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Profª Me.

Márcia Braia
 1896 – 1980
 Biólogo (formação)
 Suíço
 Aos 7 anos já se interessava por estudos
científicos
 Estudou Filosofia
 Doutorou-se em Ciências Naturais aos 22 anos
 1923 – 1º livro lançado: “A Linguagem e o
Pensamento na Criança”
 Deve-se respeitar o nível de
desenvolvimento da criança.
 Não se pode ir além de suas
capacidades nem deixá-las
agir sozinhas
Como se passa de um
conhecimento menos elaborado
para um conhecimento mais
elaborado?
 A criança se desenvolve na relação com o
meio ao qual está inserida, construindo e
reconstruindo suas hipóteses
 Entendia que era praticamente impossível
remontar e compreender o processo
cognitivo desde os primórdios da
humanidade (filogênese).
 Voltou-se para o estudo do desenvolvimento
humano do nascimento à idade adulta
(ontogênese).
 Sujeito: ativo
 Cognição: aquisição de conhecimentos
 APRENDIZAGEM

Mudança de
comportamento
resultante da
experiência anterior

Depende do nível
de Há também
desenvolvimento comportamentos
alcançado pela que resultam do
criança crescimento do
(amadurecimento organismo e não
das funções são frutos da
cognitivas) aprendizagem
 Desenvolvimento: cria condições para a
aprendizagem
 Conhecimento: vinculado a aprendizagem,
resultado da inter-relação entre o sujeito que
conhece e o objeto a ser conhecido
 Maturação: processo fisiológico
 Experiência: interação sujeito-objeto
 Assimilação: fato, nova incorporação às
estruturas, causa desequilíbrio; existem
objetos que apresentam propriedades e nem
sempre são assimilados
 Acomodação: há mudança no sujeito
(ampliação ou modificação de um esquema
de assimilação)
 Organização: lado interno do sujeito
 Mudanças: esquemas e estruturas mentais
mudam. O desequilíbrio causado na
assimilação torna-se equilíbrio e assim
sucessivamente
 Adaptação: relação do sujeito e objeto por
aproximações, articulando assimilações e
acomodações
 Equilibração: a cada adaptação realizada se
estrutura um novo esquema de assimilação e
torna-se disponível para que o sujeito realize
novas acomodações
 Linguagem: reflexo do pensamento
 Jogos: à partir de 18 meses a criança começa a
realizar representações “in absentra”
(reelaboração através da rememoração). Ex: mãe
bate/ a criança bate na boneca. Jogar
simbolicamente faz com que a criança expresse
suas emoções e sentimentos
 Piaget não separa o cognitivo do afetivo
Desequilíbrio
(curiosidade)

Assimilação Equilibração
(incorporação) (estrutura disponível)

Acomodação
(mudança no sujeito)
 SENSÓRIO-MOTOR (0 a 2 anos):
 Atividade intelectual é de natureza sensorial e motora
 A criança percebe o ambiente e age sobre ele
 Importância da estimulação ambiental
 1º mês apresenta reflexos (sucção, movimento dos membros,
dos olhos etc.)
 Após, coordena reflexos e reações
 Repete intencionalmente as reações que produzem resultados
interessantes
 Procura objetos escondidos
 No fim do 1º ano a criança já está interessada em novidades (ex.:
deixa cair objetos para observar)
 Após 1º ano, inventa meios para atingir objetivos (ex.: puxar
objetos)
 PRÉ-OPERACIONAL (2 a 6 anos):
 Desenvolvimento da capacidade simbólica
 Explosão linguística (2 anos = 270 palavras / 3 anos = 1000 a
2500 palavras e forma sentenças)
 Pensamento infantil: egocentrismo (incapacidade de se colocar
no ponto de vista do outro); centralização (consegue perceber
um dos aspectos de um objeto ou acontecimento – ex.: bolo /
salsicha); animismo (atribui vida aos objetos); realismo nominal
(pensa que o nome faz parte do objeto – ex.: bilíngue);
classificação (antes dos 5 anos não consegue classificar os
objetos e após os 5 anos consegue fazer agrupamentos por
classificação – ex.: bola /quadrado); inclusão de classe
(dificuldade em entender que uma coisa possa pertencer, ao
mesmo tempo, a 2 classes – ex.: colar com contas de madeira /
colar marrom); seriação (incapacidade de lidar com problemas
de ordenação e seriação)
 OPERAÇÕES CONCRETAS (7 a 11 anos):
 Operações mentais ocorrem em resposta a objetos e situações
reais
 Usa a lógica e raciocínio para manipular objetos concretos
 Compreende: classificar objetos com base em algumas
caraterísticas (ex.: cor, forma, tamanho etc.); inclusão de classe
(ex.: rosas vermelhas / vaso com rosas vermelhas e brancas);
termo de relação (direita, esquerda, maior, menor – ex.: um
irmão precisa ser irmão de alguém)
 Não raciocina a respeito de proposições verbais ou hipotéticas
 OPERAÇÕES FORMAIS (+ de 12 anos)
 As operações lógicas são realizadas entre as ideias expressas
através da linguagem, sem necessidade de manipular a realidade
 Pensamento formal é hipotétic0-dedutivo (capaz de deduzir as
conclusões por hipóteses)
 Pode considerar hipóteses sem que estas sejam verdadeiras.
 Piaget não considerava estanques esses períodos (depende da cultura,
do grau de desenvolvimento, das condições socioeconômicas e
políticas)
 A aprendizagem depende do nível de desenvolvimento alcançado pela
criança
 O desenvolvimento cria condições para a aprendizagem
 Existe dois pólos de aprendizagem: sujeito (busca conhecer) e o objeto
(ser conhecido)
 Conhecimento é a interação entre dois pólos e não pode ser concebido
como algo inato ou empírico e sim da interação entre eles.
 Aprender (realizar) e conhecer (compreender a situação)
 Aprendizagem é diferente de maturação
 Se o aluno não possui estruturas: o professor
erra nos procedimentos, deve criar
ambiente, dialogar
 Se o aluno possui estruturas: neste caso o
procedimento está errado para a solução. O
professor fará intervenção para que o aluno
tome consciência de seu erro
 Se o aluno possui estruturas na formação:
neste caso o erro é construtivo. O professor
faz a mediação
 PIAGET: sujeito ativo. A aprendizagem depende do nível de
desenvolvimento alcançado (depende do amadurecimento das
funções cognitivas). Existem dois pólos na aprendizagem: o
sujeito (busca conhecer) e o objeto (ser conhecido). O
conhecimento é a interação entre estes dois pólos. A
aprendizagem é diferente da maturação (que é processo
fisiológico)
 VYGOTSKY: sujeito interativo. Estuda os comportamentos
voluntários, intencionais e conscientes, que não são inatos. A
mediação faz parte de seu conceito (integra o indivíduo com o
meio). Os signos auxiliam o desenvolvimento (o indivíduo usa
representações mentais)
 WALLON: sujeito interativo. Estuda cada fase do
desenvolvimento infantil, compreendendo suas relações com o
meio. Não propõe um sistema de etapas, a evolução não é um
processo organizado

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