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I – OBJETIVO GERAL
Identificar a importância da filosofia da educação no processo de ensino
aprendizagem e no desenvolvimento humano tanto pessoal quanto profissional.
II – ESPECÍFICO
Compreender a diferença entre Ciência e Filosofia.
Entender os conhecimento filosófico e A educação no contexto social e político
Analisar de forma crítica as tendências pedagógicas
III – Avaliação
A avaliação é o procedimento oportuno para verificar se os estudantes
conseguiram atingir as metas definidas. Dessa forma, é possível trazer novo
direcionamento às ações pedagógicas para que os objetivos sejam atingidos,
durante as aulas os alunos serão avaliados da seguinte forma:
Observação dos alunos nas aulas (anotação da sua participação nas
atividades)
• Debate entre os alunos
• Trabalho em grupo
• Autovaliação
• Provas e testes (escritas e orais)
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FILOSOFIA E CIÊNCIA
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
O grande papel da filosofia na educação é em primeiro lugar,
desenvolver, e ao mesmo tempo, impulsionar em especial nossos sujeitos
alunos ao conhecimento. O próprio significado da filosofia em si, já diz respeito
a sabedoria. Ou seja, a busca da sabedoria. O grande educador Paulo Freire,
sempre deixou transparecer em suas citações, que o papel da educação é ser
libertadora, de forma a instigar os educandos a serem pessoas livres para
conhecer, aprender e ensinar e ao mesmo tempo, ter papel crítico junto a uma
sociedade que busca inovações e qualificações. “Ninguém liberta ninguém,
ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão. ” (FREIRE,
Paulo. Rio de Janeiro: 1987.).
A filosofia é transformadora, pois faz parte do processo de
aprendizagem que sucessivamente ajuda na transformação do mundo. Para
Paulo Freire, a “Educação não transforma o mundo. Educação muda as
pessoas. Pessoas transformam o mundo
A filosofia da educação em si, é um ramo do conhecimento que tem a
fama de ser abstrato e difícil, mas não é um bicho de sete cabeças. Os objetos
básicos de estudo da filosofia, são temas bem comuns e fundamentais da
existência humana como a vida e a morte, o bem e o mal, a verdade e a
falsidade, a felicidade e a dor, o amor, o poder e tantos outros que elucidam o
aprender e o conviver mutuamente entre todos em uma sociedade
"Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para
a sua própria produção ou a sua construção. Quem ensina aprende ao ensinar.
E quem aprende ensina ao aprender". Com esse dizer do grande professor e
mestre Paulo Freire, destacamos que não há aprendizado em exagero.
Ademais, o papel da filosofia em todos os âmbitos do ensino aprendizagem é
um instrumento de valor agregador no desenvolvimento no ambiente escolar.
Histórico
Concepção crítica
A Metodologia “Ideal”
“Para que se possa utilizar uma metodologia que considere uma visão
histórico-crítica, é necessário, em primeiro lugar, que seja definido um projeto
de sociedade que contemple a escola com função de transformação da
realidade na qual está inserida, e que considere a prática educativa como
momento da prática social, superando o conhecimento teórico dentro do
contexto em movimento. A partir desse projeto de sociedade, vai-se buscar
uma proposta pedagógica que instrumentalize o aluno para que, como cidadão,
possa transformar a realidade existente.”
Assim, é necessário que o professor seja um sujeito “agente político”,
que questione o conhecimento e alie a teoria com a prática. O educador deve
possuir uma visão global do conhecimento para pode trazê-lo para perto da
realidade social dos alunos e, dessa maneira efetivamente transmitir um saber
que pode ser usado em prol da transformação social.
Mercado, então, faz comentários relevantes sobre a metodologia
tradicional. Para ele, “A Didática Tradicional, onde a escola é marcada pelo
conservadorismo cultural, inspirando-se no passado para resolver os
problemas do presente, enfatiza muito a experiência social e cultural que é
transmitida. O Saber (conteúdo) já produzido é muito mais importante do que a
experiência que o sujeito venha a possuir.
A ênfase na acumulação de conhecimento de todas as descobertas da
humanidade torna fundamental a transmissão desse conhecimento, que é
determinado pelo professor e assimilado pelo aluno, tornando a prática
pedagógica estática, sem que haja questionamento da realidade e das relações
existentes, sem pretender qualquer transformação da sociedade.
O trabalho pedagógico, neste enfoque, mostra grande desvinculação da
educação com a sociedade. A educação em nada contribui para a mudança
social, ao contrário, evita todo processo de mudança por enfatizar o aspecto
humanístico, que se desloca da realidade.
Os conteúdos, nesse enfoque, são selecionados a partir da cultura
universal, do saber acumulado e sistematizado e da acumulação do saber
enciclopédico. O importante é a quantidade de conhecimentos colocada e
passada ao aluno, e não a qualidade dos mesmos.” Assim, pode-se dizer que
os conteúdos são como regras inquestionáveis passadas adiante através de
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um processo estático, do qual o aluno não pode escapar mesmo sem ver a
utilização prática de tais conteúdos aprendidos.
“Pelas idéias colocadas acima, observa-se que a questão dos conteúdos
no enfoque tradicional restringe-se apenas à forma, à quantidade e à maneira
pela qual é transmitido, sem que ao menos se questione que conteúdos são
esses e por que estes conteúdos devem ser transmitidos.”
Segundo Mercado, “o papel da escola é atender às diferenças
individuais, às necessidades e interesses dos alunos, enfatizando os processos
mentais e habilidades cognitivas em detrimento aos conteúdos organizados
racionalmente. A cultura geral, ao invés de vir do acúmulo do conhecimento do
passado, passa a se basear na função das experiências que o aluno vivencia
frente a um problema.” Assim sendo, os conteúdos não podem ser algo
“abstrato, pronto, que vem de fora.” Devem, todavia, ser “paralelos à vida das
pessoas envolvidas no processo educacional (educandos e educadores).”
Estas devem buscar na própria realidade o verdadeiro conteúdo da educação.
“Dessa forma, o conteúdo não se constitui um fim em si mesmo, mas um meio
para atingir um fim, que é a transformação social.” Saviani (1985), ao fazer uma
distinção entre o professor e o cientista, detecta algo intrigante. Para ele, o
professor nada mais é do que um transmissor do saber e não produtor.
“Enquanto o cientista está interessado em fazer avançar a sua área de
conhecimento, em fazer progredir a ciência, o professor está mais interessado
em fazer progredir o aluno. O professor vê o conhecimento como um meio para
o crescimento do aluno; enquanto para o cientista o conhecimento é um fim,
trata-se de descobrir novos conhecimentos na sua área de atuação. (Saviani,
1985, p.19)”
Assim, o conhecimento transmitido é algo exterior, isto é, não vem de
“dentro para fora”. Dessa maneira, cria-se uma repetição seqüencial na qual o
saber não é questionado, mas tão somente passado adiante. Saviani ainda
ressalta que ao professor caberia uma organização de processos e métodos a
fim de garantir o conhecimento pleno dos alunos. Para isso, “cada disciplina do
curso de Pedagogia deveria ser trabalhada de modo que os alunos chegassem
a uma teoria geral de educação "no nível atitudinal ('o que o educador precisa
viver'), no nível crítico-contextual ('o que o educador precisa fazer'), no nível
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cognitivo ('o que o educador precisa saber'), no nível instrumental ('o que o
educador precisa fazer')" (Saviani, 1985, p. 61).
Francisco José Carvalho Mazzeu (1998) sugere um conceito
interessante para a formação de professores: A formação continuada. Ela, por
sua vez, “na perspectiva histórico-social toma como base a prática pedagógica
e situa como finalidade dessa prática levar os alunos a dominarem os
conhecimentos acumulados historicamente pela humanidade. Para conseguir
que os alunos se apropriem do saber escolar de modo a se tornarem
autônomos e críticos, o professor precisa estar, ele próprio, apropriando-se
desse saber e tornando-se cada vez mais autônomo e crítico.” Em síntese, o
processo de formação continuada de professores que se está propondo aqui
centra-se em três eixos básicos:
REFERÊNCIAS
BELLO, Rui de Ayres. Filosofia da Educação. São Paulo: Editora do Brasil S/A,
1969.
LIBÂNEO, José Carlos. Livro Didática. São Paulo: Editora Cortez, 1991. P.
120.
SILVA, Thiago Cruz. A Filosofia no Ensino Médio: Por que, o que e como
ensiná-la? Porto Alegre, RS: UFRS, 2011.