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FILOSOFIA DA
EDUCAÇÃO
Campo Maior
Janeiro de 2021
Credenciada pela Portaria MEC nº 193, de 03/02/2017, publicada no D.O.U de 06/02/2017.
Rua Professora Mulata Lima, nº 13. Bairro Nossa Senhora da Fátima. Campo Maior, Piauí. Cep: 64280-000
O QUE É FILOSOFIA?
Filosofia é uma palavra grega que significa "amor à sabedoria" e consiste no estudo
de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade,
aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem.
A filosofia pode ser dividida em vários ramos. A filosofia do ser, por exemplo,
inclui a metafísica, ontologia e cosmologia, entre outras disciplinas. A filosofia do
conhecimento inclui a lógica e a epistemologia, enquanto filosofia de trabalho está
relacionado a questões como a ética.
Diversos filósofos deixaram seu nome gravado na história mundial, com suas teorias
que são debatidas, aceitas e condenadas até os dias de hoje. Alguns desses
filósofos, que falaremos mais sobre eles mais a frente, são Aristóteles, Pitágoras,
Platão, Sócrates, Descartes, Locke, Kant, Freud, Habermas e muitos outros.
Cada um desses filósofos fez suas teorias baseadas nas diversas disciplinas da
filosofia, lógica, metafísica, ética, filosofia política, estética e outras.
A Filosofia surgiu na Grécia Antiga, por volta do século VI a.C. Naquela altura, a
Grécia era um centro cultural importante e recebia influências de várias partes do
mundo. Assim, o pensamento crítico começou a florescer e muitos indivíduos
começaram a procurar respostas fora da mitologia grega. Essa atitude de reflexão
que busca o conhecimento significou o nascimento da Filosofia.
A filosofia sempre foi uma interrogação das coisas essenciais da vida: quem somos,
para onde vamos, de onde viemos e qual o caminho e a chave da felicidade
humana. Os gregos, buscaram responder estas questões, a partir da vida vivida,
sem recorrer aos mitos e aos deuses. Não há por isso a filosofia, há filosofias. Os
caminhos são muitos. Muitas são as maneiras de configurar os dados da nossa
experiência de vida e emprestar-lhes um sentido. Há aquelas filosofias que inclusive
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A filosofia é aquilo com a qual, ou sem a qual, o mundo continua tal e qual. (Monteiro
Lobato)
Marx, certa ocasião, ironicamente dizia que, a gente joga “a filosofia pela porta, e ela
entra pela janela”. Essa coisa pegajosa que se cola à alma e ao pensamento
humano.
Nos conduzimos pelas balisas feita por nós, em diálogo com nosso grupo, nossa
etnia, nossa civilização. Estamos no campo da ética, da moral, campo da axiologia
(campo dos valores) regulado pelas filosofias.
Filosofia se faz na vida. Pode, até, ser uma investigação, mas terá de ser sempre
vida. Dize-me como fazes, porque e para que, e eu te direi que filosofia te inspira.
Quando descobrimos algumas coisas novas, algum poeta (Freud) e, sobretudo,
algum filósofo, já andou por lá. É por isso que temos muito a aprender conversando
com os outros, com outras filosofias, sabendo ouvir e aprendendo sempre. Porque
nada somos sós. Somos, em comunhão, e através das lutas.
“Filosofar, assim, se impõe não como puro encanto mas, como espanto diante do
mundo, diante das coisas, da História que precisa ser compreendida ao ser vivida no
jogo em que, ao fazê-la, somos por ela feitos e refeitos”. (Paulo Freire, Pedagogia da
Indignação, 2000, p. 46.)
Como se sabe, o objeto da filosofia não é predeterminado. Com efeito, seu objeto é
o próprio pensamento ou então a realidade em geral enquanto suscetível, ou melhor,
enquanto necessita ser pensada seja em si mesma, na sua generalidade, seja nas
suas manifestações particulares. Dizer que o objeto da filosofia é o pensamento nos
permite compreender porque o assunto de que se ocupa a filosofia é de interesse de
todos os homens já que todos os homens pensam e, portanto, são, num certo
sentido, filósofos. Consequentemente, o filósofo propriamente dito é um especialista
do pensamento, o que significa que ele "não só 'pensa' com maior rigor lógico, com
maior coerência, com maior espírito de sistema, do que os outros homens, mas
conhece toda a história do pensamento, isto é, sabe quais as razões do
desenvolvimento que o pensamento sofreu até ele e está em condições de retomar
os problemas a partir do ponto onde eles se encontram após terem sofrido a mais
alta tentativa de solução, etc." O mesmo não se pode dizer dos especialistas nos
vários campos científicos, uma vez que "é possível imaginar um entomólogo
especialista.
O trabalho do filósofo é refletir sobre a realidade, qualquer que seja ela, descobrindo
seus significados mais profundos. Porém, como se faz isso?
Assim, podemos dizer que, a filosofia cria o ideário que norteia a vida humana em
todos os seus momentos e em todos os seus processos.
A ORIGEM
A Filosofia, como conhecemos, teve origem na Grécia Antiga como resultado de
uma intensa mudança de pensamento. Desde o seu surgimento, em Mileto no
século VI a.C., e do aparecimento da palavra “filosofia”, que Cícero e Diógenes
atribuem a Pitágoras, muitos filósofos tentaram responder à pergunta sobre o que é
a Filosofia. Além desse trabalho de investigação constante acerca da natureza da
Filosofia, há também uma diversidade de temas e de preocupações que os filósofos
tentam responder:
6) É em Mileto, situado na Jônia (atual Turquia), no século VI a.C. que nasce Tales
que, para a Aristóteles, é o iniciador do pensamento filosófico que se distingue do
mito. No entanto, o pensamento mítico, embora sem a função de explicar a
realidade, ainda ecoa em obras filosóficas, como as de Platão, dos neoplatônicos e
dos pitagóricos.
10) Para a história da filosofia ocidental, o filósofo Sócrates tem grande importância.
A forma como ele entendia a atividade de filosofar e a sua investigação a respeito do
humano apresenta uma inovação em relação aos outros filósofos, entre eles Tales e
Pitágoras, que ainda tinham como centro de seus pensamentos a preocupação a
respeito da origem do universo e outras questões relativas à natureza. Por isso,
esses filósofos são chamados de “pré-socráticos”. Os filósofos gregos que vieram
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depois de Sócrates, e alguns foram mesmo seus alunos, como Platão, são
chamados de “pós-socráticos”.
Com base nessa perspectiva, afirma-se muitas vezes que a filosofia não tem
serventia e que os filósofos pensam em coisas que não levam a lugar algum, ao
contrário do que acontece nas ciências cuja finalidade e cuja utilidade são facilmente
identificadas. Nesse sentido, as ciências são comumemente reconhecidas como
conhecimentos verdadeiros, alcançados a partir de procedimentos legítimos.
Entretanto, para Chauí (1995, p. 12–13):
No tocante à valorização da filosofia, você deve ter em mente que essa área se
relaciona ao exercício do pensamento lógico, crítico, aguçado. A partir dela, é
possível perceber que o pensar é algo importante e elaborado, especialmente pelo
fato de que o pensamento transcende a repetição, que é o que ocorre em outras
teorias. Assim, o pensamento é um processo singular, pois o tempo, a forma e a
circunstância em que ele ocorre são intrínsecos ao que se pensa (SILVA, 2010).
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
É o campo da filosofia que examina, esclarece e direciona os objetivos, métodos e
ações pedagógicas de uma instituição de ensino.
Por ser importante para a educação como um todo, é uma das principais matérias
dos cursos de ensino superior, como a pedagogia.
O sujeito da educação
Pode-se dizer que cabe à Filosofia da educação a construção de uma imagem do
homem como sujeito fundamental da educação. É a filosofia da educação
constituída como antropologia filosófica e como tentativa de integração dos
conteúdos das ciências humanas, na busca de uma visão integrada do homem.
A educação pode, pois, ser definida como esforço para se conferir ao social, no
desdobramento do histórico, um sentido intencionalizado, como esforço para a
instauração de um projeto de efetiva humanização, realizada pela consolidação das
mediações da existência real dos homens.
Foi o que ocorreu com a orientação metafísica da filosofia ocidental que fazia
decorrer, quase que por um procedimento dedutivo, as normas do agir humano da
essência do homem, concebida como um modelo ideal, delineado com base numa
ontologia abstrata. Assim, os valores do agir humano fundariam-se na própria
essência humana, concebida de modo ideal, abstrato e universal.
Educação e ideologia
A educação, como prática que lida com instrumentos simbólicos, também atua nas
dimensões individual e coletiva, correndo um duplo risco de se envolver nesse
processo ideologizador. Com efeito, é pela educação, mesmo quando informal, que
o indivíduo se apropria dos conteúdos culturais de seu grupo. Ela desenvolve seu
trabalho utilizando basicamente esses conceitos e valores presentes na cultura em
que se processa. Por outro lado, para conservar sua ideologia, uma sociedade
precisa reproduzi-la, e a educação é geralmente considerada como uma das mais
adequadas mediações para assegurar essa reprodução.
Não é sem razão que alguns teóricos contemporâneos que estudaram a educação
em nossa sociedade chegaram à conclusão de que as instituições educacionais
constituem perfeitos aparelhos ideológicos do Estado. É que os grupos dominantes
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(b) Na medida em que a teoria educacional tem que se valer das contribuições das
várias ciências que estudam a educação, ela extrapola os domínios da filosofia e,
conseqüentemente, da filosofia da educação. A filosofia da educação, como aqui
concebida, deveria ser vista, como observamos, como um preâmbulo à teoria
educacional, cuja tarefa principal seria fornecer ao teórico da educação os
instrumentos conceituais básicos para a sua teoria.
(c) A teoria educacional, embora possa (e talvez deva) ser considerada científica,
tem uma finalidade que vai além da mera explicação e interpretação da realidade
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educacional: ela procura orientar e guiar a prática educacional. É por isso que a
teoria da educação, além de estudar e examinar a realidade educacional, tem a
função de criticar esta realidade e de propor novas direções a seguir. A teoria da
educação, para usar uma expressão que se torna comum, não tem como tarefa
simplesmente constatar qual é a realidade educacional: ela vai além e contesta esta
realidade, não em função de um espírito puramente negativista, mas em função de
uma proposta de realidade diferente. E esta proposta envolve, inevitavelmente,
valores diferentes. Portanto, a teoria educacional, em sua tarefa de orientar e guiar a
prática educacional, envolve, necessariamente, um ingrediente de valores.
Assim, como Perissé (2008), Ghiraldelli (2002) traz suas contribuições acerca do
filósofo e da filosofia da educação ao afirmar que o filósofo da educação respeita a
atitude de profissionais que estão envolvidos com a educação, que buscam
proporcionar aos educandos um sentido para a vida e para a educação. Existem,
portanto, semelhanças entre as ideias dos autores quando ambos ressaltam
características do filósofo, bem como a busca do sentido da educação que torna-se
relevante para professores e educandos.
Uma questão relevante e refletida por Perissé (2008) que acreditamos ser
indispensável nessa relação entre filosofia e educação é a necessidade da fidelidade
e do rigor metodológico, porém de forma clara, simples, facilitando a apreensão dos
conteúdos com palavras acessíveis, do modo mais direto possível, através de uma
linguagem clara, no diálogo com seus alunos, para que haja uma compreensão
aceitável das situações-problemas e dos conteúdos trabalhados em sala de aula.
Nessa percepção ressaltamos a relação entre professor e aluno que carece ser de
uma forma democrática, horizontal, em um espaço que favoreça o diálogo rico de
compreensão, porém sem perder o sentido e rigor metodológico do conhecimento
científico no processo educativo.
lógica que direciona a educação e propor o rompimento com essa lógica, o que deve
expressar o compromisso profissional e social de todos os docentes.
As Escolas Filosóficas
Os Pré-Socráticos
É considerada a primeira escola de pensamento filosófico, com início no século V a.
C. Os filósofos dessa escola viveram antes de Sócrates e preocupavam-se em
explicar o universo, a natureza e suas transformações a partir de explicações
racionais e observação dos elementos naturais.
Para esses filósofos a arché, ou natureza dos objetos era considerada princípio
formador de tais objetos.
Escola Jônica
Tem o objetivo descobrir a origem de todas as coisas a partir de pensamentos e
constatações racionais. Identificou os quatro elementos: água, ar, terra e fogo como
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Escola de Eléia
Principal nome: Parmênides. Para o filósofo a única realidade existente é o ser, que
é por sua vez, indivisível e imutável. O ser é entendido como algo que já existe, que
já é, e não algo que pode vir a ser alguma coisa.
Escola Sofista
Os sofistas tinham interesse em descobrir o fundamento de todas as coisas,
buscavam o fundamento de tudo a partir de explicações lógicas e racionais. Principal
filósofo: Protágoras.
Escola Atomista
Para os atomistas todos os seres humanos e coisas são formados pela junção de
partículas indivisíveis, os átomos, que se encontram a partir de colisões no espaço.
Principal nome: Demócrito.
Período Clássico
Período marcado pelo desenvolvimento e estruturação da filosofia e pelo
desenvolvimento dos primeiros conceitos de ética e política. Na filosofia clássica,
três nomes são primordiais para o desenvolvimento das ideias:
Platão
Discípulo de Sócrates, Platão tem uma profunda crença na ideia de busca pela
razão e verdade. Autor do livro “A República”, Platão descreve uma sociedade ideal
dividida em três classes. Platão também escreve sobre o mundo das ideias e o
mundo da razão no Mito da Caverna.
Sócrates
Considerado o primeiro filósofo a buscar rigorosas definições universais para as
virtudes morais. Criador do Método Socrático, técnica de ensino e pesquisa que faz
uso da dialética.
Aristóteles
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Período Pós-Socrático
Período correspondente ao fim do período Clássico até o começo da Idade Média.
Nesse período a Grécia perde a hegemonia sobre os estudos e produções
filosóficas. As principais escolas são:
Epicurismo
Escola fundada por Epicuro, os epicuristas creem que o bem é originário da prática
da virtude e para que o indivíduo encontre o prazer, tanto o corpo quanto a alma
devem evitar o sofrimento.
Ceticismo
Os ceticistas adotam uma postura de dúvida diante de todo e qualquer
conhecimento, para esses filósofos não é possível que se tenha certeza sobre
nenhum conhecimento.
Estoicismo
Defendem o uso da razão a qualquer custo. Todo sentimento, emoção e prazer
devem ser deixados de lado. Principais nomes: Zenão de Cítio e Sêneca.
Cinismo
Os filósofos deveriam assumir uma postura de distanciamento e desprezo pelos
bens materiais. Consideravam que a felicidade era conquistada através da virtude.
Principal nome: Antístenes.
Pensamento Medieval
Momento em que a filosofia foi bastante influenciada pela Igreja Católica. As
correntes de pensamento são teocêntricas, em que o pensamento religioso define e
influencia as formas de sentir, ver, pensar e fazer ciência. Os principais nomes são:
Santo Agostinho
O conhecimento é de origem divina, portanto, as verdades e explicações sobre o
mundo devem ser encontradas nas palavras de Deus.
Filosofia Moderna
Com o Renascimento Cultural e científico, a filosofia deixa de ser feita a partir de
pensamentos religiosos, a razão e ciência ganham destaques nas maneiras de
pensar.
Cartesianismo
A razão e a matemática são as únicas bases para o conhecimento. Principal nome:
René Descartes.
No período Iluminista
Montesquieu: crítico das monarquias absolutistas e criador da separação dos
poderes em executivo, legislativo e judiciário.
Diderot: elaborou uma filosofia baseada nos saberes das ciências exatas,
iniciando o materialismo científico. Ao lado de D´Alembert organizou uma
enciclopédia.
D'Alembert: realizou trabalhos matemáticos como forma de explicar o mundo
e a natureza.
Rousseau: afirma que o homem nasce bom, mas ao longo da vida é
corrompido pela sociedade, tornando-se, portanto mau. É também um dos
importantes filósofos do contratualismo, que explica o surgimento do Estado e
sociedades a partir dos contratos sociais.
Outros pensadores
1. Marx: Usa o método dialético para desenvolver sua filosofia político
econômica, com foco nas relações de trabalho.
2. Friederich Nietzsche: Crítico do modelo social representado pelo
cristianismo e os valores, cultura e padrões ocidentais.
Filosofia Contemporânea
No decorrer do século XX, várias correntes filosóficas ganharam espaço, como as
interpretações do marxismo, que surgiram com Antonio Gramsci, Gyorgy Lukács e
Louis Althusser.
Os discursos educacionais
O discurso educacional empregado nas salas de aula, pelos professores, são
responsáveis por grande parte da formação das crianças em sua fase de formação
cognitiva, principalmente, nas fases iniciais do ensino formal. Isso ocorre por que o
professor, na escola, é o modelo de adulto que a criança tem referência, e nele se
espelhará muitas vezes.
Isso ocorre por que o professor, na escola, é o modelo de adulto que a criança tem
referência, e nele se espelhará muitas vezes. Por isso, a responsabilidade do
professor de educação infantil e das séries iniciais é decisiva para toda a carreira
acadêmica da criança e para a formação da sua cidadania, claro que os pais têm
maior responsabilidade nesse processo, porém não é possível ignorar a ação dos
professores nesse ínterim, mas quanto a isso, seria necessário um outro espaço
para discussão.
O primeiro contato com a educação e o desenvolvimento social que uma pessoa tem
é em casa, com a família. Porém, cedo ou tarde, é preciso ampliar o conhecimento
desta para além do lar. É necessário fazê-la entender como funciona uma
sociedade, qual é o seu papel nela e o que aprender para adquirir conhecimentos
básicos para construir uma boa carreira.
Muito além de se formar sabendo toda a tabuada de cor, o aluno precisa entender
quais são suas responsabilidades, direitos e deveres com a sociedade e ter
autonomia para executá-los. Ele precisa se tornar um cidadão autônomo que sabe
se posicionar ideologicamente, socialmente e politicamente e desenvolver tais
noções apenas dentro de casa é limitante.
Com isso, uma pergunta que gostaríamos de fazer a você é a seguinte: sua escola
está preparada para educar essa nova geração de crianças? Bem, não se preocupe,
é para isso que estamos aqui. Confira no post abaixo quais são as reais funções
sociais da escola e como aplicá-las.
Logo, não é de se espantar que eles exijam respostas bem mais complexas do que
um simples “porque não”. É por isso que o papel da escola, nesse ponto, é treinar
seus alunos para que eles consigam construir e desenvolver seus próprios
argumentos e opiniões, e não impor a eles alguns preceitos que se formam a partir
de frases feitas.
Além disso, ao poder formar amizades que vão além de seus parentes e vizinhos, a
criança consegue desenvolver qualidades importantes como generosidade,
coletividade e empatia. Assim, um bom ambiente escolar instiga os alunos a
conviverem socialmente entendendo que, para que as relações sejam saudáveis, é
Credenciada pela Portaria MEC nº 193, de 03/02/2017, publicada no D.O.U de 06/02/2017.
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Para isso, o ensino pode transmitir conhecimentos que vão além de um conteúdo
padronizado. É o caso da realização de dinâmicas como debates, rodas de
discussão, aplicação das regras de convívio a partir de acordos que beneficiem
ambas as partes, ou da aplicação de materiais didáticos contextualizados. Estes
abordam assuntos do dia a dia de forma mais próxima da realidade dos alunos,
tornando essas dinâmicas ainda mais interessantes.
Além de exercitar a mente, um aluno em ambiente escolar, seja ele de classe média
ou baixa, também consegue exercitar seu corpo e aprender que atividades físicas
são tão importantes para a saúde quanto o conhecimento.
Ela faz com que as pessoas consigam entender por que certas demandas existem e,
a partir disso, criar seu próprio senso crítico e passarem a andar com as próprias
pernas. Engana-se quem pensa que o ambiente escolar serve apenas para
transmitir conteúdos básicos cobrados no ENEM de uma forma automática e
superficial.
A escola continua, dessa forma, a preparar o aluno para assumir seu papel na
sociedade, adaptando as necessidades do educando ao meio social, por isso ela
deve imitar a vida. Se, na tendência liberal tradicional, a atividade pedagógica estava
centrada no professor, na escola renovada progressivista, defende-se a idéia de
“aprender fazendo”, portanto centrada no aluno, valorizando as tentativas
experimentais, a pesquisa, a descoberta, o estudo do meio natural e social, etc,
levando em conta os interesses do aluno.
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Assim, para Paulo Freire, no contexto da luta de classes, o saber mais importante
para o oprimido é a descoberta da sua situação de oprimido, a condição para se
libertar da exploração política e econômica, através da elaboração da consciência
crítica passo a passo com sua organização de classe. Por isso, a pedagogia
libertadora ultrapassa os limites da pedagogia, situando-se também no campo da
economia, da política e das ciências sociais, conforme Gadotti.
A formação do professor
Em geral, os cursos envolvem aulas teóricas, práticas e estágio, que deve ser
supervisionado por professores experientes, coordenadores e diretores das escolas.
Claro que não existe uma receita pronta para ser um professor eficiente, mas
podemos utilizar estudos atuais como ponto de partida.
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Reflexões e debates
EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE
Não há uma pedagogia que esteja isenta de pressupostos filosóficos. É possível
compreender a educação dentro da sociedade, com seus determinantes e
condicionantes, mas com a possibilidade de trabalhar pela sua democratização.
Para tanto, importa interpretar a educação como uma instância dialética, que serve a
um projeto, a um modelo, a um ideal de sociedade. Ela trabalha para realizar esse
projeto na prática. Assim, se o projeto for conservador, medeia a conservação,
contudo se o projeto for transformador, medeia a transformação; se o projeto for
autoritário, medeia a realização do autoritarismo; se o projeto for democrático,
medeia a realização da democracia.
Mais uma vez, não existe uma fórmula que tenha sucesso em todas as instituições,
já que cada uma tem seus pontos fortes e fracos.
Então, o primeiro passo deve ser o levantamento daquilo que precisa ser melhorado,
seguido de uma análise de prioridades.
Vamos começar falando sobre os docentes qualificados, que têm uma grande
responsabilidade em mãos: formar novos professores competentes, éticos e
inspiradores.
Para tanto, esse profissional pode se basear nas características citadas na obra de
Paulo Freire, um dos maiores estudiosos sobre a Educação do século XX e
referência para o desenvolvimento de diversos materiais do Ministério da Educação
(MEC).
Com uma visão ampla e inclusiva, Freire aponta que o exercício da docência na
atualidade pede:
Na rede particular, esse processo pode se dar através de uma seleção rigorosa, que
englobe não apenas a avaliação da capacitação técnica, mas também competências
socioemocionais e didáticas.
Sem um salário que esteja alinhado à dedicação e formação, fica difícil manter
profissionais bem preparados nas instituições de ensino.
Claro que o professor é livre para assumir aulas em mais de uma instituição,
contudo, é importante que seu trabalho principal agregue as condições e renda
suficiente para uma vida digna.
O MEC sugere que isso seja feito por meio da integração dos sistemas de ensino às
políticas nacionais e estaduais, resultando no aprimoramento presencial ou a
distância.
12º) Transferências
Antes de transferir um docente para outra unidade escolar ou departamento, é
essencial levar em consideração se há benefícios para ele e para os alunos.
13º) Flexibilidade
O último princípio fala sobre o respeito aos interesses do professor, que pode
solicitar a transferência para outros locais, sem prejuízo na carreira pública.
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Referencias básica