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Escatologia

“Escatologia” é uma palavra de origem grega. É composta por duas palavras:


ESKHATOS, que quer dizer “último”, e Logos, “doutrina, tratado”. Então,
escatologia é o tratado ou a doutrina sobre as últimas coisas.

I ntrodução: A Escatologia é um dos temas mais tratados na Bíblia. Sua


importância despertava agudo interesse na igreja primitiva. Em toda a Bíblia,
tanto no Antigo como no Novo Testamento, o assunto é retratado de forma
relevante e intensa. O foco central, o âmago, o coração da Escatologia é A
Segunda Vinda de Cristo. Como o próprio termo denota a Escatologia não trata
de toda a história do homem, mas focaliza e direciona o estudo para os
acontecimentos finais da história humana e o estado eterno. Existem varias
correntes de interpretação Escatologia. As principais são:

Pré-tribulacionismo
Creem que a igreja será arrebatada antes da grande tribulação. Jesus virá não só
uma vez, mas duas vezes, primeiro para arrebatar a Igreja, e sete anos depois,
para estabelecer o Milênio. Quando Jesus voltar para arrebatar a Igreja
secretamente, ocorrerá, a primeira ressurreição. Os verdadeiros crentes, ainda em
vida, serão momentaneamente transformados e, juntamente com os ressuscitados,
todos eles, então com corpos incorruptíveis serão arrebatados para se encontrar
com Cristo, escapando assim da grande tribulação.
Pós-tribulacionismo
Creem que a igreja passará pela grande tribulação, e o arrebatamento da Igreja se
dará depois da Grande Tribulação. Creem que não a intervalo de tempo entre o
arrebatamento e a segunda vinda. Creem que haverá uma tribulação global de
sete anos antes da volta de Cristo e que os salvos serão “arrebatados” no final
dessa grande tribulação, por ocasião da segunda vinda de Cristo.
Meso-tribulacionismo
Esta corrente escatológica entende que na tribulação, a ultima semana de anos
que profetizou o profeta Daniel, a Igreja de Cristo passará o primeiro período de
três anos e meio, chamado também de principio de dores aqui na terra, sendo
arrebatada ao fim deste período, quando o Espirito Santo deixará seu papel de
retentor do mau e subirá conduzindo  a igreja ao céu, deixando na terra o
caminho livre para o anticristo.
A visão do curso é: Futurística; pré-tribulacionista; pré-mileniarista; e
dispensacionalista. Por esse grande motivo daremos ênfase ao pré-
tribulacionismo.

Pré-tribulacionismo

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Cremos que o arrebatamento é antecedido pelo o princípio das dores, Cristo
voltara duas vezes. Na primeira ele voltara ocultamente para o mundo e
visivelmente para Igreja no chamado “Arrebatamento”. Após o arrebatamento a
terra passara pela fase da Grande Tribulação, e a grande tribulação encerrará
com a instauração do Milênio, onde Cristo reinará durante mil anos. E após o
milênio teremos o Julgamento Final.

Por quais motivos devo acreditar que o arrebatamento será antes da Grande
Tribulação?

Onde está a igreja durante os sete anos da Tribulação, conforme os capítulos 4-19
do Apocalipse? Se o pós-tribulacionismo estivesse correto, a igreja seria
mencionada como permanecendo na Terra, durante esse tempo.  Contudo, este
não é o quadro visto nos capítulos 4-19 do Livro do Apocalipse.

A igreja como um corpo unido não é mais vista, após os capítulos 1-3, até a
celebração da Ceia das Bodas do Cordeiro, quando Sua esposa já se aprontou. À
noiva foi dado ataviar-se com linho fino, puro e resplandecente, porque o linho
fino são as justiças dos santos (Apoc. 19:7-8). Agora ela é chamada a ”esposa de
Cristo”. Paulo usou a metáfora do marido e mulher, para descrever a relação de
Jesus Cristo com a igreja (Efésios 5:22-23). A esposa é vista como uma unidade
completa e definitiva no Céu, até mesmo antes da volta de Cristo, como REI, à
Terra. (Apoc. 19:11-16, conf. 19:7).
Não teria sentido, uma parte da esposa estar no Céu e a outra parte, na Terra.

A esposa também foi galardoada, antes da segunda vinda de Cristo à Terra. Sua
prestação de contas pode ser vista, no fato de que ela “já se aprontou” (Apoc.
19:7). Mesmo assim, crente nenhum merece qualquer recompensa pelo que tiver
feito pelo Senhor. Conferir-lhe um galardão demonstra a graça redentora; por
isso o texto diz: “E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e
resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.” (verso 8). Estas
justiças são imputadas aos crentes pela justiça de Cristo (Romanos 3:22; 4:22;
5:21). Desse modo, o julgamento no Tribunal de Cristo já terá acontecido, antes
de Sua volta à Terra. “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de
Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou
bem, ou mal.” (2 Coríntios 5:10). Isso comprova que a igreja terá sido arrebatada,
antes desse evento.

Em I CORÍNTIOS 15: 22-25 fala de um reino seguido ao retorno de Cristo.


A igreja não é designada à ira (1 Tessalonicenses 1:9-10, 5:9).

Em Lucas 21:34-36 temos outra base dado por Cristo da corrente pré-
tribulacionista.

Em Apocalipse 3:10 a palavra "igreja" aparece dezenove vezes nos três primeiros
capítulos de Revelação, mas, significativamente, a palavra não é usada

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novamente até o capítulo 22. Em outras palavras, em toda a longa descrição da
Tribulação de Apocalipse, a palavra igreja é visivelmente ausente. Na verdade, a
Bíblia nunca usa a palavra "igreja" em uma passagem relativa à Tribulação.
Se o pós-tribulacionismo e o meso-tribulacionismo tivesse a razão, Paulo não iria
pregar e esperar a volta de Jesus em seu tempo como mostra 1 tessa 4:17 “depois,
nós,...” “nós” observe que Paulo esperava Jesus no seu tempo. Se a Igreja
realmente fosse passar pela grande tribulação Paulo não iria esperar Jesus
naquele tempo, pois ele saberia que a Igreja teria que passar pela grande
tribulação e o Anticristo precisaria se manifestar.

Partindo desse pressuposto iremos dividir o nosso estudo Escatológico em 5


pontos:

1- O principio das dores:


O princípio das dores é o momento da história que precede a grande tribulação. É
o primeiro momento no tempo do fim. Por isso é tão importante conhecer bem o
tempo que vivemos e, neste sentido, estes capítulos nos livros de Mateus, Marcos
e Lucas são a chave para entendermos a relação entre a realidade e a completude
da vontade de Deus e da sua obra nestes dias.

A primeira característica deste período que podemos identificar é que "ainda não
é o fim" Mar. 13: 7. O Princípio das Dores é um prelúdio, uma série de
acontecimentos que indicará ao mundo que caminhamos para o tempo do fim.
Ainda não é o fim, mas é o último tempo nesta terra antes do período da Grande
Tribulação. Uma vez que este período é chegado, não haverá mais tempo para
fazer muitas coisas. Tudo que podemos fazer neste tempo é pregar o Evangelho
do Reino para que o fim venha ainda mais depressa.

Guerras, rumores de guerras e revoluções. Outra característica são as guerras


e rumores de guerras. Recentemente, vemos as incursões dos EUA no
Afeganistão (2001-2002) e Iraque (2003-2010) e a ofensiva de Israel contra a
Faixa de Gaza, este ano, matando milhares de pessoas.

"Haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas


espantosas e também grandes sinais do céu". Lucas 21:11.
Outra característica desta época são os grandes terremotos, as fomes, as
epidemias e muitas outras atrocidades. Destes pontos, o que mais tem me
chamado a atenção são os grandes terremotos. Dos 10 maiores terremotos da
história recente (desde o início do século XX), quatro foram registrados há
menos de 10 anos! Nestes está incluso o terremoto seguido por tsunami que
matou 240 mil pessoas nos países do Oceano Índico no ano 2004. Outro
terremoto que merece a nossa atenção é o terremoto no Japão de 2011. Este
terremoto, também seguido por tsunami, foi tão forte que dizem ter alterado o
eixo da terra e até mesmo encurtado o dia terrestre. Se estes não são grandes
terremotos, então não sei o que são. Apenas o texto de Lucas relata o fato das

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epidemias, mas é um ponto interessante de verificarmos. Hoje, o mundo vive um
surto de Ebola e o medo é visível em todos. Casos relatados na Europa e EUA
fazem com que o medo de uma epidemia mortal venha sobre nós a qualquer
momento. Mesmo no Brasil, o cuidado está sendo intensificado. Não me recordo,
na história recente, uma epidemia tão acompanhada e temida como esta. Sobre a
fome, apesar de conhecida, também podemos citar alguns dados atuais. Estima-se
que cerca de 1 bilhão de pessoas não tenha o que comer no mundo inteiro. Trata-
se de 14% da população mundial. Os motivos são vários, mas principalmente
políticos. A produção mundial de alimentos é suficiente para sanar toda a fome
do mundo, mas a distribuição da comida não é igualitária. Por esse motivo, temos
tantas pessoas sem ter o que comer. Enquanto a obesidade é um problema grave
de países como o EUA, a África sofre com a desnutrição e a fome.

A perseguição: "Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e vos


matarão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome" Mateus
24:9.

Todos os textos de Mateus 24, Marcos 13, e Lucas 21 citam que neste tempo
também haverá grande perseguição aos cristãos. Este é mais um sinal deste
tempo e certamente o mais visível para os cristãos ao redor do mundo. Sempre
houve perseguição aos cristãos em vários lugares do mundo, entretanto, a
tendência foi aumentada em muito nos últimos dias na Síria e norte do Iraque.
Para quem ainda não sabe sobre o que está ocorrendo nestes lugares, vai um
breve resumo. Um grupo jihadista chamado ISIS (do inglês) ou EI (Estado
Islâmico) tomou o controle da Síria e está assassinando cristãos que não negam
sua fé. Este grupo também está tomando o norte do Iraque, que é uma área
dominada pelos Curdos e várias minorias, inclusive milhares de cristãos, e está
realizando os mesmos atos de brutalidade e selvageria.

Na religião islâmica é ensinado a lutar contra os 'descrentes' e, em alguns lugares


do alcorão, até mesmo a assassinar aqueles que rejeitarem o Islã. No Alcorão á
passagens que citam expressamente para lutarem contra os cristãos e os judeus.

O mais interessante é o motivo da perseguição. Até onde eu entendi, o motivo é o


seguinte: o Islã é uma religião monoteísta e rechaça quaisquer religiões
politeístas. Sendo assim, nós estaríamos a salvo, correto? Errado! Eles entendem
que o nosso Deus, por ser uma Trindade, não é apenas um, mas vários. Por isso
eles consideram que nós, cristãos, somos politeístas.

A Pregação do Evangelho do Reino: "E será pregado este evangelho do reino por
todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim" Mateus
24:14.
A parte final do texto de Mateus fala sobre a pregação do evangelho do Reino.
Neste versículo, lemos que o evangelho do Reino será pregado por todo mundo e,
então, virá o fim. A palavra grega para “nações” aqui é “ethnos”, o que significa
que a palavra será pregada para testemunho a todas as etnias e nacionalidades

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antes do fim. Este é o único pré-requisito para chegarmos ao fim citado no texto.
A ideia que percebemos nesses textos é que o evangelho será pregado em todo o
mundo nesta época, e quando o evangelho finalmente chegar a todas as nações,
então chegaremos ao fim e Cristo voltará para buscar a sua Igreja! Maranata, ora
vem, Senhor Jesus!

2- O Arrebatamento.
 É versado claramente no texto de I Tessal. 4: 13-18 e no verso 17 a expressão
“arrebatamento” é a tradução do verbo grego “harpazo”, o qual tem significado
de agarrar para o alto ou puxar com força. O arrebatamento é comparado muitas
vezes ao caso de Enoque (Gênesis 5: 24) e de Elias (II Reis 2: 12), Jesus Cristo
também foi arrebatado ao céu conforme Atos 1: 9. O arrebatamento é definido
como um mistério (I Coríntios 15: 51-54) ao passo que a segunda vinda de Cristo
já é predita desde o A.T. (Zacarias 14:4; 12: 10). No arrebatamento há um
deslocamento da terra para o céu e na segunda vinda ocorre o inverso.
A seguir uma comparação entre os dois eventos.
ARREBATAMENTO SEGUNDA VINDA
Os santos arrebatados vão ao céu Os santos vêm à terra
Acontecimento iminente sem sinais Seguem sinais, inclusive a tribulação.
A terra não é julgada A terra é julgada
Não mencionado no A.T. Predito várias vezes no A.T
Envolvem apenas cristãos Afeta todos os homens
Nenhuma referência à Satanás Satanás é amarrado
Cristo vem para os Seus Cristo vem com os Seus
Ele vem nos ares Ele vem à terra
Somente os Seus o veem Todo olho O verá
Começa a Tribulação Começa o Milênio
Esses contrastes deixam claro a diferença entre o translado da Igreja e a volta do
Senhor Jesus, além disso lê-se em Apocalipse 19: 7,8 e 14 que a Igreja (Noiva) é
preparada para acompanhá-Lo em Sua volta à terra, pois como isso poderia
ocorrer se a Igreja estivesse aqui ?

PASSAGENS DO ARREBATAMENTO PASSAGENS DA SEGUNDA VINDA

Marcos 13:14-27 II Tess 2;1 Daniel 2:44-45 Atos 3:19-21


João 14:1-3 I Timóteo 8:14 Daniel 7:9-14 I Tess 3:13
Romanos 8:19 II Timóteo 4:1 Daniel 12:1-3 II Tess 1:6-10
I Corin. 1:7-8 II Timóteo 4:8 Zacarias 12:10 II Tess 2:8
I Cor 15:51-53 Tito 2:13 Zacarias 14:1-15 I Pe 4:12-13
I Corin 16:22 Hebreus 9:28 Mateus 13:41 II Pe 3:1-14
Filip 3:20-21 Tiago 5:7-9 Mateus 24:15-31 Judas 14-15
Filip 4:5 I Pe 1:7 e 13 Mateus 26:64 Apoc 19:11
Coloss 3:4 I Pe 5:4 Apoc 1:7 Apoc 20:6
I Tess 1:10 I João 2:28 Marcos 14:62
I Tess 2:19 I João 3:2 Lucas 21:25-28
I Tess 4:13-18 Judas 21 Apoc 22:7

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I Tess 5:9 Apoc 2:25 Apoc 22:12 e 20
I Tess 5:23 Apoc 3:10 Atos 1:9-11

Iremos nos conhecer nos céus? Quando a pequena criança de Davi morreu, ele
declarou: "Eu irei para ela, porém ela não voltará para mim" (2 Samuel 12:23).
Davi supôs que seria capaz de reconhecer o seu filho no Céu apesar de ele ter
morrido como um bebê. Em Lucas 16:19-31, Abraão, Lázaro e o homem rico
eram todos reconhecíveis após a morte. Se Jesus era reconhecível em seu corpo
glorificado, também seremos reconhecíveis em nossos corpos glorificados.
Vejamos outro verso: “Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e
tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus”. Mateus
8:11. Se iremos conhecer no Céu Abraão e Isaque e Jacó, é mais do que óbvio
que reconheceremos nossos queridos!

3- A Grande Tribulação

“Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo


até agora não tem havido e nem haverá jamais” (Mt 24.21).

A palavra “tribulação” significa literalmente “cumprir com força”, como se faz


com as uvas no lagar, ou com a cana de açúcar na moenda. A Grande Tribulação
é o período de maior angústia da história humana, em que os ímpios serão
obrigados a reconhecer quão terríveis é cair nas mãos do Deus vivo.
A Grande Tribulação é chamada na Bíblia como o “Dia do Senhor” o qual Deus
entrará em juízo com o mundo altivo, rebelde e impenitente que não ouviram e
nem obedeceram a Sua Palavra (Is 13.9-11; Ml 4.1).

Esta aflição, sem precedente na história, será universal. O castigo de Deus virá
sobre os moradores da terra, conforme descrito no livro de Apocalipse, do
capítulo 6 ao 19.

A palavra profética tem predito que virá uma Grande Tribulação sobre a face da
terra. O próprio Jesus falou muitas vezes sobre isto (Mt 24.31; Mc 13.39). O
profeta Daniel chamou aquele tempo de “um tempo de angústia” (Dn 12.1). Será
um tempo como nunca houve no universo. Em Lucas 21.25-26, lemos a respeito
da angústia das nações, e como os homens desmaiarão de terror. O profeta
Sofonias fala sobre as densas trevas que dominarão o tempo (Sf 1.14-18).

A grande tribulação é também chamada de:

1.    Dia do Senhor                              Sf 1.14.


2.    Ira do Cordeiro                            Ap 6.16.
3.    Ultima semana de Daniel             Dn 9.24-27.

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4.    Tempo de angústia de Jacó          Jr 30-7; Sf 1.15.
5.    Ira futura                                      1ª Ts 1.10; 5.9; Ap 6.16-17.
6.    Tempo de destruição                    1ª Ts 5.3.
7.    Tempo de Eclipse (escuridão)      Is 24.10-23; Am 5.18.
8.    Tempo de castigo                         Ez 20.37-38.
9.    Tempo de choro (pranto)             Am 5.16-17.
10.  Tempo de aflição                         Mt 24.21.
11.  Dilúvio de açoites                        Is 28.15-18.

A GRANDE TRIBULAÇÃO TERÁ A DURAÇÃO DE SETE ANOS

A Grande Tribulação será dividida em duas fases:


1ª Fase: Será três anos e meio de falsa paz que o Anticristo trará para o mundo,
neste período o mundo o receberá como grande solucionador dos problemas da
humanidade e será adorado como um deus.

2ª Fase: termina a falsa paz, e nos três anos e meio que faltam para completar os
7 anos. São três anos e meio de juízos onde o Jeová irá derramar as pragas do
Apocalipse sobre os homens e haverá pestilências em todo o mundo, fazendo
assim o Senhor estará frustrando o reinado do Anticristo, que a Bíblia chama de
Grande Tribulação.

A Grande Tribulação terá uma duração de sete anos com base nas referências de
Daniel 9.27, 7.25 e Apocalipse 12.6. Então esta duração abrange a meia semana,
três anos e meio, pois de acordo com Daniel 9.27, o Anticristo, o príncipe no qual
Israel então terá feito uma aliança, interromperá no meio da semana o serviço do
sacrifício. Daniel 12.7 diz: “...um tempo, dois tempos e metade de um tempo”.
No capítulo 7.25 é indicado de forma muito concreta a duração da grande
tribulação: “e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos
e metade de um tempo”. Em Apocalipse 12.6 fala-se de mil duzentos e sessenta
dias e em Apocalipse 13.5 de quarenta e dois meses. E notório que o apóstolo
João o qual igualmente descreve estes três anos e meio usa as mesmas expressões
de Daniel. Em Apocalipse lemos: “...um tempo, dois tempos e metade de um
tempo”.

No estudo sobre as setenta semanas de Daniel, podemos verificar que a última


semana que equivale o período de sete anos que ainda não se cumpriu e é
exatamente a Grande Tribulação que terá uma duração de sete anos, divididos em
duas partes de três anos e meio.

 Mil duzentos e sessenta dias – Ap 11.1; 12.6.


 Quarenta e dois meses – Ap 13.5.
 Tempo e tempo e metade de um tempo – Ap 12.14.

A Escritura, entretanto indica toda a 70ª semana como a grande tribulação porque
a primeira é preenchida pela sedução de Israel por parte do Anticristo. Eles o
aceitarão como o Messias (Jo 5.43). Perfazem assim o período profético de 7

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anos de Grande Tribulação. Quanto ao Anticristo, a leitura atenta dos textos que
o mencionam deixamos claro tratar-se de uma personalidade real, porque ele é
chamado de “homem do pecado” e “filho da perdição”, e em Daniel de “o
assolador” (2ª Ts 2.3; Dn 9.27).

1. A primeira fase da Grande Tribulação.

A primeira fase da Grande Tribulação que são três anos e meio terá os seguintes
acontecimentos:

A.  Israel terá pleno domínio de Jerusalém (Dn 9.24).


B. Israel fará acordo com o Anticristo por sete anos (Dn 9.27; Jo 5.43; Is 28.15
18). 
C. Israel irá construir o templo derrubado por Roma em 70 d.C. (2ª Ts 2.4).
D. O livro com os sete selos serão abertos (Ap 5.1-14).
E.  As duas testemunhas darão as suas profecias (Ap 11.1-12).

2. A segunda parte da Grande Tribulação.

A.  Israel é invadida pelo Anticristo (Ap 12.6).


B. O Anticristo sentará no templo exigindo adoração (2ª Ts 2.3-4; Dn 9.27. Jo 5.43;
Is 28.15-18).
C.  As duas bestas (O falso profeta e o Anticristo) (Ap 13).
D. As sete pragas (Ap 15 e 16).
E.   A batalha do Amargedom (as nações contra Israel) (Zc 14.12-13; Ap 19.19).
F.  O espírito do demônio controlará os reis da terra (Ap 16.13-14).
G. Os reis do oriente marcham rumo a Israel (Ap 16.12-16).
H. Uma chuva de meteoro de até um talento que equivale a 34 quilos (Ap 16.21; Mt
24.29).
I.  As sete trombetas do juízo de Deus (Ap 8.2-12; 9.1-13; 11.15).
J.   A Volta de Cristo com Seus santos para livrar Israel (Ap 19.11-26; 1.7;
Judas 1.14; Mt 24.30-31).

QUANDO TERÁ INÍCIO A GRANDE TRIBULAÇÃO

A Bíblia é clara a respeito da Grande Tribulação, que terá início:

1.      Será a última semana de Daniel.


“E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e na metade da semana,
fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o
assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado
sobre o assolador” (Dn 9.27).

A primeira metade da semana será marcada pelo reinado absoluto do Anticristo


que, fará um concerto com Israel em Jerusalém e será aceito tanto pelos judeus
quanto pelos gentios. Aqueles terão como o seu messias.

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A segunda metade será ocupada pela Grande Tribulação propriamente dita: “Pois
que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina
destruição, como as dores de parto aquela que está grávida; e de modo nenhum
escaparão” (1ª Ts 5.3).

Na primeira fase da Grande Tribulação (três anos e meio), Israel rompe a aliança
com o Anticristo, o seu tratado é quebrado e interrompe o sacrifício no templo
(Dn 9.27).

O Anticristo vai declarar-se deus, apoderar-se-á do templo em Jerusalém e


proibirá adoração ao Senhor (2ª Ts 2.4) e assolará a Palestina.

Israel será o único país no mundo que rompera o concerto com o Anticristo, e
nenhum judeu receberá a marca do Anticristo. Diante deste acontecimento, o
Anticristo se preparará para reunir as nações com soldados no grande vale do
Amargedom para destruir por completo Israel, mas o seu intento só acontecerá no
final da Grande Tribulação (Ap 16.16). Então o Anticristo terá um prazo de três
anos e meio para concretizar o seu mal intento contra os filhos de Deus (Dn
7.25).

Quando Israel romper a aliança com o Anticristo, Deus no céu abre as portas de
um cataclismo mundial. Porque o Senhor enviará o seu juízo sobre a terra aos
que ficarem.

O Apocalipse mostra-nos quão difíceis serão estes dias para os que estiverem
aqui na terra, o Senhor derramará pragas e pestilências, um grande e terrível
cálice de dor, de angústia e sofrimento sobre os homens que rejeitaram a Sua
Palavra e não aceitaram a Jesus como Salvador.

1. A Grande Tribulação será para os judeus que não aceitarão a


Cristo.
O Julgamento de Israel dar-se-á após o arrebatamento da Igreja de Cristo. Israel
será julgado, repreendido pelo Senhor por ter rejeitado a Jesus como Messias e
Salvador.

Este julgamento o Senhor chama de angustia de Jacó:

“E estas são as palavras que disse o SENHOR acerca de Israel e de Judá. Assim
diz o SENHOR: Ouvimos uma voz de tremor, de temor, mas não de paz.
Perguntai, pois, e vede se um homem tem dores de parto. Por que, pois, vejo a
cada homem com as mãos sobre os ombros, como a que está dando à luz? E por
que se tem tornado macilentos todos os rostos? Ah! Porque aquele dia tão grande,
que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém,
será salvo dela. Porque será naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, que Eu
quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço e quebrarei as tuas ataduras; e nunca

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mais se servirão dele os estranhos. Mas servirão ao SENHOR, Seu Deus, como
também a Davi, seu rei, que lhes levantarei”(Jr 30.4-9).

Nesta passagem o profeta Jeremias fala de um tempo ainda futuro quando grande
angústia ou tribulação virá sobre todo o Israel, que é simbolicamente denominado
de “Jacó”. É melhor interpretar este tempo de angústia como algo que ainda é
futuro para Israel - um tempo conhecido como a septuagésima semana de Daniel
ou a Tribulação. O expositor bíblico e estudioso de profecia Dr. Charles H. Dyer
escreve sobre essa passagem e seu significado:

A que “tempo de angústia” Jeremias está se referindo? Alguns acham que ele
está indicando a derrota de Judá pela Babilônia ou a derrota posterior da
Babilônia pela Medo-Pérsia. Mas, em ambos estes períodos o Reino do Norte,
Israel, não foi afetado. Ele já tinha sido levado ao cativeiro em 722 a.C. Uma
solução melhor é que Jeremias está referindo-se a um período de tribulação
futuro quando o remanescente de Israel e Judá sofrerá uma perseguição
incomparável (Dn 9.27; 12.1; Mt 24.15-22). O período terminará quando Cristo
aparecer para resgatar os Seus eleitos (Rm 11.26) e estabelecer Seu reino (Mt
24.30-31; 25.31-46; Ap 19.11-21; 20.4-6).

Portanto, o tempo de angústia para Jacó enfatiza o aspecto da Tribulação futura


que expressa a dificuldade pela qual os judeus ou descendentes de Jacó passarão
durante este período.

A nação de Israel goza duma relação especial com Deus em razão do pacto com
eles, por Ele ter escolhido esta nação como testemunho entre as nações da terra
(Is 43.10; Rm 3.1-2).

No plano de Deus ficou estabelecido que dela viriam a salvação e as bênçãos


pelo fato de que o Messias procederia de Israel. Por causa desta relação pactual
Deus os chama “meus filhos”, e trata-os com castigo quando lhe desobedecem (Is
43.6).

A grande maioria dos judeus permanece até hoje incrédula e apóstata. Rejeitaram
a Deus e nos dias de Samuel pediram um rei como tinha as demais nações.
Quando o Messias dele, e libertador da humanidade chegou, eles disseram: “Fora
com ele, não O queremos para mandar em nós”.

Mesmo depois de ter contemplado a obra redentora e estar aberta à porta da


salvação para eles, recusaram a convicção do Espírito Santo, recusaram seus
mensageiros e apedrejaram seus discípulos.
Israel já tem passado por muitas repreensões de Deus, mas passará ainda por um
grande desapontamento, ou seja, um julgamento tão severo qual ainda não
passou, por isto, o Senhor diz: “E é tempo de angústia para Jacó”.

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Serão enganados pelo Anticristo e sofrerão os horrores do tempo da “Angustia de
Jacó”. O período da Grande Tribulação será o tempo de angústia para Israel,
onde Deus enviará os seus juízos para os desobedientes.

“No momento que seriam esmagados pelas nações do mundo, no fim deste
período, passarão debaixo do cajado de Deus” (Ez 20.37), que simboliza uma
aproximação de Deus. Na grande Tribulação, após sofrerem, os justos clamarão o
nome do Senhor, em profundo arrependimento. Os rebeldes serão destruídos e o
remanescente fiel entre eles tornar-se-á o único núcleo de um Israel renovado
espiritualmente, então dirão a Deus: “Mas agora, o Senhor, Tu és nosso Pai; nós
o barro, e Tu o nosso Oleiro; e todos nós obra de suas mãos” (Js 64.8); (Zc 12.10;
13.1).

O Renovo de Davi: “Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi
um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará e praticará o juízo e a justiça na
terra. Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o nome
com que o nomearão: O SENHOR, Justiça Nossa. Portanto, eis que vêm dias diz
o SENHOR, em que nunca mais dirão: Vive o SENHOR que fez subir os filhos
de Israel da terra do Egito. Mas, Vive o SENHOR que fez subir e que trouxe a
geração da casa de Israel da terra do Norte e de todas as terras para onde os tinha
arrojado. E habitarão na sua terra” (Jr 23.5-8).

Será nesta hora que a nação, em sua totalidade, reconhecerá Jesus como seu
Messias, sendo por Ele convertido. “Quem jamais ouviu tal cousa? Quem viu
cousas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria
uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos” (Is
66.8).

Quando todos os governantes da Terra, sob a liderança do anticristo, cercarem


Jerusalém, e Israel estiver na maior angústia e aflição, e a tribulação tiver
atingido o seu clímax, eis que o Senhor Jesus Cristo em Pessoa virá para salvá-lo.
É como está escrito no livro do profeta Zacarias: "Então, sairá o Senhor e
pelejará contra essas nações, como pelejou no dia da batalha. Esta será a praga
com que o Senhor ferirá a todos os povos que guerrearem contra Jerusalém: a sua
carne se apodrecerá, estando eles de pé, apodrecer-se-lhes-ão os olhos nas suas
órbitas, e lhes apodrecerá a língua na boca. Naquele dia, também haverá da parte
do Senhor grande confusão entre eles; cada um agarrará a mão do seu próximo,
cada um levantará a mão contra o seu próximo." Zacarias 14.3;12-13
O Senhor em glória e irão dizer: “E se alguém lhe disser: Que feridas são essas
nas tuas mãos? Dirá Ele: São as feridas com que fui ferido em casa dos meus
amigos” (Zc 13.6).

Haverá Salvação na Grande Tribulação?

Quando se estuda a Grande Tribulação, a pergunta é inevitável: “haverá salvação


neste período?” É claro que sim. O livro de Apocalipse mostra dois grupos

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distintos de salvos: os israelitas e os gentios: “Respondi-lhe: meu Senhor, tu o
sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram
suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7.4-14). Outras
passagens que evidenciam a salvação durante a tribulação (Ap 6.9; 12.17; 7.9-11;
15.2; 20.4).

Isto significa que, apesar da oposição do Anticristo, a Bíblia continuará a ser


divulgada em escala mundial. Enganam-se aqueles que afirmam que após o
arrebatamento da Igreja, as Escrituras perderão sua inspiração sobrenatural e
única. Tal ensinamento não conta com qualquer respaldo bíblico. Afirma o
profeta Isaías: “seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de Deus subsiste
eternamente” (Is 40.8).

Precisamos entender que a salvação é pela graça. A graça é manifestada a todos


os homens que se arrependem de seus pecados. Na Velha Aliança, o povo era
salvo pela fé no Redentor Prometido. Na Nova Aliança, somos salvos pela fé no
sacrifício de Jesus no Calvário. Porém, na grande tribulação o povo será salvo
por guardar a fé. Isto é também salvação pela graça (At 15.11; Ef 1.4; 1ª Pe 1.19-
20).
Eles também tinham o Evangelho (Gl 3.8; Hb 4.2). Em Ap 14.1-5 vemos uma
multidão de judeus salvos da terra na grande tribulação. Em Ap 6.9 e 7.9-11
vemos uma multidão de gentios salvos no céu, porém saídos da terra, após
sofrerem martírio. Quando se estuda a Grande Tribulação, a pergunta é
inevitável: “haverá salvação neste período?” É claro que sim. O livro de
Apocalipse mostra dois grupos distintos de salvos: os israelitas e os gentios:
“Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que
vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do
Cordeiro” (Ap 7.4-14). Outras passagens que evidenciam a salvação durante a
tribulação (Ap 6.9; 12.17; 7.9-11; 15.2; 20.4).

Isto significa que, apesar da oposição do Anticristo, a Bíblia continuará a ser


divulgada em escala mundial. Enganam-se aqueles que afirmam que após o
arrebatamento da Igreja, as Escrituras perderão sua inspiração sobrenatural e
única. Tal ensinamento não conta com qualquer respaldo bíblico. Afirma o
profeta Isaías: “seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de Deus subsiste
eternamente” (Is 40.8).

Precisamos entender que a salvação é pela graça. A graça é manifestada a todos


os homens que se arrependem de seus pecados. Na Velha Aliança, o povo era
salvo pela fé no Redentor Prometido. Na Nova Aliança, somos salvos pela fé no
sacrifício de Jesus no Calvário. Porém, na grande tribulação o povo será salvo
por guardar a fé. Isto é também salvação pela graça (At 15.11; Ef 1.4; 1ª Pe 1.19-
20).
Eles também tinham o Evangelho (Gl 3.8; Hb 4.2). Em Ap 14.1-5 vemos uma
multidão de judeus salvos da terra na grande tribulação. Em Ap 6.9 e 7.9-11

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vemos uma multidão de gentios salvos no céu, porém saídos da terra, após
sofrerem martírio.

4- A Instauração do Milênio

O Milênio é o período em Cristo desce com a sua Igreja e, encerra a grande


tribulação com a guerra do Armajedom. Desde a entrada do pecado na Terra, o
inimigo de Deus tem enganado os seres humanos e os têm levado a se afastarem
do Deus criador, mas na instauração do Milênio, Satanás e os anjos maus estarão
presos, por mil anos. Apocalipse 20:1-3, onde lemos: "E vi descer do céu um
anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu
o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E
lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais
engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto
por um pouco de tempo."
Durante o Milênio será implantado o reino Messiânico, dispensação milenar, ou,
ainda, o reino do céu. Será um tempo sem precedentes na história da
humanidade. Satanás será preso, e as hostes espirituais nas regiões celestes serão
aniquiladas. Cristo estabelecerá seu domínio na terra, nos céus e nos mares - no
universo, AP 11.15; 20.4. Nesse tempo os homens estarão plenamente
conscientes da glória de Deus manifestada nos céus, Is 59.19; Ef 1.21-23; Cl
1.16.
Deus escolherá a Palestina como centro de governo. Os males que assolam a
humanidade serão banidos da terra, tais como enfermidades, e crueldades dos
homens e dos animais, Is 11.6-9; 35.5,6. A terra será de uma fertilidade nunca
vista - um jardim bem regado, Is 35.1,2; Jr 31.12. Os homens voltarão à antiga
longevidade; terão seus dias como as árvores, Is 65.22. Haverá nascimentos em
profusão durante o Milênio, Zc 8.5. Muitos se converterão ao Senhor, e os
apetrechos de guerra serão mudados em ferramentas agrícolas, Is 2.4; Mq 4.3.
Haverá salvação pelo conhecimento do Senhor e pelo juízo do Altíssimo, como
está escrito: "Eis que salvarei o meu povo...", Zc 8.7; Sf 3.19.
O conhecimento de Deus durante o Milênio será em toda a sua plenitude, Is 11.9.
Os judeus serão tão importantes naquela época que muitos gentios desejarão ter o
nome deles como tutela espiritual, Is 4.1; Zc 8.23. Os embaixadores de todas as
nações irão a Israel, a fim de tributar-lhe honras, por causa da magnífica glória
do Senhor que existirá em Jerusalém, Is 2.3;45.14; 55.5; Zc 8.21,22; Ap
21.24,26.
Em nossos dias muitos vão em viagem de turismo à Europa, Ásia e América etc,
mas no Milênio irão a Jerusalém, a fim de receberem instruções espirituais, Is 2;
Mq 4. Poderíamos citar inúmeros textos para provar que o Milênio será um
reinado com base e feições materiais, muito embora haja, então, pleno domínio
espiritual, porque o Milênio consiste em plantar, comer, beber, viver em prazer
santo, e em adorar o Senhor.
Entretanto haverá um povo que durante o Milênio estará envolvido em glória e
não sujeito a forças físicas da natureza, pois os seus corpos serão como os dos
anjos nos céus, Lc 20.36-50. Eles estarão em corpos glorificados. Esse assunto,

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porém, reservaremos para o capítulo V. O Milênio será um tempo em que Deus
vai, mais uma vez, provar os homens e realizar obras maravilhosas sobre a terra,
as quais farão reunir os ouvidos. Nessa época serão estabelecidas a justiça e a paz
divinas, e a ordem no cosmo.

O reino milenar não é tal como o definido pelas "testemunhas" de Jeová, pois a
Escritura apresenta o reino de Jeová como messiânico. O reino de Jeová é
teocrático, isto é, nele é Deus quem governa e governa em todos os setores, e
sobre todos os reinos. 'Governa física, moral, social e espiritualmente. A previsão
do reino do Senhor é encontrada direta ou indiretamente em toda a Escritura,
especialmente nos Salmos e nos Profetas. Quem examinar este assunto nos
citados livros, principalmente no do profeta Isaías, que é o profeta messiânico ou
o evangelista do Velho Testamento, encontrará centenas de textos referentes ao
Milênio ou reinado de Cristo.
Nessa época Jerusalém será vista em glória como a cidade celestial, Is 2.2-5; Ap
21.10; 22.25. Em Jerusalém haverá uma espécie de dossel (sobrecéu) da
Jerusalém terrestre. Is 4.5,6; Ap 20.4,6. O profeta Jeremias nos diz: "Eis que vêm
dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; como rei, reinará;
procederá sabiamente e executará juízo e justiça na aterra; nos seus dias será
salvo Judá e Israel habitará seguro, Jr 23.5.
Como já foi dito, pelo conhecimento da glória do Senhor muitos serão salvos e
converterão até os instrumentos bélicos em ferramentas de utilidade agrícola., A
mudança se verificará nas águas, Ez 47.6-12, na terra com lavoura produtiva, Is
30.23, etc, nos animais, que se tornarão mansos, Is 65.25, e entre os homens
haverá paz e entendimento espiritual, Is 60.21; 65.19; 66.12; 55.12. Naquela
época o Espírito Santo escreverá as leis de Deus no coração do povo. Os que
estão num corpo físico sujeito às leis naturais, gozarão da presença de Deus, Hb
8.10; Zc 14.9.
No Milênio Israel estará de posse de todo o seu território prometido por Deus a
Abraão que nunca chegou a ser conquistado. "Os mansos herdarão a terra", Mt
5.5; SI 37.11. Essa promessa é feita a Israel, ainda que os gentios possam usufruí-
la também. Nem mesmo no reinado de Salomão, quando Israel teve a sua maior
extensão, não chegou a ocupar todo o território prometido por Deus a Abraão. O
Milênio será um tempo glorioso, quando haverá bênçãos especiais, e será
estabelecida a glória de Israel em toda a sua plenitude, Dn 12.12. Todos os que
alcançarem materialmente o reino milenar gozarão de saúde, felicidade e paz,
com a presença do Senhor. Aí Deus se manifestará como "Jeová-Shama", que
quer dizer: O Senhor está ali. Que Deus nos ajude a participar das gloriosas
bênçãos em nome do Senhor Jesus.  Primeiramente no Milênio haverá paz e
justiça sobre a terra, muito em especial no que diz respeito à política
governamental do Senhor Jesus, Is 11.5. Os animais terão mudança de instinto:
perderão a ferocidade e deixarão de ser carnívoros, passando a herbívoros, Is
11.6-9; 65.25.
Quanto ao estado de saúde no tempo milenar, diz a Escritura que "Nenhum
morador dirá: estou doente...", Is 33.24; "No dia em que Jeová atar as feridas do
seu povo, e curar o golpe da sua chaga", Is 30.26. Os cegos, os surdos, os mudos

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e os coxos receberão cura naquela época, Is 35.5,6; Zc 13.1 (VL). Portanto,
oitenta por cento das enfermidades serão banidas da face da terra; para isso
haverá os recursos da parte de Deus na própria natureza, Ez 47.12; Ap 22.2. Aqui
está tanto o espiritual como o material.
Pergunta-se, então: Não haverá morte no Milênio nem enfermidades?
Respondemos: Haverá, porém em proporções resumidas, pois Isaías diz: "Um
mancebo ao morrer com cem anos ainda é menino (Hoje é um macróbio) e o
pecador de cem anos será amaldiçoado", Is 65.20, porque não creu nem desejou o
conhecimento do Senhor. E os que não adorarem o Senhor receberão as devidas
pragas, Zc 14.12,17-19.
Uma das características do reino milenar é a longevidade dos seres humanos. Os
homens em todas as épocas têm estado preocupados com o sonhado "Elixir da
Longa Vida" e os laboratórios têm procurado uma droga que dê ao homem o
prolongamento da vida física. No Milênio, porém, os homens terão vida como a
das árvores, Is 65.22. Certamente isso não será para todos, mas para os
escolhidos de Deus. No Milênio haverá plenitude de poder espiritual,
principalmente em Israel, Jl 2.28. Haverá também salvação para quem invocar o
nome do Senhor, Jl 2.32.
Será no Milênio que a tenda de Davi se reerguerá, e Deus mesmo o constituirá
como príncipe do seu povo, Ez 37.24,25. E Deus porá o seu tabernáculo sobre
eles, Ez 37.26; Ap 21.22. Como um dossel de glória, a Jerusalém terrestre será
grandemente iluminada com a glória do Senhor. Todas as nações hão de saber
que o Senhor é quem santifica Israel, Ez 37.27. Durante o Milênio haverá um
templo, um lugar inteiramente santo, em cujo recinto sagrado nem todos poderão
penetrar, Ez 38.8-12. Esse lugar santo estará na Jerusalém terrestre, que é
exclusivamente para os filhos de Levi, os sacerdotes a quem Deus escolher, Ez
38.11; Ml 3.3,4; Ap 20.4-6.
Que o Senhor nos dê da sua graça, para gozarmos de todas as bênçãos celestiais
em Cristo! Amém.

O fim do Milênio
Após os mil anos satanás será solto por um pouco de tempo (Ap 20.1-3,7). O
Diabo enganará a muitos (Ap 20.8,9). O Diabo reunirá as nações para a guerra de
Gogue e Magogue, ou seja, reunirá os povos de uma extremidade a outra da
Terra. O próprio Satanás será o líder desta Guerra. Todos eles serão destruídos
por Deus de forma sobrenatural (Ap 20.9). Satanás será lançado no Inferno e será
atormentado de dia e de noite para todo o sempre (Ap 20.10).

5- O Julgamento Final

O julgamento do grande trono branco é claramente indicado e acontecerá após o


fim do reino milenar de Cristo. Este grande julgamento pode muito bem ser
chamado de "julgamento final". Ele constitui o término do plano de ressurreição
e de julgamento de Deus.

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Apocalipse 20:11-15 – “Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta,
de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi
também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono.
Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os
mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito
nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram
os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.
Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a
segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da
Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”. Esse julgamento é previsto
nas Escrituras como um julgamento vindouro de Deus sobre todos os homens.
Tal era a expectativa do salmista quando escreveu: Salmo 96:13 – “... porque
vem, vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, consoante a sua
fidelidade”. Paulo corrobora a mesma verdade ao dizer: Atos 17:31 – “Porquanto
estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um
varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os
mortos”.

OS RÉUS DO JULGAMENTO Fica evidente com base na própria passagem


(Apocalipse 20:11-15) que esse é um julgamento dos chamados "os mortos".
Demonstrou-se claramente que todos os que estavam no plano da salvação, já se
completaram antes de começar o milênio. Agora haverá o julgamento de todos os
que ainda não foram ressurretos, ou seja, os mortos incrédulos. Todos os que
morreram sem Jesus, sem salvação, os ímpios de todas as épocas ressuscitarão
para julgamento. Devemos observar que esses mortos sem Cristo, os ímpios de
todas as eras, só ressuscitarão após o Milênio para o julgamento do Grande Trono
Branco. Apocalipse 20:5 – “Os restantes dos mortos não reviveram até que se
completassem os mil anos...”.

A BASE DO JULGAMENTO Esse julgamento, ao contrário de uma concepção


popular errada, não tem por finalidade apurar se aqueles que o enfrentam serão
salvos ou não. Todos os que devem ser salvos já foram salvos e entraram no seu
estado eterno. Os que serão abençoados eternamente já entraram na sua bênção.
Esse é antes um julgamento das más obras dos incrédulos. A sentença de
"segunda morte" é pronunciada contra eles. Apocalipse 20:12 – “Então, se
abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram
julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros”. O
julgamento das obras demonstra aqui a ausência de vida. O fato de que haverá
níveis de julgamento distribuído a esses incrédulos é implicado em outra
passagem (Lc 12.47,48). Mas a sentença da segunda morte será dada a todos. A
segunda morte é a eterna separação de Deus, a condenação do lago de fogo.
Neste julgamento haverá a aplicação de sentença, pois, o pecador já está
condenado a partir do momento que não crê no Filho de Deus como seu salvador.
João 3:18-19 – “Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado,

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porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. O julgamento é este: que
a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as
suas obras eram más”. Deus julgará a todos, um por um, com reta justiça. A base
para seu julgamento será seu Filho Jesus, pois todos que amaram mais as trevas
do que a luz, negando, assim, seu Filho Jesus, amando e se deleitando no pecado,
sofrerão a condenação eterna. Naquele dia todo homem prestará contas do que
fez com o Sangue de Seu Filho Jesus. Ninguém poderá se justificar na presença
de Deus. Naquele Dia todo homem que não aceitou a Palavra de Deus será
indesculpável. (1 Pe 4:17-18; Ef 5:5-7; Mt 8:12).

2 Tessalonicenses 1:5-9 – “sinal evidente do reto juízo de Deus, para que sejais
considerados dignos do reino de Deus, pelo qual, com efeito, estais sofrendo; se,
de fato, é justo para com Deus que ele dê em paga tribulação aos que vos
atribulam e a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando
do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de
fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não
obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de
eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder,”
O resultado desse julgamento fica bem claro em Apocalipse 20.15: "E, se alguém
não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de
fogo". A eterna separação de Deus é o destino eterno dos incrédulos.

OS SANTOS JULGARÃO O MUNDO E OS ANJOS CAÍDOS De acordo


com I Coríntios 6: 2 e 3, o Apostolo Paulo, afirma que os santos hão de julgar o
mundo, e também os anjos, isto mostra que aqueles que vivem a palavra de Deus,
além de serem salvos e viverem para sempre com Cristo, serão como um júri no
grande Julgamento de Deus. 1 Coríntios 6:2-3 – “Ou não sabeis que os santos
hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso,
indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os
próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida”! A palavra de Deus mostra
claramente que os santos estarão presentes neste grande Julgamento do Trono
Branco, para junto com o Senhor julgar os povos. A entrega das sentenças a
todos os mortos sem Cristo terá a grande participação de todos os santos do
Senhor. Observe também, que serão julgados os anjos, ou seja, anjos caídos que
se tornaram demônios, receberão também a eterna condenação no lago de fogo.
Judas 6 – “e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas
abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas
eternas, para o juízo do grande Dia;”. “O grande Dia", esse deve ser o dia do
Senhor, o juízo do Grande Trono Branco. Esse Julgamento sobrevém também a
anjos caídos por causa do pecado de seguir Satanás na sua rebelião contra Deus
(Is 14.12-17; Ez 28.12-19). Desta forma, Deus mais uma vez manifestará grande
honra para com todos os que zelaram por seu Nome e guardaram sua Palavra.

"Quem sabe que é profundo busca a clareza. Quem deseja parecer profundo para a
multidão procura ser obscuro porque a multidão toma por profundo aquilo cujo o fundo
não vê, ela é medrosa... exita em entrar na água" - Friedrich Niezsche

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