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A Segunda Vinda de Cristo, o que é e

como ocorrerá?

A segunda vinda de Cristo a esta terra é um dos acontecimentos


mais importantes mencionados em toda a Bíblia. Apenas o Novo
Testamento inclui 321 referências a este impressionante
acontecimento, tornando o a segunda mais proeminente doutrina
apresentada nas Escrituras, depois da própria salvação.

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO NA BÍBLIA

Enoque foi o primeiro profeta a mencionar a segunda vinda de Cristo,


conforme registrado em Judas 14-15.

A segunda vinda de Cristo está em toda escritura. Em muitos dos


salmos, nas mensagens dos profetas e apóstolos. E, o próprio Senhor,
falava dela.
O Novo Testamento ensina-a em um dentre cada trinta versículos, e
em todos os capítulos de 1 e 2 Tessalonicenses, os primeiros livros
escritos para a Igreja Primitiva.

Além disso, todos os nove autores do Novo Testamento a mencionam


em 23 de seus 27 livros.

Deus tem um grande interesse que sua Igreja saiba da segunda vinda
de Cristo.

Diversas doutrinas essenciais da Bíblia são absolutamente


dependentes da segunda vinda de Cristo.

Por exemplo, a ressurreição dos mortos só ocorrerá quando Jesus


voltar outra vez.

Da mesma maneira, a vitória de Cristo sobre Satanás não poderá ser


completa até que Ele retome.

E, o mais importante, sua palavra se confirmará. Pois, Deus não pode


mentir. João 14-3 cita Jesus dizendo: “Virei outra vez”.

Portanto, a segunda vinda de Cristo não somente é uma certeza,


mas, uma necessidade doutrinária.

DISTINÇÃO ENTRE A PRIMEIRA E A SEGUNDA


VINDA DE CRISTO

O fato de a primeira e a segunda vinda de Cristo serem interpretados


como um só evento, explica por que tantos judeus não aceitaram
Jesus como seu Messias há dois mil anos.

Pois, as promessas de Cristo vencer o mundo, estabelecer o seu reino


na terra, foram equivocadamente aplicadas à primeira vinda de Cristo.
Portanto, a principal razão por que muitos o rejeitaram não foi porque
Ele operasse milagres incríveis e fosse o maior Mestre que já viveu,
mas sim que o povo desejava que Ele libertasse Israel dos grilhões de
seus opressores romanos,
e assim não perceberam que as profecias relativas ao futuro reino
referiam-se à sua segunda vinda, não à primeira.

O propósito da primeira vinda era sofrer pelos pecadores, morrer sobre


a cruz e ressuscitar outra vez, sem isto não haveria vida eterna.

Nós, que vivem os na era da Igreja, temos o benefício de olhar para


trás e determinar quais profecias se cumpriram na primeira vinda, e
quais ainda se cumprirão na segunda.

AS DUAS FASES DA SEGUNDA VINDA DE


CRISTO

O Arrebatamento

A primeira vinda de Cristo pode ser dividida em fases: nascimento,


ministério, morte, ressurreição e ascensão.

Da mesma fora, só podemos compreender a segunda vinda de


Cristo se percebermos que esta também possui fases
distintas.

As muitas referências à segunda vinda revelam que não se trata


apenas de um evento singular.
A primeira fase envolve o arrebatamento da Igreja: consiste em nosso
Senhor vir do céu, nos ares, para levar todos
os crentes à casa de seu Pai, como prometeu em João 14-1-3.

As inúmeras referências a este magnífico evento incluem as


descrições do apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 15.50-58
e em 1 Tessalonicenses 4-13-18.

“O mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo,


e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados
juntam ente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e
assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolativos uns
aos outros com estas palavras” (1 Tessalonicenses 4.16-18).

O Retorno

Outra fase da segunda vinda de Cristo é conhecida como a


“manifestação gloriosa” (Tt 2.13), e é descrita em
detalhes em Apocalipse 19.11-20.

Este evento que envolve o retorno de Cristo à terra com os seus


santos para estabelecer o reino acontece no final dos sete anos da
Tribulação.

O ARREBATAMENTO E O RETORNO

Os problemas surgem quando teólogos tentam eliminar as fases


da segunda vinda de Cristo colocando tanto o arrebatamento quanto
a “manifestação gloriosa” no final do período da Tribulação, visão
conhecida com o “interpretação pós-tribulacional do arrebatamento”.
Neste cenário, os crentes terão de vivenciar os horrores da Tribulação.

Para sustentar esta opinião, é necessário deixar de espiritualizar, ou


simplesmente ignorar, diversas passagens das Escrituras.

Mas um estudo cuidadoso de todas as referências bíblicas


relacionadas à segunda vinda claramente mostra que o arrebatamento
e a manifestação da glória são duas fases distintas.

Compare as seguintes diferenças (este mesmo quadro aparece


anteriormente, no artigo “Manifestação Gloriosa”):

RAZÕES PARA RECONHECER UMA SEGUNDA


VINDA EM DUAS FASES

Protegidos da Ira de Deus

A segunda vinda de Cristo pode ser melhor interpretada como


abrangendo todo o período de sete anos e múltiplos eventos que
incluem o arrebatamento, a Tribulação e a manifestação gloriosa.

O arrebatamento demonstra de maneira notável a incrível misericórdia


de Deus pelos crentes.

Ele prometeu que a Igreja de Jesus Cristo não terá de passar pela
Tribulação, razão por que a Bíblia chama o arrebatamento de “bem-
aventurada esperança” (Tt 2.13), Com o 1 Tessalonicenses 1.10 diz,
nós esperamos “dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos,
a saber, Jesus, que nos livra da ira futura”.
Portanto, o contexto deste versículo aponta para o arrebatamento, e a
“ira futura” é a Tribulação.

Com o o próprio Jesus promete, em Apocalipse 3.10:

“Também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo


o mundo, para tentar os que habitam na terra”.

1 Tessalonicenses 5.9 contém outra indicação de que o crente não


passará pela Tribulação:

“Deus não nos destinou


para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus
Cristo”.

Mais uma vez, o contexto deste capítulo é o arrebatamento.

De maneira similar, a descrição da Tribulação em Apocalipse 4-18 não


menciona a Igreja nem uma única vez.

Por quê? Porque a Igreja será, em segurança, arrebatada, antes do


início dos horrores da Tribulação, descritos nas Escrituras como a ira
do Cordeiro (Ap 6), e a ira de Deus Pai (Ap 16).

A Explosão Populacional Milenar

Outra razão por que é impossível que o arrebatamento ocorra no final


da Tribulação é que ele não deixaria crentes sobre a terra, em corpos
naturais, que pudessem povoar o reino milenar.

Todos os participantes do arrebatamento estarão com os corpos


glorificados, e não mais estarão envolvidos na procriação (Mt 22.30).
E Mateus 25,41 indica que todos os incrédulos serão enviados ao
“fogo eterno”.

Sendo assim, não sobrará ninguém com um corpo natural para entrar
no reino milenar.

Mas nós sabemos, a partir de inúmeras passagens do Antigo


Testamento, assim como a de Apocalipse 20.7-10, que haverá uma
grande explosão populacional durante o Milênio.

De onde vêm essas pessoas?

Aqueles que se tornarem crentes durante a Tribulação (graças à


pregação dos 144-000 judeus e das duas testemunhas) e
sobreviverem ao fim são os que irão repovoar a terra.

Estas pessoas não serão arrebatadas no final da Tribulação em algum


tipo de arrebatamento pós-tribulacional,
mas entrarão no reino milenar de Cristo em seus corpos naturais.

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