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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educaҫão à Distância


Centro de Recurso de Gurué

Diferenças ortográfica entre o português europeu e o Português do Brasil

Nome: Flora João Nhamalipe


Código do estudante: 708211341

Gúruè, Novembro de 2021


Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educaҫão à Distância
Centro de Recurso de Gurué

Diferenças ortográfica entre o português europeu e o Português do Brasil

Flora João Nhamalipe NID: 708211341

Trabalho de pesquisa submetida à


Universidade Catόlica de Moçambique
Instituto de Educação a Distáncia-
Extenção de Gurue, como requisito
parcial para obtenção de grau de
Licenciatura em Ensino da Língua
Portuguesa.

Tutor: Arsénio dos Aflitos Jorge Adriano

Gúruè, Novembro de 2021


Índice

Introdução……………………………………………………………………………………...4
Delimitação da
pesquisa………………………………………………………………………..4
Justificativa e Relevância do Estudo…………………………………………………………...4
Problematização………………………………………………………………………………..4
Objectivo geral…………………………………………………………………………………5
Objectivos específicos…………………………………………………………………………...5
Diferenças ortográfica entre o português europeu e o Português do Brasil…………………....5
Palavras com significado diferente entre português de Portugal e do Brasil…………………..8
Metodologia……………………………………………………………………………………8
Tipo de pesquisa……………………………………………………………………………….9
População/universo e amostra………………………………………………………………….9
Técnicas de colecta de dados…………………………………………………………………..9
Observação directa………………………………………………………………………………..9
Pesquisas bibliográficas/ Analise documental…………………………………………………9
Considerações finais do
trabalho……………………………………………………………...10
Referências…………………………………………………………………………………....11
Introdução

No presente trabalho cientifico vou falar de diferenças ortográfica entre o português


europeu e o Português do Brasil, o Português é a quinta língua mais comum no mundo e é
falado em diversas partes do mundo. Este, não é apenas falado por aqueles de Portugal, o
português também é a língua de oficial no Brasil, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-
Bissau, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Macau e Timor-Leste. Portanto Inicialmente,
as duas variantes de Português foram influenciadas pelas línguas diferentes. Português do
Brasil tem sido impactado pelos costumes dos povos nativos da América do Sul (indígenas) e
suas línguas.

Delimitação da pesquisa

A pesquisa realizo-se no período entre entre Outubro à Novembro do ano 2021, na


Secundaria Geral Eduardo Mondlane-Gurue, uma instituҫão pública localizada no
Bairro Contape, na Cidade de Gurue, no Distrito de Gurue, província da Zambézia. Onde
o pesquisador identificou através de algumas entrevistas as diferenças ortográficas entre
o português europeu e o português do Brasil, o tema em estudo enquadra-se no nosso
quotidiano.

Justificativa e Relevância do Estudo

 O tema em alusão diferenças ortográfica entre o português europeu e o Português


do Brasil, tendo a realidade vivida no quotidiano tem se constatado muito o uso do
português brasileiro na no meio da sociedade moçambicana, isto muito mais por causa
dos filmes traduzidos para português brasileiro, não só, mas também por causa das
telenovelas que passam nas nossas telas televisivas, não obstante atualmente a nossa
sociedade incuti ate os costumes dos brasileiros por causa dessa influencia linguística.
Portanto no que tange diferença ortográfica entre o português europeu e Português
brasileiro, o português brasileiro prontamente aceita novas palavras estrangeiras e as
adapta em sua língua ao passo que o Português europeu assume uma linha muito mais
tradicional. Isto é de particular importância na expansão de indústrias como o campo
da tecnologia. No Brasil, um “mouse” de computador é, em Portugal, chamado de
“rato”, pois a tradução literal da palavra inglesa “mouse” é “rato”.

Problematização

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Tendo em conta com a nossa realidade quotidiana em particular os moçambicanos, a
maioria de nós somos influenciados pelo português do Brasil, não que não esteja certo,
porem o português europeu e o português padronizado, dai surge uma questão.

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 Como ocorre a diferença ortográfica entre o português europeu e brasileiro?

Objectivo geral:
 Conhecer as diferenças ortográficas entre o português europeu e o português do Brasil.

Objectivos específicos:
 Diferenciar a ortografia do português europeu do Brasil;
 Aplicar a diferença ortográfica do português europeu e do Brasil;
 Mencionar as diferenças do português europeu do português do Brasil.

O Português é a quinta língua mais comum no mundo e é falado em diversas partes do


mundo. Este, não é apenas falado por aqueles de Portugal, o português também é a língua de
oficial no Brasil, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, São
Tomé e Príncipe, Macau e Timor-Leste.

Tal como o inglês tem variações nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Índia, Irlanda e assim por
diante, o Português tem suas variações também. Isto é algo importante a ser considerado, uma
vez que em tradução dos documentos em Português, algumas das variações linguísticas e as
diferenças culturais podem causar problemas na interpretação, compreensão e relevância.

Os dois principais tipos de Português são o Português Europeu (Portugal) e Português do


Brasil. O Português Europeu é frequentemente considerado como o padrão, mas apenas 10
milhões de pessoas são falantes dessa variação do português. Enquanto que, aproximadamente
outros 200 milhões, caso do português brasileiro, seguem uma mistura de normas europeias e
locais.

Diferenças ortográfica entre o português europeu e o Português do Brasil

Inicialmente, as duas variantes de Português foram influenciadas pelas línguas diferentes.


Português do Brasil tem sido impactado pelos costumes dos povos nativos da América do Sul
(indígenas) e suas línguas. Isso é perceptível em muitos dos nomes para a comida, música e
estruturas da cidade. O Português Europeu recebeu grande influência dos italianos, franceses
e espanhóis. A palavra para “adeus” em Portugal é o mesmo como é na Itália: “ Ciao“. No
Brasil é que é escrito e pronunciado tchau. A palavra para “sorvete” em Portugal é quase o
mesmo como é na Itália: Gelado (sorvete em Italy). A fruta “abacaxi”, é assim chamada no
Brasil, em Portugal é “ananás” tal como é em alemão e francês. Existem muitas outras
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diferenças de vocabulário, tais como a licença de motorista e casa de banho, em Portugal e,
respectivamente, carteira de habilitação e banheiro, no Brasil. Algumas das outras diferenças
incluem:

 Os pronomes usados no Brasil e em Portugal são diferentes. Em Portugal, “você” e


“tu” são ambos usados para a segunda pessoa. Os brasileiros usam o “tu” de acordo
com a região, embora de uma forma geral, o “você” seja majoritariamente mais
empregado, e em todos os textos oficiais, o “você” é sempre usado.

 Não há apenas uma diferença com os pronomes, mas na conjugação dos verbos que
acompanham você e tu também. Brasileiros preferem a conjugação de “você” porque é
a mesmo que é aplicada para a terceira pessoa.

 O Português Europeu, muitas vezes coloca pronomes após os verbos, enquanto em


português brasileiro, eles geralmente são colocados antes do verbo.

 Sintaxe é muitas vezes diferente, especialmente com os artigos e a escolha das


preposições.

 Frases no gerúndio também são diferentes. Por exemplo, a europeia utilização simples
modelo “a + infinitivo” tal como “estou a falar” (estou falando). Em português
brasileiro, se retira-se o “r” do final do verbo e adiciona-se “ndo’ (gerúndio),
resultando em “estou falando”.

 Tão importante quanto os pronomes e conjugação são as comuns variações de


ortografia. A ortografia que destacam-se a uma brasileira ou Europeia e que eles
saibam que o texto não foi localizado para sua região. Um exemplo é a palavra
“caminhão”, que é assim escrito no Brasil e “camião” no Português Europeu.

 O Português brasileiro prontamente aceita novas palavras estrangeiras e as adapta em


sua língua. O Português europeu assume uma linha muito mais tradicional. Isto é de
particular importância na expansão de indústrias como o campo da tecnologia. No
Brasil, um “mouse” de computador é, em Portugal, chamado de “rato”, pois a tradução
literal da palavra inglesa “mouse” é “rato”.

 Os estilos e as referências culturais vão ser diferentes. Isto inclui coisas como letras
maiúsculas. Português Europeu tipicamente capitaliza os nomes dos meses mas não

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capitalizar muitos títulos pessoais ou palavras como rua em nome de uma rua. No
Brasil, os nomes dos meses não são capitalizados, mas são as partes de nomes de ruas,
assim como títulos como Dona, Sr. e Dr.

 No Brasil emprega se o trema no u procedido de g ou q e seguido de e ou i quando e


pronunciado: aguentar; tranqüilo. (o emprego do trema foi foi abolido em Portugal
desde de 1945);

 No Brasil não se emprega, ao contrario d que acontece em Portugal, o hífen entre entre
as formas monossilábicas do verbo haver e a preposição de hei de, has de, etc.

 As diferenças na acentuação gráfica estão de um modo geral relacionadas com as


pronuncias diferentes das vogais tónicas que caracterizam a norma brasileira. Las
incidem em particular no diferente uso de do acento agudo e circunflexo que
assinalam a vogal tónica quando ela é aberta ou fechada, respetivamente. Vejam-se os
casos mais significativos de divergência:

1. Antes de consoante nasal as vogais a, e, o são na norma brasileira pronunciadas como


fechadas e por isso, quando acentuadas e por isso, quando acentuadas graficamente,
usa se no Brasil sempre acento circunflexo. Assim, no Brasil escreve se cénico,
anatómico, ténis e em Portugal cénico, anatómico, ténis. Tratando se da vogal a, não
ocorre geralmente divergência, por ser neste caso a pronuncia quase sempre
coincidente: ânimo, pânico, ânus;
2. No Brasil não são acentuadas graficamente as formas da primeira pessoa do plural do
pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, uma vez que, ao contrario do que
acontece na norma europeia, a vogal tónica é na forma brasileira pronunciada como
fechada.
3. No Brasil acentua se graficamente o <e> tónico das palavras terminadas em -eia
quando aquela vogal é pronunciada como aberta: assembléia, idéia (mas feia,meia).

Há sete anos, líderes de língua portuguesa do mundo juntaram-se e tentaram bolar um plano
para unificar a linguagem. Brasil concordou em adicionar as letras k, w e y ao seu alfabeto
enquanto dispensou muitas consoantes silenciosas de grafias para que as palavras pudessem
ser escritas foneticamente com mais facilidade. O exemplo frequentemente usado é a palavra
para “ótimo”, mudando de “óptimo” para “ótimo”.

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As reformas foram em torno de sete anos, e o governo brasileiro já oficializou essa nova
convenção de escrita. No entanto, o uso prático das novas normas não existe, uma vez que as
alterações não modificam a maneira usual das pessoas se comunicarem. Até mesmo a maioria
das agências de notícias se recusam a implementar as mudanças.

Palavras com significado diferente entre português de Portugal e do Brasil

Além das diferenças na escrita e fonética, há ainda aquelas palavras que têm significados
diferentes. Esses termos podem confundir um brasileiro que estiver em terras lusitanas ou
vice-versa.

Para ajudar na compreensão, confira frases com palavras que significam outras coisas ou
ainda se parecem bastante, mas não são exatamente aplicadas da mesma forma em ambas as
nações.

– Português do Brasil: Alô, quem fala?


– Português de Portugal: Estou, quem fala?

– Português do Brasil: Comprei um celular novo.


– Português de Portugal: Comprei um telemóvel novo.

Bortoni-Ricardo revela que a escola se concentra na língua da cultura dominante


desprezando a fala do grupo populacional desfavorecido. É por isso que o comportamento
linguístico é um indicador claro da estratificação social. Para Bortoni-Ricardo (2006) e para
Bagno (2008) a escola não pode ignorar as diferenças sociolinguísticas. Os professores e,
por meio deles, os alunos têm de estar bem conscientes de que existem duas ou mais
maneiras de falar a LP e assim, é preciso transformar a escola num lugar de inserção
inevitável entre o saber erudito-científico e o senso comum, e que isso deve ser usado em
favor do aluno e da sua formação como membro da sociedade. Apesar da escola ser
considerada a guardiã da norma e do bom-uso linguístico não consegue controlar certas
formas características no meio social em que o indivíduo está envolvido. Vejamos alguns
exemplos de Dias (2009, p.393):
* Eu não vi ele ontem. (PP) vs Eu não o vi ontem. (PB)
* Tou chatiada. (PP) vs Estou aborrecida. (PB)
* Deixa eu pegar o telefone. (PP) vs Deixa-me pegar no telefone.(PB)

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Metodologia

O trabalho apresentado será desenvolvido através da associação dos seguintes métodos abaixo
descritos:

Tipo de pesquisa:

Revisão bibliográfica em livros, monografias, dissertações, teses e também através de busca


na internet.

População/universo e amostra:

Universo é o conjunto da população que a pesquisa irá constituir, incluindo o número da


população alvo da pesquisa, suas idades e género. (Ruiz,2009).
Para Marcioni e Lakatos (2012) consideram que amostra é uma parcela convenientemente
seleccionado do universo, vai mais longe a compreender que pode ser também
subentendido como subconjunto de universo.
A pesquisa foi feita com 3 professores de ambos sexos da língua portuguesa da Escola
Secundaria Geral Eduardo Mondlane-Gúruè.

Técnicas de colecta de dados:

Esta técnica no entender do Cervo (2007), consiste em conversas orientadas para um


objectivo definido: recolher informações, por meio duma conversa efectuada face a face de
maneira metódica, que proporciona ao investigador verbalmente, a informação necessária.
A elaboração do presente trabalho recorreu-se a três técnicas a destacar: Entrevista, observação
directa e análise documental.

Observação directa

Os autores Naranjo e Ramos (2014), entendem observação direita como método


científico, que permite obter conhecimentos acerca do procedimento do objecto da
pesquisa tal como este se dá na realidade, e uma maneira de aceder a informação direita e
imediata sobre o processo, fenómeno ou assunto que está a ser investigado, em como se

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deve proceder a observar para os poder interpretar.

Pesquisas bibliográficas/ Analise documental


Verificada a natureza do estudo, o pesquisador utilizou esta técnica na consulta de diversas
obras e internet, levando o problema em causa a possíveis soluções.

Considerações finais do trabalho

Durante o processo de pesquisa foi frequente e dever do autor apresentar o nome, o objectivo
da pesquisa, também foram consideradas aspectos éticos concernentes a propostas de
mudança ou solução do problema em causa.

As modalidades de participação que foram usadas neste trabalho de pesquisa salvaguardaram


a presença de sigilo total e os questionados forão escolhidos de forma aleatória e sem
repreensão aos intervenientes quanto à busca de dados para a pesquisa.

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Referências
ALKMIM, T. M. Sociolinguística. in MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (orgs.).
Introdução à linguística: domínios e fronteiras. v. 1. São Paulo: Cortez, 2001.
BAGNO, M. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 52 ed. São Paulo:Loyola,
2009.

MACHADO FILHO, Aires da Mata. Ortografia Oficial. Belo Horizonte: Itatiaia Limitada,

1958

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa:

Nova Fronteira, 1986

TEYSSIER, Paul. História da Língua Portuguesa. São Paulo: Martins Fontes, 1997

NARO, Anthony Julius, SCHERRE, Maria Marta Pereira. Origens do Português Brasileiro.

São Paulo: Parábola Editorial, 2007

MELO, Gladstone Chaves de. A Língua do Brasil. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio

Vargas, 1975.

BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Ática, 1983

RIBEIRO, João. A Língua Nacional e Outros Estudos Linguísticos. Petrópolis: Vozes

Limitadas, 1979.

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