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HISTÓRIA DA IGREJA

O que aconteceu no período de 400 anos entre o antigo e o nascimento de Jesus¿

A região da palestina (berço do cristianismo) sempre foi um lugar com muita importância. No
Século IV surge Alexandre O grande que conquistou muitas terras, esse cara tinha uma política
de expansão de um só povo, uma só cultura, surgindo o tempo conhecido como HELENISMO, e
foi por conta disso que a língua foi unificada para o grego (o antigo testamento foi traduzido
para o grego tamanha importância dessa língua), Alexandre morre em 323, surgindo o grande
império Romano, trazendo uma certa modernidade, nasce com a filosofia de organização e
espirito prático muito grande, sendo eles os pioneiros do que conhecemos como
infraestrutura.

Por conta do Helenismo o judaísmo começou a ficar dividido.

Logo temos três pontos muito importante para gerarmos o que conhecemos como a
‘PLENITUDE DOS TEMPOS’:

 Alexandre o grande trazendo o helenismo, gerando o grego como a língua oficial;


 A infraestrutura trazida pelo império romano (estradas acessíveis, segurança, etc);
 O enfraquecimento do judaísmo (com as ideias do helenismo o povo começo a se
dividir entre os que concordavam e os que não concordavam).

Surgindo assim a ‘PLENITUDE DOS TEMPOS’, o contexto encontrave-se favorável para que
Jesus viesse ao mundo e houvessem as condições necessárias para que o evangelho fosse
anunciado.

Jesus nasce, inicia seu ministério, realiza milagres, discípula, ensina, morre, ressuscita, envia os
discípulos a anunciarem a todos o evangelho, e retorna ao Pai.

Porém, podemos pensar que a partir daí tudo seria lindo e o evangelho seria DEVIDAMENTE
anunciado, mas, não foi bem assim.

A igreja se da início em Jerusalém com os discípulos de Jesus, os apóstolos, e eles tinham uma
ideia de que a mensagem de Jesus era apenas para os judeus, Ele retornaria apenas para esses,
demorando um pouco para que entendessem que o evangelho era para TODOS OS POVOS,
tendo acontecimentos muito importantes para o entendimento disso:

1. A visão que Pedro tem no livro de atos com um lençol cheio de alimentos impuros e
Deus disse para Pedro coma desses alimentos e o mesmo disse que não poderia comer
pois se tornaria impuro, e Deus falou para ele que não tornasse impuro aquilo que ele
havia purificado, levando Pedro ao entendimento de que o evangelho era para todos
os povos e não apenas aos judeus. (Atos 10.9-16)

2. A conversão de Paulo, que era um judeu, convicto, fariseu, real seguidor de TODAS as
regras, inclusive perseguia e participava do assassinato de Cristãos, afinal achavam que
era uma seita, uma falsa mensagem do Judaísmo, bem como Paulo tem uma baita
experiência com Jesus, se converte ao cristianismo e se torna o maior missionário já
visto. (Atos 9)

Uma das principais igrejas desse novo tempo, foi a igreja de Antioquia, a igreja que Paulo fazia
parte e foi dali que inciaram-se as viagens missionarias, que levaria a palavra a todos os cantos
e uma coisa importante é dizer que o evangelho começou a tomar uma proporção muito
grande, não apenas por conta de Paulo e de seu evangelismo ou cartas, mas também das
pessoas comuns, que levavam seus testemunhos, comerciantes, padeiros, lavadeiras, pessoas
comuns que levavam a palavra através de seus testemunhos de salvação em Jesus Cristo.

Desde o começo os Cristãos enfrentavam grandes desafios, Estevão e Thiago já haviam sido
mortos por causa da pressão que existia entre os judeus, no começo eram apenas dos judeus
para com os cristãos, Roma não intervia, apenas em caso de manter a ordem.

No entanto, em 54 d.C sobe ao poder um homem obcecado pelo poder chamado Nero,
marcando a primeira perseguição aos cristãos. Em 64 d.C acontecer um grande incêndio em
Roma que destruiu praticamente tudo, surgindo boatos de que o próprio Nero havia feito isso,
apesar de não haver evidências disso, para afastar suspeitas, ao observar que os locais menos
atingidos pelo incêndio, era onde viviam cristãos, Nero resolve culpa-los, dando início a
primeira perseguição romana aos cristãos. Nero dá um decreto de que todo cristão deveria ser
morto e muitos foram assassinados das maneiras mais cruéis possíveis. O povo já não
aguentava mais as loucuras de Nero e se rebelaram contra ele, fazendo com que o mesmo
suicidasse, porém, o decreto continuou em vigor para aqueles que desejassem perseguir os
cristãos, mas na prática a igreja começou a viver um tempo de paz, se expandindo muito a
cada momento.

 As perseguições sob Domiciano

Em 81 d.C Domiciano assume o poder de Roma, a princípio seu governo era pacifico, mas logo
isso acaba e novamente os cristãos voltam a ser perseguidos, Domiciano amada a cultura
romana e tinha como objetivo restaurar a mesma, era um homem vaidoso e obstinado, exigia
que as pessoas oferecessem sacrifícios a sua inteligência, obviamente os cristãos se negavam a
isso, tornando-se “inimigos” de Domiciano.

Mas, nem todos os cristãos perseguidos eram mortos, alguns eram presos e exilados, como
por exemplo, o apóstolo João, que nessa época foi exilado na ilha de Pátimos, onde escreveu
apocalipse. Domiciano foi considerado um tirano pelo povo, sendo morto em seu palácio, e
mais uma vez a igreja pode desfrutar de um período de relativa paz e torna a crescer.

 A igreja no século II

Em 98 d.C, incio do século II, Trajano assumo o poder, com uma política um pouco diferente,
ele pensava que perseguir os cristãos era um gasto desnecessário ao estado, podendo utilizar
os valores de outras maneiras melhores, porém, o decreto a respeito da não permissão do
cristianismo permanecia, mas não podia haver tanto investimento e desgaste do estado nisso.
Trajano não tinha como alvo os cristãos, levando a igreja a viver um momento de relativa paz,
mas ainda assim haviam cristão torturados e mortos, pois quando havia uma denúncia sobre o
exercer do cristianismo a pessoa iria diante de Trajano e tinha que negar seu DEUS, quando
não negava sofria as consequências.

Registros de alguns mortos na época de Trajano:

- Inácio de Antioquia (107d.C) -> Meu amor está crucificado. Sou trigo de Deus, e os dentes das
feras hão de moer-me para que possa ser oferecido como limpo pão de Cristo

- Policáspio de Esmirna -> Eu sirvo há 86 anos a Jesus e Ele não me fez mal nenhum, como eu
blasfemaria ao meu Rei que me salvou¿

- Justino (um dos grandes mestres da igreja)

A Igreja inicial sofreu muitos ataques e por causa dos mártires que hoje estamos aqui.

 A Defesa da FÉ

Por conta do decreto de Trajano a igreja viveu uma relativa paz, dando a oportunidade que a
igreja viesse a crescer, no entanto, surgiram outros problemas, como, o que os pagãos
pensavam a respeitos dos cristãos, surgindo várias lendas a respeito deles, pois, as pessoas
não sabiam de fatos quem ele eram, achavam por exemplo que eram canibais, comiam
crianças, bebiam o sangue de Jesus.

Hoje em dia a igreja está muito associada a riquezas e pessoas bem sucedidas, mas no início
era formada por maioria pobres, fazendo com que a elite do império não aceitasse que a igreja
estava com a razão.

Outra problemática foram as heresias dentro da própria igreja, que cresciam absurdamente,
várias teorias sem que alguém tivesse uma fundamental a crer, alguns exemplos foram:

Gnosticismo (acreditavam que a salvação viria por meio de um conhecimento que eles tinham,
que Jesus era apenas um espirito, acreditavam que Deus não podia criar as coisas como elas
são na matéria, pq a matéria é ruim, para ele então a criação se dava por um meio de um
outro deus. Para eles havia uma distinção radical do Deus do antigo para o novo testamento.
Supostamente o Deus do antigo testamento era um Deus mal e punitivo e o Deus do novo era
um Deus de amor. Acreditavam que Jesus não era como Deus) – Foi uma das principais
heresias do século II e foi a heresia que mais esteve próxima de vencer a igreja. “SE NÓS
PERDERMOS A IDENTIDADE DE JESUS COMO PREGAVAM OS GNÓSTICOS, NÓS PERDEMOS A
ESSÊNCIA DA FÉ CRISTÔ.

Uma das Pessoas que mais exemplificou essa prática de ensinos gnósticos foi um homem
chamado MARCIÃO, e essa heresia era chamada de MARCIONISMO, os seguidores deles
acreditavam que o antigo testamento e os judeus deveriam ser completamente desprezados,
pq o antigo testamento era de outro deus. Eles tinham uma bíblia própria, sendo apenas os
escritos de Paulo e o evangelho de Lucas (totalmente editável, eles tiravam todas as passagens
judaicas, que remetiam aos judeus ou ao antigo testamento).
 3 Respostas

Diante de tudo o que estava acontecendo a igreja precisava reagir e então direcionou a três
respostas (CÂNON, CREDO E APOSTOLICIDADE DA IGREJA):

- CÂNON (do grego régua de medir) -> naquele tempo o novo testamento ainda não estava
formado, a bíblia era apenas o antigo testamento, e diante das heresias foi necessário a
organização das escrituras, detalhe que os apóstolos não escreveram os livros com o intuito de
se tornar parte da bíblia, isso foi sendo gerado de acordo com a necessidade do momento. No
final do século IV houve um concilio onde eles constaram que as igrejas estavam usando os
escritos e rejeitando a própria bíblia, logo, começaram, de maneira lenta, e totalmente guiada
pelo Espirito Santo, organizar os livros que já eram reconhecidos como autoridade divina;

- CREDO -> Diante de tanta confusão de crença, a igreja precisava organizar o que ela mesmo
cria, havendo a necessidade da criança do CREDO APOSTÓLICO (no grego ‘credo’ significa eu
creio), não é uma oração, mas um material de resumo teológico (o que eles criam), nasceu da
fé dos primeiros discípulos dos apóstolos;

- APOSTOLICIADADE -> Naquele tempo cada um acreditava na sua própria verdade, então a
igreja tinha como base os apóstolos que caminharam diretamente com Jesus, por isso a
apostolicidade, os apóstolos começaram a ser uma grande referência, bem como cada igreja
queria para si um apóstolo para chamar de seu;

 Igreja Católica ANTIGA

Diante disso tudo, surge então a IGREJA CATÓLICA ANTIGA (NÃO IGREJA CATÓLICA
APOSTÓLICA ROMANA), mas católica no sentido da palavra universal, uma igreja unida, que
tinha um cânon, um credo, uma liderança, a ideia foi dar uma resposta as heresias, surgindo
alguns mestres importantes: IRINEU DE LIÃO, CLEMENTE DE ALEXANDRIA, TERTULIANO DE
CARTAGO, ORÍGENES DE ALEXANDRIA (grandes homens de Deus que foram essenciais para a
resposta que a igreja precisava dar as heresias e aos desafios daquele tempos) .

- IRINEU DE LIÃO

- CLEMENTE DE ALEXANDRIA

- TERTULIANO DE CARTAGO

- ORÍGENES DE ALEXANDRIA

 As grandes perseguições

Durante todo o século II a igreja viveu um momento de relativa paz, se organizando, criando o
credo, se unindo, mas tudo estava prestes a mudar, pois, no século III/ início do século IV a
igreja viveria sua pior perseguição.

Dois imperadores que teriam influência direta nesse momento de caos na igreja (DÉCIO -
249d.C a 251d.C /DIOCLECIANO – 284d.C a 305d.C) essas duas perseguições percorrem por
todo o império, foram sistematizadas, confiscam propriedades, destroem templos, condenam
pessoas a morte.
Décio criou um decreto que todos deveriam adorar aos deuses romanos para que a “glória”
voltasse. Os cristãos precisavam ter um certificado de que eles se prostraram perante dos
deuses romanos, por causa disso muitos cristãos acabaram martirizados, comprando
certificados ou até mesmo cedendo à pressão do império romanos.

Final do século III reinava DIOCLECIANO, ele sabendo do poder da palavra, mandou queimar
todas as escrituras. Para eles o fato de o cristianismo ser uma religião exclusiva, viria a
atrapalhar o crescimento do império. O sistema político desse imperador era dividido em 4,
como se fossem 4 imperadores ao mesmo tempo, e um deles foi CONSTÂNCIO CLORO (PAI DE
CONSTANTINO), sobre o império de DIOCLECIANO houve a pior perseguição dos tempos, tudo
começou nos exércitos, havia uma discussão se os cristãos deveriam ou não servir nas legiões
(maior unidade do exército romano), afinal eram cidadãos romanos, certa vez alguns soldados
se negaram a servir num sacrifício da legião e acabaram sendo mortos, esse foi o stopim de
uma grande perseguição, onde o imperador DECRETOU QUE TODO CRISTÃO DEVERIA SER
PERSEGUIDO, AS IGREJAS DEVERIAM SER DESTRUIDAS, OS LIVROS SAGRADOS QUEIMADOS, AS
PESSOAS ERA DELIBERADAMENTO MORTAS, tornando- se o pior momento da igreja desde que
ela surgiu.

No entanto, vários conflitos políticos começaram a ocorrer, fazendo com que Constantino,
filho de Constâncio Clero, tomasse o poder de uma região do império romano, estando prestes
a invadir a cidade de Roma, só que antes dessa invasão Constantino havia tido uma
experiência com Deus, tendo uma visão do Deus Cristão que havia sito para ele que “sob este
sinal vencerás (uma cruz)”, Constantino então fez com que todos do seu exército desenhasse
uma cruz em seus escudos e nesse dia ele tomou Roma e venceu a batalha.

Constantino já obtinha uma certa simpatia pelos cristãos, sua mãe era cristã e ele foi de fato
usado por Deus para trazer um pouco de paz aos cristãos, se tornando ele mesmo cristão e
sendo muito benevolente para com os mesmos.

Então no finalmente nos anos 313d.C após Constantino ter tomado o poder de Roma, ele
assina o EDITO DE MILÃO dando liberdade aos cristão e a igreja poderia então viver em paz,
por enquanto a igreja ainda não é a religião oficial, com Constantino a igreja se tornou livre,
podendo ir e vir tranquilamente.

 As consequências de Constantino

Ano era 324 d.C e Constantino era o imperador de todo o império Romano. Constantino se
achava no direito de comandar todas as regras da igreja, além de se intitular ‘O BISPO DOS
BISPOS’, ele dizia que a igreja seria o ‘CIMENTO DO IMPÉRIO’.

O mais difícil nisso tudo é ensinar a um homem que foi doutrinado a governar que para ser
uma “referência” na igreja, ele precisava ser servo de todos.

Essas atitudes de Constantino trouxeram grandes mudanças para a igreja, a primeira delas é
que agora a igreja já não é mais perseguida, tornando-se legal, além disso começa a possuir
benefícios dentro do governo, inclusive materiais.

Agora imagina uma igreja perseguida por tanto tempo agora ter o império a seu favor, o
imperador “convertido”, obviamente começariam a olhar para isso como um “ATO DE DEUS” e
tinham bons olhos para Constantino, abrindo espaço para a ‘TEOLOGIA OFICIAL’, as pessoas
começaram a estudar e construir uma teologia favorável ao império romano, no entanto,
enquanto uns olhavam para Constantino como um homem de Deus, alguns questionavam se
sua conversão havia sido genuína, se ele não apenas usou de uma estratégia política, porém,
alguns historiadores realmente acreditam que Constantino havia de fato se convertido, ele
realmente amava ao Cristianismo, só que talvez ele não conhecesse de fato a real teologia do
cristianismo e por isso acabava não se envolvendo tanto, inclusive se envolvendo em rituais
pagãos também.

Vale dizer que, Constantino se batizou apenas no fim de sua vida, mas era um homem dedica a
construir templos (se dedicou a construir a primeira versão da basílica de São Pedro).
Constantino modifica também a capital do império, visando economia e jogo político,
tornando Constantinopla (atualmente Istambul) como a nova capital do império, se vendo
então, com todo o poder.

 Mudanças nos cultos

Agora as igrejas além de legais, podem se reunir de maneira pública, surgindo os grandes
templos, basílicas, afinal, como o imperador poderia frequentar aos cultos em locais menos do
que grandiosos.

Começaram também a introduzir a cultura pagã dentro dos cultos, como incensos, imagens.

A igreja sempre foi protagonizada por pessoas mais humildes, mas agora que o cristianismo faz
parte do império, a elite começo a se “converter” ao cristianismo, as riquezas começaram a ser
vistas como dádivas de Deus (e priorizadas), as liturgias foram modificadas, os ministros
começaram a usar roupas mais pomposas, havendo uma grande modificação, das pessoas
simples que se reuniam em casas e buscavam a simplicidade do cristianismo, para grandes
templos e liturgias, riquezas, o Bispo agora ele não tem apenas o dever de aconselhamento
espiritual, mas poder sobre o império civil, os poderosos se envolviam cada vez mais com a
igreja, fazendo com que cada vez mais estivesse linkada ao império.

A igreja passa a imitar alguns costumes do império, não apenas seus contos, mas também
estrutura, na hierarquia.

Porém, mesmo que muitos tenham concordado e era grandes admiradores de Constantino,
outros encontravam-se inconformados com o que estava acontecendo, levando ao primeiro
movimento contra as ideias atuis (os monasticistas).

 Os Monges (solitário)

Eles não surgiram nessa época, mas foi nesse momento que eles ganharam força, visando
voltar a simplicidade do evangelho, ao verdadeira e genuíno evangelho de Jesus, sendo assim,
muitas pessoas começaram a fugir para os desertos e começou o movimento monasticistas.

Começa como um movimento espiritual, dedicado, com muito trabalho, mas que com o passar
do tempo leva a um legalismo, levando as pessoas a buscar uma vida solitária e
completamente simples, não na realidade a ideia do evangelho, aos poucos começaram a
surgir os monastérios do oriente (não os monges do ocidente), no entanto com o tempo os
próprios monges começaram a ser induzidos ao orgulho, se achando os verdadeiros cristãos,
que os outros estavam errados.

 Os Donatistas

Enquanto os monges fugiam para o deserto, mas não rompiam com seus laços com a igreja,
tinha aquela galera diziam que a igreja se corrompeu e eles era a verdadeira igreja, vários
movimentos do tipo surgiram, mas os que tomaram força foram os donatistas, os seguidores
de um homem chamado Donato.

Eles defendiam a ideia de que tudo o que eles abominavam na época da perseguição agora
fazia parte da igreja e isso era inaceitável, necessitando voltar ao verdadeiro evangelho, afinal
a igreja se tornou opressora, já não olhava mais os pobres, a igreja se tornou algo elitizado.

Os donatistas romperam com a igreja, sendo eles um movimento extremamente forte no


norte da África e dentro desse movimento tinham até pessoas terroristas. O maior problema
desse grupo de pessoas foi o fato de serem extremistas afinal tinham objetivos não apenas
teológicos, mas também econômicos de lutar contra o império.

 Os Arianos

Enquanto anteriormente quando surgiam ideias teológicas diferentes, eles debatiam entre
eles, agora eles vão direto ao imperador e tentam convence-lo do que eles acreditam.

A controvérsia ariana foi a principal controvérsia dos primeiros séculos da igreja. Ario foi um
teólogo egípcio da cidade de Alexandria, ele acreditava, principalmente, que Jesus não era
plenamente divido, acreditava que era uma criatura de Deus, a mais elevada e poderosa e que
Jesus tinha criado todas as coisas, mas que não era divino como Deus, porém ATANÁSIO
(principal opositor de Ario) dizia duas coisas:

1. Bom, se Jesus é apenas uma criatura, nós temos um problema, porque uma criatura
não pode redimir nem salvar outras criaturas, por ser apenas uma criatura;
2. Se Jesus é uma criatura e a igreja adora a essa criatura, então nós não podemos ser
aceitos por Deus, porque somos idólatras.

E essa controvérsia foi tão grande que a igreja ficou dividida em duas (CATÓLICOS – não os
apostólicos romanos, mas os que acreditavam tradicionalmente na teologia da trindade;
ARIANOS – acreditavam que Jesus não era completamente Deus)

A confusão foi tão grande que Constantino resolveu intervir, criando o 1º congresso mundial
dos crentes (1º concílio de Nicéia – 325 d.C).

 1º concílio de Nicéia (uma cidade) – 325 d.C

Esses foram os principais eventos da igreja, antes os cristãos eram perseguidos, os líderes não
se conheciam pessoalmente, apenas por cartas, mas agora patrocinados pelo império todos os
líderes religiosos se reuniriam em um só lugar.

Existem muitos relatos de que esse concílio foi um importante acontecimento para a história
da igreja Cristã e foi nesse momento que o arianismo foi considerado como um heresia, não
sendo um opção teológica, mas um desvio doutrinário, sendo eles excluídos da igreja, criando
um novo credo, o credo niceno que é um desenvolvimento teológico do credo apostólico,
desenvolvendo mais sobre a natureza de Jesus, consubstanciado de Deus.

Acontece que, após o concilio, algumas pessoas foram até Constantino e começara a utilizar de
outros argumentos para convencer a ele que as ideias arianas eram as certas e acabaram por
convence-lo e acabou exilando alguns católicos e reestabelecendo os arianos.

Mas é importante dizer que o próprio imperador já era por si só ariano, as pessoas não
estavam acostumadas com a ideia de um Deus que era três e ao mesmo tempo um (distintos,
mas não separados), logo, racionalmente, era mais fácil comprovar a tese ariana as pessoas,
tendo ela mais relação com as outras religiões.

No entanto, mesmo o imperador se convertendo a heresia ariana, a igreja não se curvou as


ideias de ario e essa controvérsia ariana permaneceu por muito tempo, exilando muitos
cristãos católicos.

 Teodosio (379 d.C)

No ano 381 d.C ele resolveu intervir nessa confusão que estava acontecendo dentro da igreja
entre CATÓLICOS e ARIANOS, convocando um novo Congresso Nacional dos crentes (CONCILIO
DE CONSTANTINOPLA)

Finalmente nesse concilio decidiram, definitivamente, que os arianos eram hereges que a
trindade era a realidade da crença no cristianismo.

O Cristianismo como religião oficial do império: Até o momento o cristianismo não era a
religião oficial, era a religião tolerada e tinha bons relacionamentos com o império, mas com a
tomada de Teodoro torna-se a oficial.

No concilio o imperador Teodoro faz o EDITO DE TESSALÔNICA (um documento que diz que a
partir de agora a fé cristão é a fé oficial do império), então agora utiliza-se da INFLUÊNCIA,
DINHEIRO E ESPADA do império para fazer teologia, ou seja, todo mundo tem que ser católico,
as controvérsias teológicas agora eram todas solucionadas pelo estado.

Vale dizer que, Teodosia não era bem um cristão fervoroso, mas estava ao cúmulo do
desespero das questões politicas, bárbaros realizando invasões o oriente com seus
imperadores, e a religião era uma forma de as pessoas afirmarem seu poder e determinação.

Mas existiam alguns que nem concordavam tanto com a igreja, mas não romperam com a
mesma e foram considerados gigantes no meio da igreja:

ANÁSTASIO DE ALEXANDRIA, AMBRÓSIO DE MILÃO, JOÃO CRISÓSTOMO, EUSÉBIO JERÔNIMO


(traduziu a bíblia para o latim) E AGOSTINHO DE HIPONO (um dos maiores nomes da teologia)

Outra grande decisão de Teosodio foi dividir o império romano em IMPÉRIO ROMANO DO
ORIENTE E DO OCIDENTE, a partir dai o império Romano do Ocidente foi enfraquecendo, por
muito tempo foram fortes em proteger seu local, mas com tempo, por diversos motivos, eles
foram enfraquecendo e foi aí que os Barbaros invadir (sendo muitos deles até cristãos) e no
ano 410 d.C invadiram e saquiaram Roma, marcando o começo do fim do império romano,
momento em que começaram a surgir diversos pequenos reinos.

Com o fim do império romano surge um espaço para a igreja se fortalecer como nunca antes,
foi nessa época que começaram a surgir os papas que nós conhecemos hoje.

 O PAPADO – PAPA (PAPAI)

Com a queda do império os únicos a se manterem fortalecidos foram os cristãos acomodando-


se nesses pequenos reinos agora inseridos por volta do antigo império.

Leão I – É o primeiro a chamar para si essa autoridade, sendo o primeiro PAPA. Foi ele, alguém
que conseguiu manter a paz dentro das invasões barbaras, fazendo com o Bispo de Hipona
começasse a ter muito poder e por causa disso os papas foram ganhando poder.

Foi a partir de LEÃO I que surgiu essa cultura de que o Papa era o substituto de Jesus, aquele
que dizia e era autoridade e isso vai abrindo porta para um dos períodos mais sombrios da
igreja, dando início as CRUZADAS, INQUISIÇÕES (argumentações c/ objetivo de matar em
nome de Deus), ILDULGÊNCIAS, período sombrio da igreja cristã.

 Idade média (idade das trevas)

Depois que a igreja do império romano do ocidente chegou ao fim, a igreja assumiu uma figura
muito importante na política. A figura do PAPADO era a única que conseguia trazer um pouco
de coesão aquele momento tão atribulado.

Surgem nesse momento, também, os MONGES BENEDITINOS, figuras importantes para o


avanço do cristianismo aos outros lugares da Europa.

Ora, lá na pérsia, surgem uns povos que tendem a manifestar o alcorão e transforma
completamente o mundo.

 O surgimento do Islamismo

No ano 610 d.C surge um homem chamado Maomé, através de um conjunto de profecias
recebidas, supostamente por ele, surge o islã, iniciando na Arábia.

No início ele não foi muito bem aceito pelas pessoas, fugindo para Medina, inclusive é a partir
desse ano que os muçulmanos contam.

Em Medina ele se torna um líder e um chefe militar e essa comunidade islâmica começa a
crescer. Depois ele retorna a sua terra e estabelece o islã naquele lugar. E em muito pouco
tempo essa religião toma uma rápida proporção.

Isso trouxe consequências terríveis, além de claramente ameaçar o cristianismo, muitos


problemas sociais começaram a ocorrer na história da Europa diante do surgimento do Islã.

Finalmente depois de 100 anos dessa avalanche, na batalha de Turs (732 d.C) o avanço do islã
foi contido e o cristianismo voltou a ganhar forças.
 Carlos Magno

No ano 800 d.C o Papa (Leão III) coroa um novo imperador, Carlos Magno, era um patrono
das artes, muito estudado e que começou a trazer de volta a cultura clássica que se perdeu
no meio do caminho da história.

Carlos Magno tentou reerguer o império Romano do Ocidente, a glória do império


romano, não tanto quanto antes, mas o novo imperador trouxe uma certa estabilidade
para a Europa nesse momento. Ele conquistou muitas terrar, durante esse império a
teologia começou a ser refeita, houve um renascimento na Europa, o mesmo investiu em
estudos, seja eles literários ou teológicos.

Foi um momento de redescoberta, um retorno a estética, a beleza, a poesia.... Nesse


momento surge o Feudalismo na Europa, a monarquia se torna muito poderosa no
relacionamento com os papas e aparentemente as coisas melhorariam daqui para frente,
mas tudo desandou outra vez.

 A corrupção na igreja

Depois da morte de Carlos Magno, as coisas começaram a desandar e o papado entra em


decadência. Na verdade, o papado se tornou um objeto de jogo nas mãos de políticos e
famílias poderosas e pessoas que buscavam pelo poder, vários papas nomeados ao mesmo
tempo, inclusive um menino de 15 anos, o caos estava instalado, muitos assassinatos
acontecendo, adultérios.

No ano 1054 d.C as relações entre igrejas do oriente e ocidente não estavam muito boas,
lá em Constantinopla (império bizantino) resolveram romper com a igreja (1054d.C) do
oriente, se dividindo em duas, gerando o CISMA DA IGREJA:

- IGREJA ORTODOXA DO ORIENTE

- IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA

Houveram muitas questões econômicas e políticas para o gerar desse cisma da igreja, a
discussão se a igreja deveria ou não intervir no estado foi um dos pontos mais fortes para
essa divisão.

A igreja estava se tornando corrupta e utilizando o papado apenas para jogos políticos.

 As Cruzadas

De todos os ideais dessa época, nenhum superou as CRUZADAS. Era comum que os
cristãos peregrinassem até Jerusalém, para pagar seus pecados, buscar recompensas de
Deus, mas esse ato começou a se tornar perigoso, visto que quem controlava Jerusalém
agora não eram mais os Cristãos e sim os Muçulmanos.

No ano 1095 d.C o Papa Urbano II conclamou o povo para uma mudança, ele começou a
expor os problemas existentes no oriente, que era inadmissível que Jerusalém tivesse nas
mãos do Islã, o Papa então clamou ao povo que lutasse por Jerusalém e quando terminou
seu discurso as multidões estavam animadas e começaram a engrande-lo (“DEUS O QUE!
DEUS O QUER!”) e foi assim que as multidões (de pobres a ricos) começaram a se envolver
nessa jornada para reconquistar Jerusalém nessa primeira cruzada.
As cruzadas foram esse movimento de reação a expansão avassaladora do islã, que
tomaram cidades importantes ao cristianismo, então os imperadores e até mesmo a igreja,
se viram na responsabilidade de manifestar uma reação aqueles que demonstravam ser
um perigo a fé cristã e então começaram uma série de investidas militares que se
denominou CRUZADAS.

E o Papa ainda havia dito que quem lutasse por essa causa teria indulgência plena, não
importava a gravidade do pecado que havia cometido, todos seriam perdoados e iriam
para o céu.

Surpreendentemente na primeira batalha eles conquistaram Jerusalém e surgiu então o


REINO DE JERUSALÉM SOB O COMANDO DOS CRISTÃOS.

Nós ouvimos na escola que houveram 7 cruzadas, mas na realizada houveram muitas, era
muito comum que pessoas se levantassem com o intuito de fazer a sua cruzada, de
conquistar sua salvação, mas por apenas 7 vezes aconteceram de maneira mais objetiva.7

Depois da primeira cruzada, o reino de Jerusalém não durou muito tempo, os muçulmanos
tomaram Jerusalém novamente, motivando os cristãos a iniciarem novas cruzadas e houve
uma época que inclusive crianças faziam parte disso, sendo uma tragédia total e levando a
muitas mortes.

Esse é um capitulo obscuro da história do cristianismo.

 A decadência da igreja

A corrupção dentro da igreja e do papado estava cada vez maior, o nepotismo estava claro,
seus familiares obtinham cargos a título de serem fortalecidos no estado.

A igreja foi decaindo por conta da corrupção, o interesse político dominava suas mentes. O
PAPADO estava completamente aliado a França, tanto que em 1309 d.C os papas
começaram a se estabelecer na cidade de Avinhão, na França.

Estamos falando de um momento de muitas guerras, muitos postulantes ao poder,


pessoas dispostas a pagar qualquer peço pelo poder, junto disso surgem muitas doenças e
tudo isso causou muita crise.

A partir disso, a igreja começa a criar um sistema de cobranças a fim de recuperar tudo o
que foi perdido nas guerras e reestabelecer suas riquezas, até que veio o grande CISMA
DO OCIDENTE, onde o mesmo grupo de pessoas elegeram dois papas ao mesmo tempo e
então tínhamos dois papas governando ao mesmo tempo, um em AVINHÃO e o outro em
ROMA, e como nesse tempo a guerra dos 100 anos estava acontecendo cada um apoiava
um papa e todos se viam no dilema de a qual papa deveria seguir, a final os dois eram
legitimamente papas, mas isso não durou muito tempo, os próprios papas resolveram
acabar com isso e o grade cisma do ocidente estava resolvido.
 A Renascença (1300 d.C)

Chegamos ao famoso período da renascença, com grandes nomes como –


MICHELANGELO, DONATELLO, LEONARDO DA VINCI- retorno as obras de arte, uma
exaltação ao ser humano, o homem passa a ser o centro de tudo, um retorno a literatura.
Foi um grande movimento de estudo científicos que tinha uma grande crítica aos estudos
teológicos, mas esse período influenciou diretamente a igreja, houve uma grande crítica a
igreja no poder, afinal tudo deveria se voltar para a centralidade do homem, a razão e a
própria igreja começou a se corromper com isso, estavam mais preocupados com o
embelezamento do que com o cuidado do rebanho e das tarefas eclesiásticas.

Houve uma grande movimentação a arte humana.

Para o embelezamento das igrejas, eles precisavam de dinheiro, então surgiram mais
impostos e a pratica das indulgências (as pessoas pagavam pela salvação, por um espaço
no céu, para um parente sair do purgatório e ir para o céu) se tornavam cada vez mais
comuns e até mesmo incentivadas pela igreja.

A insatisfação do povo para com a igreja era cada vez maior, e esse foi um dos motivos e
motivaria Martinho Lutero a começar a sua reforma.

 As tentativas de reforma

Por causa de todos esses fatores a igreja já não estava mais sendo bem vista pelas pessoas,
vários movimentos com o objetivo de mudar essa realidade da igreja aconteceram, mas a
igreja abafava os casos.

Houveram outros homens, da igreja, que começaram a não concordar com essas atitudes
da igreja, conhecidos como PRÉ-REFORMADORES:

- JOÃO WYCLIFRE (traduzia a bíblia e até hoje é conhecido como um dos maiores
tradutores)

- GORILAMO SAVONAROLA

- JOÃO HUSS

Todos esses homens que se levantaram tinham como embasamento a própria bíblia,
instruindo a voltarem a essência e utilizarem dela como manual de fé e prática, mostrando
que o que eles estavam fazendo estava em completo desacordo com a bíblia.

Antes de Martinho Lutero já haviam pessoas insatisfeitas com a igreja, a reforma estava
prestes a acontecer, até que surge na história esse homem conhecido com o nosso grande
reformados MARTINHO LUTERO e as coisas começariam a mudar a partir daí.

 Reforma Protestante

No dia 31 de Outubro de 1517, Martinho Lutero publicou as suas 95 teses, e a partir


daquele momentos a história da igreja e do mundo jamais seria a mesma.
Se existem dois pontos mais fortes que influenciaram a reforma protestante, era na
questão da SALVAÇÃO e AUTORIDADE (os reformadores tiram o papa do trono e colocam
no lugar as escrituras – agora já não era mais o Papa infalível, mas escritura inerrante)

Lutero nasceu no ano de 1483, em uma família de camponeses na Alemanha, durante toda
a sua vida viveu períodos de depressão, de profunda angústia, ele tinha muito medo da
morte.

Certo dia, ele estava em meio a uma tempestade, ele sentiu tanto medo morrer que uma
promessa para santa ana, que ele seria monge caso ele viesse a sobreviver, um raio caiu
muito próximo a ele e ficou bem ferido, isso o deixou bem aterrorizado e nessa
preocupação de “como vou agradar a Deus” ele entrou para o grupo de monges mais
radicais (agostianianos), mas o mesmo disse que o que influenciou sua entrada para a
ordem de monges, foi seu difícil relacionamento com seu pai, mas Lutero tinha um
profundo sentimento da sua própria pecaminosidade, nada do que fizesse poderia lhe
torna justo perante Deus, para ele Deus era como um carrasco e certa vez ele chegou a
dizer até que “odiava a Deus e não o amava”, ele tinha pavor da ira de Deus.

Existem relatos de que Lutero se martirizava, se machucava a fim de tentar se auto punir
pelos seus pecados, porque ele tinha medo que a ira de Deus viesse e recaísse sobre ele
por conta de seus pecados.

Depois disso, Lutero foi encaminhado para a universidade de winttemberg na Alemanha


para dar aulas de teologia e foi ali lendo Romanos ele se deparou com a frase “o justo
viverá pela fé- Romanos 1.17” e sua mente foi transformada por completo, quando ele
reparou que a justiça de Deus se dava pelo sacrifício de Jesus, realizado na cruz e não
através de suas próprias obras.

E esse entendimento tira de Lutero um peso enorme. O próprio declara:

“SENTI QUE HAVIA NASCIDO DE NOVO E QUE AS PORTAS DO PARAÍSO ME HAVIA SIDO
ABERTAS. TODAS AS ESCRITURAS TIVERAM NOVO SENTIDO.

A PARTIR DE ENTÃO, A FRASE ‘JUSTIÇA DE DEUS’ NÃO ME ENCHEU MAIS DE ÓDIO, MAS SE
TORNOU INDIZIVELMENTE DOCE EM VIRTUDE DE UM GRADE AMOR.”

A partir desse momento, Lutero teve condições de abrir seus olhos para os
acontecimentos da igreja, foi ai quando ele resolveu escrever e publicar suas 95 teses.

 O início da tormenta

Assim como outras pessoas de sua época, Lutero estava insatisfeito e indignado com o
rumo que a igreja estava tomando.

Então no dia 31 de outubro de 1517 Marinho Lutero publicou suas 95 teses que
rapidamente se tornou um viral naquela época e sua intenção não era causa tumulto, mas
uma discussão dentro da igreja, um convite a um debate dentro da igreja.

Muitos tratam isso como uma atitude rebelde, mas o ato de pregar a tese lá na igreja era
algo comum entre os acadêmicos que queria propor temas para discussão.

Mas isso foi tomada como uma afronta para a igreja. O mesmo cita em um dos pontos:
“SE ERA VERDADE QUE O PAPA TINHA PODER PARA TIRAR UMA ALMA DO PURGATÓRIO
TINHA QUE UTILIZAR ESSE PODER NÃO POR RAZÕES TRIVIAIS COMO A NECESSIDADE PARA
CONSTRUIR UMA IGREJA, MAS SIMPLESMENTE POR AMOR E ASSIM FAZE-LO
GRATUITAMENTE.”

O papa ficou furioso, e promulgou uma bula que dizia que um javali selvagem tinha
adentrado nos jardins da igreja e obrigava que Lutero se retratasse dentro de 60 dias e
mandou queimar toda a literatura do Martinho Lutero, no entanto, o mesmo ao receber a
bula foi a uma praça pública e queimou o documento juntos com todos os livros de direito
canônico de Roma e aí estava declarado um completo rompimento com a igreja católica.

Vale dizer que, a ideia de Lutero jamais foi romper com a igreja, ele amava a igreja, mas
era de reformar as ideias distorcidas a verdadeira escritura.

Logo após o seu rompimento, era Lutero teve q se explicar ao império, afinal era quem
comandava a igreja, então no ano 1521 ele foi convocado para a DIETA DE WORMS, local
que ele deveria se retratar diante de todo o império e obvio que o mesmo não se retratou
e mais uma vez ele disse:

“NÃO POSSO E NEM QUERO ME RETRATAR DE COISA ALGUMA, POIS IR CONTRA A


CONSCIÊNCIA NÃO É JUSTO E NEM SEGURO. DEUS ME AJUDE. AMÉM.”

E realmente naquele momento ele precisava de ajuda, ele já havia rompido com a igreja e
agora afrontado o próprio império, ele estava correndo risco de vida, foi quando Frederico
o sábio sequestrou Lutero e o escondeu no castelo de Lutemburgo para que ele não fosse
morto.

Lá ele é mantido escondido, pois estava sendo procurado para sua execução, e muitos
começaram a considerar que o mesmo estava morte e foi nesse exilio que Lutero viveu um
dos momentos mais produtivos de sua vida e onde ele começou a traduzir a bíblia para o
alemão.

Houveram vários fatores que influenciaram para que o movimento da reforma pudesse
tomar proporção, por exemplo a criação da imprensa a fim de que as ideias pudessem ser
divulgadas com mais clareza. A união entre o papado e o império estava enfraquecidas, a
igreja não estava sendo bem vista aos olhos do povo e tudo isso foi um impulsionar para
que a reforma pudesse estourar na Alemanha.

A partir daí muitas coisas começaram mudar; os monges começaram a se casar, os cultos
começaram a ser feitos em alemão, na língua do povo, a bíblia foi traduzida para o alemão,
o sistema de ensino começou a ser instaurado para todas as pessoas, as mudanças
estavam começando a acontecer.

Por causa de Lutero, muitas guerras e conflitos começaram a ocorrer, as pessoas


começaram a se rebelar e no ano de 1555 num TRATADO DE PAZ DE AUGSBURG os
habitanteS da Alemanha receberam o direito de seguir a sua religião.
 Ulrico Zuínglio

Martinho Lutero não foi o único reformador dessa época, e um desses foi Zuínglio na suíça,
o mesmo nasceu em 1484, contemporâneo de Martinho, estou na universidade da Basiléia
e também em Berna e era um profundo estudioso do grego, algo incomum para a época.

Enquanto Lutero era um monge, Zuínglio era um padre com uma formação diferente da de
Lutero que tinha uma formação típica medieval, já Zuínglio era mais humanista.

Zuínglio tinha pensamento parecidos com os de Lutero, apesar de que Martinho tinha
pensamentos e defesas mais baseado em suas experiências profissionais, Ulrico era mais
intelectual, ele simplesmente acreditava de que se não estava na bíblia não havia sentido
ser seguido. A motivação dos dois era diferente, apesar de não se conhecerem começaram
a pregar ideias muito parecidas.

Certa vez, no meio da quaremas, Zuínglio reúne os fiéis e faz um churrasco de salsicha e
suas ideias opostas levou ao rompimento com a igreja católica, levando a reforma dentro
da suíça.

Um dos fatores únicos da reforma realizada por Zuínglio, na suíça, é pela primeira vez um
ESTADO PROTESTANTE (tornando o protestantismo com a religião oficial do estado de
Zulic).

Houveram muitas mudanças como a oferta de estudo a todos, casamentos, liturgias na


igreja.

Enquanto Lutero rejeitava as práticas que iriam contra a bíblia, Zuínglio na verdade
rejeitava TODAS as práticas que NÃO estavam na bíblia, então ele começou a abolir as
músicas, era contra a qualquer tipo de imagem, ele era bem avesso a ideia de vestes
sacerdotais.

A suíça era a união de vários estados independentes, mas alguns queria permanecer
católicos, outros não e isso gerou conflito entre eles, então os católicos invadiram a cidade
de Zuric e matara Zuínglio.

Após tantas desavenças chegaram ao acordo que cada um poderia seguir a sua religião
com liberdade.

 João Calvino

Calvino nasceu na França, em 1509, estudou em Paris e teve contato com o humanismo e
na época ele chegou a ter contato com a teologia de Martinho Lutero, mas ele mesmo
afirma que ele estava atado demais a igreja para reconhecer, não sabemos ao certo
quando Calvino se converteu, mas chegou um tempo que ele resolveu romper com a igreja
e seguir a teoria dos protestantes.

Ele renunciou a todos os benefícios eclesiásticos e se exilou na cidade de Basileia.

Então temos uma grande diferença de Calvino e Lutero na própria produção textual deles,
enquanto Lutero é aquele cara apaixonado e apaixonante, Calvino não, ele tem um
pensamento completamente sistemático gerando um grande corpo teológico.
Não era um desejo de João Calvino se tornar um grande influenciar teológico, ou da
reforma, mas simplesmente estudar as escrituras de maneira tranquila.

Foi então que Calvino escreveu o que chamou de ‘INSTITUTAS DA RELIGIÃO CRISTÃ’
publicado no ano de 1536 e rapidamente viralizou por toda a Europa. A primeira versão
era algo pequeno, mas com o tempo as famosas Institutas de Calvino tomaram grande
proporção se dividindo em 4 livros de 80 capítulos.

Foi João Calvino que nos proporcionou a primeira teologia sistemática da reforma (colocou
no papel aquilo que achava ser os princípios da teologia protestante).

Calvino foi para a cidade de Estraburgo, que era uma cidade protestante, que
provavelmente seria tranquilo e o mesmo poderia passar sua vida estudando as escrituras
e produzindo estudos, mas naquela época ele preciso passar pela cidade de Genebra e foi
ali naquele lugar que sua vida foi completamente transformada.

Quando ele chegou na cidade, percebeu que a mesma estava passando por um processo
de reforma, tinha acabado de se tornar protestante, mas não haviam lideres capacitados
para ensinar naquela cidade, foi quando um desses líderes ali de Genebra insistiu para que
Calvino ficasse por ali e os ensinasse, porém Calvino foi claro em dizer q esse não era de
fato o desejo dele, no entanto o líder deixou claro que ele estava sendo infeliz ao querer
reter o conhecimento só para ele, impactando João Calvino, que desistiu de sua viagem,
ficou em Genebra, onde se tornou uma dos grandes líderes e reformadores da Suíça.

João Calvino era bem diferente de Lutero, enquanto Martinho tinha a paixão, o fogo, o
impulso para trazer transformação, Calvino foi aquele que pensou a fé, sistematizou e
organizou a teologia.

O que diferia Martinho Lutero de João Calvino era a CEIA. Para

Martinho Lutero – Cria que na ceia acontecia a consubstanciação, onde Jesus se torna está
presente no ato da ceia.

João Calvino – Cria que a ceia era meramente um ato simbólico em memória de Jesus.

Por conta dessa discordância, os grupos foram divididos entre Luteranos e


Calvinistas/Reformados.

 Os Anabatistas (aqueles que batizam de novo)

Existia um grupo de pessoas que começaram a dizer q a teologia de Lutero de Zuínglio era
branda demais, não era radical o suficiente, que a igreja deveria voltar ao novo testamento
e romper com o estilo de vida do mundo, que a fé deveria ser uma decisão pessoal,
rejeitaram o batismo de crianças e diziam que a igreja deveria sim ser perseguida.

Os anabatistas foi uma espécie de reforma dentro da reforma. Eles eram extremamente
pacifistas, diziam que cristão nenhum deveria pegar em armas, nem que fosse para
defender sua própria vida ou sua própria nação, era um grupo extremamente radical.

Eram um grupo extremamente igualitário, diziam que não deveria existir diferença entre
homens e mulheres, ricos e pobres, que todos nós somos irmãos diante de Jesus.
*SOBRE O BATISMO QUE ELES COMEÇARAM A SE BATIZAR NOVAMENTE, NA CABEÇA
DELES NÃO ERA SE BATIZAR DE NOVO, MAS UM REAL BATISMO COM SEU
CONSENTIMENTO*

Historicamente apenas os grupos heréticos se batizavam novamente, quando então, os


reformadores (luteranos, zuinglios,...) começaram a ver aquele grupo se batizando
novamente, eles foram naturalmente taxados de heréticos.

Além disso, eles eram completamente a favor da separação total entre igreja e estado,
enquanto outros reformadores criam na cooperação entre estado e igreja.

Esse movimento começou a enfrentar muita resistência, tanto de católicos, quanto de


protestante.

Então o governo de Zuric decretou a pena de morte para todos os “rebatizadores” e os


anabatistas começaram a ser cruelmente perseguidos, tanto por católicos, quanto por
protestantes.

Estima-se que os anabatistas mortos nessa época, foi maior do que da quantidade de
cristãos mortos nos 3 primeiros séculos da igreja.

No meio desse conflito surgiram os anabatistas mais revolucionários e que estavam


dispostos, inclusive, a pegar em armas, mas não durou muito tempo. Nessa época um dos
principais líderes desse movimento, foi um homem chamado MENNO SIMONS,
futuramente seus discípulos ficariam conhecidos como os ‘MENONITAS’ que existem até
os dias de hoje, principalmente na América do Sul, e até hoje vivem uma vida reclusa e
separada de toda a sociedade.

 A reforma na Grã-Bretanha

Na Inglaterra a reforma protestante foi bem peculiar e diferente de todas as outras,


enquanto no restante da Europa nós tivemos reformadores apaixonados, convictos, na
Inglaterra o Rei Henrique VIII, casado com Cataria de Aragão (filha do imperador Carlos V),
não conseguia ter filhos, e queria um herdeiro para o trono, então o rei queria o divórcio,
mas a igreja não permitia esse tipo de atitude, então o mesmo rompeu com a igreja,
porém diferente dos outros movimentos esse, em si, era mais político do que espiritual,
começando o anglicanismo.

Um movimento confuso que ficava entre os reformados e os católicos e só tem sua


definição concreta a partir de Eduardo VI que mais tarde vai instituir uma reforma na
Inglaterra e essa reforma só vai se solidificar de fato com Rainha Elizabeth I, quando ela
consegue apaziguar os ânimos entres católicos e protestantes e estabelece uma
‘DOUTRINA ANGLICANA’.

Quando Maria I começa a perseguir os anglicanos eles fogem para a suíça e acabam sendo
influenciados pela teologia de Calvino, se tornando mais protestantes do que nunca.

Depois eles voltam para a Inglaterra e nessa segunda fase do anglicanismo, eles já voltam
com uma teologia reformada.

 A Reforma Católica
Claro que diante disso tudo a igreja católica não ficou parada e realizou sua própria
reforma (CONTRARREFORMA), tendo como principal acontecimento o ‘CONCILIO DE
TRENTO’ (nesse momento declararam os protestantes como hereges, doutrina que deveria
ser rejeitada, mas também fizeram várias modificações dentro da igreja católica) que por
conta de questões políticas durou 18 anos.

A partir desse momento a reforma protestante ficou muito bem estabelecida em países
como: ALEMANHA, INGLATERRA, ESCÓCIA, ECÂNDINAVIA E HOLANDA.

A reforma protestante ela tem vários vieses, político, econômico, teológico. Mas é
importante ressalte que o Senhor da história é próprio Deus, existiram vários erros em
relação aos reformadores, temos como exemplo Lutero, que é tido como um herói
nacional para Hitler (Lutero era antissemita – contra os judeus ), ele encontrou nas escritas
de Lutero uma razão para fazer o que ele fez, Calvino consentia com a pena de morte,
Zuínglio foi um dos maiores perseguidores dos anabatistas, os reformadores também
possuíam erros e falhas enorme, apesar de usados por Deus, não podemos colocar eles
num lugar de idolatria, pois eles não são infalíveis.

 As 5 SOLAS (5 FUNDAMENTOS QUE AS REFORMAS PROTESTANTE ESTAVAM


EMBASADAS)

Uma das consequências da reforma foram as 5 Solas:

- Sola Fide (SOMENTE A FÉ)

- Sola Gratia (SOMENTE A GRAÇA)

- Solus Crhistus (SOMENTE CRISTO)

- Soli Deo Gloria (GLÓRIA SOMENTE A DEUS)

- Sola Scriptura (SOMENTE A ESCRITURA)

Outras consequências:

- Surgimento de novas igrejas (Luterana, Calvinista, Anglicana)

- A diminuição do poder da igreja sobre o estado

- A Bíblia começou a ser traduzida para vários idiomas, a fim de todas as pessoas tivessem
o mesmo acesso

- A educação pública foi permitida a todas as pessoas

- Vários movimentos sociais começaram a acontecer

Depois da Reforma Protestante a Igreja passou por grandes desafios como a frieza
Espiritual, mas também por grandes avivamentos.
 A Europa após a Reforma

Como a igreja sempre teve um bom relacionamento com o estado, tirando os anabatistas,
rapidamente foram se organizando de a acordo com essas novas confissões religiosas.

No ano 1603 surgiu na Europa um teólogo chamado Jacó Armínio, e esse teólogo trouxe
novas ideias que iriam de fronte com as ideias Calvinistas, Armínio se baseava nos
seguintes pontos:

- Livre arbítrio

- Eleição Condicional

- Expiação ilimitada

- Graça Resistível

- Cair da graça

- Depravação total

Essas ideias batiam de frente com algumas ideias Calvinistas, e em Novembro de 1618 os
Calvinistas fizeram um concílio, que ficou conhecida como SÍNODO DE DORT, nesse
momento eles fizeram uma organização de fé Calvinistas com cinco pontos (futuramente
conhecida como os 5 pontos da doutrina Calvinistas que perduram até os dias de hoje) que
debatiam com os Arminianos:

- Depravação total

- Eleição incondicional – Predestinação

- Expiação Condicional

- Graça Irresistível

- Perseverança dos Santos

Porém, a doutrina Arminiana influenciou a muitos, perdurando essas ideias até os dias de
hoje.

 Os Puritanos

Após a morte da rainha Elizabeth I, quando o rei Jame assumiu, alguns conflitos
começaram a acontecer, começou a surgiu na Inglaterra um grupo de Protestante mais
radicais, dizendo que a reforma não havia acontecido de verdade, que ela precisava ir
além, que os Cristãos precisavam voltar a pureza, largar o literalmente o mundo, era
contra ao teatro, contra a qualquer tipo de esporte que feriam o princípio do sábado, eles
inclusive resguardavam o sábado, eram completamente a favor de uma vida cabalmente
separada, e justamente por conta disso ficaram conhecidos como PURITANO.

Tinham uma teologia muito forte e grandes nomes como – Jonh Nox, Jonh Owen.
Esses Puritanos começam a agitar as ideias teológicas na Inglaterra (era contra o
anglicanismo).

Aos poucos começaram a influenciar dentro do parlamente e a muitos e então os conflitos


com a coroa começaram a acontecer. Esses puritanos eram contra ao tipo de igreja
episcopal (bispo governava a igreja, modelo anglicano) e não se davam muito bem como
modelo de governo de Rei Jame e seu filho Carlos I, por conta disso vários conflitos
estavam acontecendo ali na Inglaterra, por causa disso culminou em uma guerra civil entre
a coroa e o parlamento (liderado pelos puritanos) e foi justamente nessa época que o
parlamento convocou a famosa assembleia de Wester Minster (onde nós temos até hoje
uma das principais confissões Calvinistas que influencia várias igrejas até os dias de hoje).

Por conta de todo esse conflito Carlos I acabou condenado a morte, e os puritanos
acabaram assumindo o poder da Inglaterra, num governo protetorado (território
autônomo), que não durou muito tempo e logo em seguida a monarquia voltou a ter
poder na Inglaterra.

Nessa época, durante a revolta dos puritanos, surgiram vários grupos religiosos na
Inglaterra e dentre eles estava uma pequena comunicada, fundada por Thomas Helwys, e
essa comunidade começou a ser conhecida com os BATISTAS que no começo traziam como
um de seus princípios a LIBERDADE RELIGIOSA.

Diante dos conflitos dos Puritanos os Batistas tem que fugir para a Holanda e ali eles tem
contato com um grupo de menonitas (grupos religiosos dos anabatistas) e eles então
fundam a 1ª Igreja Batistas debaixo da liderança de John Smyth (ex sacerdote anglicanos) e
Thomas Hewyns (era um adv e não sacerdote).

John Smyth era meio inconstante com seus seguimentos teológicos, ora calvinista, ora
arminiano, então a coisa não fica muito bem estabelecida.

Thomas Hewynas volta para a Inglaterra e estabelece de fato a 1ª igreja Batistas (no final
do século 17).

 O Cristianismo nas Américas

Ao mesmo tempo que Lutero pregou suas 95 teses, outro grande evento histórico estava
acontecendo, no ano de 1492 Cristóvão Colombo descobriu as américas e com ele veio a
igreja católica e justamente nesse momento que tantos conflitos estavam ocorrendo na
europa, a igreja católica viu uma grande oportunidade de evangelizar o novo continente.

Como a igreja católica havia perdido tanto território devido a reforma, eles precisavam
reconquistas espaço.

Nessa época o evangelismo predominava entre os católicos, afinal os protestantes


estavam preocupados demais tentando se estabelecer dentro da Europa. Inclusive o
próprio Lutero dizia que aquele texto de ‘’ IDE POR TODO O MUNDO E PREGAI O
EVANGELHO A TODA CRITATURA’’ já havia se cumprido e não deveríamos nos preocupar
mais com isso, por isso a igreja católica viu uma grande oportunidade de expandir seus
seguidores.
Quando os espanhóis chegaram as américas encontraram dois povos em especifico:
ASTECAS E INCAS, além de muitos outros grupos indígenas.

Quando eles chegaram era de interesse deles se enriquecerem as custas dos índios, por
isso era de interesse dos espanhóis que os índios fossem subjulgados pela espada ou pela
religião.

A intenção não era sair matando os indígenas, mas quando eles pesaram a ideia entre
matar os indígenas e obter as riquezas deles, óbvios que obter as riquezas obteve mais
peso e com essas conquistas, centenas de católicos vieram com a intenção de evangelismo
e ganham muitos indígenas, claro que muitas vezes era por força, os índios não tinham
opção, ou se submetia ou acabavam mortos ou escravos.

Aos índios então estava sendo pregoado o cristianismo católico e na língua latina, afinal
não havia ainda essa conexão de línguas, ou seja ninguém entendia nada, mas eles eram
batizados e o relatório era enviado as igrejas, então eles estavam achando que a conquista
das américa estava de grande favor aos católicos, afinal haviam, supostamente, muitos
convertidos ao catolicismo.

Aos poucos o que foi acontecendo foi o sincretismo religioso (absorção de um sistema
religioso por outro), por exemplo as figuras místicas com dos indigenas, mas as religiões
africanas com os santos católicos e aos poucos o que vai acontecendo é a criação da FÉ
BRASILEIRA, que é tão mitológica, mística.

No ano de 1500, quando Pedro Alvares Cabral descobre o Brasil, vem com ele os Jesuítas
(principais responsáveis pela conversão dos índios no Brasil).

Mesmo os Protestantes não preocupados com a ideia de evangelizar, houveram ao menos


três tentativas de estabelecer colônias protestantes aqui nas américas (uma na Venezuela
e duas no Brasil), a primeira delas foi a ‘COLÔNIA DE HUGUENOTES’ por Nicolas Durante,
porém quando a França entrou em colapso em 1667, os portugueses acabaram atacando a
colônia dos Huguenotes que acabou por deixar de existir, a segunda foi a ‘COMUNIDADE
CALVINISTA DOS HOLANDESES’ que foi fundada em 1630 no nordeste, eram puritanos em
sua essência, mas foram expulsos pelos Portugueses então os protestantes ficam
impedidos de entrar na américa do Sul antes do século 19.

 O Protestantismo na américa do Norte

Durante a época das grandes conquistas, a Inglaterra também quis disputar território com
a Espanha e com Portugal e acabou fundando suas 13 colônias na América do Norte.

Enquanto no restante da américa a política era uma política de exploração, nos EUA era
uma política de povoamento, muitos foram recebendo terras, podendo se estabelecer ali e
tinham como real objetivo se disseminarem como nação.

Devido ao conflito que ocorrerá com os puritanos na Europa, muitos fugiram para a
américa do Norte a fim de terem uma vida mais tranquila e obter sua liberdade religiosa,
por conta disse a maioria dos colonizadores norte americanos eram protestantes e muitos
grupos religiosos se estabeleceram ali (metodistas, puritanos, anglicanos e até mesmo
católicos).
Quando esses puritanos vão para os EUA começam a ter a visão que lá era a nova
Jerusalém, isso diz muito sobre o início do EUA, onde eles possuem um ambiente de muita
liberdade religiosa e onde eles podiam se organizar e fazer sua teologia sem serem
perseguidos como eram na Inglaterra.

E foi ali, na américa do Norte que os Batistas ganharam muita força também, Roger
Williams foi quem organizou a primeira igreja batista no estado de Providence no ano de
1639 e em pouco tempo os Batistas se fortaleceram por todas as 13 colônias, se tornariam
uma das maiores convenções (conjunto de acordos) da américa do Norte e foram
influentes, inclusive, na Constituição de 1881.

 O Racionalismo

Voltando para a Europa, depois da reforma protestante um outro movimento começou a


ganhar força, o ‘RACIONALISMO’, nesse movimento as pessoas diziam que a única forma
de conhecer a natureza e a realidade era através do uso da razão e um dos filósofos que
influenciou diretamente no início desse movimento foi o RENNER DECARTES.

Parece que esse foi o primeiro momento onde utilizam-se de métodos científicos para se
achegassem a verdade, através do humanismo, onde o homem era colocado como o
centro do universa foi se desenvolvendo o racionalismo cartesiano.

Decarte se torna essa figura questionadora, não tinha a intenção de questionar a figura de
Deus em sua essência, porém, seus questionamentos trouxeram ideias como; aquilo que
não pode ser provado através de métodos científicos, não deve ser acreditado.

Passou a ser conhecido por simplesmente duvidar de tudo, inclusive dele mesmo, a única
certeza que o rodeava era que ele existia (“penso, logo existo”)

Outro filosofo da época foi Emmanuel Kant que por muitos é considerado como um dos
maiores filósofos de todos os tempos e sobre o uso da razão, Kant dizia que não existem
ideias natas, mas sim estruturas fundamentais da mente, nas quais nós temos que colocar
tudo o que os sentidos nos comunicam.

Bom, mas o que de fato é importante entender desse momento é que, por conta do
racionalismo e também da ortodoxia dos protestantes que ficavam naquelas discussões
teológicas começou a acontecer na Europa um esfriamento espiritual e teológico, mas
como já entendemos, o Senhor da história é o próprio Deus, por isso, foi nesse momento
de esfriamento que foi vivenciado os maiores avivamentos da história.

 Os Moravianos

Em reação a frieza espiritual vários grupos voltados a piedade, a oração e a espiritualidade


começaram a surgir na Europa, nesse tempo surgiu um movimento importante, conhecido
como ‘PIETISTAS’, porque Deus NUNCA fica com voz na história. Houveram pessoas que
resistiram bravamente a esse racionalismo teológico.

Os petistas (piedade como busca de Deus), eles buscavam muito o Espirito Santo, davam
ênfase aos milagres e manifestação do Espirito. Até o momento não havia uma ênfase a
busca particular com Jesus, as pessoas eram Cristãs porque seus líderes eram também.

Na EUROPA podemos dizer que as pessoas já nasciam cristãs, pela família, lideres, etc....
Mas agora será dado a ênfase a busca particular da vida com Cristo, sua transformação de
vida e um dos grupos que trouxe essa realidade para as pessoas fora os MORAVIANOS,
Nicola Luiz de Zinzendorf na Alemanha, era um homem piedoso que mostrava muito amor
por Jesus, mas ao encontrar com uma comunidade de moravianos teve sua vida
completamente transformada.

João Huss, pré-reformador e morto antes da reforma, deixou seguidores, conhecidos como
HUSSITAS (grupo que se une aos morávios e são perseguidos na guerra dos 30 anos) nesse
momento da história não temos mais só católicos e protestante, mas diversos grupos
protestantes, de linhas diferentes, mas no momento da guerra que precisam de escape,
muitos vão se refugiar num lugar chamado HERRNHUT/SAXÔNIA, e o conde de Zinzendorf
acabou abrigando essa galera ali e começaram a desenvolver uma comunidade que mais
tarde seria uma grande influência para a missões mundiais.

De maneira organizada o Conde organiza leis priorizando aquilo que os une, afinal era um
jurista e tentava manter a união e organização das pessoas.

Em 13 de agosto de 1727 eles experimentam o início de um avivamento, quando eles


estão depois de um culto de ceia, eles sentem o que alguns autores chamam de ‘toque
mistíco’ de Deus, eles sentem o amor de JESUS, sendo levados a um lugar de experiência
única e especial e eles decidem fazer um tipo de relógio de oração e é esse turno de
oração que vai durar 100 anos, eles continuam essa torre de oração por exatos 1 século.

No ano de 1731, Nicolau ficou admirado com as histórias dos missionários entre os
esckimós, ele começou a ficar apaixonado por missões, trouxe essa mensagem para a
comunidade de moravianos e toda a comunidade começou a ser incendiada por um amor
por missões mundiais e eles começaram a enviar missionário por todos os cantos do
mundo.

Os moravianos doaram suas vidas para lançar o evangelho em lugares inalcançáveis. O


amor deles pela obra era surpreendente, se tornaram a comunidade mais missionária de
todos os tempos.

“TODO AVIVAMENTO GENUÍNO É MARCADO POR UM AMOR POR MISSÕES”.

Nós somos tendenciosos a achar que o verdadeiro avivamento é marcado pela


manifestação extraordinária de dons, falar em línguas, milagres e na verdade o verdadeiro
avivamento vem marcado de um amor inestimável pelas almas perdidas.

Com certeza, os moravianos marcaram nossa história no amor por missões e o legado
deles não parou por ai, pois eles estavam prestes a influenciar um dos maiores avivalistas
da história: JOHN WESLEY.

 John Wesley

No final do ano de 1735 os missionários moravianos estavam em direção a américa do


norte para evangelizar os índios, naquele mesmo navio, estava a bordo um jovem pastor
anglicano, inteligente, estudioso do grego, aprendeu a falar em alemão para se comunicar
com aqueles moravianos e eles teve uma experiência que mudou completamente sua vida:
O navio está ameaçando naufragar e eles está morrendo de medo de morrer, mas tem um
grupo de morávios dentro do navio que está completamente tranquilo diante daquela
loucura, louvando a Deus e aquilo gera um impacto profundo na vida de JOHN WESLEY,
que vem a se questionar sobre sua salvação, e tem inclusive uma frase famosa dele:

“FUI A AMÉRICA EVANGELIZAR OS ÍNDIOS, MAS QUEM ME CONVERTERÁ?”

Ele se questiona, tenho todo o aparato crente, mas tenho medo da morte, isso começou a
não fazer sentido em sua mente, e quando ele desce na américa, se encontra com um
moraviano que pergunta para ele: “você conhece Jesus? Ele responde que sim, que ele era
o salvador do mundo daí o cara pergunta para ele se ele sabia que Jesus havia salvado ele”

Naquele momento John Wesley começa a viver uma crise, de não ter uma experiência
convicta com Cristo, depois de um tempo ali evangelizando os índios e não obtendo muito
sucesso, ele retorna para a Inglaterra, no seu retorno ele estabelece laços com os
moravianos e certa noite quando eles estavam estudando os escritos de luteros sobre a
carta de Romanos, John Wesley teve uma experiência que transformou completamente
sua vida como ele mesmo compartilha:

“SENTI EM MEU CORAÇÃO UM ARDOR ESTRANHO, SENTI QUE CONFIAVA EM CRISTO E


SOMENTE NELE, PARA MINHA SALVAÇÃO, E ME FOI DADA A CERTEZA DE QUE ELE
REDIMIRA MEUS PECADOS, OS MEUS E ME HAVIA SALVO DA LEI DO PECADO E DA
MORTE.”

John Wesley percebeu que não era sobre ser de uma família cristão, ter boas influências e
até mesmo ser um pastor, mas o que ele precisava era de uma experiência pessoal com
Jesus, e quando ele teve essa experiência, foi lhe gerado uma convicção tão grande que ele
se viu na obrigação de ter que manifestar sobre isso a todas as pessoas.

John Wesley começou então um dos maiores avivamentos da história na Inglaterra. Temos
a partir daí uma espécie de modificação da pregação da palavra, até 1700 se você quisesse
ouvir uma pregação, um sermão, de modo geral, você precisava entrar numa igreja, agora
a gente tem uma mudança radical, temos o surgimento da pregação ao ar livre, o início de
uma pregação mais missionária e dinâmica e um nome importantíssimo para isso é o de
GEORGE WHITFIELD, é ele quem vai influenciar seu amigo John Wesley e Jonathan
Edwards (nos EUA).

Basicamente a mensagem que esses caras pregavam não era algo bom de se ouvir, como
você chegaria para pessoas com anos de convertida e falaria sobre o “nascer de novo”,
“ser nova criatura”, “se arrepender de seus pecados”, “ter vida de santidade”, por isso as
ruas para o novo estilo de pregação. Uma frase famosa de John Wesley quando
questionam ele porque ele pregava fora de sua paróquia é:

“O MUNDO É A MINHA PARÓQUIA”

Muitas pessoas se converteram através desse novo movimento, conhecido como


‘MOVIMENTO METODISTA’ que começou a acontecer dentro das casas das pessoas, o
próprio John Wesley não tinha a intenção de romper com a igreja anglicana, ele
continuava a ser um pastor anglicano, mas ele defendia a ideia de que o evangelho deveria
ser pregado de maneira simples a fim de alcançar a todos e todos precisavam ter uma
experiência pessoal com Cristo.
O evangelho agora, vai chegar a pessoas que talvez nunca tivesse a oportunidade de ir a
uma igreja, como mendigos, prostitutas.... Esse avivamento vai ter a característica da
popularização da pregação do evangelho.

O impacto da vida de John Wesley e do metodismo, influenciou não só a Inglaterra, mas o


mundo inteiro e serve de inspiração para nós até os dias de hoje.

 O grande avivamento

Praticamente ao mesmo tempo que o avivamento de John Wesley acontecia na Inglaterra,


as ideias petistas chegavam a américa do Norte e influenciaram um homem chamado
Jonathan Edwards.

O Edwards é um dos protagonistas do grande avivamento, ele é um pastor de igreja local,


é teólogo calvinista convicto, mas cria na necessidade da vivencia de uma experiência
pessoal com Jesus. Apesar de ser um cara extremamente inteligente, muito racional,
podemos ver na vida dele a união profunda da teologia e espiritualidade e da doutrina e
devoção.

Teologia – Estudo, racional, as escrituras, hermenêutica e exegese dos textos

Espiritualidade – ênfase a experiência com Deus, manifestação dos dons e afins

Doutrina – leitura das escrituras, estudo fático da palavra

Devoção – oração, jejum e afins

OBS: É NECESSÁRIOS OS DOIS REMOS DO CRISTIANISMO, COMO JÁ DISSE LUTERO,


ESPIRITUALIDADE E DEVOÇÃO DEVEM ANDAR EM CONJUNTO COM A TEOLOGIA E
DOUTRINA.

Foi incansável em gera um despertamento em sua comunidade cristão e isso realmente


aconteceu. Milhares de pessoas vieram ouvir sua pregação, pessoas choravam, gritavam e
queria algo novo em Deus, lembrando que suas pregações não eram movidas por emoção,
mas diretas e profundamente bíblicas.

Edwards tem uma pregação famosa que é a ‘pecadores nas mãos de um DEUS irado’ e ele
nem consegue terminar, as pessoas urravam de arrependimento pelos seus pecados.

O avivamento feito por Deus através de Edwards foi tão forte que, pela primeira vez na
história as colônias norte americanas começaram a ter uma unidade, um sentido de
identidade único que inclusive influenciaria na independência dos EUA.

 Missões mundiais

Não podemos deixar de mencionar William Carey, um dos maiores nomes em missões
mundiais. Ele foi criado por uma família anglicana, mas em sua juventude, ele passou por
uma profunda experiência religiosa e tornou-se Batista, era apaixonado por leitura e isso
fez com ele se apaixonasse por terras e culturas diferentes e com isso, juntamente com
sua paixão pela palavra e convicção do verdadeiro evangelho ele se convenceu de que era
completamente necessário o cumprimento do Ide.
Que a grande comissão de Jesus não era para os apóstolos, como muitos acreditavam
naquela época, então em 1792 diante da associação dos ministros batistas Carey pregou
seu famoso sermão ‘uma exortação as missões’ que fez com que com que o grupo criasse
um movimento para arrecadar fundo a fim de enviar missionários ao campo.

O próprio William Carey foi enviado juntamente com sua família para a índia e a influência
dele ali naquele país permanece até os dias de hoje, um dos grandes feitos dele foi a
proibição de uma cultura comum daquele lugar, na época, que era queimar as viúvas
juntamente com seus maridos, diversas associações missionarias foram criadas na Europa
e em outros lugares inspiradas nas histórias de William Carey.

Nós não podemos deixar de ressaltar também DAVID LIVINSGTONE, que foi um dos
pioneiros nas missões mundiais para a África, foi ele, o maior explorador do continente
Africano, ele que descobriu as Cataratas Vitória, foi ele que fez as primeiras grandes
expedições em solo africanos, quando ele faleceu no continente africano, mandaram o
corpo dele para ser velado na Inglaterra, mas o seu coração foi enterrado na África, porque
as pessoas entendiam que seu amor pelo povo africano era muito grande.

Mais uma vez precisamos ressaltar Deus como o único Senhor da história.

Não podemos negar que a ideia do racionalismo abalou a igreja naquele momento,
gerando um grande esfriamento entre os cristãos, apesar de todos os avivamentos que
Deus trouxe, a ideia do racionalismo continuou crescendo e culminou, por exemplo, na
revolução francesa do século 18 e com o surgimento do iluminismo onde agora a ciência
poderia caminhar com as próprias pernas sem a influência da igreja.

Na era medieval as regras eram ditadas pela igreja, mas agora tudo se move em função da
razão e ciência, agora vamos ver com muita clareza o antropocentrismo, as pessoas não
querem mais o envolvimento da igreja e tudo isso gera um grande abalo teológico, afinal o
lema agora era o ‘não precisar de um ser superior para nada’.

As mudanças intelectuais do século 19, trouxeram um grande desafio para a igreja e o


cristianismo se viu na responsabilidade de responder a tudo isso, boa parte do
protestantismo acabou abraçando essas ideias e incorporando elas e algumas vezes de
maneira demasiada.

 O Liberalismo teológico

No século 19 começou a revolução industrial trazendo uma grande mudança em toda a


Europa, as pessoas e as famílias agora estavam migrando para as grandes cidades e
aquelas antigas estruturas das grandes famílias foram reduzidas apenas aos pequenos
lucros familiares e as famílias acabaram perdendo muitos de seus costumes e tradições
nessa época e esse fenômeno acabou ocasionando num grande individualismo das pessoas
na Europa e isso acabou influenciando no desenvolvimento da filosofia, literatura e da
ciência no que se refere ao ‘EU MODERNO’ e esse individualismo acabou entrando na
igreja.

Com a revolução a sociedade começou a pensar mais no futuro, pensa além, busca por
novos conhecimentos e grandes descobertas e começamos a ver um grande otimismo
como nunca antes, a indústria, a tecnologia e a ciência vai trazer um progresso da
humanidade.

A evolução do conhecimento traz as pessoas um sentimento de ânimo, de estarem


conseguindo fazer algo que, supostamente, Deus nunca conseguiu, que é dar um fim nos
problemas da humanidade, então isso gerou um certo otimismo no meio do povo europeu
com relação a ciência e aquilo que a ciência poderia gerar a eles.

Essa foi a época que o espirito do progresso e do desenvolvimento estava na mente de


todas as pessoas e esse grande otimismo começou a ser a base onde a sociedade europeia
se estabeleceu.

No dia 24 de novembro de 1859, Charles Darwin (um dos pesquisadores mais influentes da
história da ciência, uma vez que levantou pontos sobre como as espécies mudaram ao
longo do tempo) publicou seu famoso livro sobre a origem das espécies mediante a
seleção natural ou a preservação das raças favorecidas na luta pela vida (ORIGEM DAS
ESPÉCIES).

De certo modo a teoria de Darwin era a expressão desse otimismo na natureza, agora nas
ciências naturais, porque o próprio ser humano evoluiu naturalmente e a tendência para o
futuro é que a sociedade continue evoluindo, afinal de contas, por conta dessa teoria o
progresso faz parte da estrutura do próprio universo.

E assim chegaram à conclusão de que os seres humanos não foram sempre iguais e que,
inclusive, as ideias religiosas também evoluíram com o tempo.

Obvio que tudo isso gerou um enorme conflito nas igrejas além de extensos debates e boa
parte da teologia se viu na obrigação de trazer novas respostas, novas explicações para
essa era moderna, de trazer uma razoabilidade para a fé, afinal, em tempos de
desenvolvimentos tecnológicos, como poderiam acreditar nos milagres bíblicos e ao
mesmo tempo ter luz elétrica, essas coisas eram incompatíveis e a teologia começou a
adaptar suas ideias para que a fé fosse mais aceita no campo da ciência moderna.

Diante de tanta racionalidade, Deus é colocado de lado, e as experiência sobrenaturais


narrados na bíblia, são tratados como mitos ou metáforas de algo que está sendo
transmitido, dando início ao que conhecemos como ‘TEOLOGIA LIBERAL’ (não possuíam
uma vertente, a ideia era simplesmente essa liberdade de pensamentos), em grande parte,
os teólogos liberais eram aqueles que questionavam se os milagres eram reais, que Jesus
não ressuscitou de verdade, que foi somente a ideia de Jesus em nossos corações.

Alguns teólogos liberais: Ferdinand Baur, Friedrich Schleiermancher, Albrecht Ritschl,


Ernst Troeltsch, etc

Dai partem novas interpretações de textos, como o da multiplicação de pães e peixes,


trazendo uma nova ideia para o texto de não ter havido a multiplicação e sim a ideia da
generosidade, que todos deram um pouco e assim todos se alimentaram.

Em geral esses teólogos eram profundos eruditos (excesso de conhecimento), que se viam
na responsabilidade de trazer uma explicação aos acontecimentos da sua época.

Esses teólogos traziam, também, a ideia de que Jesus nunca foi Deus mesmo, era
simplesmente um homem de uma moral elevada, a bíblia começou, de certa forma, a ser
descontruída do seu significado religioso.
Então começou-se uma busca por um Jesus real, histórico, que era ela na verdade um
mestre filosófico, um mestre da moral, que deveria transformar nossos corações e fazer
com que a igreja fosse mais amorosa.

Transformaram Jesus em duas partes, a figura histórica e o cristo da fé sendo outra coisa.

A fé foi sendo transformado em algo subjetivo a religião foi colocada no campo da ética,
tendo Jesus como um representante do que é moral, onde todos devem priorizar o amor
ao próximo e contribuir para o bem comum.

Ideias como pecado original, a vida após a morte, foram ficando um pouco de lado e o que
os cristãos precisavam pregar era esse amor e essa ética que o cristianismo nos traz. A
igreja se viu enfrentando grandes desafios nesse campo intelectual e ela precisava reagir
de alguma maneira.

 Os Fundamentalistas

Mesmo com o grande crescimento da teologia liberal e todos os erros que eles
cometeram, não podemos negar que os protestantes nunca tiveram medo de enfrentar os
desafios do seu tempo e lá nos EUA, as ideias liberais começaram a se estabelecer em todo
o território nacional, mas diante dessa teologia racional, alguns protestantes começaram a
reagir.

E em respostas a esse liberalismo teológico surgem os ‘FUNDAMENTALISTAS’ com a ideia


de rebater as atuais ideias defendidas pela teologia liberal. No ano de 1895 os evangélicos
se reuniram, próximo as Cataratas do Niágara e estabeleceram ali os ‘CINCO
FUNDAMENTOS DA FÉ’ que rebatiam todas as ideias da teologia liberal:

- INFALIBILIDADE DA BÍBLIA

- DIVINDADE DE JESUS CRISTO

- NASCIMENTO VIRGINAL DE JESUS

- MORTE EXPIATÓRIA DE JESUS NA CRUZ

- RESSURREIÇÃO CORPÓREA DE JESUS E SUA VOLTA

Vale a pena ressaltar que, esses fundamentalistas não tinham nada a ver com o termo que
nós usamos hoje em dia que fundamentalistas são pessoas legalistas, moralistas e anti-
intelectuais, aqui eram pessoas que estavam voltando para os fundamentos bíblicos.

Foi nessa época que as ESCOLAS BIBLICAS DOMINICAIS começaram a ser estabelecidas
com mais força, justamente a fim de ensinar as pessoas e reagirem a teologia liberal.

Já algumas comunidades acabaram se voltando para a busca de santidade e uma ênfase


carismática. Dwight Moody foi um desses avivalistas de santidade, essas igrejas
começaram a crescer nos EUA, mas a grande ênfase veio mesmo no ‘AVIVAMENTO DA
RUA AZUSA’.
Em 1906, o pastor William Joseph, fundou uma pequena comunidade no número 312, Rua
Azusa, Los Angeles, ele é o que podemos considerar como o ‘PAI DO PENTECOSTALISMO’ e
um líder do avivamento na rua azusa.

William começa a pregar sobre atos 2, a necessidade de sermos batizados com o Espirito
Santo e daí inicia-se o avivamento da rua azusa. Eram algo sobrenatural, as pessoas ao
redor eram impactadas, tamanha a presença de Deus.

Multidões foram atraídas e o que podemos ver nesse movimento foi a união de pretos e
brancos, algo incomum para a época e localidade e mais uma vez o amor por missões toma
grande proporção em meio ao avivamento.

E por esse amor e necessidade de fazer missões que o movimento pentecostalista toma
uma proporção tão grande e alcança a tantos lugares, foi justamente esse avivamento da
Rua Azusa que é considerado como o surgimento do pentecostalismo.

 O Protestantismo no Brasil

Como sabemos o protestantismo não entrou na América latina de maneira definitiva até o
século 19, isso porque a Espanha e Portugal tentaram ao máximo manter suas colônias
fechadas para a entrada de estrangeiros, mas quando os países começaram a ganhar sua
independência eles começaram a se relacionar melhor com as outras potências mundiais,
que eram de maioria protestante.

Já no Brasil, quando a família real fugiu de Portugal e veio para o Brasil, a Inglaterra
começou a pressionar o Brasil para que abrissem os seus portos para relações comerciais e
nesse acordo comercial assinado com a Inglaterra no ano de 1807 estava uma cláusula que
permitia os protestantes entrarem no Brasil e começarem os seus cultos religiosos desde
que os seus templos não se parecessem com templos, inclusive por isso muitas igrejas
evangélicas hoje no Brasil não possuem obras de artes e estruturas de arquitetura como
nós vemos na Europa, porque quando os protestantes começaram a entrar no Brasil eles
não podiam construir templos religiosos.

Muitos protestantes vieram através da imigração, como o caso dos alemães (luteranos) do
sul do país (1824), que geram força ao protestantismo no Brasil, sendo eles a marca da
primeira chegada de protestantes no Brasil.

O segundo grupo de protestantes a chegar no Brasil, foram os congregacionais (uma ideia


baseada na liberdade de consciência e escolha) através do médico Robert Kalley e sua
esposa Sarah (10 de maio de 1855) - Protestantismo Missionário- Logo eles começaram a
ganhar proporção na cidade de Petrópolis e a ganhar prestigio da família real o que fez
com que as portas para os protestantes começassem a se abrir.

E foi assim, através dos congregacionais que implantaram a primeira igreja protestante
independente do Brasil (1868) e inspirados pela abertura que aconteceu no Brasil um
outro grupo a enviar missionários para o Brasil foram os presbiterianos e o primeiro deles
foi Ashbel Green, que aos 26 anos foi enviado para explorar as terras brasileiras e ele
chegou no Rio de Janeiro em 12 de agosto de 1859.
Em 1861 Ashbel conseguiu seus dois primeiros convertidos e em 1862 foi implantada a 1ª
igreja presbiteriana do Brasil – Rio de Janeiro que em pouco tempo começo a se expandir
por todo o território nacional.

No ano de 1881 chegaram no Brasil William e Anne Buck os missionários batistas, eles
foram enviados a fim de ajudar a pastorear um pequeno grupo de imigrantes americanos
que estavam na cidade de Santa Bárbara no interior de São Paulo, ficaram ali por pouco
tempo e logo em seguida eles foram para a Bahia e se estabeleceram ali.

Em outubro de 1882 foi implantado a 1ª igreja Batista do Brasil em Salvador/Bh (existe


uma discussão se a primeira igreja foi em salvador ou santa barbara, mas oficialmente foi a
de salvador) e logo após isso os Batistas começaram a se expandir por todo o território
nacional.

No ano de 1910 chegaram ao Brasil dois missionários suecos, Gunnar Vingren e Daniel
Berg, que a princípio começaram a frequentar uma igreja Batista em Belém/PA, esses dois
missionários haviam sido fortemente influenciados pelo avivamento da Rua azusa.

O pastor daquela igreja resolveu tirar um período de férias e aqueles dois missionários
ficaram sob a responsabilidade da igreja, eles começaram algumas reuniões de oração e
em pouco tempo os dons do Espirito Santo, as manifestações carismáticas começaram a
acontecer ali naquela igreja e através daqueles dois jovens o ‘MOVIMENTO
PENTENCOSTAL’ chegou no Brasil e foi implantado no Brasil a Assembleia de Deus (1911)
que rapidamente se expandiu por todo o território nacional e se tornaria a maior igreja
pentecostal do mundo.

A assembleia de Deus é o protestantismo que deu certo no Brasil, afinal, cresceu de


maneira absurda.

 O colapso do progresso

Ao longo do século 19 a sociedade se viu destinada a guiar o mundo para um período de


felicidade e de fartura. A revolução industrial trouxe conforto e tecnologia como nunca
antes na história da humanidade e todos estavam com aquele otimismo pelo progresso,
mas toda essa esperança foi destroçada pelas duas guerras mais mortais que a história já
viu.

Quando as duas guerras chegaram, o próprio progresso tecnológico que a humanidade se


orgulhava começou a ser utilizado para a destruição e para matar as pessoas, as guerras
tiveram um poder destrutivo como nunca antes com o uso de tecnologias, através de
batalhas aéreas, submarinas, terrestres, uso de armas químicas, não havia limites para a
destruição.

Somente na 2ª guerra mundial, as estatísticas apontam para uma quantidade de mortes entre 70 a
85 milhões de mortos, além de soldados, milhares de civis e judeus foram brutalmente assassinados
durante esse período.

E com as guerras morreu também aquele otimismo e expectativa que abraçava a humanidade.

Aquela euforia e sentimento de que tudo mudaria para melhor, começou a entrar em colapso e isso
fez com que o homem voltasse e pensasse que esse mundo movido pela razão, onde se coloca Deus
de lado, uma hora falha, porque claramente tudo parecia perdido naquele momento.
E além da frustração desse otimismo da sociedade a teologia liberal também sofreu um profundo
abalado por conta das 2 guerras mundiais, porque aquela esperança que o homem, através do
cristianismo, vai trazer uma nova ordem para a sociedade também foi abalada.

Depois da última guerra, onde houve um profundo desencontro com essa necessidade de
racionalizar tudo, as pessoas começaram novamente a olhar para a bíblia com um outro olhar, a
teologia agora precisava de gerar novas respostas em relação a tudo o que o mundo enfrentava
naquele tempo.

Os lugares que eram predominantemente protestantes como Alemanha, Escandinávia, Grã-


Bretanha, começou a enfrentar um grande secularismo e esfriamento espiritual e as pessoas
começaram a simplesmente parar de frequentar as igrejas, porque não viam mais no cristianismo
uma esperança para um mundo melhor, a Europa já não era mais o centro do cristianismo, a
teologia precisava urgentemente trazer respostas para tudo o que estava acontecendo no mundo.

Durante as guerras, diversos teólogos tentaram se levantar e reagir a tudo o que estava
acontecendo, como por exemplo Karl Barth e Dietrich Bonhoeffer.

Apenas após 20 anos após a guerra, alguns países tiveram um número drasticamente reduzido de
pessoas que frequentavam alguma igreja e em alguns países sendo praticamente menos de 10% da
população.

Mas como sempre, Deus não fica sem voz na história e após as guerras Deus começou a gerar um
novo folego aos protestantes.

 Os evangelicais

Com a redução do liberalismo pelo mundo os evangelicais começaram a ganhar força com sua
doutrina tradicional do pecado original e da salvação apenas pela graça, a igreja se beneficiou pelo
movimento dos evangelicais, com ideias muito semelhante à dos fundamentalistas.

Porém, eles não estão em combate a ciência, são teólogos que marcam uma nova era de discussão
com a sociedade, de interpretação bíblica e o redescobrimento da piedade, da vida no espirito, da
busca pessoa, disciplinas espirituais e da bíblia como um manual de fé e prática.

E após as guerras, os evangelicais começaram a se destacar como os novos eruditos, houve um


redescobrimento da metafisica, da espiritualidade e da busca pelo sobrenatural e isso não só no
cristianismo, muitas outras religiões passaram por esse redescobrimento.

O movimento de apologética ou defesa da fé começou a crescer como nunca antes, os evangelicais


começaram a dialogar com a sociedade, com a cultura, com os desafios do século, buscando uma
teologia bíblica, tradicional e que respondessem as questões do momento.

Universidades bíblicas começaram a ser fundadas, numerosas obras começaram a ser publicadas,
revistas e periódicos importantes como ‘Christianity Today’, vários novos seminários começaram a
ser implantados.

E nesse tempo pós-guerra, os teólogos também estavam mais sensíveis as causas sociais. Os
evangelicalistas trazem a teologia ortodoxa (verdadeira) e o que isso reflete na sociedade e nas
pessoas, gerando a preocupação com o pobre, os necessitados, eles integravam a fé com suas
posturas sociais.

Temos como exemplo o Pr. Matin Luther King (1929-1968), que foi um grande pastor e teólogo que
lutou contra a segregação racial nos EUA, e se tornou mundialmente famoso por sua forma de luta
pacifica contra a injustiça social.
Com o desenvolvimento de rádios e tvs, a igreja viu uma ótima oportunidade de expandir a
pregação do evangelho, diversas cruzadas (movimentos com inspiração cristã) evangelisticas
começaram a acontecer no mundo e um dos principais nomes da época foi o evangelista Billy
Graham (1918-2018), que através das suas famosas cruzadas evangelísticas ele pregou o evangelho
para mais de 200milhôes de pessoas e cerca de 3milhões de pessoas tomaram sua decisão por
Cristo, através da obra e da vida de Billy Graham, além de outras milhares de pessoas que foram
abençoadas e alcançadas através de seus programas de rádio, programa de tv e dos seus filmes.

Billy Graham marcou a época, era um homem completamente devoto a bíblia e a pregação do
verdadeiro evangelho, foi ele um apoiador do ‘CONGRESSO MUNDIAL DE EVANGELISMO ‘ em
Lausanne/Suíça em 1974.

Os evangelicais começaram a se reunir para discutir a necessidade de pregar o evangelho para o


mundo, não apenas pela pregação da palavra, mas através da ação social, a fim de gerarem
mudanças no mundo.

Ali estavam reunidos teólogos de várias correntes e percepções diferentes, até mesmo alguns
liberais, mas ali eles fizeram um compromisso, uma declaração de fé e foi produzido um documento
que é conhecido como ‘PACTO DE LAUSANNE’ e ele marca esse compromisso teológico,
compromisso hermenêutico, de como nós vamos olhar para a bíblica, o que nós cremos sobre a
bíblia, sobre a salvação.

Alguns nomes do congresso:

- JOHN STOTT

- FRANCIS SCHAEFFER

Não podemos deixar de mencionar que nesse períodos pós-guerra os pentecostais começaram a
crescer de maneira absurda por todo o mundo, e no Brasil principalmente entre as classes mais
baixas e nas periferias das cidades, trazendo uma nova motivação e um novo folego para as
pessoas.

Os pentecostais nunca foram muito bem vistos pelo cristianismo, sofreram discriminação nas mãos
tanto de católicos quanto de protestantes durante muito tempo, esse pentecostalismo clássico ele
vai ser aceito por outras denominações muito recentemente, até então era visto com muita
desconfiança.

 A igreja moderna

Desde a 2ª guerra mundial reavivamentos começaram a acontecer, mas agora de forma periódica,
em alguns locais e comunidades. O fenômeno da nova igreja eletrônica e virtual com cultos online
também tem contribuído muito para a expansão do cristianismo.

Uma característica interessante dos nossos tempos e dessa era pós-moderna é o surgimento de
novas igrejas independentes.

Uma coisa que a reforma protestante fez, foi desafiar aquela fé que era hegemônica (supremacia de
um povo sobre outro) e dizer para as pessoas que era possível crer e pensar teologicamente por si,
e isso fez com que, historicamente, muitas igrejas novas surgissem.

E o surgimento das mega igrejas, na verdade tem crescido de maneira abundante ao redor do
mundo, utilizando-se de estratégias de mídias, sociologia para pregar um evangelho que seja mais
aceito pela sociedade, mais relevante entre as pessoas de classe alta e também os acadêmicos.
Divisões de pequenos grupos nas casas das pessoas, células em universidades tem se tornado uma
grande estratégia de comunhão, evangelização e expansão do evangelho, principalmente nas
grandes zonas urbanas ao redor do mundo.

Na década de 70 e 80, as novas condições financeiras do mundo e o conforto das pessoas,


acabaram influenciando em uma nova onde pentecostal, com ênfase numa teologia triunfalista
(necessidade excessiva de sucesso) voltada para a felicidade pessoal, riquezas financeiras e essa
nova onda, do evangelho triunfalista acabou rompendo com a igreja pentecostal tradicional e
começou a ser conhecida como o ‘MOVIMENTO DOS NEOPENTECOSTAIS’ que também tem
influenciado a muitas pessoas ao redor do mundo.

Esse movimento não faz qualquer questão de ser associado aos pentecostais, tomaram grande
proporção na midiática (ao ligar a tv e a radio certamente verá ou ouvirá algumas dessas igrejas),
são pessoas ligadas ao “manifestar do espirito”, busca da cura divina, operam de maneira acirrada
na necessidade da expulsão de demônios e busca de milagres.

E desse movimento neopentecostal, oriundo dos EUA, vão surgir novos seguimentos que não
haviam antes, por exemplo, ‘DOUTRINA DA PROSPERIDADE’, uma doutrina clássica dos EUA, tomou
proporção final da década de 80 e que vem para o Brasil principalmente no meio neopentecostal.

Isso tudo nos mostra que o cristianismo continua vivo, crescendo e se adaptando de acordo com o
tempo, cultura e suas necessidades.

A pergunta é:

Como esse crescimento será no futuro?

Será não estamos apenas crescendo numericamente e se esquecendo da necessidade de viver o


verdadeiro evangelho e assim crescer teologicamente robusta e espiritualmente vibrante?

Será que não há uma necessidade de paramos e fazer uma análise e voltarmos as origens básicas?

No mundo em que o individualismo é a marca fundamental, a igreja tem o papel de trazer uma
amarra para essas pessoas que vivem de maneira isolada e num mundo completamente vazio em
busca apenas de suas necessidades particulares.

A igreja não é apenas o local que vamos uma vez por semana cultuar ao Senhor, a igreja é muito
além disso, é comunhão, é uma grande família, a proposta neotestamentária (novo testamento) era
justamente a ideia de uma grande comunidade, onde as pessoas compartilham a vida.

A igreja atual enfrente alguns desafios como:

- Desafio de se fazer boa teologia, teologia profunda e teologia na igreja;

- Desafio de como a igreja deve se posicionar nas questões públicas, politica, por exemplo.

Nós vivemos ainda momentos difíceis, onde se cresce o secularismo, o movimento dos
desigrejados, onde pessoas que dizem acreditar em Deus, mas preferem não se envolver com o
ambiente igreja.

A igreja passa por diversas questões no decorrer da história, como desanimo, discussões teológicas,
esfriamento, heresias, guerras, mas Deus jamais ficou sem voz na história, então sim, existe algo
que Jesus está fazendo nossa geração e não é porque a maioria está perdido dentro mesmo da
igreja que o Senhor da história não está agindo e fazendo algo grandioso para que seu nome seja
exalado, manifestado e engrandecido em mais uma geração.

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