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• Para Brüggemann e Parpinelli (2008, p. 564), a abordagem quantitativa possui uma visão
conservadora da sociedade, que não permite com que os estudos se direcionem para um
conhecimento dinâmico da realidade.
Qualitativa:
• Grandes filósofos sociais faziam críticas ao pensamento positivista, pois compreendiam
que os eventos da sociedade do geral não podiam ser compreendidos apenas por uma
abordagem, que visava apenas dados e estatísticas, dentre esses filósofos recebem
destaques Weber e Husserl. Para weber a ciência social busca informações que permeiam
a interpretação de dados e compreensão de valores, crenças e sentimentos humanos.
Apesar de algumas discordâncias, grandes filósofos partiam do princípio de Weber, que
as relações sociais precisam de interpretações e parâmetros universais para se criassem
a ciência, e assim nasceu a necessidade de uma abordagem que não apenas quantizava,
mas que interpretava.
• Santos Filho (1995), explica que a abordagem quantitativa permite que o homem seja o
sujeito e autor das interpretações, fazendo com o que o produto dessa concepção seja
subjetiva e atrelada as interações sociais, o que gera uma verdade não absoluta, mas
acrescida de relatividades.
Pesquisa quanti-qualitativa/quali-quantitativa:
• Debates sobre métodos quantitativos e qualitativos têm suscitado discussões sobre seus
respectivos usos, com o objetivo de definir claramente suas diferenças. A primeira é o uso
da estatística para interpretar os dados, e a segunda trata da interpretação da realidade
social. Para Bauer, Gaskell e Allum (2008), esses esforços visam enfatizar que a pesquisa
quantitativa e qualitativa são abordagens concorrentes e assíncronas à pesquisa social,
muitas vezes argumentando que a qualitativa é melhor que a quantitativa e vice-versa.
Diante dessas características, identificou-se uma polarização metodológica incompatível.
Ante as discussões das abordagens muitos filósofos chegaram à conclusão de que
“Qualidade está sempre associada à quantidade” (GRA-MSCI, 1995, p. 51). Portanto, os
métodos quantitativos e qualitativos lidam com fenômenos reais e dão significado
concreto aos seus dados.
• Do ponto de vista metodológico, não há contradição, assim como não continuidade entre
as duas formas de investigação, quantitativa e qualitativa. No que tange à
epistemologia, nenhuma das abordagens é mais científica que a outra, mas são de
natureza diferente.