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A Comunicação Interpessoal é
uma forma de comunicação
que poderá decorrer entre
uma ou várias pessoas,
sendo, o seu principal
objectivo a troca e a
assimilação de informações.
Não é
A Comunicação visionada
está presente como um
no Ser Humano fenómeno
individual
Situa-se no
Pode ser
plano
intencional
cognitivo e
ou acidental
afectivo
RILEY(2004)
27-03-2012 Manuela Ferreira 3
Etimologicamente: Comunicar é tornar
comum (DLP, 1995)
COMUNICAÇÃO
A Comunicação Envolve
ACTIVIDADE FISICA
ATITUDES
TROCA DE IDEIAS
Tornar Comum PENSAMENTOS
SENTIMENTOS
TEIXIERA, 2004
• Prevenir doenças;
• Receitar medicamentos;
TEIXIERA,
27-03-2012 Manuela Ferreira 2004 13
Importância da Comunicação em Saúde
TRANVERSAL
CENTRAL
ESTRATÉGICA
CANAL
EMISSÃO RECEPÇÃO
OBJECTIVOS
E CODIFICAÇÃO
MENSAGEM
DESCODIFIC R EFEITO
AÇÃO
INTERFERÊNCIAS
COMUNICAÇÃO VERBAL
Escrita – relatórios
ORIENTAÇÃO
LOCALIZAÇÃO DISTÂNCIA
CONHEÇA OS OUTROS
Assertivo
COMPORTAMENTOS VERBAIS
Ameaças
Comentários humilhantes para o outro
Hostilidade verbal
COMPORTAMENTOS PARA-VERBAIS
Tom de voz alto
COMPORTAMENTOS NÃO-VERBAIS
Gestos hostis
Invasão do espaço do outro
Olhos nos olhos
Expressão facial ameaçadora
COMPORTAMENTOS VERBAIS
Concorda com actividades que não quer ou não pode fazer
Não pede um favor mesmo que precise dele
Não é explicito nem franco, obrigando o outro a “adivinhar” as
suas opiniões, necessidades ou razões
COMPORTAMENTOS PARA-VERBAIS
Tom de voz baixo
Discurso hesitante
COMPORTAMENTOS NÃO-VERBAIS
Evita o contacto visual
Postura rígida do corpo
Evita o contacto físico e cria distanciamento
GESTOS GESTOS
GESTOS
-Mãos agitadas Movimentos cortantes,
Movimentos casuais com as
-Controções bruscos, mãos cerradas,
mãos, mãos descontraídas, mãos
-Encolhimentos de ombros movimentos de cabeça
abertas com palmas para fora,
rápidos e abruptos.
-Inclinações de cabeça frequentes inclinações de cabeça ocasionais.
VOZ VOZ
VOZ Sonora, firme, agradável, suave, Glacial em tom alto ou
Apagada, doce, tons mais altos, fluente, eloquência fácil, risos só áspero, discurso preciso e
hesitações, risadas nervosas, associados a humor, tom de voz risos sarcásticos, que
afirmações em tons de perguntas mantendo-se mesmo durante parecem ordens ou sentenças.
uma afirmação
pensamentos e sentimentos;
SER
ASSERTIVO Gerir o
Estar á vontade ambiente
no “face a face” circundante
Procurar
“Pôr o jogo na
compromissos
mesa”, negociar
realistas e, em
com base em
caso de
objectivos
desacordo,
precisos e
negociar na base
claramente
do interesse
enunciados
mútuo
Apoio/Interesse
Directo/Guia
Analítico
Expressivo
Empatia
Empatia
Empatia
Postura hostil;
Redução da ansiedade;
EM FACE DE CRÍTICAS
Exemplo:
-”Tu estás sempre a interromper as minhas histórias!” (Agressivo)
-”Eu gostaria de contar a história sem ser interrompido” (Assertivo)
-”Tu embaraçaste-me em frente de toda a gente” (Agressivo)
-”Eu senti-me embaraçado quando disseste aquilo diante daquela gente
toda” (Assertivo)
EXEMPLO:
EXEMPLO:
↓ da ansiedade do
enfermeiro
Gestão do stress do
enfermeiro
É Auto-confiante e
contido
Olha a direito, e
utiliza um discurso
claro e conciso
Não é defensivo
Tem iniciativa na
resolução de problemas
É Congruente na
mensagem verbal
e não-verbal
exponha ideias;
Debata propostas;
Não combata pessoas;
Evite questões pessoais;
Leve em consideração apenas as ideias e as informações, e
não os aspectos pessoais de quem as expõe.
Formule perguntas;
Escute atenta e activamente o outro, mas lembrando-se
de que escutar é mais que ouvir;
Demonstre respeito e aceitação;
Tente estabelecer empatia com seu interlocutor;
Fassa comentários descritivos e não avaliativos.
Escolha o seu próprio padrão de comunicação em vez de
reagir ao dos outros
O autor define relação de ajuda como “ uma interacção particular entre duas pessoas
O CLIENTE
O INTERVENIENTE
OS PROCESSOS
O AMBIENTE FISICO E SOCIAL- O CONTEXTO
O interveniente
Um sistema aberto
-Do interveniente
-Estatuto profissional
-Competências
- Do cliente
-As suas características
-A razão da consulta
-As expectativas
-Da Instituição
- Politicas de funcionamento
-Privacidade
4º componente do modelo
• Dificuldades de expressão
• Ansiedade
• Compreensão ou articulação comprometidas (afasia, lesão cerebral)
• Ideias pré-concebidas, juízos de valor
• Tom de voz elevado ou ríspido
• Atitude de superioridade ou desatenção
Conhecimento do utente
Identificação das necessidades do utente
Satisfação das necessidades afectadas
Através da comunicação estabelece-se uma verdadeira relação de ajuda terapêutica
Permite abertura e à-vontade por parte do utente para falar dos seus problemas, das
suas preocupações, dos seus sentimentos
Contribui para a melhoria da qualidade dos cuidados
Orientação dos cuidados culturalmente adaptados
CREDIBILIDADE
CLAREZA
Compreende a expressão da mensagem em termos exactos (inequívocos)
diminuindo a tendência para levantar hipóteses e conjecturas, o que pode acontecer
quando a mensagem é pouco clara, complicada, difícil e ambígua
ADEQUAÇÃO E PERTINÊNCIA
A mensagem deve ser modificada segundo os sinais precedentes do receptor, ou
seja, o profissional tem que adaptar a mensagem ao momento, tendo em conta a
situação física e psicológica do doente.
Estas duas técnicas ajudam o utente a considerar as suas próprias declarações e a prosseguir para uma
exploração e desenvolvimento mais profundos daquelas declarações. Como resultado, frequentemente verificam-
se autênticas reviravoltas no seu comportamento, o que geralmente são de natureza benéfica.
Reformular (as questões) – Quando repete para o utente o que pensa serem as principais
ideias expressas por ele, RAPOSO (1996:72)
Validar – Confirmar com o doente se o que o enfermeiro compreendeu corresponde ao que ele
queria dizer, BASTO (1998:56)
Dar conhecimento – Nas situações em que o enfermeiro valoriza o utente pela sua
contribuição na interacção dizendo-lhe “muito bem”, “óptimo”, “Sim Sr(a)”, etc. RAPOSO (1996:72)
Dar informação – Informa o utente complementando o seu conhecimento com factos adicionais.
Por exemplo quando faz educação para a saúde, ou quando explica o que está fazendo ou aquilo que
vai fazer. Exclui-se tudo o que tem a ver com ordens e instruções, RAPOSO (1996:72)
Focaliza a conversa – Foi definida como centrar num tema, BASTO (1998:56)
Alonga a conversa – Foi definida como facilitar que o doente se expresse BASTO (1998:56).
As perguntas abertas promovem a expressão por parte do utente.
Ouvir atentamente alguém demonstra interesse pela pessoa, vontade para a ouvir e
disponibilidade de tempo
Técnica que requer habilidade; Acto intencional; Exige elevado nível de concentração
A escuta activa implica a percepção e interpretação de todas as “mensagens” transmitidas
pelo utente, verbais e não verbais (“pistas”, ar preocupado ou receoso; referir-se a um
assunto repetidas vezes)
É uma forma de levar o utente a pensar e a transmitir as suas preocupações de modo a
poderem ser esclarecidas. Ex: Está preocupado com alguma coisa? Está com aspecto de
quem não se sente muito confortável?
Aceitar o seu ponto de vista, sem juízos de valor – respeitar o direito que cada indivíduo
tem, de ser diferente
Responder com compreensão – Permite à outra pessoa saber que foi escutada, sem que
tenha havido uma tentativa de sobreposição dos nossos valores naquilo que foi dito
É IMPORTANTE PARA SABER QUE ESTOU A SER ESCUTADO E PARA O OUTRO SABER QUE TAMBÉM ESTÁ A
SER ESCUTADO
Não percebi
Está-me a dizer que …
Hum-hum
Sim-sim FEED-BACK
Estou a ouvi-lo
É isso
Escutar
Não é querer que alguém seja assim ou assado, é aprender a descobrir
as suas qualidades específicas.
Estar atento a alguém que sofre não é dar uma solução ou uma
explicação para o seu sofrimento; é permitir que ele próprio diga e
encontre os seus próprios meios para se libertar do sofrimento
(HESBEEN, 2000:173)
Escutar
É começar por se calar …
Já repararam como os «diálogos» estão cheios de expressões do tipo: «é
como eu quando …» ou «isso faz-me lembrar o que me aconteceu …». Muitas
vezes, o que o outro diz não é senão uma oportunidade p0ara falarmos de
nós.
Escutar é começar por parar o nosso pequeno filme interior, o nosso
monólogo portátil, para nos deixarmos transformar pelo outro
(HESBEEN, 2000:173)
Silêncio
Expressão facial
•Contacto visual
•Sorrisos
•Assentimento com a cabeça
•Elevação das pálpebras revelando interesse
Postura corporal
•Postura (ligeiramente inclinado)
Ruídos vocais
•Ruídos vocais indicativos de interesse (“hum”; “ah, ah”)
Distância física
Reduzir a distância que separa os dois interlocutores – sensação de maior intimidade, mas respeitando o espaço pessoal do outro
Toque
Tocar com a finalidade de estimular, apoiar ou facilitar a comunicação
São consideradas as três principais fontes que podem ser utilizadas como forma de demonstrar interesse e atenção
A posição erecta geralmente indica que a pessoa tem uma posição de respeito
e um grau de considerável equilíbrio
Cada um tem o seu espaço pessoal, que é invisível, individual e desloca-se com a pessoa. As
pessoas mantêm diversas distâncias entre elas consoante o contexto. Quando o espaço pessoal
fica ameaçado as pessoas têm uma reacção defensiva e comunicam menos.
O toque de uma mão diz mais do que muitas palavras, podendo tornar-se
valioso para o utente, ajudando-o a ultrapassar uma situação difícil
Fazer perguntas que não convidam a resposta ou que têm resposta limitada que não
fornece margem para tecer considerações.
EX: Recolher dados inadequada seguindo um formulário que exige respostas muito
curtas, não explorando as respostas do utente nem permitindo a sua tomada de decisão
“vire-se”, “vá” (Raposo, 1996:73) – Invocar ou manifestar-lhe que está “no comando”
Rejeitar – Recusa em discutir um assunto com o utente, ignorando aquilo que este diz ou faz
Limita-se a concentrar nas suas próprias ideias e não nas do utente (Raposo, 1996:72)
“Mudar de assunto”/Mudar de tópicos – Dirige a interacção verbal para áreas do seu próprio
interesse em vez de seguir a direcção proposta pelo utente não dá seguimento à conversa
(Basto, 1998:56)
Ameaçar – indicar ao utente qualquer mal que lhe poderá advir se ele não cumprir as
indicações ou prescrições (Raposo, 1996:73)
Instruir – Fornece informações que acha pertinentes sem validar com o utente (Raposo,
1996:73)
Usar infantilismos – Fala com o utente utilizando diminutivos como por exemplo
“carinha”, “mãozinha”, “caminha”, “banhinho” (Raposo, 1996:73)
Pedir informações – Pede ao utente informações sobre o aqui e agora, usando a
forma interrogativa e sem recorrer às técnicas terapêuticas de comunicação verbal.
Exemplo:”a água está quente?”, “já acabou de comer?”, “já tomou banho?” (Raposo, 1996:73)
“Pensa em voz alta” foi definida como reflexões que não se dirigem ao doente
(Basto, 1998:56)
Informação
o Identificar o que torna a notícia tão nociva para a
pessoa.
Stress da pessoa
Transmite stress ao profissional de saúde.
cuidada
Existem
Integrar o processo terapêutico, tomar
vantagens
decisões relativas à sua qualidade de vida.
terapêuticas
1. Confirmar as convicções
• È necessário confirmar o que é que o
doente pensa que não está bem
. Ex: “quando verificou que estava a sangrar pelo ânus,
qual foi a causa que lhe ocorreu” ou “ Quando verificou
que se encontrava “em baixo”, irritável e com falta de
energia, fez alguma ideia do que poderia ser?”
1- Preparar o utente
• Deve ser feita precocemente. Ex “estou
preocupada com esta sombra no Rx do tórax.
Pode tratar-se de uma cicatriz antiga, de liquido
ou até mesmo de um cancro. É melhor fazer
mais exames para esclarecer a causa”
• Perguntar como é que eles querem saber os
resultados dos exames e coordenar os planos
com outros membros da equipa (para não
haver desencontros)
7. Encerrar a entrevista
• Pode haver situações em que o doente parece não quer saber e esta
politica não ser a mais benéfica (ex. alguém jovem com possibilidade
de doença grave e de morte; situações em que é necessário
prescrever um tratamento que o vai fazer sentir pior ou ter efeitos
secundários (esterilidade, queda cabelo…)
mais tarde poderá lamentar não ter tido informação suficiente que lhe
permitisse planear e realizar coisas importantes na sua vida
RESUMO
Dizer a verdade sempre, mas reconhecer a
esperança e negação por parte do utente e familiares
RESUMO
Deve-se ter tempo para abordagem sem interrupções
A privacidade é fundamental
Separar a mensagem do mensageiro
Ambiente físico agradável
Postura do profissional
Escutar o utente
– A estratégia…
Protocolo de Buckman
– A estratégia…
Protocolo de Buckman
– A estratégia…
Protocolo de Buckman
– A estratégia…
Protocolo de Buckman
– A estratégia…
Protocolo de Buckman
– A estratégia…
Protocolo de Buckman
Adressing EMOTIONS with empathy
Identificar as emoções vivenciadas pela pessoa e responder de forma empática.
Evitar
Minimizar a gravidade da situação.
Transmitir esperança exagerada.
Explorar
Quando as emoções não são claramente expressadas ou se
silenciam.
Resposta empática
1º Escutar e identificar a(s) emoção(ões).
2º Identificar a causa ou origem da(s) emoção(ões).
3º Demonstrar à pessoa que se fez a relação entre os dois passos
anteriores.
Validação
Minimizar sentimentos de constrangimento/embaraço e isolamento.
Demonstrar que a manifestação dos sentimentos é perfeitamente
27-03-2012 normal.
Manuela Ferreira 184
Transmitir más notícias
– A estratégia…
Protocolo de Buckman
Confirmar e validar
Rever resumidamente os pormenores mais importantes.
Assegurar a sua compreensão.
Planificar
Delinear um plano/estratégia para os passos seguintes.
Mostrar disponibilidade para a pessoa e suas dúvidas e inseguranças.
Clarificar
Evitar que a pessoa fique com dúvidas por responder.
Diminui a
Protocolo flexível
insegurança e o stress
e não uma receita
do profissional
Inclui a pessoa e
responsabiliza-a pelo Atenua o impacto
processo da informação
saúde/doença Sedimenta a
informação e
rentabiliza-a para a
pessoa
Conclusão
Protocolo de Buckman