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IALTH – Instituto Aliança de Linguística, Teologia e Humanidades

Curso: Bacharel Em Teologia Turma 7

Matéria: Psicologia da Educação

Professor: Jevison Cesário

Aluno: Leandro Mendonça Justino

Henri Wallon: Psicologia e educação

A teoria de Wallon considera o desenvolvimento da pessoa completa integrada


ao meio em que está imersa, com os seus aspectos afetivo, cognitivo e motor também
integrados.
A pessoa é vista como o conjunto funcional resultante da integração de suas
dimensões, cujo desenvolvimento se dá na integração de seu aparato orgânico com o
meio, predominantemente o social.
Para Wallon existem três leis que regulam o processo de desenvolvimento da
criança em direção ao adulto: a lei da alternância funcional, a da preponderância
funcional e a da integração funcional.
A lei da alternância funcional, indica duas direções opostas que se alternam ao
longo do desenvolvimento, uma voltada para a construção do eu e a outra voltada para
a elaboração da realidade externa e do universo que a rodeia. Essas duas direções se
manifestam de forma alternada, construindo o ciclo da atividade funcional.
A lei da sucessão da preponderância funcional, aqui três dimensões ao longo
do desenvolvimento do homem preponderam de forma alternada, são elas: motora,
afetiva e cognitiva. A função motora predomina nos primeiros meses de vida da criança,
a afetiva e cognitiva se alterna ao longo de todo o desenvolvimento.
A lei da diferenciação e integração funcional, são as novas possibilidades que
não se suprimem às conquistas dos estágios anteriores.
A integração dos três subconjuntos funcionais constitui o último subconjunto
funcional, denominado por Wallon de: pessoa.
A teoria das emoções é de grande importância para Wallon, para ele a emoção
é a exteriorização da afetividade, um fato fisiológico nos seus componentes humorais e
motores e, ao mesmo tempo, um comportamento social na sua função de adaptação do
ser humano ao seu meio. Para ele a emoção pode preponderar a razão e por causa
disso elas devem ser controladas, pois a razão é o destino ultimo do homem.
Para Wallon a pessoa constitui-se na integração de seu organismo com o meio,
estando o social sobreposto ao natural. Dessa forma, as atitudes das pessoas são
consideradas complementares às do meio, tanto quanto determinadas pelas suas
disposições individuais e pelo papel e lugar que ocupa no grupo social. E assim, a
pessoa deve ser vista como integrada ao meio do qual é parte constitutiva e ao mesmo
tempo, se constitui. Para ele a constituição da pessoa se dá por suas condições de
existência. O meio social e a cultura são as condições, ou seja, as possibilidades e os
limites de desenvolvimento do organismo.
A primeira etapa, o estagio impulsivo, as crianças tem o objetivo de chamar a
atenção do adulto por meio de gestos, gritos e expressões. O estagio emocional
durante o desenvolvimento da criança a simbiose respiratória do feto se transforma em
simbiose alimentar, e depois em simbiose afetiva. Na etapa Sensório-motor a criança
aprende a conhecer os outros como pessoa em oposição à sua própria existência. Em
seguida, no estagio da Personalidade a criança se diferencia dos outros, toma
consciência de sua autonomia em relação aos demais. A próxima etapa é a Categorial,
o desenvolvimento cognitivo da criança está aguçado e a sua sociabilidade ampliada.
Na fase da adolescência os sentimentos se alternam procurando buscar a consciência
de si na figura do outro, contrapondo-se a ele, além de incorporar uma nova percepção
temporal.
O projeto Langevin-Wallon propunha uma educação integral do pré-escolar até
a universidade, e isso porque ele considerava a escola o espaço social adequado para
ensinar valores éticos e morais. Wallom acreditava que as aptidões eram desenvolvidas
e cultivadas em contato com a cultura, por isso ele dava a escola a função primordial
dar acesso a cultura. Dos três aos onze anos, as aptidões parecem não contribuir de
maneira eficiente. Entre os onze e quinze anos emergem aptidões mais particulares,
mais pessoais. A partir dos sete anos a criança vive ao mesmo tempo sentimentos e
situações de cooperação, exclusão e rivalidade, por isso o professor deve intervir e
propor atividades em grupo e de cooperação. Na adolescência, o professor deve o
professor pode atuar no sentido de ajuda o aluno a distinguir valores sociais e morais, a
responsabilidade é um dos sentimentos que o professor deve cultivar nos alunos.
O meio e a cultura condicionam os valores morais e sociais da criança, por isso
o professor deve conhecer a realidade de seus alunos para saber quais suas
necessidades e cultivar os valores que são o seu objetivo.

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