Você está na página 1de 4

Faculdade Dehoniana

MISSIOLOGIA
Julius Rafael Silva de Barros Lima
12/11/2020

PROVA DE MISSIOLOGIA

Carta Apostólica 
Maximum illud
do papa 
 Bento XV

A grande e sublime missão que, no ponto de retornar ao Pai, nosso Senhor Jesus Cristo
confiou aos seus discípulos quando disse: " Vai por todo o mundo e prega o Evangelho
a toda criatura " [ 1 ], certamente não teve que terminar com morte dos Apóstolos, mas
durou por seus sucessores até o fim dos tempos, isto é, até que existissem na terra dos
homens para serem salvos pelo magistério da verdade. De fato, naquele dia, " eles
foram e pregaram por todos os lugares " [ 2 ], e que sua " voz se espalhou por toda a
terra e suas palavras até os confins do mundo " [ 3]. A Igreja de Deus, em memória do
mandato divino, nunca cessou ao longo dos séculos para enviar por todos os lados
bandidos e ministros da palavra divina proclamando a salvação eterna trazida à
humanidade por Cristo. Mesmo durante os primeiros três séculos do cristianismo,
quando a fúria da perseguição, desencadeada pelo inferno, pareceu afundar no sangue
da Igreja nascente, a voz do Evangelho foi banida e ressoada nos confins extremos do
Império Romano. E quando a paz e a liberdade foram concedidas publicamente à Igreja,
muito mais foram seus avanços com o apostolado em todo o mundo, especialmente por
homens de nobre importância para o zelo e a santidade. É o momento em que Gregório
Iluminador leva a Armênia à fé cristã; Vittorino Styria; Frumenzio Etiópia; Quando
Patrizio conquista Cristo aos irlandeses; Agostinho, o inglês; Dove e Palladio os
escoceses; Clemente Willibrord, o primeiro bispo de Utrecht, evangeliza a Holanda,
Bonifácio e Ausgaire Alemanha, Cyril e Metódio, os eslavos. Como Guglielmo de
Rubruquis continua a penetrar no Evangelho dos mongóis, o Beato Gregório X envia
missionários para a China, e os filhos de Francisco de Assis logo criaram um
cristianismo florescente, depois invadiram a tempestade de perseguição.

Então, a descoberta da América, um grupo de homens apostólicos, entre os quais se


lembra principalmente Bartolomeo Las Casas, glória e luz da Ordem Dominicana,
consagra a proteção de povos indígenas pobres, contra a infame tirania dos homens para
o propósito para libertá-los da escravidão pesada dos demônios. Na mesma época,
Francisco Saverio, digno de ser comparado aos Apóstolos, tendo muito suado nas Índias
Orientais e no Japão pela glória de Deus e pela salvação das almas, morreu na fronteira
do Império Chinês, revelando com a morte o caminho para uma nova evangelização das
regiões exterminadas, onde os filhos solenes de tantas ordens religiosas e de muitos
institutos missionários teriam exercido o apostolado entre milhares de vicissitudes.

Finalmente, a Austrália, o último continente descoberto, e também a África central,


explorada com ousadia e perseverança, recebeu os ardentes da fé cristã; e no imenso
mar do Pacífico não há ilha, na medida em que se perde, que não tenha sido atingida
pelo trabalho zeloso de nossos missionários.

Entre estes, muitos, que se divertiram na salvação de seus irmãos, no exemplo dos
apóstolos chegaram ao peso da santidade. E muitos outros, coroando o seu martírio com
o seu apostolado, selaram a fé com o sangue.

Na verdade, é uma grande surpresa notar que, depois de tantos trabalhos sérios sofridos
pela nossa na propagação da Fé, depois de tantas empresas ilustres e exemplos de
fortaleza convidativa, ainda existem muitos que estão na escuridão e nas sombras da
morte, dados que o número de infiéis, de acordo com uma conta recente, chega a
bilhões.

1 – Qual a ideia chave?

A ideia chave é mostrar a importância da ação da Igreja na realização do


mandato missionário de Jesus de ‘ir a todo o mundo e pregar o Evangelho a toda a
Criatura”(Mc 16,15), mandato esse que se realiza não somente com a ação de clérigos,
mas principalmente com a ação de todo o Povo de Deus na realização do Reino de Deus
no aqui e agora.

2 – Quais as ideias principais?

A primeira ideia que se tem é de que a Igreja é aquela que guarda o mandato
divino levando a salvação a toda a humanidade por meio Jesus Cristo na pregação do
Reino de Deus.

A segunda que se tem é o desenvolvimento da missão que se dá pelo testemunho


de muitos cristãos, que no início foram martirizados e alcançaram a santidade através do
anúncio da palavra de Jesus Cristo dado de forma testemunhal, sendo que tinha aqueles
que também chegavam a santidade mesmo sem serem martirizados.

A terceira ideia que se tem é uma progressão da atividade missionária da Igreja,


que nasce de Jerusalém, indo pela diáspora judaica por todo Império Romano, seguindo
também por toda região europeia, chegando até as Américas seguindo para Ásia, até
chegar na Austrália e África Central, essa progressão se alternava entre momentos de
perseguição e paz com aqueles que viviam a ação missionária da Igreja bem como o
desenvolvimento dos povos.

3 – Como as ideias principais articulam-se entre si e com a ideia chave?

Pela perspectiva do texto, encontramos que a relação desse escrito da ideia chave
com as ideias principais, é incentivar a atividade missionária da Igreja, seja ela
vivenciada por clérigos e religiosos como vimos no texto, e também com leigos que
pelo testemunho de vida tocam na vida de outros irmãos, fazendo com que a Semente
do Verbo que é plantada dentro do coração de todos nós seja adubada pela fé em Jesus
Cristo dada no testemunho missionário, gerando assim a melhoria do mundo, de forma
que já possamos viver algumas prefigurações do Reino de Deus em nossas vidas nesse
mundo.

4 – Faça uma análise conclusiva do texto.

A conclusão que podemos ter com esse texto é que falar da atividade missionária
da Igreja é dizer da sua essência, e ver que a Igreja não vive inerte ao mundo, mas que
está constantemente na ação realizadora do plano do Pai por meio de seu Filho Jesus
Cristo, sendo ela sempre animada pelo Espírito Santo. Essa carta apostólica de Bento
XV, podemos dizer que impulsiona a Igreja na ação evangelizadora, fazendo com que
décadas depois por meio do Concílio Vaticano II a luz do Espírito Santo, a Igreja
olhasse com muita atenção a sua atividade missionária com o Decreto conciliar “Ad
Gentes” reafirmando que a essência da Igreja é a missão.

Também é ressoado no pontificado de Paulo VI a importância dessa atividade


missionária onde mostra na (Evangelii nutiandi 14) que “evangelizar é a graça e a
vocação próprias da Igreja, sua identidade mais profunda”. A evangelização é missão!
É interessante sendo aquilo que é trazido por Bento XV e que é afirmado no
decreto Ad Gentes , é posteriormente pedido pelo Papa Francisco de que a Igreja faça a
renovação em sua missão para que se torne uma “Igreja em Saída missionária” para que
ao “sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que
precisam da luz do Evangelho” (Evangelii Gaudium 20).
Tal atitude impulsiona a Igreja com seus membros no espírito profético a superar
todas as formas de fronteiras (ideológicas, culturais, sociais, econômicas e existenciais),
fazendo com que a missão de Cristo que é missão da Igreja seja realizada de forma
universal.
Podemos concluir que os aspectos trazidos por Bento XV, só tomaram mais
força na atualidade, fazendo com que a exigência de uma autêntica vida vivida na
missão de Cristo não seja uma mascará ao qual usamos como os fariseus, mas que
realmente seja parte constituinte da vida doada a Cristo no testemunho dado pela
missão, não olhando aos nossos interesses, mas ao interesse de Jesus Cristo, levando o
seu reino para aqueles que mais precisam os pobres (matérias ou de espírito) ou os que
não tiveram contato com a sua palavra.

HORÁRIO DE TÉRMINO DA PROVA – 10:00 HORAS.

PRAZO FINAL DE POSTAGEM NO MOODLE – 10:30 HORAS

Você também pode gostar