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METODOLOGIA QUANTITATIVA
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que são bastante flexíveis. Considerando que, ao optar pelo uso de procedimentos
quantitativos, tal escolha dependerá efetivamente dos objetivos da pesquisa que se
decide realizar.
Segundo Fonseca (2002) os resultados obtidos em uma pesquisa cujo método
empregado é de caráter quantitativo, tais dados podem ser quantificados em termos de
um retrato da realidade de uma população alvo de uma determinada pesquisa. Um bom
exemplo de pesquisa quantitativa, que se exige precisão e agilidade dos resultados é a
pesquisa de intenção de voto. Desse modo, a pesquisa quantitativa permite medir, em
termos numéricos, a incidência de determinado fenômeno, o que durante muito tempo a
busca pela isenção e distanciamento do pesquisador através desse tido de método,
garantiria a objetividade, pois “os dados estatísticos parecem mais impessoais aos
cientistas sociais”. Em termos comparativos, na pesquisa qualitativa o pesquisador
procura se debruçar sobre o “universo de significados, motivos, aspirações, crenças,
valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos
processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de
variáveis” (Minayo, 2001). Enquanto que a quantitativa
Por outro lado, Boudon (1971) alerta que no momento em que o pesquisador
escolhe uma população como objeto de estudo, e não apenas indivíduos, ou seja, na
medida em que se decide por contextos mais amplos, a observação de tal será
efetivamente mais custosa, dada sua amplitude.
Dito isso, o autor considera que ao usar do método quantitativo nessas situações,
o pesquisador encontra certa dificuldade, já que “[...] quanto mais os contextos que se
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analisam são complexos, mais difícil é determinar os fatores de semelhança e de
dessemelhança e dar às relações estatísticas observadas uma significação não
equívoca” (p.85).
Tal explicação de Boudon (1971) atenta que ao analisar os dados finais, estes
têm de ser expostos com a devida cautela. Pois as sociedades são caracterizadas por um
complexo de relações sociais, e que nem sempre é possível ter certeza de que as
variáveis utilizadas conseguem abarcar a realidade.
Certamente, o autor acredita que, mesmo que se proponha a abordagem
quantitativa como método importante para a investigação científica na busca de medir a
incidência de determinado fenômeno social, ao mesmo tempo tem que se considerar que
tais observações que foram expostas, demonstram que “os métodos quantitativos têm
seus limites” (p. 86). E acrescenta que, mesmo que tais métodos sejam aplicáveis, em
certas circunstâncias, às sociedades mais amplas, o pesquisador ao se deparar com tais
sistemas complexos encontra muitas dificuldades de análise.
Vale salientar que dependendo do tipo de pesquisa que se decida a fazer, o
pesquisador terá de decidir a metodologia que melhor se aplica às questões que deseja
analisar. Ele deve ter em mente os principais aspectos do tipo da abordagem que irá se
apoiar. Nesse sentido, Fonseca (2002, p.33, apud CÓRDOVA e SILVEIRA, 2009)
ilustra através de um quadro comparativo alguns aspectos da abordagem1 qualitativa e
quantitativa, e que demonstra o seguinte:
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Vale salientar que neste trabalho apenas priorizamos algumas considerações acerca das abordagens
qualitativa e quantitativa, já que existem outros tipos de pesquisa, como a comparativa que não demos
ênfase.
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Alcance do estudo no Instantâneo Intervalo maior
tempo
Quantidade de fontes de Uma Várias
dados
Ponto de vista do Externo à organização Interno à organização
pesquisador
Quadro teórico e Definidas Menos estruturadas
hipóteses rigorosamente
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imagens com seus referenciais teóricos. Assim, é preciso selecionar os dados
reveladores dos dados que podem induzir o pesquisador a se perder na pesquisa.
A pesquisa qualitativa é por excelência, o desenvolvimento de um processo de
esclarecimento recíproco entre a imagem que tem o pesquisador do objeto de pesquisa e
os conceitos teóricos. Assim, ao se realizar uma pesquisa se tem uma ideia sobre o seu
objeto de estudo e ao se colher dados confrontando-os com o referencial teórico se
evolui na pesquisa possibilitando refinar os conceitos de maneira criativa.
Em função do conhecimento em profundidade e na depuração de imagens, a
pesquisa qualitativa é a mais adequada para alguns tipos de pesquisa social. Esse tipo de
pesquisa permite dar voz aos grupos excluídos pela sociedade, interpretar a importância
histórica e cultural de alguma comunidade ou sociedade, e além do mais, a pesquisa
qualitativa permite o pesquisador progredir na teoria, no sentido de refletir e inferir
sobre ela quando confronta seus dados colhidos. Assim, a nova formação acerca de um
padrão geral se verifica em muitos casos, onde existe uma forte correlação entre eles,
pode assim, estimular a construção de um novo pensamento teórico. Por outro lado, o
conhecimento em profundidade, que se gera na pesquisa qualitativa, proporciona um
material básico, bastante rico em informações que será a base para construir novas
ideias teóricas, assim quando se sabe muito acerca de um caso é fácil ver como as
diferentes partes ou aspectos de um caso se encaixam entre si.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao fim, dizemos que as distintas finalidades da pesquisa social favorecem estratégias de
pesquisa bastante diferentes. Assim, quando se tem a finalidade de identificar padrões
gerais e se tem uma estratégia para se fazer um estudo de muitos casos, se realia a
pesquisa quantitativa. No entanto, quando se estudam muitos casos é difícil estudar cada
um deles em profundidade como se faz na pesquisa qualitativa. Assim, cada uma dessas
estratégias oferece um enfoque diferente sobre a análise das provas empíricas e cada um
tem procedimentos diferentes em relação aos dados que usam quando constroem
imagens a partir das evidências disponíveis. Os diferentes procedimentos estruturam a
interação entre os pesquisadores e as provas empíricas que coletam, e lhes permitem
processar grandes quantidades de informações, selecionar partes relevantes ou
identificar padrões sutis. Contudo, ambos os métodos, quantitativos e qualitativos,
implicam em um dialogo de ideias e provas empíricas, tendo como principal finalidade
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da pesquisa construir representações sócio- cientificas da vida social (Iziquierdo, 2011:
71).
REFERÊNCIAS