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MANUAL

Economia
UFCD: Atividade Económica e a ciência económica

5 Horas

Formador: Ana Paula Fernandes


Índice
OBJETIVOS DA AÇÃO..............................................................................................................3
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO.....................................................................................................4
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO................................................................................................5
Realidade Social e Ciências Sociais..............................................................................................6
Fenómenos Sociais e Fenómenos Económicos.............................................................................7
A Economia como Ciência – Objecto de estudo...........................................................................8
A Atividade Económica e os Agentes Económicos.....................................................................10
1.1. A Atividade Económica..............................................................................................10
1.2. Os agentes Económicos...............................................................................................11

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OBJETIVOS DA AÇÃ O

 Compreender e analisar a realidade social como forma de explicação de


fenómenos sociais
 Identificar a Economia como ciência e o seu objeto de estudo.
 Compreender o problema económico: escassez.

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MÉ TODOS DE AVALIAÇÃ O
Os formandos vão ser avaliados através de testes na plataforma.

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CONTEÚ DO PROGRAMÁ TICO

1. Realidade Social e Ciências Sociais

2. Fenómenos sociais e fenómenos económicos

3. Economia como ciência – Objecto de estudo

4. A Actividade económica e os agentes económicos

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Realidade Social e Ciências Sociais

O Homem é um ser que vive em sociedade. É no seio desta sociedade que o homem
estabelece todo um conjunto de relações, quer entre si, quer com a natureza, que se
traduzem em práticas sociais que vão moldando o homem e transformam a humanidade.

De toda a multiplicidade de inter-relações que o homem estabelece resulta um conjunto


de fenómenos – os fenómenos sociais – que designamos por Realidade social.

A realidade social é um todo que não é possível compartimentar

A realidade social é apenas uma, é única, não se pode compartimentar,


apresentando-se também com um elevado grau de complexidade. Para podermos
compreender e explicar temos de recorrer a um conjunto diversificado de ciências – as
ciências sociais – que, através das suas diferentes perspectivas de análise, nos darão uma
visão mais completa da realidade social total.

De facto, todas as ciências sociais estudam os mesmos fenómenos sociais, utilizando


para isso diferentes métodos e técnicas. Nenhuma ciência é autónoma e independente,
nenhuma é suficiente para explicar a complexidade da realidade social. Pelo contrário,
as ciências são interdependentes e complementares, todas são necessárias à compreensão
da realidade social.

Cada uma das ciências sociais estuda apenas uma das faces do fenómeno social. No
entanto, para compreendermos o fenómeno na sua complexidade e totalidade teremos de
recorrer a outras ciências, de outra forma corremos o risco de apenas conhecer um
pequeno aspecto desse fenómeno.

Para compreensão de um fenómeno, como por exemplo, a imigração, necessitamos da


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participação de diferentes ciências, nomeadamente:
 A Economia, que pode estudar as causas que levam as populações a imigrar ou
os impactos da migração nos países de origem e nos países de acolhimento.
 O direito, que pode estudar, por exemplo, os direitos dos imigrantes, o seu acesso
à saúde, á justiça, etc.,
 A sociologia, que poderá, entre outros aspectos, estudar a integração dos
imigrantes nos novos contextos culturais e quais as alterações que se verificam;
 A história, que poderá estudar aspectos como a evolução da imigração ao longo
dos tempos;
 A demografia, que poderá estudar a composição dos fluxos migratórios por
género, idade e região de origem e de destino.

Com efeito, através do exemplo da imigração podemos verificar que a compreensão dos
fenómenos sociais necessita da participação de várias ciências sociais. Ao acrescentar a
sua perspectiva, cada ciência social participa para um melhor conhecimento do
fenómeno social, que, sendo apenas um e o mesmo, pode ser estudado sob diversas
ópticas

Fenó menos Sociais e Fenó menos Econó micos.


A realidade social é apenas uma, ou seja, é uma totalidade plurifacetada e
pluridimensional.
Esta complexidade com que se apresenta a realidade social exige que o seu estudo e
compreensão seja feito por uma diversidade de abordagens, como a política, a sociologia
ou a jurídica.

Apesar de cada uma das diferentes abordagens, o fenómeno continua a ser o mesmo, não
se alterou, o que mudou foi, de facto, o ponto de vista, ou seja, a perspectiva de
compreensão do fenómeno.
À economia interessam todos os fenómenos, estudando-os de forma específica e
utilizando um método próprio. Quando falamos de fenómenos económicos, estamos

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apenas a realçar o ponto de vista económico dos fenómenos sociais
totais.

A Economia como Ciência – Objecto de estudo


O Homem encontra na natureza um conjunto diversificado de recursos que utiliza para
satisfazer as suas múltiplas necessidades. Muitos desses recursos têm de sofrer algumas
transformações para serem utilizados.

Embora estes recursos sejam oferecidos pela natureza de forma mais ou menos
abundante, não são ilimitados, isto é, o seu uso indiscriminado pode provocar o seu
esgotamento, devendo ponderar-se a sua utilização. É o caso, entre outros, da água, dos
solos, das florestas ou do petróleo.

De facto, não podemos produzir tudo aquilo que desejamos. Os recursos utilizados na
produção de um bem não podem voltar a ser utilizados na produção de outro qualquer
bem.

Assim torna-se necessário realizar escolhas e fazer opções de como utilizar os recursos
escassos, para satisfazer as necessidades humanas, que são múltiplas e ilimitadas.

A escassez constitui o principal problema económico e resulta do facto das


necessidades serem ilimitadas perante os recursos disponíveis, que são escassos.

A aplicação de recursos escassos envolve, no entanto, vários tipos de decisões a tomar:


 O que produzir
 Em que quantidades produzir
 Quando produzir
 Quais os meios utilizados para produzir;
 Para quem produzir.

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A Economia é o estudo de como as pessoas e a sociedade escolhem o
emprego de recursos escassos, que podem ter usos alternativos, de forma a
produzir vários bens e a distribuí-los para consumo, agora e no futuro, entre as
várias pessoas e grupos na sociedade.

O problema da escolha coloca-se a qualquer economia, desde a mais complexa até à


mais simples.
Para a economia, considerada como um todo, com os recursos que dispõe, o governo
terá de optar entre, por exemplo, fazer estradas ou construir uma escola, fazer um
hospital ou construir um quartel. Claro que uma das opções sacrifica naturalmente a
outra traduzindo-se num custo de oportunidade. O custo de oportunidade de construir
uma estrada traduz tudo aquilo que se deixará por fazer.

Problema Fundamental da Economia

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A Atividade Econó mica e os Agentes Econó micos
1.1. A Atividade Económica

Na realidade económica, observamos que nela se desenvolve um conjunto de actividades


cujo objectivo é a obtenção de bens e serviços de forma a satisfazer as múltiplas
necessidades dos indivíduos.

A Actividade Económica é o conjunto de procedimentos ou atuações tendo por


finalidade a obtenção de bens e serviços necessários à satisfação das necessidades
dos indivíduos.

Para assegurar a sua sobrevivência, o Homem actua sobre a natureza transformando-a e


extraindo dela aquilo de que necessita, isto é, produzindo bens. Este acto é a Produção é
contínuo, devendo assegurar a satisfação das ilimitadas necessidades humanas ao longo
dos vários períodos de tempo.
A finalidade última da produção é a satisfação das necessidades dos indivíduos, ou seja,
o Consumo.
Mas é necessário que os bens produzidos cheguem junto das pessoas e que estejam
disponíveis de forma acessível. Terão assim de ser transportados dos locais de produção
até aos locais de produção através de um conjunto de actividade, transporte e comércio
ou seja, o que se designa de Distribuição.
A venda da produção tem como resultado a criação de receitas ou rendimentos que,
naturalmente, terão de ser repartidos por todos aqueles que intervieram no processo
produtivo. Trata-se então da Repartição dos Rendimentos gerados pela actividade
produtiva.
É com os rendimento obtidos que os indivíduos vão poder adquirir os bens de que
necessitam, ou seja, consumir. No entanto, nem sempre o rendimento é gasto em
consumo, podendo uma parte ser destinada à Poupança.
Ao poupar parte da riqueza produzida, estamos a garantir a possibilidade de se produzir
no futuro, ao adquirir novo equipamento para aumentar a produção ou quando se
procede à sua substituição devido ao desgaste natural ou à introdução de inovações
tecnológicas. É exactamente esta acumulação de riqueza que permite realizar os
investimentos necessários à continuação ou à expansão da actividade económica.
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1.2. Os agentes Económicos
A actividade económica é o resultado de um conjunto de relações que se estabelecem
entre diferentes intervenientes – consumidores, empresas, bancos, Estado, etc. -,
desempenhando cada um diferentes funções.
Cada um destes intervenientes na actividade económica é habitualmente designado por
agente económico.

São vários os agentes que intervêm na actividade económica podendo desempenhar cada
um deles uma ou mais funções.
De certa forma, todos nós somos agentes económicos, embora intervindo de maneiras
diferentes na actividade económica.
Apesar da diversidade de funções que podemos encontrar, é possível distinguir quatro
tipos de agentes económicos, atendendo à função principal que desempenham. Assim, é
habitual referirmos:
 As Famílias, cuja principal função é consumir
 As Empresas, cuja principal função é produzir bens e serviços.
 O Estado, sendo a sua principal função a satisfação das necessidades da
colectividade.
 O Resto do Mundo, que engloba o conjunto de operações económicas entre os
residentes de um país e os residentes noutro país.

Bom Trabalho!

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