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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

FABIANO NEVES

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA FILOSOFIA: PERSPECTIVAS ENTRE


EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO HUMANA

RIO DE JANEIRO/RJ
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

VINICIUS DOS SANTOS ROSÁRIO

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA FILOSOFIA: PERSPECTIVAS ENTRE


EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO HUMANA

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito
parcial à obtenção do título
especialista em Formação
Pedagógica em Filosofia.

RIO DE JANEIRO/RJ
2022
A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA FILOSOFIA: PERSPECTIVAS ENTRE
EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO HUMANA

Fabiano Neves1

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO - O presente trabalho apresenta como objetivo principal demonstrar a relação necessária entre
filosofia e educação, levando em consideração os significados que cada uma delas carrega em suas
perspectivas, desdobramentos, e importância para o ensino. Proporcionar conhecimentos teóricos e
metodológicos das principais teorias sociológicas que se empenham em explicar as estruturas, os
processos e os fenômenos sociais. A filosofia abrange a realidade em sua totalidade, a fim de entender
os problemas como um todo, não apenas fazendo recortes, mas sim lançando seu olhar. Sobre todas as
possibilidades de ótica e problematização. Com base em suas contribuições e opiniões acerca da
sociologia, é possível ampliar e proporcionar um olhar crítico em relação aos benefícios que o estudo da
sociologia gera nas pessoas, e em suas ações no meio social. A metodologia utilizada é a revisão
bibliográfica. Através da utilização das bases de dados: Revista Eletrônica, Scielo e Google acadêmico,
serão pesquisados artigos científicos, livros, teses e dissertações. O texto final fundamentado nas ideias
e concepções de autores como: Freire (1979; 1983; 1996), Morente (1980), Morin (2005), Savater (1998)
e vários outros autores que relatam a importância da filosofia para a educação e para a formação
humana, o estudo alcançou os resultados almejados sobre a importância da sociologia para as ações dos
indivíduos no meio social.

PALAVRAS-CHAVE: Filosofia. Educação. Formação. Humana. Professor.

1
Graduação em Formação Pedagógica em Filosofia – pelo Centro Universitário – FAVENI.
E-mail: fnsterapia@gmail.com.
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1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta como objetivo principal demonstrar a relação


necessária entre filosofia e educação, levando em consideração os significados que
cada uma delas carrega em suas perspectivas, desdobramentos, e importância para o
ensino. A Filosofia não apresenta um fim determinado, uma resposta pronta, ela é o
caminho, seu objeto é seu próprio pensamento e está problematizando-o a todo
momento. Com base em suas contribuições e opiniões acerca da filosofia, é possível
ampliar e proporcionar um olhar crítico em relação aos benefícios que o estudo da
sociologia gera nas pessoas, e em suas ações no meio social.
O intuito deste estudo é discursar sobre o que é filosofia no século XXI,
conceituando seu termo, assim como apresenta a sua importância e realidade atual,
procurando efetivar uma análise a respeito da percepção de filosofia e educação.
Refletindo sobre os contextos históricos dessa ciência e sua necessidade no meio
social contemporâneo como um campo de saber cada dia mais necessário.
O estudo da filosofia é bastante amplo, com processos que giram em torno da
vida de todos. Atualmente, com tantas inovações que a sociedade atual se depara,
cabe as profissionais da educação buscar capacitações em prol de se adequar ao meio
social moderno e complexo, assim, o professor deve estar atualizado para ofertar a
imensidão de saberes que engloba a disciplina da filosofia.
O presente trabalho foi elaborado com a finalidade de alcançar objetivos
precisos. Proporcionar conhecimentos teóricos e metodológicos das principais teorias
filosóficas que se empenham em explicar as estruturas, os processos e os fenômenos
sociais.
Para atingir os objetivos, apresenta-se definidos assuntos que são importantes
para o entendimento da filosofia. Procurando conceituar e ampliar as noções anteriores
do campo da filosofia, assim como, os benefícios que a mesma proporciona para as
pessoas e para a sociedade. Gerando criticamente visões positivas sobre suas funções
e valores que são fundamentais.
O presente trabalho não tem como pretensão indicar a filosofia como único
caminho para se chegar a tais fins, anteriormente citados, que sejam necessários no
âmbito educacional. Mas, vem reafirmar a importância de uma disciplina que por vezes
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é esquecida e ignorada, excluindo-se assim a possibilidade de um ensino, crítico,


reflexivo e emancipatório. Para tal desenvolvimento, procuramos identificar
determinadas características fundamentais da filosofia no âmbito educacional.
A metodologia utilizada é a revisão bibliográfica. Através da utilização das bases
de dados: Revista Eletrônica, Scielo e Google acadêmico, serão pesquisados artigos
científicos, livros, teses e dissertações. O texto final fundamentado nas ideias e
concepções de autores como: Freire (1979; 1983; 1996), Morente (1980), Morin (2005),
Savater (1998) e vários outros autores que relatam a importância da filosofia para a
educação e para a formação humana, o estudo alcançou os resultados almejados sobre
a importância da sociologia para as ações dos indivíduos no meio social.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 INTRODUÇÃO À FILOSOFIA

A filosofia abrange a realidade em sua totalidade, a fim de entender os


problemas como um todo, não apenas fazendo recortes, mas sim lançando seu olhar.
sobre todas as possibilidades de ótica e problematização. Sua atividade por excelência,
a reflexão, consiste em analisar e reanalisar as estruturas, meios e formas que há para
se chegar a tais fins, que geralmente se ignoram, acreditando ser possível apenas um
único caminho.
Outra característica da filosofia consiste na dúvida, em que se questiona sobre o
que há, para melhor visão e entendimento sobre o que se está questionando. A filosofia
vai além do que está posto aí, do que a visão alcança, ela alça voo para longe, a fim de
enxergar o problema em sua totalidade. Mas, por esse mesmo motivo de olhar além
das aparências, as vezes é vista como mais uma abstração e ilusão da realidade, o que
é errôneo. Conforme a citação:
a filosofia não é, de modo algum, uma simples abstração independente da vida.
Ao contrário ela é a própria manifestação humana e sua mais alta expressão
(...) A filosofia traduz o sentir, o pensar e o agir do homem. Evidentemente, o
homem não se alimenta da filosofia, mas sem dúvida nenhuma, com a ajuda da
filosofia (BRANGATTI, 1993, p.14).
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Ora, a filosofia está permeando o homem a todo o momento, em sua


cotidianidade, quando este indaga sobre algo, quando se incomoda com certos valores,
quando questiona as leis e mandatos políticos, fazendo uso de sua consciência crítica.
A filosofia se torna assim indispensável e incontornável ao homem. Até nos momentos
em que é utilizado argumentos para evita-la, também se está filosofando, pois, o
argumento, estruturado e lógico, também parte do seio da filosofia.
Há vários significados sobre o que é Filosofia, tendo em vista que não temos um
conceito definido, cada filosofo terá uma concepção acerca do tema, mas:
Filosofia é uma palavra de origem grega (pihlos = amigo; sophia = sabedoria) e
em seu sentido estrito designa um tipo de especulação que se originou e atingiu
o apogeu entre os antigos gregos, e que teve continuidade com os povos
culturalmente dominados por eles: grosso modo, os povos ocidentais. É claro
que, atualmente, nada impede que em qualquer parte do mundo se possa fazer
especulação ‘à moda grega’, isto é, filosofia, (IGLÉSIAS, 2008, P. 12).

A retomada desse antigo princípio humanista para a conquista do saber resultou


em muitas ressignificações na área, sobretudo quanto aos papeis dos principais
sujeitos da Educação, o aluno e o professor, os quais de, respectivamente expectador e
domesticador do ensino, retomaram a condição de sócio construtores do conhecimento.
Entretanto, considerando que o princípio humanista de Educação encontra
substância na própria etimologia do termo, é, no mínimo intrigante, o aspecto de que,
Paulo Freire, ao retomar o sentido originário da palavra Educação tenha provocado
tamanho espanto social, não apenas naquele tempo, como também na atualidade.
A filosofia é uma ciência profundamente importante para o mundo atual, com
tantas transformações, uma vez que além da busca do entendimento das causas e
consequências do que acontece no mundo, a mesma procura rever e até mesmo
antecipar eventos para as gerações seguintes, ajudando-nos a entender e procurar
soluções que solucionem possíveis problemas.
Por esse motivo o pensamento social tem papel fundamental no que se refere ao
bem social de cada um. A vida cotidiana e social de cada pessoa tem importante valor,
pois as pessoas apresentam aquilo que vivem e levam isso para o meio social, para seu
trabalho e relações do meio, assim o ensino de filosofia oferece subsídios riquíssimos
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sobre o valor de cada opinião e pertencimento social por meio da filosofia e suas
vertentes.
2.2 FILOSOFIA E EDUCAÇÃO: DESAFIOS E NOVAS PERSPECTIVAS

A literatura freireana, marcada pelo seu ineditismo, espalhou-se mundo afora


como uma nova Filosofia da Educação, já que pautada em novas perguntas
empenhadas na busca por soluções para velhas realidades. Nas suas palavras, urgia a
necessidade de
uma educação que levasse o homem a uma nova postura diante dos problemas
de seu tempo e de seu espaço. A da intimidade com eles. A da pesquisa ao
invés da mera, perigosa e enfadonha repetição de trechos e de afirmações
desconectadas das suas condições mesmas de vida. A educação do ‘eu me
maravilho’ e não apenas do ‘eu fabrico’. A da vitalidade ao invés daquela que
insiste na transmissão do que Whitehead chama de inert ideas — ‘Ideias
inertes, quer dizer, ideias que a mente se limita a receber sem que as utilize,
verifique ou as transforme em novas combinações’ (FREIRE, 1979, p. 93).

Freire (1979), assim, sacudiu as evidências do mundo da Educação que, até


então, se configuravam como familiares, trazendo à baila a discussão em torno de uma
Educação que, quando massifica, serve como instrumento de coisificação do sujeito,
não contribuindo em nada para a sua transformação e o seu protagonismo social, pelo
que, ao mundo se apresenta dois tipos de Educação: “para a domesticação, para a
alienação, e uma educação para a liberdade. Educação para o homem-objeto ou
educação para o homem-sujeito (FREIRE, 1979, p. 36).
Contudo, ter direito a uma ou outra Educação não é questão de escolha, mas,
sobretudo de oportunidade de acesso, a qual fica sob a chancela de um Estado elitista
que se mantém da alienação do povo como forma de perpetuação do status quo, não
lhe sendo interessantes, por isso, oportunizar ao povo com um tipo de Educação que
liberta, tira inércia, desperta consciência e gera possibilidade de, realmente, ser no
mundo.
O filósofo e educador Paulo Freire, como intelectual que era, ao “[...] reinterrogar
as evidências e os postulados, sacudir os hábitos, as maneiras de fazer e de pensar,
dissipar as familiaridades aceitas [...]” (FOUCAULT, 1984, p. 22) acerca do que
consolidava como Educação à época, desvelou uma realidade de dominação que se
dava, também, pela forma de ensino que se cedia ao povo, apontando, a partir da
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“reproblematização” (FOUCAULT, 1984, p. 22) dessa realidade, outros caminhos para o


processo de ensino e de aprendizagem no Brasil e no mundo, que ele denominou de
Educação corajosa, já que deveria ser ela uma prática da liberdade capaz de inserir o
sujeito na sua realidade, advertindo-o
dos perigos de seu tempo, para que, consciente deles, ganhasse a força e a
coragem de lutar, ao invés de ser levado e arrastado à perdição de seu próprio
“eu”, submetido às prescrições alheias. Educação que o colocasse em diálogo
constante com o outro. Que o predispusesse a constantes revisões. À análise
crítica de seus “achados”. A uma certa rebeldia, no sentido mais humano da
expressão (FREIRE, 1979, p. 90).

Freire (1979), ao estranhar-se com os estabelecidos para a Educação, resgatou,


assim, o seu conteúdo social e político, em oposição à ideia frívola de Educação que se
impunha à sociedade como “transferência de saber” (FREIRE, 1983, p. 46), pois, longe
der um ato impositivo, ele entendia que “a educação é um ato de amor, por isso, um ato
de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade. Não pode fugir à
discussão criadora, sob pena de ser uma farsa” (FREIRE, 1983, p. 97).
Investida de seu compromisso social e político, a Educação, com Freire (1979),
retomou o seu papel humanista na sociedade, não lhe cabendo, portanto, a mera tarefa
“de estender suas técnicas, entregá-las, prescrevê-las” (FREIRE, 1983, p. 14) ou
impô-las a dóceis receptores.
A partir da literatura freireana, Educação e conscientização humana ganharam
força como a principal “ameaça às elites detentoras de privilégios” (FREIRE, 1979, p.
54), já que a tomada de “consciência significa uma abertura à compreensão das
estruturas sociais como modos da dominação e da violência” (FREIRE, 1979, p. 15).
Essa força revolucionou o mundo da Educação reverberando, inevitavelmente,
em todo o pensar e fazer educacional, isto é, em uma Pedagogia com ressonâncias de
um clássico princípio humanista socrático em que “a conquista do saber [...] através do
exercício livre das consciências, [...] não possa limitar-se jamais ao estrito aprendizado
de técnicas ou de noções abstratas (FREIRE, 1979, p. 6-7).
A filosofia não se produz de forma independente do trabalho pedagógico. São
intercomunicantes os caminhos dos estudos e pesquisas acadêmicas e atividades
curriculares presentes no magistério atreladas a este campo de estudo, pois alimentar a
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dimensão da formação do indivíduo e fazer ciência mediante a reflexão acadêmica com


base na pesquisa científica são faces de um mesmo problema.

2.3 FILOSOFIA E FORMAÇÃO HUMANA

“Nascemos humanos, mas isso não basta: temos também que chegar a sê-lo”,
diz um autor do nosso tempo. (SAVATER, 1998, p. 29). E diz mais: “A condição humana
é em parte espontaneidade natural, mas também deliberação artificial: chegar a ser
totalmente humano – seja humano bom ou humano mau – é sempre uma arte”.
(SAVATER, 1998, p. 31). Assemelha-se a ideias de Kant. No início de Sobre a
Pedagogia lê-se: “O homem é a única criatura que precisa ser educada. Por educação
entende-se o cuidado de sua infância (a conservação, o trato), a disciplina e a instrução
com a formação”. (KANT, 1996, p. 11). Mais à frente diz: “O homem não pode tornar-se
um verdadeiro homem senão pela educação. Ele é aquilo que a educação dele faz”.
(KANT, 1996, p. 15).
Nessa perspectiva o ser humano precisa da educação, pois é ela que o faz
humano: a educação o forma; ela o constitui como humano. Kant insiste na ideia de se
dar uma forma conveniente ao humano: “É entusiasmante pensar que a natureza
humana será sempre melhor desenvolvida e aprimorada pela educação e que é
possível chegar a dar aquela forma que em verdade convém à humanidade”. (KANT,
1996, p. 17).
Consideremos o que diz sobre formação. “O homem tem necessidade de
cuidados e de formação. A formação compreende a disciplina e a instrução”. (1996, p.
14) e ela, a formação, é:
1) negativa, isto é, disciplina, a qual impede os defeitos; 2) positiva, isto é,
instrução e direcionamento e, sob este aspecto, pertence à cultura. O
direcionamento é a condução na prática daquilo que foi ensinado. Daqui nasce
a diferença entre o professor, o qual é simplesmente um mestre, e o
governante, o qual é um guia. O primeiro ministro a educação da escola; o
segundo, a da vida. (KANT, 1996, p. 30-31).

A formação humana, para Kant, inclui a disciplina que é negativa porque “impede
ao homem de desviar-se do seu destino, de desviar-se de sua humanidade” (KANT,
1996, p. 12); e inclui a instrução ou a cultura – “pois que assim pode ser chamada a
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instrução” (KANT, 1996, p. 16). “Quem não tem cultura de nenhuma espécie é um bruto;
quem não tem disciplina ou educação é um selvagem”. (KANT, 1996, p. 16). Para ele a
cultura abrange a instrução e vários conhecimentos e talvez, por essa razão, ela
envolve um trabalho professoral de informação, que ele denomina também de
escolástico e de direção, de governança ou de guia para a vida. Tudo isto é formação
humana, ou educação, para Kant. A formação humana torna o homem humano. A
formação é constituidora da humanidade no humano. Há germes de humanidade que é
necessário desenvolver de certa maneira: cultivar na direção da realização da
humanidade. “A espécie humana é obrigada a extrair de si mesma pouco a pouco, com
suas próprias forças, todas as qualidades naturais que pertencem à humanidade”.
(KANT, 1996, p. 12).
Saviani e Duarte (2010) compreendem a filosofia como sendo a forma mais
elaborada e elevada de compreensão do ser humano conquistada pela humanidade.
Enquanto Luckesi e Passos (2012) destacam a importância da filosofia para a formação
humana afirmando que ela, “tem por objeto de reflexão os sentidos, os significados e os
valores que dimensionam e norteiam a vida e a prática histórica humana” (p. 80).
Confiamos que o ensino de filosofia torna a pessoa mais independente, mais
apta a escolher e achar seu próprio caminho. Consoante a isso, a filosofia fornece à
educação uma reflexão sobre a sociedade na qual está situada, manifestada como
forma de entendimento propiciando ao ser humano a compreensão de sua existência
(LUCKESI, 2011).
Por esta senda, devemos considerar a relação intrínseca entre a filosofia e a
educação, e compreender, conforme Anísio Teixeira (1959), que as filosofias são, em
essência, teorias gerais de educação.
Sobre a relação entre filosofia e educação, Cipriano Luckesi (2011), nos ensina
que elas são fenômenos existentes nas sociedades. A filosofia sendo a interpretação
teórica das realizações de um grupo social, enquanto a educação é instrumento que
compõe essa interpretação.
Ora, a educação sempre esteve presente na vida dos indivíduos, desde os
primórdios da humanidade. Esta, por sua vez, foi se transformando conforme a
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educação também se modifica. Conforme Saviani (1994), a educação coincide com a


própria existência humana e as suas origens se confundem com as origens do próprio
homem.
Na concepção marxista, a educação deve ser vista como instrumento de
transformação social e não meramente uma reprodutora dos valores da classe
dominante. Contudo, a classe dominante percebeu que o caminho para tal fim era
interferir no processo de conhecimento, reflexão e discussão do conflito de classes por
parte da força trabalhadora. Desta forma, é visível que no processo educativo existe
uma dualidade que é uma manifestação específica da dicotomia social própria ao modo
de produção capitalista.
Nas palavras de István Mészáros (2008, p. 15), vemos que:
A educação, que poderia ser uma alavanca essencial para a mudança,
tornou-se instrumento daqueles estigmas da sociedade capitalista: “fornecer os
conhecimentos e o pessoal necessário à maquinaria produtiva em expansão do
sistema capitalista, mas também gerar e transmitir um quadro de valores que
legitima os interesses dominantes”. Em outras palavras, tornou-se uma peça do
processo de acumulação de capital e de estabelecimento de um consenso que
torna possível a reprodução do injusto sistema de classes. Em lugar de
instrumento de emancipação humana, agora é mecanismo de perpetuação e
reprodução desse sistema.

Marise Ramos (2008) expressa a influência do capitalismo sobre o processo


educativo no Brasil, refletindo que:
Vemos, então, que a história da dualidade educacional coincide com a história
da luta de classes no capitalismo. Por isto a educação permanece dividida entre
aquela destinada aos que produzem a vida e a riqueza da sociedade usando
sua força de trabalho e aquela destinada aos dirigentes, às elites, aos grupos e
segmentos que dão orientação e direção à sociedade. Então, a marca da
dualidade educacional do Brasil é, na verdade, a marca da educação moderna
nas sociedades ocidentais sob o modo de produção capitalista. A luta contra
isso é uma luta contra hegemônica. É uma luta que não dá tréguas e que,
portanto, só pode ser travada com muita força coletiva (p. 2).

É inegável que a educação é um instrumento poderoso para a formação humana.


Contudo, a educação numa sociedade capitalista está a serviço da reprodução e
perpetuação dos interesses das classes dominantes.
Nessa perspectiva, a disciplina de filosofia deve estar incluída na educação
técnica e profissionalizante integrada ao ensino médio como contribuição para a
formação da autonomia dos discentes, num processo formativo que integre as
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dimensões estruturantes da vida, trabalho, ciência e cultura (CIAVATTA; RAMOS,


2012).
“O pressuposto de toda a história humana é naturalmente a existência de
indivíduos humanos vivos. O primeiro fato a constatar é, pois, a organização corporal
destes indivíduos e, por meio disto, sua relação dada com o resto da natureza”. (MARX
ENGELS, 1979, p. 27). Esta organização corporal condiciona, por sua vez, aquilo que
diferenciará os “homens dos animais, isto é, a produção dos seus meios de vida. (p,
27). “O que os indivíduos são, portanto, depende das condições materiais de sua
produção”. (p. 28).
Marx e Engels (1979) apontam os caminhos da realização humana nestas
condições históricas: um primeiro momento deste caminho, “primeiro ato histórico” (p.
39), é o da produção dos meios que permitem a satisfação das necessidades de
“comer, beber, ter habitação, vestir-se e algumas coisas mais” (p. 39). Ato estes, aliás,
dizem eles que “deve ser cumprido todos os dias e todas as horas”. (MARX E ENGELS,
1979, p. 39). A satisfação destas necessidades básicas conduz a novas necessidades
que são cada vez mais ampliadas até por conta do processo de procriação que obriga
os homens a um trabalho não só para a manutenção de cada vida individual, mas para
a vida de todos. Decorre daí o processo de produção coletiva da vida que adquire as
mais diversas formas historicamente. Os seres humanos vivem e formam-se como
humanos no trabalho, ou seja, nas relações de produção que implicam em relações
sociais. É no conjunto de tais relações que se constata, ou se verifica “que o homem
tem consciência” e que ela “é desde o início um produto social”. (MARX E ENGELS,
1979, p. 43). Daí afirmarem os autores: “Vê-se aqui que os indivíduos se fazem uns aos
outros, tanto física como espiritualmente, mas não se fazem a si mesmos”. (MARX E
ENGELS, 1979, p. 55). A formação humana se dá nas relações que os seres humanos
estabelecem, uns aos outros se fazendo, mas ninguém se fazendo sozinho,
solitariamente. A formação humana, nesta perspectiva, é solidária: ela se dá nas
interações sociais que incluem necessariamente as relações produtivas. Estas
interações sociais incluem a transmissão, para as novas gerações, “de uma soma de
forças de produção” e de uma “relação historicamente criada com a natureza e entre os
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indivíduos” que, “embora sendo em parte modificada pela nova geração, prescreve a
estas suas próprias condições de vida e lhe imprime um determinado desenvolvimento,
um caráter especial. Mostra que, portanto, as circunstâncias fazem os homens assim
como os homens fazem as circunstâncias”. (MARX e ENGELS, 1979, p. 56).
No campo temático da Filosofia da Educação a principal pergunta é a que diz
respeito ao ser humano e ao significado de sua existência.
(...) de um ponto de vista mais fundante, pode-se dizer que cabe à filosofia da
educação a construção de uma imagem do homem. (...) Trata-se do esforço
com vista ao delineamento do sentido mais concreto da existência humana. (...)
Como tal, a filosofia da educação constitui-se como antropologia filosófica.
(SEVERINO, 1990, p. 21).

Não uma antropologia abstrata ou metafísica, mas “uma antropologia filosófica


capaz de apreender o homem existindo sob mediações histórico-sociais, sendo visto
então como ser eminentemente histórico e social”. (SEVERINO, 1990, p. 21).
Esta mesma ideia é retomada por Severino em 2001. A Filosofia da Educação
deve ser entendida como “uma elaboração com vistas à elucidação radical do sentido
da educação” no contexto da existência humana. (SEVERINO, p.119). Este é o primeiro
e grande tema da investigação da Filosofia da Educação que, “desse ponto de vista (...)
é fundamentalmente uma antropologia, pois toda significação possível da educação
está atrelada à da existência humana na sua integralidade”. (SEVERINO, p. 119).
Numa insistência que parece denunciar um esquecimento imperdoável da
dimensão antropológica em muitas abordagens da Filosofia da Educação, Severino
reitera este ponto de vista em 2004, em nova publicação:
... impõe-se à Filosofia da Educação a construção de uma imagem do homem
como sujeito fundamental envolvido na educação. Trata-se de delinear o sentido
mais concreto da existência humana com relação às suas coordenadas de
educabilidade. Como tal, a Filosofia da Educação constitui-se como uma
antropologia filosófica, entendida como tentativa de construção de uma visão
integrada do ser humano. (SEVERINO, 2004 p. 31).

É a partir destas premissas que Severino pode falar, também, em formação


humana. Ele se pergunta: “O que vem a ser essa formação?” (SEVERINO, 2002, p.
185). É o desenvolvimento das pessoas como “pessoas humanas”: “Nós nos formamos
quando nós nos damos conta do sentido de nossa existência, quando tomamos
consciência do que viemos fazer no planeta, do porquê vivemos”. (SEVERINO, 2002, p.
14

185). Essa tomada de consciência é o que ele denomina de dimensão subjetiva que
exige o desenvolvimento de sensibilidades que a constituem: a sensibilidade
epistêmica, a sensibilidade aos valores morais (consciência ética), a sensibilidade aos
valores estéticos (consciência estética) e a sensibilidade aos valores políticos
(consciência social).
É toda esta esfera do exercício da dimensão subjetiva da pessoa que nos torna
efetivamente humanos. Não bastam a integridade física, biológica, o bom
funcionamento orgânico, as forças instintivas para uma adequada condução da
vida humana. Sem a vivência subjetiva continuamos como qualquer outro ser
vivo puramente natural, regido por leis pré-determinadas, vale dizer, sem
possibilidades de escolhas, sem flexibilidade no comportamento. (SEVERINO,
2002, p. 185).

Esta vivência subjetiva não se dá, porém, descolada das circunstâncias histórico
sociais, como também destaca Morin (2005a, p.78): o “sujeito surge para o mundo
integrando-se na intersubjetividade, no seu meio de existência, sem o qual perece”. Ele
não fala de formação, neste momento de seus estudos (Método 5), mas de
estruturação do sujeito mediada por outros sujeitos, entendendo que a constituição do
indivíduo/sujeito só ocorre na relação pessoa/pessoa: “cada vida autônoma é possuída
no interior e no exterior por outras vidas” (MORIN, 2005b, p. 442). E nesse movimento a
cultura permeia o contato e o convívio, inserindo a tradição e também constituindo o
indivíduo/sujeito, por intermédio, principalmente da linguagem.
A filosofia é permeada por diversos pioneiros que são filósofos de renome e que
apresentam a sua seriedade para a vida de qualquer indivíduo, assim como, para o
bem social e a busca por uma sociedade democrática onde seu intuito principal é a
valorização da participação de todos.

2.4 DESAFIOS DO PROFESSOR NO ENSINO DE FILOSOFIA

O ensino de filosofia nas escolas constitui-se um grande desafio diante das


perspectivas contemporâneas, como nos relata acima Freire (1996) que precisa haver
motivação para a pesquisa, para a busca, mas na maioria das vezes, apresenta-se
como reprodutivo, no sentido de ser apenas aquele em que se estabelece a cronologia,
a história de alguns dos pensadores ou filósofos. Nesse sentido, ainda é possível
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encontrar educador que privilegia filósofos, cujo estudo é mais simples, excluindo temas
mais complexos. Há educador que ensina a filosofia apenas de maneira explicativa,
descartando a aproximação dos temas explicitados em sala com a realidade, as
discussões transversais e inerentes à vida.
Primeiramente, o educador deve pensar em ensinar, além, do conteúdo em sala,
como nos relata Freire (1996, p. 141), o ensinar a filosofar, o ler e o pensar para “a
construção da consciência coletiva para a formação cidadã e humanizadora”. Nessa
perspectiva, o Ensino de Filosofia deveria ser obrigatório desde os primeiros anos da
Educação Básica e não apenas no Ensino Médio como atualmente está preconizado na
Lei de Diretrizes-LDBEN (BRASIL, 1996) e na Base Nacional Comum Curricular-BNCC
(BRASIL, 2015), constituindo-se em momentos de aprendizagem, autonomia e
habilidade na construção do pensamento, resultados da interação social.
No Ensino de Filosofia, é preciso respeitar as transformações no uso do método
e novas maneiras de ensinar, respeitando as formas de comunicação e a possibilidade
de aprofundamento. É preciso que o educador “[...] se convença definitivamente de que
ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção
ou a sua construção” (FREIRE, 1996, p. 22). A evidência da própria existência – o
"penso, logo existo" – traz uma primeira certeza. A razão seria a única coisa verdadeira
para alcançar o conhecimento. Descartes (1968 apud SILVA, 1978, p. 184) afirma que
"Eu sou uma coisa que pensa, e só do meu pensamento posso ter certeza ou intuição
imediata".
Diante disso, objetivou-se com esta pesquisa sobre o Ensino de Filosofia na
Educação Básica constatar se há ou não no processo de ensino e aprendizagem a
utilização de métodos adequados ao recomendado pela BNCC (BRASIL, 2015), que
adota a concepção de objetivos de aprendizagem como forma de interação social e
construção do conhecimento a partir das vivências dos estudantes, para a promoção a
apropriação do questionamento e dos discursos filosóficos.
Nesse âmbito, pode-se entender que a filosofia e a vida cotidiana estão e são
intimamente ligadas, ambas giram em torno das pessoas e suas vidas sociais,
buscando sempre atingir os objetivos e garantir o sucesso no espaço social. É
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necessário que cada um busque colocar em práticas os conhecimentos teóricos e


metodológicos que envolvem a sociologia e seu campo de estudo.
É correto afirmar que ao longo dos anos o conceito da função da escola e do
papel do professor passou por constantes transformações, tanto social como crítica.
Anteriormente, o professor era o instruído e, tido como perito, que fornecia o
conhecimento e o transferia aos seus alunos e, consequentemente afetava toda a
escola e suas ações.
A escola era vista como o lugar do saber, a ciência e o conhecimento emanava
neste espaço, ou seja, a escola tinha como função a instrução e formação de homens e
mulheres capacitados a viver socialmente. No entanto, com as mudanças
contemporâneas ocorridas nos diversos âmbitos – econômica, social, política e cultural
– existiu uma mudança decorrente da visão da identidade do professor, o qual
necessita buscar diversos meios de inovações e capacitações para manter seu espaço
e valorização em destaque.
O professor de filosofia enfrenta desafios constantes, pelo motivo da disciplina de
filosofia tratar de assuntos referente a atitudes, valores, opiniões e mudanças sociais,
assim, o mesmo deve estar sempre preparado e atualizado para oferecer o suporte
necessário aos seus alunos.
Quando se pensa na função do professor, ressalta-se que há um conjunto de
situações relacionadas como atitudes, valores, éticas, que formam itens básicos para o
seu desenvolvimento no papel da educação.
A filosofia tem uma forte aliança com os professores, pois fornece os elementos
para uma análise eficiente da realidade em que irão trabalhar, bem como determina
neles o papel de agente na construção social, uma vez que, os prepara para a vida,
para o futuro.
A filosofia tem a preocupação em contribuir com o professor na identificação das
interferências do contexto na sua profissão, assim como, favorecer a análise das novas
exigências colocadas pela realidade social, as finalidades da educação em diferentes
momentos históricos, o papel do professor, a primazia da educação no governo, lutas
da categoria, rápidas transformações tecnológicas e científicas.
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Afinal, compreender a importância da Filosofia na formação escolar básica e os


possíveis lugares do filosofar na vida. É possível perceber que muitos professores
ainda não têm clareza quanto à sua concepção filosófica e o que garante a BNCC,
necessitando de apoio na elaboração de propostas para o Ensino de Filosofia. Para
Freire (1996), o ser humano é inacabado, foi lançado ao mundo sem o seu
consentimento ou querer. Sua existência é determinada pelas contingências da vida, “é
o anseio de ser o que não somos, é o anseio de continuar sendo. O homem só pode
transcender, se for capaz de projetar-se. Assim ele sempre busca um sentido para sua
vida” (MORENTE, 1980, p. 316).
É certo que, ainda há grandes questionamentos acerca da utilização de vários
recursos em sala. Sabe-se que o professor deve procurar outros recursos e não
exclusivamente ao livro didático, ou seja, dar uma direção às aulas e a vida. Não
existem verdades absolutas, a nossa vida é essa abertura ao mundo. “Do existir é
próprio, por um lado, a facticidade, por outro, a abertura (…) o estar essencialmente
aberto para as coisas” (MARIAS, 2004, p. 480).
O Ensino de Filosofia pode e deve dialogar com todas as áreas do saber de
forma interdisciplinar, mantendo-se, todavia, fiel às especificidades que justificam sua
inserção no currículo pela BNCC (BRASIL, 2015). Ainda sobre as propostas destaca-se
a necessidade de que sejam criadas condições de produção de conhecimentos,
ajudando o estudante a produzi-los, considerando toda a diversidade atual. As novas
propostas pedagógicas começaram a ser elaboradas em atendimento às exigências da
LDBEN (BRASIL, 1996), a BNCC (BRASIL, 2015) que definem os conhecimentos de
Filosofia como atributos de várias áreas de conhecimento, alicerçadas na formação
ética, política e a cidadania. Para Freire (1996, p. 22) “ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”.
Por isso, para compreender as transformações e atuar na realidade, a filosofia é
um dos instrumentos que colaboram com a formação crítica dos professores, mas é ao
lado de outras ciências como a história, a psicologia a filosofia, todas têm seus pontos
positivos e que acrescentam cada vez mais informações aos educadores.
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A atuação do professor deve destinar frequentemente o educando à observação


de sua vida social associando fatos, assim como comentado anteriormente.
O ensino da filosofia contribui para a formação de um jovem com pensamento
crítico, uma vez que coloca os estudantes em contato com o mundo social vivido por
eles, com suas próprias realidades, como também propicia uma aproximação com
diversas formas de cultura, dentre as demais discussões abordadas pelo pensamento
filosófico. Assim, o papel do professor é fundamental para que a formação dos alunos
seja significativa.
A função do professor no ensino de filosofia no espaço escolar é desafiadora, no
entanto é fundamental, pelos diversos papéis desempenhados, onde se pode observar
que o mesmo tem propósito na qualidade de ensino dos alunos e melhora no convívio
social.

3. CONCLUSÃO

Conclui-se ao final deste estudo o qual servirá como despertamento para que se
abram os olhos dos professores de filosofia, sendo uma experiência fundamental para
os professores sobre a realidade e os benefícios que a disciplina proporciona aos
estudantes, aprimorando suas capacitações e formando de acordo com as
necessidades atuais.
Concluindo, estamos vivendo numa sociedade democrática, onde é importante a
participação de todas as classes sociais e categorias profissionais, visando uma
organização social mais igualitária e justa. O campo da filosofia é amplo e com
transformações significativas para os indivíduos, despertando sobre as questões
referente a valores e ações sociais que giram em torno de todos.
A filosofia é fundamental em tempos atuais, em que os indivíduos parecem não
perceber os perigos do tecnicismo, da mecanização da vida e da alienação, sufocando
as possibilidades de se emancipar e emancipar a outros. A filosofia vem contribuir no
meio educacional a partir de suas especificidades, colaborando com o melhor
desenvolvimento e riqueza no que diz respeito às práticas educacionais, juntamente
com outras áreas que não são menos importantes que a filosofia, mas que podem
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ajudar umas a outras para o aperfeiçoamento de metodologias, diálogos e práticas que


carecem de reflexão.
Assim as propostas precisam se preocupar efetivamente com a aprendizagem
em si, e aquilo que o aluno realmente quer dizer e precisa aprender sobre a interação
real entre ele e as diferentes circunstâncias e em diferentes situações sociais, para as
condições reais e efetivas do pensar filosófico. O ensino de filosofia é fundamental para
a educação e formação humana por meio de uma atuação significativa que deve
oferecer aos alunos todos os conhecimentos entre filosofia e educação. Enfim, ao
concluir esse estudo é possível enfatizar a relevância dessa pesquisa para a
comunidade acadêmica e científica.

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