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Crescimento da Igreja

CLAUDIO RICHARD GERTLER


Introdução

 No Antigo Testamento encontram-se indicações da


vocação da igreja para crescer e tornar-se universal (Sl
67:2, 117:1; Is 2:3, 42:6, 66:19; Am 9:12; Zc 2:11, 8:22).
O livro de Salmos de Davi é um dos maiores livros
missionários do mundo e está repleto de referências de
conotação universal. Salmos inteiros são mensagens e
desafios missionários (Sl 2, 33, 66, 72, 98, 117 e 145).
 No entanto, essas indicações tornaram-se mais claras nos
ensinos de Jesus Cristo e dos apóstolos. Na “Grande
Comissão” Jesus foi muito enfático: eles deveriam fazer
discípulos de todas as nações (Mt 28:19), ir por todo o
mundo e pregar o evangelho a toda criatura (Mc 16:15),
pregar arrependimento para remissão de pecados por todas as
nações (Lc 24:47), ser suas testemunhas em Jerusalém, na
Judéia e Samaria e até aos confins da Terra (At 1:8).
 No livro de Atos e nas Epístolas, os apóstolos e os
discípulos são fiéis no cumprimento desse mandado (At 8:4;
Rm 15:19). E o livro do Apocalipse apresenta grandiosas
visões dos redimidos que procedem de todas as tribos,
povos, línguas e nações (Ap 5:9; 7:9; 14:6). Este artigo,
portanto, procurará analisar o crescimento da igreja cristã
através dos séculos, apresentando tanto os aspectos
positivos como os negativos.
Os primeiros três séculos

 Logo depois a morte de Jesus, formou-se um pequeno


grupo de pessoas composto pelos apóstolos, por Maria, sua
mãe e seus irmãos, que se reuniam em um pequeno salão,
com vistas a cumprir o que se lê em Atos 1:8: “Mas
recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e
sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em
toda a Judéia e Samaria, até os confins da Terra”
 Em curto espaço de tempo somavam 120 pessoas (At 1:15). O
testemunho desse pequeno grupo já rendia bons frutos e os
discípulos chegaram a três mil. Rapidamente alcançaram o
expressivo número de cinco mil. Expressivo porque as condições
eram precárias, os discípulos sofriam perseguições, mas,
independente disso, “crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém,
multiplicava-se o número dos discípulos; também muitíssimos
sacerdotes obedeciam à fé” (At 6:7).
 Em Jerusalém, de acordo com Barro (2002), mais três personagens
foram importantes para a disseminação da palavra de Deus: Pedro,
Estevão e Filipe e como resultado dessas ações, é importante
salientar que no primeiro século a igreja cristã/primitiva contava
com mais de um milhão de cristãos, como salienta Barret (1982). A
pregação1 foi muito importante para essa fase inicial de crescimento
da igreja em Jerusalém.
 Nos três primeiros séculos, a igreja experimentou uma notável
expansão geográfica e numérica. Aproximadamente “50% da
população do império, que era composta de 25 milhões de habitantes,
era cristã”, segundo Deiros (2005, p. 80). Esses três primeiros séculos
são caracterizados pelas perseguições sofridas pela Igreja nas mãos
do Império Romano. Essas perseguições não foram generalizadas
nem contínuas, mas causaram muitos danos à igreja em algumas
regiões mais prósperas, como a Ásia Menor, Itália, Egito e sul da
Gália
 Todavia, a repressão não teve o efeito esperado, pois
quando cessava, o exemplo dos mártires e outros que
sofreram por sua fé, inspirava os cristãos a um esforço
renovado pela difusão de sua fé. Daí as célebres palavras
do escritor Tertuliano (cerca do ano 200): “o sangue dos
mártires é semente”. Ele também fez a seguinte afirmação
dirigida aos pagãos:
 Nós somos um grupo novo, mas já penetramos em todas as
áreas da vida imperial – nas cidades, ilhas, vilas,
mercados, e até mesmo no campo, nas tribos, no palácio,
no senado e no tribunal. Somente lhes deixamos os
templos (apologia 37)
 Assim, o cristianismo crescia espontaneamente por meio
do testemunho de cristãos anônimos que, no seu dia-a-dia,
compartilhavam informalmente a fé com seus parentes,
amigos, vizinhos, conhecidos e colegas de trabalho.
O Período da Igreja Imperial

 Novos fatos aconteceram a partir do início do quarto


século. Em primeiro lugar, houve o ingresso do primeiro
imperador romano à fé cristã, Constantino. González
(1997, p. 30) faz um interessante comentário sobre a
conversão dos pagãos nesse período. Ele diz:
 Quando algum pagão se convertia ele era submetido a um
longo processo de disciplina e ensino, para ter certeza de
que o novo convertido entendia e vivia sua nova fé, e
então ele era batizado. O novo convertido, então, seguia
seu bispo como guia e pastor, para descobrir o significado
de sua fé nas situações concretas da vida
 Naturalmente a conseqüência mais imediata e notável da conversão
de Constantino foi o fim das perseguições. Até então os cristãos
tinham vivido em constante temor de uma nova perseguição, mesmo
em tempos de relativa paz. Depois da conversão de Constantino esse
temor se dissipou. Os poucos governantes pagãos que houve depois
dele não perseguiram os cristãos, somente tentaram restaurar o
paganismo por outros meios. Tudo isso produziu em primeiro lugar
o desenvolvimento do que poderíamos chamar de uma “teologia
oficial”.
 No fim do século 4, outro imperador, Teodósio, oficializou a Igreja
Católica, tornando-a a única religião admitida no império. Deiros
(2005, p. 84) comenta o fato: Constantino chegou a ser o único
imperador do Império Romano a partir de 323, depois de derrotar
um de seus opositores, Licinio. No ano 325 fez uma exortação geral
para que todo o povo do Império se tornasse cristão. Esta decisão
influenciou grandemente a Teodósio o Grande, que começou a reinar
em 378, e em 380 colocou o cristianismo como religião oficial do
Império Romano.
 Em 28 de fevereiro de 380, em Tessalônica, Teodósio
promulgou um edito que dizia: “Todos os povos devem
aderir-se a fé transmitida aos romanos pelo apóstolo Pedro
e professada pelo pontífice Dámaso e o bispo Pedro de
Alexandria, quer dizer, reconhecer a Santa Trindade do
Pai, do Filho e do Espírito Santo
 Esse fato fez com que grandes levas de pagãos
ingressassem na Igreja, nem sempre movidos pelas
motivações mais corretas: “Prevaleceu, assim, na Igreja,
grande massa de pagãos, imbuídos das idéias pagãs a
respeito da religião e da moral, gente que de cristã tinha
apenas o nome
 O fato é que, no quarto e no quinto séculos, o cristianismo tornou-se
a religião majoritária na parte sul do Império Romano. Com as
migrações dos povos bárbaros para dentro dos limites do império,
esses foram progressivamente cristianizados, a começar dos
visigodos. A primeira tribo teutônica a aceitar a fé católica, ou seja,
trinitária, foi a dos francos, no fim do quinto século. ”Em vários
países, o Cristianismo foi imposto pela força, pelos respectivos
governos, e, às vezes, de modo bem cruel [...] em grande parte, o
Cristianismo entrou pela força”
 AsCruzadas, grandes campanhas militares promovidas
pelos cristãos europeus com a finalidade de recuperar os
lugares sagrados do cristianismo que haviam caído em
mãos maometanas, fez muito mais mal do que bem,
deixando ressentimentos que perduram até hoje. Alguns
autores referem-se a elas como a mais trágica distorção das
missões cristãs em toda a história da Igreja
 No entanto, “No ano 1200, apenas uma pequena parte da Europa
estava fora da cristandade” (idem, p. 103). Com as perdas sofridas
no Oriente Médio e no Norte da África, poderia parecer, à primeira
vista, que o Cristianismo se tornara uma religião exclusivamente
européia. Porém, esse não foi o caso. Desde um período muito
remoto, a fé cristã atingiu com maior ou menor intensidade vastas
regiões da África ao sul do Saara, com o Sudão e a Etiópia, bem
como importantes áreas do Oriente, como Índia, a Mongólia e a
China.
Missiologia

 Quando olhamos para a Igreja Evangélica Brasileira e o movimento


missionário atual, percebemos como ao longo dos anos teologia e
missão tem andado por caminhos diferentes, completamente
divorciados. Trata-se de uma dicotomia que precisa ser corrigida.
Nós precisamos das duas: Precisamos da teologia, pois ela nos dá o
embasamento para a tarefa missionária, e é especialmente
importante por causa da dependência que a igreja tem dela para
medir os nossos esforços com o padrão divino
 Missiologia é a soma de duas palavras: do latim,
“missione” significando função ou poder que se confere a
alguém para fazer algo, encargo, incumbência; e do grego,
“logia”, que significa estudo, conhecimento. Portanto,
podemos definir Missiologia como a ciência que estuda os
diferentes aspectos da missão que Deus deu ao homem.
 Carlos Del Pino, em seu artigo "Missiologia e Educação
Teológica", diz que a “nossa educação teológica não tem
se preocupado com o aspecto missiológico e missionário
na formação dos nossos alunos", reforçando o fato de que
existe, mesmo que inconsciente, uma tentativa de divorciar
a Missiologia da Teologia
 Dificuldades para identificar de maneira global a "obra de Deus", que
acaba sendo confundida com a manutenção do status quo, dando a
entender que o Reino de Deus está contido em uma estrutura
eclesiástica.
 As prioridades ministeriais são via de regra, voltadas para dentro, a fim
de satisfazer todas as necessidades que foram criadas “em nome de
Deus” dentro das estruturas eclesiásticas, em prejuízo da missão
integral.
 O treinamento dos líderes sempre se torna diferenciado, pastores e
missionários não tem a mesma excelência em seu preparo acadêmico.
5 perspectivas

 Perspectiva Teológica: Estudaremos a conceituação da


tarefa missionária da Igreja e os fundamentos teológicos,
abordando os diversos pressupostos que sustentam uma
teologia reformada de missões.
 Perspectiva Cultural: É praticamente impossível transmitir uma
mensagem do evangelho que faça sentido em situações
transculturais sem que seus comunicadores conheçam os receptores
da mensagem em seu ambiente cultural e histórico e sem que
conheçam a si mesmos. Portanto, nossa proposta aqui objetiva
mostrar a importância em se determinar os pontos de tensão cultural
a partir de uma abordagem natural (não crítica) dos costumes,
cosmologias e cosmovisões comuns em diferentes povos.
 Perspectiva Urbana: Nesta parte do curso, estudaremos as
cidades e seus desafios para as missões; desafiando os
alunos a desenvolve ruma estratégia para o ministério
urbano, focalizando os desafios sociais e espirituais que o
ambiente provoca. Examina diversos modelos de
ministérios urbanos, inclusive através de estudos de
campo, e fornece critérios para a elaboração de um
ministério bíblico de impacto na cidade.
 PerspectivaBíblica: Nosso objetivo aqui é estudar de
maneira panorâmica as bases bíblicas do Antigo e Novo
Testamentos de Missões. A matéria apresenta a Bíblia
como o relato da "história da salvação" e como inspirada
por Deus para o desempenho da Igreja no mundo.
 PerspectivaHistórica: Analisaremos o desenvolvimento e
a expansão da fé cristã ao longo dos séculos,
compreendendo os seus principais personagens, métodos e
povos alcançados.
Conceituando a Missão

 A questão da definição e conceituação da missão, há muito tem sido


uma das questões mais discutidas no estudo da missiologia. Nem
sempre tem havido consenso sobre o que se deve entender por
missões. O que é missão? Qual é a sua natureza? Quais os objetivos
das missões cristãs? A considerar os diferentes pressupostos
teológicos, uma gama muito grande de respostas pode ser dada a
estas questões.
 Desde o começo da História da Igreja muitas derivações de termos
têm aparecido nas traduções latinas procedentes do verbo grego
‘apostolein’, significando ‘a arte de exercer o apostolado, o ofício de
um apóstolo’. As palavras mais usadas são: Missio e Missiones. A
terminologia ‘Missio’ somente veio a aparecer no século XVI
quando as ordens de monge Jesuítas e Carmelitas enviaram ao novo
mundo de então centenas de missionários. Inácio de Loyola e Jacob
Loyonez consistentemente empregaram o termo ‘Missio’.
 Eles, os jesuitas foram os primeiros a utilizarem a
terminologia “Missão”, como a propagação da fé Cristã
entre os povos não-cristãos, ou seja, a disseminação da fé
entre os povos nãocatólicos (os protestantes foram vistos
como indivíduos a serem alcançados). Este sentido estava
intimamente associado com a expansão colonial do mundo
ocidental aos demais povos (atualmente chamado de
terceiro mundo).
Definições Generalizadas de Missões

 Em sua obra Mission Theology: An Introduction, o missiólogo Karl


Muller apresenta uma lista com os seguintes de conceitos:
 1. Missão é o envio de missionários para um designado território;
 2. Missão tem a ver com as atividades realizadas por tais
missionários;
 3. Missão é a área geográfica aonde os missionários realizam seus
ministérios;
 4. Missão é a agência missionária responsável pela logística e pelo
envio dos missionários aos seus respectivos campos;
 5. Missão é a propagação do evangelho aos povos não alcançados;
 6. Missão é o centro do qual os missionários irradiam o evangelho;
 7. Missão é uma série de serviços religiosos com o propósito de
despertar vocações missionárias;
 8. Missão é a propagação da fé Cristã;
 9. Missão é a expansão do reino de Deus;
 10.Missão é a conversão dos povos pagãos;
 11.Missão é a plantação de novas igrejas.
 Dr. Antônio José nos informa que até o século XVI, o termo
“Missão”, foi usado exclusivamente com referência à doutrina
trinitária, isto é, ao papel da trindade na história da redenção. O
envio do filho pelo Pai, e por sua vez, o envio do Espírito Santo pelo
Pai e pelo Filho, cuja interpretação missiológica deu origem à
doutrina chamada na história de “Filioque”. Esta interpretação,
contanto que aceita como doutrina básica da Igreja Cristã, foi um
dos motivos da cisão do Cristianismo medieval no ano de 1054.
Um Definição de Missões

 Em seu sentido mais amplo, a missão é tudo o que a igreja faz a


serviço do Reino de Deus (Missões no plural). Em sentido mais
restrito, contudo, a missão refere-se à atividade missionária, a
pregação do evangelho entre povos e culturas em cujo meio ele não
é conhecido (Missão no singular). A seguir, duas definições:
 J.H. Bavinck define assim: Missões é aquela atividade da igreja,
essencialmente nada mais do que a atividade de Cristo, realizada por
meio da igreja, pela qual a igreja, neste período intermediário,
chama os povos da terra ao arrependimento e à fé em Cristo, de
modo que se tornem seus discípulos e, pelo batismo, sejam
incorporados a comunhão daqueles que esperam a vinda do Reino
 Carlos Del Pino, em artigo publicado diz que “a missão da igreja
não pode ser algo independente de Deus e de Cristo, como se a
igreja pudesse realizá-la por si só”. É exatamente este o ponto da
definição de Bavinck quando ele diz que “Missões é aquela
atividade da igreja, essencialmente nada mais do que a atividade de
Cristo”
 Bosch nos oferece também uma definição de missão: A missão
constitui um ministério multifacetado em termos de testemunho e
serviço, justiça, cura, reconciliação, paz, evangelização, comunhão,
implantação de igrejas, contextualização, etc..Inlcusive o intento de
arrolar algumas dimensões da missão, porém está repleto de perigo,
porque de novo sugere que nos é possível definir o que é infinito.
Quem quer que sejamos, espreita-nos a tentação de enclausurar a
Missio Dei nos estreitos confins de nossas próprias predileções,
voltando, necessariamente, à unilateralidade e ao reducionismo.”
O que comemoramos dia 31/10 ??
Reforma Protestante
Acreditam que precisamos de uma nova
reforma?
Igreja e o estado

 Qual a religião oficial do Brasil ?


O que é um estado laico ?
 A Constituição Federal, no artigo 5º, VI, estipula ser
inviolável a liberdade de consciência e de crença,
assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e
garantindo, na forma da lei, a proteção aos locais de culto
e as suas liturgias.
Evangelismo

 Evangelização ou evangelismo consiste na pregação do


Evangelho cristão, ou seja da mensagem de salvação
através de Jesus de Nazaré segundo a fé cristã.
É a razão de existir da igreja do Senhor Jesus, através dela
que podemos levar sua palavra e esperança de salvação
 Marcos 15:16
 A palavra "evangelista" provém da palavra εὐάγγελος ("eu-angelos"),
do grego koiné, que significa "boas novas" ou "boas notícias" e que
também serve de base para o nome dos quatro primeiros livros do 
Novo Testamento bíblico chamados "Evangelhos".
 Os evangelhos (do latim tardio evangelium, do grego clássico
εὐαγγέλιον, «boa nova», composto de εὐ «bem, bom» e ἄγγελος
«mensageiro, anúncio»[1]) são um gênero de literatura do cristianismo
primitivo que conta a vida de Jesus, a fim de preservar seus
ensinamentos ou revelar aspectos da natureza de Deus. O
desenvolvimento do cânon do Novo Testamento deixou quatro
evangelhos canônicos, que são aceitos como os únicos evangelhos
autênticos para a maioria dos cristãos.
 Entretanto, existem muitos outros evangelhos. Eles são conhecidos
como apócrifos e foram escritos geralmente depois dos quatro
evangelhos canônicos. Alguns destes evangelhos deixaram vestígios
importantes na tradição cristã, incluindo a iconografia.
 Por essa causa, os autores destes quatro livros são denominados
evangelistas — Mateus, Marcos, Lucas e João. Ainda que seja
provável que o termo tenha ganho seu extenso uso devido aos
Evangelhos e seus autores, considera-se, contudo, que a evangelização
no âmbito do cristianismo tenha se iniciado com o ministério de Jesus
Cristo, que, fazendo discípulos e instruindo-os segundo a sua doutrina,
os preparou para espalhar a sua mensagem religiosa, tendo ele mesmo
pregado essa mensagem durante o seu tempo de ministério, segundo
prega a fé cristã
EVANGELISMO E EVANGELIZAÇÃO

 Evangelismo. É a doutrina cujo objetivo é fundamentar biblicamente


o trabalho evangelístico da Igreja de Cristo, de acordo com as
narrativas e proposições do Antigo e do Novo Testamentos (Gn
12.1,2; Is 11.9; Mt 28.19,20; At 1.8).
 O evangelismo fornece também as bases metodológicas, a fim de
que os evangelizadores cumpram eficazmente a sua tarefa (2Tm
2.15).
 Evangelização. É a prática efetiva da proclamação do Evangelho,
quer pessoal, quer coletivamente, até aos confins da Terra, levando-
nos a cumprir plenamente o mandato que Jesus nos delegou (At 1.8).
A evangelização não é um trabalho opcional da Igreja, mas uma
obrigação de cada seguidor de Cristo (1Co 9.16).
 POR QUE TEMOS DE
EVANGELIZAR?
 Podemos apresentar pelo menos quatro razões que nos
levarão a falar de Cristo a tempo e fora de tempo. A partir
daí, não descansaremos as mãos até que o mundo todo seja
semeado com a Palavra de Deus (Ec 11.6).
1- É um mandamento de Jesus. Temos de evangelizar porque, acima de
tudo, é uma ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19,20; Mc
16.15; Lc 24.46,47; At 1.8). Logo, não há o que se discutir: evangelizar
não é uma obrigação apenas do pastor e dos obreiros; é um dever de
todo aquele que se diz discípulo do Nazareno.
Aquele que ama a Cristo não pode deixar de falar do que tem visto e
ouvido. Assim agiam os crentes da Igreja Primitiva. Não obstante a
oposição dos poderes religioso e secular, os primeiros discípulos
evangelizavam com ousadia e determinação (At 4.20
2- É a maior expressão de amor da Igreja. A Igreja Primitiva, amando
intensamente a Cristo, evangelizava sem cessar, pois também amava as
almas perdidas (At 2.42-46). O amor daqueles crentes não se perdia em
teorias, mas era efetivo e prático; sua postura era mais do que suficiente
para levar milhares de homens, mulheres e crianças aos pés do Salvador.
A igreja em Tessalônica também se fez notória por sua paixão
evangelística (1Ts 1.8).
Enfrentamos hoje uma crise econômica, moral e política muito séria,
porém precisamos continuar evangelizando os de perto e os de longe
3- O mundo jaz no maligno. Implementemos a evangelização, pois
muitos são os que caminham a passos largos para o inferno (1Jo 5.19).
Diante dessa multidão, não podemos ficar indiferentes. Uns acham-se
aprisionados pelas drogas. Outros, pela devassidão e pela violência. E
outros, ainda, por falsas religiões. Precisamos evangelizar esses
cativos. Somente Jesus Cristo pode libertar os oprimidos das cadeias
espirituais (Jd vv.22,23).
4- Porque Jesus em breve virá. Finalmente, empreguemos todos os
nossos esforços na evangelização, porque o Senhor Jesus não tarda a
voltar. Sua advertência é grave e urgente: “Convém que eu faça as
obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando
ninguém pode trabalhar” (Jo 9.4). Sim, Jesus em breve virá. O que
temos feito em prol da evangelização? Não podemos comparecer de
mãos vazias perante o Senhor da Seara.
COMO EVANGELIZAR

 A missão de pregar a todos, em todos os lugares e em todo


tempo, inclui a evangelização pessoal, coletiva, nacional e
transcultural. Neste tópico, destaquemos o exemplo de
Cristo, o evangelista por excelência.
 Evangelização pessoal. Em vários momentos de seu ministério, o
Senhor Jesus consagrou-se à evangelização pessoal. Na calada da
noite, recebeu Nicodemos, a quem falou do milagre do novo
nascimento (Jo 3.1-16). E, no ardor do dia, mostrou à mulher
samaritana a eficácia da água da vida (Jo 4.1-24).
Neste momento, há alguém, bem pertinho de você que precisa ouvir
falar de Cristo. Não perca a oportunidade e evangelize, pois quem
ganha almas sábio é (Pv 11.30).
 Evangelização coletiva. Cristo dedicou-se também ao evangelismo
coletivo. Ele aproveitava ajuntamentos e concentrações, a fim de
expor o Evangelho do Reino. As multidões também precisam ser
alcançadas com a pregação do Evangelho, para que todos ouçam a
mensagem da cruz. Voltar à prática do evangelismo em massa é uma
necessidade urgente.
 Evangelismo nacional. Em seu ministério terreno, Jesus era um
judeu inserido na sociedade judaica, falando-lhes em sua própria
língua. Sua identificação com a cultura israelita era perfeita (Jo 4.9).
Ele não podia esconder sua identidade hebreia (Lc 9.53). Cristo
viveu como judeu e, como judeu, morreu (Mt 27.37). Nessa
condição, anunciou o Evangelho do Reino às ovelhas perdidas da
Casa de Israel
 Evangelismo transcultural. Embora sua missão imediata fosse
redimir as ovelhas da Casa de Jacó (Mt 15.24), Jesus não deixou de
evangelizar pessoas de outras culturas e nacionalidades. Atendeu a
mulher siro-fenícia (Mc 7.26). Socorreu o servo do centurião
romano (Mt 8.5-11). E não foram poucos os seus contatos com os
samaritanos (Lc 17.16; Jo 4.9).
É chegado o momento de olharmos além de nossas fronteiras,
ouvindo o gemido das nações, tribos e povos não alcançados.
A pessoa a ser evangelizada

 Todo o ser humano é pecador, portanto necessitado do Evangelho,


poder de Deus para a salvação ?( Rm 3.23; 1.16)
 Personalidades diferentes deve ser tratada de modo diferente
 Levar em consideração as necessidades da pessoa a ser alcançada ( Jo
4,7; 5.4-10)
 Devemos procurar um ponto de interesse comum. Para a samaritana
que foi ao poço em busca de água, Jesus começou falando da água
(Jo 4.4-8)
Modo de apresentar a mensagem de
maneira apropriada
 Aproximar –se das pessoas
 Ser atencioso
 Falar com conhecimento e convicção
 Ser positivo nas proposições
 Ser sincero no diagnóstico e habilidoso na aplicação do remédio
 Mantenha a ênfase em Jesus e no Evangelho nunca em denominação
ou igreja
Características essências na mensagem

 Mostrar que todo homem é pecador ( Rm 3.23; 10 -12; Jr 17.9; Sl


58.3)
 Demonstrar que o homem sem Cristo esta condenado, pois muitos
sabem da sua condição de pecador mas desconhecem ca sua condição
de condenado
 Apresentar que providencia de Deus, o remédio para a salvação.
Jesus Cristo é a provisão de Deus para restaurar o homem
 Dizer claramente ao pecador o que ele precisa fazer
 Mostrar que só há oportunidade nessa vida
 Lembrar que o dia é hoje para aceitação
 Afirmar a certeza da salvação e da vida eterna, assegurada pela
promessa de Cristo a qual devemos confiar
Evangelismo Pessoal

 Evangelismo pessoal, de uma maneira simplificada, significa ganhar


almas pessoalmente. Embora Jesus falasse constantemente para
grandes multidões, Ele nunca negligenciou o ministério do
evangelismo pessoal, representado pela tarefa de falar para alguém
que dEle se aproximasse. O Evangelho que mais destaca tal forma
de evangelismo praticado por Jesus e o de João. No primeiro
capitulo, Jesus levou Andre para sua casa, e quando este saiu, já o
havia aceitado como o Messias.
Lembre-se

 Quem convence o homem do seu pecado e da necessidade


de Cristo é o Espírito Santo

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