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Filosofia é um termo grego que literalmente significa amor pelo saber, pois,
saber somente dá a ideia de um produto e amor a sabedoria significa
processo. Esta elucidação é uma aproximação etimológica do termo
composto por phileo termo grego que significa amizade e sophia que
igualmente é termo grego equivalente em português, sabedoria.
Sentido Comum
Neste sentido, filosofia da educação quer significar seus pontos de vista
sobre uma escola ou a sua atitude sobre um sistema de educação vigente.
Isto acontece geralmente quando se sente insatisfeito com o sistema de
educação, apontam as falhas através da sua “filosofia de educação”, isto é,
fazem referência com a educação que receberam as pessoas, tanto na
escola assim como em suas casas ou ainda essas ideias podem resultar de
frustrações pessoais com a educação ou com a escola. Estes pensamentos
não são produtos de uma busca deliberada ou desapaixonada aos
problemas da educação. Nesta perspectiva teríamos tantas filosofias de
educação.
Sentido Político
Filosofia de Educação, neste sentido, emprega-se para expressar um
programa de educação ou um plano estratégico da educação. Os políticos
utilizam normalmente um slogan ou uma palavra de ordem.
Por exemplo em Moçambique, antes dizia-se “fazer da escola uma base
para o povo tomar o poder” e hoje em dia com a mudança dos tipos de
políticas também mudaram os slogans; estes slogans têm uma grande
importância ou vantagens na medida em que constituem elementos de união
das pessoas.
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Sentido Profissional
A característica básica deste sentido é analizar o sistema de educação e o
processo na sua totalidade e reflectir sobre um sistema alternativo.
Esta característica compõe-se na perspectiva de um processo e de produto
ou resultado. Aqui também não existe uma única acepção mas sim há
diferenças com o sentido comum. A primeira diferença é que este sentido é
uma actividade de reflexão e de criticismo ao sistema de educação, são os
filósofos que intervêm e a filosofia é estar a caminho. A segunda é o facto de
ser uma actividade de reflexão que visa um sistema de educação alternativo,
isto é, concepção do homem, o tipo de sociedade e valores que desejamos,
procurar os fundamentos do sistema.
Componentes da Filosofia
No que concerne a problemática da perceção da filosofia da educação,
apresentamos as componentes da filosofia interessantes a esta área que se
resumem em três fundamentais, a saber, metafísica, epistemologia e
axiologia.
O pragmatismo nos EUA é uma ciência empírica que parte da ideia de que o
homem é um organismo vivo que precisa de se adaptar ao meio ambiente, é
feito com necessidades, paixões e ambientes e desta forma seria sem
sentido discutir se o Homem tem fé ou não, tem alma ou não. A educação
deve ser preparação para a vida neste mundo, para a vida social e política,
nada do além.
Axiologia/ética
Esta parte da filosofia preocupa-se pelo comportamento do Homem não só
enquanto Homem mas também e fundamentalmente enquanto membro de
uma sociedade. A preocupação fundamental desta área da filosofia na
filosofia da educação prende-se com a própria finalidade da vida do homem,
individual e colectiva; a questão de uma sociedade justa, por ser a educação
um processo eminentemente voltado para a colectividade e por ela
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Porque visa a educação como processo global, que inclui o homem total, a
filosofia da educação emgloba outras questões que interessam à filosofia – a
questão moral, ou seja, a questão da finalidade da vida humana, individual e
colectiva; a questão da sociedade justa, por ser a educação um processo
eminentemente voltado para a colectividade e por ela incentivado; a questão
do sentido do outro eu e do mundo, dos quais depende o desempenho de
todo o processo educativo – o que exige a mais estreita reciprocidade entre
teoria e prática, entre exigências e possibilidades, entre realização e desafio.
Actualmente existe uma descrença na ideologia que tem por resultado não a
negação da sua existência ou força, mas um certo reforço do aprendizado
ideológico através dos diversos níveis do processo educativo, sobretudo
através dos meios de comunicação. Esse processo de imposição extrapola a
educação formal. Para impor a ideologia nào se insiste mais que se acredite
necessariamente no conteúdo da ideologia. Basta que se fale sua linguagem
espcífica, o seu jargão, que se assuma o sua maneira de abordar a
realidade, de se expressar. Pouco importa que se acredite ou não nas ideias
como tais. Basta assumir o seu código de comportamento por ela expresso.
Entretanto, no que diz respeito à Filosofia de Educação, não se trata de
erguer uma antideologia, mas sim, dentro da tarefa crítica que lhe compete,
de verificar atentamente o que existe de irreflectido na ideologia. Com base
na evidência precisa, compete à Filosofia da Educação desvendar como
actuam as ilusões e os interesses de toda a espécie, o peso e o alcance de
todo ensino propagandísco. Trata-se de um sério desafio para o educador,
que deve despertar no educando a consciência de não se deixar iludir por
forças que controlem seu destino, que assumam o comando e o controle da
sua realidade, mediante algum código, instituição ou sistema, impingindo-lhe
programas de acção imediata.
Muitas vezes, a transmissão da ideologia visa a estrutura inconsciente que é
o ponto de partida para a construção de todo modelo vivido. A passagem
desse modelo para a realidade vivida é tão subtil que dificilmente se
percebe. No entanto, trata-se dos próprios alicerces de toda a comunicação
do eu com o outro eu e com o mundo.
Na aproximação entre a ideologia-educação e filosofia exige-se o educador,
que leve o educando a desenvolver sua capacidade de avaliar criticamente a
imagem-ideal, analisando, seleccionando e transformando o seu conteúdo,
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A Educação Espartana
A Grécia antiga estava organizada em Cidades-Estados, das quais, as mais
conhecidas são as antagónicas Esparta e Atenas. Passada a época heróica,
guerreiam-se essas cidades e logram grande desenvolvimento à custa das
organizações feudais; surge, então, nova organização política, na qual de
uma ou de outra forma intervêm todos os cidadãos livres e com ela, novo
tipo de vida, de cultura e de educação.
Esparta alcançou grande renome na história da civilização como povo
militarizado, rude e inculto.
Com o fim de fazer grandes conquistas políticas e por ter de manter
submetidos os povos conquistados, tiveram de converter-se em soldados
todos os seus cidadãos livres. A educação espartana, em consequência, já
não era a de um cavalheiro, mas a de um soldado, situa-se numa atmosfera
política e não mais senhoril.
A educação em Esparta ficou por modelo de severidade e dureza. Sob esse
aspecto foi admirada por muitos pensadores, como Platão, que de certo
modo a reproduz na “República”, título da sua grande obra, como solução
para o individualismo e para as divisões de seu tempo.
Ao mesmo tempo que era militarizada, a educação espartana era desportiva
e musical.
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A Educação Ateniense
Atenas era um Estado “Democrático” (direito de voto e ser eleito para os
cargos administrativos). Os cidadãos podiam participar nas decisões de
todos assuntos públicos (na assembleia = Ágora = Praça pública).
Não se exigem qualidades especiais para ser eleito ou legislar, porque todos
tinham acesso.
A Educação por outro lado, estava a cargo de qualquer pessoa, podia fundar
a sua escola sem controlo do Estado. Dai que em Atenas surgem várias
escolas.
Havia independência de espírito para participar na assembleia, basta ser
inteligente, bom orador; por isso, nas escolas privadas o currículo tinha um
balanço entre Ginástica por um lado (natação, luta livre, ginástica) e por
outro lado, a Educação musical “humanidades” (ciências humanas e
sociais).
Através desta, aprendiam a ler, a escrever a literatura e aprendiam a arte. O
tipo de ginástica era Estética.
Por isso, entre a ginástica e a educação às humanidades, fez com que fosse
em Atenas onde surgiram os homens mais salientes do que em Esparta.
EDUCAÇÃO EM SÓCRATES
Sócrates nasceu em Atenas em 469 a.C., de família de artesão. Sócrates
realizou a actividade educativa por meio de conversação da palavra falada.
Ele se diverge com os Sofistas. Para ele, a educação não é profissão
remunerável; a sua educação não tinha carácter prático, de proveito pessoal;
era do tipo espiritual e moral.
Os Sofistas empregam diálogo e são ensinamentos para impor ideias ou
servir os fins egoístas; Sócrates o utiliza para convencer e descobrir a
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verdade. Ele se preocupa antes de mais com a vida ética, diferente dos
sofistas.
Filosoficamente, a maior contribuição de Sócrates corresponde, com efeito,
ao domínio da moral, da ética. Para ele, o saber e o conhecimento não só
conduzem `a virtude, mas o saber e a virtude são idênticos.
Sócrates é o primeiro em compreender que a razão é um novo universo
perfeito e superior ao que deparamos naturalmente em nosso derredor. Daí
decorre que na ordem intelectual deve o indivíduo reprimir as convicções
espontâneas que são “opinião” doxa e adoptar, em vez delas, os
pensamentos da razão pura são o verdadeiro “saber” episteme.
Semelhantemente, na conduta prática há-de negar e suspender todos os
desejos e propensões para seguir docilmente os mandamentos racionais.
O fim último da educação era, para Sócrates, a virtude, o bem, a
personalidade moral, e não o Estado como na educação Antiga.
A contribuição de Sócrates para a Educação pode ser sintetizada com o
dizer-se que foi o primeiro em reconhecer como fim da educação o valor da
personalidade Humana, não a individual subjectiva, mas a de carácter
universal. Assim começa o Humanismo na educação.
Como método essa educação intelectual socrática, emprega-se
fundamentalmente o diálogo, com suas duas fases, a Ironia e a Maiêutica.
Usa a ironia como ponto de partida e fez ver ao interlocutor suas próprias
ignorâncias. Com a maiêutica faz como faria uma parteira, nascer, da alma
do interlocutor, ideias latentes.
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A Razão prática – tem como fim fazer com que o homem saiba conduzir os
assuntos sociais (a sua vida social e particularmente a sua acção política); a
acção prática está mais virada para o plano moral ou ética.
Segundo Aristóteles, só a razão prática é que está aberta para todos, porque
todos homens precisam de viver em sociedades ou na Polis, porque o
homem é um animal político.
Para o método aristotélico é cunhado por habituação; significa envolver o
aluno em actividades que o permitam praticar os valores em vista de uma
forma repetida; não é suficiente dizer a uma criança o que deveria fazer,
como deveria comportar-se ou o que ele deveria saber.
Componentes da Educação
a) Componente do Professor – a tarefa principal do professor é
reconhecer o talento de cada aluno;
b) Componente do Aluno – o aluno deveria ter disciplina rigorosa e ser
muito aplicado aos estudos.
- O aluno devia ter iniciativa e ter boa memória e um bom tacto, boa
conduta moral.
Humanismo na Educação
Para Sócrates, a formação de um homem integral era o fim da educação.
QUINTILIANO
Viveu nesta época da assimilação e transformação. Escreveu uma obra:
educação de um orador o que lhe preocupava nesta obra era um “homem
ideal”; para ele, o homem ideal era aquele que terá um bom carácter,
moralmente são, mas também eloquente na sua intervenção; na sua
expressão; era um esforço de unir a moral `a política.
Para ele, a educação deveria começar desde a criança, para formar este tal
homem ideal. Só que nos primeiros anos de vida só os pais é que deviam
dar esta tal educação. Por isso, Quintiliano super pontua a educação dos
adultos porque eles devem ser educados para estes educarem as crianças,
a moralização do futuro cidadão.
Comênios (Bispo)
Filosofo da Educação na Idade média que se logo à queda do Império
Romano.
Na Idade Média há quatro processos na Educação:
Expansão da educação por via da igreja;
Fundação das universidades;
O movimento da reforma e contra reforma na igreja;
Na técnica: a invenção da Imprensa.
3o Elemento justifica porque é que essas leis são naturais. É que essas leis
dizem respeito às capacidades ou potencialidades que se revelam por si
próprias, são existentes ou pré-existentes na criança.
Os três aspectos ou elementos, parte-se da ideia de que a educação deve
partir da experiência que a criança faz com a natureza e que ela deve
respeitar as potencialidades da criança.
PESTALOZZI
Johann Heinrich Pestalozzi nasceu em Zurique a 12 de Janeiro de 1746 e
faleceu em Brugg a 17 de Fevereiro de 1827. Na leitura de Emílio de
Rousseau influenciou-se fortemente nas ideias pedagógicas do livro.
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