Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 2
1
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
2
2 ASPECTOS HISTÓRICOS, CULTURAIS E SOCIAIS DA EDUCAÇÃO
BRASILEIRA
Fonte: todospelaeducacao.org.br
O Brasil, como colônia de uma nação europeia, Portugal, teve suas primeiras
escolas estabelecidas por meio da Igreja Católica. Em 1549, a Ordem dos Jesuítas
chega ao Brasil e se torna responsável por ensinar os preceitos da religião católica
romana aos índios, com base na catequização, e também pela educação dos fi lhos
dos colonizadores. A educação jesuíta plantou no país alguns aspectos sociais e
culturais que marcaram a formação da sociedade brasileira.
3
Esse cenário começa a mudar com as reformas nos âmbitos econômico,
administrativo e educacional realizadas pelo primeiro ministro de Portugal, Marquês
de Pombal, em 1759. Essas reformas pretendiam recuperar a economia de Portugal
e modernizar a sua cultura, tomando como exemplo a Inglaterra.
Por isso, uma das ações dessa reforma foi expulsar os jesuítas de todos os
territórios portugueses; dessa forma, em 1760, os jesuítas foram expulsos do Brasil e
o Estado assumiu o controle da educação no país (SECO; AMARAL, 2012 apud
LOPES, 2018).
A expulsão dos jesuítas acarretou na destruição do sistema único de educação
no Brasil e na implantação de um sistema de aulas isoladas. Esse sistema, no entanto,
era desordenado e dividido e os professores que ministravam as aulas eram leigos e
despreparados, o que fez com que a educação brasileira estagnasse.
Quando o governo português percebeu essa estagnação ele tentou investir na
educação através do subsídio literário, um imposto cujo os recursos eram destinados
à educação, em 1772, mas os recursos ainda assim eram escassos (SECO; AMARAL,
2012 apud LOPES, 2018).
Essa reforma não significou uma modernização, mas sim um retrocesso na
educação brasileira. Em Portugal, foi implementado o ensino de ciências naturais, das
línguas e literaturas modernas, mas isso não chegou à colônia. Para piorar o cenário,
os ideais jesuítas de submissão e não liberdade de criação e iniciativa ainda foram
mantidos, pois os professores tinham formação jesuíta.
A situação começa a mudar novamente somente com a chegada da família real
ao Brasil em 1808, acontecimento que foi um novo marco de transformação na
educação e na cultura. Com a coroa, vieram pessoas da nobreza portuguesa, como
membros do alto clero, ministros, juízes e funcionários do Tesouro. Também
chegaram ao Brasil obras de arte, objetos dos museus e a Biblioteca Real, com mais
de 60 mil livros (NASCIMENTO, 2007, p. 194 apud LOPES, 2018).
Dom João IV realizou a abertura dos portos no Brasil e a implantação do ensino
superior, aspectos que mudaram a realidade do país e que proporcionaram a criação
do Museu Real, da Biblioteca Pública, da Imprensa Régia e do Jardim Botânico
Em 1834, o imperador descentralizou a administração da educação: a
educação no Rio de Janeiro e a educação de nível superior ficaram restritas ao poder
central, e a educação primária e média ficou incumbida às províncias. Contudo, como
4
as províncias não tinham recursos para suprir toda a educação primária e média, boa
parte da educação média passou a ser oferecida pelo sistema privado, por meio de
instituições religiosas, e a educação primária ficou abandonada, o que acentuou as
diferenças sociais (NASCIMENTO, 2007, p. 199 apud LOPES, 2018)
O saldo final do império para a educação foram algumas escolas primárias e
liceus nas províncias e nas capitais, que basicamente são o que hoje conhecemos por
ensino profissional, cursos normais, escolas privadas nas cidades mais importantes e
as academias, que eram os cursos superiores. Mas em um país que pouco tinham
acesso à educação primária, somente a elite conseguia chegar às academias,
perpetuando, assim, a diferenças de classes.
Em 1891, foi promulgada a primeira Constituição da República, que manteve a
descentralização do ensino, acentuando a diferença entre as escolas primárias, às
quais o povo tinha acesso, e as escolas da República e instituições privadas (LOPES,
2006 apud LOPES, 2018).
Além da pouca oferta da educação secundária pelos estados, pela falta de
recursos para investir, essas escolas públicas cobravam taxas, selos e contribuições
dos alunos, o que impedia ainda mais o acesso da maior parte da população a esse
ensino.
Já entre 1930 e 1960, o Brasil passou por importantes transformações
econômicas, sociais e também no âmbito educacional. Uma nova ideologia surgiu,
afirmando que era necessária uma reorganização no ensino, pois a escola tinha papel
fundamental na reconstrução da sociedade brasileira.
Em 1931, foi criado o Conselho Nacional de Educação e, em 1934, a nova
Constituição afirmou que a educação era um direito de todos e que seu acesso deveria
ser gratuito.
Em 1946, foi publicada a Lei Orgânica do Ensino Primário, que regulava a
participação do governo federal nesse ensino, com o intuito de fortalecer o acesso e
a qualidade do ensino primário. A União se tornou responsável por fixar diretrizes e
alguns programas básicos para o ensino fundamental no país. Os estados ainda
ficaram responsáveis pela administração, por prover uma parte do valor necessário
para manter esse ensino, pela manutenção das construções das escolas, pela
nomeação de professores e pela fiscalização das escolas privadas.
5
Durante a ditadura militar, o governo procurou implementar um ensino técnico
para atender a indústria na busca pelo desenvolvimento capitalista. As escolas
também foram usadas para propagar os valores conservadores do regime, o que você
pode perceber pela criação da obrigatoriedade da disciplina de moral e cívica
(ABREU, 2008 apud LOPES, 2018).
A expansão do ensino fundamental foi uma das principais medidas na ditadura:
o governo buscava a universalização desse ensino com o objetivo que qualificar a
mão de obra. De fato, ocorreu uma significativa ampliação da rede de escolas de nível
fundamental, mas essa ampliação não foi acompanhada pelo aumento dos
investimentos na educação, o que foi comprovado em 1982, com um estudo do Banco
Mundial que mostrou que o Brasil era o país da América Latina que menos investia
em educação, levando em conta a proporção do seu PIB (MEMÓRIAS DA DITADURA,
2018 apud LOPES, 2018).
A piora na qualidade da educação pública brasileira estimulou o crescimento
das escolas privadas. Esse espaço, que era historicamente da Igreja Católica romana,
passou também a ser ocupado por empresários, o que fez com que as famílias
brasileiras mais abastardas buscassem as escolas privadas para garantir a
preparação para o vestibular e o acesso ao ensino superior de qualidade.
Chegando aos tempos mais modernos, nos últimos anos, o governo federal
criou programas para tentar ampliar o acesso ao ensino superior, principalmente das
camadas mais populares. Em 2004, foi lançado o Programa Universidade para Todos
(PROUNI) e, em 2007, foi criado o Plano de Reestruturação e Expansão das
Universidades Federais (REUNI), ambos acompanhados pela ampliação do
Financiamento Estudantil (FIES) (PROUNI, 2018 apud LOPES, 2018).
Essas políticas de fato aumentaram o acesso ao ensino superior: segundo o
Ministério da Educação, entre 1995 e 2002, 2,4 milhões de pessoas concluíram o
ensino superior no Brasil; entre 2003 e 2014, 9,2 milhões de pessoas adquiriram o
diploma universitário, um aumento de 26,09% (BRASIL, 2016 apud LOPES, 2018).
O Brasil também vem apresentando melhoras na educação básica, mas ainda
tem muito a evoluir.
Segundo os dados do IBGE, em 2016, 11,8 milhões de brasileiros ainda eram
analfabetos, ou seja, 7,2% da população com 15 anos de idade ou mais. A maioria da
população com 25 anos ou mais, 51%, tem somente o ensino fundamental completo,
6
e apenas 26,3% dessa população concluiu o ensino médio. Esses dados foram
retirados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada em
2017 em referência aos dados de 2016 (FERREIRA, 2017 apud LOPES, 2018).
As diferenças sociais e culturais continuam e se acentuam ainda mais no Brasil
pela falta de acesso à educação: apesar da universalização do ensino, muitas
barreiras econômicas e sociais existem para que o aluno conclua seus estudos.
Fonte: brasilescola.uol.com.br
A palavra ideologia deriva das palavras gregas idea e logos, o que quer dizer
“ciência das ideias”. O dicionário Priberam defi ne ideologia (2018) como o “Conjunto
de ideias, convicções e princípios fi losófi cos, sociais, políticos que caracterizam o
pensamento de um indivíduo, grupo, movimento, época, sociedade.”
É importante que você considere que ideologia é a forma como alguém ou
algum grupo vê e compreende o mundo e, a partir disso, define suas ações sociais,
econômicas e políticas. A ideologia também pode ser entendida como uma doutrina,
ou seja, um conjunto de princípios que serve como base para um entendimento. A
7
ideologia pode esclarecer o porquê de as coisas serem de determinada forma ou,
ainda, como as coisas deveriam realmente ser; envolve todos os aspectos da cultura,
da ciência e da sociedade, é algo fundamental e funciona como intermediário entre as
pessoas e o mundo.
A família e a escola são os ambientes nos quais um indivíduo em formação
mais convive, de maneira que contribuem grandemente para a formação da visão de
mundo de uma pessoa.
Na escola, um indivíduo absorve informações, valores, princípios e ideias que
irão compor sua forma de compreender o mundo. Claramente, isso não é colocado de
maneira explícita, mas, intrinsecamente, um estudante consome e interioriza as
ideologias que lhe são apresentadas, e, assim, constrói a sua subjetividade.
Por isso, muitos autores asseguram que a escola é um aparelho utilizado pelo
Estado para propagar a ideologia dominante na sociedade, como afirma Leite (1989,
p. 18 apud LOPES, 2018):
8
Para mudar essa realidade, deve-se buscar uma educação transformadora,
com um ensino isento da ideologia da classe dominante e do Estado, proporcionando
a construção de uma ideologia própria produzida por estudantes e docentes, o que
ainda está longe de acontecer no Brasil.
No entanto, é importante ressaltar que, mesmo que seja um aparelho do Estado
para repassar suas ideologias, a escola também exerce outras funções centrais e
mais importantes para a sociedade, principalmente para a população de baixa renda.
O ambiente escolar é, muitas vezes, o único ambiente no qual diversos
adolescentes e crianças marginalizadas podem construir sua cidadania. Cursar o
ensino fundamental garante, para muitos jovens, o desenvolvimento da linguagem e
do raciocínio lógico, contribuindo para a ampliação dos horizontes aos quais esse
jovem pode chegar.
A escolarização também é um instrumento de democratização, porque
possibilita aos estudantes um desenvolvimento cognitivo que os torna capazes de
compreender de forma adequada o mundo à sua volta e ter um pensamento crítico
sobre ele.
[...] se, por um lado, a Escola tem transmitido uma ideologia hegemônica, por
outro, a escolarização tem desenvolvido o repertório básico que é
fundamental para a formação da cidadania e, talvez, para a própria superação
da condição de alienação. Obviamente, isto não significa que estamos
defendendo a Escola tal qual se apresenta hoje, mas reconhecendo uma
consequência da escolarização que até então não estava claramente
colocada. Além disto, poder-se-ia imaginar que o papel da Escola poderia ser
muito mais importante se ela estivesse planejada de acordo com as
características e necessidades da população atendida; por exemplo, se os
currículos e programas escolares fossem planejados, respeitando-se o
repertório inicial da população, e direcionados numa perspectiva de formação
do comportamento crítico, certamente teria um efeito de grande relevância
para a formação da cidadania (LEITE, 1989, p. 19 apud LOPES, 2018).
9
4 O PAPEL SOCIAL DA EDUCAÇÃO
10
Podemos exemplificar o conceito de seleção social da seguinte maneira: um
filho da classe dominante está mais preparado, pois teve acesso às melhores escolas
e professores, enquanto o filho da classe dominada está menos preparado, pois
recebeu educação de baixa qualidade. Imagine que ambos concluem o ensino médio
e desejam ingressar no ensino superior, mas não há vaga para os dois – perceba que,
pelo tipo de formação, eles não disputam a vaga com as mesmas armas. Sendo
assim, o filho da classe dominante conquista a educação superior, e o filho da classe
dominada deve buscar empregos compatíveis com sua escolaridade, tudo sob o
pretexto de que o mais competente terá maior recompensa financeira, quando, na
verdade, trata-se da legitimação racional da desigualdade social.
Dessa forma, Lopes (2012, p. 10 apud LOPES, 2018) afirma que “[...] também
para Weber, tal como para Durkheim, a educação é um processo de socialização
permanente, constante (que, para além da escola, se consubstancia igualmente na
família), de reprodução e manutenção social.” Propondo uma maneira de pensar
diferente dessas ideias, Paulo Freire, educador mais moderno, compreende que a
educação não necessariamente precisa propagar os padrões da sociedade
previamente estabelecidos, mas pode ser um fator de transformação social:
A escola pode ser um ambiente libertador: com base no diálogo, pode educar
o indivíduo para que ele consiga entender, reagir e solucionar os problemas da
sociedade local e global. A educação é um recurso que pode ser utilizado para
transformar a realidade do homem e, consequentemente, a sociedade em que ele
vive.
Sendo assim, a escolarização é capaz de ser um instrumento para reequilibrar
a sociedade, de modo que as classes que vivem à margem podem utilizar os
conhecimentos adquiridos na escola para mudar a sua realidade, diminuindo as
desigualdades sociais.
11
5 AS REFORMAS EDUCACIONAIS NO CONTEXTO DA GLOBALIZAÇÃO E DA
PRIVATIZAÇÃO
Fonte: outraspalavras.net
12
Conforme Dale (2004, p. 424 apud SILVA, 2020):
13
formulação da política governamental. Assim, “os processos de globalização
mostram-nos que estamos perante um fenômeno multifacetado com dimensões
econômicas, sociais, políticas, culturais, religiosas e jurídicas interligadas de modo
complexo” (SANTOS, 2002, p. 26 apud SILVA, 2020).
Contribuindo com essa discussão, Charlot (2007, p. 4 apud SILVA, 2020)
acrescenta que:
14
competição está presente na sociedade e os princípios do mercado - eficiência,
eficácia e produtividade passam a ser elementos da formação humana. Porém, cabe
destacar que esses princípios não contribuem para a formação de sujeitos autônomos,
reflexivos e atuantes na sociedade em que vivem, mas omissos às questões políticas
e sociais no cenário da estruturação e da construção de um espaço coletivo,
democrático e igualitário.
Lingard (2004, p. 70 apud SILVA, 2020) ao analisar as intenções da OCDE no
cenário da política educacional retrata as seguintes características:
15
conhecimento, e novos desafios. Garantir a distribuição de mobilidade social e
oportunidades de divulgação.
Podemos supor que a globalização influenciou diretamente na formulação das
políticas educacionais no cenário brasileiro. Desde que as reformas foram
desenvolvidas em meados da década de 1980 e início da década de 1990, houve
algumas mudanças na forma como a política educacional é pensada e formulada, uma
vez que as políticas educacionais devem ser reestruturadas para atender às
expectativas do mercado, de uma forma lógica e mais favorável à lógica econômica.
(DALE, 2004 apud SILVA, 2020).
Nesse sentido, compreender as ações da reforma educacional no contexto do
conservadorismo e da globalização implica uma reflexão dos ideais de seus
defensores, pois para eles o Estado é ineficaz, então a lógica seria utilizar esse
argumento para fortalecer a prática de mercado na rede pública. Segundo Barroso
(2005, p. 726 apud SILVA, 2020):
17
6 TENDÊNCIAS ATUAIS NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
18
Para Saviani, a educação brasileira pode ser periodizada na seguinte
dimensão: tendência tecnicista, predomínio da tendência tecnicista e a concomitante
emergência de críticas à pedagogia oficia e à política educacional.
Já Libânio admite que a periodização da educação brasileira pode ser feito
obedecendo ao seguinte esquema: liberais e progressistas. Entre as liberais
encontram-se a tradicional, a renovada progressista, a renovada não-diretiva e a
tecnicista. Entre as progressistas incluem-se a libertadora, a libertária e a crítico-social
dos conteúdos.
E para Benno Sander, as tendências partem da administração da educação e
podem ser vistas em duas grandes perspectivas: pedagogia do consenso e pedagogia
do conflito.
Poderíamos acrescentar as contribuições de outros teóricos da educação, mas,
para nosso entendimento, as já mencionadas são suficientes. O que se percebe, num
primeiro instante, é que, de certa forma, elas apareceram em um momento ou outro
da história da educação brasileira, se entrecruzam e nenhuma desaparece em
momento algum. Assim, nâo têm carater substitutivo, mais simplesmente algumas
ganham mais froça e resistem mais tempo do que outras.
No dizer de Sguissardi (1994), mais do que concordas (ou discordar) com a
classificação das correntes e tendências pedagógicas, é necessário saber como
classificar o tipo de leitura, de abordagem teórica que foi exercida pelos autores
dessas classificações, todos eles nossos contemporâneos e identificados com alguma
tendência. Que visão de mundo e de educação cada teórico tem ao tentar estabelecer
uma determinada tendência? Parece-nos óbvio que as leituras de cada um refletem a
sua maneira de analisar o sentido da educação e, nesse ponto, elas podem aparecer
como dialéticas, materialisatas históricas, estruturalistas, funcionalistas,
fenomenológicas, crítico-reprodutivas, empiristas ou positivistas.
O mais importante é tentar entender a educação, ou os sistemas de educação
no Brasil, notadamente nesses últimos vinte anos, tanto, por exemplo, do ponto de
vista epistemológico, quanto do ponto de vista dos procedimentps metodológicos
usados para a análise. Cada estudioso do campo educacional certamente opta por
uma corrente ou tendência, à qual filia-se espontaneamente. Para fugir a qualquer
rótulo, alguns preferem a classificação de ecléticos, enquanto outros se dizem críticos.
Existem muitos se autodenominando construtivistas, embora não saibamos por
19
quanto tempo. Exitem os defensores da qualidade total aplicada ao campo da
educação. Enfim, o que não falta na pós-modernidade são os rótulos para as mais
variadas tendências.
Nesses últimos anos, assistimos a uma verdadeira cruzada pela qualidade e
pela produtividade do processo industrial e da produção de serviços. Empresários,
governos e universidades uniram-se em torno desse movimento e até admitem que
esse seria o único caminho para a salvação nacional.
A educação não escapou à euforia e ao entusiasmo da Gestão da Qualidade
Total, pelo que o movimento tomou tanto impulso que logo os empresários admitiram
a criação da chamada Pedagogia da Qualidade, que foi liberada pelo Instituto Liberal
e por outras instituições privadas de empresários. Houve, em consequência, o
fortalecimento da escola/empresa.
No tocante à educação básica, a presente década tem sido alvo de atenções
de entidades e instituições interferentes nas relações contraditórias entre as
condições e qualidade de vida humana e o desenvolvimento econômico no mundo.
Dotar o homen de instrumental que o habilite ao mercado de trabalho tem sido a
preocupação dos governos, no Brasil e no mundo. No interior dessa proposta aprecem
como prioridades a educação infantil e do jovem. Exemplos elucidativos são a
UNICEF, a UNESCO e o Banco Mundial, instituições que têm dedicado, nos últimos
anos, o máximo de atenção ao fenômeno educacional.
Eventos importantes marcaram a década de 90 no tocante à educação, tais
como: Conferência Mundial sobre Educação para Todos (março de 1990 na
Tailândia), Encontro Mundial de Cúpula pela Criança (setembro do mesmo ano em
Nova York), XXVII Conferência Geral da UNESCO (outubro e novembro de 1990 em
Paris), Educação para Todos: a conferência de Nova Délhi (dezembro de 1993). O
resultado imediato de todos os eventos, no Brail, foi a produção do Plano Decenal de
Educação para Todos, cujo principal objetivo proclamado é o oferecimento da
educação fundamental, com qualidade, a todos os brasileiros. No Ensino Superior, o
discurso da qualidade veio acompanhado de propostas de avaliação, movimento
começado em 80, mas que ganhou corpo na década de 90 através da Gestão da
Qualidade Total, com adesçao de várias instituições de ensino.
Concomitantemente a essa preocupação com a Educação, especialmente a
fundamental, vimos o governo preocupado com duas ou mais ordens de problemas a
20
partir da dimensão econômica, como por exemplo, o modelo a ser adotodado para o
País; a ideologia da qualidade total, como atributo da produtividade nas empresa e
outras instituições de serviço; o desenvolvimento tenológico do país, para fazer a
frente às demandas; a situação caótica da escola pública de primeiro e segundo graus
etc... A partir da constatação de todos esses problemas, e uma que vivemos um novo
momento, não há como negar a necessidade de novos paradigmas para a Educação.
No bojo de todos os acontecimentos que marcaram o final da década de 80 e
ínicio ddos anos 90, ganha corpo na Educação a corrente teórico-metodológica do
construtivismo, que não é tão nova. No Brasil, o construtivismo, que não é tão nova.
No Brasil, o construtivismo encontrou respaldo e aceitação nessa época, quando
passou a ser adotado por grande parte da rede privada de ensinoe, posteriormente,
na rede pública. No tocante ao modelo econômico, o governo aposta no
neoliberalismo.
Fonte: novosalunos.com.br
21
Com a evolução constante da tecnologia, as habilidades exigidas pela
sociedade são cada vez mais complexas, sendo necessário qualificação, eficiência e
a constância do aprender a aprender. Assim, a educação se torna, mais do que nunca,
um dos pilares essenciais para o desenvolvimento das novas habilidades exigidas
pela sociedade digital. (KOHLS, 2017)
Diante dessa realidade, a utilização da informática na educação se torna um
meio de aproximação do aluno e da escola com esta sociedade digital,
proporcionando uma aprendizagem mais significativa e promovendo a cooperação e
a colaboração, familiarizando o aluno com os recursos tecnológicos que poderão ser
utilizados em outros contextos e realidades. A construção do conhecimento exige uma
escola mais contextualizada, motivadora, dinâmica e interessante, pois, dessa forma,
o aprendizado se torna sinônimo de prazer, de realização e de novas descobertas.
Por intermédio do computador e dos dispositivos tecnológicos, aqui entendidos por
TICs, é possível que o educando aprenda determinado conteúdo mais facilmente, pois
pode ver, ouvir e interagir com o conteúdo com a ajuda das TICs. Vejamos alguns
exemplos de TICs no Quadro 1.
22
As TICs como ferramentas auxiliadoras no processo de ensino e de
aprendizagem são um meio e não um fim, assim o educando deve ter a oportunidade
de utilizar a tecnologia como suporte para suas descobertas. Para isso, há de se ter
consciência de que o professor, no papel de mediador, precisa agregar o recurso
tecnológico como estímulo na sua prática pedagógica, pois o computador sozinho não
faz nada. (KOHLS, 2017)
Segundo Papert (1986 apud KOHLS, 2017), dizer que as estruturas intelectuais
são construídas pelo aluno, em vez de ensinadas por um professor, não significa que
elas sejam construídas do nada. Pelo contrário, como qualquer construtor, a criança
se apropria, para seu próprio uso, de materiais que ela encontra e, mais
significativamente, de modelos e metáforas sugeridos pela cultura que a rodeia.
(KOHLS, 2017)
Ele ainda complementa dizendo que nós nos motivamos a aprender o novo
conhecimento, se estivermos conectados, de alguma forma, a conjuntos de
conhecimentos significativos para nós. E é assim que se dá a aprendizagem
espontânea e informal. (KOHLS, 2017)
Ainda é necessário desmistificar o uso da “máquina” como recurso no processo
de ensino e de aprendizagem em sala de aula. Para auxiliar neste processo, a escola
pode recorrer à ajuda de um profissional especialista em informática na educação.
Este profissional está habilitado para mostrar o quanto a informática pode ser uma
aliada da educação e como ela pode ser utilizada de forma mais proveitosa e
educativa nas escolas. (KOHLS, 2017)
A mudança de paradigmas requer educadores dispostos à mudança por
intermédio da inovação, quando o aluno deixa de ser mero espectador e passa a ser
ator, pois a participação e a coautoria estão vinculadas à formação de cidadãos
responsáveis e comprometidos, que é a exigência da sociedade atual. (KOHLS, 2017)
A tecnologia também propicia a interação social no desenvolvimento da
cognição se valendo dos aspectos de sociabilização nos ambientes computacionais
de aprendizagem. O desenvolvimento pleno do potencial cognitivo depende da
interação social. (KOHLS, 2017)
Portanto, precisamos transformar a sala de aula em um ambiente comunicativo
em que as trocas entre os educandos e o estímulo e a colaboração sejam altamente
valorizados (Figura abaixo).
23
Como podemos observar na imagem, da tela do computador surgem inúmeras
possibilidades de aprendizado e conhecimento. Diferentes conteúdos podem ser
trabalhados na tela de computadores, de tablets, de smartphones e de televisão,
sendo que tais conteúdos estão ao alcance de todos que possuem acesso à Internet.
(KOHLS, 2017)
Vale ressaltar que, para que haja uma aprendizagem efetiva com o uso da
tecnologia, o professor deve ter bem claro seus objetivos e seu plano de aula, tendo
consciência de que não é mais o detentor do conhecimento. Ele precisa estar aberto
para a troca e a interação com o aluno para que juntos possam traçar o caminho rumo
ao conhecimento e à aprendizagem efetivamente significativa. (KOHLS, 2017)
A entrada das TICs nas escolas é inevitável, seja em sala de aula, como auxílio
ao trabalho do professor, ou trazidas pelos alunos independentemente, pois as TICs
já fazem parte do contexto escolar. Fischer (2017 apud KOHLS, 2017) faz uma
analogia ao uso da televisão e da tecnologia e enfatiza que não podemos nos
despreocupar com as ferramentas disponíveis na sociedade e os educadores não
podem mais desconsiderar as TICs. “Esse meio de comunicação que se tornou para
nós, especialmente para nós, brasileiros, absolutamente impres cindível, em termos
24
de lazer e informação”, segundo a autora, é a televisão (FISCHER, 2017, p. 51-52
apud KOHLS, 2017)
A relação entre comunicação e educação é centralizada na cultura, sendo que
o conceito de cultura, segundo a autora, é “o conjunto complexo e diferenciado de
significações relativas aos vários setores da vida dos grupos sociais”, como “as
linguagens, a literatura, as artes, o cinema, a TV, o sistema de crenças, a filosofia, os
sentidos dados às diferentes ações humanas” (FISCHER, 2017, p. 25 apud KOHLS,
2017).
Ou seja, o conteúdo e as informações estão disponíveis aos estudantes,
independente de serem “passados” por professores, esses conhecimentos podem ser
facilmente acessados a partir da Internet. Porém, há muitas informações distorcidas
e/ou contraditórias disponíveis na rede, por isso, o professor e a escola devem
trabalhar em conjunto para fomentar nos estudantes um olhar crítico sobre a
informação disponível e poder aprender a partir destas. (KOHLS, 2017)
25
projetos e de atividades que estimulem os alunos a pensar, criar, recriar, refletir, enfim,
aprender com e não aprender por. (KOHLS, 2017)
O professor precisa proporcionar ao aluno oportunidades de reflexão de forma
inovadora, de como que a colaboração seja valorizada e a criatividade seja um meio
para a construção e a disseminação do conhecimento. (KOHLS, 2017)
Dessa forma, e com a utilização das novas tecnologias, o professor deixa de
ser o centro transmissor de informações e passa a exercer o papel de mediador e
facilitador no processo de aprendizagem, permitindo a cada aluno explorar ao máximo
suas potencialidades, proporcionando um ambiente capaz de fornecer conexões
individuais e coletivas. O conhecimento passa a ser construído e não mais imposto.
Com isso, a escola estará exercendo sua função formando pessoas mais criativas,
críticas, autônomas, motivadas e felizes. Mas para que realmente este seja um
processo eficaz, o professor deve estar atento ao caminho percorrido e não apenas
ao resultado obtido. Passa a ser fundamental trabalhar não só o conteúdo específico,
mas também valorizar o afetivo do aluno, estimulando a cooperação como forma de
valorizar as potencialidades de cada um. (KOHLS, 2017)
Para Vygotsky (1998 apud KOHLS, 2017), todos aprendem, mas chega um
momento em que a interação com outros sujeitos e a presença de novos estímulos
são necessários para que o aprendiz supere momentos de dificuldades e avance para
novos estágios de aprendizagem, sendo estes estímulos realizados pelo professor.
Em estudo realizado por Mendonça (2010 apud KOHLS, 2017), foi evidenciado
que muitos professores não utilizam as TICs em sua prática pedagógica por se
sentirem inseguros em relação a sua utilização em sala de aula. Sentem que é preciso
haver uma capacitação específica para tornar significativa esta utilização. Os
professores “[...] ao serem colocados diante de computadores e de outras TICs, não
26
sabem como usá-las, têm receio e preferem requisitar o auxílio de outro docente que
saiba manipular, caso o seu uso seja imprescindível” (MENDONÇA, 2010, p. 6 apud
KOHLS, 2017).
Tal estudo comprova que a utilização de recursos tecnológicos em sala de aula
está intimamente associada ao uso pessoal que o professor faz da tecnologia e de
sua familiaridade com tais recursos. Embora reconheçam as facilidades e infinitas
fontes de informações proporcionadas pela Internet, ressaltam que precisam de um
planejamento maior, pois é muito fácil para os alunos “perderem-se” nos links e
atrativos da Internet (MENDONÇA, 2010 apud KOHLS, 2017).
Nesse sentido, é preciso pensar o uso das TICs como um projeto de escola,
com uma prática em toda a instituição. Assim, as políticas institucionais e os projetos
políticos pedagógicos precisam estar alinhados com esta prática e fomentar o uso das
TICs nas escolas, com o apoio dos gestores e dirigentes no trabalho desenvolvido
pelo professor em sala de aula. (KOHLS, 2017)
Vimos o contexto dos professores frente ao uso das TICs na educação, agora
vamos buscar identificar como a escola se prepara para fazer uso das TICs no
contexto escolar. (KOHLS, 2017)
De acordo com Leite (2004 apud KOHLS, 2017), o domínio contínuo e
crescente das tecnologias que estão na escola e na sociedade, mediante o
relacionamento crítico com elas, requer uma nova postura por parte da escola, uma
vez que este domínio se traduz em uma percepção global do papel das tecnologias
na organização do mundo atual e na capacidade do(a) professor(a) em lidar com as
diversas tecnologias, interpretando sua linguagem e criando novas formas de
expressão, além de distinguir como, quando e por que são importantes e devem ser
utilizadas no processo educativo.
É papel da escola fornecer subsídios e também cobrar dos seus professores
uma postura proativa em relação ao uso das tecnologias educacionais. De acordo
com Santos e Policarpo (2013 apud KOHLS, 2017):
Nesse sentido, fazer do uso das TICs uma prática sistemática nas escolas não
é uma tarefa fácil. É preciso “desmistificar” a máquina e trabalhar com os professores
o que é o recurso do computador e como ele pode ser usado em sala de aula. O
computador não substitui a importância do papel do professor, apenas o torna mais
eficaz e possibilita ensino e aprendizagem inovadores. (KOHLS, 2017)
No processo de “sedução” e sensibilização dos professores, o reitor ou
supervisor / consultor torna-se um parceiro valioso para a realização de projetos e a
formação de professores para a utilização das tecnologias de informação e
comunicação no processo de ensino e aprendizagem. Uma vez que o supervisor /
orientador está envolvido com toda a comunidade escolar, ele é o melhor contato para
envolver os professores junto com um especialista em tecnologia educacional e para
aumentar a conscientização sobre o uso de recursos técnicos em sala de aula. Cada
um com a sua especificidade e visão do contexto escolar, orientador e especialista
podem trabalhar e significar a utilização de computadores e recursos tecnológicos
pelos professores na sua prática docente, tornando as aulas mais atrativas e
inovadoras. Giraffa (2013 apud KOHLS, 2017) atenta para a questão estrutural das
escolas para o uso das TICs:
Não dá para querer criar uma cultura de uso de tecnologia se esta não fizer
parte do dia-a-dia do usuário. Isto não ocorre no contexto brasileiro.
Raríssimas são as escolas onde este cenário se verifica. Quando isto ocorre
são escolas de elite e pouco acessíveis a grande parte da sociedade. Os
laboratórios das escolas são locais aonde os alunos vão para ter acesso à
tecnologia, em tempo curto e de forma esporádica. Devido a isto não se
consegue ter um ritmo de aprendizado associado ao uso de um artefato ou
mesmo tirar proveito do uso da rede Internet. (GIRAFFA, 2013, p. 26 apud
KOHLS, 2017)
28
informação e comunicação, visto que essas infraestruturas são essenciais para o
desenvolvimento de qualquer ação educativa. (KOHLS, 2017)
Recomenda-se cautela também quando se trata de tecnologias na educação,
para que não tornemos essa prática possível apenas em escolas de elite. É importante
destacar que as escolas de elite têm melhores condições e melhores ferramentas,
mas cabe aos diretores e professores das escolas pensarem em conjunto sobre como
utilizar as tecnologias disponíveis, mesmo que não sejam as mais modernas do
mercado. Santos (2012 apud KOHLS, 2017) aponta o papel da escola neste contexto:
29
8 VISÃO HISTÓRICA DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
Fonte: leiturinha.com.br
30
seus interesses. O professor tornou-se parceiro de aprendizagem e ganhou
autonomia para criar seu próprio repertório. O aluno torna-se o principal protagonista
do processo de ensino e aprendizagem e aprende por meio da descoberta. Os
princípios da Escola Nova recomendam respeitar a personalidade do aluno e as
dificuldades individuais. A metodologia é baseada na experiência que o professor
desenvolve com os alunos e varia de acordo com a cultura, família, comunidade,
trabalho e vida civil e religiosa. A avaliação favorece a autoavaliação e busca objetivos
pessoais. (RODRIGUES, 2020)
A Escola Técnicista é baseada no positivismo, o que significa que a educação
deve ser baseada na ciência. Tudo o que não tem base científica deve ser mantido
afastado da educação. O principal elemento da abordagem técnica não é o professor
nem o aluno, mas a organização racional dos recursos. (RODRIGUES, 2020)
Por isso, a educação era fragmentada e mecanicista, mas a ênfase do ensino
continua na reprodução do conhecimento. (RODRIGUES, 2020)
Esse tipo de ensino veio com o advento da revolução industrial. Seu papel
fundamental era formar alunos e funcionar como modelo de comportamento humano.
Na verdade, a tendência técnica tentou transferir o funcionamento da fábrica para a
escola, perdendo de vista a especificidade da educação. (RODRIGUES, 2020)
O professor é um elo entre a verdade científica e o aluno. O aluno está livre de
questões críticas, pois o acompanhamento rigoroso dos manuais e instruções
demonstra a eficiência e competência que a sociedade exige. O ensino é repetitivo e
mecânico e a preservação dos conteúdos é assegurada pelos exercícios. A ênfase na
repetição leva o professor a propor cópias, exercícios mecânicos e recompensas pela
manutenção do conhecimento. A metodologia técnica enfatiza a resposta correta e a
avaliação é orientada para o produto. (RODRIGUES, 2020)
Hoje o estudo serve de base para a preparação para uma vida melhor e o
professor deve ser o mediador do conhecimento científico e tecnológico, buscando a
interação do indivíduo com o meio ambiente. Para isso, o professor deve estar aberto
a novos conhecimentos e se adaptar às novas mudanças e evoluções que vêm
ocorrendo em nossa sociedade. (RODRIGUES, 2020)
31
9 TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS ATUAIS
Fonte: didaticotech.com
32
O paradigma progressista leva em consideração que o indivíduo constrói sua
própria história e, partindo do pressuposto de que o grupo tem equilíbrio e
contradições, a escola precisa saber que cada indivíduo do grupo tem sua própria
leitura de mundo. (RODRIGUES, 2020)
Freire (1996 apud RODRIGUES, 2020) é um precursor da abordagem
progressista e diz que as pessoas são educadas e apresentadas como pessoas
concretas.
Segundo Libâneo (1990 apud RODRIGUES, 2020) A pedagogia progressiva se
manifesta em três correntes: a pedagogia libertadora, conhecida como pedagogia de
Paulo Freire, a pedagogia libertária, que reúne defensores da autogestão pedagógica
e a crítica dos conteúdos sociais, que privilegia o conteúdo em seu confronto com as
realidades sociais. João Luiz Gasparin “não consiste mais apenas em estudar para
reproduzir algo, mas sim em encaminhar soluções […] para os desafios que são
colocados pela realidade” (2003, p. 46 apud RODRIGUES, 2020).
A escola progressista deve criar um clima de troca, diálogo, inter-relação,
transformação e enriquecimento mútuo. Sua função social é ser politizada e politizada
para provocar intervenções de transformação social. (RODRIGUES, 2020)
O professor progressista busca a produção de conhecimento por meio do
diálogo. É o mediador entre o conhecimento adquirido e o conhecimento a ser
produzido e prepara seus alunos para ingressarem no meio social com consciência
crítica e respeito à sua opinião. (RODRIGUES, 2020)
O aluno progressista, junto com o professor, realiza pesquisas e discussão
coletiva para buscar o conhecimento como questão crítica, dinâmica e participativa no
processo. Destaca-se por ser um aluno ativo, sério e criativo, que confia em si mesmo
e mantém uma relação dialógica com o professor e seus colegas. A metodologia
progressiva busca a comunicação dialógica. O ponto de partida é a prática social, que
constitui a base e a prática pedagógica. (RODRIGUES, 2020)
A abordagem progressiva visa a produção de conhecimento e provoca a
reflexão crítica na ação. As aulas, que enfocam a realidade social, levam professores
e alunos a refletir e analisar problemas relacionados ao contexto social, econômico e
cultural da comunidade em que vivem, a atuar juntos sobre os problemas.
(RODRIGUES, 2020)
33
As avaliações progressivas são contínuas, processuais e transformadoras e
podem ser um processo de participação individual e coletiva. Inclui momentos de
autoavaliação e avaliação do grupo. (RODRIGUES, 2020)
Através de um sentido de responsabilidade, criatividade e reflexão, o aluno
participa com o professor na configuração dos critérios de avaliação, em que todos
são responsáveis pelo sucesso e fracasso da turma. (RODRIGUES, 2020)
Os professores que buscam uma prática educacional democrática e
transformadora encontraram sérios problemas para superar os paradigmas
conservadores. (RODRIGUES, 2020)
34
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, Givanildo da; SILVA, Alex Vieira da; SANTOS, Inalda Maria dos. Reformas,
privatização e política educacional: tendências e riscos atuais. Eccos - Revista
Cientifica, São Paulo, n. 55, p. 1-16, e8717, out./dez. 2020. Disponível em:
https://doi.org/10.5585/eccos.n55.8717.
35