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A DESIGUALDADE SOCIOECONÔMICA INTERNACIONAL E A ASCENSÃO

DOS MERCADOS GLOBAIS


Matheus Nascimento Moraes1

Compreender o atual estágio da dinâmica socioeconômica internacional demanda


enfrentar realidades distintas, apesar de profundamente entrelaçadas, que foram e continuam
a ser impulsionadas por alterações estruturais de longo prazo na economia mundial. Por um
lado, foi comprovado cientificamente que um desenvolvimento econômico de alcance global
está realmente ocorrendo (KEOHANE, 2009); por outro lado, também é científico o dado de
que as disparidades econômicas presentes não somente dentro das sociedades, mas também
entre elas, são proeminentes (BANCO MUNDIAL, 2019). Esses paradoxais fenômenos estão
essencialmente vinculados à recente reestruturação do capitalismo naquilo que se entende
pelo conceito de mercados globais, os quais vêm condicionando sistematicamente a economia
mundial a partir da redistribuição do poder que outrora era concentrado nos Estados.

A desigualdade estrutural, quase ecumênica, é produto da convivência de realidades


determinadas pela quantidade de riqueza acumulada pelos indivíduos. Nesse sentido, a
pobreza enquadra aqueles que dispõem de pouca riqueza (CASTELLS, 1999). Os reflexos
dessa condição são, em essência, a grave vulnerabilidade social, a baixa capacidade de
resiliência a situações de privação e, em muitos casos, condições sub-humanas de vida.
Assim sendo, o trabalho buscará entender significativamente a desigualdade socioeconômica
global da atualidade, de modo a compreender — sobretudo através do método de revisão
bibliográfica — qual é o elo entre a predominância alcançada pelos mercados globais e a
desigualdade socioeconômica global. Para tanto, o desenvolvimento do trabalho irá consistir,
inicialmente, de uma apresentação das características fundamentais dos mercados globais e
suas implicações, em seguida discutir-se-á a diferença entre os conceitos de desigualdade e
pobreza e, por fim, observar-se-ão pesquisas de organizações como a OXFAM e os trabalhos
de Castells e Schirm como referências teóricas e práticas de pesquisa.

Primeiramente, salienta-se que o conceito “mercados globais” corresponde a um


recorte particular do termo “globalização”. Este último circunscreve uma multiplicidade de

1
Discente de Relações Internacionais na Universidade Católica de Brasília.
1
dimensões analíticas, portanto faz-se necessário delimitar mais precisamente o escopo do
trabalho, já que o foco são os aspectos econômico e social. Nesse sentido, “os mercados
globais definem-se como o processo de crescente interpenetração global de mercados e
economias nacionais, impulsionado por interações competitivas de atores da economia
privada” (SCHIRM, 1999, p. 7). Esse processo passou a reorganizar continuamente o sistema
internacional a partir da década de 1970, sendo uma das consequências da ordem econômica
mundial firmada em Bretton Woods, que privilegiou as condições básicas para o livre
comércio e levou à adoção internacional do sistema liberal, que se configurava enquanto
racionalidade econômica dominante. Além disso, os mercados globais se caracterizam por
interações que não são determinadas por fronteiras, normas e interesses nacionais, mas sim
pela lógica do lucro, gerando forte interdependência entre os mercados (SCHIRM, 1999).

Dessa forma, um dos maiores impactos dos mercados globais no sistema internacional
é o cerceamento da autonomia de ação dos Estados que buscam fazer parte dessa realidade
devido à pressão que passam a sofrer pela adaptação aos padrões competitivos (SCHIRM,
1999). Isto é, a liberdade para tomar decisões de política econômica (que está vinculada à
ideia de soberania estatal) se encontra limitada pelos altos custos impostos aos Estados que
não se orientarem pelas demandas do mercado. Novas mecânicas como a maior mobilidade
de recursos e as possibilidades mundiais de alocação permitem aos atores privados investir
onde a perspectiva de lucro é mais atrativa, o que materializa o constrangimento aplicado aos
Estados (SCHIRM, 1999).2

Por outro lado, além do constrangimento da autonomia estatal, compreender mais


amplamente os impactos dos mercados globais exige também considerar suas origens.
Destacam-se, para esse fim, três dimensões principais: o sistema financeiro, a produção e o
comércio globais. Quanto ao sistema financeiro global, a flexibilização das taxas cambiais a
partir de 1971, aliada às desregulamentações competitivas de EUA e Inglaterra, provocou
uma espécie de onda liberalizante no mundo, pois esses dois países se tornaram muito mais
atrativos e os outros países precisaram responder da mesma forma. Quanto à produção global,

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Entretanto, ressalta-se que não está sendo sugerida uma impotência do Estado frente à ordem econômica. Os
mercados globais somente se tornaram hegemônicos porque essa ideia corresponde simultaneamente aos
interesses das grandes potências e das grandes empresas pela expansão e maior lucratividade, além de contarem
com comportamentos dos outros Estados que corroboram essa realidade.
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há a expansão das empresas transnacionais e criam-se condições para a industrialização dos
países em desenvolvimento. Por fim, quanto ao comércio global, os países vêm se engajando
em processos de liberalização através do GATT/OMC, houve uma queda nos custos dos
transportes e, com isso, surgem novos países industrializados (SCHIRM, 1999).

Todas essas transições resultaram em um desenvolvimento econômico de alcance


global, pois também contemplaram os países subdesenvolvidos do leste da Ásia, a Índia,
China e a América Latina. Dados oriundos do Grupo Banco Mundial (2018) demonstram que
a quantidade de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza no mundo (o que se
convencionou ser menos de US$1,9 por dia) caiu de 36% em 1990 para 10% em 2015. China
e Índia retiraram 1 bilhão de pessoas da pobreza no mesmo período. Todavia, apesar dessa
evolução, um olhar mais atento demonstra as consequências negativas da reestruturação da
ordem econômica mundial. A profunda desigualdade, juntamente com a pobreza, continua a
ser uma das principais questões, sendo percebida dentro das sociedades e entre elas. No
supracitado infográfico do Banco Mundial (2018), também consta o dado de que os índices
de pobreza permanecem altos em países de renda baixa e afetados por conflitos.

Isto posto, é necessário distinguir conceitualmente algumas palavras-chave que são


inerentes à discussão, como a pobreza e a desigualdade. Nesse sentido, Manuel Castells
(1999) estabelece a distinção entre vários processos de diferenciação social. Segundo o autor,
debater a desigualdade é debater a distribuição da riqueza pela sociedade. Mas, mais do que
isso, é também debater as diferenças oriundas das relações de produção do capitalismo atual,
assim como as diferenças de acesso à riqueza. A desigualdade seria, então, a apropriação
diferencial dessa riqueza. Embora esse seja um aspecto natural do capitalismo, há uma
tendência à radicalização desse processo no momento atual, o que gera condições mais
complexas de desigualdade, tais como a polarização, um processo em que o topo e a base da
distribuição de riqueza crescem mais do que a faixa intermediária. Por fim, para além do
aspecto econômico, cumpre salientar que o argumento de Castells aborda a desigualdade
também como uma questão de cunho social. Tópicos como o racismo e a desigualdade de
gênero têm implicações econômicas e nas relações de produção.

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Outro conceito importante e mais complexo do que se imagina é o da pobreza, pois
não se resume somente à escassez de recursos financeiros. Ser pobre é relativo. Segundo
Castells (1999), a pobreza é uma norma institucionalmente definida (por governos, por
exemplo), referente a um nível de recursos abaixo do qual não se tem um padrão de vida
minimamente digno em uma sociedade e época determinadas. É uma definição
contextualizada pelos padrões gerais de vida de um país e de um período específico no
tempo, já que, por exemplo, atualmente apenas fazer refeições diariamente (um dos principais
indicadores para o direcionamento de políticas públicas) não retira as pessoas da pobreza na
Europa, mas pode retirar em muitos países da África Subsaariana e do sul asiático. É algo que
tem relação com o bem-estar particular de uma sociedade. Ademais, na esteira dessa
discussão está o conceito de miséria, que corresponde à condição de pobreza extrema ou
privação (CASTELLS, 1999).

Então, o cenário que se constrói a partir da reestruturação do capitalismo internacional


é um mundo onde a desigualdade se aprofunda cada vez mais. As transformações ocorridas
nas áreas do comércio, da produção e do investimento internacional geraram uma disparidade
econômica maior, o que agrava o quadro de pobreza e desigualdade globais. Para consolidar
essa perspectiva, cumpre salientar alguns dados: segundo a OXFAM (2019), o 1% mais rico
do mundo tem mais do que o dobro da riqueza de 6,9 bilhões de pessoas juntas; os 22 homens
mais ricos do mundo têm mais dinheiro do que todas as mulheres da África. Mais
particularmente sobre a pobreza, o Grupo Banco Mundial (2018) estima que 656 milhões de
pessoas (10% da população mundial), sendo 413 milhões delas da África Subsaariana, vivam
com menos de US$1,90 por dia. E quando se aumenta essa linha para US$5,50 estima-se que
46% da população mundial viva com menos do que esse valor diariamente. O PIB per capta
dos países do eixo EUA-Europa-Japão é extremamente discrepante em comparação com o sul
econômico (BANCO MUNDIAL, 2018). Por fim, de acordo com o Fórum Econômico
Mundial (2019), os países de alta renda concentram 63,1% do PIB mundial, enquanto os
países de renda baixa, com o total de 705 milhões de pessoas, correspondem a apenas 0,7%.

Dessa forma, ao colocar os conceitos de desigualdade e pobreza, os dados do


parágrafo anterior (que são resultados, de certo modo) e a reestruturação previamente
comentada do capitalismo global em perspectiva, é possível compreender as conexões entre

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eles. Nesse sentido, notabilizam-se diferenças micro e macroeconômicas. Quanto ao aspecto
micro, o princípio da competitividade norteia o sistema capitalista atual, em muitos casos
privilegiando o capital em detrimento do trabalhador. Nesse sentido, processos como a
superexploração — horas extras não-oficiais e não remuneradas, por exemplo — e a
individualização do trabalho, que visa desvincular o empregado da coletividade, logo
evitando amparo externo em prol de direitos trabalhistas, compõem a realidade do mercado.
Ademais, fatores sociais também geram impactos nas relações de produção, já que o gênero e
a etnia podem obstar o acesso a posições que permitam autonomia (CASTELLS, 1999).
Demonstrando, dessa forma, que não somente minimizou-se, em muitos casos, a condição
dignidade dos trabalhadores, mas também a maior vulnerabilidade de determinados grupos.

De outra parte, as relações crescentemente desiguais de produção são apenas uma das
consequências produzidas pela ascensão dos mercados globais. O fator mais preocupante,
entretanto, evidencia-se, ao que parece, pela particular característica dos mercados globais de
servirem como instrumento de perpetuação da desigualdade estrutural dentro das nações e
entre elas, em especial através do supracitado constrangimento à autonomia dos Estados.
Obviamente, a desigualdade não é um novo aspecto da humanidade, mas a maneira como ela
atingiu os moldes atuais é muito recente. Nesse sentido, ao longo da história, muitos dos
países acumuladores de capital atualmente (como muitos países da Europa Ocidental, Estados
Unidos e Japão) ocupam esse posto há muito. O que todas as transformações previamente
comentadas no campo sistema financeiro, da produção e do comércio globais agregaram a
esse processo foi a mobilização — organizada pelas potências, mas reiterada
internacionalmente — para a promoção da ideologia e da agenda neoliberais. O que implica
diferentes resultados, a depender da sua posição na Divisão Internacional do Trabalho
moderna.

Nos países subdesenvolvidos, são organizados polos de produção que atendem


especialmente aos interesses de empresas transnacionais que buscam oportunidades baratas
de produção para exportação nos países em desenvolvimento, não havendo, então, a
distribuição interna dos recursos (PEREIRA, 2010). Assim sendo, essa ocupação industrial
tecnológica externa acaba por reservar apenas o setor primário da economia, ou seja, a
produção de agrícolas para a iniciativa privada desses países (CERVO, 2015), e com o

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processo de deterioração dos termos de troca, em que há a valorização de produtos
tecnológicos e a subvalorização de produtos agrícolas, os países que são grandes
exportadores agrícolas e produtores incipientes de tecnologia estarão continuamente mais
pobres do que o grandes polos tecnológicos de mundo, o que reforça o fator estrutural da
desigualdade atual. Ademais, Stiglitz (2002) argumenta que as instituições financeiras
internacionais, como o FMI, também têm responsabilidade nesse processo por dois motivos:
defendem, com frequência, os interesses dos países industrializados em detrimento do mundo
em desenvolvimento, o que não é sua função; e, ao longo da década de 1980, impuseram o
neoliberalismo aos países pobres, que usualmente precisavam de empréstimos e
financiamentos dos ricos para sua industrialização.

Em síntese, conclui-se que, como argumenta Castells (1999, p. 107), “a ascensão do


capitalismo informacional caracteriza-se, indubitavelmente, pelo desenvolvimento e pelo
subdesenvolvimento econômico simultâneos”, atingindo em diferentes níveis tanto os países
desenvolvidos quanto os países em desenvolvimento. Por extensão, as atuais configurações do
sistema financeiro, do comércio e da produção são alguns dos principais elementos que geram
e promovem a desigualdade de modo sistematizado. Os mercados globais toleram, portanto,
em alguma medida, a coexistência da concentração de renda no mundo desenvolvido e das
condições miseráveis de vida no mundo periférico. Em última instância, a reestruturação do
capitalismo foi instrumentalizada para promover a ideologia Neoliberal globalmente e
condiciona de forma contínua a economia mundial, de modo a perpetuar a hegemonia dos
centros históricos de acumulação de capital. É nesse contexto que a desigualdade estrutural e
a pobreza se inserem como temáticas imperativas no cenário contemporâneo.

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Ver BANDEIRA, cap 3, pg. 1; pg. 2, cap.2.

Das inúmeras rupturas ocasionadas pelo reordenamento da economia mundial,


destaca-se um fator de continuidade que é perceptível na maioria das sociedades globais: a
desigualdade estrutural.

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Inicialmente fundamentado na crença de que era preciso pressionar os países para obter
políticas econômicas mais expansivas, hoje concede recursos somente se os países se
engajarem em políticas como corte de gastos, aumento de impostos e elevação das taxas de
juros, medidas que levam a uma retração da economia.

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