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METODOLOGIA DO ENSINO DA FILOSOFIA

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Sumário

NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2

INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3

O que é a filosofia .................................................................................... 4

Filosofia, Educação Básica e Cidadania .................................................. 8

Saber filosófico e cidadania ..................................................................... 9

Ensino da filosofia .................................................................................. 11

A história da filosofia e o desenvolvimento da consciência crítica. ........ 15

A importância do ensino da filosofia para crianças no ensino fundamental


............................................................................................................... 19

A importância de ensinar filosofia no ensino médio ............................... 21

A filosofia como um recurso no processo de ensino e aprendizagem ... 24

CONCLUSÃO ........................................................................................ 30

REFERÊNCIA ........................................................................................ 31

1
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO

O ensino de filosofia deve ser produção de filosofia como o fazem os


filósofos, portanto o professor de filosofia deve ser filósofo. O ensino da
disciplina filosófica no pensamento leva à criação de parâmetros filosóficos para
o jovem criar a si e ao mundo de forma original e autônoma.

A filosofia como especulação busca conhecer tudo o que existe no


universo, ou seja, o todo da realidade. Os filósofos não se contentam como os
cientistas em estudar apenas uma parte do todo, pois sabem que o homem
impulsionado pela curiosidade intelectual e pelo desejo de ordem busca
compreender a soma das coisas, das quais cada indivíduo é apenas uma
parcela.

A Filosofia prescritiva ou normativa diz respeito aos valores e ideais. Ela


examina o que se entende por bom ou mau, certo e errado, belo e feio e também
analisa se essas qualidades são inerentes às próprias coisas ou se são,
simplesmente, projeções das nossas próprias mentes

Assim, entende-se que a ciência estuda apenas as coisas que, no homem,


podem ser quantitativamente medidas, ou seja, ela estuda os aspectos da
natureza humana de forma objetiva e empírica. Somente a Filosofia busca
compreender a natureza humana como um todo, inclusive os aspectos morais
de sua natureza.

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O que é a filosofia

A filosofia busca estudar e entender as questões gerais e fundamentais


relacionadas à natureza da existência humana. Isso inclui falar da moral, do
conhecimento, da estética, da mente e do universo em geral.

O estudo dessas questões essenciais para humanidade tem


como objetivo a busca de uma maior compreensão da realidade. E além disso:
de como o ser humano se relaciona com o mundo.

Ao contrário da religião e da mitologia, a filosofia é trabalhada através da


argumentação racional. Porém, não chega a ser considerada ciência, já que não
usa procedimentos empíricos em seus estudos.

Segundo o filósofo e educador brasileiro, Mário Sérgio Cortella, em sua


coluna na Rádio CBN, o atual sentido de ciência, como um estudo matematizado
e que passa por experimentos para ser provado, faz com que a filosofia deixe de
ser considerada uma ciência para ser categorizada como um saber, já que é
mais racional do que empírica.

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Mesmo assim, a filosofia é considerada até hoje a mãe de todas as
ciências. Por ela ser um produto de questionamento, acabou sendo o estopim
para o surgimento da matemática e da astronomia por exemplo.

 Etimologia

A palavra filosofia vem do grego, philosophia (Φιλοσοφία). Philo vem


de philia (φιλια), que significa amizade ou amor fraterno. Já sophia (σοφία ou
Σοφία), vem de sophos (σοφός), que traduzido para nossa língua exprime
sabedoria.

O vocábulo filosofia significa amor pelo conhecimento, pela sabedoria ou


pelo saber. O filósofo vai além daquele que possui uma formação superior na
área. Isso porque nada mais é do que aquele que ama o saber.

O termo filosofia, foi criado pelo filósofo e matemático Pitágoras de


Samos (570 a.C – 490 a.C). Ele foi um importante pensador pré-socrático.

 Filosofia na história

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Quando se fala de filosofia, existem duas grandes escolas: a filosofia
oriental e a ocidental.

O primeiro filosofo ocidental que se tem conhecimento, é Tales de


Mileto (623 a.C – 528 a.C).

Infelizmente, sabe-se muito pouco sobre Tales. Isso porque boa parte dos
seus escritos se perderam com o tempo. Suas ideias filosóficas só são
conhecidas graças aos trabalhos de filósofos posteriores, como Aristóteles por
exemplo.

Apesar de Tales de Mileto ser considerado o primeiro, quando se fala de


filosofia ocidental, os principais pensadores citados são Sócrates e o seu pupilo,
Platão.

A filosofia oriental, apesar de não ser tão mencionada nas escolas, é


praticada e admirada por muitos. Algumas das suas principais escolas
são: confucionismo, taoismo e budismo.

 Filosofia no Brasil

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As atividades sobre reflexão filosófica foram trazidas ao Brasil pelos
padres jesuítas, no século XVI.

Um dos primeiros a utilizar a expressão “filosofia no Brasil”, foi o sergipano


Silvio Romero, em seu livro A filosofia no Brasil (1878). Em 1908, o país ganhou
a sua primeira faculdade de filosofia, a Faculdade de São Bento.

Em 1961, o presidente João Gourlat (PTB), sancionou a lei 4.024/61, que


tirou a obrigatoriedade da disciplina ser lecionada nas instituições de ensino
médio.

O ensino passou a ser retomado a partir de 1990, mas somente durante


o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ensino da disciplina voltou
a ser obrigatório.

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Filosofia, Educação Básica e Cidadania

A Filosofia sempre foi tratada no âmbito da educação básica brasileira


como produto requintado, acessível à elite. Decantada nos discursos oficiais,
mas maltratada na prática educativa, sua história é marcada pela exclusão. Já
no período jesuítico, entre 1553 e 1758, só os colonos brancos podiam estudá-
la. Enquanto isso, índios, negros, mestiços e pobres recebiam uma educação
catequético-religiosa de segunda ordem. A partir daí, as “reformas” havidas no
ensino passarão a responder pelo seu constante vai-e-vem n currículo escolar.

Em 1891, por exemplo, Benjamim Constant não a privilegiou em sua


reforma educacional. Já em 1901 a Reforma Epitácio Pessoa introduziu a
disciplina de lógica no último ano do ensino secundário. A Reforma Rivadávia,
de1991, nem se referiu à Filosofia. Realizada em 1915, a Reforma Maxiamiliano
previu cursos facultativos de lógica e história da filosofia, mas esses nunca
chegaram a se concretizar. Com a Reforma Rocha Vaz, em 1925, ocorrida sob
o clima das idéias liberais, a Filosofia reapareceu como disciplina obrigatória no
quinto e no sexto anos do ensino secundário. Em 1932, a Reforma Francisco
Campos dividiu o ensino secundário em ciclos: o fundamental e o complementar,
com cinco e dois anos respectivamente, sendo a Filosofia introduzida apenas no
currículo do segundo ciclo.

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De 1942 a 1958 a Filosofia teve seus programas constantemente
alterados. Em 1961, ano em que tem início a vigência da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional de número 4.024, por não atender a objetivos
burocrático-tecnicistas da nova concepção de educação, a Filosofia é excluída
da educação básica. Em 1969, quando esse expurgo é regulamentado,
atendendo a princípios de acordos celebrados entre Brasil e Estados Unidos,
disciplinas como Educação Moral e Cívica passam a ocupar o lugar da Filosofia.

Até 1980 a Filosofia não se fez presente na educação básica, salvo


honrosas exceções. De 1985 para cá, estão acontecendo ensaios diversos de
introdução da Filosofia nos hoje ensino fundamental e médio. A Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, de 1996, previu genericamente a volta da
Filosofia, ao menos no ensino médio. Recentemente, o Ministério da Educação,
a Câmara dos Deputados e o Senado Federal emitiram documentos nos quais
estabelecem a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e de Sociologia no ensino
médio. Vê-la efetivamente implementada e contribuindo para a constituição de
uma cultura filosófica no âmbito da educação formal ainda parece ser um
desafio.

Saber filosófico e cidadania

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Não se trata de despreparo, muito menos de inaptidão. O problema é
outro e relaciona-se às condições reais de vida que se tem em nosso país. Se
as pessoas vivessem condignamente, grande parte dos problemas educacionais
estariam resolvidos, inclusive o que se refere ao acesso à Filosofia. Porém, a
questão da vida digna, como condição de possibilidade do exercício da
cidadania, ainda é um problema que o capitalismo vigente em nosso país não é
capaz de resolver.

Ora, sem apropriar-se de bens materiais, simbólicos e sociais o homem e


a mulher não se fazem plenamente humanos e têm sua dignidade
comprometida, o que lhes coloca numa situação de não-cidadania. Ora, a
Filosofia, bem socialmente produzido, parte do patrimônio simbólico que não

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pode ser tratado como um pertence estritamente pessoal, deve estar ao alcance
de todos os estudantes, de todos os níveis. Mais: deve estar ao alcance de todos
os cidadãos, uma vez que contribui para a educação que humaniza o homem e
a mulher.

Dessa maneira, sob o saber filosófico nenhum preconceito pode abrigar-


se. Mais: condicioná-lo a “pré-requisitos” como os aludidos anteriormente é
perverter na raiz sua natureza de saber instituinte e que pode potencializar a
liberdade. Ademais, apropriar-se da Filosofia é um direito inalienável de todo
indivíduo, muito mais o será dos estudantes da educação básica de nosso país.

Ensino da filosofia

Se examinar algum manual de introdução a Platão, a Aristóteles ou a


qualquer outro filósofo verá que as preocupações essenciais de seus autores
são três. Primeira, reconstituir o quanto possível a unidade sistemática do
pensamento do filósofo, expondo-a numa ordem lógica mais direta do que aquela

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que se encontra nos seus escritos. Segunda, assinalar as mudanças de rumo
eventualmente observadas na evolução intelectual do filósofo em direção a essa
unidade. Terceira, relacionar de algum modo o pensamento dele à cultura e à
sociedade do “seu tempo”. O sistema filosófico é assim enfocado sob três
aspectos: sua estrutura lógica, a história da sua formação e suas raízes no
ambiente humano em torno.

Essas três coisas são importantes, mas há um porém: você pode estudá-
las pelo resto dos seus dias e não chegar a compreender grande coisa da
filosofia do filósofo, ao menos tal como ele próprio a compreendia.

O problema é que essas modalidades de estudo tomam a filosofia de


fulano ou beltrano como objeto de sua investigação, ao passo que nenhuma
filosofia surgiu como objeto de investigação de si própria e sim como canal para
a investigação de alguma outra coisa.

Aristóteles jamais estudou “filosofia de Aristóteles”. Estudou os meteoros,


a fisiologia animal, o funcionamento da psique, a estrutura do discurso, os
princípios da validade do saber, a organização das sociedades políticas, as
metas da vida humana, a constituição do universo e a natureza de Deus.

Se não olhar diretamente para essas coisas, tirando suas próprias


conclusões e comparando-as com as de Aristóteles, pouco entenderá destas
últimas. Sua visão de Aristóteles será tão falseada quanto a de alguém que
quisesse julgar a narração de uma partida de futebol sem levar em conta se ela
corresponde ou não ao que efetivamente se passou no campo.

Toda filosofia, afinal, não é mais que a exposição de um conjunto de atos


intelectivos realizados por um indivíduo que queria saber alguma coisa sobre
algo que, decididamente, não era a sua própria obra filosófica. Só a
revivescência pessoal desses atos, com foco nos mesmos alvos a que se
dirigiam originariamente, permite apreender a filosofia in statu nascendi, isto é,
não como produto cultural acabado, estratificado, congelado, mas como
atividade real e vivente da inteligência humana no confronto com os dados da
realidade.

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Fora disso, pode-se aprender algo sobre filosofia, mas não aprender
filosofia.

É claro que, de vez em quando, será preciso retornar dos objetos da


filosofia à própria filosofia tomada como objeto, para averiguar se as conclusões
do filósofo conferem com outras conclusões enunciadas por ele em outras partes
do seu sistema, ou se estão em acordo ou desacordo com as teorias de outros
filósofos. Mas é evidente que esta é uma atividade apenas de controle, de
importância derivada e secundária. Esse controle é como olhar no espelho
retrovisor: é uma coisa útil para você dirigir um automóvel, mas ninguém pode
dirigir um automóvel mantendo a atenção fixa no espelho retrovisor o tempo todo,
sem nunca olhar para a frente.

Ou a filosofia é um saber, ou é apenas uma atividade lúdica sem


propósito.

Se ela é um saber, é um saber a propósito de algum objeto que,


evidentemente, não pode ser somente ela mesma.

Os antigos estavam mais conscientes disso do que os modernos


estudiosos de filosofia. Por isso preocupavam-se pouco com os sistemas
filosóficos enquanto tais, seja considerado do ponto de vista estrutural, seja
evolutivo, seja cultural e sociológico, mas buscavam sobretudo testar, no
confronto com os objetos, a veracidade ou a falsidade do que esses sistemas
diziam a respeito. Esse método pode parecer ingênuo e primitivo desde o ponto
de vista das técnicas eruditas altamente sofisticadas que hoje se empregam para
estudar filosofia. Mas nenhum acúmulo de técnicas e de sofisticação pode
substituir uma atitude cognitiva apropriada ao objeto.

Essa arte, esse talento de ajustar o foco é exatamente o que vem se


perdendo na sofisticação crescente das técnicas, e que os antigos possuíam em
abundância. Por isso é que, no meio de tantos estudos que a cada ano se
produzem sobre Aristóteles nas universidades do mundo, pouquíssimos são de
leitura tão proveitosa quanto os velhos comentários de Sto. Tomás, de Duns Scot
ou de Avicena.

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Não deixa de ser curioso que uma das críticas convencionais ao universo
intelectual da Idade Média consista em chamá-lo de “livresco”. Não há nada mais
livresco do que tomar uma obra filosófica como objeto em vez de olhar para as
realidades de que ela fala, e essa inversão de foco é a definição mesma de
muitos dos métodos aprimoradíssimos que os modernos substituíram aos
medievais.

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A história da filosofia e o desenvolvimento da
consciência crítica.

A partir do conhecimento da história dos sistemas filosóficos pode-se


perceber que estes estão ligados intimamente ao momento histórico no qual
surgem. Portanto até este ponto nos ocupamos com as questões: Por que se
ensina a história da filosofia? Qual a relação da filosofia com a vida cotidiana?
Resta saber se o conhecimento da história da filosofia pode ter alguma função
prática.

Antônio Gramsci, um dos mais importantes pensadores marxistas do


século XX, apresenta uma ideia muito interessante que pode incitar nossa
reflexão a respeito deste ponto. Em A Concepção Dialética da História, o
intelectual italiano chama atenção para o fato de que todos os homens são
filósofos. Ele fala de uma “filosofia espontânea, peculiar a todo mundo... contida
na própria linguagem, no senso comum e no folclore”, e ainda: “... mesmo na

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mais simples manifestação de uma atividade intelectual qualquer, na linguagem,
está contida uma determinada concepção de mundo”. A todo instante os homens
ordinários, nas suas atividades cotidianas, trabalham com concepções de
mundo, com noções originariamente filosóficas, ainda que isto se de
“inconscientemente”. O ponto de Gramsci aqui é o seguinte:4

É preferível pensar sem disto ter uma consciência crítica, de uma


maneira desagregada e ocasional, isto é, participar de uma concepção de
mundo “imposta” mecanicamente pelo ambiente exterior, ou seja, por um
dos vários grupos sociais nos quais todos estão automaticamente
envolvidos desde sua entrada no mundo consciente... Ou é preferível
elaborar a própria concepção do mundo de uma maneira critica e
consciente e, portanto, em ligação com este trabalho próprio do cérebro,
escolher a própria esfera de atividade, participar ativamente na produção
da história do mundo, ser o guia de si mesmo e não aceitar do exterior,
passiva e servilmente, a marca da própria personalidade .

Fica claro que esta é uma pergunta retórica. Parece-nos que não haverá
oposição se dissermos: preferível é elaborar uma concepção de mundo crítica,
ser ativo, ser o guia de si mesmo. Mas o que isto tem a ver com o conhecimento
da história da filosofia, e a possível função prática que teria o conhecimento
desta? Gramsci trata de nos responder:

Não se pode separar a filosofia da história da filosofia... no sentido


mais imediato e determinado, não podemos ser filósofos – isto é, ter uma
concepção de mundo criticamente coerente - sem a consciência da nossa
historicidade, da fase de desenvolvimento por ela representada e do fato
que ela está em contradição com outras concepções ou com elementos de
outras concepções. A própria concepção de mundo responde a
determinados problemas colocados pela realidade, que são bem
determinados e “originais” em sua atualidade.

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O conhecimento da história do pensamento do homem (ocidental) – ou
seja, ter contato com as diversas versões da história que este gênero contou
para si sobre quem ele era e qual o seu papel no mundo, sobre o que era o
mundo, etc. - é um aliado valiosíssimo na tentativa de compreender mais uma
vez quem somos nós e qual nosso papel atualmente. A história da filosofia
sintetiza a jornada do homem continuamente perseguindo a máxima que marca
o seu ponto de partida. Em cada indivíduo vivo atualmente encontramos uma
atualização do movimento inteiro que o homem fez desde seu ponto original. Ter
claro isto é o primeiro passo para a elaboração de uma concepção critica.

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O início da elaboração crítica é a consciência daquilo que somos
realmente, isto é, um “conhece-te a ti mesmo” como produto do processo
histórico até hoje desenvolvido, que deixou em ti uma infinidade de traços
recebidos sem benefício no inventário. Deve-se fazer, inicialmente, este
inventário.

Certamente, espera-se do indivíduo, que é participante de um


determinado arranjo político, no nosso caso do cidadão, uma prática
consequente, responsável. Espera-se que ele seja capaz de compreender as
questões objetivas, práticas, que se colocam aos homens de seu tempo, à
comunidade dos homens, e possa auxiliar na superação das dificuldades. Ideal
seria que todos fossem capazes de perceber o lugar em que estão inseridos
neste conjunto de indivíduos, e os efeitos que sua prática tem. O pressuposto
para tanto é, sem duvida, a consciência do movimento da história que o
engendrou, as marcas legadas por muitas gerações passadas de homens e que
mais uma vez se atualizam em um exemplar particular deste gênero

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A importância do ensino da filosofia para crianças
no ensino fundamental

O ensino da Filosofia para crianças, surgido no final dos anos 60, como já
foi relatado, está envolto a uma série de problemas que vão muito além de
entender uma simples disciplina ou outra, tanto que se faz necessário um
trabalho criterioso durante a infância cuja finalidade é o de estimular desde cedo
as habilidades cognitivas e de argumentação dos alunos. É oportuno identificar
as ideias do professor e filósofo Paulo Ghiraldelli (apud MARTINO, 2006, p. 41)
“as questões filosóficas estão presentes no cotidiano das pessoas desde cedo,
até mesmo, em frequentes perguntas que as crianças fazem aparentemente
simples”. Para compreendê-las, o professor precisa utilizar a filosofia como eixo
de trabalho em suas aulas, de forma a colaborar no estabelecimento de melhores
relações humanas mediante um processo dialogal entre professor e aluno.

Dessa forma, um dos objetivos pelos quais se admite como valioso


implantar no currículo do Ensino Fundamental o estudo da Filosofia para
Crianças, refere-se ao desenvolvimento do caráter ético, autônomo, criativo,
fundamentado na busca de soluções para conflitos, construção de estratégias
de trabalho, divergência de ideias e sentido cooperativo para enfrentar

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problemas. Enquanto disciplina significativa para o desenvolvimento crítico-
reflexivo, a Filosofia envolve a própria capacidade de expressar seus
pensamentos, sentimentos, opiniões, valores e atitudes que estimulam o
educando a participar ativamente das relações sociais, buscando evidenciar a
importância dos mesmos para a vida. A partir do estudo da Filosofia busca-se
enriquecer a prática educativa para o pensar reflexivo, possibilitando ao
professor desprender-se de certas ações conteudistas e repensar novas e
melhores formas de realizar sua prática pedagógica proporcionando meios para
uma educação crítica que coloca o aluno em sintonia com o que está a sua volta,
não como mero espectador, mas como atuante e participante na sociedade.
Nesse caso, vê-se o essencial papel da disciplina para um pensar crítico da
realidade em que vive, relacionando fatos cotidianos a conteúdos estudados.

A presença da Filosofia na escola gera, tanto no professor quanto nos


alunos reais mudanças de comportamento que contribuem para a elevação da
autoestima e até perda de ações agressivas, levando a comunidade escolar a
refletir sobre o respeito à individualidade dos outros. Assim, quando a filosofia é
ensinada através do diálogo investigativo como se propõe o Centro de filosofia
para Crianças Educação para o Pensar, a tendência é que as crianças se tornem
mais críticas, criativas e sensíveis ao contexto em que vivem. A filosofia para
crianças serve também para prepará-los educando ao exercício da cidadania no
qual se reforça a importância de respeitar os outros, respeitar regras previamente
estabelecidas necessárias para a vida em comunidade.

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Dessa forma, é notório afirmar que a escola não é apenas mero edifício,
no qual existe apenas espaço físico, material, humano, mas, um ambiente de
convívio, desporto cultura, troca de experiências e, até mesmo, experimentação.
Para tanto, não basta apenas introduzir uma disciplina no currículo escolar, é
fundamental que os administradores escolares e educadores revejam o que
concebem como educação e comecem a pensar em dinâmicas apropriadas e
em boas relações sociais, pois assim, as crianças também terão mais
oportunidade para fazer julgamentos inteligentes, escolhas coerentes às suas
necessidades e construção de novos conceitos e significados.

A importância de ensinar filosofia no ensino médio

A Filosofia no Ensino Médio busca estimular a reflexão e o pensamento


crítico dos alunos. Em 2006, essa disciplina passou a ser obrigatória nas escolas.

Considerada indispensável ao currículo do Ensino Médio, a Filosofia e a


Sociologia foram aprovadas, em julho de 2006, pela Câmara de Educação
Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE), como disciplinas obrigatórias
no currículo do Ensino Médio.

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Tal exigência se deu devido à percepção que educadores tiveram ao
constatar os benefícios que a disciplina oferece aos alunos que trabalham com
ela.

A Filosofia em especial, leva o aluno à oportunidade de desenvolver um


pensamento independente e crítico, ou seja, permite a ele experimentar um
pensar individual. Sabe-se que cada disciplina apresenta suas próprias
características, bem como auxilia a desenvolver habilidades específicas do
pensamento que é abordado.

No caso da Filosofia, essa permite e dá oportunidade de realizar o


pensamento de maneira bastante pessoal.

O Ensino Médio é geralmente considerado pelos educadores como uma


fase de consolidação do aluno jovem, de sua personalidade e seus desejos, a
Filosofia apresenta um papel importante e fundamental no sentido de
colaboração.

A Filosofia é bastante questionada enquanto disciplina, é necessário que


os educadores se conscientizem de que o ensino não deve ser considerado
como uma disciplina a mais a ser ensinada. O ideal é que o professor que tem a
responsabilidade de aplicar tal disciplina tenha em mente o quanto é necessário
fazer com que seus alunos não fiquem dependentes de livros didáticos, não
desmerecendo, mas no sentido de não tender para os tão famosos “decorebas”
de ideias e autores.

Aos educadores que se preocupam com a melhor forma de aplicar a


Filosofia, não existe receita pronta. Recomenda-se a priorização de práticas que
favoreça a formação de jovens capazes de desenvolver seu próprio pensamento
e crítica, formando cidadãos capacitados para enfrentar as diversas situações
que poderão surgir em suas vidas.

A Filosofia é fundamental na vida de todo ser humano, visto que


proporciona a prática de análise, reflexão e crítica em benefício do encontro do
conhecimento do mundo e do homem.

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A filosofia como um recurso no processo de ensino
e aprendizagem

 TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA

A Pedagogia Libertadora, também conhecida como Pedagogia de Paulo


Freire, visa numa educação crítica ao serviço da transformação da consciência
social, onde o professor atua como um libertador da consciência do estudante,
fazendo-o ter a percepção crítica em relação à vida social e ao mundo que o
cerca. O pensamento de Freire (1992), objetiva-se na construção de uma
sociedade mais justa, formando e preparando o estudante para adequar-se aos
diversos elementos existências que a sociedade traz no seu currículo evolutivo.

É necessário assim, que se implemente nas instituições de ensino, a


cultura de uma pedagogia libertadora, que leva o estudante à reflexão,
relacionando a aprendizagem académica com os seus dilemas sociais e com os
fenómenos do mundo, tornando-o assim, um pensador e um fazedor de opinião,
possibilitando-o a analisar logicamente os conteúdos que recebe e confrontar os

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novos saberes com os velhos para se chegar à ideias lógicas e acertadas,
podendo inclusive, recorrer-se ao método cartesiano.

 O MÉTODO CARTESIANO

O Método Cartesiano é de natureza filosófica, criado pelo filósofo René


Descartes, que consiste em um cepticismo metodológico, duvidando de tudo que
se pode duvidar, levando a uma investigação metodológica para se chegar a
uma certeza. Esta abordagem cartesiana pode ser utilizada nas salas de aulas,
para dar incentivo ao estudante, levando-o à prática da investigação.

Este método consiste em quatro passos: O primeiro passo consiste em


não aprovar precipitadamente um novo conhecimento como certo, isto é, duvidar
sempre de um conhecimento que não apresenta clareza e consistência; O
segundo passo consiste em dividir por partes o novo conhecimento, isto é, dividir
o problema em várias partes possíveis para se estudar cada parte em particular
para uma compreensão; O terceiro passo consiste em resolver primeiramente as
partes de simples entendimento e terminar com as partes que apresentam um
maior grau de complexidade - neste passo, também se agrupa novamente as
partes separadas em um todo; E por último, o quarto passo, consiste em fazer
revisões dos últimos três passos, enumerando as conclusões e certificando-se
de que nada ficou de fora.

Esta abordagem pode ser usada nas salas de aulas, sobretudo das
universidades, onde a investigação é encarada com maior rigor. O professor
pode utilizar esta abordagem, trazendo um problema para os estudantes
resolverem utilizando o método, de forma a adquirirem um conhecimento
verdadeiro, sendo que, os estudantes, também podem utilizar este método nos
seus estudos individuais.

 INTERDISCIPLINARIDADE

A filosofia desde muito tempo, atua como um campo do conhecimento


universal. Ela relaciona temas de vários campos do saber, permitindo ao
estudante ter domínio em diversas áreas do conhecimento, como aponta Mondin
(1980, p.6): “(…) enquanto as ciências estudam esta ou aquela dimensão da

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realidade, a filosofia tem por objeto o todo, a totalidade, o universo tomado
globalmente.” Por esta razão, abordagens filosóficas no processo de ensino e
aprendizagem permitirá ao estudante adquirir domínio em diversas áreas do
saber, mediante à pesquisas e debates.

 DIALÉTICA PLATÓNICA

A Dialética Platónica, definida como a arte de dialogar, de debater, de


persuadir e de raciocinar, pode ser usada em qualquer instituição de ensino, pois
pelo debate, o estudante adquire um senso crítico da realidade, chegando à
produtividade intelectual através da discussão com os outros, como realça Demo
(1990): “A Dialética em primeiro lugar é convite insistente à discussão e à prática,
à criatividade, ao diálogo crítico e produtivo.” A Dialética consiste em uma forma
de filosofar através de ideias contrárias com o objetivo de se chegar à uma
reconciliação das contradições.

Tanto é que, o estudante, através das ideias dos outros, avalia as suas
ideias preconcebidas, produzindo assim novos conhecimentos, fazendo-o
chegar ao real significado das coisas – e para isso, ele precisa filosofar, isto é,
criar seus pensamentos e apresentar seu conhecimento construído.

 RETÓRICA, ORATÓRIA E ELOQUÊNCIA

A Retórica é definida como a arte de falar bem, a arte de exprimir-se com


a palavra. Ela é sempre mencionada juntamente com a Oratória, que é a arte de
falar ao público. Por outro lado, a eloquência é a arte de exprimir-se com
facilidade, isto é, a arte de convencer, de gesticular acertadamente ou comover
por meio da palavra.

Atualmente, o mundo profissional ou corporativo requer um domínio


no uso da palavra para a resolução de conflitos e para os relacionamentos,
assim, o ensino destes três elementos possibilitará um rendimento sustentável
no processo de ensino e aprendizagem que formará pessoas capazes de
enfrentar as mais diversas situações da sociedade por intermédio da palavra e

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do bom uso da mesma, o requer a necessidade de se adoptar alguns métodos
na sala de aula.

O método da “fala de 5 minutos”

O método da fala de 5 minutos consiste em o professor dar a cada


estudante 5 minutos no fim da aula para falar sobre qualquer assunto em frente
de seus colegas.

A filosofia não só é um meio eficaz para reflexão e argumentação, como


também é um recurso indispensável para os estudantes poderem eliminar o
medo de falar em público ou mesmo o medo de falar. Pois, no decorrer de
debates, o estudante acostumar-se-á a falar, eliminando a timidez e o medo.

Assim, este método permitirá ao estudante cultivar o hábito de falar,


podendo também, aos poucos, dominar a arte da retórica.

 O MÉTODO SOCRÁTICO (MAIÊUTICA)

O Método Socrático é uma técnica de investigação filosófica ou um


diálogo filosófico, utilizado primeiramente, pelo filósofo grego Sócrates, em que
o professor conduz o estudante a uma reflexão que o possibilita avaliar o seu
conhecimento sobre uma dada realidade, levando-o a descobrir os seus próprios
valores. Este método divide-se em quatro fases: Exortação, Indagação, Ironia e
Maiêutica.

Na exortação, o professor convida os estudantes para um debate; Na


indagação, o professor lança um tema que sirva de objecto para o debate; Na
ironia, o professor prossegue o debate com perguntas directas sobre o tema,
com a intenção de fazer com que os estudantes reflictam até à exaustão sobre
aquilo que pensavam saber, fazendo-os livrarem-se das ideias preconcebidas
sobre aquele tema; A maiêutica, a fase final, é a descoberta de um novo
conhecimento. O trecho a seguir mostra o diálogo Mênon de Platão, uma

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conversa de Sócrates com seu discípulo, mencionado por Marcondes (2007,
p.36)

SÓCRATES: (...) E agora, Mênon, vê que progressos ele já fez em termos de


memória? (...) mas antes achava que sabia e respondeu confiante como se
soubesse, sem ter consciência das dificuldades; ao passo que agora sente a
dificuldade em que se encontra [...] você acha que ele teria tentado investigar ou
aprender o que pensava saber, quando não sabia, se não fosse reduzido à
perplexidade (…)?

O Método Socrático ajuda-nos a entendermos que muitas coisas que


achamos serem do jeito que são, na verdade não são - assim, o professor serve
como guia para esta descoberta, fazendo perguntas, criando um clima de
reflexão, levar os estudantes a livrarem-se de ideias preconcebidas e guiando-
os para o real conhecimento sobre aquilo que desconheciam mas que achavam
conhecer.

 INCONFORMIDADE

A filosofia, atendendo ao seu carácter questionador, ajuda o estudante a


sair da conformidade, isto é, a não limitar-se com aquilo que aprendeu com o
professor e a não se contentar por ideias preconcebidas, fazendo-o investigar
para confrontar o conhecimento aprendido. Souza (2004), diz que “quando o
aluno vai se tornando capaz de avaliar o mundo em que vive como um todo
orgânico, é a partir daí que ele passa a ocupar crítica e racionalmente seu
espaço social (…).” Assim, mediante a inconformidade, o estudante recorrerá à
reflexão que de certa maneira, o ajudará a enxergar novos saberes.

 ÉTICA

A Ética é um campo da filosofia que lida com o que é moralmente certo


e errado. Objetiva-se na implantação de uma sociedade justa, onde os que nela
habitam possam relacionar-se de forma pacífica, como aponta Alencastro (1997)
“a ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo com
os outros relações justas e aceitáveis.” Ensinar Ética na sala de aula é uma
atitude inteligente. Com o ensino da Ética o estudante aprende a situar-se na

28
sociedade e a analisar os seus atos, procedendo da melhor forma nas diversas
situações.

 FILOSOFIA NA FORMAÇÃO DO EDUCADOR

Atendendo à necessidade de implementarem-se abordagens filosóficas


no processo de ensino e aprendizagem, cabe também ao professor saber como
implementar essas abordagens no percurso do processo de ensino - assim, é
necessário, também, que o professor possua uma capacidade de crítica, de
debate e de argumentação, de tal modo que inspire seus estudantes, como
aponta Falcão (1989), “o profissional que fornece matéria para o trabalho da
mente dos alunos precisa ser bem preparado (…).” Para isso, é necessários que
se implementem abordagens filosóficas nos cursos de Pedagogia, de modo a
que se capacitem os professores ao ponto de formarem pensadores no exercício
de suas funções educativas.

Um trecho do texto “A Formação do Professor Secundário” publicado nos


Arquivos do Instituto de Educação de São Paulo em 1937, aponta que “somente,
portanto, uma cultura filosófica e sociológica do professor será capaz de torná-
lo um veiculador de valores.” Assim, a filosofia torna o professor um veiculador
de valores e de saberes no processo de ensino e aprendizagem.

As abordagens filosóficas apresentadas acima no processo de ensino e


aprendizagem são de suma importância, pois preparam o estudante para a vida.
Assim, a filosofia abarca ferramentas que aperfeiçoam todo o nosso processo
cognitivo, dando-nos domínio nas mais diversas circunstâncias da vida, pois,
devido à sua interdisciplinaridade, somos levados a conhecer fenómenos de
diferentes campos do saber.

Utilizar a filosofia como recurso no processo de ensino e aprendizagem é


investir numa educação de qualidade para a construção de uma sociedade livre
e brilhante.

29
CONCLUSÃO

A filosofia busca estudar e entender as questões gerais e fundamentais


relacionadas à natureza da existência humana. Isso inclui falar da moral, do
conhecimento, da estética, da mente e do universo em geral.

O estudo dessas questões essenciais para humanidade tem


como objetivo a busca de uma maior compreensão da realidade. E além disso:
de como o ser humano se relaciona com o mundo.

Ao contrário da religião e da mitologia, a filosofia é trabalhada através da


argumentação racional. Porém, não chega a ser considerada ciência, já que não
usa procedimentos empíricos em seus estudos.

A filosofia é um campo do conhecimento que estuda de forma lógica,


baseada na razão, as questões da existência, o homem, o modo de viver, a
cultura, os valores, a origem e a linguagem, como menciona Chauí (2000, p.11):

A Filosofia seria a arte do bem viver. Estudando as paixões e os vícios


humanos, a liberdade e a vontade, analisando a capacidade de nossa razão para
impor limites aos nossos desejos e paixões, ensinando-nos a viver de modo
honesto e justo na companhia dos outros seres humanos, a Filosofia teria como
finalidade ensinar-nos a virtude, que é o princípio do bem viver.

Assim, a filosofia deve ser encarada como um campo do saber ligada


diretamente à educação, sendo que com ela, o ensino e aprendizagem tornam-
se um processo completo, e sobre isto, Teixeira (1968) conceitua: “Se educação
é o processo pelo qual se formam as disposições essenciais do homem,
emocionais e intelectuais, para com a natureza e para os demais homens,
filosofia pode ser definida como a teoria geral da educação.” A filosofia é,
portanto, a busca constante do conhecimento, dando-nos visões claras sobre os
fatos.

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