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CAPÍTULO 1
(100 a 313 A.D. / 313 – 590 A.D.)
Introdução
Como dissemos, a formulação das doutrinas foi gerada pelos desvios da fé. A fim de
definir os que de fato poderiam ser chamados de cristãos, a igreja, frente ao desafio
das heresias, passou a sistematizar pontos doutrinários que exprimiam a “fé que de
uma vez por todas foi entregue aos santos.”
AS PERSEGUIÇÕES
CAPÍTULO 2
Ao povo em geral, a Igreja respondeu chamando-o a ver a conduta moral dos cristãos,
muito superior à dos pagãos. Aos cultos e letrados, a igreja respondeu através dos
Apologistas: Discurso a Diogneto, Aristides, Justino Mártir, Taciano (Discurso aos
gregos), Atenágoras (Defesa dos Cristãos e Sobre a Ressurreição dos Mortos), Teófilo
(Três livros a Autólico), Orígenes (Contra Celso), Tertuliano (Apologia), Minúcio
Félix (Otávio).
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CAPÍTULO 3
AS HERESIAS
As primeiras heresias enfrentadas pela Igreja vieram dos judeus convertidos, problema
já enfrentado por Paulo na igreja da Galácia. Os ebionitas, eram farisaicos em sua
natureza. Não reconheciam o apostolado de Paulo e exigiam que os cristãos gentios se
submetessem ao rito da circuncisão. No desejo de manterem o monoteísmo do Antigo
Testamento, os ebionitas negavam a divindade de Cristo e seu nascimento virginal,
afirmando que Ele só se distinguia dos outros homens por sua estrita observância da
lei, tendo sido escolhido como Messias por causa de sua piedade legal.
Os elquesaítas, por sua vez, apresentavam um tipo de cristianismo judaico assinalado
por especulações teosóficas e ascetismo estrito. Rejeitavam o nascimento virginal de
Cristo, mas julgavam-no um espírito ou anjo superior. A circuncisão e o sábado eram
grandemente honrados; havia repetidas lavagens, sendo-lhes atribuídos poderes
mágicos de purificação e reconciliação; a mágica e a astrologia eram praticadas entre
eles. Com toda probabilidade se referem a essas heresias a Epístola aos Colossenses e
I Timóteo.
O ambiente gentílico também forneceu sua cota de heresias que atingiram a Igreja. O
Gnosticismo, muito embora não possuísse uma liderança unificada e se apresentasse
como um corpo doutrinário amorfo, foi terrível para a Igreja. Já vemos um
gnosticismo incipiente no próprio período apostólico (Cl 2.18 ss; I Tm 1.3-7; 6.3ss; II
Tm 2.14-18; Tt 1.10-16; II Pe 2.1-4; Jd 4,16; Ap 2.6,15,20ss). Nesse período, Celinto
ensinava uma distinção entre o Jesus humano e o Cristo, que seria um espírito superior
que descera sobre Jesus no momento do batismo e tê-lo-ia deixado antes da
crucificação. Vemos João combatendo indiretamente essa heresia em João 1.14; 20.31;
I João 2.22; 4.2,15; 5.1,5-6 e II João 7.
No II (segundo) século, esses erros assumem uma forma mais desenvolvida, muito
embora continuassem como um corpo amorfo. A bem da verdade poderíamos dizer
que houve “gnosticismos”, mas há pensamentos comuns às várias correntes gnósticas.
Gnosticismo vem do grego, “gnosis”, que significa “conhecimento”. Para os
gnósticos, a salvação era alcançada através do conhecimento esotérico de mistérios, os
quais só eram revelados aos iniciados. Dividiam a humanidade em “pneumáticos”,
“psíquicos” e “hílicos”. Os primeiros eram a elite da igreja, os que alcançavam o
conhecimento que leva à salvação; os seguintes, eram os cristãos comuns, que
poderiam alcançar a salvação através da fé e das boas obras; os últimos eram os
gentios, irremediavelmente perdidos.
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Na cosmovisão gnóstica, tudo que era material era essencialmente mau, e o que era
espiritual era essencialmente bom. Logo, o Deus do Novo Testamento não poderia ser
o deus do Antigo Testamento. O deus do AT era tido como Demiurgo, o criador do
mundo visível. Ainda na visão gnóstica, entre o Deus bondoso que se revelou em
Cristo e o mundo material havia vários intermediários, através dos quais o homem
poderia achegar-se a Deus.
Sendo o corpo mau e o espírito bom, os gnósticos tendiam para dois extremos: alguns
seguiam um ascetismo rigoroso, mortificando a carne, enquanto outros se lançavam na
mais desregrada libertinagem.
Outra heresia que mereceu o combate da Igreja foi a heresia de Márcion, filho do
bispo de Sinope, que parece ter tido duas grandes antipatias: Pelo Judaísmo e pelo
mundo material. Ensinava Márcion, à semelhança dos gnósticos, que Iavé, o Deus do
AT não era o Deus do NT, este, o Deus supremo. Iavé era um deus mau, ou pelo
menos ignorante, vingativo, ciumento e arbitrário. O mundo material e suas criaturas
eram criação de Iavé e não do Deus supremo. Este, entretanto, apiedou-se das criaturas
de Iavé e enviou Jesus, que não nasceu de uma mulher, posto que isso faria com que
passasse a ser criatura do deus inferior. Jesus surgiu como homem maduro no reinado
de Tibério, na Galiléia.
Márcion rejeitou o Antigo Testamento, que até então eram as Escrituras aceitas na
Igreja Cristã (o cânon do NT ainda não havia sido elaborado) por serem a palavra de
Iavé, o deus inferior, e formulou um cânon para si e seus seguidores, que constava do
evangelho de Lucas, expurgado do que ele considerava “judaísmo”, e das cartas de
Paulo.
Também ensinava Márcion que não haverá juízo final, posto que o Deus amoroso a
todos perdoará. Negava a criação, a encarnação e a ressurreição final.
Márcion chegou a formar uma igreja independente e seu ensino foi de um perigo
terrível para a igreja, que na época não possuía um corpo doutrinário estabelecido e
reconhecido por toda a cristandade.
Como se não bastasse essas heresias, houve também as heresias dos Montanistas e dos
Monarquistas. Os montanismo surgiu na Frígia, por volta do ano 150. Montano
afirmava que o último e mais elevado estágio da revelação já fora atingido. Chegara a
era do Paracleto, que falava através de Montano, e que se caracterizava pelos dons
espirituais, especialmente a profecia. Montano e seus colaboradores eram tidos como
os últimos profetas, trazendo novas revelações. Eram ortodoxos no que diz respeito à
regra de fé, mas afirmavam possuir revelações mais profundas que as contidas nas
Escrituras. Faziam estritas exigências morais, tais como o celibato (quando muito, um
único matrimônio), o jejum e uma rígida disciplina moral.
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CAPÍTULO 4
A REAÇÃO DA IGREJA
Definiu também a igreja regras de fé, sendo a mais antiga o chamado Credo
Apostólico, o qual resumia aqueles pontos de fé que o cristão genuíno deveria
subscrever, e era claramente trinitariano (Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador
do céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi
concebido por obra do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob o poder
de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; no terceiro dia ressurgiu dos
mortos, subiu ao céu, e está sentado à mão direita de Deus Pai, todo poderoso, de onde
há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na santa igreja
católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados, na ressurreição do corpo e
na vida eterna).
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CAPÍTULO 5
OS PAIS DA IGREJA
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chegou à verdadeira declaração trinitariana, posto que concebia que uma Pessoa
estaria subordinada às outras.
Segundo ele, o homem foi criado à imagem de Deus, sem imortalidade (sem
perfeição), mas com a capacidade de recebê-la no caminho da obediência. O pecado é
desobediência e produz a morte; a obediência produz a imortalidade. Em Adão, a raça
humana inteira ficou sujeita à morte.
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Tertuliano - O pecador, pelo arrependimento, obtém a salvação pelo batismo. Os
pecados cometidos após o batismo requerem satisfação mediante penitência, ficando
cancelada a punição após o seu cumprimento. Antevê-se a base do sacramento
católico-romano da penitência.
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CAPÍTULO 6
OS PAIS ALEXANDRINOS
Clemente não era um cristão tão ortodoxo quanto Irineu ou Tertuliano, mas
como os apologistas, buscava uma ponte entre a filosofia da época e a tradição cristã.
Tinha como mananciais do conhecimento das coisas divinas tanto as Escrituras quanto
a razão humana.
Já Clemente não foi claro na sua exposição do Logos. Em algumas ocasiões ressaltava
a subsistência pessoal do Logos, Sua unidade com o Pai e Sua geração eterna, e em
outras O representa como a razão divina, subordinada ao Pai.Distingue ele entre o
Logos de Deus e o Logos-Filho, que Se manifestou em carne.Clemente não tenta
explicar a relação entre o Espírito Santo e as demais Pessoas da Trindade.
Para Orígenes, a influência remidora do Logos se estenderia além desta vida, não
somente os que tivessem vivido sobre a terra e morrido, porém, igualmente, todos os
espíritos caídos, inclusive Satanás e seus anjos maus. Haverá uma restauração de todas
as coisas.
Orígenes considerava a Igreja como a congregação dos crentes, fora da qual não
haveria salvação. Embora reconhecesse o sacerdócio universal dos cristãos, também
dizia haver um sacerdócio separado e dotado de prerrogativas especiais. Orígenes e
Clemente ensinavam que o batismo assinala o começo da nova vida na Igreja, bem
como inclui o perdão dos pecados.
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CAPÍTULO 7
O EDITO DE MILÃO
Entrando vencedor em Roma, Constantino foi bem acolhido pelo povo e pelos mais
abastados. Mandou matar um filho de Maxêncio e alguns de seus amigos. Reparou os
aquedutos com dinheiro do próprio bolso. Aceitou sem problemas a bajulação e as
honras "divinas" dos seus súditos pagãos, autorizando inclusive a construção de um
templo e a fabricação de uma estátua a ele dedicados. A transição da tolerância para a
intolerância diante do paganismo será lenta.
Mandou fazer nas moedas o monograma X-P e enviou uma carta a Maximino Daia
"convidando-o" a suspender a perseguição. No inverno de 312-313, o tesouro
contribuiu para que fossem reconstruídos os edifícios de culto e o papa Milcíades
obteve de Fausta o palácio de Latrão.
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CAPÍTULO 8
OS POVOS BÁRBAROS E O MUNDO CRISTÃO
Pelo ano 400, os cidadãos do Império Romano sentiam-se parte da mais formidável,
segura e sagrada estrutura política. Alguns julgavam até que o Império era o
equivalente terreno do Reino de Deus. Nada poderia ser mais fascinante e abençoa do
que um Império governado por um imperador cristão e não somente cristão: um
Imperador protetor e preocupado com a fé de seus súditos.
Mas, era ilusão: havia já trezentos anos que o Império entrara em decadência. Os
povos germânicos pressionavam as fronteiras. O exército, que abrigava mercenários,
não era mais a formidável estrutura protetora e garantia da ordem.
Em 430, o norte da África está assediado, prestes a cair. Agostinho, o grande romano,
morre numa Hipona cercada. A Bretanha cristã é assaltada pelos anglos e saxões e
praticamente desaparece lá a fé cristã.
Em 452, o huno Átila ameaça tomar e saquear Roma. O papa Leão Magno
corajosamente dirige-se ao seu encontro pedindo clemência. Foi atendido.
Em 476, Odoacro, rei dos hérulos, conquista Roma. Os bárbaros ocupam o trono do
Ocidente cristão. E guerrearão entre si para o controle e domínio do espólio imperial.
Havia bárbaros pagãos e bárbaros arianos, como os germanos. Desafio duplo para a
Igreja.
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CAPÍTULO 9
OS PAIS PÓS-NICENOS DO ORIENTE
Os Pais da parte da Igreja pertencente àquilo que deve ser chamado de escolas
alexandrina e antiocana de interpretação. Homens como Crisóstomo ou Teodoro da
Mopsuéstia seguiram a escola antiocana ou s[iria de interpretação, enfatizandoo estudo
histórico- gramaticalda Bíblia na intenção de descobrir o significado qu o escritor
sagrado tinha para aqules a quem escreveu. Evitaram a tendência alegorizante
praticada pelos seguidores da escola alexandrina, ainda grandemente influenciadores
por Orígenes.
João, Chamado Crisóstomo, logo depois de sua morte devido à sua eloquência,
mereceu literalmente o nome de “boca de ouro” que lhe deram. Nasceu por volta de
345 numa rica familia aristocracia de Antioquia.Por algum tempo, praticou a
advocacia, mas após seu batismo em 368 fez-se monge. Ordendo em 386, pregou em
Antioquia até o ano de 398 alguns de seus melhores sermões.
Crisóstomo viveu uma vida simples de pureza que era por si mesmo uma censura aos
seus paroquianos de Constantinopla, cujo o padrão de vida era altíssimo.
Extremamente asceta em sua enfase sobre simplicidade de vida e inclinado ao
misticismo, nem sempre agia com moderação.
Para ele, não deveria haver divórcio entre moral e religião; a cruz e a ética devem
camhinha de mão dadas. Não é por acso que ele tenha sido e continue sendo um dos
maiores oradores sacros que a igreja oriental já teve.
Outro notável Pai da Igreja é Teodoro Mopsuéstia.Ele também estudou a Bíblia por 10
anos com Diodoro de Tarso esta instrução foi por ter nascido numa familia rica.
Um dos Pias da Igreja mais amplamente estudado é Eusébio de Cesaréia, por todos os
méritods meceredor do título de Pai da História da Igreja, assim cmo Heródoto
mereceu oo título de Pai da Igreja. Depois de receber uma intrução por parte de
Panfilo em Cesaréria, ele ajudou o amigo a organizar sua biblioteca nesta cidade.
Quanto aos Pais do Ocidente, não significa que não tivessem interesse dogmático: eles
têm, é claro, mas se inspiram no Oriente. O grande tema ocidental situa-se no campo
da graça: como conciliar o poder da graça divina com a vontade humana, a liberdade
que se origina no livre arbítrio? Eu sei que sou livre, mas sou pecador e dependente de
Deus. Como fica a liberdade do homem e a necessidade da graça para poder fazer o
bem?
Hilário ficou fascinado pela liturgia oriental. Compôs hinos litúrgicos para familiarizar
os fiéis com a teologia e associá-los mais intimamente às celebrações. Grande
condutor de homens, Hilário tinha imenso prestigio em todo o império romano.
Duas são suas preocupações: a vida monástica, que estimula em toda parte,
construindo e governando quatro mosteiros, e o estudo da Sagrada Escritura; Em 386
fixa residência em Belém, onde permaneceu até a morte. Ali completa sua obra
principal: a revisão do texto latino e depois a tradução de todo o Antigo Testamento,
confrontando-o com outras versões e o original hebraico. Desde o século XIII, sua
tradução Iatina é conhecida como "Vulgata".
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A cidade de Milão, residência imperial, vivia um grande problema: morrera o bispo
ariano Auxêncio. O povo reunido não chegava a um acordo para eleger sucessor.
Percebendo a dificuldade da situação, o governador Ambrósio intervém para manter a
ordem. Uma criança, ao entrar na igreja, gritou: "Ambrósio, bispo!". Imediatamente
todos acolheram seu nome. Foi deste modo que a Igreja de Milão recebeu um pastor
cuja influência chega a nossos dias. Ambrósio protestou: estava com 30 anos e nem
batizado era. O povo não deu bola e forçou-o ao episcopado. Foi batizado e oito dias
depois consagrado bispo, interrompendo uma carreira rápida e brilhante, iniciada em
Roma. Homem sério, assume sua missão: doa sua fortuna aos pobres, inicia os estudos
teológicos, lê com fervor as Escrituras e segue a escola dos Pais gregos.
Ambrósio é sobretudo um pastor. Vive cercado pela multidão dos pobres, embora
sendo difícil falar com ele. Seu prazer é comentar as Escrituras, os Evangelhos. É um
catequista nato e orador de qualidade, pois chegou a convencer o próprio Agostinho.
Preocupado com a participação dos fiéis na liturgia, introduz em Milão o canto
alternado dos salmos, escreve hinos, compõe melodias populares, sempre inspirado no
Oriente.
Destacou-se pela sua ação social, numa capital de pouco ricos e muitos pobres.
Denuncia os excessos da propriedade:
"Não são os seus bens que distribuem aos pobres, são apenas os bens de Deus que
vocês destinam. O que fazem, é usurpar só para uso pessoal, o que é dado a todos é
para ser utilizado por todos".
Ambrósio defendia a liberdade da Igreja frente ao Estado, não tendo medo de chamar
o imperador à obediência. O grande Teodósio tinha mandado massacrar sete mil
pessoas em Tessalônica.
Ao querer entrar na Igreja, Ambrósio o excomunga e manda para a rua: que fizesse
primeiro penitência! Dias depois, o imperador mais poderoso da terra entra na igreja
vestido de penitente, pedindo que Ambrósio o recebesse!
Sendo grande escritor, o que mais revela é sua sensibilidade, alimentada pela oração.
Nisso manifesta o segredo de sua vida: um ardente amor
a Jesus. São as suas ultimas palavras: "É duro arrastar
por tanto tempo um corpo já envolvido pelas sombras da
morte, Levanta-te, Senhor, por que dormes? Irás,
porventura, rejeitar-me para sempre?"
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De rara inteligência, foi a maior preocupação para sua mãe que queria protegê-lo e
conservá-lo na fé crista.Quase impossível: Agostinho era vivo, emotivo,
excessivamente sensível, aluno indisciplinado, muito seguro de si. Vai estudar em
Cartago, onde se mete na farra mais vergonhosa. Neste período teve o filho Adeodato.
Inteligência orgulhosa, vê o Cristianismo como "história da Carochinha", e cai no
Maniqueísmo, religião originada na Pérsia.
Mas, algo arde nele: a sede da verdade, pois sentia a angustia de uma vida sem
sentido. É um peregrino da verdade. Vai para Roma, acompanhado pela mãe. Já
professor famoso, mas ainda insatisfeito, vai para Milão. Ali Deus o pescou com sua
rede, através da escuta dos sermões de Ambrósio. Encontrou a Verdade.
Aos prantos, pediu o Batismo e decide voltar à áfrica Depois chorando, confessou:
"Amei-te tarde, ó beleza, tão antiga e tão nova, amei-te tarde demais. Ah! Estavas
dentro de mim; o caso, porém, é que eu estava fora... Tocaste-me, e fiquei inflamado
da paz que tu dás".
No porto de Roma, infelizmente, morre sua mãe, Mônica. Chegando em Hipona, quer
dedicar-se à contemplação, mas é logo escolhido para bispo desta cidade, tomando-se
chefe do episcopado africano. Passou a viver com seus padres em vida monástica.
Sua vida de pastor não é tranqüila: pregações diária, prega até duas vezes ao dia,
administra os bens temporais, resolve questões de justiça (cerca, muro, dívidas, brigas
de família...), atende os pobres e órfãos, enfim, uma vida consumida pelo zelo
pastoral. Apesar disso tudo, deixou 113 obras e 225 cartas. Envolveu-se em todas as
controvérsias da África e do mundo cristão. Sua mais conhecida obra, as "Confissões",
são um relato sincero e humilde de sua vida.
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CAPÍTULO 10
AS ORIGENS DO EPISCOPADO E MINISTÉRIO EPISCOPAL
Entre 313 e 590, a Igreja católica antiga em que cada bispo era um igual, tornou-se a
igreja Católica Romana, em que o bispo de Roma tinha supremacia sobre os outros
bispos. O ritual da igreja tornou-se também mais sofisticado. A igreja Católica
Romana reflete, em suas estruturas e leis canônicas, a Roma Imperial.
A Igreja Primitiva bem pode ter tido uma considerável diversidade na estrutura do
ministério pastoral, embora esteja claro que algumas delas eram chefiadas por ministros
que eram chamados episcopoi e presbyteroi. Embora as primeiras igrejas missionárias
não tivessem sido uma livre agregação de comunidades autônomas, não há nenhuma
evidência de que bispos e presbíteros fossem nomeados em toda parte no período
primitivo. Os termos "bispo” e “presbítero” podiam aplicar-se ao mesmo homem ou a
homens com funções idênticas ou muito semelhantes. Assim como a formação do cânon
do Novo Testamento foi um processo incompleto até a segunda metade do segundo
século, também o pleno surgimento do ministério tríplice de bispo, presbítero e diácono
demandou um período mais longo do que a era apostólica. Daí por diante, essa estrutura
tríplice se tornou universal na Igreja.
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A visão da sucessão episcopal de Cipriano é um desenvolvimento notável desde
Inácio, Clemente, Tertuliano e Irineu. É uma sucessão por meio de sagração, ou
sucessão de autoridade episcopal transmitida por meio de ordenação.
Durante esse período surgiram uma hierarquia sacerdotal especial sob a liderança de
um bispo romano, atendencia para aumentar o numero de sacramentos e torna´-los os
meios principais da graça, além dos movimentos em prol da organização da liturgia.
Estas coisas serviram para colocar os fundamentos da igreja Católica Romana
Medieval.
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CAPÍTULO 11
A IGREJA E O PAPADO
A igreja de Roma foi sem duvida a mais importante congregação Cristã. Situava-se na
capital do Império, possuía o maior número de membros e suas raízes remontavam a
Pedro e Paulo. Acreditava-se que os restos mortais de ambos estão enterrados sob o
piso daquele edifício. Com o declínio do Império, a igreja romana tornou-se
instituição dominante na Europa. Seus lideres afirmavam que Pedro, o principal
apostolo (Mt 16.18), havia delegado autoridade aos bispos para que sucedessem como
representes de Cristo na Terra. Essa reivindicação reforçou a doutrina da “sucessão
apostólica” de Clemente, que deu ao bispo de Roma autoridade sobre os demais a
partir do século V, o ocupante daquele cargo passou a ser chamado de papa ( “pai” em
latim).
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Conclusão
O cristianismo firmou-se como uma religião de origem divina. Seu fundador era o
próprio filho de Deus, enviado como salvador e construtor da história junto com o
homem. Ser cristão, portanto, seria engajar-se na obra redentora de Cristo, tendo como
base a fé em seus ensinamentos. Rapidamente, a doutrina cristã se espalhou pela
região do Mediterrâneo e chegou ao coração do império romano.
Como diz o ditado popular, "povo sem história, é povo sem memória, é povo sem
futuro" ! De semelhante modo, sem o
conhecimento da História da Igreja Cristã, como cristãos, estamos fadados a não ter
um futuro, sem conhecimento de causa, muito embora o Senhor da Igreja sustente o
Seu povo, a Sua Igreja, com Sua mão forte e poderosa !
Colocados neste mundo de Deus, como testemunhas da Sua maravilhosa graça para
conosco em Cristo Jesus, somos desafiados a escrever a História do Povo de Deus,
para testemunho ao mundo de hoje e as pessoas do porvir !
Cassiandra
Izael
Pr.João
Juliano
Pablo
Roberto
Sonia
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Bibliografia
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