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EDUCAÇÃO - MÓDULO I
SUMÁRIO (MÓDULO I)
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 20
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
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Presente na dicotomia e na relação que parece animá-la, a filosofia
da educação [...] tematiza o contraste entre cultura científica e
cultura humanística. A diversificação, bastante clara nos últimos anos,
permeia de um lado a filosofia de cunho descritivo e, de outro, a
filosofia de tipo histórico e ontológico. Pode-se dizer que as correntes
se desenvolvem de forma paralela, com momentos de encontro e
desencontro de princípios e estilos. E, na ambigüidade, os mal-
entendidos são inevitáveis. As múltiplas designações da tarefa do
filósofo, explanadas pelas tradições, têm dificultado a compreensão
do papel da filosofia na educação, provocando incompatibilidades
no ensino acadêmico da disciplina. Muitos professores ainda não
entenderam claramente o que trata cada tradição, utilizando-se das
teorias de forma paradoxal. Ora seguem um método de filosofar
investigativo, ora simplesmente repassam verdades filosóficas. E
ainda há os professores que assumem utopicamente uma ou outra
linha filosófica, iluminando pensamentos alheios às necessidades
atuais. Sem dúvida, o reconhecimento não elucidado das discussões
filosóficas tem demonstrado no campo teórico e prático, uma
convivência conflituosa na atividade da disciplina. (TREVISAN et al,
2004, p. 94).
Bello (1969) sustenta que nem a natureza real do ser humano, nem
a sua natureza ideal poderão ser devidamente conceituados sem
o auxílio da filosofia. Esses conceitos estão além do domínio da
ciência e por isso, a ciência por si só não pode estabelecer teorias
nem orientar a educação, que precisa ter conhecimento, antes
de tudo, do que é o ser humano, qual a sua natureza e a escala de
valores que necessariamente abrange.
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REFERÊNCIAS
BELLO, Rui de Ayres. Filosofia da Educação. São Paulo: Editora do Brasil S/A,
1969.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 12. ed. São Paulo: Ática, 2002.
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 20
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
Uma vez que o ser humano constitui-se como sujeito e não como
objeto, só poderá se desenvolver como tal à medida que, introduz
nas suas condições espaço-temporais, um “repensar sobre si” por
meio da reflexão crítica. Quanto mais for conduzido a refletir sobre
sua situação, sobre seu enraizamento espaço- temporal, mais se
tornará consciente de seu compromisso com a realidade, da qual,
sendo sujeito, não deve ser simples espectador, mas deve cada vez
mais intervir como sujeito transformador.
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A palavra sofista, em sua etimologia, vem de sophos (sábio). Por isso, em sua
significação quer dizer “professor de sabedoria”. De forma pejorativa, passou
a designar quem faz uso de sofismas, ou seja, quem emprega raciocínio
capcioso, de má-fé, com intenção de enganar. Essa caracterização de deve
às críticas de Sócrates e Platão à atitude intelectual dos sofistas e ao costume
solicitarem retorno financeiro por suas aulas. Recentemente esse modo de
pensar depreciativo foi atenuado, redimensionando-se a importância da
sofistica para a educação democrática.
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Aos vintes anos, Platão travou relações com Sócrates – mais velho do que ele
quarenta anos - e gozou por oito anos do ensinamento e da amizade do
mestre. Quando discípulo de Sócrates e ainda depois, Platão estudou
também os maiores pré-socráticos. Depois da morte do mestre, Platão retirou-
se com outros socráticos para junto de Euclides, em Mégara.Daí deu início a
suas viagens: visitou o Egito, de que admirou a veneranda antiguidade e
estabilidade política; a Itália meridional, onde teve ocasião de travar relações
com os pitagóricos (tal contato será fecundo para o desenvolvimento do seu
pensamento); a Sicília, onde conheceu Dionísio,
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Em Atenas, pelo ano 387 a. C., Platão fundava um dos ginásios de ensino
superior da cidade, a Academia. Adquiriu uma herdade, onde levantou um
templo às Musas, que se tornou propriedade coletiva da escola e foi
conservada durante quase um milênio, até o tempo do imperador Justiniano
(529 d.C.).
Platão, ao contrário de Sócrates, interessou-se vivamente pela política e pela
filosofia política. Dedicou-se inteiramente à especulação metafísica, ao
ensino filosófico e à redação de suas obras, atividade que não foi
interrompida a não ser pela morte. Esta veio opera aquela libertação
definitiva do cárcere do corpo, da qual a filosofia – como lemos no Fédon –
não é senão uma assídua preparação e realização e realização no tempo.
Morre Platão em 348 ou 347 a.C., com oitenta anos de idade.
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Com a morte de Platão, Aristóteles saiu de Atenas e foi para Assos, onde
fundou com Hérmias e filial de uma Academia. Em Assos, casou-se com
Pýntia. Foi preceptor de Alexandre, filho de Filipe, o rei da Macedônia, na
época, Alexandre tinha 13 anos.
Após a morte de Filipe, Aristóteles voltou a Atenas. Fundou sua própria escola
– o Liceu. Dedicou-se ao estudo da Biologia, Física, Metafísica, Ética e Política.
Contando com professores especializados, o Liceu era como um centro de
estudo moderno.
Contexto histórico
IDEAL DA FORMAÇÃO
ANTECEDENTES E CONTEXTO
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ANTES DA REFORMA
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LUTERANISMO
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De acordo com a doutrina católica de sua época, a salvação era tida como
consequência das obras, isto é, das boas ações orientadas pelas autoridades
eclesiásticas.
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REFORMA
Trata-se de uma reunião da cúpula católica convocada pelo Papa Paulo III
com o intuito de agir diante do avanço protestante na Europa. As medidas
tomadas acabaram condenando todas as formas de protestantismo. Entre as
principais medidas podemos destacar: Fim das indulgências, motivo inicial
que levou ao movimento de Reforma Protestante. Manutenção dos dogmas
católicos como
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CALVINISMO
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REFERÊNCIAS
BELLO, Rui de Ayres. Filosofia da Educação. São Paulo: Editora do Brasil S/A,
1969.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 12. ed. São Paulo: Ática, 2002.
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 18
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
Contexto Histórico
O PENSAMENTO MODERNO
O interesse pelo conhecimento e pelo método, na verdade, foi iniciado por Galileu
Galilei que fez coincidir a experimentação com a matemática, a ciência com a
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técnica. Ao opor à ciência contemplativa um saber ativo, o homem deseja “saber para
transformar”, provocando uma intensa “revolução espiritual”.
O REALISMO NA EDUCAÇÃO
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3.2 SÉCULOS XVIII E XIX – O SÉCULO DAS LUZES E O IDEAL LIBERAL DA
EDUCAÇÃO
Contexto Histórico
Na economia: o liberalismo;
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O NATURALISMO DE ROUSSEAU
Kant redefine, com o seu “Sapere Aude”, toda relação pedagógica, reforçando a
atividade do aluno, que deve aprender a “pensar por si mesmo”.
ILUMINISMO E EDUCAÇÃO
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Para ele, o ponto de partida do ensino é sempre o conhecido, indo do simples para o
complexo, do concreto ao abstrato. O ensino deve ser feito pela ação, pois só
fazendo, aprendemos a fazer. As escolas são espécies de oficinas da humanidade.
Contexto Histórico
Nos dias atuais, não estamos diante de uma simples encruzilhada, que pede desvios
de percurso ou pequenas mudanças de rota, como acontece em situações de crise.
Estamos agora diante de um “labirinto”. O momento exige, portanto, invenção, com
ousadia da imaginação para criar o novo. É preciso detectar com urgência os
sintomas do mundo que emerge, o que não é fácil, pois estamos mergulhado nele, e
nem sempre temos clareza para compreender os principais sinais da mudança.
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O PÓS-GUERRA (1939-1945)
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No século 19, destaca-se o papel da ciência, e seu avanço
torna-se ne- cessário. O crescimento da nova ordem
econômica — o capitalismo— traz consigo o processo de
industrialização, para o qual a ciência de- veria dar
respostas e soluções práticas no campo da técnica. Há,
então, um impulso muito grande para o desenvolvimento da
ciência, enquan- to um sustentáculo da nova ordem
econômica e social, e dos problemas colocados por ela
(BOCK, 2002, p. 46).
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Podemos considerar também até que ponto a educação poderia garantir uma
melhora nas competências humanas, atendendo ao processo de industrialização em
andamento e até os dias atuais. O analfabetismo, por exemplo, não impe- diria a
capacidade de um ser humano conseguir o ingresso dentro do “mundo do trabalho”.
Mesmo em nossos dias, a educação que as instituições de ensino propõem não
corresponde de forma eficiente às necessidades da produção de forma integral.
Talvez nas qualificações específicas e vinculadas diretamente à atividade produtiva.
A modernização das formas de produção e o uso constante da ciência e da tecnologia
foram percebidos na produção industrial partindo do aprimora- mento da máquina a
vapor. O que assistimos no constante desenvolvimento da indústria é o que foi
inaugurado no século XVIII. O grau de complexidade da cadeia produtiva tem
delegado a mão de obra braçal à periferia da produção de bens. Por isso, quando
temos a necessidade do aprimoramento do trabalhador em nossos dias, vive-se uma
adequação específica de atividades. A educação, de uma forma geral, tem se tornado
desconexa da necessidade de produção ime- diata, mas fundamental para
entendermos a complexidade da organização social em que vivemos.
Hoje vemos uma relação contraditória entre o progresso material, os avanços da
tecnologia e da ciência e o aprimoramento humano. Contudo, na mesma proporção,
se propagou a miséria. As cidades passaram a ser o campo onde esta contradição
ficou visual, cotidiana e se avizinhou.
As manifestações das classes populares, em especial dos trabalhadores, se
multiplicaram por toda a Europa e também pelos Estados Unidos, enfim, onde
houvesse chegado a industrialização. Diversas teorias passaram a se dedicar à
compreensão desse industrial, sua vida coletiva e sua angústia pessoal. Mais uma
vez, dando continuidade à busca da filosofia: “onde repousa a felicidade do homem,
independente de seu tempo”. Os movimentos revolucionários do Século XVIII
inspiraram os intelectuais europeus, desde os defensores do liberalismo, como vimos
na unidade anterior, até os que desenvolveram suas teses durante e após a I Revolução
Industrial (1750 a 1830), a Independência dos Estados Unidos (1776) e a Revolução
Francesa (1789 a 1815). Podemos considerar que nenhum pensador ficou isento
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de se posicionar diante dos movimentos que transformaram política e economica-
mente o mundo, em especial a Europa.
Alguns desenvolveram o elogio e o aprimoramento das teses liberais, promo- veram sua
“veia” nacionalista e exaltaram o papel do Estado como instrumento de garantia dos
interesses coletivos e individuais. Outros desenvolveram a opo- sição, a crítica, a
busca de se contrapor à sociedade industrial capitalista que consideravam um
ambiente de destruição das qualidades humanas.
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O PARADIGMA DA MODERNIDADE
O PARADIGMA EMERGENTE
Os educadores padecem de um “pânico moral” face aos desvios cada vez mais como
“alienígenas”, isto é, seres de um outro mundo (não humanos): monstros, cyborgs e
clones – os novos fantasmas da Educação.
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO
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3.4 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO PROGRESSISTA NO BRASIL
A Educação Progressista considera o indivíduo como ser que constrói a sua própria
história. Sua metodologia consiste no desenvolvimento de atividades de ensino que
consideram o aluno como o centro do processo ensino-aprendizagem. Os
interesses, temas e problemas do cotidiano do aluno passam a fazer parte do
conteúdo ensinado. O conteúdo deve ir além da definição, classificação e descrição;
o professor deve explicitar a realidade social, de modo a demonstrar noções e
preconceitos que dificultam a autonomia intelectual.
O grande anseio da educação progressista no Brasil é transformar o aluno no
protagonista de sua própria formação, para que ele aprenda a questionar tudo
aquilo que lhe é oferecido, inclusive os conteúdos e conceitos ensinados nas
escolas. Os alunos também devem estar sempre atentos às questões sociais, já
que elas são essenciais para causar uma mudança profunda na educação. Para
isso, é fundamental que a escola seja vista como o local de acesso a cultura e
produção intelectual. De acordo com a educação progressista o indivíduo é o
construtor de sua própria história (LOURENÇO; MORI, 2014).
1. A Pedagogia Libertadora
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Lourenço e Mori (2014) explicam que, para Freire, a “missão” do professor é ensinar
seu aluno a “pensar certo”. E “pensar certo” significa ter “(...) disponibilidade ao
risco, a aceitação do novo e a utilização de um critério para a recusa do velho.”
(FREIRE, apud. Lourenço e Mori, 2014). Isso inclui também a rejeição de qualquer
forma de discriminação. Esse exercício do pensamento crítico formará alunos
capazes de pensar o mundo em que vivem, distinguindo o que é bom do que é ruim,
sempre considerando a sociedade como um todo, sem didtinção.
Refletir e discutir sobre a vida social é uma maneira de interferir
positivamente no mundo, tomando um posicionamento decisivo com relação à
realidade, baseado no passado e no presente. O homem não deve somente
aprender a se colocar no lugar do outro, mas precisa começar a refletir sobre todas
as mazelas da sociedade. A partir deste comportamento, além de entender o
vínculo que rege determinando ambiente, ele será capaz de ver além das
aparências e buscar a igualdade entre os homens (LOURENÇO; MORI, 2014).
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3. A Pedagogia Libertária
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Essa pedagogia teve origem nas idéias e discussões de trabalhadores
imigrantes (italianos, espanhóis, portugueses, etc.). Seu projeto está fundado na
autogestão, presente na Associação Internacional dos Trabalhadores. ara educar
conforme os preceitos dessa pedagogia, o educador libertário baseia sua práxis nos
seguintes princípios: (SILVA, 2004, p. 3)
1. LIBERDADE: Entendida como meio e fim, a liberdade é intrínseca à
prática libertária. Não se trata da liberdade em abstrato ou no sentido liberal, mas
da Liberdade construída socialmente e conquistada nas lutas sociais.
2. ANTIAUTORITARISMO: Essencial à prática pedagógica libertária. A
ideia chave subjacente a este conceito é que não é possível combater o
autoritarismo e a opressão presentes no Estado, família, escola, etc., sem que,
concomitantemente, se formem homens livres; e, não se formem homens livres
através de métodos autoritários e de controle.
3. EDUCAÇÃO INTEGRAL: Os educadores libertários não recusam a
ciência e o saber especializado, mas advogam que, antes, o processo educativo se
concentre na formação plena (dimensões física, intelectual e moral), que não
separe o saber do saber fazer, isto é, que não se fundamente na divisão entre ação
e pensamento (trabalho braçal e intelectual).
4. AUTOGESTÃO: A Pedagogia Libertária enfatiza que os recursos no
processo educacional devem ser controlados e administrados pelos diretamente
envolvidos e pela comunidade. Isto significa superar a dicotomia
Estado/Sociedade e colocar a educação sob controle da sociedade/comunidade.
5. AUTONOMIA DO INDIVÍDUO: O processo educativo pedagógico
centra-se no educando, com pleno respeito aos estágios do seu desenvolvimento
e o estímulo para que ele tome o próprio destino em suas mãos. O educando não é
tratado como objeto (meio), mas enquanto sujeito e fim em si mesmo.
6. EXEMPLO: A educação libertária pressupõe a busca da coerência
entre o falar e o fazer (discurso e ação); os exemplos educam e falam mais do que
as palavras; portanto, o educador deve estar sempre aberto a aprender, a se
educar, a reconhecer os erros e dar o bom exemplo, a ser coerente em relação aos
meios e fins, a teoria e a prática; trata-se de, para além de assumir o pensamento
anarquista, ter atitude, uma ética e um modo de ser anarquistas.
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7. CRÍTICA: O educador libertário é um educador crítico: dos conteúdos,
dos programas e instituições oficiais, da sociedade e todas as esferas de
reprodução de formas de expressão e, inclusive, de si mesmo.
8. COMPROMISSO E RESPONSABILIDADE SOCIAL: A Pedagogia
Libertária é profundamente engajada, no sentido da crítica às estruturas de
dominação e da formação de homens e mulheres capazes de aturarem como
críticos e sujeitos ativos pela transformação das suas vidas e do meio social. Nessa
perspectiva, não há lugar para a neutralidade da educação e do educador.
Uma consequência lógica dessa maneira de conceber o processo educativo é o
compromisso com os oprimidos, os deserdados.
9. SOLIDARIEDADE: Uma educação fundada em critérios solidários, de
ajuda mútua, que recusa tanto os prêmios quanto os castigos e, portanto, os
processos classificatórios (exames, notas, etc.) e as relações de ensino-
aprendizagem fundadas em critérios competitivos.
4. A Pedagogia crítica-social
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REFERÊNCIAS
BELLO, Rui de Ayres. Filosofia da Educação. São Paulo: Editora do Brasil S/A,
1969.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 12. ed. São Paulo: Ática, 2002.
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REDDEN, John D.; RIAN, D. Francis A. Filosofia da Educação. Rio de Janeiro: Agir,
1973.
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