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A afetividade e a Construção do

sujeito na Psicogenética de Wallon


HENRI WALLON
. França (1879 – 1962);
. Filosofia, Medicina, Pedagogia, Psicologia
2 Guerras Mundiais;
. Criança – motor
↓ – cognição
↓ – afeto

CONTEXTUALIZADA : espaço físico, pessoas próximas,
conhecimentos próprios da cultura, linguagens.
AFETIVIDADE
• Refere-se à capacidade, à disposição de
sermos afetado pelo mundo interno e
externo por meio de sensações ligadas a
tonalidades agradáveis ou desagradáveis
(WALLON, 1995).
• Afetividade na Sala de Aula
• As emoções são os sinalizadores de como o
ser humano é afetado pelo mundo interno e
externo.

• Afetivo dá energia e direção ao ato motor e


ao cognitivo;
• Motor dá expressão ao afetivo;
• Cognitivo dá avaliação das situações que
estimularão emoções e sentimentos.
• O desenvolvimento da criança se constitui no
encontro do entrelaçamento de suas condições
orgânicas e sociais.

• Meio social e físico coloca exigências a que a


criança precisa responder para sobreviver e se
adaptar a ele. É a cultura que determina o que
a criança precisa aprender e como, para se
adaptar a sociedade e fornece os recursos para
sua aprendizagem.
• relação da criança com o seu meio formação integral -
intelectual, afetiva e social - às crianças, uma relação
recíproca, complementar entre fatores orgânicos e
socioculturais.

• Essa relação está em consoante transformação e é nela


que se constitui a pessoa.

• O desenvolvimento é um processo em aberto porque a


cada nova exigência do meio – meio que está sempre
em movimento – novas possibilidades orgânicas
poderão ser ativadas em múltiplas direções
• O desenvolvimento é entendido como um
processo constante, contínuo de
transformações dessa relação ao longo da vida.
Ele comporta fluxos e refluxos, reviravoltas,
CRISES necessários ao ajuste das funções
espontâneas da criança às exigências do meio.

• Cada estágio implica em acréscimo de


atividades mais coordenadas, mais complexas E
uma reorganização qualitativa.
• Reorganização qualitativa implica a
transformação dos conjuntos funcionais que
compõem o psiquismo: o motor, a afetividade,
a cognição e a pessoa.

• Cada estágio é marcado por novas funções e


possibilitam novas aprendizagens.

• O ritmo de desenvolvimento é um pêndulo:


ora cognitivo, ora afetivo.
• A identificação das características de cada
estágio pelo professor permitirá planejar
atividades que promovam uma
compatibilização das características e das
condições de ensino.
Desenvolvimento Humano
• Nas etapas de predomínio afetivo, o
individuo é voltado para o Eu e o outro. Nas
etapas de predomínio intelectual, o
individuo é voltado para o Eu e os
acontecimentos.

• A construção do sujeito e do objeto


alimentam-se mutuamente.
Impulsivo Emocional
Nascimento a 1 ano, aproximadamente.

• Imperícia.

• Os três primeiros meses de vida – o bebê dorme a maior


parte do tempo e meche o corpo. Ele está centrado no Eu
corporal.

• A mediação social neste período está na base do


desenvolvimento, pois o homem é um ser “geneticamente
social”.

• AFETIVO - construção do Eu corporal.


• Até o fim do primeiro ano, o meio de
comunicação com o ambiente é emocional.

• A maturação das possibilidades sensoriais e


motoras produz competências necessárias para
a exploração do meio.
Sensório motor e projetivo
• 1 a 3 anos, aproximadamente.

• Inteligência prática e simbólica.

• Ato mental se projeta no ato motor.

• Predomíniio do cognitivo.
• Quando aprende a andar começa a adquirir
um interesse intenso pela realidade externa e
se manifestará pela atividade exploratória
imoderada.

• os gestos da mímica ou da fala apoiam e até


conduzem ao pensamento que possui
fragilidade.
Personalismo
• 3 a 6 anos, aproximadamente

• Formação da personalidade

• Características:
graça e sedução;
crise de oposição;
imitação.

Predomínio do afetivo.
Personalismo
• O quarto, quinto e o sexto ano há sucessão
de manifestações que vão desde a rebeldia e
o negativismo em estado quase puro,
sedução do outro e depois a sua imitação.
Categorial
• Aproximadamente 6 a 11, 12 anos.

• Sistematizar ideias, formar categorias.

• Ênfase no cognitivo.
Adolescência
• A partir dos 11 anos, aproximadamente.

• Explosão hormonal;

• “Mas quem sou eu?”;

• A explosão pubertária é a segunda e última crise


construtiva onde há uma ruptura que se dá no
nível somático e impõe toda uma reconstrução
do esquema corporal.
Adolescência
• No ultimo grande momento de construção, a
puberdade retorna para o primeiro plano em
um tipo de afetividade que incorpora a
função categorial. Colocam-se exigências
racionais as relações afetivas.
• “Mas quem sou Eu?”.

• Ênfase no afetivo.
Referências

MAHONEY, Abigail A. e ALMEIDA, Laurinda R. A constituição da


pessoa na proposta de Henri Wallon. São Paulo: Loyola, 2004.

MAHONEY, Abigail A. e ALMEIDA, Laurinda R (orgs.) Henri


Wallon - psicologia e educação. São Paulo: Loyola, 2006.

WALLON, Henri. Psicologia da Educação e da Infância. Lisboa,


Portugal: Editorial Estampa, 1975.

WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. Lisboa,


Portugal: Edições 70, 1995.

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