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O que é a igreja?

Hoje em dia, muitas pessoas entendem a igreja como um prédio. Esta não é a
compreensão bíblica da igreja. A palavra igreja vem da palavra grega “Ecclesia”,
que é definida como “uma assembléia”, ou “os que foram chamados”. O significado
primário de “igreja” não é de um prédio, mas de pessoas. É irônico que quando
você pergunta às pessoas que igreja freqüentam, geralmente dizem Batista,
Metodista, ou outra denominação. Muitas vezes eles se referem à denominação ou
ao prédio. Leia Romanos 16:5: “...Saudai também a igreja que está em sua casa.”
Paulo se refere à igreja em sua casa, não à igreja prédio, mas um corpo de
crentes.

A igreja é o Corpo de Cristo. Efésios 1:22-23 diz: “E sujeitou todas as coisas a


seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu
corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” O Corpo de Cristo é feito
de todos os crentes desde o tempo de Pentecoste até ao Arrebatamento. O Corpo
de Cristo consiste em dois aspectos:

(1) A igreja universal é a igreja que consiste de todos aqueles que têm um
relacionamento pessoal com Jesus Cristo. I Coríntios 12:13-14 diz: “Pois todos nós
fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos,
quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o
corpo não é um só membro, mas muitos.” Vemos que qualquer pessoa que crer é
parte do corpo de Cristo. A verdadeira igreja de Deus não é nenhum prédio de
igreja em particular ou denominação. A igreja universal de Deus é composta por
todos os que já receberam a salvação através da fé em Cristo Jesus.

(2) A igreja local é descrita em Gálatas 1:1-2: “PAULO, apóstolo ... E todos os
irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia.” Aqui vemos que na província de
Galácia havia muitas igrejas: o que chamamos de igreja local. Uma igreja Batista,
igreja Luterana, igreja Católica, etc, não é A igreja, como a igreja universal, mas ao
invés disso, uma igreja local. A igreja universal é composta por aqueles que já
confiaram em Cristo para salvação. Estes membros da igreja universal deveriam
buscar comunhão e edificação em uma igreja local.

Resumindo, a igreja não é um prédio, ou uma denominação. De acordo com a


Bíblia, a igreja é o Corpo de Cristo: todos aqueles que já colocaram sua fé em
Jesus Cristo para salvação (João 3:16; I Coríntios 12:13). Há membros da igreja
universal (O Corpo de Cristo) em igrejas locais.
HISTÓRIA DA IGREJA

Os Seis Períodos Gerais da História da Igreja [ Resumo ]

Você já ouviu falar sobre Os Seis Períodos Gerais da História da Igreja? Sabe qual

foi cada um deles? Fique conosco até o final e conheça mais sobre os 6 Períodos

Gerais da História da Igreja.

INTRODUÇÃO – OS SEIS PERÍODOS GERAIS DA


HISTÓRIA DA IGREJA
Ao longo dos tempos, a Igreja foi registrando mudanças e, desde o seu ponto inicial até

os dias atuais, é possível destacar 6 fatos históricos extremamente importantes. Estes

pontos históricos marcantes permitiu que a História da Igreja pudesse ser dividida

também em 6 períodos gerais.

PRIMEIRO PERÍODO: A IGREJA APOSTÓLICA


O Primeiro Período da História da Igreja é considerado desde a ascensão de Jesus

aos céus até à morte do discípulo amado, João. Portanto, a era apostólica deu-se de 30

d.C a 100 d.C. Datas estas equivalentes aos acontecimentos já citados, respectivamente.

Foi neste período que a igreja deu seu pontapé inicial, pois até então o que existia eram

encontros nos lares ou reuniões nas sinagogas. Porém, ao ser assunto aos céus, Jesus

profere aquelas tão conhecidas palavras:

Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis

testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da

terra.

E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu,
ocultando-o a seus olhos.

Atos 1:8,9

A partir daí, os discípulos continuaram a propagar o Evangelho em Jerusalém, como o

fez Jesus Cristo, agora como APÓSTOLOS. Enquanto discípulos, eles aprendiam

com o Mestre, agora como apóstolos, eles divulgavam o Reinos dos Céus levando

aos outros a Palavra de Arrependimento e Salvação.

Quando se cumpriram as palavras de Jesus, no dia de Pentecostes, os apóstolos

receberam a virtude do Espírito Santo e passaram a anunciar o evangelho também à

Judeia, Samaria e aos confins da Terra.

Os apóstolos desempenharam um papel extremamente importante para a igreja

primitiva, pois foi através deles que igrejas passaram a ser abertas em toda Ásia e

Europa.

Como os apóstolos foram os principais propagadores do Evangelho neste período,

este primeiro tempo ficou conhecido como Período da Igreja Apostólica.

SEGUNDO PERÍODO: A IGREJA PERSEGUIDA


O Segundo Período da História da Igreja foi chamado de a Igreja Perseguida e, vai

desde a Morte de João em 100 d.C. até ao Edito de Constantino em 313 d.C. Foram

pouco mais de 200 anos de muita perseguição contra a Igreja. E, quanto mais

perseguiam os cristãos, mais a igreja do Senhor crescia.

O próprio império da época perseguia o povo cristão a fim de destruir a chamada

“Superstição Cristã” que estava crescendo exponencialmente.


Há registros de centenas de milhares de cristãos sendo mortos como mártires neste

tempo de perseguição. Durante este período sombrio, a decisão de se tornar cristão

marcava as pessoas como se fossem alvos da morte. Muitos cristãos foram mortos à fio

da espada, outros por fogo em fogueiras flamejantes e ainda alguns serviam de

espetáculo nas arenas de Roma, sendo mortos por feras e cães selvagens.

Contudo, o Reino de Deus não pode ser parado, e expandia a cada dia mais, pois os

cristãos tinham a convicção da Salvação em Cristo! Assim, o Evangelho ganhou tanta

força que finalmente alcançou pessoas que ocupavam os mais altos níveis hierárquicos

do governo.

Esta era findou-se quando um Imperador cristão, Constantino, subiu ao trono e conteve

as perseguições contra os cristãos via decreto.

TERCEIRO PERÍODO: A IGREJA IMPERIAL


O Terceiro Período histórico da Igreja foi chamado de Igreja Imperial, pois passou a

estar interligada diretamente ao Império.

Como as perseguições cessaram através do Edito de um Imperador, a igreja começou a

fazer parte do governo de forma que a Cruz passou a ser um símbolo do governo,

bem como o Cristianismo começou ser considerado como a religião do Império

Romano.

Este período perdurou desde o Edito de Constantino em 313 d.C. até à queda de Roma

em 476 d.C.
Uma vez que o vínculo entre a Igreja e o Império Romano se fortaleceu, Roma passou a

ser considerada como a capital cristã pela própria Igreja e a Igreja passou a pertencer

ao Estado de forma patriótica.

Foi um tempo glorioso para a Igreja aqui na Terra, pois estava seguros e intimamente

ligados ao Império Romano.

Porém, em 476 d.C. o Império Romano do Ocidente foi tomado pelos Bárbaros, o

que deu fim à ‘proteção’ que a Igreja recebia do Império, pois este foi subjugado.

E, por incrível que pareça, a atitude dos bárbaros fez com que a Igreja expandisse para

regiões que ainda não tinham sido alcançadas, reinos pagãos foram impactados pelo

evangelho. Isto aconteceu porque, ao dominar o Império romano, houve uma

miscigenação de culturas e o cristianismo prevaleceu.

Muitos dos bárbaros já habitavam as regiões de Roma e tinham se convertido ao

Evangelho, antes mesmo da Queda de Roma. Outros, após a tomada do Império,

aderiram ao cristianismo. E, estes novos convertidos, ao retornarem às suas terras natais

ou ao se mudarem para outros territórios levavam consigo a religião e os costumes

cristãos para povos que ainda não conheciam o cristianismo.

QUARTO PERÍODO: A IGREJA MEDIEVAL


A Idade Média começou com a Queda de Roma e durou um período de

aproximadamente mil anos, que se iniciou em 476 e terminou em 1453 com a Queda de

Constantinopla.

Quando o Império Romano Oriental foi tomado pelos bárbaros, a Europa passou por um

caos, praticamente uma anarquia, sem nenhum governo centralizado.


Naquela época, como o poder emanava da capital cristã, a Igreja tinha um líder que

buscava domínio local e internacional nos cetros religiosos e políticos, o bispo de

Roma.

Por narrar a história da Igreja durante a Idade média, este milênio histórico ficou

conhecido como a Igreja Medieval.

Há partes obscuras da História da Igreja durante este período medieval, pois a Igreja

começou a se envolver em confrontos que, sob a perspectiva atual, não condizem com

o modelo de cristianismo.

É neste período que papas guerreavam contra imperadores do Império Sacro

Romano. Surgem também as Cruzadas, que são os cristãos indo à luta contra

muçulmanos para disputar a terra Santa.

Contudo, percebia-se que um movimento de Reforma na Igreja se iniciaria. E,

finalmente, com a queda de Constantinopla, o período da Igreja Medieval foi também

encerrado.

QUINTO PERÍODO: A IGREJA REFORMADA


O quinto período da igreja é chamado de A Igreja Reformada. Este período

estendeu-se desde a queda de Constantinopla em 1453 até o fim da Guerra dos Trinta

Anos, em 1648.

Este período foi marcado por várias Reformas. Uma das Reformas foi a de Marinho

Lutero com estopim em 31 de Outubro de 1517, quando ele afixou suas 95 teses na

porta da Catedral de Wittenberg.


Em paralelo, teve também a Reforma Católica, também conhecida

como Contrarreforma. A Contrarreforma debruçava-se sobre duas vertentes:

inicialmente, produzir um reavivamento da Fé Católica e, posteriormente, com a

expansão da fé protestante, a Contrarreforma objetivava revalidar os princípios

Cristãos.

Ao final da Guerra de 30 Anos na Alemanha, foi feito um tratado de Paz em 1648, em

Westfália. Este tratado determinou portanto novos rumos pacíficos para as

religiões: católica romana e protestante.

SEXTO PERÍODO: A IGREJA MODERNA


O Sexto Período da História da Igreja ficou conhecido como A Igreja Moderna.

Este período teve início em 1648, logo após o fim da Guerra de Trinta Anos, e

estendeu-se até os dias atuais.

Durante este período, grandes ações impactaram Inglaterra, Europa e América do Norte

através dos movimentos puritano, Wesleyano, racionalista, anglo-católico e, por

fim, as ações missionárias dos últimos anos que ainda se fortalecem como meio de

expansão do evangelho e, por conseguinte, da própria Igreja Cristã.

Durante o século XIX e XX a igreja também proporcionava uma elevação social a

quem a ela pertencesse, pois mais uma vez estava intimamente ligada ao Estado, em

sua maioria, se tratando da Igreja Católica Romana.


CONSIDERAÇÕES FINAIS – PERÍODOS GERAIS DA
HISTÓRIA DA IGREJA
No decorrer dos anos, a Igreja cresceu de forma exponencial! Vimos as poderosas mãos

do Eterno sobre o crescimento da Igreja, e nada pode parar a propagação do Evangelho

e o crescimento do Reino de Deus aqui na terra.

Hoje, para expansão do evangelho, existem muitos missionários que anunciam a

Palavra de Deus até mesmo em lugares que nunca se ouviu falar sobre Jesus ou que é

proibido o cristianismo como profissão de fé.

Note que, mesmo com todos os intempéries no decorrer dos tempos, a Igreja cresceu e

solidificou-se de forma milagrosa. E, ainda atualmente, vemos a Igreja a continuar a

crescer e a construir uma linda história ainda não registrada da qual podemos participar

com alegria!

Qual o propósito da Igreja?

Atos 2:42 pode ser considerado como a “frase-propósito” para a igreja: “E perseveravam na

doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” Então, de acordo

com esta Escritura, os propósitos ou atividades da igreja devem ser: (1) o ensino da doutrina

bíblica, (2) providenciar um espaço de adoração para os crentes, (3) observar a Ceia do

Senhor, e (4) oração.


A igreja deve ensinar a doutrina bíblica para que possamos ter os alicerces de nossa fé.

Efésios 4:14 nos diz: “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda

por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam

fraudulosamente.” A igreja deve ser um lugar de comunhão, onde os cristãos possam se

devotar uns aos outros e honrar uns aos outros (Romanos 12:10), instruir uns aos outros

(Romanos 15:14), ser benignos e misericordiosos uns com os outros (Efésios 4:32),

encorajar uns aos outros (I Tessalaonicenses 5:11), e principalmente, amar uns aos outros (I

João 3:11).

A igreja deve ser um lugar onde os crentes possam observar a Ceia do Senhor, lembrando-

se da morte de Cristo e Seu sangue derramado em nosso favor (I Coríntios 11:23-26). O

conceito de “partir o pão” (Atos 2:42) também carrega a idéia de refeições compartilhadas.

Este é outro exemplo da igreja promovendo a comunhão. O propósito final da igreja, de

acordo com Atos 2:42 é a oração. A igreja também deve ser um lugar que promova a oração,

ensine a oração e pratique a oração. Filipenses 4:6-7 nos encoraja: “Não estejais inquietos

por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela

oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento,

guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.”

Uma outra “comissão” (tarefa) dada à igreja é proclamar o Evangelho de salvação através de

Jesus Cristo (Mateus 28:18-20; Atos 1:8). A igreja é chamada a ser fiel em compartilhar o

Evangelho através de palavras e ações. A igreja deve ser um “farol” na comunidade:

mostrando às pessoas o caminho para nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A igreja deve

tanto promover o Evangelho quanto preparar seus membros para proclamar o Evangelho (I

Pedro 3:15).

Tiago 1:27 nos dá alguns propósitos finais da igreja: “A religião pura e imaculada para com

Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da

corrupção do mundo.” A igreja deve ministrar àqueles que estão em necessidade. Isto inclui
não somente compartilhar do Evangelho, mas também providenciar pelas necessidades

físicas (comida, roupas, abrigo), quando necessário e apropriado. A igreja deve também

equipar os crentes em Cristo com as ferramentas de que necessitam para vencer o pecado e

permanecerem livres da contaminação do mundo. Isto é feito pelos princípios dados acima:

ensino bíblico e comunhão cristã.

Então, tudo dito, qual o propósito da igreja? Gosto da ilustração em I Coríntios 12:12-27. A

igreja é o “corpo” de Deus: somos Suas mãos, boca e pés neste mundo. Devemos fazer as

coisas que Jesus Cristo faria se Ele estivesse aqui na terra, fisicamente. A igreja deve ser

“cristã”: “como Cristo” e “seguidora de Cristo”.

Por que é importante a freqüência à igreja?

A Bíblia nos diz que precisamos ir à igreja para que possamos adorar a Deus com outros

crentes e ser instruídos em Sua Palavra para nosso crescimento espiritual (Atos 2:42;

Hebreus 10:25). A igreja é o lugar onde os crentes podem amar uns aos outros (I João 4:12),

exortar uns aos outros (Hebreus 3:13), “estimular” uns aos outros (Hebreus 10:24), servir uns

aos outros (Gálatas 5:13), instruir uns aos outros (Romanos 15:14), honrar uns aos outros

(Romanos 12:10) e ser bondosos e misericordiosos uns com os outros (Efésios 4:32).

Quando procurar por uma igreja, o Cristão deve começar com a Declaração de Fé daquela

igreja. Em que a igreja acredita e o que ela pratica devem concordar com as doutrinas de fé

como descritas na Bíblia. O que devemos procurar é um corpo de crentes onde o Evangelho

de Cristo é pregado, a autoridade da Bíblia é a verdade que governa, a suficiência das

Escrituras é afirmada, onde podemos crescer em nosso relacionamento com o Senhor, onde

podemos ministrar ao corpo com os nossos dons espirituais, proclamando o Evangelho e

glorificando a Deus. A igreja é importante e todos os crentes devem pertencer a um corpo


que segue os critérios acima. Precisamos de relacionamentos que só podem ser achados no

corpo de Cristo, precisamos do apoio que apenas uma igreja pode oferecer, e precisamos

servir a Deus coletivamente e individualmente também.

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