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1.3 Os Pré-Socráticos 10
1.4 Os Sofistas 12
UNIDADE 2:
A FILOSOFIA COMO BUSCA DE CONHECIMENTO
2.1 Informações, Conhecimento e Sabedoria 18
2.2 O Processo do Filosofar 19
2.3 Sócrates 20
2.4 Platão 26
2.5 Aristóteles 29
UNIDADE 3:
CIÊNCIA E FILOSOFIA
3.1 O Advento da Modernidade 34
3.2 A Racionalidade Instrumental 39
3.3 O Impacto das Novas Tecnologias 40
UNIDADE 4:
SABER E LINGUAGEM
4.1 Saber 46
4.2 Linguagem 49
UNIDADE 5:
ÉTICA E MORAL
5.1 Conceituação de Ética e Moral 52
5.2 Problemas Éticos do Mundo Contemporâneo 56
5.3 A Ética na Administração de Empresas 57
UNIDADE 6:
INTRODUÇÃO GERAL À SOCIOLOGIA
6.1 O Surgimento da Sociologia como Ciência Autônoma 62
6.2 O Positivismo e sua Influência nas Ciências Modernas 68
UNIDADE 7:
MATRIZES DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
7.1 Emile Durkheim e o Método Sociológico 74
7.2 Karl Marx e o Socialismo 76
UNIDADE 8:
SOCIEDADE CAPITALISTA INDUSTRIAL E PÓS-INDUSTRIAL
8.1 O Conceito de Capitalismo 82
8.2 A sociedade Capitalista Industrial 83
8.3 A Sociedade Capitalista Pós-Industrial 85
UNIDADE 9:
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E MODELOS DE GESTÃO
9.1 Formas de Organização do Trabalho 90
UNIDADE 10:
CULTURA
10.1 O Conceito de Cultura 98
UNIDADE 11:
PODER
11.1 As Raízes da Política 110
11.2 Reflexões sobre o Poder 112
11.3 Ideologias 113
UNIDADE 12:
CULTURA E MUDANÇA ORGANIZACIONAL
12.1 Cultura Organizacional 122
12.2 Mudança Organizacional 123
UNIDADE 13:
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
13.1 Por que esse Tema de Relações Étnico-Raciais? 128
É uma grande satisfação iniciarmos nossas aulas que estão focadas em você, EMPREENDEDOR
(A), E NA SOCIEDADE!
Seja muito bem-vindo(a)! e de antemão explico que utilizaremos de duas disciplinas em nossa
caminhada de análise: a filosofia e a sociologia. Que tenhamos uma caminhada com muitas
conquistas e que nossos estudos auxiliem você em sua vida e no curso que está fazendo. Estou
certo que não é a primeira vez que você está ouvindo falar em filosofia e em sociologia. Pode ser
até que tenha tido uma experiência não muito positiva com ambas. Peço que você dê um voto
de confiança para a proposta que preparamos e, como na imagem acima , pense positivo: elas só
Nos materiais da disciplina, está disponível o Plano de Ensino do curso. Incentivo você a passar por
ele, se já não o fez; a partir dele você pode ter uma visão panorâmica da trajetória que propomos.
Você irá verificar que a filosofia surge justamente da necessidade de dar uma resposta racional e
lógica a questões que eram respondidas de forma mitológica e/ou religiosa. E também verá que a
sociais.
Parafraseando o pensador Anthony Giddens (2005, p. x), filosofia e sociologia “[...] desafiam os
das instituições sociais”, de tal modo que as práticas de ambas “aumentam as possibilidades da
Iniciamos esta trajetória com a convicção de Friedrich Nietzsche (um filósofo do século XIX) que
Sim, somos todos filósofos. O professor de sociologia Sebastião Vila Nova (2012, p. 27) também
reflete que "todos os indivíduos são obrigados a fazer uma espécie de 'Sociologia' aplicada a seu
dia-a-dia e, desse modo, terminam por elaborar algum tipo de teoria sobre a sua experiência
cotidiana".
SOBRE O PROFESSOR
caro(a) estudante, pelo contrário, a filosofia nasce no dia-a-dia, nasce da admiração, do questio-
Há uma série de interrogações que nos acompanham constantemente, ou dizendo de outra for-
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ma, quem não fez alguma das questões abaixo:
Antes de prosseguir, veja o vídeo do Prof. Mário Sérgio Cortela, com suas propostas e seus ques-
tionamentos: "Será que a filosofia ajuda a pensar?" E mais: o filósofo como aquele que suspeita
interrogações .
No texto sobre a experiência filosófica disponível (Texto Base 1) , que você deve ler
atentamente, vamos abordar três temas fundamentais para nos introduzir na rica te-
empreendedor:
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UNIDADE 1 : A CONSCIÊNCIA FILOSÓFICA E O SURGIMENTO DA FILOSOFIA
de curso.
01_Trata da origem da filosofia em uma linguagem destinada ao ensino médio; é uma aula do
Telecurso para você resgatar conceitos estudados no ensino médio.
02_Retoma a temática questionando: Afinal, o que é filosofia? Em uma linguagem direta e jo-
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vem, as reflexões são conduzidas pelo Vitor, do canal Penso logo assisto.
Priorize seu tempo e dedique-se: o estudo traz riquezas que ninguém pode roubar.
Aproveite!
Se tiver alguma dúvida, é só enviar uma mensagem para seu tutor, pois estamos de prontidão
Com tudo isso, deve ficar claro que o surgimento da filosofia se dá na passagem da consciência
mítica para a consciência filosófica, com a reflexão e os escritos dos primeiros filósofos que agora
vamos estudar.
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UNIDADE 1 : A CONSCIÊNCIA FILOSÓFICA E O SURGIMENTO DA FILOSOFIA
1.3 OS PRÉ-SOCRÁTICOS
Costuma-se dividir a filosofia grega em três grandes momentos, tendo como referência central
a atuação de Sócrates:
01_PERÍODO PRÉ-SOCRÁTICO
02_PERÍODO SOCRÁTICO (OU CLÁSSICO)
03_PERÍODO PÓS-SOCRÁTICO (OU HELENÍSTICO)
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Os primeiros pensadores gregos são dos séculos VII e VI a.C. e, quando a filosofia grega centrali-
zou-se na figura de Sócrates (que ainda estudaremos), passaram a ser chamados pré-socráticos.
Seus escritos se perderam com o tempo, de forma que apenas temos fragmentos de textos ou
referências que outros pensadores fizeram a eles. Preocupavam-se com questões cosmológicas,
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UNIDADE 1 : A CONSCIÊNCIA FILOSÓFICA E O SURGIMENTO DA FILOSOFIA
Convido você, agora, a acompanhar um vídeo do Professor Gui de Franco, comentando sobre
os filósofos pré-socráticos.
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UNIDADE 1 : A CONSCIÊNCIA FILOSÓFICA E O SURGIMENTO DA FILOSOFIA
1.4 OS SOFISTAS
O Período Clássico da filosofia grega se estende pelos séculos V e IV a.C. No século V a.C. também
temos a atuação política de Péricles, no período em que Atenas desenvolveu intensamente sua
cultura democrática e a vida artística. Apesar de ainda discutirem questões ligadas à natureza,
moral e à política.
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Os mais famosos são:
Como nos ensinam as professoras Maria Lúcia e Maria Helena (2009, p. 151-152):
Os sofistas sempre foram mal interpretados por causa da críticas que a eles fizeram Sócrates e
Platão. [...]
São muitos motivos que levaram à visão deturpada sobre os sofistas que a tradição nos oferece.
Em primeiro lugar, há enorme diversidade teórica entre os pensadores reunidos sob a designa-
ção de sofista. Talvez o que possa identificá-los é o fato de serem considerados sábios e pedago-
gos. Vindos de todas as partes do mundo grego, ocupam-se de um ensino itinerante pelos locais
em que passam, mas não se fixam em lugar algum. Deve-se a isso o gosto pela crítica, o exercício
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UNIDADE 1 : A CONSCIÊNCIA FILOSÓFICA E O SURGIMENTO DA FILOSOFIA
Segundo Jaeger, historiador da filosofia, os sofistas exercem influência muito forte, vinculando-se
à tradição educativa dos poetas Homero e Hesíodo. Os sofistas dão importante contribuição para
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Por influência dos pitagóricos, desenvolvem:
03_A ARITIMÉTICA
04_A GEOMETRIA
05_A ASTRONOMIA
06_MÚSICA.
Para escândalo de seus contemporâneos, costumavam cobrar pelas aulas e por esse motivo Só-
Na Grécia antiga, apenas a aristocracia se ocupava com o trabalho intelectual, pois gozava do ócio,
escravos. Ora, os sofistas, geralmente pertencentes à classe média, fazem das aulas seu ofício,
por não serem suficientemente ricos para se darem ao luxo de filosofarem. Se alguns sofistas de
menor valor intelectual pudessem ser chamados de "mercenários do saber", isso na verdade era
são, cujos interesses passam a se contrapor aos da aristocracia rural. Nessas circunstâncias a exi-
gência que os sofistas vêm satisfazer é de ordem essencialmente prática, voltada para a vida, pois
Se forem acusados pelos seus detratores de pronunciarem discursos vazios, essa fama se deve à
execiva atenção dada por alguns deles ao aspecto formal da exposição e da defesa das ideias, na
mentos da razão, ou seja, a coerência e o rigor da argumentação porque não basta dizer o que se
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UNIDADE 1 : A CONSCIÊNCIA FILOSÓFICA E O SURGIMENTO DA FILOSOFIA
considera verdadeiro, é preciso demonstrá-lo pelo raciocínio. Pode-se dizer que aí se encontra o
Quando Protágoras, um dos mais importantes sofistas, diz que "o homem é a medida de todas
as coisas", esse fragmento deve ser entendido não como expressão do relativismo do conheci-
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mento, mas como exaltação da capacidade de construir a verdade: "o logos não mais é divino,
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UNIDADE 1 : A CONSCIÊNCIA FILOSÓFICA E O SURGIMENTO DA FILOSOFIA
REFERÊNCIAS:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
Site Eletrônico:
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Resumo dos pré-socráticos.
Disponível em:<https://www.resumoescolar.com.br/filosofia/resumo-dos-pre-
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A Filosofia como
Busca de Conhecimento
2.3 Sócrates 20
2.4 Platão 26
2.5 Aristóteles 29
UNIDADE 2 : A FILOSOFIA COMO BUSCA DE CONHECIMENTO
Immanuel Kant
Para que você compreenda, desde já, o que programamos para esta aula, saiba que os textos ,
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01_Comparar os conceitos de informação, conhecimento e sabedoria.
02_Reconhecer a reflexão filosófica como radical, rigorosa e holística .
03_Conceituar, ainda que introdutoriamente, filosofia.
04_Delinear os aspectos significativos do pensamento de Sócrates, Platão e Aristóteles.
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UNIDADE 2 : A FILOSOFIA COMO BUSCA DE CONHECIMENTO
Desde nosso primeiro encontro, já esboçamos a conceituação de filosofia. Vejamos como nosso
FILOSOFIA: (philos-sophia )
Pitágoras (séc. VI a.C.), filósofo e matemático grego, teria sido o primeiro a usar o termo filósofo,
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por não se considerar um "sábio" (sophos), mas apenas alguém que ama e procura a sabedoria.
do do Trabalho, do Estado de São Paulo, intitulado "O que é filosofia?", bastante didático e inte-
Pouco a pouco, você irá compreendendo que o filosofar é um processo, é uma construção contí-
nua e, para quem se coloca como empreendedor, é algo fundamental no sentido de compreen-
“mais do que um saber, a filosofia é uma atitude diante da vida, tanto no dia a
dia como nas situações-limite, que exigem decisões cruciais. Por isso, no seu
01_SÓCRATES
02_PLATÃO
03_ARISTÓTELES
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UNIDADE 2 : A FILOSOFIA COMO BUSCA DE CONHECIMENTO
2.3 SÓCRATES
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Sócrates atuou em Atenas numa época em que a cidade era o centro da vida social, política e
cultural da Grécia, o berço da filosofia, como já estudamos. A democracia grega está no auge e
desponta a figura do cidadão, uma vez que todos participam do governo e podiam manifestar
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UNIDADE 2 : A FILOSOFIA COMO BUSCA DE CONHECIMENTO
para conseguir que a sua opinião fosse aceita nas assembleias, o ci-
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pelas famílias aristocráticas, senhoras das terras e do poder militar.
classe social urbana rica que desejava exercer o poder político, até
dessa nova classe social que a democracia é instituída. Com ela, o po-
Os responsáveis por essa nova forma de educação foram os sofistas (estudados no guia anterior),
que ensinavam técnicas de como falar bem em público e como persuadir através da oratória.
Sócrates se posicionou duramente contra os sofistas: afirmou que não eram filósofos, uma vez
que não tinham preocupação com a verdade, apenas com o convencimento. E que essa atitude
corrompia a juventude. Sua proposta era que, antes de tentar convencer os outros ou buscar o
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UNIDADE 2 : A FILOSOFIA COMO BUSCA DE CONHECIMENTO
Aqui retomo o início de nossa conversa: Sócrates não está preocupado com o acúmulo de co-
nhecimentos, preocupa-se com uma postura diante do saber, com uma atitude, que é a de re-
conhecer a própria ignorância, expressa na frase: "Só sei que nada sei" e abrir-se para o conheci-
mento. Com isso, colocamo-nos abertos para o saber, dispostos a ir em busca da sabedoria. Pense
em você e no seu curso O Empreendedor e a Sociedade: como tem sido sua postura diante dos
conhecimentos que lhe são apresentados? Há alunos que apenas se preocupam em acumular
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conceitos e que não incorporam atitudes para a vida.
SOFISTAS:
tal arte para que fossem bons cidadãos. Que era essa arte? A arte
da persuasão.
Quem escreveu sobre Sócrates foi seu discípulo Platão. Que retrato deixou dele? Responde
O de um homem que andava pelas ruas e praças de Atenas, pelo mercado e pela as-
sembleia indagando a cada um: "Você sabe o que é isso que você está dizendo?"; "Você
sabe o que é isso em que você acredita?"; "Você acha que está conhecendo realmente
aquilo em que acredita, aquilo em que está pensando, aquilo que está dizendo?". "Você
diz", falava Sócrates, "que a coragem é importante, mas o que é coragem?; "Você acre-
dita que a justiça é importante, mas o que é a justiça?; "Você diz que ama as coisas e
as pessoas belas, mas o que é a beleza?"; "Você crê que seus amigos são a melhor coisa
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UNIDADE 2 : A FILOSOFIA COMO BUSCA DE CONHECIMENTO
Sócrates fazia perguntas sobre as ideias, sobre os valores nos quais os gregos acredi-
çados, irritados, curiosos, pois, quando tentavam responder ao célebre "o que é", des-
cobriam, surpresos, que não sabiam responder e que nunca tinham pensado em suas
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Charge: 857 – Sócrates 6 Fonte: Carlos Ruas (www.umsabadoqualquer.com)
Essa postura de Sócrates mexeu com interesses da elite de Atenas. Ele foi submetido a julga-
mento e condenado a morrer tomando cicuta (um veneno feito de ervas), como representado no
O comentário do quadro feito por Alain Botton, na obra "As consolações da filosofia" é bas-
tante interessante:
"Condenado à morte pelo povo de Atenas, Sócrates, rodeado por um grupo de amigos
desolados, prepara-se para beber uma taça de cicuta. Na primavera de 399 a.C., três
vens de Atenas. A gravidade das acusações era de tal ordem que exigia pena capital"
Sócrates reagiu com serenidade absoluta. Apesar de, durante o julgamento, lhe ser dada a opor-
tunidade de renunciar às suas ideias, ele preferiu manter-se fiel à busca da verdade a assumir
uma conduta capaz de o tornar benquisto entre seus inquisidores. Segundo o relato de Platão,
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UNIDADE 2 : A FILOSOFIA COMO BUSCA DE CONHECIMENTO
"Enquanto eu puder respirar e exercer minhas faculdades físicas e mentais, jamais dei-
xarei de praticar a filosofia, de elucidar a verdade e de exortar todos que cruzarem meu
caminho a buscá-la [...] Portanto, senhores [...] seja eu absolvido ou não, saibam que não
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seu lado, uma pena e um rolo de pergaminho. Platão contava 29 anos quando Sócrates foi exe-
cutado, mas David o retratou como um ancião circunspecto e grisalho. No corredor ao fundo,
carcereiros conduzem Xantipa, a mulher de Sócrates, para fora da cela. Sete amigos apresentam
graus variados de consternação. Críton, seu companheiro mais chegado, está sentado a seu lado
e contempla o mestre com devoção e preocupação. Mas o filósofo, cujos torso e bíceps são de um
atleta, mantém-se ereto e altivo, sem que se perceba qualquer sinal de apreensão ou arrependi-
mento. O fato de ter sido acusado de loucura por um grande número de atenienses não abalou
suas convicções.
David havia planejado pintar Sócrates no ato de beber o veneno, mas o poeta André Chenier
sugeriu que o efeito dramático seria bem maior se ele fosse retratado no momento em que ter-
minava um argumento filosófico e, ao mesmo tempo, recebia com tranquilidade a taça de cicuta
que daria fim à sua vida, simbolizando, dessa forma, tanto um ato de obediência às leis de Atenas
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UNIDADE 2 : A FILOSOFIA COMO BUSCA DE CONHECIMENTO
to por seu discípulo Platão, que relata o julgamento de Sócrates. É um texto fantástico.
Lembre-se: importa a atitude de Sócrates, sua postura sempre aberta para o saber e questiona-
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dora da realidade.
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UNIDADE 2 : A FILOSOFIA COMO BUSCA DE CONHECIMENTO
2.4 PLATÃO
"[No fundo da caverna] não poderiam considerar nada como verdadeiro, a não ser as
sombras."
Platão
Quantas vezes nos perdemos nas sombras da vida? Quantas vezes nos encontramos como que
no fundo da caverna?
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Agora vamos estudar um filósofo que propôs uma interessante reflexão sobre os questionamentos
acima colocados: PLATÃO (428-347 a.C.). E nosso curso "O EMPREENDEDOR E A SOCIEDADE"
na modalidade EaD quer estar "antenado" com sua vida, com seus estudos aqui na Doctum,
Por isso, logo na abertura, vamos à história em quadrinhos que Maurício de Souza fez, tomando
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UNIDADE 2 : A FILOSOFIA COMO BUSCA DE CONHECIMENTO
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Pelas reflexões propostas pelos textos, podemos verificar como o pensamento de Platão é
atual. Por isso, estou certo de que vai ajudar na transformação pela educação que você está
experimentando.
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UNIDADE 2 : A FILOSOFIA COMO BUSCA DE CONHECIMENTO
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Será que você já consegue dar a resposta que o pensador da charge está se fazendo?
Consegue reconhecer que a filosofia está presente no nosso cotidiano? Insisto, a filosofia é para
nos libertar, para nos motivar, para levantar questionamentos, aguçar nossa consciência crítica:
01_Qualificar você como empreendedor
02_Melhorar sua forma de compreender a sociedade. Espero que você esteja tendo uma expe-
riência feliz.
Lembre-se, se tiver alguma dúvida, se quiser fazer algum comentário, estamos a sua disposição:
escreva para seu tutor e saiba que pode, a qualquer momento, contar conosco. Vamos, então,
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UNIDADE 2 : A FILOSOFIA COMO BUSCA DE CONHECIMENTO
2.5 ARISTÓTELES
"Se se deve filosofar, deve-se filosofar,
Aristóteles
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Quando estudamos filosofia, aos poucos, vamos
ao saber filosófico:
consideramos que estamos tirando uma conclusão. Isso que chamamos hoje
Para início de conversa, veja o vídeo "Grandes pensadores - Aristóteles", que apresenta o filósofo
conhecimento até a sua época. Por isso, ele é considerado o primeiro verdadeiro cientista da
história.
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UNIDADE 2 : A FILOSOFIA COMO BUSCA DE CONHECIMENTO
Penso que, após o vídeo, você já está preparado para os textos de referência.
O primeiro, das professoras Maria Lúcia e Maria Helena (2009, p. 154-156) , aborda temas como:
01_A METAFÍSICA
02_A TEORIA DO CONHECIMENTO
03_O CONHECIMENTO PELAS CAUSAS
04_DEUS, COMO O MOTOR MÓVEL
05_SUA CRÍTICA AOS FILÓSOFOS QUE VIERAM ANTES DELE
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E lembre-se, na modalidade EaD o protagonista do estudo é VOCÊ.
Segue uma palavra de estímulo, para que você se dedique ao máximo, aproveitando a oportunidade
Conte sempre conosco. Estamos aqui a sua disposição, basta contatar o seu tutor.
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UNIDADE 2 : A FILOSOFIA COMO BUSCA DE CONHECIMENTO
REFERÊNCIA:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 14. ed. São Paulo: Ática, 2012.
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O Pensamento de Aristóteles segue influente no mundo contemporâneo.
noticia/2011/10/pensamento-de-aristoteles-segue-influente-no-mundo-con-
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3
Ciência e Filosofia
do conhecimento.
É claro que temos vídeos, gráficos e imagens em nosso estudo, mas não esqueça que a leitura é
fundamental para que você se desenvolva, não apenas aqui no curso O Empreendedor e a Socie-
dade, mas em todo e qualquer componente curricular do seu curso. Tenha certeza, uma transfor-
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mação pode ocorrer se você se dedicar com afinco aos seus estudos.
da Modernidade, para depois refletir sobre a racionalidade instrumental e o impacto das novas
tecnologias. Para aproveitar ao máximo as leituras que faremos sobre a renascença e a filosofia
moderna, proponho uma revisão dos conteúdos de história que você estudou no ensino médio,
com uma teleaula do Novo Telecurso sobre esse importante período, apresentado como tempo
Muitas vezes, os estudos realizados no ensino médio foram precários e deixaram a desejar. Mas,
eles são fundamentais, a verdadeira base sobre a qual podemos construir os demais patamares
de nossos conteúdos e ficarmos assim mais aprimorados para uma reflexão mais profunda.
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UNIDADE 3 : CIÊNCIA E FILOSOFIA
Como você se aprofundará com a leitura do texto de referência das professoras Maria Lúcia e
Maria Helena (2009, p. 364-369) , houve uma verdadeira revolução científica no século XVII, com
a substituição da teoria geocêntrica (a afirmar que a terra era o centro do universo) pela teoria
heliocêntrica.
A nova teoria não apenas retirou a Terra do centro do Universo, mas também
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zava o “mundo superior dos Céus” e o “mundo inferior e corruptível da Terra”.
Céu.
invenções como a bússola, a prensa, a máquina a vapor, entre outras, “não constituiu uma sim-
ples evolução do pensamento científico, mas uma verdadeira ruptura que implicou outra con-
conhecimento e à verdade” .
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UNIDADE 3 : CIÊNCIA E FILOSOFIA
Você também está convidado a refletir com o texto do angolano Pedro de Castro Maria, com o
Como explica o autor, “este artigo, estruturado em quatro secções, propõe uma análise sobre a
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UNIDADE 3 : CIÊNCIA E FILOSOFIA
FILOSOFIA MODERNA
Falar em Modernidade nos remete a frase "penso, logo existo", de René Descartes, considera-
do o "pai da filosofia moderna". Uma das características desse período é a investigação sobre a
um caminho seguro para chegar à verdade. Descartes realizou o seguinte trajeto: como primeiro
passo, colocou tudo em dúvida, ou seja, duvidou de tudo o que julgava conhecer. É a chamada
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dúvida metódica. E apenas deixa de duvidar quando se deparou com seu próprio ser que estava
levantando as dúvidas.
Assim, chegou ao primeiro princípio de sua filosofia: PENSO, LOGO EXISTO . Vejamos essa passa-
mente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade
eu penso, logo existo era tão firme e tão certa que todas as mais extravagan-
tes suposições dos céticos não seriam capazes de a abalar, julguei que podia
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UNIDADE 3 : CIÊNCIA E FILOSOFIA
A partir disso, inaugura-se uma nova etapa na história da filosofia que terá em seu centro o en-
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As soluções apresentadas a esse problema deram origem a duas
do conhecimento.
Tais autores estão presentes no texto de referência agora proposto, preparado pela filósofa e edu-
cadora Heidi Strecker, e aborda o renascimento, passando pelo racionalismo clássico e o empiris-
mo. A parte final do texto é sobre o iluminismo que ainda estudaremos no futuro.
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UNIDADE 3 : CIÊNCIA E FILOSOFIA
sociedade de sua época, na qual a razão foi exaltada como a luz capaz de esclarecer (iluminar) a
humanidade, fazendo com que as ações humanas fossem cada vez mais planejadas, calculadas,
racionalizadas.
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Pensadores como Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter Benjamin e Herbert Marcuse, esses
os mais destacados entre outros, fundaram em 1923, em Frankfurt, o Instituto para Pesquisa So-
Como você se aprofundará no texto de referência 2 , as professoras Maria Lúcia e Maria Helena
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UNIDADE 3 : CIÊNCIA E FILOSOFIA
Sem dúvida, vivemos em nossos tempos uma transição também profundamente transformado-
ra, com o surgimento de novas tecnologias que trouxeram novas formas de agir, novos tipos de
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ocupação, novas modos de se relacionar.
Como refletem Karen Kohn e Cláudia Herte de Moraes (cujo texto de referência 3 está nos ma-
teriais desta aula), houve uma valorização do “conhecimento; a riqueza dos países passou a ser
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UNIDADE 3 : CIÊNCIA E FILOSOFIA
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trial passou-se rapidamente para Era da Tecnologia e mais rápido ainda já se
vive na Era Digital. Por meio da técnica se fez o homem, se fez a sociedade, o
te nas Ciências Sociais. É impossível não ver os benefícios que as novas tecno-
logias trouxeram para a vida as pessoas, mas sua prepotência lúdica esconde
eles, por mais que pareçam amistosos. Encerra-se com uma frase de Carlos
Vogt, que se intitula Cacofonia Social: “com a globalização, dá-se aos pobres a
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UNIDADE 3 : CIÊNCIA E FILOSOFIA
REFERÊNCIA:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
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EMPIRISMO. Plataforma Anísio Teixeira. Secretaria da Educação, Bahia, 2017.
gia USP, São Paulo, v.8, n.1, p.11-31, 1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/
dez. 2018.
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UNIDADE 3 : CIÊNCIA E FILOSOFIA
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STRECKER, Heidi. Filosofia moderna (1) - Pensadores da Modernidade. Edu-
filosofia-moderna-1-conheca-os-maiores-filosofos-dos-seculos-16-a-18.htm>.
ciplinas/filosofia/filosofia-moderna-2-a-razao-do-renascimento-ao-iluminis-
43
4
Saber e Linguagem
4.1 Saber 46
4.2 Linguagem 49
UNIDADE 4 : SABER E LINGUAGEM
4.1 SABER
"Nossa necessidade de conhecer não é justamente essa necessidade do conhecido,
Nietzsche
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conhecimento. Quantas vezes nós nos perguntamos qual a utilidade do que estamos estudando?
Outras tantas vezes, por não diferenciar as formas de conhecimento, somos levados ao erro, che-
Como nosso objetivo final aqui é sermos transformados pela educação, vamos em busca de apri-
morar e organizar nossa "necessidade do conhecido", essa "vontade de descobrir algo que não
mais nos inquiete", de que fala Nietzsche. Para não ficarmos depois da aula como o Calvin.
demais relevante refletir sobre o saber e sobre a linguagem, os dois títulos desta aula.
46
UNIDADE 4 : SABER E LINGUAGEM
Na mesma linha do que vimos na animação, temos o texto de referência proposto, do profes-
sor Wilson Correia , onde veremos como não há um critério para dizer que um conhecimento é
melhor, maior ou mais importante que outro, mas que "devem ser vistos numa perspectiva de
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ológico, filosófico, científico, técnico e o saber das artes.
Como nosso componente curricular tem uma forte ligação com a FILOSOFIA, vamos apresentar
algumas características próprias da atitude filosófica, segundo a professora Marilena Chauí (2012,
p. 24) :
Ou seja, por que algo existe, qual é a origem ou a causa de uma coisa, de uma
47
UNIDADE 4 : SABER E LINGUAGEM
rodeia e às relações que mantemos com ele. Pouco a pouco, descobre que
essas questões pressupõem a figura daquele que interroga e que elas exigem
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Por isso, pouco a pouco, as perguntas da filosofia se dirigem ao próprio
ser uma volta que o pensamento realiza sobre si mesmo, a filosofia se realiza
meio do "entendimento lógico de fatos, fenômenos, relações, coisas, seres e acontecimentos que
na lógica racional". Por conta disso, segue o vídeo do Prof. Dr. Ivan Claudio Guedes que aborda a
48
UNIDADE 4 : SABER E LINGUAGEM
4.2 LINGUAGEM
Como nos ensinam as professoras Maria Lúcia e Maria Helena (2009, p. 55), “a linguagem é um
instrumento que nos permite pensar e comunicar o pensamento, estabelecer diálogos com
nossos semelhantes e dar sentido à realidade que nos cerca”. Assim, refletir sobre esse tema é de
fundamental relevância para quem se coloca em uma atitude empreendedora, como você.
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No texto de referência, você terá oportunidade de estudar os seguintes aspectos:
01_O QUE É UMA LINGUAGEM (com a análise da estrutura da linguagem, os tipos de signos e
a construção da significação)
Como sempre digo em meus próprios vídeos no início das aulas, não podemos ficar apenas nos
49
UNIDADE 4 : SABER E LINGUAGEM
REFERÊNCIA:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
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ministração. Pensamento & Realidade . Revista do Programa de Estudos
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 14. ed. São Paulo: Ática, 2012.
<http://br.monograf ias.com/trabalhos913/diversos-tipos-conhecimento/di-
50
5
Ética e Moral
um meio."
Kant
Amigo(a) estudante,
é inegável que o tema da ética está em alta. Pode ser que muitos não tenham atitudes éticas,
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mas muito se fala de ética. Os políticos, quase que em sua totalidade, em seus discursos falam
e falam sobre ética. Entretanto, os índices de corrupção na política brasileira fazem confundir o
Ora, que é ética? Existe diferença entre ética e moral? Por que a filosofia se ocupa desse
tema?
Essas e outras indagações fazem parte dessa aula que tem como objetivos de aprendizagem:
refletir sobre a liberdade do sujeito moral e sobre a ética do cotidiano; e reconhecer a importância
52
UNIDADE 5 : ÉTICA E MORAL
Uma das questões proposta para o estudo dessa aula é se existe diferença entre ética e moral.
Você terá oportunidade de aprofundar o tema com a leitura do texto de referência, mas, por
agora, vejamos como a professora Marilena Chauí (2012, p. 386) apresenta essa questão:
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Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, isto é, valores concernentes
podem até mesmo possuir várias morais, cada uma delas referidas aos valores
de uma casta ou de uma classe social.
uma ética, entendida como filosofia moral, isto é, uma reflexão que discuta,
53
UNIDADE 5 : ÉTICA E MORAL
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ÉTICA: deriva do grego: éthos membros.
No entanto, há na língua grega outra palavra que, ao ser transliterada para o português, se escreve
ÉTHOS:
No texto de referência, as professoras Maria Lúcia e Maria Helena (p. 212-219) fazem uma
apresentação bastante didática sobre temas que são fundamentais para que a reflexão e a
Elas iniciam diferenciando moral e ética, para depois apresentar o caráter histórico e social da
moral e fazer uma reflexão sobre a liberdade do sujeito moral. Na sequência, refletem sobre temas
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UNIDADE 5 : ÉTICA E MORAL
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Charge: Quino
Nossa consciência moral é o 'inquilino' da charge e a sociedade, como um todo, precisa cada vez
mais dar ouvidos a 'esse inquilino que a gente tem aqui dentro'. Para quem se coloca diante da
sociedade com uma atitude empreendedora, ele deve servir para seu aprimoramento pessoal e
profissional, com um olhar voltado para que o seu redor, desde sua família à sociedade onde você
vive e atua - que o mundo possa ser melhor e que a reflexão sobre ética nos auxilie nessa tarefa
professores Clóvis de Barros Filho e Mário Sérgio Cortella abordando o tema da ética no cotidiano.
55
UNIDADE 5 : ÉTICA E MORAL
Cortella que acompanhamos em vídeo já nos traz muitos elementos de reflexão sobre os
Quero convidá-lo a ler o texto, bastante profundo e com uma bibliografia muito expressiva, do
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UNIDADE 5 : ÉTICA E MORAL
Prezado estudante,
após a trajetória que fizemos até aqui, de modo particular nas primeiras partes dessa aula, na
qual refletimos sobre a ética e seus princípios fundamentais, chegou o momento de voltar nosso
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Acompanhando a reflexão de Lattas e Silva Júnior (2005), verifica-se que:
Esta essência apresenta-se por meio das ações entre agentes empresariais,
colaboradores da empresa.
O agir com ética, nesse contexto, significa agir de acordo com determinadas
ou até mesmo códigos de ética, mas não os cumprem. Com isso observa-se a
dem disseminar tais valores e ao mesmo tempo obter sua aplicação? Como
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UNIDADE 5 : ÉTICA E MORAL
Essas questões devem fazer parte de seu repertório de indagações para que este estudo não
fique apenas nas palavras, como quem diz: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
Uma empresa que tenha definido sua missão, sua visão e seus valores, mas não pauta suas ações
norteadas por eles está cometendo o mesmo equívoco . Como prosseguem Lattas e Silva Júnior
(2005), “a motivação para este estudo fundamenta-se na premissa de que a ética, entendida
como a ciência dos costumes ou dos atos humanos, passa a ser uma questão de sobrevivência
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para organizações submetidas a pressões constantes, nos setores mais dinâmicos da empresa”.
"A ética nas organizações não se caracteriza como valores abstratos nem
própria organização, de modo que a ética servirá para regular essas relações,
58
UNIDADE 5 : ÉTICA E MORAL
Nesta aula você está refletindo sobre ética nas organizações, tendo em vista a leitura e o estudo
Conselho Federal de Administração (CFA) nº 393, de 6 de dezembro de 2010), e que faz parte dos
materiais desse módulo. É um texto longo, porém sua leitura e estudo são fundamentais para sua
formação e para que os valores éticos aqui estudados e que tanto defendemos não sejam letra
morta.
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UNIDADE 5 : ÉTICA E MORAL
REFERÊNCIA:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 14. ed. São Paulo: Ática, 2012.
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_______. Iniciação à filosofia. 2. ed. São Paulo: Ática, 2014.
LATTAS, Maria Virgínia; SILVA JÚNIOR, Walter José. Algumas reflexões sobre
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6
Introdução Geral à Sociologia
E também, imagine a cena de dois tipos de festa: um baile vitoriano do século XIX e uma festa
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Foto: Rave Xxxperience BH por Cid Costa Neto Fonte: Wikipédia
Pois é, a Sociologia surgiu justamente para dar respostas científicas a esse tipo de pergunta.
Nesta aula, vamos buscar entender o contexto histórico que levou ao nascimento da Sociologia
como ciência.
A Sociologia como ciência que analisa a sociedade (consolidada apenas no século XIX) é fruto
mundo na época passava por várias transformações que não podem ser entendidas de forma
01_EXPANSÃO MARÍTIMA
62
UNIDADE 6 : INTRODUÇÃO GERAL À SOCIOLOGIA
02_COMÉRCIO ULTRAMARINO
03_FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS
04_REFORMA PROTESTANTE
05_DESENVOLVIMENTO DAS CIÊNCIAS E DA TECNOLOGIAS
06_ANTROPOCENTRISMO
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EXPANSÃO MARÍTIMA
A partir do século XV, sob a liderança de portugueses e espanhóis, os europeus começam um
processo de intensa globalização, a chamada Expansão Marítima. Este fato também ficou
africanos).
COMÉRCIO ULTRAMARINO
A expansão ultramarina Européia deu início ao processo da Revolução Comercial, que caracterizou
os séculos XV, XVI e XVII. Através das Grandes Navegações, pela primeira vez na história, o mundo
seria totalmente interligado. Somente então é possível falar-se em uma história em escala
mundial.
começo da Revolução Industrial a partir da segunda metade do século XVIII. Apenas os Estados
63
UNIDADE 6 : INTRODUÇÃO GERAL À SOCIOLOGIA
absolutas
XI a XIV), onde após a fracassada pretensão da Igreja de Roma de unificar o continente sob sua
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batuta, os diferentes povos europeus começaram a unir-se em torno de um grande líder, que
fosse mais forte que os líderes regionais para unificar as diferentes e fragmentadas regiões que
formavam a 'colcha de retalhos' que era o mapa europeu da época. Com essa nova configuração
sócio-política, os reis passaram a assumir um perfil próximo ao do absolutismo, que teve seu
auge com Luís XIV (o autor da famosa frase "o Estado sou eu"), e através desta força do monarca,
subjugando os líderes locais é que o Estado Nacional moderno como conhecemos hoje pôde
surgir".
REFORMA PROTESTANTE
A Reforma Protestante foi apenas uma das inúmeras Reformas Religiosas ocorridas após a Idade
01_CUNHO RELIGIOSO
02_INSATISFAÇÃO COM AS ATITUDES DA IGREJA CATÓLICA e seu distanciamento com relação
aos princípios primordiais.
Durante a Idade Média a Igreja Católica se tornou muito mais poderosa, interferindo nas decisões
políticas e juntando altas somas em dinheiro e terras apoiada pelo sistema feudalista. Desta
A IGREJA PREGAVA QUE QUALQUER CRISTÃO PODERIA COMPRAR O PERDÃO POR SEUS
PECADOS
Desta forma, Martinho Lutero, monge agostiniano da região da saxônia, deflagrou a Reforma
64
UNIDADE 6 : INTRODUÇÃO GERAL À SOCIOLOGIA
Leão X (1478-1521) com o intuito de terminar a construção da Basílica de São Pedro determinou a
venda de indulgências (perdão dos pecados) a todos os cristãos. Lutero, que foi completamente
contra, protestou com 95 proposições que afixou na porta da igreja onde era mestre e pregador.
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fez com que Leão X exigisse dele uma retratação pelo ato. O que nunca foi conseguido. Leão X
então, excomungou Lutero que em mais uma manifestação de protesto, rasgou a Bula Papal
Então, enquanto Lutero era acolhido por seu protetor, o príncipe Frederico da Saxônia, diversos
nobres alemães se aproveitaram da situação como uma oportunidade para tomar os inúmeros
bens que a igreja possuía na região. Assim, três revoltas eclodiram: uma em 1522 quando os
cavaleiros do império atacaram diversos principados eclesiásticos afim de ganhar terras e poder;
outra em 1523, quando a nobreza católica reagiu; e, uma em 1524, quando os camponeses
condições. Mas esta última também foi rechaçada por uma união entre os católicos, protestantes,
burgueses e padres que se sentiram ameaçados e exterminaram mais de 100 mil camponeses. O
maior destaque da revolta camponesa na rebelião de 1524 foi Thomas Münzer, suas idéias dariam
início ao movimento “anabatista”, uma nova igreja ainda mais radical que a luterana. (Info Escola.
65
UNIDADE 6 : INTRODUÇÃO GERAL À SOCIOLOGIA
Em meio a todas essas transformações, foi o empenho para explicar os acontecimentos sociais de
forma científica, sem os moldes dos mitos, da religião ou por ideias abstratas, que deu origem à
As transformações iniciadas na passagem da Idade Média para a Idade Moderna geraram rupturas
nas estruturas que sustentavam a sociedade europeia como pode perceber. Essas rupturas,
quando acontecem de forma intensa podem ser chamadas de revoluções. Nos séc. XVIII e XIX
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ocorreram duas que tiveram impacto decisivo na criação da Sociologia. Vamos a elas:
"A Revolução Francesa de 1789 marcou o triunfo das ideias e dos valores seculares, como liberdade
e igualdade, sobre a ordem tradicional. Foi o começo de uma poderosa e dinâmica força que desde
então tem se espalhado ao redor do globo e se tornado um artigo básico do mundo moderno"
Devemos ter em conta quanta mudança aconteceu a partir do novo modo de produção
pelo trabalho mecânico. Temos mudanças também por parte de muitos pensadores a
refletir sobre as novas formas de organização política. Já no século XIX, temos o advento
Isso mudou dramaticamente a face do mundo social, incluindo muito de nossos hábitos
66
UNIDADE 6 : INTRODUÇÃO GERAL À SOCIOLOGIA
pessoais. A maioria dos alimentos que comemos e das bebidas que bebemos - como o café -
agora é produzida por meios industriais. A ruptura com os modos de vida tradicionais desafiou os
pensadores a desenvolverem uma nova compreensão tanto do mundo social, como do natural. Os
pioneiros da sociologia foram apanhados pelos acontecimentos que cercaram essas revoluções e
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Mas há algo bastante interessante que colocamos no início da aula para conduzir você até aqui.
E foram essas questões que deram origem à Sociologia como ciência. Percebeu?! A Sociologia
67
UNIDADE 6 : INTRODUÇÃO GERAL À SOCIOLOGIA
- SOCIOLOGIA - foi Augusto Comte (1778-1857). Há algo que talvez você nunca tenha prestado
atenção, mas o pensamento desse filósofo francês está mais perto de você do que imagina.
Imagem: Bandeira do Brasil Fonte: Wikipédia Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Pois é, essa frase é o lema do positivismo de Augusto Comte. Concorda que é interessante
conhecer mais a fundo o pensamento desse filósofo tão influente que inspirou os brasileiros a
colocar seu lema em nossa bandeira? Basta clicar abaixo e saber mais.
Agora, vamos acompanhar o texto de Antonio Carlos Olivieri, Positivismo - Ordem, progresso e a
68
UNIDADE 6 : INTRODUÇÃO GERAL À SOCIOLOGIA
A palavra positivismo foi empregada pela primeira vez pelo filósofo francês Claude Saint-
Simon - um dos chamados socialistas românticos - para designar o método exato das
Comte (1798-1857), que foi seu secretário, utilizou a expressão para designar a sua
filosofia, que teve grande expressão no mundo ocidental durante a segunda metade
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uma exaltação otimista do industrialismo. Nesse sentido, pode-se compreendê-lo como
positivismo, tal qual o concebeu Comte, é a devoção à ciência, vista como único guia
da vida individual e social, única moral e única religião possível. Desse modo, em última
Note-se, porém, que isso implica a criação de uma ciência social, pois só é possível
o "Curso de Filosofia Positiva", livro escrito entre 1830 e 1842, a partir de 60 aulas dadas
É na primeira delas que Comte formulou a "LEI DOS TRÊS ESTADOS" da evolução
humana:
03_POSITIVO: marcado pelo triunfo da ciência, que seria capaz de compreender toda
e qualquer manifestação natural e humana.
Passados mais de 150 anos da publicação do "Curso", talvez não fosse necessário dizer
69
UNIDADE 6 : INTRODUÇÃO GERAL À SOCIOLOGIA
Atualmente, sabe-se que a ciência não só resolve problemas, como também os cria:
meio ambiente.
POSITIVISMO NO BRASIL
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à grande influência que esta escola filosófica exerceu no país na virada dos séculos 19
e 20. Se o leitor foi atento, percebeu que o objetivo da filosofia de Comte é a ordem
Peixoto.
Sobre o tema, em minha tese de doutorado, embasado em Reale e Antiseri (1991, p. 296), fiz a
70
UNIDADE 6 : INTRODUÇÃO GERAL À SOCIOLOGIA
REFERÊNCIA:
BALIKIAN, José Eduardo. Direito: mitos, invenções e perspectivas para o
sidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2015. Disponível em: <https://reposi-
torio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/2357/6561.pdf?sequence=1&isAllowe-
Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
d=y>. Acesso em: 20 dez. 2018.
em:
<http://brasilescola.uol.com.br/historiag/expansao-maritima-europeia.htm>.
uol.com.br/disciplinas/filosofia/positivismo-ordem-progresso-e-a-ciencia-co-
71
7
Matrizes do
Pensamento Sociológico
Nessa unidade 7 de nosso curso O Empreendedor e a Sociedade, estudaremos três autores que
estão na base da reflexão sociológica: Emile Durkheim e o método sociológico, Karl Marx e o
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Imagem: Marx, Weber e Durkheim (da esquerda para a direita). Fonte: Wikipédia
ciologia: o francês Émile Durkheim (1858-1917). Seu trabalho deu origem a uma corrente teórica e
metodológica que, podemos afirmar, é sem dúvida uma das mais marcantes e, porque não dizer,
a hegemônica em Sociologia.
A proposta é que você leia um texto e assista a um vídeo. No texto, sobre a Sociologia de Durkheim,
74
UNIDADE 7 : MATRIZES DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
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75
UNIDADE 7 : MATRIZES DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
Pois é, o pensador que estudaremos agora também pensava assim. Trata-se do alemão Karl Marx,
que viveu na Europa do século XIX (1818-1883), quando ocorria a consolidação do capitalismo
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Vamos nos aproximar do pensamento de Karl Marx seguindo as reflexões da vídeoaula, que tem
de Marília/SP; e o professor Gabriel Cohn que, como você já sabe, é um dos mais renomados
trabalho. Uma relação que não é natural e sim inventada pela sociedade capitalista.
capitalista? Quais as tendências? O que está sendo produzido? Quais são os seus limites?
03_HÁ UMA REFLEXÃO BEM INTERESSANTE DO PROFESSOR GABRIEL COHN: "Não olhe
apenas as relações que você vê a sua volta, procure aquelas que estão escondidas. Porque se
descobrir as que estão escondidas, você vai entender melhor as que estão a sua volta".
09_O QUE MARX PENSARIA DO MUNDO DE HOJE? FICARIA ESPANTADO POR DOIS MOTIVOS:
Diria: "o que analisei está acontecendo: as relações sociais se mercantilizaram, ou seja, viraram
76
UNIDADE 7 : MATRIZES DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
A INFLUÊNCIA DE MARX:
Esclarece Giddens (2005, p. 31): "As ideias de Karl Marx (1818-1883) contrastam radicalmente com
as de Comte e de Durkheim, mas, como esses últimos, ele buscava explicar as mudanças que
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estavam tendo lugar na sociedade durante a época da Revolução Industrial. Quando jovem, as
atividades políticas de Marx o levaram a entrar em conflito com as autoridades alemãs; depois de
Marx testemunhou o crescimento das fábricas e da produção industrial, como também das
desigualdades que disso resultaram. Seu interesse no movimento trabalhista europeu e nas
ideias socialistas se refletiu em seus escritos, que cobriram uma diversidade de tópicos. A
maior parte do seu trabalho se concentrou em temas econômicos, mas, como estava sempre
preocupado em conectar problemas econômicos a instituições sociais, seu trabalho foi, e ainda é
rico em percepções sociológicas. Até mesmo seus mais severos críticos consideram seu trabalho
77
UNIDADE 7 : MATRIZES DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
Sem dúvida, Marx tem influência decisiva em todo o século XX, bem como em nosso século XXI.
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- Eu vendo, você compra.
Todas essas ações são individuais. Mas já possuem uma espécie de dependência uma da outra que
passam a formar uma ação social, como explica Antonio Pierucci, pesquisador do Departamento
de Sociologia da USP.
A sociedade, por sua vez, é feita de ações sociais praticadas por indivíduos. Essa forma de
"Como Marx, Max Weber (1864-1920) não pode simplesmente ser rotulado
os modos nos quais a sociedade moderna era diferente das primeiras formas
78
UNIDADE 7 : MATRIZES DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
aspectos da Sociologia de Weber e um comentário sobre sua obra A ética protestante e o "espírito"
do capitalismo e, depois, acompanhar uma vídeo aula, com a participação de dois dos maiores
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conhecedores de Weber no Brasil: o Prof. Gabriel Cohn, que você já conhece de aulas anteriores e
01_O lugar que o livro possui na obra de Max Weber e seu objetivo: Estabele-
cer qual o papel da ética protestante nos indivíduos da sociedade capitalista;
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UNIDADE 7 : MATRIZES DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO
REFERÊNCIA:
FERREIRA, Delson. Manual de sociologia – dos clássicos à sociedade da infor-
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MUSSE, Ricardo. Marx e a sociologia. Revista Cult. Disponível em: <https://
TOMAZI, Nelson Dacio. A Sociologia na França. In: Sociologia. São Paulo: Edi-
80
8
Sociedade
Capitalista Industrial e
Pós-Industrial
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A) Comercial
B) Industrial
C) Financeira
(aqui você terá a dica e a oportunidade de ver o filme Tempos Modernos, com Charlie Chaplin);
OBSERVAÇÃO:
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UNIDADE 8 : SOCIEDADE CAPITALISTA INDUSTRIAL E PÓS-INDUSTRIAL
o século das revoluções, no qual se deu a Revolução Industrial. Proponho que você retome esse
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Essas são as características da Revolução Industrial (cf. GIL, 2011, 202 - 203):
e dos animais. Com a invenção de máquinas, como a lançadeira móvel, o tear mecânico e a
máquina a vapor, deu-se uma revolução produtiva. As fábricas passaram a produzir em série e
surgiu a indústria pesada. A invenção da locomotiva e do navio a vapor, por sua vez, contribuiu
foi o artesanato, que tinha um caráter familiar, já que o artesão trabalhava em sua própria casa,
realizando com a família todas as etapas do processo de produção. Com a Revolução Industrial,
03_PRODUÇÃO EM MASSA:
O trabalho, que antes da Revolução Industrial era manual, passou a ser feito por máquinas. Assim,
04_ESPECIALIZAÇÃO:
Os artesãos, que trabalhavam em casa, executam todas as etapas da produção de objetos. Nas
83
UNIDADE 8 : SOCIEDADE CAPITALISTA INDUSTRIAL E PÓS-INDUSTRIAL
fábricas, o trabalhador passou a desempenhar tarefas repetitivas, fornecendo, desta forma, uma
contribuição cada vez menor para o produto final. Esta especialização contribuiu para aumentar
sociais que se tornariam fundamentais para o seu funcionamento. De um lado, a dos capitalistas
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(empresários), que são os proprietários dos prédios, máquinas, matéria-prima e bens produzidos.
De outro, os proletários (operários), que possuem apenas a força de trabalho e a vendem aos
Imagem: As fábricas químicas da BASF em Ludwigshafen - Alemanha, por Robert Friedrich Stieler.
Fonte: Wikipédia.
84
UNIDADE 8 : SOCIEDADE CAPITALISTA INDUSTRIAL E PÓS-INDUSTRIAL
Uma das principais consequências da Revolução Industrial foi o rápido crescimento econômico.
Seus benefícios, no entanto, não foram distribuídos equitativamente pela população. Muitos
empresários construíram grandes fortunas, mas a maioria dos trabalhadores industriais continuou
trabalho eram precárias. Os períodos de descanso e das férias nem sempre eram respeitadas e
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mulheres e crianças não recebiam tratamento diferenciado.
A evolução das formas de transmitir informação, como o rádio, a televisão, a telefonia celular e
principalmente o computador, fez com que ocorressem mudanças sociais, econômicas e políticas
que alteraram profundamente a face do mundo. Com a difusão da Internet, a partir da década
de 1990, uma gigantesca base de dados passou a ser compartilhada em praticamente todo o
planeta. Assim, pode-se falar na Revolução da Informação, que marca profundamente o início do
século XXI.
tarefa para a qual é insubstituível: ser criativo, ter idéias. Durante dois séculos,
ritmo de vida deixou de ser controlado pelas estações do ano e tornou-se mais
indústria, esta precisou de apenas 200 anos para gerar a sociedade ou era
Pós-industrial”.
85
UNIDADE 8 : SOCIEDADE CAPITALISTA INDUSTRIAL E PÓS-INDUSTRIAL
Leia a continuidade das ideias da autora, que nos fornece um interessante panorama sobre a
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86
UNIDADE 8 : SOCIEDADE CAPITALISTA INDUSTRIAL E PÓS-INDUSTRIAL
REFERÊNCIA:
CARVALHO, Talita de. A origem do sistema capitalista. Politize!, 2018.
Disponível em <https://www.politize.com.br/sistema-capitalista-origem/>.
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GIL, Antonio Carlos. Sociologia geral. São Paulo, Atlas: 2011.
2018.
87
9
Organização do
Trabalho e Modelos
de Gestão
XX”.
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Imagem: Organização do Trabalho por Maurício Rett Fonte: www.cartunista.com.br
90
UNIDADE 9 : ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E MODELOS DE GESTÃO
Por isso, leia atentamente o Texto de Referência, com suas reflexões sobre a organização do
“Não é tão simples quanto parece, pois existe uma complexidade devido
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à variedade de cargos/funções, aspectos que cada profissional possui e ao
Antes de entrar no estudo dos modelos de gestão, o convite é que você leia com bastante
diligência o texto de referência 2, sobre "Trabalho, alienação e consumo", das professoras Maria
principais”.
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UNIDADE 9 : ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E MODELOS DE GESTÃO
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Charge: Mas por que? - Mafalda e Miguelito por Quino Fonte: Arquivos Google
que a reflexão sobre o tema adquiriu entre os gestores e o mundo do trabalho atual.
Mais do que deixar uma palavra final, nosso objetivo aqui é abrir caminhos para que você reflita e
No Texto de Referência que você lerá são apresentados 6 (seis) modelos de gestão:
01_GESTÃO DEMOCRÁTICA
02_GESTÃO MERITOCRÁTICA
03_GESTÃO COM FOCO EM RESULTADOS
04_GESTÃO COM FOCO EM PROCESSOS
05_GESTÃO AUTORITÁRIA
06_GESTÃO POR CADEIA DE VALOR
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UNIDADE 9 : ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E MODELOS DE GESTÃO
No próprio texto, você será remetido há um vídeo que explicita os diferentes modelos de gestão.
Mas também há outras perspectivas, como a apresentada por Rafael de Carvalho Corrêa (2009):
A gestão deve ser feita de forma que o administrador, através dos recursos
que forem disponibilizados, faça com que a empresa alcance seus objetivos e
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atenda as necessidades de seus clientes internos e externos.
alterar a forma de gestão, e esta evolução perpassa por algumas etapas que
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UNIDADE 9 : ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E MODELOS DE GESTÃO
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O SEGUNDO NÍVEL DE COMPLEXIDADE É O FOCO NO PROCESSO, ou seja,
de qualidade dos produtos, e assim se conseguia ter uma boa visão do que
constantemente horas extra, com isto muitos produtos não utilizados nos
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UNIDADE 9 : ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E MODELOS DE GESTÃO
deveria ser inspecionado desde o início de sua fabricação até o pós venda.
que buscam competitividade no mercado, pois a qualidade tem que vir desde
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o início do processo da produção.
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UNIDADE 9 : ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E MODELOS DE GESTÃO
REFERÊNCIA:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
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Disponível em <https://www.politize.com.br/sistema-capitalista-origem/>.
com.br, 2009.
Disponível em <https://casadaconsultoria.com.br/organizacao-do-trabalho/>.
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Cultura
Pense um pouco e, depois, continue sua leitura e acompanhe diligentemente os vídeos e reflexões.
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SIGNIFICADO E COMPONENTE DE CULTURA
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UNIDADE 10 : CULTURA
Abaixo seguem alguns pontos que servem de roteiro para você aproveitar bem o vídeo de estudo.
Assim, observe:
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02_COMO A CULTURA É COMPOSTA:
De símbolos, valores e crenças compartilhadas no mesmo ambiente social.
05_AS NORMAS E COSTUMES SOCIAIS como regras seguidas pela maioria das pessoas de uma
mesma sociedade.
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UNIDADE 10 : CULTURA
Mas, lembre-se que o vídeo aborda esses diversos conceitos de forma ainda superficial. Nos textos
de referência há conceitos e reflexões mais aprofundadas sobre esse tema tão interessante que é
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e Antropologia. É um dos conceitos mais abrangentes para o estudo da sociedade, embora seja
muitas vezes utilizado de maneira imprópria. Esse termo tradicionalmente tem sido associado
ao cultivo da terra e essa conotação agrícola de certa forma permanece até hoje. Mas, a partir
do século XVIII, o termo cultura passou a designar também o progresso intelectual das pessoas,
frequentemente utilizado para expressar o desenvolvimento das pessoas por meio da educação.
Por consequência, considera-se que uma pessoa é culta quando dispõe de amplos conhecimentos
no campo científico ou artístico. Seria, portanto, "inculta", a pessoa que não tem instrução.
A Sociologia e a Antropologia, no entanto, não utilizam o termo cultura com qualquer desses
significados. O que não significa, porém, que haja consenso no âmbito dessas ciências quanto
ao significado que lhe deve ser atribuído. Tanto que os antropólogos Alfred L. Kroeber e Clyde
Kluckhon, em 1952, escreveram um livro em que apresentam nada menos de 163 definições
diferentes de cultura.
Uma das definições mais citadas nos livros de Sociologia e de Antropologia é a de Edward B. Tylor,
considerado o pai do conceito moderno de cultura. Formulada em 1871, esta definição tem como
principal mérito o fato de não se referir à cultura como um progresso ou devir, mas como um
conjunto de fatos que podem ser observados. Para Tylor (1920), cultura é:
[...]"
100
UNIDADE 10 : CULTURA
O conceito de cultura é tão fundamental para a Sociologia que muitas vezes é confundido com
as pessoas que residem numa mesma área. A cultura é constituída pelas entidades abstratas
que influenciam as pessoas, como as ideias, e os objetos tangíveis construídos pelas pessoas que
refletem ideias.
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02_COMPONENTE DA CULTURA por Gil (2011, p. 51-52):
A cultura apresenta muitos componentes. Os componentes tangíveis formam a denominada
cultura material, que abrange toda sorte de objetos produzidos pelo ser humano, desde tacapes
e panelas de barro até discos compactos e chips de computadores. Esses objetos refletem a
natureza da sociedade em que são encontrados. Se, por exemplo, um arqueólogo, ao estudar
determinado sítio, localiza um grande número de armas, passa a ter sérias razões para admitir
importância à cultura não material, que é constituída por componentes intangíveis, que incluem
SÍMBOLO
É qualquer coisa utilizada para representar outra. Bandeiras, cruzes, insígnias, hinos, palavras,
números e beijos são, portanto, símbolos. A existência da cultura depende desses símbolos. São
eles que habilitam as pessoas a criar, comunicar e transmitir às gerações subsequentes os outros
As palavras escritas e faladas constituem [...] os mais importantes símbolos adotados nas culturas
contemporâneas, pois são elas que dão origem à linguagem. Graças à existência da linguagem é
101
UNIDADE 10 : CULTURA
LINGUAGEM
expressar conhecimentos, crenças e sentimentos. Para o alcance dessas finalidades outros meios,
como a música e a dança, também são importantes, mas a linguagem é o meio dotado de maior
flexibilidade e precisão. Ela é que nos permite compartilhar experiências passadas e presentes,
expressar nossas esperanças e descrever nossos sonhos e fantasias, que muitas vezes apresentam
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poucas semelhanças com a realidade. Mesmo que a linguagem seja imprecisa e difícil de ser
03_CULTURA MATERIAL E NÃO MATERIAL por Vila Nova (2012, 54-55, grifos nossos):
Usa-se distinguir a cultura em dois setores:
é, numa sociedade não letrada, uma expressão da sua cultura material; um avião, na nossa
sociedade, é componente da parte material da nossa cultura. A distinção entre cultura material e
não material, contudo, deve ser encarada como uma classificação puramente nominal, para fins
102
UNIDADE 10 : CULTURA
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Mas há quem tome os termos como sinônimos, como no caso da lição da Profª Presciliana Barreto
(HOEBEL E FROST, p. 59). “As sociedades não permitem que seus membros
seus membros são controlados por ela”. (MARCONI E PRESSOTO, p. 66). Nas
Como ensinam as professoras Maria Lúcia e Maria Helena (2009, p. 49), “o mundo que resulta
do pensar e do agir humanos não pode ser chamado de natural, pois se encontra modificado
e ampliado por nós. Portanto, as diferenças entre ser humano e animal não são apenas de
grau, porque, enquanto o anima permanece mergulhado na natureza, nós somos capazes de
transformá-la em cultura”.
103
UNIDADE 10 : CULTURA
Por isso, é muito importante não cair no etnocentrismo, que se trata “de uma visão que toma a
cultura do outro (alheia ao observador) como algo menor, sem valor, errado, primitivo. Ou seja, a
Importa ver de outro ângulo, pelo lado da alteridade, como ensina Frei Betto:
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"O QUE É ALTERIDADE? É ser capaz de apreender o outro na plenitude da
sua dignidade, dos seus direitos e, sobretudo, da sua diferença. Quanto menos
e ensino para ele. Ele não sabe. Eu sei melhor e sei mais do que ele. Toda a
sabemos algumas coisas e, aqueles que não foram à escola, sabem outras
um operário num curso de educação popular: "Sei que, como todo mundo,
sabem. No entanto, nós que fomos formados como anjos barrocos da Bahia
e de Minas, que só têm cabeça e não têm corpo, não sabemos o que fazer
das mãos. Passamos anos na escola, saímos com Ph.D., porém não sabemos
Daí por que, agora, substituíram o Q.I. para o Q.E., o Quociente Intelectual para
que há, entre seus altos funcionários, uns meninões infantilizados, que não
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UNIDADE 10 : CULTURA
[...]
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em que percebo o outro como outro e a diferença do outro em relação a
mim. Então sou capaz de entrar em relação com ele pela única via possível
– porque, se tirar essa via, caio no colonialismo, vou querer ser como ele ou
que ele seja como sou - a via do amor, se quisermos usar uma expressão
quisermos usar uma expressão moral. Ou seja, isso supõe a via mais curta da
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UNIDADE 10 : CULTURA
REFERÊNCIA:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
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artigos/14-artigos/24-alteridade>. Acesso em: 26 dez. 2018.
VILA NOVA, Sebastião. Introdução à sociologia. 6. ed. rev. e aum. São Paulo:
Atlas, 2012.
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Poder
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Charge: O que é política? - Mafalda e Miguelito por Quino Fonte: Arquivos Google
Esteja bastante atento aos textos, acompanhe com diligência os vídeos e dedique-se, pois a
diante da sociedade.
Seja bastante diligente em seus estudos, de modo especial nesta questão POLÍTICA. Pois, como
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UNIDADE 11 : PODER
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do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
Suplicamos expressamente:
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UNIDADE 11 : PODER
(= aquele que fica fechado em si) ao “político” (= aquele que participa da vida da
comunidade).
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Vejamos a lição do Prof. Antonio Carlos Gil sobre política, poder e autoridade.
filósofo, o homem é um animal da polis (cidade), um animal que tende a constituir comunidades
políticas, que seriam as mais perfeitas dentre todas as comunidades sociais. Essas comunidades
políticas se formariam naturalmente pela necessidade que as pessoas têm não apenas de viver,
capacidade que a comunidade possui para obrigar a fazer ou não fazer tendo em vista a promoção
do bem-estar da sociedade. Este poder não é o único existente na sociedade, pois é possível
identificar o poder familiar, o poder religioso e o poder econômico dentre outros. Mas nenhum
Nas sociedades primitivas, não existiam regras formais e as decisões eram tomadas pelo
consenso dos grupos. Não é possível, portanto, falar da existência de Estado nesse período. Nas
sociedades agrícolas é que foram surgindo os líderes, que passaram a exercer a autoridade
110
UNIDADE 11 : PODER
no estilo tradicional. No início, essas sociedades eram muito pequenas, mas posteriormente as
que foram se tornando mais ricas e mais complexas, essas sociedades passaram a ter também
Pode-se definir Estado como a sociedade que dispõe de meios institucionais de regulação política,
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defesa militar e formas para financiar essas atividades. Ou como o conjunto de instituições que
controlam e administram uma nação. Ou, ainda, segundo Max Weber, como a instituição que
corresponde, portanto, a uma comunidade humana, fixada num território e que aí exerce o poder
No início, a área territorial dos estados correspondia à das cidades. Assim, essas áreas passaram
a se denominar cidades-estados. Atenas e Esparta, na Grécia antiga, por exemplo, eram cidades-
estados. Atualmente, a maioria das sociedades organiza-se em estados nacionais, que são vastos
territórios governados por uma única instituição. Os primeiros estados modernos se constituíram
na Europa, há muitos séculos, e os mais recentes na África e na Ásia, ao longo do século XX.
Reis e imperadores constituíram a figura central dos primeiros estados. Dispondo de autoridade
líderes religiosos e militares. Mas foi apenas nos últimos séculos - sobretudo na Europa e nos
Estados Unidos - que o Estado adquiriu o monopólio do poder político e muitas funções sociais
02_PODER E AUTORIDADE
O poder é o componente fundamental do sistema político. Para Weber, poder significa toda
oportunidade de impor sua própria vontade, no interior de uma relação social, até mesmo contra
resistências. Assim, o poder pode ser exercido tanto no âmbito de grandes organizações como no
de pequenos grupos ou mesmo numa associação íntima. O poder, por sua vez, pode manifestar-
111
UNIDADE 11 : PODER
É o poder de persuadir.
INFLUÊNCIA Esta modalidade de poder pode derivar de fatores como:
Atração pessoal, prestígio ou riqueza.
Ocorre quando o poder decorre de uma força superior que é imposta aos
COERÇÃO outros. Todos os governos se valem da coerção, embora muitos governantes
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reconheçam que esta só deve ser utilizada como último recurso
o texto de referência 2: Breve reflexão sobre política, poder social e poder pessoal, de
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UNIDADE 11 : PODER
11.3 IDEOLOGIAS
Penso ser bastante interessante começar a essa parte de nossos estudos, visualizando o clipe da
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UNIDADE 11 : PODER
estou com as pessoas que podem mudar alguma coisa. Dou a maior força. [...]
Quando fiz "Ideologia", nem sabia o que isso queria dizer, fui ver no dicionário.
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por sua vez, é muito pessimista, porque, na verdade, é a história da minha
geração, a de 30 anos, que viveu o vazio todo. É meio amarga porque a gente
achava que ia mudar o mundo mesmo e o Brasil está igual; bateu uma
coisa, mas deixamos muito pelo caminho. A gente batalhou tanto e agora?
Onde chegamos? Nossa geração ficou em que pé? (NEVES, 2010, p. 15).
Ora, ao bradar: "Ideologia, eu quero uma pra viver!", Cazuza quer se ver livre das ideias e modismos
que sempre buscam colocar na cabeça da gente, como na charge da Mafalda que aparece se
perguntando: "Será que aqui cabe tudo o que vão me meter na cabeça?".
É isso aí, as professoras Maria Lúcia e Maria Helena (2009) nos esclarecem que, em um sentido
amplo, o conceito de ideologia pode ser entendido como um conjunto de ideias, crenças ou
Ainda segundo as autoras citadas (2009, p. 120), "o termo ideologia foi criado no século XIX por
Destutt de Tracy, filósofo e político francês, para designar uma 'ciência das ideias'. [...] Posteriormente
o conceito foi incorporado ao vocabulário dos pensadores, como Comte, Durkheim, Weber e
O texto de referência 3 que você lerá busca analisar a perspectiva de Marx e Engels, que
popularizaram o termo ideologia , entendendo-o como uma "máscara" que oculta os conflitos
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UNIDADE 11 : PODER
Ao fazer a leitura dos textos de referência, esteja atento de modo particular para os seguintes
aspectos:
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B) Universalização
C) Abstração e aparecer social
D) Lacuna
E) Inversão
04_A possibilidade de um discurso não ideológico;
05_A relação entre grupo social e ideologia.
BONS ESTUDOS.
o termo pela primeira vez em "A ideologia alemã", na qual critica os filósofos hegelianos, cujas
reflexões partiam de ideias. De acordo com sua concepção materialista da história, deve-se iniciar
pelo exame do modo de produção capitalista para só então analisar como são produzidas as
Ideologia é o conjunto de representações e ideias, bem como de normas de conduta, por meio
das quais o indivíduo é levado a pensar, sentir e agir da maneira que convém à classe que detém
o poder. Essa consciência da realidade torna-se uma distorção dela quando camufla os conflitos
Portanto, a ideologia:
01_Constitui um corpo sistemático de representações que nos "ensinam" a pensar e de normas
que nos "ensinam" a agir;
115
UNIDADE 11 : PODER
04_Garante a coesão social e a aceitação sem críticas das tarefas mais penosas e pouco
recompensadoras, em nome da "vontade de Deus", do "dever moral" ou simplesmente como
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05_Mantém a dominação de uma classe sobre a outra.
CARACTERÍSTICAS DA IDEOLOGIA
É interessante observar que a ideologia não é uma mentira que a classe dominante inventa
para subjugar a classe dominada, porque inclusive os que se beneficiam dos privilégios estão
Por exemplo: afirmar que desde sempre existiram pobres e ricos, sendo impossível mudar esse
estado de coisas. Assim diz o dramaturgo Bertold Brechet na peça "A exceção e a regra":
[...]
[...]
Cause inquietação.
116
UNIDADE 11 : PODER
doméstica "boazinha" não discute salário nem reclama se trabalha além do horário. Também
percebiam o caráter ideológico da sua ação ao imporem sua religião e moral ao povo dominado.
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03_ABSTRAÇÃO E APARECER SOCIAL: A universalidade das ideias e dos valores resulta de uma
abstração, ou seja, as representações ideológicas não se referem ao concreto, mas ao aparecer
social. A sociedade "una e harmônica" é portanto uma abstração, porque, ao analisarmos concre-
Por exemplo, é difícil contestar que o "o trabalho dignifica". É verdade, bem sabemos que o trabalho
em que de fato é realizado. Nesse caso, o que descobrimos pode ser exatamente o contrário: o
Basta saber que no tempo de Marx as indústrias inglesas contratavam trabalhadores para uma
jornada extensa, sem direito a férias, auxílio doença ou invalidez nem aposentadoria, além de
sentido de ser "falsa" ou "errada", mas por ser uma aparência que oculta a maneira pela qual a
realidade social foi produzida. Sob o aparecer da ideologia existe a realidade concreta, que precisa
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Ao dizer que "o salário paga o trabalho", podemos identificar uma lacuna quando, analisando
exploração do trabalhador e sua alienação, oculta condições de vida diferentes para as pessoas
na sociedade.
individuais: os indivíduos são desiguais por natureza, e a desigualdade social é, portanto, inevitável.
Para Marx, contudo, a divisão social do trabalho e das relações de produção é, de fato, a causa da
desigualdade social.
Se o filho do operário não melhora o padrão de vida, a explicação ideológica atribui o insucesso
à incompetência, falta de força de vontade ou indisciplina. É verdade que não se pode desprezar
as diferenças entre os indivíduos, mas pelo enfoque ideológico o sucesso depende apenas da
como se imaginássemos um corrida em que alguns começam bem na frente dos outros apenas
Outra inversão própria da ideologia decorre da hierarquia entre o pensar e o agir, que instaura a
dicotomia entre o trabalho intelectual e o manual. Sob esse esquema, uma classe "sabe pensar",
enquanto a outra "não sabe pensar" e, portanto, só executa o que lhe mandam fazer.
[...]
118
UNIDADE 11 : PODER
contraideológico.
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ideológico naturaliza, universaliza, é abstrato e lacunar, faz uma análise invertida da
disso, deve restabelecer a relação entre a ação e a reflexão, a fim de não esclerosar
cada uma delas com procedimentos e verdades definitivos. Afinal, nós conhecemos
coisas na medida em que as produzimos, daí toda teoria se tornar lacunar - e portanto
das relações humanas, reconhecemos não se tratar de uma força a que as pessoas
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UNIDADE 11 : PODER
REFERÊNCIA:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
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NEVES, Ezequiel. Cazuza por ele mesmo. In: CHEDIAK, Almir. Cazuza - Son-
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Cultura e
Mudança Organizacional
expressão muito comum no contexto empresarial que significa o conjunto de valores, crenças,
Ainda nesse texto você tomará ciência das reflexões de Edgar Schein, um dos maiores responsáveis
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pela divulgação e desenvolvimento do conceito de cultura organizacional, tomando-o como “um
01_ÉTICA
02_RESPONSABILIDADE SOCIAL
03_COMPETÊNCIA,
04_COMPROMISSO, ETC.
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UNIDADE 12 : CULTURA E MUDANÇA ORGANIZACIONAL
adotadas estão as de fusão e de aquisição, que trazem muitos benefícios, como a ampliação de
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capital, o aumento de sua participação no mercado e a penetração em novos mercados”.
Quanto ao conceito de Mudança Organizacional, temos dois textos a serem lidos: o primeiro é o
proposto pela Casa da Consultoria, analisando o debate entre alguns autores no que se refere ao
01_INCREMENTAL
02_CONTÍNUA
03_MULTIDIMENSIONAL
01_MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS
02_FATORES FACILITADORES
03_DIFICULTADORES DA MUDANÇA ORGANIZACIONAL
04_FINALIZA COM OS PROGRAMAS DE MUDANÇA
123
UNIDADE 12 : CULTURA E MUDANÇA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 12 : CULTURA E MUDANÇA ORGANIZACIONAL
REFERÊNCIA:
CHIUZI, Rafael. Mudança organizacional e o agente de mudanças. Forma-
taques/Mudanca+Organizacional+e+o+Agente+de+Mudancas.pdf>. Acesso
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GIL, Antonio Carlos. Sociologia geral. São Paulo: Atlas, 2011.
cional em Edgar Schein: uma reflexão à luz dos estudos críticos em adminis-
tração. Reuna, v. 21, n. 1, p. 75-96, Belo Horizonte, jan. – mar. 2016. Disponível
27 dez. 2018.
125
13
Relações Étnico-Raciais e
Cultura Afro-Brasileira
e Indígena
as relações étnico-raciais , bem como sobre a história e cultura afro-brasileira e indígena. Por
óbvio que não é possível esgotar o tema em uma aula, porém, é necessário que a temática esteja
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Mas é importante também saber que, se aprendemos na escola que somos o resultado da
miscigenação de três etnias: a branca (vinda da Europa), a negra (vinda da África) e a indígena
(nativa do Brasil), é bem verdade também que, quanto aos negros e aos indígenas, estudamos
Mesmo que de forma atrasada, o Brasil vem tentando reverter esse quadro, com a edição de leis
que tornam tais conteúdos obrigatórios na educação básica. Veja, por exemplo, como esse tema
trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
seculares que a estrutura social hierárquica cria com prejuízos para os negros.
[...]
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UNIDADE 13 : RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
até as coletivas.
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seus valores e lutas, ser sensível ao sofrimento causado por tantas formas de
cabelos, fazendo pouco das religiões de raiz africana. Implica criar condições
para que os estudantes negros não sejam rejeitados em virtude da cor da sua
A mesma reflexão pode ser feita em relação aos povos indígenas. De modo que o objetivo aqui
é superar todo e qualquer preconceito: lutar contra o racismo, derrubar estereótipos e vencer
a discriminação. Penso que não são mais necessárias tantas outras palavras para fundamentar
porque estudar relações étnico-raciais: história e cultura afro-brasileira e indígena, não é mesmo?
A leitura de um texto vai nos introduzir nessa temática. No resumo, os autores indicam que o
por linhas históricas, entendendo um pouco sobre a realidade atual desses povos que fazem
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UNIDADE 13 : RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
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o Brasil. A colonização, a escravidão e a imigração imprimiram fortes marcas
dominante. Mas, para defini-lo, fica clara a necessidade de admitir que a raça
asiáticos.
NEGROS
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UNIDADE 13 : RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
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A maioria continuou associada às antigas funções e poucos tiveram
renda. Os negros percebem menos que a metade da renda per capita dos
brancos.
que o analfabetismo entre os jovens negros é quase duas vezes maior do que
[...]
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UNIDADE 13 : RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
Brasil desde muito antes da chegada dos portugueses. Muitas das tribos que
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absorção pela sociedade dos colonizadores quando da violência a que foram
e a que ainda vêm sendo submetidos. Ao longo dos últimos cinco séculos,
superiores aos índios, admitindo, portanto, que o melhor que poderiam fazer
do sua identidade.
des. Há, ainda, entre 100 e 190.000 índios vivendo fora de suas terras, inclusive
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UNIDADE 13 : RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
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sofrem muitos tipos de violência. A maior tem sido a violência determinada
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UNIDADE 13 : RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
REFERÊNCIA:
GIL. Antonio Carlos. Sociologia geral. São Paulo: Atlas, 2011.
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Discentes da Faculdade Eça de Queirós, Ano 6, Número 10, agosto de 2017.
dez. 2018.
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