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Teorias e Práticas do Ensino e da Aprendizagem

Pedagogia da Autonomia
Saberes necessários à Prática educativa
Capítulo 1- Não há Docência sem Discência

Mestrando: Eurípedes Martins


Mestrando: Hugo Cavalcante

Prof.: Drª. Mary Lucia Gomes Silveira de Senna


Prof.: Dr. Prof.: Riva Porto Cavalcante
Prof.: Dr. Weimar Silva Castilho
Conhecendo Paulo Freire (1921-1997)
Um pedagogo brasileiro nascido em Recife.
❏ Licenciou-se em Direito, chegando a exercer advocacia.
❏ De 1941 a 1947 foi professor de português.
❏ Em 1959 doutorou-se em Filosofia e História da Educação. Foi professor de Filosofia
e História da Educação Universidade de Recife. em 1961, na
❏ Participou numa campanha de alfabetização de adultos no Estado do Rio Grande do
Norte, Estado Brasileiro vizinho (a Norte) de Pernambuco (cuja capital é a já
mencionada cidade de Recife). O presidente João Goulart nomeou-o, em 1963,
Presidente da Comissão de Cultura Popular. Com o golpe militar de 1964, foi preso
durante cerca de dois meses e exilado por quinze anos. Durante esse período, viveu
no Chile, indo em 1969 para Harvard e em seguida para Genebra durante dez anos.
Conhecendo Paulo Freire (1921-1997)
Um pedagogo brasileiro nascido em Recife.
❏ Visita vários países africanos, com destaque para as
ex colónias portuguesas, como a Guiné-Bissau,
Angola, Moçambique e S.Tomé Príncipe.

❏ Voltou ao Brasil, onde foi professor na Universidade de São Paulo, e Secretário da


Educação do Município, eleito pelo Partido dos Trabalhadores.

❏ Ele ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias.


O método foi adotado pelo Estado de Pernambuco.
Com o método criado e desenvolvido por ele, foi possível
a alfabetização de jovens e adultos em cerca de 40 horas
e com baixos custos.
Reflexão
Porque não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva
associar a disciplina cujo conteúdo se ensina, a realidade agressiva em que
a violência é a constante e a convivência das pessoas é muito maior com a
morte do que com a vida?

Porque não estabelecer uma necessária "intimidade" entre os saberes


curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm
como indivíduos?
Capítulo 1 - Não há docência sem discência
Uma de suas tarefas primordiais é trabalhar com os educandos
a rigorosidade metódica com que devem se "aproximar" dos
objetos cognoscíveis. E esta rigorosidade metódica não tem
nada que ver com o discurso "bancário" meramente transferido
do perfil do objeto ou do conteúdo.
Para Freire, o termo "bancário" significa que o professor vê o aluno
como um banco, no qual deposita o conhecimento. Na prática, quer
dizer que o aluno é como um cofre vazio em que o professor
acrescenta fórmulas, letras e conhecimento científico até
"enriquecer" o aluno. Logo após a escola, os alunos "enriquecidos"
serão replicadores daquele conhecimento adquirido. É o ensino
tradicional que conhecemos no Brasil.... -
Veja mais em
https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2020/12/01/o-que-sao-a-e
ducacao-bancaria-e-a-libertadora-formuladas-por-p-freire.htm?cmpid=c
opiaecola
Ao ser produzido, o conhecimento novo supera outro antes
que foi novo e se fez velho e se "dispõe" a ser ultrapassado
por outro amanhã. Daí que seja tão fundamental conhecer o
conhecimento existente quanto saber que estamos abertos e
aptos à produção do conhecimento ainda não existente.
Capítulo 1 - Não há docência sem discência

1.2 - Ensinar exige pesquisa

Ensinar, aprender e pesquisar lidam com dois momentos do ciclo gnosiológico:

-o em que se ensina e se aprende o conhecimento já existente e

-o em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente.

A "dodiscência" - docência-discência - e a pesquisa, indicotomizáveis, são assim práticas


requeridas por estes momentos do ciclo
Capítulo 1 - Não há docência sem discência

1.3 - Ensinar exige respeito aos saberes dos


educandos
Capítulo 1 - Não há docência sem discência

1.4 - Ensinar exige criticidade


Capítulo 1 - Não há docência sem discência

É superar a curiosidade ingênua, sem deixar de ser


curiosidade, pelo contrário, continuando a ser
curiosidade, se criticiza. Ao criticizar se, tornando-se
então, curiosidade epistemológica, metodicamente
"rigorizando-se" na sua aproximação ao objeto,
percebe a sua relação com os demais dados e objetos
e encontra cada vez maior exatidão.
1.5 – Ensinar exige estética e ética
A prática educativa tem que ser
um testemunho rigoroso de
decência e de pureza, nesse
caso temos que tomar cuidado
para não escaparmos o sentido
real de formador, logo não tornar
a prática educativa apenas um
ensino adestrador.
1.6 – Ensinar exige a corporeificação das
palavras pelo exemplo
Nada de usar a frase: “faça o que
mando e não o que eu faço”.
E preciso existir consonância na fala
do educador e mesmo sendo contra
determinado objeto, temos que ter o
cuidado é generosidade de não se
tornar alguém incoerente.
1.7 – Ensinar exige risco, aceitação do novo
e rejeição a qualquer forma de discriminação
Aceitação do novo e rejeição de
qualquer forma de discriminação.
Olhar para quaisquer situações que
nos circundam com olhar crítico e o
pensar certo, no mais entender que a
dialogicidade é ferramenta
fundamental nesse processo.
1.8 – Ensinar exige reflexão crítica sobre a
prática
O movimento dialético entre o pensar e o
fazer o professor conseguir olhar sua
prática, refletir e verificar o que precisa
ser mudado e melhorado, no entanto,
esta ação de reconhecimento e
necessidade precisa realmente existir no
profissional, logo se reconhecer como
sujeito adepto as mudanças e aceitar os
novos caminhos a serem perseguidos,
mesmo que de alguma forma
acompanhado por certa raiva que pode
resultar, mais adiante em alegria.
1.9 – Ensinar exige o reconhecimento e a
assunção da identidade cultural
Assumir-se enquanto ser no lugar tanto
de formador como de formado, de
entender a necessidade do ensino, do
pensamento certo, do conhecimento
epidemiológico, das questões
emocionais que também merecem
atenção. Precisamos ter um olhar para
diversas culturas da atualidade,
estarmos atento a troca de
conhecimentos O ser formador também
está sendo formado na medida que
ensina também aprende.

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