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RESTAURAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO SÉCULO XX

Esta é a página inicial de um Blog que não pretende nada além do que permitir
que o Senhor Deus flua com liberdade edificando e preparando Sua Igreja para
“aquele dia”.

Não vou me estender muito em considerações, mas deixarei um texto inicial que
serve como uma introdução àquilo que tenho por direção.

Movimento Pentecostal, Chuva Serôdia e Carismático.

Entre a Reforma em 1500 e o início do século XX muitas coisas aconteceram na


restauração Igreja, coisas de grande importância, mas sobre as quais não
podemos entrar em detalhes agora. O avivamento pentecostal que começou no
início deste século é, sem sombra de dúvida, o maior acontecimento na história da
Igreja desde a Reforma. É o maior avivamento que já ocorreu desde o princípio da
Igreja, tanto em número quanto em duração. Um aspecto curioso deste tremendo
mover, é que quando este, aos nossos olhos, aparentemente começa a dar sinais
de que estaria se apagando, outra onda surge a ponto de alcançar, hoje, quase
todas as nações e denominações do mundo, envolvendo-as e revitalizando-as.

O “Movimento Pentecostal” teve seu início nos primeiros anos deste século e logo
foi espalhado por missionários que o levaram para todas as nações da terra. Um
primeiro sinal de “enfraquecimento” do Movimento Pentecostal que conhecemos
se deu em 1948, quando, de imediato, surgiu uma outra onda: a “Chuva Serôdia”.
Esta conduziu o povo cristão com grande impulso até a década de 60 quando,
com o seu “enfraquecimento”, deu lugar a uma nova onda chamada por muitos de
“Movimento Carismático”, que chegou penetrar nas denominações mais formais,
atingindo finalmente até a Igreja Católica. Estamos agora começando a entrar na
próxima onda! No início, este avivamento foi desprezado e tachado de fanatismo e
heresia, mas tem crescido de uma maneira irresistível e hoje está atingindo um
número maior de pessoas do que qualquer outro mover de Deus na história da
Igreja:

1. A Restauração do Espírito Santo.

At. 3:20,21 – “E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado. [21] O
qual convém que o céu contenha até aos tempos da restauração de tudo, dos
quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio”.

Deus derramou o Espírito sobre a Igreja no dia de Pentecostes mas, depois, ele foi
quase que extinguido da Igreja, pela igreja, juntamente com muitas outras coisas,
por causa da apostasia. É claro que houve operação do Espírito na Igreja durante
toda a história e especialmente depois da Reforma. No tempo de João Wesley, por
exemplo, houve grandes manifestações de poder. Mas no início deste século
houve uma restauração muito maior e mais completa dos dons, sinais, prodígios e
milagres que Ele opera. A experiência pessoal do batismo no Espírito foi
restaurada tal como era no livro de Atos – acompanhada pelo dom de línguas,
profecia, visões, etc.

Este mover do Espírito no mundo todo é um sinal que a vinda de Cristo está
próxima. Estamos vivendo nos tempos da restauração de todas as coisas e Ele
está apenas aguardando esta restauração se completar para voltar para a sua
Igreja. Na apostasia a Igreja perdeu tudo que Deus lhe tinha dado, até mesmo a
própria salvação pela fé. Mas, começando com a Reforma, Deus vem restaurando
progressivamente as coisas perdidas, chegando, em nossos dias, à restauração
do seu Espírito.

2. O Derramamento do Espírito nos Últimos Dias.

At. 2:16-21 – Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: [17] E nos últimos dias
acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os
vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os
vossos velhos terão sonhos; [18] E também do meu Espírito derramarei sobre os
meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão; [19] E farei
aparecer prodígios em cima, no céu; E sinais em baixo na terra, Sangue, fogo e
vapor de fumo. [20] O sol se converterá em trevas, E a lua em sangue, Antes de
chegar o grande e glorioso dia do Senhor; [21]E acontecerá que todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo.

Os últimos dias incluem todo o tempo entre a primeira e a segunda vinda de Cristo.
Pedro citou esta passagem de Joel aqui porque considerava o derramamento do
Espírito no dia de Pentecostes um cumprimento desta profecia. Todo o mundo
queria saber o que estava acontecendo e então ele levantou-se e disse: “Isto é o
que foi dito pelo profeta Joel…”. Mas ele não estava apenas citando a profecia
de Joel e aplicando-a a situação do momento, ele também estava dando uma nova
profecia a respeito do derramamento do Espírito que viria em nossos dias. O sol
não se escureceu no dia de Pentecostes, nem a lua se transformou em sangue,
nem houve prodígios no céu ou sinais na terra. Apenas a primeira parte da
profecia estava se cumprindo naquela hora. Mas Pedro cita a profecia como
declaração que “antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor” toda ela
se cumprirá.

Assim como a vinda de Cristo era vista como um único acontecimento pelos
profetas, porém se manifestou em duas etapas na história (uma passada e outra
futura), o derramamento do Espírito nos últimos dias que Joel e os outros profetas
profetizaram, se divide em duas etapas também. Houve um derramamento do
Espírito no início dos últimos dias e haverá (está havendo) um no final. O plano de
Deus é começar e terminar a Igreja com o derramamento do Espírito. Logo depois
da primeira vinda e logo antes da segunda vinda o Espírito seria derramado. A
profecia de Joel tinha aplicação para o dia de Pentecostes, mas só encontrará seu
pleno cumprimento em nossos dias logo antes da vinda de Cristo. Isto deve nos
encher de santo temor, pois estamos no meio do maior derramamento do Espírito
da história do mundo, o que prova que a vinda de Cristo está próxima.

É interessante que nas figuras do Velho Testamento sempre há menção de duas


chuvas: a temporã e a serôdia, a primeira e a última. As pessoas que receberam a
visitação de Deus no avivamento da Rua Azuza, chamavam-na de “chuva serôdia”.
Criam que era a última visitação de Deus para preparar o mundo para o fim desta
era e a segunda vinda. No avivamento de 1948 todos novamente chamaram a
visitação e o movimento que surgiu dela de “chuva serôdia”. Podemos considerar o
dia de Pentecostes como a primeira chuva e o derramamento do Espírito no
Século XX como a última chuva. A mensagem que o espírito tem transmitido em
todas as visitações deste século é que a vinda de Cristo está próxima. Deus não
está apenas renovando a Igreja. Os avivamentos deste século não são
acontecimentos isolados um do outro. Todos fazem parte de um só acontecimento:
o derramamento do Espírito prometido para os últimos dias, ou seja, a Chuva
Serôdia.

3. A Carnalidade Continua.

Mais divisões ainda. Já que estamos no maior avivamento de todos os tempos,


em que há mais cristãos hoje do que em qualquer outra época da história,
poderíamos pensar que a Igreja já está quase pronta para a vinda de Cristo. A
verdade é que algo fundamental ainda está faltando. Apesar de todas as coisas
que já foram restauradas, o problema básico ficou. A Igreja está mais dividida do
que nunca. Ao invés de produzir unidade, o derramamento do Espírito tem
causado mais divisão ainda. Agora, além de se dividirem por causa de diferentes
interpretações da Palavra, as Igrejas se dividem por causa de diferentes pontos de
vista sobre a experiência com o Espírito Santo.

“AO INVÉS DOS PENTECOSTAIS, DEPOIS DE SEREM EXPULSOS DAS


DENOMINAÇÕES, FICAREM LIVRES DE ORGANIZAÇÃO HUMANA E SE
PREPARAREM PARA A VINDA DE CRISTO, ELES FORMARAM UMA NOVA
DENOMINAÇÃO QUE, POR SUA VEZ, SE ESFACELOU E SE SUBDIVIDIU EM
CENTENAS DE OUTRAS”

Nem a restauração da Palavra nem a restauração do Espírito resolveram o


problema básico de CARNALIDADE. O homem continua no trono e o resultado é
divisão, orgulho, separação e sectarismo.

Houve muita revelação da Palavra no tempo da Reforma e muito mais no tempo


da Chuva Serôdia; contudo algo básico ainda está faltando. A Palavra escrita e o
Espírito Santo não estão formando uma Igreja gloriosa para a vinda de Cristo.
Quebrantamento e a obra da cruz – que é o testemunho do Sangue – são
necessários. Revelação da Palavra pelo Espírito não foi suficiente para produzir
união e nem para preparar a Igreja para a segunda vinda. Os resultados da
Reforma e da Chuva Serôdia provam isto. Estas revelações têm produzido
divisões ao invés de unidade e isso acontece porque são revelações parciais.
Sem quebrantamento e a obra da cruz, os homens se apegam às suas próprias
versões da verdade, ficam exaltados e arrogantes, e se dividem daqueles que têm
revelações diferentes.

É interessante observar que na Chuva Serôdia este aspecto da cruz e da morte do


“eu” não é ensinado nem praticado, nem tampouco se lembram que o único
caminho para estes alvos gloriosos é através da Cruz.

“SOMENTE ATRAVÉS DO QUEBRANTAMENTO, DA HUMILDADE E DA


OPERAÇÃO DA CRUZ É QUE PODEREMOS ACEITAR AS REVELAÇÕES QUE
O ESPÍRITO TEM CONCEDIDO AOS OUTROS, PARA ASSIM REUNIRMOS
TODAS AS MEDIDAS DA GRAÇA E FORMARMOS A PLENITUDE DO CRISTO
VIVO EM SEU CORPO”

Assim como a Reforma não foi a solução total, mas foi um passo a frente, a Chuva
Serôdia também não foi suficiente para preparar uma Igreja gloriosa embora fosse
importante na sua restauração. Milhares de vidas estão sendo transformadas,
Igrejas estão sendo revolucionadas e uma certa unidade no Espírito está sendo
alcançada. As pessoas estão dando muito menos valor às suas tradições e
barreiras, para enfatizar mais a vida do Espírito; conseqüentemente reconhecem
mais aquilo que o Espírito está fazendo em outros grupos e Igrejas. Isto é
tremendo, mas na vida prática da Igreja algo fundamental ainda está faltando. A
Igreja não está sendo unificada nem glorificada em preparação para a vinda de
Cristo. Algo ainda tem de acontecer antes da vinda de Cristo para que a Igreja
esteja preparada, e a resposta a esta pergunta só poderá ser respondida quando o
Espírito de Deus, ao alcançar o coração de cada, encontre total liberdade para
estabelecer o novo paradigma para este novo tempo. Enquanto formos resistentes
à Sua ação e à Sua direção continuaremos esperando por uma onda maior que
nos leve, apenas, mais adiante.

Graça e Paz

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