado. Aqui apenas algumas
de suas inconsistências: Após a decepção de 1844, a Srª White anunciou a
fechamento da porta da graça de Deus ao mundo, anunciando que Deus nunca mais
agiria em graça salvadora no mundo. A Sra. White escreveu em uma de suas profecias
“que o irmão negro se case com uma irmã negra que seja digna, que ame a Deus e
guarde os seus mandamentos. Que a irmã branca que pensa em unir-se em
matrimônio com um irmão negro, se recuse a dar esse passo, pois o senhor não está
dirigindo nessa direção. (mensagens escolhidas I, p.344). A Sra. White previu uma
guerra armada entre a Inglaterra e os Estados Unidos, segundo ela “quando o
Inglaterra declarar guerra, todas as nações terão o seu próprio interesse em acudir,
e haverá uma guerra geral” (testemunhos, volume I). As afirmações da profetisa são
claras, e mesmo que tentem alegar que ela não profetizou essa guerra, suas palavras
falam mais que os argumentos na tentativa de dissuadir.

A Igreja Adventista arroga para si o título de a igreja remanescente, porque segundo


eles a igreja possui o dom da profecia na pessoa da Sra. White, profecias essas que se
mostraram falsas.

JESUS:

Para o adventismo Jesus e o Arcanjo Miguel são a mesma pessoa. Ele Possui natureza
pecaminosa, não concluiu a obra de Redenção na cruz. Nesse momento ele está
fazendo o juízo investigativo.

Antes que se complete a obra de Cristo para a


redenção do homem, há também uma expiação
para tirar o pecado do santuário. Este é o serviço
iniciado quando terminaram os 2.300 dias.
Naquela ocasião, conforme fora predito pelo
profeta Daniel, nosso sumo sacerdote entrou no
lugar santíssimo para efetuar a última parte de
sua solene obra – purificar o santuário. (WHITE,
1981, p.420)

A justificativa dos Adventistas para a não vinda de Cristo em 1844, como fora previsto
é que Jesus entrou no santuário para purificá-lo ao invés de vir a terra.

Para os adventistas, Jesus ainda não concluiu a sua obra redentora, contrariando
claramente os preceitos bíblicos que ensinam explicitamente que a obra de Cristo
não está incompleta. Hebreus 1.3; 9.24-28 afirma categoricamente que ao subir aos
céus a obra de Cristo estava definitivamente realizada. O mesmo livro de Hebreus
(6.19,20; 7.23-28; 8.1,2; 9.1-14) declara que Cristo já entrou no santo dos santos, e o
livro que foi escrito por volta de 63 d.C., já trata esse assunto como passado.

Advindo dessa teoria os adventistas colocam a obra da redenção não apenas como
incompleta, mas atribuem a participação de satanás na obra redentora dos homens.
Eles afirmam que os dois bodes (Levíticos 16.5,10) apresentados para a expiação dos
pecados são a representação de Cristo e satanás. O livro “O Ritual do santuário” traz
a seguinte declaração:

Quando, portanto, os dois bodes eram postos


perante o Senhor no dia da expiação,
representavam Cristo e Satanás. ... Satanás não
somente arrastou o peso e o castigo de seus
próprios pecados, mas também dos pecados da
hoste dos remidos, os quais foram colocados
sobre ele, e também deve sofrer pela ruína de
almas por ele causada. (Ritual do Santuário, p. 168
e 315)

No centro desta afirmação está o ensinamento de que somos livres de nossos


pecados pela ação de satanás e não de Cristo. O ensinamento de Levíticos é que da
congregação de Israel Arão tomaria dois bodes para a oferta pelo pecado. Os dois
bodes seriam então levados perante o Senhor. Diante da porta da tenda da
congregação, Arão deveria lançar sorte para definir um bode para oferta ao Senhor
e outro para ser o bode emissário. O bode sobre qual cair a sorte de oferta ao Senhor
será oferecido em oferta pelo pecado, mas o bode que cair a sorte para bode
emissário será apresentado vivo perante o Senhor, para fazer expiação por meio dele
e enviá-lo ao deserto como bode emissário.

Compreendemos do texto de Levíticos, que o sacrifício é completo com os dois


bodes, enquanto o expiatório fazia a expiação dos pecados, o emissário afasta o
pecado do arraial. “Uma vez que a morte do primeiro bode efetuou a plena redenção
dos pecados, a maldição a eles devida foi removida, afastada e isso de modo a não
mais retornar”. (Rinaldi e Romeiro, 1996, p.17). A doutrina adventista coloca os
nossos pecados sobre satanás, fazendo dele corredentor da humanidade. O salvador
é o diabo e não Cristo. É assim que entende a doutrina da redenção a profetisa
adventista Ellen White:

Como o sacerdote, ao remover dos santuários os


pecados, confessava-os sobre a cabeça do bode
emissário, semelhantemente Cristo porá esses
pecados sobre satanás, originador e instigador do
pecado. Quando Cristo, pelo mérito do seu
próprio sangue, remover do santuário celestial os
pecados do seu povo, ao encerrar-se o seu
ministério, ele os colocará sobre satanás que, na
execução do juízo, deverá arrostar a pena final.
(WHITE, 1981, p. 489)

As afirmações de White podem ser assim sintetizadas:

i. Os pecados dos crentes estão no santuário celestial


aguardando a finalização da obra redentora de Cristo,
portanto nada de perdão de pecados.
ii. Estes pecados serão transferidos para satanás e passam
a pertencer a ele. Nesse caso é o diabo que assume os
pecados da humanidade.
iii. No final, quando satanás for destruído, os pecados que
estão com ele também serão aniquilados, sendo assim o
grande vencedor é satanás que acabou com o pecado.
Os adventistas negam a salvação em Cristo Jesus, diminuem a obra realizada por
Cristo na cruz do calvário. Para os adventistas há pecados perdoados, mas não
extirpados. Satanás arcará com os pecados dos crentes e quando for aniquilado, os
pecados serão cancelados. Guarda do Sábado é essencial à salvação.

Você também pode gostar