Você está na página 1de 2

ESCOLA DE TEOLOGIA DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO BRASIL

CURSO: Livro em Teologia

DISCIPLINA: Técnica de Redação

ALUNO: Daniel Felipe Santiago

ALUNO: Leandro Mendonça Justino

RESUMO CRÍTICO

Paulo em Malta. In.: ALMEIDA, João Ferreira. Bíblia Sagrada (RC). São Paulo: CPAD,
1995, Atos dos apóstolos C.28 e Vs 1-11, p. 122.

A obra é um pequeno texto com onze versos que relata a estadia de Paulo e alguns
prisioneiros em uma ilha. Apesar do autor do livro de Atos não se identificar, nos sabemos
que ele é Lucas o médico e cooperador de Paulo (Cl 4.14; Fm 24), porque o cânone
Muratoriano, o prólogo anti-marcionita, Ireneu, Clemente de Alexandria, Orígenes e
Tertuliano dão testemunho disso. E pelo uso de verbos e pronomes na primeira pessoa do
plural (At 28.1,2,7,10,11) podemos afirma que Lucas foi uma testemunha ocular dos
acontecimentos narrados. Segundo o autor, Paulo chegando à ilha de Malta que fica ao sul da
ilha de Sicília, foi tratado bem pelos bárbaros, porém ele foi mordido por uma víbora ao
lançar gravetos em um fogo aceso para se protegerem do frio. O autor relata que os bárbaros,
que são chamados assim por serem não-grego em relação à cultura e ao idioma, julgaram que
Paulo era um homicida, pois havia sobrevivido a um naufrágio, mas foi mordido por uma
víbora e a Justiça não o permitia viver, e neste lugar há um ponto interessante, porque
encontramos aqui uma personificação da justiça, o que indica a crença dos malteses à Dique,
deusa grega da justiça e da vingança, entretanto como bárbaros poderiam demonstrar ter
conhecimento da mitologia grega? Mais adiante prestando atenção ao texto podemos entender
como isso foi possível. Contudo os bárbaros percebendo que nada aconteceu a Paulo diziam
que ele era um deus. Relata o autor que Paulo sendo recebido pelo principal da ilha, Públio,
orou pelo seu pai enfermo de febres e disenteria, e logo após por todos os outros que também
estavam enfermos na ilha, os quais foram todos curados. Conclui o autor que os bárbaros
gratos proveram as coisas necessárias e três meses depois do naufrágio partiram num navio de
Alexandria que invernava na ilha, com insígnia Castor e Pólux. Com essas informações
podemos entender como os bárbaros possuíam conhecimento da mitologia grega, pois
Alexandria era um grande porto marítimo situado na costa noroeste do delta do rio Nilo, no
Egito, e continha proeminentemente em sua população: gregos, egípcios e judeus. Castor e
Pólux eram considerados as divindades protetoras dos marinheiros e viajantes, sua insígnia no
navio denuncia a crença dos tripulantes da embarcação. E fica evidente que os gregos de
Alexandria ensinavam a mitologia aos habitantes de Malta quando invernavam ali. Também
podemos observar a atuação do Espírito Santo que vendo o que ocorria naquela ilha, criou
situações e conduziu a Paulo para pregar o evangelho aquelas pessoas que estavam sendo
enganadas com fábulas. E apesar do texto Bíblico não mencionar se alguém naquela ocasião
aceitou a Jesus Cristo como Salvador, catacumbas datadas dos séculos IV e V D. C.,
confirmam a cultura e a fé Cristã estabelecidas em Malta. Embora em certo momento os
habitantes daquela ilha esperassem a morte de Paulo, Deus por meio de Paulo trouxe vida
para eles. Recomendamos a todos que amam a palavra de Deus a continuarem lendo e
meditando nesse texto, muitas lições valiosas para nossas vidas ainda podem ser extraídas
dele.

Você também pode gostar