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PANORÂMA BÍBLICO
¹ Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em
breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu
servo João,
² o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo, quanto a tudo o que viu.
CONTEXTO DO LIVRO
¹ Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas
que em breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao
seu servo João,
O título do livro vem da primeira palavra do livro: a palavra revelação no grego quer
dizer apocalipse. Esta palavra grega APOCALIPSE significa DESVENDAR, DESCORTINAR,
REVELAR. Esse livro são revelações de Jesus Cristo. O livro é o descortinar do que aconteceu no
passado, do que ocorre no presente; e do que acontecerá no futuro. Essas revelações foram
dadas por Deus a Jesus Cristo, e foram enviadas por Seu anjo ao apóstolo João – o autor do
Apocalipse.
Tito Flávio Domiciano era o imperador no período em que João escreveu o livro do
Apocalipse, aproximadamente 95 d. C., na ilha de Patmos, onde foi sentenciado ao exílio.
Domiciano era considerado o segundo Nero, imperador que antecedeu Domiciano, Tito
também era conhecido como Nero redivivo (Nero ressuscitado), essa comparação entre os
dois imperadores se dava porque Tito era tão facínora e perverso quanto Nero. Domiciano foi
o primeiro imperador a auto intitular-se deus além de exigir do povo adoração.
Os fatos narrados no livro do Apocalipse não são sobre um futuro distante, mas esses
fatos são referentes aos acontecimentos que ocorrem desde a primeira até a segunda vinda de
Cristo. A interpretação do Livro deve ser feita de forma alegórica e não literal.
Preterista – O livro do Apocalipse foi escrito apenas para a igreja primitiva. O livro
aponta apenas para o passado. Apocalipse 1 até o capítulo 22 serviram somente para a igreja
do primeiro século, que era perseguida pelo império romano, pois estava sob o governo deste
império.
O império romano era a besta que emerge do mar (Apocalipse 13); a classe sacerdotal
representava o falso profeta – a besta que emerge da terra.
Então, tudo se cumpriu com a igreja do primeiro século, portanto, não tem mais
serventia para a igreja do presente, e menos ainda para os crentes do futuro.
Histórico espiritual – Defendem que o Apocalipse foi escrito para todos os períodos: foi
escrito para as pessoas do passado – a igreja primitiva, foi escrito para o público atual – a igreja
do presente, nós; e foi escrito também para o futuro, coisas que ainda irão acontecer.
O Apocalipse fala do passado, fatos que acontecem desde a vinda de Cristo, a primeira
vinda; o Apocalipse fala também de fatos do presente: os cavaleiros do apocalipse, as
trombetas de Deus, já estão vigentes, já estão se cumprindo parcialmente. O Apocalipse fala
do futuro, a segunda vinda de Cristo, fatos que ainda não aconteceram, pois vemos que Jesus
ainda não voltou.
CORRENTES ESCATOLÓGICAS
Pós-milenismo – Acredita que o milênio começa com a ressurreição de Jesus, mas tem
que se consumar na história antes da volta de Cristo. Essa corrente acredita que o milênio é
literal.
O século XVIII foi considerado o século das missões, muitos missionários espalharam-
se por todo o mundo e muitas conversões aconteceram de tal forma que eles acreditavam que
aquele era o momento que o mundo inteiro iria ser alcançado, e por isso havia chegado o
tempo do fim e que Jesus voltaria naqueles dias. Mas estavam enganados. Depois do século
deles –séc. XVIII – ainda ocorreu duas guerras mundiais, a apostasia – o esfriamento da igreja,
e, hoje, a Europa é um continente pós-cristão, o que tem hoje na Europa são dead churches –
igrejas mortas. Então, os pós-milenistas estavam e estão errados, porque o que precederá o
fim não será um avivamento. Segundo 2Ts 2:3, a Bíblia diz que a volta de Jesus não acontecerá
sem que primeiro venha a apostasia. Os pós-milenistas acreditam que os tempos seriam
melhores dada a aproximação da volta de Jesus, mas tanto 2Tm quanto Ap. descrevem o fim
dos tempos como tempos terríveis.
Pré-milenismo histórico – Crer em uma única volta de Jesus e, após essa segunda
vinda, começa o milênio.
Cristo ainda não reina, Cristo ainda não está assentado no trono de Davi, porque essas
coisas só acontecerão no milênio.
²⁰ Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes
respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência.
²¹ Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós.
Lucas 17:20,21
Então, quando Jesus morre e ressuscita no terceiro dia, Ele reconstrói o templo,
quando ele sobe aos céus, Ele já está assentado no trono, não é um trono humano, é um trono
no céu; o Reino já chegou, Cristo já reina e Cristo já está sentado no trono de Davi agora.
Portanto, já vivemos o milênio.
Para o dispensacionalismo Jesus tem dois povos: judeus e gentios – duas noivas. Eles
entendem que Israel é a figueira (Mt 24), Israel é o relógio do mundo. Quando Jesus voltar ele
vai arrebatar a igreja antes da grande tribulação e os judeus ficarão.
Mas segundo a Bíblia Jesus não tem duas esposas, não tem dois povos, não tem duas
igrejas, a igreja do Senhor, o povo do Senhor é só um, constituído de judeus e gentios. No A. T.
a igreja era só uma, com maioria de judeus, mas havia alguns judeus prosélitos que entravam;
no N. T. a igreja continua sendo apenas uma, agora, com maioria de gentios, todavia alguns
judeus entram. Então, não existem dois povos, mas apenas um; não há profecia para dois
povos – o povo da Fé, porque a Bíblia diz que em Abraão seriam benditas todas as famílias da
terra. Sendo assim, o povo, a igreja de Deus, é formada por todo aquele que crer (fé).
²⁹ Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua
claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados.
³¹ E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus
escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus. Mateus 24:29-31
Esse entendimento é arriscado porque transmite a ideia de que haverá salvação depois
da vinda de Cristo: um cristão que morrer pelo nome de Jesus durante a grande tribulação será
salvo, mas a Bíblia não apresenta essa garantia. A morte de Jesus na cruz é o ato que salva o
seu povo, a sua igreja, da ira de Deus, a Bíblia garante que toda o que crer será salvo. Sendo
assim, a salvação não é por mérito próprio - obras humanas, mas por Cristo.
Amilenismo –
A interpretação do livro não é literal, mas simbólica: o registro deste livro é feito com
símbolos, sinais, nomes, números, cores, criaturas com intuito de comunicar uma mensagem.
A volta de Jesus e o arrebatamento são eventos únicos e isso ocorre após a grande
tribulação:
O livro do Apocalipse não é cronológico, não é linear, o livro conta e reconta a mesma
história – a visão, sete vezes. São sete ciclos que vão da primeira a segunda vinda de Cristo, a
visão é contada e recontada de ângulos diferentes.
FIDEDIGNIDADE DE APOCALIPSE
O Cordeiro vencedor que toma na mão o Livro e desata os seus sete selos. Isso significa
a história do mundo nas mãos de Cristo. Essa sessão tratará da vitória de Cristo sobre seus
inimigos, a vitória de Cristo na cruz, a sua ascensão aos céus e a sua coroação. (Ap 5: 5-7)
A figura das sete trombetas aparece quando o Cordeiro desata o sétimo selo. A história
é contada novamente: redenção, juízo final, a volta de Cristo. As sete trombetas representam a
punição de Deus para esse mundo, todavia elas são juízos parciais, não o despejo da ira total
de Deus, por isso, nessa sessão, esses juízos afetam um terço de cada coisa. Essas trombetas
podem ser entendidas como advertências de Deus.
Essa sessão apresenta a verdadeira batalha espiritual entre satanás e o povo de Deus.
A mulher representa Israel que iria gerar Cristo o messias salvador, o dragão é satanás
que quer matar o Filho de Deus: isso pode ser visto em Herodes que manda matar todos os
meninos de zero a dois anos de idade, pois queria matar Jesus. Então o dragão chama dois
aliados: a besta que surge do mar – poder político e militar; e a besta que surge da terra –
poder religioso, para perseguir, agora, a “descendência” da mulher que é a igreja de Cristo.
A última sessão trata sobre o juízo final, novos céus e nova terra, a história, mais uma
vez, sendo recontada, período entre a primeira e segunda vinda de Cristo.