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CURSO: PEDAGOGIA
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
SELEÇÃO DE TEXTOS
GOIÂNIA
2017
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
SUMÁRIO
Introdução.................................................................................................................................04
FilosofiaAntiga..........................................................................................................................11
Filosofia Medieval....................................................................................................................12
Filosofia Moderna.....................................................................................................................14
Filosofia Contemporânea..........................................................................................................16
Platão e a Educação...................................................................................................................21
Aristóteles e a Educação...........................................................................................................24
Descartes e a Educação.............................................................................................................33
A Racionalidade e a Educação..................................................................................................49
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Bibliografia Básica....................................................................................................................57
Bibliografia Complementar.......................................................................................................57
Plano de Ensino.........................................................................................................................59
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
INTRODUÇÃO
Penso que disto decorrem duas consequências muito simples, óbvias até! A primeira é
que todo educador deve filosofar. Melhor ainda, filosofa sempre, queira ou não, tenha ou não
consciência do fato. Só que nem sempre filosofa bem. A este respeito afirma Kneller (1972. p.
146): “se um professor ou líder educacional não tiver uma filosofia da educação, dificilmente
chegará a algum lugar. Um educador superficial pode ser bom ou mau. Se for bom, é menos
bom do que poderia ser e, se for mal, será pior do que precisava ser”.
Que problemas no campo da educação exigem de nós uma reflexão filosófica? Já que
a educação é o processo de tornar - se homem de cada homem, é necessário refletir sobre o
homem para que se possa saber o “para onde” se deve orientar a educação. É necessário,
porém, que esta reflexão não seja unicamente teórica, abstrata, desencarnada. É preciso levar
em conta a situação espaço - temporal em que ocorre o processo. Com efeito, não importa
apenas o “tornar - se homem”, mas o “tornar - se homem hoje no Brasil”. Só desta forma
podemos estabelecer com clareza o que, por exemplo, se tem convencionalmente chamado de
“marco referencial”, a partir do qual, numa instituição educativa, currículo, planejamento e
atividades podem atingir um mínimo de coerência e de eficiência.
O QUE É FILOSOFIA?
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
A filosofia pode ser dividida em vários ramos. A filosofia do ser, por exemplo, inclui a
metafísica, ontologia e cosmologia, entre outras disciplinas. A filosofia do conhecimento
inclui a lógica e a epistemologia, enquanto filosofia de trabalho está relacionado a questões
como a ética.
Diversos filósofos deixaram seu nome gravado na história mundial, com suas teorias
que são debatidas, aceitas e condenadas até os dias de hoje. Alguns desses filósofos são
Aristóteles, Pitágoras, Platão, Sócrates, Descartes, Locke, Kant, Freud, Habermas e muitos
outros. Cada um desses filósofos fez suas teorias baseadas nas diversas disciplinas da
filosofia, lógica, metafísica, ética, filosofia política, estética e outras.
A Filosofia surgiu na Grécia Antiga, por volta do século VI a.C. Naquela altura, a
Grécia era um centro cultural importante e recebia influências de várias partes do mundo.
Assim, o pensamento crítico começou a florescer e muitos indivíduos começaram a procurar
respostas fora da mitologia grega. Essa atitude de reflexão que busca o conhecimento
significou o nascimento da Filosofia.
A filosofia sempre foi uma interrogação das coisas essenciais da vida: quem somos,
para onde vamos, de onde viemos e qual o caminho e a chave da felicidade humana. Os
gregos, buscaram responder estas questões, a partir da vida vivida, sem recorrer aos mitos e
aos deuses. Não há por isso a filosofia, há filosofias. Os caminhos são muitos. Muitas são as
maneiras de configurar os dados da nossa experiência de vida e emprestar-lhes um sentido. Há
aquelas filosofias que inclusive negam tudo, com receio de pedir emprestado qualquer salva-
vidas; apostam no NADA, fazem do nada seu sentido - posição filosófica que se chama
niilista [nihil (ismo) do latim: nada]! Será uma escolha possível.
A filosofia é aquilo com a qual, ou sem a qual, o mundo continua tal e qual.
(Monteiro Lobato)
Marx, certa ocasião, ironicamente dizia que, a gente joga “a filosofia pela porta, e ela
entra pela janela”. Essa coisa pegajosa que se cola à alma e ao pensamento humano.
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
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Sempre que buscamos a verdade, conhecer, compreender, analisar, temos pelo menos
hipóteses filosóficas ou formas de interpretação acerca do nosso conhecimento do e por sobre
o mundo: estamos no campo da filosofia chamado teoria do conhecimento ou epistemologia,
que dirige nossos valores e ações.
Nos conduzimos pelas balisas feita por nós, em diálogo com nosso grupo, nossa etnia,
nossa civilização. Estamos no campo da ética, da moral, campo da axiologia (campo dos
valores) regulado pelas filosofias.
Filosofia se faz na vida. Pode, até, ser uma investigação, mas terá de ser sempre vida.
Dize-me como fazes, porque e para que, e eu te direi que filosofia te inspira. Quando
descobrimos algumas coisas novas, algum poeta (Freud) e, sobretudo, algum filósofo, já
andou por lá. É por isso que temos muito a aprender conversando com os outros, com outras
filosofias, sabendo ouvir e aprendendo sempre. Porque nada somos sós. Somos, em
comunhão, e através das lutas.
“Filosofar, assim, se impõe não como puro encanto mas, como espanto diante do
mundo, diante das coisas, da História que precisa ser compreendida ao ser vivida no jogo em
que, ao fazê-la, somos por ela feitos e refeitos”. (Paulo Freire, Pedagogia da Indignação,
2000, p. 46.)
Como se sabe, o objeto da filosofia não é predeterminado. Com efeito, seu objeto é o
próprio pensamento ou então a realidade em geral enquanto suscetível, ou melhor, enquanto
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
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necessita ser pensada seja em si mesma, na sua generalidade, seja nas suas manifestações
particulares. Dizer que o objeto da filosofia é o pensamento nos permite compreender porque
o assunto de que se ocupa a filosofia é de interesse de todos os homens já que todos os
homens pensam e, portanto, são, num certo sentido, filósofos. Consequentemente, o filósofo
propriamente dito é um especialista do pensamento, o que significa que ele "não só 'pensa'
com maior rigor lógico, com maior coerência, com maior espírito de sistema, do que os outros
homens, mas conhece toda a história do pensamento, isto é, sabe quais as razões do
desenvolvimento que o pensamento sofreu até ele e está em condições de retomar os
problemas a partir do ponto onde eles se encontram após terem sofrido a mais alta tentativa de
solução, etc." O mesmo não se pode dizer dos especialistas nos vários campos científicos,
uma vez que "é possível imaginar um entomólogo especialista
O trabalho do filósofo é refletir sobre a realidade, qualquer que seja ela, descobrindo
seus significados mais profundos. Porém, como se faz isso?
Radicalidade - ou seja, chegar até a raiz dos acontecimentos, isto é, aos seus fundamentos;
à sua origem, não só cronológica, mas no sentido de chegar aos valores originais que
possibilitaram o fato. A reflexão filosófica, portanto, é uma reflexão em profundidade.
Rigor - isto é, seguir um método adequado ao objeto em estudo, com todo o rigor,
colocando em questão as respostas mais superficiais, comuns à sabedoria popular e a
algumas generalizações científicas apressadas.
Contextualidade - como já se disse antes, a filosofia não considera os problemas
isoladamente, mas dentro de um conjunto de fatos, fatores e valores que estão relacionados
entre si. A reflexão filosófica contextualiza os problemas tanto verticalmente, dentro do
desenvolvimento histórico, quanto horizontalmente, relacionando-os a outros aspectos da
situação da época.
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Assim, podemos dizer que, a filosofia cria o ideário que norteia a vida humana em
todos os seus momentos e em todos os seus processos.
A Filosofia fornece á educação uma reflexão sobre a sociedade na qual está situada,
sobre o educando, o educador e para onde esses elementos podem caminhar.
O educando, quem é, o que deve ser, qual o seu papel no mundo; o educador, quem é,
qual o seu papel no mundo; a sociedade, o que é, o que pretende; qual deve ser a finalidade da
ação pedagógica. Esses são alguns problemas que exigem a reflexão filosófica.
A filosofia fornece uma reflexão sobre a sociedade na qual esta inserida, sobre o
educando, o educador e para onde devem seguir. De um lado a educação, é entendida num
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Pode-se dizer que a filosofia da educação surgiu do forte vínculo entre a filosofia e
a pedagogia estabelecido no decorrer dos anos, pois a filosofia, preocupada com as formas do
conhecimento perfeito, orientou o ser humano segundo a razão, inferindo um pensamento
pedagógico que busca a perfeição. A filosofia procura entender quais os pensamentos
construíram a maneira de fazer ciência atualmente. É nessa lógica que persiste e insiste em
fazer da própria vida do homem um produto descartável que a filosofia da educação procura
problematizar e dar-lhe outro sentido, outra finalidade.
Sabemos que a relação da filosofia com a educação existe desde os tempos atrás no
mundo grego. Pode-se dizer que a filosofia da educação surgiu do forte vínculo entre a
filosofia e a pedagogia estabelecido no decorrer dos anos, pois a filosofia, preocupada com as
formas do conhecimento perfeito, orientou o ser humano segundo a razão, inferindo um
pensamento pedagógico que busca a perfeição.
e superação como marcas características e dominantes dos diversos momentos dessa história”
(Severino, 1994).
Para tanto, importa interpretar a educação como uma instância dialética, que serve a
um projeto, a um modelo, a um ideal de sociedade. Ela trabalha para realizar esse projeto na
prática. Assim, se o projeto for conservador, medeia a conservação, contudo se o projeto
for transformador, medeia a transformação; se o projeto for autoritário, medeia a realização do
autoritarismo; se o projeto for democrático, medeia a realização da democracia.
O papel de uma teoria crítica da educação é dar substância concreta a essa bandeira de
luta, de modo a evitar que ela seja apropriada e articulada com os interesses dominantes? ( in
Saviani).
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FILOSOFIA ANTIGA
A filosofia é um saber específico e tem uma história que já dura mais de 2.500 anos. A
filosofia nasceu na Grécia antiga - costumamos dizer - com os primeiros filósofos,
chamados pré-socráticos. Mas a filosofia não é compreendida hoje apenas como um saber
específico, mas também como uma atitude em relação ao conhecimento, o que faz com que
seus temas, seus conceitos e suas descobertas sejam constantemente retomados.
A história da filosofia coloca em perspectiva o conhecimento filosófico e apresenta textos e
autores que fundamentam nosso conhecimento até hoje.
Pré-socráticos
Os filósofos que viveram antes da época de Sócrates, como Parmênides e Heráclito,
investigaram a origem das coisas e as transformações da natureza. De seus textos só restaram
fragmentos. O conhecimento especulativo no período pré-socrático não se distinguia dos
outros conhecimentos, como a astronomia, a matemática ou a física.
A Grécia clássica
No período clássico, a filosofia vinculou-se a um momento histórico privilegiado - o
da Grécia clássica. Nesse período, que compreende os séculos 5 a.C. e 4 a.C., a civilização
grega conheceu seu apogeu, com o esplendor da cidade de Atenas. Essa cidade-estado
dominou a Grécia com seu poderio militar e econômico.
Sócrates não deixou uma obra escrita, mas conhecemos seu pensamento através das
obras de seu discípulo Platão. Este não escreveu uma obra sistemática, organizada de forma
lógica e abstrata, mas sim um rico conjunto de textos em forma de diálogo, em que diferentes
temas são discutidos. Os diálogos de Platão estão organizados em torno da figura central de
seu mestre - Sócrates.
Platão e Aristóteles
O conhecimento é resultado do convívio entre homens que discutem de forma livre e
cordial. No livro "A República", por exemplo, temos um grupo de amigos que incluem o
filósofo Sócrates, dois irmãos de Platão - Glauco e Adimanto - e vários outros personagens,
que serão provocados pelo mestre. O diálogo vai tratar de assuntos relacionados à organização
da sociedade e à natureza da política. A palavra política vem do grego polis, que significa
cidade ou Estado.
Helenismo
O período helenístico corresponde ao final do século 3 a.C. (período que se sucede à
morte de Alexandre Magno, em 323 a.C.) e se estende, segundo alguns historiadores, até o
século 6 d.C. As preocupações filosóficas fundamentais voltam-se para as questões morais,
para a definição dos ideais de felicidade e virtude e para o saber prático.
FILOSOFIA MEDIEVAL
Os padres da igreja foram os filósofos que, nesse período, tentaram conciliar a herança
clássica greco-romana, com o pensamento cristão. Essa corrente filosófica é conhecida
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
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O filósofo mais importante desse período é São Tomás de Aquino, que produziu uma
obra monumental, a "Suma Teológica", elaborando os princípios da teologia cristã.
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FILOSOFIA MODERNA
pensar livre, provocados pela rendição da razão à soberania da fé durante a chamada idade
média, são percebidos nas obras de pensadores como Copérnico que, em sua defesa e
interpretação da teoria heliocêntrica provocou uma verdadeira revolução. O deslocamento da
terra, obra prima do Deus criador, do centro do universo significou que o homem, tido como o
supremo ato da criação, deixou também de ocupar seu lugar de criatura sujeito aos caprichos
desse Deus. Da mesma forma que Sócrates, Platão e Aristóteles antes deles os filósofos da
modernidade chamaram para o âmbito da inteligência e capacidade humana a tarefa de pensar
o mundo.
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Diderot que produziram obras laicas e seculares e, por vezes extremamente críticas da ação de
igreja e sua influência opressiva na sociedade e interferência no governo.
FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA
Isto se deve em parte ao fato de que, assim que o conhecimento definitivo a respeito
de qualquer assunto torna-se possível, esse assunto deixa de ser chamado de filosofia, e torna-
se uma ciência independente. O estudo total dos céus, que agora pertence à astronomia, foi
um dia incluído na filosofia; a grande obra de Newton chamava-se ‘princípios matemáticos de
filosofia natural’. Do mesmo modo, o estudo da mente humana, que fazia parte da filosofia,
agora foi separado da filosofia e tornou-se a ciência da psicologia. Assim, em grande medida,
a incerteza da filosofia é mais aparente que real: as questões que são capazes de ter respostas
definitivas são abrigadas nas ciências, enquanto aquelas para as quais, até o presente, não
podem ser dadas respostas definitivas, continuam a formar o resíduo que é chamado de
filosofia.
Estamos mergulhados num mundo que não cessa de colocar novas questões para a
filosofia. Por isso mesmo, não é fácil reconhecer o que é a filosofia contemporânea. Estamos
perto demais. Percebemos a filosofia do passado com mais clareza e mais coesão do que
percebemos a filosofia que se faz hoje.
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Mas vamos lá! Chamamos de filosofia contemporânea aquela que teve início no século
19, atravessou o século 20 e chegou até os dias de hoje.
No século 20, porém, formou-se a noção de que o progresso é descontínuo, isto é, não
se faz por etapas sucessivas. Desse modo, a história universal não é um conjunto de várias
civilizações em etapas diferentes de desenvolvimento. Cada sociedade tem sua própria
história. Cada cultura tem seus próprios valores.
Ciência e técnica
A confiança no saber científico foi outra das atitudes filosóficas que se desenvolveram
no século 19. Essa atitude implica que a natureza pode ser controlada pela ciência e pela
técnica. Mas não apenas isso, o desenvolvimento da ciência e da técnica passa a ser capaz de
levar ao progresso vários aspectos da vida humana. Surgiram disciplinas como a psicologia, a
sociologia e a pedagogia.
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
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O triunfo da razão
A ideia de que a razão, ciência e o conhecimento são capazes de dar conta de todos os
aspectos da vida humana também foi pensada criticamente por dois grandes filósofos: Karl
Marx e Sigmund Freud.
No campo político, Marx tornou relativa a ideia de uma razão livre e autônoma ao
formular a noção de ideologia - o poder social e invisível que nos faz pensar como pensamos
e agir como agimos.
Teoria crítica
A ideia de progresso humano como percurso racional sofreu um duro golpe com a
ascensão dos regimes totalitários, como o nazismo, o fascismo e o stalinismo. O desencanto
tomou o lugar da confiança que existia anteriormente na ideia de uma razão triunfante.
Para fazer face a essa realidade, um grupo de intelectuais alemães elaborou uma teoria
que ficou conhecida como teoria crítica. Um dos principais filósofos desse grupo é Max
Horkheimer. Ele pensou que as transformações na sociedade, na política e na cultura só
podem se processar se tiverem como fim a emancipação do homem e não o domínio técnico e
científico sobre a natureza e a sociedade.
Esse pensamento distingue a razão instrumental da razão crítica. O que seria a razão
instrumental? Aquela que transforma as ciências e as técnicas num meio de intimidação do
homem, e não de libertação. E a razão crítica? É a que estuda os limites e os riscos da
aplicação da razão instrumental.
Existencialismo
O filósofo Jean-Paul Sartre também pensou as questões do homem frente à liberdade e
ao seu compromisso com a história. Utilizando também as contribuições do marxismo e da
psicanálise, o filósofo elaborou um pensamento sistemático que põe em relevo a noção de
existência em lugar da essência.
Fenomenologia
O estudo da linguagem científica, dos fundamentos e dos métodos das ciências tornou-
se um foco de atenção importante para a filosofia contemporânea. O filósofo Edmund Husserl
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
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Filosofia analítica
As formas e os modos de funcionamento da linguagem foram estudados pelo filósofo
Ludwig Wittgenstein. A filosofia analítica é uma disciplina que se vale da análise lógica como
método e entende a linguagem como objeto da filosofia. Bertrand Russel e Quine também
estudaram os problemas lógicos das ciências, a partir da linguagem científica.
Assim que começamos a filosofar achamos que mesmo as coisas mais cotidianas
levam a problemas para os quais só podem ser dadas respostas muito incompletas. A filosofia,
embora incapaz de nos dizer com certeza quais são as respostas verdadeiras às dúvidas que ela
suscita, está apta a sugerir muitas possibilidades que ampliam nossos pensamentos e os
libertam da tirania do hábito. Assim, embora diminuindo nosso sentimento de certeza a
respeito do que as coisas são, ela aumenta enormemente nosso conhecimento em direção ao
que as coisas podem ser.
O método socrático.
fundamento para as questões discutidas e nessas conversações Sócrates era seguido por jovens
que procuravam aprender o suficiente para serem introduzidos na vida pública e política de
Atenas.
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muito mais ampla que o conhecimento dos filósofos primitivos, e do que a educação dada
pelos sofistas.
PLATÃO E A EDUCAÇÃO
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
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"A educação deve propiciar ao corpo e à alma toda a perfeição e a beleza que podem
ter".
"Ao longo dos anos, os antigos encontraram uma boa receita para a educação:
ginástica para o corpo e música para a alma"
Platão nasceu por volta de 427 a.C. em uma família aristocrática de Atenas. Quando
tinha cerca de 20 anos, aproximou-se de Sócrates, por quem tinha grande admiração. Como a
maioria dos jovens de sua classe, quis entrar na política. Contudo, a oligarquia e a democracia
lhe desagradaram. Com a condenação de Sócrates à morte, Platão decidiu se afastar de Atenas
e saiu em viagem pelo mundo. Numa de suas últimas paradas, esteve na Sicília, onde fez
amizade com Dion, cunhado do rei de Siracusa, Dionísio I. De volta a Atenas, com cerca de
40 anos, Platão fundou a Academia, um instituto de educação e pesquisa filosófica e científica
que rapidamente ganhou prestígio. Três décadas depois, ele foi convidado por Dion a viajar a
Siracusa para educar seu sobrinho Dionísio II, que se tornara imperador. A missão foi
frustrada por intrigas políticas que terminaram num golpe dado por Dion. Platão morreu por
volta de 347 a.C. Já era um homem admirado em toda Atenas.
Na história das ideias, Platão foi o primeiro pedagogo, não só por ter concebido um
sistema educacional para o seu tempo, mas, principalmente, por tê-lo integrado a uma
dimensão ética e política. O objetivo final da educação, para o filósofo, era a formação do
homem moral, vivendo em um Estado justo.
Platão foi o segundo da tríade dos grandes filósofos clássicos, sucedendo Sócrates
(469-399 a.C.) e precedendo Aristóteles (384-322 a.C.), seu discípulo. Como Sócrates, Platão
rejeitava a educação que se praticava na Grécia em sua época e que estava a cargo dos
sofistas, incumbidos de transmitir conhecimentos técnicos - sobretudo a oratória - aos jovens
da elite, para torná-los aptos a ocupar as funções públicas. "Os sofistas afirmavam que podiam
defender igualmente teses contrárias, dependendo dos interesses em jogo", diz Sérgio
Augusto Sardi, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. "Platão,
ao contrário, pensava em termos de uma busca continuada da virtude, da justiça e da
verdade."
Para Platão, "toda virtude é conhecimento". Ao homem virtuoso, segundo ele, é dado
conhecer o bem e o belo. A busca da virtude deve prosseguir pela vida inteira - portanto, a
educação não pode se restringir aos anos de juventude. Educar é tão importante para uma
ordem política baseada na justiça - como Platão preconizava - que deveria ser tarefa de toda a
sociedade.
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
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Baseado na ideia de que os cidadãos que têm o espírito cultivado fortalecem o Estado
e que os melhores entre eles serão os governantes, o filósofo defendia que toda educação era
de responsabilidade estatal - um princípio que só se difundiria no Ocidente muitos séculos
depois. Igualmente avançada, quase visionária, era a defesa da mesma instrução para meninos
e meninas e do acesso universal ao ensino.
Para ele, o poder deveria ser exercido por uma espécie de aristocracia, mas não
constituída pelos mais ricos ou por uma nobreza hereditária. Os governantes tinham de ser
definidos pela sabedoria. Os reis deveriam ser filósofos e vice-versa. "Como pode uma
sociedade ser salva, ou ser forte, se não tiver à frente seus homens mais sábios?", escreveu
Platão.
Aos 20 anos, os jovens seriam submetidos a um teste para saber que carreira deveriam
abraçar. Os aprovados receberiam, então, mais dez anos de instrução e treinamento para o
corpo, a mente e o caráter. No teste que se seguiria, os reprovados se encaminhariam para a
carreira militar e os aprovados para a filosofia - neste caso, os objetivos dos estudos seriam
pensar com clareza e governar com sabedoria. Aos 35 anos, terminaria a preparação dos reis-
filósofos. Mas ainda estavam previstos mais 15 de vida em sociedade, testando os
conhecimentos entre os homens comuns e trabalhando para se sustentar. Somente os que
fossem bem-sucedidos se tornariam governantes ou "guardiães do Estado".
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Platão defendia a ideia de que a alma precede o corpo e que, antes de encarnar, tem
acesso ao conhecimento. Dessa forma, todo aprendizado não passaria de um esforço de
reminiscência - um dos princípios centrais do pensamento do filósofo. Com base nessa teoria,
que não encontra eco na ciência contemporânea, Platão defendia uma ideia que,
paradoxalmente, sustenta grande parte da pedagogia atual: não é possível ou desejável
transmitir conhecimentos aos alunos, mas, antes, levá-los a procurar respostas, eles mesmos, a
suas inquietações. Por isso, o filósofo rejeitava métodos de ensino autoritários. Ele acreditava
que se deveria deixar os estudantes, sobretudo as crianças, à vontade para que pudessem se
desenvolver livremente. Nesse ponto, a pedagogia de Platão se aproxima de sua filosofia, em
que a busca da verdade é mais importante do que dogmas incontestáveis. O processo dialético
platônico - pelo qual, ao longo do debate de ideias, depuram-se o pensamento e os dilemas
morais - também se relaciona com a procura de respostas durante o aprendizado. "Platão é do
mais alto interesse para todos que compreendem a educação como uma exigência de que cada
um, professor ou aluno, pense sobre o próprio pensar",
Platão acreditava que, por meio do conhecimento, seria possível controlar os instintos,
a ganância e a violência. O acesso aos valores da civilização, portanto, funcionaria como
antídoto para todo o mal cometido pelos seres humanos contra seus semelhantes. Hoje poucos
concordam com isso; a causa principal foram as atrocidades cometidas pelos regimes
totalitários do século 20, que prosperaram até em países cultos e desenvolvidos, como a
Alemanha. Por outro lado, não há educação consistente sem valores éticos. Você já refletiu
sobre essas questões? Até que ponto considera a educação um instrumento para a formação de
homens sábios e virtuosos?
ARISTÓTELES E A EDUCAÇÃO
A virtude, para Aristóteles, é uma prática e não um dado da natureza de cada um,
tampouco o mero conhecimento do que é virtuoso, como para Platão (427-347 a.C.). Para ser
praticada constantemente, a virtude precisa se tornar um hábito. Embora não se conheça
nenhum estudo de Aristóteles sobre o assunto, é possível concluir que o hábito da virtude
deve ser adquirido na escola.
Aristóteles acreditava que educar para a virtude era também um modo de educar para
viver bem – e isso queria dizer, entre outras coisas, viver uma vida prazerosa. No mundo
atual, nem sempre se vê compatibilidade entre a virtude e o prazer. Ainda assim, você acredita
que seja possível desenvolver em seus alunos uma consciência ética e, ao mesmo tempo, a
capacidade de apreciar as coisas boas da vida?
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
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Método pedagógico:
Agostinho tinha farta experiência de ensino. Havia sido professor em Milão e Roma
por vários anos e dedicado anos a especular sobre a origem do conhecimento e como atingir o
verdadeiro saber. O método de Agostinho não é o socrático, que usa o diálogo como alguém
que não sabe nada, e que procura descobrir a verdade caminhando junto com o aluno nesse
sentido. Ao contrário, ele acreditava mais em transmitir o conhecimento para os alunos como
aquele que sabe a verdade para os que não sabem nada. Assim, ele estabeleceu uma
metodologia cristã, que influenciou estudiosos e educadores ao longo da história do Ocidente.
Ser professor nesse contexto era um ato de amor. Este amor era necessário, pois sabia
das dificuldades de estudo, e a resistência ativa dos jovens para a aprendizagem. Ele também
considerou o idioma um obstáculo para a aprendizagem, uma vez que a mente se move mais
rápido do que as palavras que o professor pronuncia, e as palavras, por sua vez, não
expressam adequadamente o que o professor pretende.
O professor, ao ensinar estudantes que têm alguma cultura, precisa começar por
questioná-los sobre o que já sabem, a fim de não repetir o que já conhecem e sim levá-los com
rapidez às matérias que ainda não tenham dominado. Ao ensinar o aluno superficialmente
educado, o professor precisava insistir na diferença entre terem de memória as palavras e ter
efetiva compreensão. Com relação ao aluno sem educação, Agostinho incentivou o professor
a ser simples, clara, direta e paciente. Este tipo de ensinamento muita repetição necessária, e
pode induzir o tédio no professor, mas Agostinho pensei que este tédio seria superado por
uma simpatia com o aluno. Este tipo de simpatia induz alegria no professor e alegria no aluno.
De um modo geral o ensino deve ser feito no que Agostinho chamou o "método
moderado". Esse estilo de ensino exige que o professor não sobrecarregue o aluno com muito
material, mas aborde um tema de cada vez, para revelar ao aluno o que está escondido nele,
para resolver dificuldades, e antecipar outras questões que possam surgir. Considera
importante até mesmo o modo de falar do professor, que deve ter em ritmo equilibrado,
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
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usando frases bem elaboradas em equilíbrio com frases simples, com o propósito de encantar
os alunos e atraí-los para a beleza do material.
Nasceu em Aquino, no reino de Nápoles, no seio de uma família nobre. Em 1230, com
cinco anos, foi entregue aos cuidados do tio Sinnibaldi, abade do mosteiro de Monte-Cassino,
onde deu os primeiros passos na cultura. Em 1236 ou 1239 ingressou na Faculdade de Artes
da Universidade de Nápoles onde, provavelmente, contactou pela primeira vez com a
Filosofia aristotélica. Por volta de 1243/44 vestiu o hábito dominicano, o que lhe facultou a
possibilidade de estudar e ensinar, em várias Universidades da Europa. A sua missão foi
incorporar o legado aristotélico no saber cristão. Nesse trabalho “descobriu na razão uma
«terra sagrada» destinada a cultivar no seu recinto, por direito próprio, a árvore da ciência”
(Galino, 1981, p. 551).
É pela educação que o homem pode alcançar a sabedoria, que, nessa medida, está
intimamente ligada à responsabilidade e liberdade. Os imperativos dos mandamentos (farás X,
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
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não farás Y) são enunciados sobre a natureza humana, uma vez que a felicidade e a realização
do homem implicam que se pretenda X numa atitude de incompatibilidade com Y (Lauand,
1998, p. 286).
Numa carta - “De modo Studenti” - endereçada a um dominicano “irmão João” que,
"como iniciado e desejoso de alcançar a sabedoria, escreveu ao mestre no sentido de este o
aconselhar sobre os atalhos que deveria seguir”, apresenta os princípios para que o estudo se
efetive de modo adequado e com sucesso. Frisa “que não há atalhos, mas caminhos”, que
“pelos riachos é que se chega ao mar” e que o “difícil deve ser atingido a partir do
fácil” (Lauand, 1998, p. 300).
Significativo, nesse sentido, é o uso do verbo (…) caminhar, marchar. Com efeito, já
na primeira questão da Suma, referindo-se à busca pela razão humana da verdade mais
elevada, São Tomás diz que “só depois de muito tempo e com mistura de muitos erros se pode
lá chegar".
De modo Studenti reflete uma concepção de educação que pode parecer estranha aos
olhos de um pedagogo de hoje que, preocupado com o modo de estudar ou com a forma de
adquirir conhecimentos, apresentaria uma panóplia de princípios programáticos e
motivacionais. Isto acontece porque pensamos o conhecimento separado da existência
humana, enquanto que para São Tomás o saber faz parte dessa existência, não decorre de um
“estudo frio” mas é algo que se experimenta e saboreia. Isto diz ele também claramente na
primeira questão da Suma Teológica.
Destaca o facto de, na sua língua latina, “sapere" significar tanto "saber" como
"saborear". Assim, o verdadeiro sábio é aquele que sabe porque saboreou. A sabedoria não
pressupõe apenas uma dimensão intelectual, antes é intrínseca ao sujeito.
Esta ideia está presente nos seus conselhos para estudar: “a exortação ao silêncio, à
vida de oração, à humildade, à pureza de consciência, à santidade” (Lauand, 1998, p. 302). É
nesse sentido que se compreende o alcance semântico da palavra studium, que envolve uma
maior abrangência do que a palavra estudo. “Studium significa amor, afeição, devotamento, a
atitude de quem se aplica a algo porque ama e, não por acaso”, o que hoje designamos por
“dedicação aos estudos” (Lauand, 1998, p. 302).
Efetivamente, São Tomás propõe uma dedicação integral aos estudos, uma
consagração à vida intelectual, um estilo de vida ascético que propicie uma relação com Deus,
com os outros e consigo próprio. No De modo studendi é muito claro: “alguém dedicado ao
estudo deve, antes de mais, cuidar das atitudes da alma” (Lauand, 1998, p. 302).
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
gradual, que faz com que a aquisição da ciência (saber) seja uma passagem progressiva de
potência a ato.
Para São Tomás existem dois modos de adquirir a ciência: por si próprio, o modo
natural, e por intermédio do mestre. Apesar de o homem poder adquirir conhecimentos por si
próprio, a ação do mestre é sempre fecunda e insubstituível na busca da ciência.
Assim, para além do exercício da inteligência realizado pelo aluno, a ação do mestre
condiciona a instrução de tal modo que, na sua ausência, pode faltar (falhar) a aprendizagem,
até porque, em muitos casos, o mestre tem de proceder à remoção de tudo o que pode ser
obstáculo ou entrave ao reto exercício das faculdades do discípulo (Galino, 1981).
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
A criança precisa de liberdade para viver e aproveitar cada fase da sua vida em seu
devido tempo e não ser considerada um adulto em miniatura.: “amai a infância, favorecei
as brincadeiras, seus prazeres, seu amável instinto” (ROUSSEAU, 2004, p.72). Isto por
ser a infância um período curto que não volta mais. Faz-se, então, necessário deixar que a
criança goze desse tempo valioso, porque, nesta idade, o sorriso está sempre nos lábios e
não se deve impor a vontade de um adulto sobre ela, já que a mesma tem maneiras
próprias de agir.
É necessário educarmos o homem desde o nascimento, para que lhe seja garantida a
preservação de todas suas inclinações naturais, até que construa a sua formação física e
moral durante a infância e a adolescência, quando passa a adquirir as qualidades que
permitem inserir-se na sociedade, abrindo espaço para a construção da sua cidadania.
A adolescência, conforme Rousseau, é um período de modificações, um novo
nascimento que remete o indivíduo a um processo de aprendizagem em direção a
autonomia da vida adulta.
No período que vai dos doze aos treze anos, próximo à adolescência, a criança, por
não ter todas as suas necessidades desenvolvidas, as suas forças são superiores. Pois, “aos
doze ou treze anos, as forças da criança desenvolvem-se bem mais rapidamente do que
suas necessidades” (ROUSSEAU, 2004, p.211). Neste período, o progresso da força
ultrapassa o das necessidades. Assim, podendo mais do que deseja, será um ser muito
forte.
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Assim que chegamos a dar ao nosso aluno uma ideia da palavra útil, temos mais um
grande meio para educá-lo, pois essa palavra o impressiona muito, dado que tem para ele
apenas um sentido relativo à sua idade e que ele vê claramente a sua relação com o seu
bem-estar atual.
Pensando assim, cabe ao preceptor colocar ao alcance do aluno o que ele deve
aprender e fornecer meios de satisfazê-lo; como também é papel do educando procurar
desejar e encontrar o que lhe é útil e conseguir conhecer a si mesmo para compreender em
que consiste o seu bem-estar.
O ser humano deve formar sua personalidade de forma a ser um homem natural que
se satisfaz, tendo assim opinião própria e buscando se conhecer cada vez mais e não
satisfazer apenas as outras pessoas. Pois o período que constitui a adolescência é um
estado turbulento de mudanças.
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Assim, na fase adulta, a educação está voltada mais para a formação intelectual,
estética e moral, como também é importante ter conservado os bons hábitos da infância. A
esse respeito, Rousseau (2004, p. 636) diz o seguinte: “Se quiserdes prolongar pela vida
inteira o feito de uma boa educação, conservai ao longo da juventude os bons hábitos da
infância, e, quando nosso aluno for o que deve ser, fazei com que seja o mesmo em todos
os tempos; eis a última perfeição que vos está dar à vossa obra”. Portanto, para se alcançar
uma boa educação, faz-se necessário preservar os hábitos da infância, pois não é porque se
tornou adulto que excluirá estes hábitos de quando criança; ao contrário, deve-se mantê-
los.
querem impor à forma dele se comportar. Com isso observamos a importância de educar o
homem conforme a natureza, para que ele tenha a educação que lhe convém.
Assim, o indivíduo, nesta fase adulta, deve estar preparado para cumprir as suas funções
de homem, ou melhor, ser capaz de viver em liberdade, sem que fique dependente dos
homens, comprometendo sua felicidade.
DESCARTES E A EDUCAÇÃO
Mas, sendo assim, de onde se origina a diversidade de opiniões? Seria do fato de que
alguns serem mais racionais do que outros? Para Descartes, a diversidade de opiniões decorre
do direcionamento do pensamento e por não serem consideradas as mesmas coisas por todos,
indistintamente. Não haveria, a princípio, pessoas mais racionais que outras. Pois, seria
insuficiente ter o espírito bom, o importante seria aplicá-lo bem, se continuasse pelo caminho
reto (método), mesmo avançando devagar, sem desistir, poderiam avançar bem mais do que
aqueles que não persistiram.
Desde muito cedo Descartes foi instruído nas letras. Estava convencido de que, por
intermédio delas, poder-se-ia adquirir um conhecimento claro e seguro de tudo o que é útil na
vida. Porém, assim que terminou os estudos, mudou radicalmente de opinião pelo fato de
estar embaraçado em inúmeras dúvidas e erros, o que, pensava, não seria próprio ocorrer após
ter recebido instruções. Constatou que quanto mais tentava se instruir, descobria cada vez
mais a sua ignorância, apesar de ter estudado numa das mais célebres escolas da Europa, onde
imaginava que devia haver homens sábios, se é que havia em algum lugar da Terra.
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
pensamentos; que a eloquência possui forças e belezas incomparáveis; que a poesia tem
delicadezas e ternuras deveras encantadoras; que as matemáticas têm invenções bastante sutis,
e que podem servir muito, tanto para satisfazer os curiosos quanto para facilitar todas as artes
e reduzir o trabalho dos homens; que os escritos que tratam dos costumes contêm muitos
ensinamentos e muitos estímulos à virtude que são muito úteis; que a teologia ensina a ganhar
o céu; que a filosofia ensina a falar com coerência de todas as coisas e de se fazer admirar
pelos que possuem menos erudição; que a jurisprudência, a medicina e as outras ciências
proporcionam honras e riquezas àqueles que as cultivam; e, enfim, que é bom havê-las
examinado a todas, até mesmo as mais eivadas de superstição e as mais falsas, a fim de
conhecer-lhes o exato valor e evitar ser por elas enganado” (DESCARTES. 1999. p. 38).
Com isso, Descartes não abria mão das formas possíveis de conhecer a realidade. Uma
dessas formas merece destaque: a conversação com as pessoas mais qualificadas do passado,
que se estabelece com a leitura de bons livros.
Julgava já ter gasto bastante tempo com as línguas, como também com a leitura de livros
antigos, com histórias e fábulas. Entendia que o ato de viajar seria quase a mesma coisa que
conversar com os homens de outros séculos para saber alguma coisa dos hábitos de diferentes
povos. Assim, seria possível julgar os próprios hábitos mais justamente, a fim de não pensar
que tudo quanto é diferente dos próprios costumes seria ridículo e contrário à razão, como
muitos fazem sem conhecer.
Nesse sentido, a educação deve fazer a equalização entre o passado e o presente para
nortear o futuro. E mais, deve dar vazão à cultura que está próxima, sem afastar a
possibilidade de conhecer a de outros povos.
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Após dedicar-se por alguns anos em estudar assim o livro do mundo, e procurar
adquirir alguma experiência, tomou um dia a decisão de estudar também a si próprio e de
empregar todas as forças de seu espírito na escolha dos caminhos que iria seguir. E, isso,
garante Descartes, trouxe-lhe muito melhor resultado do que se nunca tivesse se distanciado
de seu país e de seus livros.
Descartes não tinha o propósito de ensinar o método que cada qual devesse seguir para
bem conduzir sua razão, mas somente mostrar de que modo se esforçou para conduzir sua
vida. Para ele, os que se aventuram a fornecer normas devem considerar-se mais hábeis do
que aqueles a quem as dão; e, se falham na menor coisa, são por isso censuráveis. Mas, não
tendo proposto o que foi escrito senão como uma história, ou, se preferissem, como uma
fábula, na qual, entre alguns exemplos que se pudessem imitar, encontrar-se-iam talvez
muitos outros que se teriam razão de não seguir, esperava que fosse útil a alguns, sem ser
danoso a ninguém, e que todos a final seriam gratos pela sua franqueza.
Em grande parte devido a esse método, que enfatizava como sabemos o que sabemos e não o
que é possível saber, geralmente se diz que a filosofia moderna começou com Descartes.
uma atitude de inquietação permanente diante dos fatos, considerando a verdade não como
algo definitivo, mas que se busca continuamente.
Anísio teve como base para sua proposta de educação o escolanovismo ou Escola
Nova, surgido em fins do século XIX, na Europa e no EUA. O movimento teve como base a
oposição aos métodos tradicionais de ensino em prol do movimento educacional renovador.
Na época, no Brasil, havia uma falha da capacidade de os intelectuais desenvolverem um
programa ou um ideal próprio e John Dewey dá essa base referindo-se ao respeito às
características individuais das pessoas fazendo-as, assim, ser parte integrante e participante da
sociedade.
A ideia deweyana era de que o sujeito com liberdade daria maior contribuição ao
coletivo e foi aplicada assim aqui no Brasil. E Anísio foi um de seus maiores seguidores. Para
ele a escola deveria ser o agente da contínua transformação e reconstrução social,
colaboradora da constante reflexão e revisão social frente à dinâmica e mobilidade de uma
sociedade democrática: "o conceito social de educação significa que, cuide a escola de
interesses vocacionais ou interesses especiais de qualquer sorte, ela não será educativa se não
utilizar esses interesses como meios para a participação em todos os interesses da sociedade...
Cultura ou utilitarismo serão ideais educativos quando constituírem processo para uma plena
e generosa participação na vida social".
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Para o educador o conhecimento das diferentes realidades escolares poderia dar início
a uma sociedade mais justa e igualitária. E diante disso a figura do professor contribuiria de
forma definitiva, pois formava o homem e permitiria sua relação com o mundo. Anísio foi
responsável, em 1961, por uma grande inovação quando formou a "Escola Parque", em
Salvador - escola-modelo onde as crianças, durante o dia todo, estudavam e aprendiam
ofícios, faziam dança, desenho, pintura, escultura, teatro, cinema, esporte, música etc. Ele
iniciou nesta escola o método de alfabetização de Iracema Meireles que ensina as crianças a
ler por meio de suas próprias atividades lúdicas e criadoras.
Sem os homens públicos que façam a máquina andar não há como expandir os
pensamentos modernos aos seus alvos (aqui de educador a educando). A diferença entre
Anísio Teixeira e Paulo Freire é que o primeiro era progressista enquanto o segundo liberal,
mas ambos lutaram para melhoria da educação. Anísio era um cientificista - pertencente à
concepção filosófica de matriz positivista que afirma a superioridade da ciência sobre todas as
outras formas de compreensão humana da realidade (religião, filosofia metafísica etc.), por ser
a única capaz de apresentar benefícios práticos e alcançar autêntico rigor cognitivo.
Apesar de ser um profissional público que ajudava a gerar a máquina para mover a
educação achava que jamais administração escolar poderia ser equiparada à administração de
empresa. Em educação o alvo supremo é o educando, a que tudo mais está subordinado; na
empresa, o alvo supremo é o produto material, a que tudo mais está subordinado.
Por tudo isso Anísio Teixeira se transformou em bem mais do que o nome de um
pavilhão da Unb e ganhou notoriedade de um lutador em defesa dos valores democráticos
para a educação dos brasileiros independentemente de raça, condição financeira ou credo.
Uma educação em escola pública da melhor qualidade para todos. E para a concretização
desses valores foi importante que ocupasse os cargos que ocupou onde defendeu a escola
pública, leiga, universal, gratuita e ótima para todas as crianças brasileiras. Anísio sonhou e
no seu sonho viu uma escola eficiente para o povo brasileiro.
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Marx acreditava que a educação era parte da superestrutura de controle usada pelas
classes dominantes. Por isso, ao aceitar as ideias passadas pela escola à classe dos
trabalhadores (que Marx denominava classe proletária) cria uma falsa consciência, que a
impede de perceber os interesses de sua classe. Assim, Marx concebia uma educação
socializada e igualitária a todos os cidadãos.
Marx não via com bons olhos uma educação oferecida pelo Estado-Nação burguês,
capitalista, basicamente por desacreditar no currículo que ela traria e na forma como seria
ensinado. Mesmo que tenha defendido a educação compulsória em 1869, Marx opunha-se a
qualquer currículo baseado em distinções de classe. Defendia a educação técnica e industrial,
mas não um vocacionalismo estreito, essas ideias tiveram um impacto posterior na educação,
especialmente no que diz respeito à educação tecnológica.
Um ponto forte do marxismo [1] como filosofia é que ela fornece uma visão da
transformação social e promove uma visão da ação humana determinada a levar adiante essa
transformação. Ela retrata um mundo onde as coisas não são fixas e luta por mudança. Por
essas características, o marxismo, muitas vezes, tem um apelo àqueles que se vêem como
oprimidos. Além disso, enfatiza um ideal de poder social para as classes menos favorecidas,
dessa forma, têm um forte elo para aqueles que vivem sob regimes ou em circunstâncias que
demonstram pouca preocupação com a classe mais pobre.
Todavia, todo e qualquer processo relacionado com a educação é lento, o que induz a
persistência e luta dos ideais, pois somente então poderá haver a concretização do saber
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
teórico com a prática, o que será motivo de muitas contradições e ao mesmo tempo de
aprendizagem, e isto, têm início em cada um de nós.
Hoje em dia, a educação ainda pode ser usada para sobrevivência, mas também ajuda
proporcionar um melhor uso do tempo dando maior refinamento à vida social e cultural. O
homem depende da educação e ela está presente no seu cotidiano. Porém, existem diferentes
concepções de educação e diferentes modelos. Sua prática vai além da escola e abrange desde
sociedades primitivas até as sociedades mais desenvolvidas e industrializadas.
Pela educação o ser humano aprende como se criam e recriam as invenções de uma
cultura em uma sociedade. Cada povo, cada cultura, apresenta sua educação. Ela pode ser
imposta por um sistema centralizado de poder ou existe de forma livre entre os grupos. Pela
educação se pensa tipos de homens, pois ela existe no imaginário das pessoas e na ideologia
dos grupos sociais, cuja missão é transformar sujeitos e mundos em algo melhor a partir da
imagem que se tem uns dos outros (Brandão, 1984).
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
dentro de um sistema, perdendo apenas para a mídia que é acessada por muito mais pessoas
do que o sistema educativo.
Reinventar a educação é urgente além de que é preciso dessacralizá-la para se crer nela
e acreditar ainda que, diferentes tipos de homem criam diferentes tipos de educação. Mais do
que poder, a educação atribui compromissos entre as pessoas, a educação da comunidade, da
escola, a oposição entre a educação-de-educar e a educação-de-instruir, a passagem da
aprendizagem coletiva para o ensino particular, o controle do Estado, faz lembrar a educação
grega.
Para promover educação para uma sociedade em mudança, é necessário saber que se
educa para a mudança, como parte e resultado dela. Educa-se não só para que o indivíduo
desempenhe melhores os mesmos e antigos papéis, mas, sobretudo, para que se desempenhem
novos papéis em uma sociedade que se renova, tornando os indivíduos os próprios fatores
conscientes da renovação social e para que se saiba que um processo de mudança social exige
a mudança da estrutura social, para que assim se possa atender às novas e crescentes
exigências do homem numa sociedade emergente.
Como entender que nunca a humanidade teve tanta capacidade científica e técnica para
satisfazer as necessidades humanas e chegamos ao novo século com mais da metade da
população excluída? Da mesma forma, a escola não tem recursos para utilizar-se desses meios
inovadores na educação para trabalhar com as exigências da atual sociedade.
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CURSO DE PEDAGOGIA
Os filósofos educacionais, independentes de sua teoria particular, sugerem que a solução para
os nossos problemas pode ser mais bem alcançada por meio de um pensamento crítico e
ponderado sobre a relação entre mudanças perturbadoras e as ideias resistentes (Ozmon e
Craver, 2004).
A mudança é um processo que vai se construindo aos poucos, de acordo com o nível
de desenvolvimento de cada sociedade, como consequência das mudanças de maneiras para
suprir suas necessidades, o homem muda também os padrões de cultura no decorrer dos anos,
porém: “muda a sociedade e somente mais tarde muda a educação” (Libâneo, 1998:153).
A busca por alternativas para o desafio de uma educação de qualidade tem sido
atualmente tema de muitas pesquisas no âmbito educacional. A prática de propostas
educacionais atuais destoa daquilo que habitualmente se refere como discurso de valorização
para uma educação completa e crítica. Há uma necessidade de ampliarmos o debate sobre
como dinamizar as potencialidades das instituições educacionais a fim de propor mudanças no
sistema educacional que se encontra fragmentado e ineficaz. Nossa investigação tem o foco a
reflexão sobre os objetivos educacionais da Pedagogia Progressista, refere-se às inquietações
de Paulo Freire e outros autores que elaboraram propostas de ensino que podem se tornar
parte da construção de uma educação com propósitos para uma formação mais completa aos
estudantes brasileiros do ensino médio.
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
dialética dos fenômenos sociais seja explicada e entendida para além do senso comum, uma
síntese que favoreça a leitura das sociedades à luz do conhecimento científico.
Sob essa perspectiva, o professor atua como educador e também sujeito do processo,
estabelece uma relação horizontal com os alunos e busca no diálogo sua fonte empreendedora
na produção do conhecimento. O professor assume o papel de mediador entre o saber
elaborado e o conhecimento a ser produzido. É importante ensinar aos alunos que as
estruturas de um determinado espaço social variam de uma sociedade para outra e numa
mesma sociedade, pois ela reflete as condições econômicas, políticas, sociais e culturais das
sociedades em um determinado contexto, e ela está sempre em construção, por isto o cenário
ideal não existe em nenhuma parte do mundo (FREIRE, 2005).
Atualmente, como reflete Behrens (2005), o aluno adquire uma visão fragmentada não
somente da realidade, mas de si mesmo, dos valores e dos seus sentimentos. A tendência
acentuada nas escolas do ensino médio tem caminhado no sentido de serem cada vez mais
tecnicista, com a finalidade única e específica de preparação para os exames e avaliações do
sistema nacional, principalmente os vestibulares. Para Behrens: A visão fragmentada levou os
professores e os alunos a processos que se restringem à reprodução do conhecimento [...]. A
ênfase do processo pedagógico recai no produto, no resultado, na memorização do conteúdo,
restringindo-se em cumprir tarefas repetitivas que muitas vezes, não apresentam sentido ou
significado para quem as realiza (2005, p. 23).
Essa pedagogia foi dando origem a propostas que ora se centraram nos conteúdos, ora
nas atividades, sem nunca contemplar uma relação entre aluno e conhecimento que
verdadeiramente integrasse conteúdo e método, de modo a propiciar o domínio intelectual das
práticas sociais e produtivas. Em decorrência, a seleção e a organização dos conteúdos sempre
tiveram por base uma concepção positivista de ciência, uma concepção de conhecimento
rigorosamente formalizada, linear e fragmentada, em que a cada objeto correspondia uma
especialidade, a qual, ao construir seu próprio campo, se automatizava, desvinculando-se das
demais e perdendo também o vínculo com as relações sociais e produtivas.
Isto ocorre porque o modo de organização tecnicista exige uma escola que articule
uma formação do aluno para o sistema produtivo. A sociedade capitalista com a emergência
de uma realidade orientada por uma lógica de mercado, passaram à escola e ao trabalho, a se
restringirem apenas às tarefas estanques, sem a consciência do processo social como um todo
e do produto de suas ações. Em contraposição a isto, um dos pressupostos da Pedagogia
Progressista é instigar uma busca pela reaproximação do todo, superando a fragmentação do
ensino e a simples reprodução do conhecimento, uma ação pedagógica que leve à produção do
conhecimento que busque a formação de um sujeito crítico e inovador. Para isso, o professor
deve questionar e induzir seus alunos à crítica da realidade circundante abrindo espaço para a
democratização do saber. Segundo Freire (1997, p.81): “Ensinar é a forma que toma o ato do
conhecimento que o(a) professor(a) necessariamente faz na busca de saber o que ensina para
provocar nos alunos o seu ato de conhecimento também”. Behrens (2005, p.74) complementa:
“[...] é pela atuação do professor na prática cognoscente que os educandos vão se tornando
sujeitos críticos”.
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Freire (1992) constrói seu pensamento em favor de uma sociedade mais justa e
igualitária, de uma formação crítica e consciente aos estudantes. Em relação a isto, é
interessante observar a forma como ele constrói e articula suas ideias, nos perguntamos sobre
o que está sendo lido e simultaneamente nos questionamos com a realidade vivida. Consegue
condensar de forma simples e permeada de significados vários sentimentos de estranhamento
que se encontram nas mais diversas instituições de ensino, o autor enfatiza a necessidade de
uma reflexão crítica sobre a prática educativa, sem a qual a teoria pode se tornar apenas
discurso e a prática uma reprodução alienada, sem questionamentos. Sob esse viés, a teoria
deve ser adequada à prática cotidiana do professor, que passa a ser um modelo influenciador
de seus educandos. A prática da crítica deve estar ao lado da valorização das emoções.
O professor, para Freire (1997, p.15-18) deve ensinar a “pensar certo”, sendo a prática
educativa em si um testemunho rigoroso. Para Freire (1997, p.34), faz parte do pensar certo a
"[...] disponibilidade ao risco, a aceitação do novo e a utilização de um critério para a recusa
do velho", estando presente a rejeição a qualquer forma de discriminação. Destaca a
importância de propiciar condições aos educandos, em suas socializações com os outros e
com o professor, de testar a experiência de assumir-se como um ser histórico e social, que
pensa, que critica, que opina, que dialoga. Para isso, exige-se a necessidade dos educadores
criarem condições para a construção do conhecimento pelos educandos como parte de um
processo em que o professor e o aluno não se reduzam à condição de objeto um do outro,
porque ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria
produção ou a sua construção (FREIRE, 1997).
Nesse sentido, problematizar a realidade social vivida, por essência, é uma forma de
intervenção no mundo, uma tomada de posição e decisão, por vezes, até uma ruptura com o
passado e o presente. Em uma análise sociológica, o homem não pode apenas tentar se pôr no
lugar daquele que está falando e deste modo pensar e ver toda a complexidade do espaço
social a partir apenas deste ponto de vista. Não basta conhecer os fatos sociais formalmente, é
preciso entender as relações que regem determinada conjuntura, devemos ir para além das
aparências.
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
docente, acredita que a disciplina verdadeira não está no silêncio dos silenciados, mas no
alvoroço dos inquietos, o que implicaria na autoridade verdadeiramente democrática. Na visão
de Freire (1997), o educador deve exercer sua autoridade e sua liberdade. Liberdade esta que
deve ser vivida em sua totalidade com a autoridade em uma relação dialética, centrada em
experiências estimuladoras de decisão e responsabilidade.
Freire (1997), salienta que a educação tem a política como uma característica inerente
à sua natureza pedagógica, e alerta para a necessidade de nos precavermos dos discursos
ideológicos, dos quais a educação também faz parte, pois ameaçam confundir a curiosidade,
além de distorcer e fragmentar a leitura e interpretação dos fatos e acontecimentos. Isso não
significa que o educador deva apresentar postura neutra, pois é um ser histórico, político,
pensante, crítico e emotivo.
Como eixo norteador de sua prática pedagógica, Freire (1992, p.38), defende que
"formar" é muito mais que formar o ser humano em suas destrezas, atentando para a
necessidade de formação ética dos educadores, conscientizando-os sobre a importância de
estimular os educandos a uma reflexão crítica da realidade vivida.
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Para um professor realizar o trabalho dentro de uma sala de aula, ele precisa possuir o
conhecimento sobre o tema a ser trabalhado, selecionar bibliografias, preparar
antecipadamente as aulas e pensar método de ensino a ser aplicado. É fundamental a adoção
de múltiplos instrumentos metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos
pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da
lógica dos textos, a análise, a discussão, a pesquisa de campo e bibliografia ou outros. É
importante que o professor não leve ao aluno uma interpretação fechada, e sim, os relatos, os
dados pertinentes para o conhecimento.
Os temas estão inseridos na realidade das pessoas, são oriundos de debates sociais.
Fazemos parte da história local, nacional e universal. O homem é estabelecido na relação
social, o conhecimento do aluno é uma vantagem, porém ele é limitado. A sociedade não se
opõe ao indivíduo, pelo contrário, ela existe subjetivamente no indivíduo, os próprios
professores constantemente reproduzem e reafirmam os preconceitos e estereótipos sobre a
sua profissão e atuação, reproduzem uma realidade que aparentemente se nega (FREIRE,
1981, p. 15-25).
Ao pensar especificamente nos alunos, muitas vezes esses vêem de famílias carentes e
não possuem um referencial na família a respeito de uma sólida educação, o que não quer em
nenhum momento dizer que eles não tenham potencial, pelo contrário, muitas vezes precisam
apenas de oportunidades, que lhes são geralmente negadas. É evidente que nestes locais
surgem alunos que conseguem vencer nos vestibulares, porém este número é muito inferior ao
que se pode considerar como um índice satisfatório. Aliado a isto, as escolas são permeadas
de medidas burocráticas de todo o tipo, que inviabilizam uma alternativa ao ensino tecnicista,
ou a busca de novos métodos.
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Sendo assim, ao pensar na realidade dos alunos, para eles, diante do peso que é o
vestibular, é mais importante uma matéria que seja recorrente e caia nos exames, do que mais
uma nova experiência de ensino que pode dar certo ou não.
Octávio Ianni (1985) estabelece que o problema preliminar que se coloca no trabalho
do professor é procurar mobilizar o conhecimento que o aluno já dispõe, e, ao mesmo tempo,
procurar levá-lo a novos horizontes. Seria uma ingenuidade acreditar que os alunos não sabem
nada sobre a realidade a qual pertence. Os meios de comunicação informam as pessoas dos
mais variados temas, apesar de muitas vezes reproduzirem o conhecimento do senso comum.
Além disso, os temas trabalhados pelos sociólogos muitas vezes fazem parte do universo
cotidiano de todos. O professor deve trabalhar fatos, dados e relações, sem pôr em questão
autoridades como famílias, crenças e religiões. Segundo Ianni (1985) “Precisa trabalhar a
partir do conteúdo da matéria e não colocar em questão essas autoridades, porque isso seria
evidentemente uma tarefa muito desigual e não é aí que está o problema”.
O homem não está alheio ao seu tempo histórico, o agente não constrói
individualmente a si mesmo, por isso devemos produzir uma reflexão da realidade como um
todo. Neste contexto em que o ideário neoliberal incorpora, dentre outras, a categoria de
autonomia, é preciso também atentar para a força de seu discurso ideológico e para as
inversões que podem operar no pensamento e na prática social ao estimular o individualismo
e a competição. Sendo assim, para propor mudanças é preciso uma prática de vigilância
constante e contínua contra toda e qualquer prática de desumanização. Não é possível ao
sujeito ético viver sem estar permanentemente exposto a transgressão da ética, temos então de
aprender a fazer uma auto-reflexão crítica permanente. Como pondera Freire (2000, p. 23):
“A Histórica é um tempo de possibilidades e não de determinação”.
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
As tendências pedagógicas não são inatas, são oriundos de conflitos e debates, das
contradições sociais, são originadas num determinado momento histórico, tendo que durante a
sua trajetória aperfeiçoá-las ou mesmo substituí-las, são as relações sociais que constituem o
ser social em qualquer contexto. A estrutura social está sempre em movimento, que se
desdobra e se especifica, se revela em relações, processos e estruturas. A sociedade não está
dada e pronta e definitiva. Para alguns interessa que ela se mantenha como está, para outros,
há o desejo que ela se modifique. Nas palavras de Bourdieu (1997, p. 20): “Apenas
conhecendo as leis específicas do campo é que podemos compreender as mudanças nas
relações entre os agentes”.
É necessário reduzir a distância entre o que se diz e o que se faz de forma que a fala
seja o reflexo da prática, enfatizamos que as teorias são importantes, no entanto cabe ao
professor construir sua didática, embasado nelas, lembrando que elas são elementos
norteadores e não "receitas" prontas. Freire (1997) nos provoca continuamente a sermos
coerentes em nossas atitudes.
A leitura de Freire (1997) nos inspira na busca de uma educação pautada no respeito
humano que na partilha de saberes possa construir novas ideias, ampliar e refutar saberes
antigos. Deve-se enxergar em meio às contradições de um sistema de ensino desigual e
injusto, alternativas para a superação, pois assim, criaremos condições de emancipação. Não
existe uma solução única e simples para resolver os problemas educacionais. Faz-se
necessário problematizar nossas questões no sentido de não esconder ou camuflar as
diferenças, de não aceitar o consolo da falsa consciência. Deve-se procurar o conhecimento
sobre a experiência concreta do vivido, nas práticas culturais de determinada sociedade; na
formalização dessa prática em produtos simbólicos; nas estruturas sociais que influenciam a
foram de ser da educação.
A RACIONALIDADE E A EDUCAÇÃO
A educação é, por sua origem, seus objetivos e funções um fenômeno social, estando
relacionada ao contexto político, econômico, científico e cultural de uma sociedade
historicamente determinada.
Conforme Álvaro Vieira Pinto (1989, p.29), “a educação é o processo pelo qual a
sociedade forma seus membros à sua imagem e em função de seus interesses”. De tal
conceito, pode-se deduzir que, não obstante a educação ser um processo constante na história
de todas as sociedades, ela não é a mesma em todos os tempos e em todos os lugares, e se
acha vinculada ao projeto de homem e de sociedade que se quer ver emergir através do
processo educativo.
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Entende-se, pois, que para que os desafios que atualmente se apresentam à educação e
às instituições formais de ensino sejam devidamente equacionados, faz-se necessário uma
breve retrospectiva histórica, situando e analisando os paradigmas vigentes na sociedade,
tomando como ponto de partida as transformações que caracterizam a Idade Contemporânea.
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quantificar, dividir e classificar, devendo o pesquisador ser neutro, imparcial, analisando seu
objeto de estudo segundo critérios de máxima objetividade.
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CURSO DE PEDAGOGIA
igualdade e propriedade), nada mais do que garantias para o individualismo e jamais para a
emancipação humana.
Posteriormente, a Teoria Crítica, em especial Theodor Adorno (1995) irá retomar essa
problemática da emancipação e relacioná-la no contexto educacional. Segundo o autor, a
proposta kantiana de esclarecimento permanece ainda válida, pois é fundamental ter em vista
que a construção de um sujeito racional e livre é condição de possibilidade de uma sociedade
democrática. O que Adorno propõe é superar a concepção idealista e individualista de
emancipação (enquanto autonomia do indivíduo) e ampliá-la a toda a sociedade, a fim de
construir coletivamente um conhecimento objetivo que supere a instrumentalidade e
fragmentação científica, sendo possível assim desvelar os mecanismos de dominação e de
alienação social.
Toda essa tradição filosófica, que reflete sobre a necessidade de construir um ser
humano esclarecido para uma sociedade emancipada, é referenciada também por Paulo Freire
(2005), que, voltando-se especificamente para a educação latino-americana, constrói uma
teoria pedagógica fundamentada nos valores humanistas, na perspectiva de transformação
social. A partir do reconhecimento da condição do ser humano enquanto responsável pela sua
própria construção histórica, Freire estabelece que os indivíduos mais desfavorecidos, os
oprimidos, coletivamente organizados, através do desvelamento crítico da realidade, podem
transformar suas existências concretas, libertando-se da opressão.
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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Segundo Kant, “autonomia da vontade é aquela sua propriedade graças à qual ela é
para si mesma a sua lei [...] O princípio da autonomia é portanto: não escolher senão de modo
a que as máximas da escolha estejam incluídas simultaneamente, no querer mesmo, como lei
universal” (KANT, 2007, p. 85). A autonomia é o que constitui propriamente o sujeito
racional do iluminismo, mas ela por si só não garante a emancipação humana, esta depende da
vontade de toda uma coletividade, racionalmente esclarecida e livre para manifestar seu
pensamento. A moralidade depende da autonomia racional do sujeito, a emancipação depende
de uma coletividade educada para o esclarecimento. A emancipação humana, enquanto
esclarecimento é, sobretudo em Kant, uma categoria política.
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CURSO DE PEDAGOGIA
A filosofia kantiana não está isolada de seu tempo. O século XVIII é o século das
luzes, onde a educação ganha importância fundamental. Isso porque o Iluminismo estabelece
a educação como formadora do ser humano. A existência humana depende, para constituir-se
como tal, de uma educação emancipadora. A educação adquire o significado não somente de
transmitir habilidades e competências, mas de instruir para o exercício da cidadania, mais
ainda, de formar a própria natureza humana.
A filosofia da educação esclarecida prima por fortalecer uma ideia do sujeito – criação
do homem por ele mesmo – formar e transformar sua natureza. Para levar a efeito tão grande
tarefa, os educadores centram seus esforços na formação moral do indivíduo. (MENEZES,
2000, p. 114).
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CURSO DE PEDAGOGIA
Entendo por barbárie algo muito simples, ou seja, que, estando na civilização do mais
alto desenvolvimento tecnológico, as pessoas se encontrem atrasadas de um modo
peculiarmente disforme em relação a sua própria civilização — e não apenas por não terem
em sua arrasadora maioria experimentado a formação nos termos correspondentes ao conceito
de civilização, mas também por se encontrarem tomadas por uma agressividade primitiva, um
ódio primitivo ou, na terminologia culta, um impulso de destruição, que contribui para
aumentar ainda mais o perigo de que toda esta civilização venha a explodir, aliás uma
tendência imanente que a caracteriza. Considero tão urgente impedir isto que eu reordenaria
todos os outros objetivos educacionais por esta prioridade. (ADORNO, 1995, p. 155).
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[...] a organização social em que vivemos continua sendo heterônoma, isto é, nenhuma
pessoa pode existir na sociedade atual realmente conforme suas próprias determinações;
enquanto isto ocorre, a sociedade forma as pessoas mediante inúmeros canais e instâncias
mediadoras, de um modo tal que tudo absorvem e aceitam nos termos desta configuração
heterônoma que se desviou de si mesma em sua consciência. É claro que isto chega até às
instituições, até à discussão acerca da educação política e outras questões semelhantes. O
problema propriamente dito da emancipação hoje é se e como a gente — e quem é "a gente",
eis uma grande questão a mais — pode enfrentá-lo. (ADORNO, 1995, pp. 181-182).
Essa nova forma de entender a relação do sujeito com a realidade, enquanto sujeito
crítico que não se submete a cultura dominante, servirá de fermento para uma nova concepção
de educação popular e libertadora, que irá reconhecer no indivíduo oprimido pela organização
social heterônoma, o agente transformador dessa mesma sociedade, a partir da compreensão
crítica da opressão que está submetido, recriando sua maneira de pensar (ler) o mundo.
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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PLANO DE ENSINO
INFORMAÇÕES GERAIS
Pedagogia A1 2017/1
60 horas
EMENTA
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EMENTA:
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
METODOLOGIA DE ENSINO
Aulas expositivas e dialogadas mediadas pelo docente com plena participação discente. A
disciplina será desenvolvida ainda mediante previa leitura do material bibliográfico sugerido
como mecanismo de fundamentação teórica para os debates propostos. Elaboração de textos
individuais (relatórios, resumos, comentários, artigos, fichamentos). Preparação e realização
de seminários, verificação de conhecimento subjetiva, memorial, pesquisa escolar, entre
outros. Aulas através de exposições utilizando data-show, debates, seminários, vídeos e
pesquisas.
AVALIAÇÃO
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Aplicação de Atividades
Avaliativa para N1 sobre todos
01/03/2017 2,0
os conteúdos estudado. 2.0
N1 pontos.
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TOTAL 10,0
2,0
N2 Apresentação de Seminário
sobre conteúdos proposto no
24/05/2017 2,0
valor de 2.0 pontos para N2.
TOTAL 10,0
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
4. GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo; CASTRO, Susana de. A nova filosofia da educação. Barueri:
Manole, 2013
5. NISKIER, Arnaldo. Filosofia da Educação. 2. ed. São Paulo, SP: Ed. Loyola, 2001.
6. SILVA, Divino Jose da; PAGNI, Pedro Angelo. Introduçao a filosofia da educaçao. São Paulo:
Avercamp, 2007
LEITURAS COMPLEMENTARES
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
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CURSO DE PEDAGOGIA
6. BRACHT, Valter; Almeida, Felipe Q. DE. Emancipaçao e diferença na educaçao. Campinas, SP:
Autores Associados , 2006
7. LUCKESI, Carlos Cipriano. Filosofia da Educação. 18.ed. São Paulo: Cortez 2011.
8. DILTHEY, Wilhelm; Amaral, Maria Nazare De Camargo Pacheco. Filosofia E Educaçao. São Paulo:
Edusp, 2011.
9. PAIVA, Vanilda Pereira. Historia Da Educaçao Popular No Brasil. 7.ed. São Paulo: Loyola, 2015.
10. GAARDER, J. O mundo de Sofia: romance da história da filosofia. São Paulo: Companhia das
Letras, 2002.
CRONOGRAMA DE AULAS
DATA CONTEÚDO
24/05/2017 Apresentação de Seminário sobre conteúdos proposto no valor de 2.0 pontos para N2.
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