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VYGOTSKY

- Teoria sócio-histórica ou histórico-cultural


- Influência teórica: Marx e Engels - materialismo histórico-dialético
- Aprendizagem precede o desenvolvimento (impulsionado pela aprendizagem)
- O desenvolvimento ocorre de fora para dentro; e em forma de espiral, passando por
um mesmo ponto a cada nova resolução, enquanto avança para um nível superior.
- Plano genético:
- FILOGÊNESE: evolução de cada espécie por meio de adaptação progressiva
- ONTOGÊNESE: evolução biológica; fatores na vida dos seres humanos, após o
nascimento
- SOCIOGÊNESE: influências culturais
- MICROGÊNESE: aprendizados individuais de acordo com as próprias vivências
- Instrumento: é responsável pela regulação das ações sobre o meio; ferramentas
que embasam sua funcionalidade dependendo da cultura em que está inserida;
serve como um condutor da influência humana sobre o objeto da atividade – ele é
orientado externamente. Ex: celular, livro
- Símbolo: representação; relacionado ao mundo físico, real. Ex: palavras, capítulos
de um livro
- Signo: é o significado, interpretação dos símbolos; representação mental; exclusivo
dos seres humanos
- Função psicológica superior: combinação entre o instrumento e o signo na
atividade psicológica. Ex: memória, atenção e percepção.
- Fala egocêntrica: precede a fala interior
- É uma fala para si mesmo, íntima e relacionada com o pensamento da criança.
- Não se limita a acompanhar a atividade da criança: está a serviço da orientação
mental, da compreensão consciente; ajuda a superar dificuldades, apoio para
realização de tarefas.
- Transição entre a fala exterior (função interpsíquica) para a interior (função
intrapsíquica - isto é, da atividade social e coletiva da criança para a sua atividade
mais individualizada.
- Tem função ascendente (aumenta conforme a dificuldade da tarefa proposta para a
criança).
- Internalização: reconstrução interna de uma operação externa. Ex gesto de
apontar.
- Mediação: ocorre por meio da interação com instrumentos e signos; fornece suporte
de aprendizagem. Realizado por pais, escola, professores, colegas mais
“capacitados”.
- Interação: internalizar conhecimento e habilidades.
- Contexto social: interações sociais que influenciam o desenvolvimento cognitivo
das crianças.
- Zonas de desenvolvimento:
ZD Potencial: precisa de mediação
ZD Proximal: distância entre a ZDReal e ZDPotencial
ZD Real: aquilo que o indivíduo consegue fazer sozinho
- Conceito espontâneo: origem no confronto com uma situação concreta
(cotidiano); desenvolvimento ascendente
- Ex: conceito de irmão (espontâneo - mas pode ter dificuldade para lidar com
desafios de lógica).
- Conceito científico: origem em uma situação mediada em relação a seu objeto
(ensino); desenvolvimento descendente, para um nível mais elementar e concreto.
- Ex: palavras como escrivadão e exploração – conceitos que serão construídos na
vida escolar e que podem estar bem distantes da vivência da criança.

– A fala da criança é tão importante quanto a ação para atingir um objetivo, fazem parte de
uma função psicológica complexa.
– A fala controla o comportamento da criança.
– As funções cognitivas e comunicativas da linguagem tornam-se a base de uma forma
nova e superior de atividade nas crianças, diferenciando-as dos animais.
– A operação da atividade mediada (memorização, por exemplo) começa a ocorrer como
um processo puramente interno
– “É o trabalho que, pela ação transformadora do homem sobre a natureza, une homem e
natureza e cria a cultura e história humana”. No trabalho se realizam as ações coletivas e a
construção dos instrumentos.
– Os aspectos semântico e externo da fala seguem direções opostas em seu
desenvolvimento – um vai do particular para o geral, da palavra para a frase, e o outro vai
do geral para o particular, da frase para a palavra.
– O pensamento não é apenas expresso em palavras, mas é por meio delas que passa a
existir.
WALLON

- Materialismo histórico-dialético: interação dos fatores de natureza orgânica com


os fatores sociais no desenvolvimento dos indivíduos.
- Um determinado grupo social pode modificar estruturas biológicas em função da sua
cultura
- Ex: as mulheres africanas que têm seus pescoços alongados pelo uso de colares.
- Teoria Walloniana: processo contínuo de desenvolvimento
- Pessoa resultante dos conjuntos emocionais: motor, afetivo e cognitivo
- A criança já é um ser social quando nasce.
- A emoção (afeto) é extremamente importante no desenvolvimento humano; é
acompanhada de reações orgânicas
- Independentemente de cultura, é acompanhada de reações orgânicas, batimentos
cardíacos e uma série de outras manifestações.
- Vê os conflitos como propulsores do desenvolvimento
- Pode ocorrer retrocesso no desenvolvimento
- Considera que a consciência é uma possibilidade dos sujeitos se diferenciarem uns
dos outros.
- Sua teoria tinha como base o interacionismo, pelo fato de conceber o homem como
um ser integral, que interage com os outros sociais para se diferenciar e se conhecer
melhor ao mesmo tempo.
- “O indivíduo é social não como resultado de circunstâncias externas, mas em virtude
de uma necessidade interna”.
- Inteligência representa as capacidades lógicas do sujeito
- Desenvolvimento Afetivo: tudo o que nos afeta
- Teoria de origem da afetividade: teoria da emoção e do caráter
- Com a influência do meio, a afetividade passa de orgânica para meios de expressão
cada vez mais diferenciados, dando início assim ao período emocional.
- Os afetos ou emoções são uma fonte energética de nosso agir.
- A afetividade vem antes da inteligência, mas estas são inseparáveis
- Linguagem como importante recurso social
- O indivíduo se socializa primeiro e depois se individualiza
- Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções,
sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de
satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza.
- Papel fundamental nas correlações psicossomáticas básicas, além de influenciar
decisivamente a percepção, a memória, o pensamento, a vontade e as ações, e ser,
assim, um componente essencial da harmonia e do equilíbrio da personalidade
humana.
- Infância:
- Expressões emocionais da criança – contágio (choro)
- Função das emoções – social – interação com o outro
- Linguagem – importante como recurso social – mas as emoções ainda fazem essa
função social também
- Movimento e aprendizagem
- Inteligência – inicialmente o pensamento é sincrético (indiferenciado/ totalitário) –
não separa a qualidade da coisa (criança de 3 anos briga com outro porque a mãe
dos dois tem o mesmo nome) – aos poucos a criança passa a desenvolver o
pensamento categorial (conceitual) – início da idade escolar – interação com a
cultura é fundamental
- No adulto o pensamento categorial vai se desenvolver de acordo com a cultura do
indivíduo
- Oposição ao outro – elemento fundamental de construção de si mesmo
- 4 campos funcionais:
→Emoções
→Inteligência: discursiva (que se expressa por meio da linguagem.
→Movimento: dimensão expressiva (nosso corpo) e instrumental (tudo que é
possibilitado pela ação).
→Pessoa: consciência de si; pessoa contextualizada é aquela que está inserida em
seu meio.
- Estágios de desenvolvimento:
- São descontínuos e assistemáticos; o desenvolvimento não é linear.
- Na passagem de um estágio para outro, ocorrem crises advindas das atividades já
adquiridas com as novas solicitações do meio. Estabelece-se um conflito cuja
solução significa a passagem para um novo estágio.
- Impulso-emocional (0 a 1 ano): MOTOR E AFETIVO
- Construção do eu; interação criança e o meio; impulsividade motora; aspecto
emocional
→ Motora (0 a 3 meses): relação simbólica muito forte com a mãe; desenvolvimento
de questões fisiológicas; não se entende como algo diferente do ambiente
→ Emocional (3 meses a 1 ano): diálogo tônico com a mãe; começa a se relacionar
com tudo; experimenta o universo ao seu redor; controla seus movimentos (ex:
choros diferentes para necessidades diferentes).
- Sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos): conjunto emocional COGNITIVO.
- Função simbólica; independência; surgimento da linguagem; descobertas;
reconhecimento espacial dos objetos; organiza as ideias do que fazer; observa tudo.
- Personalismo (3 a 6 anos): AFETIVO
- consciência corporal; ênfase na afetividade (o que ela gosta /quer); formação da
personalidade; egocentrismo; birra ou sedução; manipulação; interações sociais.
- Categorial (6 a 11 anos): COGNITIVO.
- É capaz de organizar o mundo em categorias (classificações); diferenciação da
personalidade; linguagem oral para a escrita; pensamento pré-categorial
(sincretismo) e categorial (categorias)
- Puberdade e adolescência (12 em diante): AFETIVO
- Ambivalência dos sentimentos; escolha dos valores morais; intensa afetividade;
atitudes de oposição; criação da identidade; categorias abstratas com dimensão
temporal, possibilitando uma autonomia e independência.

- Sua trajetória existencial colaborou para aumentar a sua crença na necessidade de


a escola assumir um papel democrático, solidário e sem preconceitos para a
reconstrução de uma sociedade mais justa e humana.
- Considerava que entre a psicologia e a pedagogia deveria haver uma relação de
contribuição recíproca.
- A escola, por ser o primeiro agente socializador fora do círculo familiar da criança,
torna-se a base da aprendizagem se oferecer todas as condições necessárias para
que ela se sinta segura e protegida.

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