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Comunicação e Globalização

4 FORMAS HISTÓRICAS

 Conjunto Particular
 Características espaço-temporais
 Características organizacionais específicas

1-Globalização pré-moderna

2- 1ª Globalização moderna

3- 2ª Globalização moderna

4- Globalização contemporânea

(temos vivido de forma diferente durante todas estas frases)

1. GLOBALIZAÇÃO PRÉ-MODERNA

(até aos Descobrimentos)

 Cobre um muito longo período de tempo que começa com a formação de núcleos
civilizacionais estáveis, distintos e diferenciados, na Eurásia, África e América – à
cerca de 9000-11000 anos

2. GLOBALIZAÇÃO MODERNA

(dos Descobrimentos até à Revolução Industrial)

 1500-1850
 Descobrimentos portugueses – Era Gâmica (Vasco da Gama)
 Ascensão do Oriente
 Emergência de instituições chave da modernização europeia
 Aquisição de novas tecnologias por parte de povos europeus de importantes (de
navegação)
 Criação de impérios

3. 2ª GLOBALIZAÇÃO MODERNA

(da Revolução industrial até à 2ª Guerra Mundial)

 Profundas transformações estruturais – económicas e políticas


 Economias capitalistas industriais, armamento avançado, tecnologias navais e
instituições estatais cada vez mais poderosas
 Continuação e afirmação da expansão imparcial europeia
4. GLOBALIZAÇÃO COMTEMPORÂNEA

(da 2ª Guerra Mundial até a atualidade)

 Impacto da 2ª Grande Guerra


 Exaustão de velhos poderes imperais europeus
 Ataque ao colonialismo e império português
 Emergência da Guerra Fria (EUA-URSS)
 Transformação da estrutura global do poder
 Fim da Guerra Fria
 Sistema global de estados- nação, conjugados com sistemas multiculturais,
regionais e globais de regulação e governação
 Sistema de poder unipolar – EUA

EM CONCLUSÃO

 Perceção Generalizada:
 Crescente amplitude, profundidade e celeridade das interações mundiais em
todos os aspetos em todos os aspetos da vida social contemporânea
 A Globalização relaciona-se com:
 Cosmopolitismo
 Internacionalismo
 Universalismo
 Mundialismo
 Não há uma única definição consensual para o conceito

TRÊS ESCOLAS DA GLOBALIZAÇÃO

1. Hiperglobalistas
2. Céticos
3. Transformacionistas

HIPERGLOBALISTAS

Não defendem fronteiras. Defendem a ideia de uma só cultura no mundo. Ideia de uma aldeia
global: 1 Planeta, 1 só Governo.

 O estado torna-se não relevante;


 Necessidade de organismos internacionais para regular a praxis (ação) humana;
 Consideram que os Estados-nação tradicionais se tornaram aberrantes;
 Declínio da autoridade de estados está refletido numa crescente difusão da
autoridade depositada num crescente número de organizações internacionais.
 A ideia central é que a globalização é um fenómeno económico promotor da
integração entre mercados
 Economia global sem fronteiras;
 Emancipação dos mercados em relação a controlos estatais:
 Os mercados funcionam (melhor) sem a intervenção estatal
 Estados e Mercado são distintos e devem ser tratados assim
 A lógica do mercado sobrepõem-se à autoridade estatal
 Agentes da Globalização: -bancos, corporações transnacionais
 Surgimento e reconhecimento de novos atores (que questionam o Estado)
 Organizações Internacionais
 ONG´s
 Multinacionais
 Novos canais que ultrapassam os limites territoriais e livres de constrangimentos
políticos
 Ascensão da economia global. Criação de uma nova ordem global radicalmente nova –
morte do estado-nação

CÉTICOS

Em nenhum caso põe em causa que cada vez haja mais interações entre países, mas há um
mito na ideia de Globalização.

Defendem que os governos devem deter o poder, tudo o que tenha a ver com os movimentos
da globalização devem ser legislados pelos governos de cada nação.

Há uma distinção entre globalização e internacionalização:

Internacionalização – fluxo comercial entre países (exportações e importações)

Globalização – algo que apenas acontece quando há uma integração perfeita dos mercados
internacionais

MITO: o que vulgarmente chamamos de globalização é apenas internacionalização.

Predominância de determinados países torna-os mais importantes na coordenação dos


mercados internacionais. (como é exemplo os Estados Unidos)

Os estados devem regular o mercado.

Céticos são críticos dos hiperglobalistas (2 faces da mesma moeda).

 Consideram a globalização uma espécie de mito.


 Consideram a globalização uma espécie de mito (desmascara os mitos)
 Governos nacionais permanecem muito poderosos, e consideram que é aí que deve
estar e permanecer o poder.
 O mercado global deve ser perfeitamente integrado na conjuntura referida no ponto
anterior.
 Globalização vs. Internacionalização
 Internacionalização: Crescente fluxo comercial entre diversas economias
nacionais;
 Globalização: Ocorre quando existe a integração perfeita dos mercados
internacionais
 Mito da Globalização
 O que vulgarmente chamamos de globalização é, na verdade, um grande fluxo
entre economias nacionais (internacionalização)
 Assim, a economia global está longe de ser global
 Há uma predominância de alguns países (ou zonas) nos fluxos (comerciais,
investimento e financeiros)
 Estas potencias teriam a oportunidade de coordenar a política internacional e
de exercer pressões sobre os mercados financeiros
 Continuam a acreditar que a regulação é feita pelos Estados (gerados de uma ordem e
como tal são soberanos)
 Os céticos são bastante críticos dos hiperglobalistas
 A formação de blocos gera zonas de isolamento (não de integração)
 Não acreditam em cultura ou governança globais
 O ressurgimento de nacionalismos e conflitos étnicos contradizem a ideia de
homogeneização cultural
 Governos nacionais permanecem muito poderosos, e consideram que é aí que deve
estar e permanecer o poder
 As forças da internacionalização dependem do poder regulador dos governos nacionais
para assegurarem uma contínua liberalização económica
 Governos – principais arquitetos
 Os governos nacionais têm uma centralidade crescente na regulação e ativa
promoção da atividade económica fora das suas fronteiras territoriais

TRANSFORMACIONISTAS

3ª Via.

Tudo é novo, estas interações lançam desafios aos governos que estes nunca tiveram.

A dimensão de alguns problemas deixa de nos preocupar o que é e o que não é nacional (deixa
de haver distinção)

Nova fase do capitalismo, algumas zonas do planeta, algumas economias estão mais ocupadas
com os serviços do que com a produção (terciarização do mercado).

Esta globalização ao mesmo tempo integra e fragmenta.

Os transformacionistas questionam o futuro deixando-o em aberto.

Novos modelos do que é definido e indefinido.

Nova estratificação de quem está incluído e quem está excluído (marginais).

 Encaram a globalização como uma força condutora nos bastidores das rápidas
mudanças sociais, políticas e económicas que estão a redefinir as sociedades
contemporâneas
 Processos que não conheceram precedentes históricos (é tudo novo) – governos,
sociedades por todo o globo têm de se adaptar a um mundo no qual já não existe uma
clara distinção entre o internacional e o nacional.
 Uma nova fase do capitalismo teve início no final do séc. XX.
 Incapacidade de distinguir os limites do doméstico e do internacional .
 Há um conjunto de transformações na política internacional e mudança de poder
estatal motivadas pela própria globalização.
 Crescimento dos negócios internacionais
 A globalização como um processo de contradições
 Fragmenta e integra
 Leva à cooperação e ao conflito
 Universaliza e particulariza
 Não se sabe como será o futuro porque não tem antecedentes históricos (deixam o
futuro em aberto)
 A trajetória das transformações globais seria:
 Indeterminada
 Incerta
 Não defendem (como os hiperglobalistas) o aparecimento de sociedades e economias
globais, mas sim numa nova estratificação com:
 Incluídos
 Excluídos (marginais)
 Uma nova arquitetura internacional deve-se à crescente substituição da produção
pelas atividades financeiras
 A globalização está a reconstituir e a reformular o poder, as funções e a autoridade dos
governos nacionais.

LICKLIDER E WIENER

Licklider (anos 50)

 Partilha de Recursos
 Utilização de computadores em regime de time-sharing
 Rentabilizar recursos

Internet – As Origens

 Assim: A partilha de recursos foi um dos primeiros fatores que levaram ao


aparecimento da internet.
 Licklider fala-nos de um sistema acoplado. 2 seres em simbiose (ex. rinoceronte e
garça). Esta simbiose foi trazida para a interação entre Homem – Máquina
(computador).
 (1) Isto (simbiose) facilitará o pensamento formulativo (formular de problemas) e a
resolução de situações graças a esta simbiose Homem – computador.
 (2) Permitirá também que os homens e os computadores cooperem na determinação
de decisões e no controle de situações complexas sem uma dependência inflexível em
relação a determinados programas.
 Com os computadores o Homem poderá fazer coisas extraordinárias, mas para isso
acontecer, os computadores terão de se tornar em sistemas abertos (PC). Prevê a
existência de um instrumento capaz de introduzir o ideal comunicativo –
computadores ligados em rede.
 Antigamente, os computadores só podiam ser operados por pessoas que os
soubessem programar.
 A certa altura nos EUA (ver data), surgiu o Personal Computer (PC), sistema que
conhecemos atualmente, onde os computadores (anteriormente exclusivos a pessoas
que os sabiam programar) se tornaram sistemas abertos, uma vez que se tornam
acessíveis para pessoas que não necessitam de saber de programação para os operar.

Mas quem inspirou Licklider?

Wiener

 Wiener diz que tudo tende para um estado de entropia (confusão), e que esse estado
poderá ser contrariado.
 Com esta ideia nasce o projeto de Wiener que consiste em criar mecanismos capazes
de contrariar essa tendência para a entropia. A Mensagem.
 A Mensagem consistirá num conjunto de regras que podem contrariar essa entropia.
 Os órgãos dos sentidos que recebem a mensagem, fazem diminuir a entropia.
 Funcionamento do individuo vivo e de certas máquinas recentes de tratamento de
informação (computadores) são paralelos nos seus esforços para contrariar a entropia.
(Wiener)
 2 linhas de raciocínio:
 1- Máquinas digitais como instrumentos para a simulação e reprodução de
inteligência.
 2- Máquinas digitais ao serviço de um ideal de comunicação enquanto
sistemas abertos. (meaning – computadores como elemento de comunicação
entre os humanos)
 (2) acontecerá de duas maneiras: a) Comunicação entre o homem e a
máquina; b) Comunicação entre homens através de computadores.

Voltamos a Licklider

Voltamos a este autor, porque este antevê a existência de um EQUIPAMENTO capaz de


introduzir o ideal comunicativo (computador como media) – aqui falamos de computadores
ligados em rede.

Para os dois autores, o progresso tecnológico salvará a humanidade.

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